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“Oba, a escravidão voltou!” O artista Jairo Peireira encara o racismo durante performance na rua

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Olhares tortos, sorriso de desprezo, frases racistas e muito deboche aqui e a acolá enquanto o número de viaturas policiais só aumentava. Este foi o ambiente onde o cantor, ator e vlogger do Diário Preto, Jairo Pereira encarou durante a performance da obra “Os Mendonças”, parte do projeto “Ainda estamos vivos”, no último sábado (16). A escolha da Oscar Freire, não foi por acaso, por ser a rua que abriga as lojas mais caras do mundo.

Fotos: Roberto Ventura

Por Silvia Nascimento – Inicialmente caminhando com um terno, Jairo foi seguido pelos Mendonças, representados por cinco atores vestindo máscaras confeccionadas pela marionetista e atriz Juliana Notari, que tiveram o rosto do ator como molde. “ Fiz as máscaras com o rosto do Jairo por motivos estéticos, para haver uma unidade”, explica a atriz. “Os Mendonças” representam o sistema de opressão que barra o desenvolvimento dos negros no Brasil. “Escolhemos este nome, por ser um nome muito comum entre os bandeirantes, familias aristocráticas brasileiras e ruralistas”, explica Jairo.

Ao andar em meio a olhares perplexos de quem andava pela rua sofisticada, Jairo é atacado e despido pelos Mendonças, sempre de olhos vendados, até ser banhado de sangue.

Tensão e racismo na Oscar Freire

“Escutei uma pessoa dizendo que Jairo estava tendo o que merecia”, relata Juliana que ficou impressionada com os burburinhos repletos de racismo e preconceito que ela ouviu enquanto o grupo de artistas atuava pelos quarteirões da Oscar Freire.

Ódio e tristeza tomaram Jairo ao constatar o que no fundo ela já previa que aconteceria. “Uma senhora olhou para mim e disse: oba, a escravidão voltou! Foram muitos olhares de desprezo e o número de viaturas de polícia que já é acima da média na Oscar Freire, aumentou enquanto a gente atuava, mas os policiais nem fizeram nada, porque no fundo sabiam do que se tratava e eu os encarei bem de frente”, descreve o ator que acredita que se não fosse a presença das câmeras ele corria um risco real de ser agredido mais do que verbalmente.

Vídeo com a perfomance será lançado no Dia da Consciência Negra

A obra “Os Mendoças” será divulgada exclusivamente no canal Diário Preto, no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. De acordo com o Jairo, essa parceria com a artista Juliana Notari vai continuar e novos atos acontecerão ainda este ano. A perfomance é aberto à participação do público em geral.

Canal do Diário Preto no Youtube
Diário Preto no Facebook.

 

Caso Danilo Gentili : justiça ignora denúncia de vítima de racismo

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“Faz um ano que vivo esse inferno. Descobriram o telefone da minha casa e até o nome da minha esposa”, relata Thiago Ribeiro, o tradutor paulistano que virou alvo de um linchamento virtual ao dizer que denunciaria a Band e o comediante Danilo Gentilli ao Ministério Público por incitação ao racismo em TV aberta, crime previsto no artigo 20º da  Lei Federal nº 7.716/1989. .

Por Silvia Nascimento – No final do mês de Outubro de 2012,  o tradutor Thiago Ribeiro resolveu se manifestar contra as piadas racistas feitas por Gentili em seu programa “Agora é tarde”, veiculado pela Band. Uma piada que associava jogadores de futebol à macacos fez com que o tradutor entrasse em contato com a emissora para obter os dados necessários para a formalização de um denúncia de racismo junto ao Ministério Público. Ao saber das intenções de Thiago, o comediante usou seu Twitter para dar a resposta perguntando “Quantas bananas você quer para deixar essa história para lá”. Gentili rapidamente apagou a mensagem, mas Thiago já tinha tudo gravado, inclusive a enxurrada de ataques racistas que se seguiram e que o fez passar noite acordado para “printar” tudo o que estava acontecendo.

O advogado de Gentilli tentou um acordo com Thiago, mas o tradutor seguiu com as denúncias e as encaminhou a vários órgãos de combate ao racismo.

Morosidade da justiça e descaso do movimento negro

Delegacia de combate a crimes raciais e de intolerância (Decradi), SOS RACISMO, SEPPIR, Conselho da Comunidade negra, OAB SP, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e Ministério Público foram os órgãos onde Thiago, formalizou a denúncia contra Gentilli. “Tive apenas a ajuda Secretaria de Justiça para fazer o boletim de ocorrência e foi isso. Até agora não tive nenhum retorno sobre a minha denúncia ”, detalha Ribeiro.

Nenhuma entidade do movimento negro ofereceu assessoria jurídica a Thiago, mesmo com toda a repercussão pela Internet e as indiretas que o comediante continuou a fazer em seu programa. “Ele chegou a citar meu nome uma vez, mas logo após minha denúncia, ele fazia várias indiretas que eram sobre mim”, relata o tradutor.

O maior desgosto de Thiago, além da demora em uma resposta por parte dos órgãos competentes, foi a falta de mobilização por parte das entidades do movimento negro.

“Essa semana mesmo, voltei a encaminhar e-mails para entidades com vários links mostrando os ataques que sofri, e não tive nenhuma retorno”, desabafa. Ele agora considera levar o caso a órgãos internacionais por não ter tido uma resposta do governo brasileiro.

 Ataques pelo Twitter ainda persistem

Em função da repercussão de uma reportagem antiga referente ao caso republicada  há poucos dias pela Internet, os ataques contra Thiago pelas redes sociais, que na verdade nunca cessaram, se intensificaram.

“Há pessoas dizem que quero aparecer ou  tirar dinheiro do Gentilli”, explica Ribeiro que ainda relata que sente mais solidariedade por parte dos brancos que os seguem no Twitter do que pelos negros, que o acusam de estar sendo “racista e exagerado”, por não terem se sentido ofendidos com as piadas.

Mesmo com o descaso da justiça brasileira e o desamparo das entidades negra, Thiago não desiste. Ele ainda espera resposta dos órgãos onde ele encaminhou a denúncia e as provas e estuda agora mover uma ação também por danos morais contra o comediante. “Danilo Gentili incitou o ódios dos seus fãs que vieram me atacar e eu tive minha vida invadida. Mesmo que eu tenha que procurar ajuda lá fora, eu não vou desistir”, finaliza Ribeiro.

 

 

10 filmes para refletir sobre consciência negra

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Além dos livros, filmes são uma ótima maneira de saber mais sobre História. Nesta semana da consciência negra, selecionamos 10 filmes que te farão refletir sobre a situação dos negros no Brasil e no mundo.

1. Faça a Coisa Certa

Spike Lee – 1989

 httpv://www.youtube.com/watch?v=muc7xqdHudI

Sal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Bedford-Stuyvesant, Brooklyn. Com predominância de negros e latinos, é uma das áreas mais pobres de Nova York. Ele é um cara boa praça, que comanda a pizzaria juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), seus filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee). Sal decora seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do cinema, o que desagrada sua freguesia. No dia mais quente do ano, Buggin’ Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá para comer uma fatia de pizza e reclama por não existirem negros na “Parede da Fama”. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que não terminará bem.

 

2. Conduzindo Miss Daisy

Bruce Beresford – 1989

 httpv://www.youtube.com/watch?v=hlMSj5rv3Ok

Atlanta, 1948; Uma rica judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado, mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas.

3. A Outra História Americana
Tony Kaye – 1998

 httpv://www.youtube.com/watch?v=715wjoUMrro

Um dos melhores filmes sobre o tema racial da década de 1990, não poupa o espectador da violência e do ódio ao mostrar os crimes de uma gangue racista de skin heads, formada por integrantes neonazistas, nos Estados Unidos. O filme tem o poder de mostrar como o ódio racial acaba com a vida tanto de agressores quanto de agredidos, e é contundente, principalmente pela mensagem e pela ótima interpretação de Edward Norton.

4. Amistad
Steven Spielberg – 1998

 httpv://www.youtube.com/watch?v=BJFDOvGMD0U

Baseado em um evento real, este filme relata a incrível história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o navio, La Amistad, é aprisionado, esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino. Uma empolgante batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e mulheres sendo julgados, trata-se simplesmente de uma luta pelos diretos básicos de toda a humanidade: a liberdade.

 5. A Negação do Brasil

Joel Zito Araújo – 2001

 httpv://www.youtube.com/watch?v=gVnxFvMaLSw

O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

 6. Quanto Vale Ou É Por Quilo?
Sergio Bianchi – 2005

 httpv://www.youtube.com/watch?v=pRjhvfQtGig

Adaptação livre do diretor Sérgio Bianchi para o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.

 7. Agosto Negro
Samm Styles – 2007

httpv://www.youtube.com/watch?v=GKlWELvdU2E

A curta vida do ativista condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo, Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a revolução não era uma escolha, mas uma necessidade.

8. Besouro
João Daniel Tikhomiroff – 2010

httpv://www.youtube.com/watch?v=aQzMmeLtfpk

Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.

9. Bróder
Jeferson De – 2011

                                                    httpv://www.youtube.com/watch?v=yZKamCn78DA

Capão Redondo, bairro de São Paulo. Macu (Caio Blat), Jaiminho (Jonathan Haagensen) e Pibe (Sílvio Guindane) são amigos desde a infância e seguiram caminhos distintos ao crescer. Jaiminho tornou-se jogador de futebol, alcançando a fama. Pibe vive com Cláudia e tem um filho com ela, precisando trabalhar muito para pagar as contas de casa. Já Macu entrou para o mundo do crime e está envolvido com os preparativos de um sequestro. Uma festa surpresa organizada por dona Sonia (Cássia Kiss), mãe de Macu, faz com que os três amigos se reencontrem. Em meio à alegria pelo reencontro, a sombra do mundo do crime ameaça a amizade do trio.

 10. Histórias Cruzadas
Tate Taylor – 2012

httpv://www.youtube.com/watch?v=8uHX0_atXN0 

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

Com informações da Biblioteca da Universidade Federal de São Paulo

 

 

10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo

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A Marcha da Consciência Negra em São Paulo comemora 10 anos este ano, tornando-se um dos mais tradicionais eventos políticos da cidade.  Organizado por entidades do movimento negro, esta edição  que acontece no 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, será dividida em 10 blocos temáticos que destacarão temas como violência, cotas, religião, mulheres negras e LGBTT.

Trajeto da marcha

– às 11h: concentração no vão livre do MASP, com atividades culturais
– às 13h: Culto inter-religioso + Ato político
– às 14h:30 início da Marcha que caminha pela AV.Paulista – Consolação
– às 16h chegada no Teatro Municipal
– às 17h: Ato político + encerramento.

Serviço:
10ª Marcha da Consciência Negra
20 de novembro a partir das 11h
Ponto de encontro: Vão Livre do MASP
Mais informações via Facebook: https://www.facebook.com/consciencianegrasp?fref=ts

Ilê Ayê (Mundo Negro) – Música que inspirou a criação do site Mundo Negro

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A moda de Clementina de Jesus

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MODA: CLEMENTINA DE JESUS

Os gêneros musicais são inspirações para a moda e vice e versa. Alguns artistas ditam moda e são verdadeiros ícones da beleza, comportamento e estilo. Um desses gêneros musicais tão inspirador é o samba. Samba de raiz, de roda, de quintal, etc. Reduto de grandes personalidades.

Jaimile Sodré* – Peço licença a realeza em pessoa, Rainha do partido alto, “Rainha Ginga”, Quelé, Clementina de Jesus, carioca, emocionante cantora, que com seu timbre de voz inesquecível representava não só o samba mas o jongo Benguelê1, como ela mesma o denominava, e ainda corimas2, cantos de trabalho 3.

Licença minha diva pra falar de “vosmicê“.

Nascida na comunidade do Carambina, Rio de Janeiro, se mudou ainda jovem pra o bairro de Oswaldo Cruz. Determinada a brilhar, começou sua carreira somente aos 63 anos, pra alguns pode parecer tarde, mas Clementina soube em um curto tempo mostrar sua estrela. Seu talento foi ” descoberto” pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho ( na foto com Clementina) em 1963, levando a participar do show “Rosa de Ouro”.

Apesar de ter visto de perto o surgimento da escola de samba Portela, a sua escola do coração era a Mangueira e a cantava com amor e paixão. Vítima de um derrame, a diva faleceu em 1987. Contudo sua voz não se cala.

E seu estilo nos inspira. Uma de suas características estética era seu turbante. Além dele, utilizava nos seus shows: vestidos brancos de renda ou algodão acinturados e às vezes usava colares, brincos e pulseiras de pérolas.

Pérolas são sinônimos de elegância, prestígio e glamour, principalmente na década de 50, nos tempos atuais são utilizadas em diversas ocasiões. Com um ar romântico faz a composição com os vestidos assinturados de mangas tipo princesa ou bufantes.

Rendas inglesas (que na verdade são as rendas originárias de diversos países da Europa) ou brasileiras (mais conhecidas como renda do norterenda do Ceará ou renda da terra). Bordadas manualmente pelas artesãs locais, valorizando assim nossa cultura.

O turbante, sendo mais popular na moda na década de 60. Sua origem é desconhecida, mas para a religião afrobrasileira, o Candomblé, o turbante (Ojá) tem grande importância ritualística, pois resguarda o Ori 4.É também usado por diversos grupos culturais ligados a cultura negra, como  por exemplo, o Ilê Aiyê.

Clipe que mostra a Diva Chrisette Michele com seu lindo turbante:

httpv://www.youtube.com/watch?v=my_lMpDCrI0

Para leitura desse artigo sugiro algumas músicas pertinentes ao tema.

 Músicas sugeridas cantadas por Clementina de Jesus:

Cangoma me chamou

Músicas Sugeridas cantadas pelo Ilê Aiyê

E ainda aprenda fazer turbante:

http://pimpymakeup.blogspot.com/2010/07/blog-post.html

 Fontes:

  • Entrevista de Gilberto Gil- Correio da Bahia janeiro 2008, reportagem de Gabriela Cruz;
  • Biografia sobre Clementina de Jesus- Site Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • Como Fazer Turbante- Pimpy Make Up
  • Moda da Pérola – blogdamulher.com
  • Renda – http://pt.wikipedia.org/wiki/Renda_(tecido)
  • Turbantes – http://pt.wikipedia.org/wiki/Turbante

Fotos: arquivo.

1-manifestação cultural afro-brasileira, também conhecido como Caxambu, é uma forma de expressão que integra percussão de tambores, canto e dança. O Jongo/Caxambu, presente no Sudeste brasileiro, fez o caminho do café e da cana-de-açúcar, praticado pelos negros de origem bantu, trabalhadores escravizados nas lavouras da região.

2- corimás – similar a caxambu, uma dança dos negros, espécie de batuque ao som do tambor.

3- canto de trabalho – melodias entoadas por pessoas que trabalham em locais fixos.

4- Ori- denominado cabeça em Yorubá, língua de Origem Africana.

 

*Jamille Sodré, Designer de Moda & Produtora de Moda. Sócia – Designer da Bettume, Moda de Estilo.

+contato: www. jamillesodre.blogspot.com

5 Livros sobre Zumbi dos Palmares

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Zumbi  nasceu livre no Quilombo de Palmares em 1655, aos 6 anos foi capturado e se tornou escravo. Em 1670, ele foge  e retorna a Palmares  liderando campanha contra a escravidão e opressão portuguesa.

Em 20 de novembro com 40 anos, vítima de uma traição, ele é morto e decapitado. Sua cabeça foi exposta para dar fim à lenda de que era imortal.  O seus algozes não sabiam, é que ele entraria para História.

Qual o seu nível de conhecimento sobre o maior líder negro da História do Brasil?  Quer saber mais sobre quem  foi e como viveu  Zumbi dos Palmares? Confira 5 livros que relatam vida  do herói negro brasileiro, filho de angolanos que sacrificou sua vida para libertar seu povo.

 

Zumbi o ultimo rei dos palmaresZumbi o ultimo rei dos palmares

 1 – Zumbi, o último Herói dos Palmares
Carla Caruso
Editora Callis

 

de olho em zumbi

2 – De olho em Zumbi dos Palmares – Histórias, símbolos e memória social
Flávio dos Santos Gomes
Editora Companhia das Letras

 

zumbi a história que não foi contada

 3 – Zumbi dos Palmares: A história que não foi contada
Eduardo Fonseca Junior
Editora: Yorubana do Brasil Sociedade Editora Didática Cultural, 2000

 

zumbi-dos-palmares-col-infanto-juvenil-lima-renato-isbn

 4 – Zumbi dos Palmares
Autor: Renato Lima
Editora: Paulus

Zumbi o ultimo rei dos palmares Zumbi dos Palmares   Herói Negro da Nova Consciência Nacional   Saraiva.com.br

5- Zumbi dos Palmares – Herói Negro da Nova Consciência Nacional
Autor: Eduardo Fonseca Jr.
Editora: Atheneu

Conheça os vencedores do Prêmio Abdias Nascimento

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Em cerimônia no Teatro Oi Casa Grande, foram conhecidos na última segunda-feira (11), no Rio de Janeiro, os vencedores do 3º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, organizado pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. O concurso distribuiu R$ 35 mil e revelou, em sete categorias, reportagens que tornaram visíveis o racismo no Brasil e formas de enfrentar o problema, que trava o desenvolvimento socioeconômico do país.

Durante o evento, o UNIC-Rio, órgão das Nações Unidas (ONU), antecipou que será lançada no Brasil uma campanha para que os Estados-membros das Nações Unidas aprovem a Década Internacional de Afrodescendentes*. O evento será realizado dia 20 de novembro, também no Teatro Oi Casa Grande.

Entre os grandes premiados da noite, venceu a categoria Internet o jornalista Ed Wanderley, do jornal Diário de Pernambuco (PE), com o trabalho Infância devolvidas. “A realidade dessas crianças não é fácil, muitas são devolvidas porque são mais ‘escuras’ do que as famílias gostariam”, revelou o jornalista, sobre os bastidores da reportagem.

Na mesma categoria, recebeu menção honrosa a jornalista Lena Azevedo, com a série Jovens negros na mira de grupos de extermínio na Bahia, da Agência Pública (SP). Ao subir ao palco, Lena comemorou o reconhecimento e confessou que o trabalho era um projeto antigo “para dar visibilidade ao extremo do racismo em nossa sociedade”.

Para a coordenadora desta terceira edição do Prêmio e da Cojira-Rio, Sandra Martins, as matérias vencedoras sinalizam para o amadurecimento da imprensa brasileira em relação à igualdade racial. “Observamos, além da excelência profissional, uma clara compreensão da questão racial e também um compromisso dos jornalistas com os direitos humanos”, declarou.

Do jornal A Tarde (BA), saíram as vencedoras da categoria Mídia Impressa. A jornalista Cleidiana Ramos e equipe levaram o prêmio pelo caderno especial Os homens que chamam os deuses para terra. O trabalho fala sobre os sacerdotes músicos de comunidades religiosas de matriz africana, para quem as vencedoras dedicaram o Prêmio.

Categoria Especial

O Abdias Nascimento também valorizou reportagens que discutiram o papel da mulher negra na sociedade. A vencedora da categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros foi a jornalista Vanessa Bugre, da Rádio UFMG Educativa, com a reportagem Pele escura, morte invisível: a violência contra a juventude negra.

A vencedora da categoria Rádio foi a jornalista Neise Marçal e equipe, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, com a reportagem Quilombo de São José, a luta sem fim pela terra. A categoria Mídia Alternativa/Comunitária ficou com Débora Carmelita Junqueira e o trabalho Fora das capas de revista, da Revista Elas por Elas (MG).

Homenagens

Também foram homenageadas na cerimônia as jornalistas gaúchas Jeanice Ramos e Vera Daisy Barcellos, do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros, do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Elas foram precursoras ao discutir nos sindicatos da categoria formas de organizar jornalistas contra o racismo na imprensa e se tornaram referência.

Conheça os vencedores:

Mídia Impressa

Clediana Ramos, Meire Oliveira, Juracy dos Anjos, Camilla França, Maíra Azevedo e Ivana DoraliOs homens que chamam os deuses para terra, Jornal A Tarde-BA

Televisão

Wendell Rodrigues da SilvaParaíba Afro, TV Correio-PB

Rádio

Neise Marçal, Cláudio da Matta e Fábio LuizQuilombo São José, a luta sem fim pela terra, Rádio Nacional do Rio de Janeiro (EBC)

Mídia Alternativa ou Comunitária

Débora Carmelita Junqueira, Fora das capas de revista, Revista Elas por Elas-MG

Internet

Ed Wanderley, Infâncias devolvidas, Diário de Pernambuco-PE

Menção honrosa: Lena AzevedoJovens negros na mira de grupos de extermínio na Bahia, Pública- Agência Pública de Jornalismo Investigativo-SP

Fotografia

Carlos MouraO Vingador?, Correio Braziliense-DF

Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros

Vanessa BugrePele escura, morte invisível: a violência contra a juventude negra, Rádio UFMG Educativa-MG

 

Fonte: Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento

Média salarial de negros é 36% menor, aponta Dieese

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Os negros representam 48,2% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas. Mas, mesmo assim, a média de seu salário chega a ser 36,1% menor do que a de não negros. As diferenças salariais recebem pouca influência da região analisada, das horas trabalhadas ou do setor de atividade econômica, o que significa que os negros efetivamente recebem menos do que os brancos. As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgadas hoje (13).

A pesquisa, realizada entre 2011 e 2012 nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, além do Distrito Federal, aponta desproporção também em relação à formação educacional.

Dos negros trabalhadores, 27,3% não haviam concluído o ensino fundamental (que vai do 1º ao 9° ano) e apenas 11,8% conquistaram o diploma de ensino superior, ao passo que entre os não negros em atividade 17,8% não terminaram o ensino fundamental e 23,4% formaram-se em uma faculdade. E, segundo o Dieese, esse cenário se reflete nos ganhos salariais.

Ainda de acordo com o Dieese, um trabalhador negro com nível superior completo recebe na indústria da transformação, em média, R$ 17,39 por hora, enquanto um não negro chega a receber R$ 29,03 por hora. Isso pode ser explicado porque “o avanço escolar beneficia a todos promovendo o aumento dos ganhos do trabalho, mas de maneira mais expressiva para os não negros”.

As informações são da Agência Brasil

ONU aprova Década do Afrodescendente a partir de 2013

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O ano de 2013 pode marcar o início de um período de aprofundamento do debate sobre os direitos da população afrodescendente. A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução contra o racismo e a discriminação racial e propondo o período de 2013 a 2022 como a Década do Afrodescendente. O documento ainda precisa ser ratificado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas para que a década seja oficialmente proclamada.

A Resolução contra o Racismo e a Discriminação Racial foi aprovada no final de novembro por 127 a 6 (Austrália, Canadá, Israel, Estados Unidos, Ilhas Marshall e República Tcheca), e 47 abstenções. O texto solicita que o presidente da Assembleia-Geral abra processo preparatório informal de consultas intergovernamentais com vistas à proclamação da década, cujo título é Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento.

“A resolução aprovada pede que se inicie um processo de interlocução com os países-membros, visando discutir a implantação da década. Ela também é importante porque dá mais visibilidade ao tema nos fóruns internacionais, o que faz com que os países-membros da ONU comecem a dar importância à temática”, explica o assessor internacional da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), diplomata Albino Proli.

Proli destaca que a resolução também recomenda aos 192 países-membros diretrizes políticas para atender às demandas da população negra no mundo. “A resolução reafirma os propósitos de combate ao racismo e promoção da igualdade racial em nível mundial, já firmados na 3ª Conferencia Mundial contra o Racismo, a Xenofobia, a Discriminação Racial e Intolerância Correlata, que aconteceu em Durban no ano de 2001”

O diplomata explica que a ideia da década surgiu dos movimentos sociais negros e que o processo se intensificou depois da Cúpula Ibero-americana de Alto Nível em Comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes, em Salvador, no final de 2011. “Houve uma interlocução com os movimentos e na Declaração de Salvador consta o apoio à realização de uma Década Afrodescendente.”

O Brasil é o país do mundo com o maior número de afrodescendentes, equivalente a 100 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010. Proli destaca que o governo brasileiro participou da elaboração da resolução e propôs a criação de um observatório de dados estatísticos sobre afrodescendentes na América no Sul e no Caribe e a criação de um fundo ibero-americano em benefício dos afrodescendentes.

A expectativa é que a proclamação da Década Afrodescendente contribua para a criação de um fórum permanente sobre essa população que seja criada uma Declaração Universal dos Direitos dos Povos Afrodescendentes. “Anos atrás, quando a ONU decretou a Década dos Povos Indígenas houve uma série de atividades e debates que resultaram na criação do fórum permanente dos povos indígenas e a criação da Declaração Universal dos Povos Indígenas,” observa Proli.

As informações são da Agência Brasil

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