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São Paulo recebe primeiro Food Truck Afro

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O circuito gastronômico de São Paulo receberá o primeiro food truck com cardápio desenvolvido a partir da culinária afro. Com opções diversificadas e preços acessíveis, o PRETA TRUCKER surge de forma pioneira para oferecer uma experiência construída por meio do diálogo entre a gastronomia africana e a afro-brasileira. O truck também oferece ambientação e atendimento que celebram os valores civilizatórios afro-brasileiros, como a ancestralidade, ludicidade, memória e religiosidade.

A novidade é uma parceira entre Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta, o maior festival de cultura negra e afroempreendedorismo da América Latina, e o chef Roberto Felicio. “Além de oferecerem comidinhas gostosas, os food trucks representam uma nova maneira de ocupar a cidade, de devolver as ruas às pessoas. Neste contexto, percebemos que faltava uma iniciativa inspirada na culinária de matriz africana, gerida por afrodescendentes, o que é importante”, explica Adriana.

No país mais negro fora do continente africano, o Preta Trucker preenche um espaço ainda pouco explorado mesmo por restaurante tradicionais com o intercâmbio Brasil-África, com cardápio oferecendo uma fusão da comida brasileira com comidas da Etiópia e África do Sul, por exemplo. Muitas das receitas fazem parte do livro Gula D’África | O Sabor fricano Na Mesa Do Brasileiro, organizado por Flávia Portella.

“Uma ideia como essa traz para a cidade de São Paulo não só uma comida típica, mas uma experiência que vai revelar o quanto da comida africana já consumimos sem saber a origem, a exemplo da banana da terra, mandioca, azeite de dendê, entre outros. Representará ao mesmo tempo uma novidade e um resgate” , explica o chef Roberto Felício ao ressaltar que um cardápio de bebidas típicas também será oferecido.

Confira alguns pratos:

Feira Trucker

Hamburger Senegal: um blend de carnes vermelhas, acompanhado de molho africano e especiarias.
Djinjan África é o nome do suco concentrado de gengibre com frutas cítricas que é distribuído em festas tradicionais da Guiné e oeste africano.

Espetinho Bafana Bafana: tradicional na África do Sul, feito com damasco e tempero africano, acompanhado por arroz de açafrão e farofa.

Panqueca Etiópia: Uma panqueca parecida com pão, acompanhada de vários tipos de guisado: de frango, lentilhas e ratatouille de berinjela. É a “Injera”, diretamente da Etiópia.
Depois do lançamento, o food truck segue para demais eventos gastronômicos na grande São Paulo. O Preta Trucker é uma evolução do Degust’Afro, projeto idealizado por Adriana e pelo multi-artista negro e chef Paqüera, em 2013, durante o Feira Preta Week. Na ocasião, eles levaram ao Centro Cultural Rio Verde, na Vila Madalena, iguarias da culinária afro-brasileira.
Serviço
Lançamento do Preta Trucker na Feira Gastrônomica de Moema
Rua Gaivota, 1423 Moema. Das 12h às 18h.
Confira novidades sobre esse e os próximos eventos na página do Preta Trucker no Facebook. 

Enegrecendo o YouTube: fazendo o que a TV nunca fez

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A televisão está perdendo cada vez mais espaço para Internet e para nós negros isso pode ser uma grande oportunidade de reverter a ausência da diversidade em veículos de comunicação que ainda persiste em pleno século XXI. Vivemos num pais negro, e apesar dos desinformados de plantão insistirem, não somos a minoria. A mídia nacional – e tradicional – está concentrada nas mãos (alvas) de pessoas que construíram a imagem do Brasil como o que eles gostariam que fossem, se inspirando em países de maioria branca, por racismo ou complexo de inferioridade ou os dois. Com 65 anos, a TV brasileira ainda não reflete a sua população e seus maiores consumidores.

Globo ironizando as críticas à sua programação excessivamente branca

A preguiça intelectual e limitação cultural (daqueles grupo que acha que somos minorias), não vê o enegrecimento da mídia, como bonito. Associa a negritude à pobreza, violência e hipersexualidade. Ninguém melhor que os próprios negros para reconstruir a representatividade negra e mostrar os talentos que o racismo impediu de florear. E a Internet é o caminho.

Com custo relativamente baixo, dependendo do tipo de produção, mas munido de criatividade e dedicação, qualquer um pode usar sua câmera do celular e criar um canal no YouTube, plataforma que permite o compartilhamento de vídeos, gratuitamente.

O Mundo Negro recentemente publicou um texto sobre as vlogueiras negras, que são as meninas que usam o YouTube para compartilhar seus conhecimentos sobre beleza negra. Assunto que merece destaque vez ou outra na TV, mas que interessa a pelo menos 51% da população. O canal de vlogger PH Côrtes que fala sobre história negra de uma forma muito original virou notícia em dezenas de veículos de comunicação no Brasil. Há demanda.

Apresentadores, jornalistas, mãe, crianças, comediantes, atrizes, produtores, historiadores e músicos negros. Timidamente, mas de forma crescente, pessoas negras estão fazendo sua própria revolução por meio do maior site de vídeos do planeta.

Qualidade técnica, conteúdo nerd e criatividade da periferia

Apesar da maior parte dos produtores de conteúdo do YouTube, não somente os negros, mas em geral, sofrerem com limitações técnicas, que resultam em problemas de iluminação e som, a gente pode encontrar vídeos dignos de horário nobre na TV, como é o caso do canal recém lançado Bola 8oito.

“Lazaro Gianecchini e Tais Dieckmann, estão fazendo um trabalho até que bonito para sua raça”. Essa é a fala de Paulo Lumumba, celebridade fictícia representada pelo ator Eduardo Silva no vídeo “O que não vi da Vida”, uma versão sarcástica e de forte crítica racial com o formato visual semelhante ao quadro do Fantástico “O que vi da vida” . Esse é o primeiro trabalho do canal.

”A exigência é em primeiro lugar é pela qualidade audiovisual. A referência de ficção em YouTube hoje é Porta dos fundos. É ali que devemos nortear nossa qualidade. A ideia de compor a equipe de cada vídeo com profissionais negros da área audiovisual é mostrar que estamos aí e temos outras competências além de carregar a van”, explica Newman Costa, 30, Diretor Audiovisual de São Paulo e responsável pela direção e fotografia do canal. O roteiro do primeiro filme é de Rogerio Ba-Senga, a produção de Issis Valenzuela. Thiago Domingos é responsável pelo som e edição e arte é de Sil Elis .

Para Costa o corpo negro não é ”senso comum” e até o YouTube acaba sendo um dos desafios para produtores negros. “. É aquele racismo que já impregnou no DNA por conta da defasagem de referências de negros sendo representados como pessoas normais ”, explica o diretor, em relação as dificuldades em emplacar projetos protagonizados para afro-brasileiros na plataforma.

“Esse universo da cultura pop ou nerd como alguns chamam, é pouco acolhedor as minorias. Há poucos negros, poucas mulheres falando sobre o assunto. Eu, por exemplo, não conheço nenhum YouTuber negro que fale sobre cinema, quadrinhos e games”, alerta Betina Costa, 22, estagiária em TI em Porto Alegre (RS) e apresentadora do canal Claquete 16, que fala sobre filmes, seriados e cultura pop. O canal está no ar desde de 2013, feito inicialmente em parceria com um amigo. Depois de uma pausa, ela retomou o canal sozinha no final do ano passado.

Betina posta novos vídeos toda a primeira terça-feira do mês. O longo intervalo entre as publicações, vale a pena, pois todos os vídeos mostram a pesquisa tanto de texto como de imagens da jovem gaúcha que tenta conciliar o trabalho do canal com outras atividades.

“Normalmente eu escolho um tema e pesquiso sobre ele, às vezes é algo “aleatório” como o vídeo sobre traduções e em outras um tema muito falado no momento, como por exemplo, o Oscar. Depois eu faço um roteiro combinando o conteúdo com um pouco de humor, gravo (com a ajuda de um amigo para facilitar, quando possível), realizo a edição e público no Canal”, relata Betina sobre o processo de produção.

O Esquenta da Globo pode se proclamar o programa das periferias, mas quem faz vídeos divertidos e gravados direto da laje é Valtinho Rege, do canal Energia Positiva. O nome do canal mostra como o jovem paulistano superou as agressões sofridas por ser negro, gay e pobre (ele relata em um dos vídeos que perdeu os dentes de leite, aos seis anos, apanhando de colegas que o achavam muito afeminado) em vídeos divertidos e muito bem editados. O espaço além de ser usado pelo vlogger para emitir sua opinião sobre diversos assuntos, ainda inclui entrevistas com artistas e pessoas da comunidade. No vídeo abaixo ele viajou para o Rio de Janeiro para mostrar como o funk contribui para a autoestima dos moradores das favelas no RJ.

Prestigie as produções negras no YouTube:

Bola Oito
YouTube:https://www.youtube.com/channel/UCPL7SRcgQNXFWUrHdEMKvug
Facebook:https://www.facebook.com/bola8ito/?

Claquete 16
YouTube: http://www.youtube.com/user/Claquete16
Facebook: https://www.facebook.com/Claquete16

Energia Positiva:
YouTube:http://youtube.com/energiapositiva2015
Facebook:https://www.facebook.com/canalenergiapositiva/

O Mundo Negro quer ajudar a divulgar o talento de produtores de conteúdo no YouTube. Mande informações sobre seu canal pelo e-mail: sitemundonegro@gmail.com com o assunto “Negros no YouTube”.

Mãos negras sofrem ataques racistas no Instagram da Risqué

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Alguns dias depois da repercussão dos ataques racistas contra uma modelo negra no Instagram da marca de maquiagem MAC, mulheres brasileiras também mostraram sua face preconceituosa na mesma rede social.

Em um misto de racismo explicito e disfarçado de opinião, seguidoras da marca de esmalte Risqué, destilam comentários como “A mão parece que tá (sic) suja de carvão”, “Tá horrível” “Que horror”, em fotos de mulheres negras que participam da campanha com a hashtag #RisquédaSemana, onde a marca publica no seu perfil,  fotos das suas consumidoras usando produtos da empresa.

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Além de serem menores, as críticas em relação à pintura e acabamento das mãos brancas, são construtivas e brandas.

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No meio dos comentários ofensivos a Risqué emitiu sua opinião dizendo que defende que todas as mulheres podem e devem usar a cor que quiserem nas unhas.  “Somos uma marca democrática desde sempre, valorizamos o poder das cores na vida e não compactuamos com qualquer tipo de manifestação preconceituosa” disse a marca no Instagram.

Para algumas seguidoras negras da marca, esse comentário não foi suficiente e algumas sugerem até o boicote à empresa que afirma, via sua assessoria de imprensa, que os comentários racistas foram denunciados. “Nós denunciamos o comentário no Instagram e ele sumiu horas depois de ser postado”, detalha a assessoria de imprensa da Risqué, sobre uma das fotos atacadas.

Cadê as mãos negras?

Não precisa navegar muito no Instagram da Risqué para constatar que a diversidade étnica brasileira não aparece no seu perfil. “Atualmente não recebemos muitas imagens de mãos negras. Já no conteúdo desenvolvido por Risqué, a marca sempre preza pela diversidade”, justifica a assessora de imprensa.

Colorama e Impala são outras marcas populares de esmaltes que não mostram mãos negras em seu Instagram.

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O escurecimento dos dedos próximos a região da cutícula ( aquele vemos até nos recém-nascidos negros) foi alvo de muitas críticas das “experts” em unhas da Internet. Essas mesmas “especialistas” de redes sociais, são as que acham que cabelo crespo tem um aspecto desarrumado e batom vermelho não combina com lábios grossos.

A agressão à estética negra pode ser caracterizada juridicamente como injuria racial. Ninguém é obrigado a achar as mãos negras as mais lindas, mas quem se julga um entendedor de beleza, porém ignora as especificidades étnicas de das mulheres não-brancas, acaba expondo sua ignorância, preconceito e cafonice.

A História africana pode resgatar a autoestima dos afrodescendentes

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Em psicologia, autoestima é definida como a característica de uma pessoa que valoriza a si mesma, dando-lhe a possibilidade de agir, pensar e exprimir opiniões de maneira confiante. Autoestima também pressupõe uma avaliação objetiva e subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau. Ou ainda, a autoestima envolve tanto crenças quanto emoções autoassociativas.

Foto: Coletivo Expressão
Foto: Coletivo Expressão

Trata-se, portanto, de uma emoção ou de um sentimento que reflete a apreciação que uma pessoa faz de si mesma em relação à sua autoconfiança e seu autorrespeito. Através dessas percepções, podemos enfrentar desafios diversos e defender nossos interesses ante as mais variadas instâncias de nossas vidas. A autoestima é formada ainda na infância, utilizando o tratamento que se dá à uma criança como peça chave, ou seja, se uma determinada criança for sempre oprimida em relação às suas atitudes, muito provavelmente esta criança desenvolverá a “baixa autoestima” como um entendimento de si mesma. Por outro lado, se uma criança for sempre apoiada em relação à suas atitudes, dentro de parâmetros justos e edificantes de avaliação, também muito provavelmente terá a sua autoestima elevada em seu processo de amadurecimento pessoal.

Reflexão: Qual a importância da autoestima nas estratégias e tratativas da comunidade afro-brasileira na legitimidade de suas demandas históricas de cidadania de primeira classe?

De um histórico, onde toda a grandiosidade das tradições e estruturas Africanas foi dizimada e violentada pela colonização euro-cristã (período este massacrante e eficaz no sentido de oprimir e desvirtuar toda a essência e autoavaliação que outrora os povos da Diáspora Africana anteriormente faziam de si), o sentimento de autoestima para os afrodescendentes, notadamente os sequestrados para o Novo Continente, transformou-se profundamente, a partir do flagelo do comércio escravocrata, não obstante às muitas e honrosas páginas de resistência, ao longo do tempo.

Tornou-se, pois, em um paradigma quase que épico, na medida em que a dinâmica de vida dos Africanos e de seus descendentes na terra nova passou a “obedecer” a um modelo (ou padrão) opressivo em todos os seus aspectos e o qual viria a servir de parâmetro ou exemplo a ser seguido nesta ou naquela situação, fosse qual fosse a relação entre opressor e oprimido. As vidas dos pretos e pretas passaram a ser regidas por “normas orientadoras” de um grupo hegemônico que estabeleceu limites, a partir de preceitos, teses e doutrinas falaciosas e tendenciosas , que determinariam como um indivíduo de descendência Africana deveria agir dentro desses limites.

E, dentro desses limites, as pessoas habitantes e oriundas dos navios tumbeiros, das senzalas, dos engenhos de açúcar, das plantações agrícolas, das minas de exploração mineral, das periferias, dos morros, das favelas, dos cortiços e das comunidades passaram a ser estigmatizadas pelas elites de forma depreciadora e pejorativa.

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Foto do projeto “Cansei” de Larissa Isis

Some-se a isso, especificamente no Brasil, a degradação humana e os baixíssimos índices de cidadania nos quais esses contingentes humanos certamente se inseriam, principalmente nos períodos pré e pós-abolicionistas: desconhecimento e distanciamento de sua própria História, abuso de gênero contra as mulheres, desemprego entre os homens, proibição de voto, baixa expectativa de vida, ociosidade, desamparo republicano, etc…

Sem dúvida, um ambiente histórico pouco propício para qualquer projeto de cultivo sistemático de um sentimento de orgulho e amor próprio, em um povo.

Não sem surpresa, portanto, muitos dos antepassados das gerações atuais de afro-brasileiros e afro-brasileiras introjetaram uma percepção enviesada sobre si, passando a rejeitar e subestimar a sua autoimagem e o que ela representava ante a sociedade da época.

E essa “visão equivocada de si” foi sendo passada de geração a geração, causando efeitos danosos e de longo alcance na formação e no legado psicossocial das pessoas de pele escura habitantes deste lado do oceano.

Isto posto, a autoestima das pessoas afrodescendentes precisa ser construída sobre os pilares da verdade Histórica de seu passado:

Os povos africanos são a primeira e a mais antiga etnia a caminhar sobre o planeta terra (TODAS as demais civilizações terrestres surgiram DEPOIS e A PARTIR dos contingentes humanos saídos da África), os povos Africanos inauguraram os conhecimentos de transformação de metais, estudaram e mapearam as estrelas, os ciclos da água; lançaram os fundamentos da Zoologia e da Botânica, através da observação sistemática da rica fauna verificada na imensidão do território Africano… desenvolveram técnicas de caça e pesca que são utilizadas até os dias de hoje, independentemente do uso de quaisquer tecnologias, fundaram reinos… formataram regras de linguagens e construíram pirâmides cujos níveis de sofisticação e complexidades são ainda um mistério até para o conhecimento científico contemporâneo… cobriram distâncias continentais e venceram obstáculos topogeográficos e climáticos inimagináveis… desbravaram e povoaram territórios outrora inóspitos… lançaram as bases para o aparecimento e a continuidade histórica das civilizações aborígenes, persas, gregas, romanas, ibéricas e do sudoeste asiático, todas tendo a África como ponto de origem!!!  

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Todo este patrimônio afro-antropológico, no entanto, foi suprimido e “desapropriado” pela dita historiografia eurocêntrica, que deslocou o eixo de entendimento do mundo para o foco de uma visão branca, capitalista e cristã. Somado a isto (ou até mesmo EM RAZÃO DISTO), acrescentem-se todas as influências filosóficas, econômicas, artísticas, acadêmicas, burocráticas e generalistas de conteúdos tendenciosos e protecionistas que visaram (e visam!) à manutenção de privilégios infundados que fundamentaram o controle dos feudos, da burguesia, das castas eclesiásticas, das forças militares, dos conglomerados e das ditaduras que cruzam o processo civilizatório do mundo, desde a Idade Média. E todos estes fatores citados, sem exceção, tornaram-se fatores de desfacelamento e prejuízo da autoestima dos povos representantes da Diáspora Africana.

O século 21 escancarou, via tecnologia virtual, o acesso e a massificação das diversas fontes de informação que oportunizam o contato dos afrodescendentes ao conhecimento real de fatos históricos. Acervo este que, antes da disseminação do mergulho à rede mundial de computadores, só estava disponível em círculos acadêmicos restritos e elitizados. De POSSE desta informação (como fator de revisão, retratação e reparação dos privilégios verificados), os movimentos representantes das demandas das populações afro-diaspóricas podem, também, fazer uso dos conteúdos resgatados via internet como plataformas de resgate e difusão da relevância histórica, social, filosófica, científica e sobretudo humanitária da África e dos seus filhos e filhas para o entendimento da existência da espécie humana sobre a face da Terra. Isso, seguramente, iniciaria um processo altruísta e revigorante no resgate da autoestima étnica de homens e mulheres de pele escura ao redor do planeta.

Após o holocausto que foi a intervenção e colonização europeia no continente Africano (cujos efeitos nefastos se fazem sentir até hoje na região), três indicadores históricos podem ser apontados como responsáveis pelos impactos corrosivos no senso de autoestima dos povos locais e de uma expressiva parte de seus descendentes ao redor do mundo, já a partir da dinâmica do ciclo escravocrata:

 

1) A arma de fogo: Instrumento que abatia um foco de resistência de forma imediata: rebelou-se, fuzilava-se e encerrava-se o embate. Aqui o efeito é instantâneo e opressor pela via rápida, inclusive para o amedrontamento de outros eventuais focos de resistências próximos e imediatos.

2) O açoite físico: Mecanismo que minava um foco de rebeldia ou de resistência de forma gradual e lenta. Indiscutivelmente abusivo (e exclusivamente do ponto de vista da mão no chicote), o açoite tinha um caráter “educador”. Durante a “Grande Travessia”, no desembarque em terra firme, nos leilões de venda, na quebra e violação de vínculos familiares, no estupro sistemático e bestialização das mulheres e crianças pretas, no trabalho assalariado e implacável, na Abolição (mais imposta do que conquistada), no abandono do Estado, na perseguição das forças policiais, desde a fundação da República… o abuso físico foi um fator de implosão e deterioramento do amor próprio dos povos afro-diaspóricos.

3) A conversão às religiões monoteístas: As populações afrodiaspóricas inseridas no contexto escravocrata foram forçadas ou seduzidas a abrirem mão de suas doutrinas teo-espirituais seculares, mormente reverenciadoras da flora e das forças da natureza, para abraçarem uma outra doutrina cuja liturgia e retórica são calcadas na reverência a um poder único, no pecado, na punição, na seletividade e na penitência. A conversão religiosa de pessoas afrodescendentes às doutrinas eurocêntricas tem um efeito fisicamente menos traumático do que a arma de fogo e o açoite, mas produz resultados cataclísmicos na auto-percepção de pessoas de descendência Africana, uma vez que este fenômeno se apropria da “alma” e do discurso dessas pessoas, com a vantagem adicional de este “efeito doutrinador” ser repassado de geração para geração de uma mesma família. Um domínio e controle que se estende pelo tempo, pelo espaço e em escala geométrica. Talvez não seja de toda absurda a lógica de se afirmar que, ao defender o seu direito intrínseco (sobretudo legítimo) de defender a fé monoteísta que prega e acredita, uma pessoa afrodescendente está paradoxalmente fazendo a defesa da autoestima de uma tradição sufocante, que tira a África do centro do entendimento do que é, como é, e do “porquê é” o mundo. Em todas estas 3 instâncias do fenômeno afrodiaspórico (arma de fogo, açoite e conversão doutrinária) a autoestima ORIGINAL de pessoas Africanas e de sua descendência foi meticulosamente pisoteada, subestimada, corrompida, oprimida e relativizada.

Agora, ainda às portas do século 21, é chegado o momento de as pessoas herdeiras das tradições Africanas seculares promoverem um resgate da grandeza e da “maravilhosidade” de sua importância como pessoas e, assim, promover o revigoramento de sua autoestima.

Temos, sim, que manter o foco nas mazelas, ameaças e desigualdades que assolam a nossa gente todos os dias e em todas as facetas da sociedade moderna.

Mas temos, também, que pegar a nossa própria História pelas mãos e fazer dela um motivo de orgulho, exaltação, auto-satisfação, glória e honra.

Essa História, a nossa, rica e que abraça todo o mundo, não se inicia com a chegada dos colonizadores na Europa.

Nós NÃO SOMOS descendentes de escravos. Somos descendentes de seres humanos Africanos que foram ludibriados, manipulados e sequestrados em suas terras.

Imagem: Google Images
Imagem: FlinkSampa – Google Images

A nossa autoestima já reside dentro de nós. Se estava adormecida, já passou da hora de acordá-la. E que seja cedo, logo de manhã. Ao levantarmos, que cada um e uma de nós que vá para a frente de um espelho. E que só saia de lá quando amar e respeitar a imagem refletida diante de si.

Nós, filhos e filhas da Diáspora Africana, viemos ao mundo com o direito de ter sonhos e sermos felizes.

Com todo o respeito às opiniões em contrário.

 

II Afro Gourmet oferece culinária africana aos cariocas

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O espaço afro Dida Bar e Restaurante recebe a Chef Dandara Batista no Evento Afro Gourmet que acontece no próximo sábado, dia 20, no Rio de Janeiro.

A jovem irá preparar pratos da culinária africana e afro-brasileira, em um jantar com música ao vivo. Haverá três opções de pratos para público. O Arroz de Hauçá (da Nigéria) é cozido com leite de coco, acompanhado de molho de camarão e carne seca refogada) A segunda opção, de origem moçambicana é a “Galinha piri piri”: (piri piri” significa pimenta no dialeto africano). São sobrecoxas de frango marinadas nesse molho feito com pimenta malagueta, páprica, suco de limão e leite de coco. Assadas e servidas com arroz branco, banana da terra frita e o molho piri piri à parte.

Bobotie é um prato sul africano, feito com carne moída, temperada com várias especiarias e ingredientes doces como uvas passas e damascos, que dão um sabor super rico ao prato. Ele é assado no forno com uma cobertura de ovos batidos com leite. Servido com arroz de açafrão com passas( tradicional) ou arroz branco.

O som ao vivo ficará por conta de Flávia Enne na voz e percussão e Fabio Neto na voz e no violão que tocarão vários ritmos para alegras o evento, entre eles afoxé, samba, forró e com o melhor da nossa MPB, de Djavan á Chico, de Gil a Milton.

Serviço:
Invasão Afro Gourmet no Dida Bar e Restaurante 
Dia 20 de fevereiro, sábado a partir das das 12:30hs
Rua Barão de Iguatemi, 408
Rio de Janeiro
021 2504-0841
Mais informações na página do restaurante no Facebook. 

Estudantes negros da FGV lançam aplicativo para afro-empreendedores

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Taxi, entrega de comida, manicure e até motoboy. Os aplicativos de celulares se tornaram parte da vida de muitos brasileiros como uma forma de solicitar produtos e serviços com qualidade e rapidez.

Kizzy Terra, 23 anos, engenheira da computação e mestranda na FGV, Hallison Paz, 24 anos também engenheiro da computação e mestrando no Instituto de Matemática Pura e Aplicada e Vitor Del Rey estudante, 31 anos, graduando em Ciências Sociais e História, Administração e Direito da Fundação Getúlio Vargas,  juntaram seus contatos, conhecimentos e experiência e criaram o Kilombu, aplicativo para celular, voltado a comercialização de produtos e serviços da comunidade negra. O lançamento da plataforma acontece no próximo dia 20 de fevereiro.

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Os criadores do aplicativo Kilombu: Vitor, Halisson e Kizzy (Imagens: Facebook)

“Participei de uma clínica da escola de direito da FGV que tinha como papel fundamental formalizar e prestar consultoria para micro e pequenos empreendedores, pessoas que já atuavam, mas no campo da informalidade e eu percebi que os empreendedores negros da comunidade e sem instrução, buscavam sobreviver atuando com aquilo que eles fazem de melhor”, explica o co-fundador do projeto Vitor Del Rey.

O trabalho de dois anos da clínica fez com que Del Rey percebesse o baixo grau de conhecimento dos empreendedores negros sobre questões básicas relativas à administração de empresas, fundamentais para o crescimento e expansão. “Muitos não tiveram tempo para estudar por trabalhar muito, o que também acontecia com os filhos e senti que era necessário fazer algo especial para essas pessoas”.

Muito mais que um classificado

“O Kilombu é um conceito que não cabe dentro de um aplicativo”, destaca Del Rey. Para solucionar os problemas administrativos desses empreendedores negros que incluía ainda a falta de clientes, o estudante da FGV está em negociação com os diretores da instituição buscando parceiros para capacitar esse público.

O projeto não consiste apenas em facilitar o contato entre clientes e empresários e a capacitação é um dos principais aspectos do projeto.

“Os empresários que vão passar pelo Kilombu, irão frequentar a sala de aula da FGV  que será  responsável em dar cursos de como melhorar suas vendas. Hoje a maioria usa o Facebook. Usaremos os alunos da Fundação que precisam de horas complementares para capacitar essas pessoas e tudo será de graça para os participantes”, descreve Vitor. Todos os estudantes envolvidos no processo de treinamento dos afro-empreendedores passarão por treinamento para entender as especificidades histórico sociais desse grupo.

Desenvolvimento e investimento

O aplicativo está sendo financiado integralmente por Vitor, Halisson e Kizzy. Os dois últimos têm experiência em desenvolvimento de aplicativos para Android e iOS, mas a versão para aparelhos da Apple estará disponível posteriormente. O download e cadastramento de produtos e serviços serão gratuitos.

“Pretendemos custear as despesas por meio por alguns serviços dentro do aplicativo, como links patrocinados. Estamos estudando a possibilidade de oferecer um sistema de pagamento dentro do aplicativo, possibilitando que os empreendedores cadastrados recebem  os pagamentos direto em suas contas bancárias e uma pequena comissão sobre a venda seria nossa”, finaliza Halisson Paz, co-fundador do projeto.

Saiba mais sobre o aplicativo Kilombu:

Website: http://www.kilombu.com/
Facebook: https://www.facebook.com/kilombu/

 

Empresas paulistanas não investem em diversidade

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As cotas em concursos públicos vêm ganhando a adesão em diversas cidades e Estados do país. Em dezembro de 2015, o Governador do Estado do Maranhão, Flavio Dino, sancionou a lei que destina 20% das vagas dos concursos públicos estaduais para negros. Em São Paulo, em lei aprovada em 2013, a prefeitura também reservou a mesma porcentagem de vagas para candidatos à cargos municipais que se declarem negros no momento da inscrição conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Entendemos que ações afirmativas são muito mais do que cotas e queremos difundir esse conceito aqui em São Paulo. Não é fácil, nem simples”, explica o Secretário de Igualdade Racial de São Paulo, Mauricio Pestana. Além das cotas, a prefeitura está de olho nas empresas que prestam serviços ao município, no que diz respeito à diversidade de seus funcionários.
Em evento realizado no último dia 28 de janeiro, a prefeitura de São Paulo, em parceria com o Instituto Ethos apresentou o “Perfil Social, Racial e de Gênero dos 200 Principais Fornecedores da Prefeitura de São Paulo”. O estudo buscou fazer um perfil dos funcionários e dirigentes das empresas que prestam serviço à prefeitura do São Paulo por meio de um corte de raça, gênero, idade (pessoas acima de 45) e empregados com deficiência física. Os pesquisadores usaram como parâmetro dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de 2013 que mostram um perfil geral dos funcionários de empresas paulistanas.

“Essa pesquisa veio para subsidiar políticas públicas de diversidade e inclusão”, explica Gabriela Santos, coordenadora de projetos do Instituto Ethos. Segunda ela os dados revelaram o esperado e as empresas não se preocupam em investir em metas que busquem a igualdade.

Maioria dos prestadores de serviço não praticam ações afirmativas

Das 53 empresas paulistanas analisadas pelo estudo, apenas 8% afirmam ter algum tipo de política visando promover a igualdade entre negros e bancos no quadro de funcionários. O estudo mostra, que nem ao mesmo nos programas de estágio e trainees as empresas as empresas têm estratégias para incluir mais negros, que representam 37% da população de São Paulo.

Os dados da Rais, que mostram a diversidade das empresas paulistanas como um todo, apontam que os homens negros representam apenas 4,02% dos cargos diretoria e mulheres negras, 1,62%. A presença negra só aumenta um pouco entre os funcionários jovens, contratados nos programas de “aprendiz”, onde negros e pardos representam 43 % dos funcionários.

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“Apesar de ter aumentado o nível de escolaridade dos negros, sobretudo das mulheres negras, isso não tem se refletido dentro das empresas”, destaca Gabriela do Ethos.
A falta de qualificação dos negros para os cargos é a explicação dada por 59% das empresas, para justificar a ausência desse segmento no quadro de funcionários.

Para obter a pesquisa completa, clique aqui.

Conforto e autoestima andam de mãos dadas

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Post Patrocinado. Imagens Avon Brasil/Banco de Imagens MN

Falar de conforto tem muito a ver com o que é ser mulher negra hoje. As notícias sobre o aumento de afro-brasileiros nas universidades públicas, nos leva a refletir sobre o que é estar na pele dessas pessoas. De que forma o seu bom desempenho no vestibular, os deixa confortável em frequentar um ambiente onde os cotistas são a minoria.

Levemos essa reflexão para outros ambientes. A ascensão socioeconômica da dos afro-brasileiros deu a eles, finalmente, o poder de viajar mais, comer melhor e adquirir bens de consumo que não eram acessíveis para o seus pais, por exemplo.

A autoestima é fundamental no processo de ascensão, seja ela econômica, social ou educacional. De nada adianta adquirir a bolsa dos seus sonhos, se você tem medo do julgamento que as pessoas vão fazer, sobre sua legitimidade em usá-la. É preciso ser dono de si e se sentir confortável na sua própria pele, sem se preocupar com os julgamentos.

Não existe lugar de negro. Vamos onde queremos, somos o que quisermos e amamos com liberdade de escolha.

De batom vermelho eu vou que vou!

mattevermelho

Há não muito tempo atrás as cores de batons para mulheres negras eram limitas à cor vermelha com modestas variações. Por volta dos anos 90, maquiadores de todo mundo, finalmente reconheceram que a pele negra combina com tudo.

A exuberância possível da maquiagem representa bem, as cores e a alegria das mulheres afrodescendentes mundo afora. A ancestralidade nos faz sentir confortável “abusando” das cores. África é cor.

 #EuMeSintoConfortável

O batom matte, aquele mais fosco, é o queridinho das amantes das últimas tendências de maquiagem. Para quem tem lábios grossos como as mulheres negras, o uso desse tipo de batom gerava desconforto por conta do ressecamento que deixam os lábios “rachados”.

O Batom Ultra Color Ultramatte FPS15, último lançamento da Avon, tem emolientes na fórmula, que garantem uma cremosidade na aplicação que não compromete o efeito fosco desse tipo de batom nem o tempo de fixação.

A gente testou, adorou e sentiu que os agentes hidratantes fazem que os lábios fiquem macios e confortáveis. Do tom de pele da Glória Maria à Camila Pitanga, há pelo menos três cores lindas para qualquer ocasião.

Concurso Cultural

Linha UltramatteA Avon vai presentear uma leitora do site Mundo Negro com TODOS os batons da linha Ultra Color Ultramatte.

O concurso vai rolar no Instagram onde você dever postar uma foto no seu perfil que ilustre um momento que você se sinta bem e confortável. A postagem tem quer acompanhada pelas hashatags #EuMeSintoConfortável e #MundoNegroAvon. O concurso termina no dia 1º de março.

Não tem ideia do que postar? Se inspire no vídeo de lançamento da linha:

Lembrando que para ganhar você deverá ser seguidora do Mundo Negro e Avon Brasil no Instagram. Boa sorte!

SAG Awards 2016 celebra a diversidade

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Com quatros atores negros levando a estátua do SAG Award, quebra-se a tendência que o prêmio do sindicato de atores americanos tinha enquanto termômetro do que vai acontecer no Oscar, que não tem sequer, um candidato negro ao prêmio deste ano. A 22ª edição da badalada premiação aconteceu na noite de sábado (31),

Idris Elba levou dois prêmios para casa. Um como ator coadjuvante no filme “Beast of no Nation”, disponível da Netflix brasileira, onde ele interpreta um soldado africano e outro pelo seu papel na série Luther. “Senhoras e senhora, bem vindos” à diversidade na TV”, disse ele em seu discurso.

Idris Elba subiu ao palco com Abraham Attah, ambos da série “Beast of no nation”

Viola Davis levou o prêmio de melhor atriz dramática por sua performance na séria “How to get Away with Murder”. A fantástica atuação de Queen Latifah na série da HBO” “Bessie,” também lhe rendeu o prêmio de melhor atriz em minisséries.

O prêmio de melhor atriz em série de comédia foi para Uso Aduba da bem-sucedida série da NetFlix, “Orange is the New Black”.

Confira a lista completa de vencedores do SAG Awards 2016:

Melhor Atriz em Série de Comédia
Uzo Aduba, Orange is the New Black

Melhor Ator em Série de Comédia
Jeffrey Tambor, Transparent

Melhor Elenco em Série de Comédia
Orange is the New Black

Melhor Atriz Coadjuvante
Alicia Vikander, A Garota Dinamarquesa

Melhor Ator Coadjuvante
Idris Elba, Beasts of No Nation

Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie
Queen Latifah, Bessie

Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie
Idris Elba, Luther

Prêmio por Conjunto da Obra
Carol Burnett

Melhor Atriz em Série Dramática
Viola Davis, How to Get Away With Murder

Melhor Ator em Série Dramática
Kevin Spacey, House of Cards

Melhor Elenco de Série Dramática
Downton Abbey

Melhor Atriz
Brie Larson, O Quarto de Jack

Melhor Ator
Leonardo DiCaprio, O Regresso

Melhor Elenco
Spotlight – Segredos Revelados

Pompêo era um ator negro e ativista. Devemos muito a ele.

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Presidente do Centro de Documentação e Informação do Artista Negro (Cidan) e diretor de Promoção, Estudos, Pesquisas e Divulgação da Cultura Afro-Brasileira, da Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura. O ator e militante Antonio Pompêo falecido no último dia 5 de janeiro, era muito mais que um artista negro. Talvez não somente a cor, mas seu engajamento em relação as questões raciais foram os motivos pela falta de reconhecimento do seu trabalho.

Pompeo e sua grande amiga Zezé Mota (Foto – Facebook)

Pompêo que nasceu em São José do Rio Pardo e morreu com 62 anos em sua casa no Rio de Janeiro, vem de uma geração onde o racismo era ainda mais explicito e a articulação negra era ainda algo novo. Nessa época programas como Chico Anísio e Trapalhões e ganhavam audiência tornando populares personagens que que reforçavam os estereótipos negativos da comunidade negro.

Black face em toda parte no quadro “Café do Bola Branca” do programa do Chico Anísio (Google Images)

O Mundo Negro correu para o Youtube e selecionou alguns momentos marcantes de Antonio Pompêo, um dos nomes mais revolucionários da cultura brasileira que direcionou seu talento artístico para interpretação e artes plásticas.

Vídeo do Ministério da Cultura sobre o Centenário da Abolição da escravatura (1988):

 

Quilombo de Cacá Diegues – Cacá Diegues – 1984

Quase Dois Irmãos – Lúcia Murat – 2004

O homem que desafiou o Diabo – 2007

https://www.youtube.com/watch?v=OTNhDCtpMEM

Nunca fomos tão felizes

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