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Monólogo “Traga-me a cabeça de Lima Barreto!” estreia temporada no Rio de Janeiro dia 19

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Foto: Adeloyá Magnoni

Desde a estreia, em abril de 2017, o monólogo “Traga-me a cabeça de Lima Barreto!”, estrelada por Hilton Cobra, tem recebido ótimas criticas e tido muito sucesso entre o público. Este mês, especificamente dia 19 de outubro, estreia no Centro Cultural da Justiça Federal, na Avenida Rio Branco – 241, no Centro do Rio de Janeiro e fica em cartaz até 11 de novembro.

A peça foi escrita especialmente por Luiz Marfuz para celebrar seus 40 anos de trajetória artística, celebra a genialidade de Lima Barreto, refletindo sobre loucura, racismo e eugênia. Foram mais de 10 mil expectadores e dezenas de críticas que ressaltam o valor artístico do trabalho – uma potente junção de crítica social, racial, poesia e arte, criada graças a um coletivo que reúne profissionais como Fernanda Júlia (direção), Marcio Meirelles (cenário), Jorginho de Carvalho (luz), Zebrinha (direção de movimento), Jarbas Bittencourt (música) e Biza Viana (figurino).

O espetáculo mostra uma imaginária sessão de autópsia na cabeça de Lima Barreto, conduzida por médicos eugenistas, defensores da higienização racial no Brasil, na década de trinta. O propósito seria esclarecer “como um cérebro considerado inferior poderia ter produzido uma obra literária de porte se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças tidas como superiores?”.  A partir disso, a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, a obra não reconhecida e os enfrentamentos políticos e literários de sua época.  Os atores Lázaro Ramos, Frank Menezes, Harildo Deda, Hebe Alves, Rui Manthur e Stephane Bourgade – todos amigos e admiradores do trabalho de Cobra, emprestam suas vozes para a leitura em off de textos de apoio à cena.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A classificação etária é de 14 anos, sujeito a lotação. Reserva de ingressos promocionais para ONGs, Pré-vestibulares comunitários e organizações de mobilização social através dos contatos: Cia dos Comuns: 21-2232 9558 (a partir das 9h) / WhatsApp: 21-98804 6669 / Facebook: Traga-me a cabeça de Lima Barreto / E-mail: comuns@terra.com.br.

Elis MC se prepara para lançar “Abre a Rodinha” e mostra como é bom ser criança

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No clima do dia das crianças, Elis MC se prepara para lançar “Abre a Rodinha” e promete colocar geral para dançar e muito! Com lançamento agendado para dia 12 de outubro, a música fala sobre como é bom ser criança e valoriza o funk como movimento cultural.

Após o sucesso de “Vem Dançar com Elis“, que teve mais de 500 mil visualizações no youtube e de “É o Bonde“, “Abre a Rodinha” traz um swing diferente das músicas que já foram lançadas pela MC. Com um beat de lambada, movimento musical de sucesso nos anos 90, a estrela mirim apostou nesse ritmo contagiante.


O videoclipe tem direção de Renata Morais e Matheus Duboc e promete emocionar com cenas as cenas super coreografadas e cheias de movimento. A filmagem foi feita na Comunidade Espirito Santo, na Praça Seca (RJ) e tem participações de crianças residentes e alguns convidados e convidadas especiais.


Enquanto “Abre a Rodinha” não sai, confira o videoclipe da música “É o Bonde”, último lançamento de Elis MC.

Com participação de Karol Conka “Quero é ser feliz” usa Instagram para humanizar narrativas invisibilizadas

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Foto: Reprodução Instagram

Agora, mais do que nunca, devemos valorizar a democratização da Internet. É graças a ela, que muitos que não tem acesso a grande mídia conseguem de forma independente produzir um conteúdo carregado de representatividade. 

Um exemplo disso é o projeto “Quero ser feliz”, sim, inspirado no “Rap da Felicidade”. Ser feliz, andar tranquilo por onde mora, é sim um privilégio em um país tão desigual como o Brasil.

“Foram convidados líderes comunitários, representantes de minorias, ativistas sociais e algumas personalidades com legitimidade pra falar em nome pessoas que vivem em regiões de vulnerabilidade social. Pra recitar, interpretar ou vivenciar a letra da música Rap da Felicidade, mas com um detalhe:  eles colocam informações pessoais durante o texto, o que dá legitimidade e identificação de quem está vendo” detalha Junior Vieira, idealizador e diretor do projeto.

https://www.instagram.com/p/Bn9pl-ojRVA/?taken-by=projetoqueroserfeliz

Ele ainda detalha que a ideia é potencializar a voz dessas pessoas, muitas vezes calada por um sistema preconceituoso e racista. “Pretendemos criar empatia com quem se enxerga fora e longe dessa realidade”.

https://www.instagram.com/p/Bn_VfSeBhre/?taken-by=projetoqueroserfeliz

O vídeo oficial ainda não está no ar, mas pelo elenco da página do projeto, será sucesso na certa.  Confira o perfil oficial do “Projeto Quero Ser Feliz”.

Estrela de “Felicidade por um Fio” manda recado para Youtubers brasileiras

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Uns acharam o filme revolucionário, outros clichês, mas não podemos negar que o filme  da Netflix, “Felicidade por um Fio”, estrelado pela atriz afro-americana Sanaa Lathan tem, mesmo que seja em poucos segundo, algo que nós mulheres negras já vivemos.

As Youtubers e influenciadoras negras já dividem as dores e delícias das mulheres negras e seus cabelos já há um bom tempo na Internet e muitas  delas repercutiram em seus canais, sua opinião sobre o filme, porém três delas, foram muito bem recompensadas por isso.

Lathan gravou dentro de um trailer durante uma gravação de um novo filme uma mensagem cheia de sororidade   ecarinho para três grandes Youtubers negras brasileiras: Rayza Nicácio, Gabi de Oliveira  (Canal De Pretas) e Amanda Mendes (Canal Tô de Crespa).   

Confira o vídeo:

Recado – Sanaa Lathan

Emocionada com a mensagem que a Sanaa Lathan, de Felicidade por um Fio, mandou pra DePretas por Gabi Oliveira, @Rayza Nicácio, e Tô de Crespa! Vamos nos amar mais! <3

Posted by Netflix on Monday, October 8, 2018

São Paulo recebe “I Festival de Cinema, Arte e Literatura Africana”

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Foto: Divulgação

Texto: Divulgação 

Exibição de filmes, exposição de artes plásticas, estante de livros, feira, palestras e mesas redondas é o que o primeiro festival produzido pelo Projeto Raízes reserva para o público, com abertura oficial no dia 31 às 19h na Galeria Olido situada na Avenida São João, 473 sala olido. FESCALA é um encontro de artistas plásticos, cineastas, escritores e poetas africanos de várias partes do continente para uma discussão e troca experiência com a sociedade brasileira sobre a realidade artística contemporânea e intelectual do continente com o objetivo de aproximar o povo brasileiro no geral e especificamente os afrodescendentes ao universo real africano e auxiliar na busca por informações sócio-científico, num momento em que o mundo vive, discute o empoderamento e valorização da pessoa negra e busca por desmistificação do continente.

Para um discurso mais abrangente sobre o cotidiano continente, a produção artístico cultural e intelectual, 10 países africanos serão representados tais como Angola, Cabo Verde, Camarões, Egipto, Guiné, Moçambique, Níger, Nigéria, República Democrática do Congo, Senegal. O encontro também contará com presença de produtores, artistas brasileiros e cubanos.

Cinema Africano

A amostra de cinema africano do I FESCALA vem com a proposta de apresentar produções de diferentes gêneros e estilos da cinematografia africana com  intenção de contribuir para a criação de imagens mais plurais e multifacetadas desse continente tão complexo, cheio de riquezas, tradições e de contradições, mudanças e permanências.

Nove (9) filmes serão exibidos nos centros culturais como o de Santo Amaro, Galeria Olido e praças publicas da cidade de São Paulo e um bate papo com alguns realizadores cinematográficos africanos contemporâneos sobre “cinema africano no contexto atual no continente e no Brasil”. É a imagem de um continente borbulhando em dinâmicas diversas, que transitam no diálogo constante entre os sentidos do presente, o legado do passado e as projeções para o futuro. 

Artes plásticas Africana

O público terá o prazer de contemplar uma exposição coletiva de pintores africanos que  selecionamos em locais como a vitrine da Galeria Olido e no espaço Coletivo Digital em Pinheiro. Uma variedade de oito artistas de diferentes modalidades que compõem um panorama das artes plásticas contemporâneas em África. Ainda no âmbito da contemporaneidade haverá roda de conversa.

Literatura Africana

Falar da literatura africana é inegavelmente, uma das melhores formas de conhecer as diferentes culturas mergulhadas em uma só e a  realidades do continente. Temas como educação, política, religião, filosofia, economia e direito são abordados por escritores de todos os países africanos, e estudados, analisados e debatidos no mundo inteiro. Por isso, uma das grandes preocupações do FESCALA é trazer ao público brasileiro escritores africanos, no sentido de contribuir com as discussões em curso sobre o ensino de história da África e a negritude no Brasil. Especificamente, nessa edição, serão debatidos temas como oralidade, educação, política e a importância da escrita africana no mundo globalizado.

Toda programação do FESCALA é gratuita para todos os públicos.

Mais informações na página do evento no Facebook.

Negros que votam no militar não acreditam que existe racismo no Brasil

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Foto: Reprodução Instagram

Eu estou há quase 20 anos escrevendo sobre racismo por meio da Internet e há alguns fenômenos da minha comunidade que minha compreensão não consegue  decifrar. Eu consigo entender negros liberais, cristãos, que casam com pessoas de outras etnias, que alisam o cabelo e tudo mais.

Somos complexos como qualquer outro povo, temos nossas preferências e respeitá-las, é um dos aspectos mais importantes da democracia. Somos livres, pelo menos constitucionalmente. 

No entanto, focando no atual estado político, mas especificamente eleitoral, cada vez que eu leio “sou negro/negra e voto no Bolsonaro”, me dá um misto de perplexidade e tristeza. Não sinto raiva, por que a ignorância da maioria dos brasileiros é fruto da falta de educação, de saber como esse país foi construído, de analisar quem trabalhou de graça ( em condições deploráveis)  para encher os bolsos de quem, e quais era as cores dessas pessoas. Se pobreza é negra, não podemos desassociar raça de discussões políticas jamais. 

Comprar discursos eleitorais que não contemplem aspectos raciais  tem, pelo menos, duas problemáticas:

A primeira é ver o mundo na perspectiva da branquitude. Que interesse o homem branco,  patrão de pelo menos uns 90% de todos nós (quando não são mulheres brancas), tem em questões que contemple diversidade e inclusão, se elas significam dividir a fatia do bolo dele? 

O segundo ponto é diretamente ligado ao racismo. Fato que, por conta de uma abolição que aconteceu ontem, no sentido cronológico da história da humanidade, coloca negros e indígenas em condições piores em todos os aspectos sociais e econômicos.  Se é papel do presidente, melhorar as condições sócio-econômicas, mas ele não enxerga cor, temos um problema.

Se você é negro e não gosta do PT e tem seus motivos para isso, é um direito. Porém quando você, por conta disso, dá voto a um candidato que colocou a palavra negro apenas uma vez no seu plano de Governo, você está escolhendo alguém que acha que racismo não existe, portanto, para que a necessidade de estratégias para melhorar a vida das pessoas negras e seus descendentes? 

Houve um aumento de pessoas negras nas classes A e B nos últimos anos e isso está diretamente ligado aos programas do Governo que facilitaram os acessos às universidades. Com mais estudos, melhores empregos, melhor renda. Um ciclo negro virtuoso como merecemos.

Votar no candidato militar significa voltar mil casas em um jogo que já começamos em desvantagem. Ele não quer discutir o racismo, por que quer que você acredite que somos todos iguais. Que a senhora negra que pega  ônibus para trabalhar na casa da patroa branca que já nasceu rica, só não é rica também por não ter se esforçado.

Se sua vida der errado nos próximo 4 anos, com fatores como perda de benefícios trabalhistas, aumento de impostos (para pobres, claro), o candidato militar vai dizer que a culpa é toda sua. E quer saber? Será mesmo. 

“Samba Jazz, O Musical” está em cartaz no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo

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Foto: Elber Marques

Com uma reflexão bem contemporânea e um olhar musical diferente, “Samba Jazz, o Musical“, traz toda a “cadência do samba e as notas tortas do jazz“. O espetáculo é baseado em uma matéria de jornal, onde famílias seriam despejadas de uma ocupação. A partir disso, os autores decidiram criar o musical, que fica em cartaz até o dia 25 de outubro, todas as quintas-feiras, sempre às 21h, no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo.

A obra é escrita por Well Rianc, com músicas e arranjos originais de Victor Pretti. A Roatti Produções Artísticas traz ao público de São Paulo o espetáculo com uma montagem oficial. O espetáculo aborda questões que confrontam com o que acontece atualmente, como situações que vemos frequentemente em jornais ou programas de TV, como o preconceito, seja ele racial ou de gênero, autoestima, sexualidade e abusos, identidade, entre outros temas.

O musical traz uma reflexão bem contemporânea e um olhar musical diferente, nessa história que poderia se passar em qualquer tempo, mas nesse cenário, que é a periferia e com personagens que podemos ou não encontrar pelas ruelas dessa grande São Paulo, temos toda a cadência do samba e as notas tortas do jazz.

“Samba Jazz” mantém a história de quatro famílias que vivem em uma ocupação que, apesar dos seus dramas e lutas diárias, nunca deixaram de sorrir. Apesar das grandes polêmicas junto as personagens, o texto de Well é direto e atual, trazendo ao público a percepção de que a trama pode pertencer ao nosso cotidiano. A peça não propõe julgamentos, nem o que é certo ou errado, no entanto, mostra o lado humano das pessoas, com um espetáculo que faz refletir e sem os diversos estereótipos.

Com a rotatividade de 15 atores/cantores no espetáculo, além da música ao vivo tocada por nove músicos durante a curta temporada, o projeto tem como ideia abrir novos horários para espetáculos, saindo um pouco do fluxo de peças teatrais apenas aos fins de semana. “Queremos propagar arte com qualidade e com um projeto 100% original e brasileiro”, diz Well.

Felicidade por um fio: três gerações buscando aceitação

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Podemos fazer diversas reflexões sobre o filme “Felicidade por um fio” lançado recentemente na Netflix. O filme nos mostra um encontro de gerações entre Violet (personagem principal), sua mãe e Zoe filha do cabeleireiro. E uma forma de racismo trans-geracional (passado de mãe para filha e assim sucessivamente) quando mostra a mãe de Violet a ensinando que cabelo bonito é cabelo liso e que ela deveria estar sempre perfeita, o que provavelmente aprendeu também com sua mãe e apenas transmitiu para sua filha. Por outro lado também mostra Zoe reproduzindo uma fala de seu pai de que ela deveria permanecer com seu cabelo natural, mesmo Zoe convivendo no salão de cabeleireiro e cercada de mulheres que alisam seus cabelos, dessa forma é construída uma contradição na psique de Zoe porque como é possível que seu cabelo natural seja bonito se a maioria das mulheres que vão ao salão alisam seus cabelos? E aqui podemos pensar no poder da mídia que construiu uma ideia de que o ideal de beleza é uma mulher loira do cabelo liso, como é formada a subjetividade das meninas negras, quando as referências não são parecidas com aquilo que elas são?

https://www.youtube.com/watch?v=EZOwfX3bmzQ

O que percebemos é que ambas as personagens vivem sob um ideal do embranquecimento, como explica a psicanalista Neusa Santos em seu livro “Tornar-se negro” vivem tentando se encaixar em um padrão estético que não é o de seu grupo étnico e sim do branco. A mãe de Violet seguia o padrão do cabelo alisado e buscava o ideal da perfeição e o mesmo acontece com Violet ao longo do seu desenvolvimento que tem sua autoestima moldada por esse ideal do embranquecimento. Ela é uma mulher bonita, bem-sucedida financeiramente, com o homem dos seus sonhos e de repente se vê perdida. Perdida de si mesma. Sem saber quem é a Violet que não é perfeita e nem será, mas que até então vivia como se fosse. É lindo ver ao longo do filme a personagem se libertando desse padrão e se empoderando para ser aquilo que ela realmente é. Encontrando-se com seu verdadeiro eu e sendo feliz. E a cena da piscina ,no final, ilustra perfeitamente isso.

Também podemos pensar em como será diferente com Zoe tendo seu pai lhe ensinando que ela é bonita do jeito que é, que seu cabelo natural é lindo, fortalecendo sua autoestima e quando chegar a hora de escolher Zoe terá consciência do que quer ser e se quiser seu cabelo cacheado ou liso ao menos saberá que não estará presa em um ou outro, mas que poderá ser várias em uma só.

O racismo cotidiano deixa marcas em nossa subjetividade. As ideias que são transmitidas para nós por nossos pais muitas vezes vêm carregadas por um racismo velado que está cristalizado em nossa sociedade e permanece dessa forma de geração à geração. Mas como Violet fez no filme é tempo de libertação. Se libertar dos padrões. Se libertar das imposições. Se libertar desse racismo que passa de geração em geração. É hora de se encontrar consigo mesma e ser você. Observe-se e veja a beleza que há dentro de você. Essa mesma beleza define quem você é. Uma pessoa linda e cheia de qualidades.

Sobre autor do texto: Gabriel Basilio é negro, tem 21 anos, é morador da periferia do Grajaú em São Paulo, estudante de psicologia na FMU/SP sendo bolsista pelo ProUni. Estuda as relações raciais e como o racismo afeta a população negra. É administrador da página A Psicologia Contra o Racismo. Participa das reuniões abertas do núcleo de psicologia e relações étnicorraciais do CRP-SP.

Monique Evelle apresenta “Bastidores”, programa de entrevistas da Carta Capital que estreia hoje

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Sempre envolta aos negócios sociais de comunicação e economia criativa, como o Desabafo Social, Radar e a Evelle Consultoria, além de ter feito parte da equipe do Profissão Repórter, da Rede Globo, Monique Evelle agora estreia como apresentadora do programa “Bastidores”, que estreia hoje (4), às 8h, no canal da Carta Capital no youtube.

A ideia de Bastidores é convidar artistas, ativistas, intelectuais e empreendedores para conversamos um pouco sobre os bastidores de suas respectivas áreas de atuação, trazer também humanidade para algumas figuras públicas. Já tenho na lista alguns nomes, como Mel Gonçalves, artista e ex integrante da Banda Uó, Maria Gadú, Lua Leça e outras pessoas. O programa irá acontecer intercalado com a coluna. Hoje lançamos o programa e na semana que vem será a coluna “Desabafo Social”, onde convido pessoas para escrever comigo. Uma semana será vídeo, na outra texto“, explica Monique.

O primeiro programa será com Isaac Silva, jovem estilista baiano, que veste Elza Soares. Sua última coleção homenageou Xica Manicongo, a primeira travesti não-índia do Brasil, escravizada de um sapateiro de Salvador em 1591.

Museu Vale se transfigura na mostra 20/20, que comemora os 20 anos da instituição

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A mostra 20/20 chega ao Museu Vale, no Espírito Santo, a partir do dia 30 de outubro e fica até 25 de fevereiro de 2019. Os artistas Luciano Feijão e Juliana Pessoa levam trabalhos que propõem uma reflexão sobre o negro e as matrizes africanas. Enquanto Fredone Fone irá colorir a fachada do museu com o seu graffiti nas cores preta, branca e vermelha.

Luciano apresenta um contraponto ao que se produziu do negro em posições secundárias e de dominação no imaginário racista, propondo uma superação a essa condição. Em sua obra, a sola do pé feito de papel filtro, golpeada inúmeras vezes com estilete, carrega histórias africanas seculares.

Histórias destruídas pela própria dinâmica escravocrata, que contribuiu para o desenvolvimento de uma subjetividade racista e política de branqueamento da população brasileira. A sola do pé demarca a rota da diáspora africana, é um mapa desterritorializado que se evidencia”, pontua o artista.

Já a artista Juliana Pessoa, mostra desenhos que exploram o imaginário das religiões de matriz africana, através das fotografias de Pierre Verger, fotógrafo e etnólogo francês que viveu em Salvador, onde se dedicou ao estudo da cultura afro-baiana, incluindo a diáspora africana e os aspectos religiosos do Candomblé. Para sua obra, ela escolheu materiais elementares, como carvão, grafite, giz, pigmentos em pó, argila e papel pardo, tendo em vista repercutir a simplicidade dessas religiões de terreiro.

Simples não por serem simplórias ou rudimentares, mas por reconhecerem em cada elemento da natureza – no vigor do próprio corpo – a essência do divino”, explica.

A exposição comemorativa aos 20 anos reúne 20 artistas e oferece uma discussão que dialoga entre artes visuais, literatura, tradição, diáspora, territorialidade, arquitetura, urbanismo, afetos, história da arte e ecologia. A mostra terá 75 trabalhos inéditos, em diversas categorias como grafite, instalações, site specific, gravuras, fotografias, bordado, pinturas e desenhos.

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