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O termo macaca : uso da palavra com conotação racista é secular, mas hoje dá cadeia (ou pelo menos deveria)

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Michelle Obama, Titi (filha de Bruno Gagliasso e Gio Ewbank), Ludmilla e Sabrina Paiva. O que essas mulheres negras têm em comum além a pele escura é o fato de terem sido xingadas de macaca publicamente por pessoas racistas. Impossível enumerar as pessoas anônimas que passaram por isso e infelizmente devem ser muitas.

O termo macaco para se referir às pessoas negras tem origem no racismo científico. O escritor Ale Santos, autor do livro Rastros de Resistência explica:

“Em 1906 a gente já tinha o Ota Benga enjaulado em zoológico no Bronx (EUA)  junto com os chimpanzés. A ciência quando criou aquela pseudociência que é frenologia, o estudo do crânio, dizia que o negro se parece mais com o macaco que o branco”.

O poligeísmo, teoria sobre a origem da humanidade,  também faz essa hierarquização das etnias, colocando os negros atrás dos brancos. “Havia a teoria que os negros eram degenerados. Isso começou desde os primeiros zoológicos humanos do Século XVII e XVII, onde eles colocavam os negros em jaulas e depois foi reforçado com a frenologia”.

Uso racista do termo pode dar cadeia

“Por força de deliberação do Superior Tribunal de Justiça  (STJ), injúria racial passou a ser qualificada como espécie de crime de racismo”, explica o advogado Hédio Silva, Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica, que confirma que o crime de racismo pode dar cadeia sim.

Infelizmente por conta da justiça brasileira, configurada em cima do racismo estrutural, ainda são raros os casos de xingamentos racistas que são interpretados como racismo e não injúria.

O advogado especialista em questões raciais, Bruno Cândido explica, que injúria é entendido como um crime de menor potencial ofensivo, e por conta da pena ser menor que 4 anos, ele não leva o agressor à prisão mas ele pode ser processado por danos tendo que indenizar a vítima.

“A vítima precisa fazer um registro de ocorrência, ou uma notícia crime no Ministério Público, que é uma representação. Sendo feito isso, o caso , embora seja de um crime de menor potencial ofensivo desde 2009, não vai mais para o juizado especial e passa a ser encaminhado para vara criminal comum e ali comporta inclusive a composição. Compor é uma saída para gente tentar fazer valer o que a vítima entende como algo que lhe repare e não permitir que o Estado defina o que repara a vítima. Eu já tive casos que pelo Estado minha cliente receberia R$ 2 mil e ela recebeu R$ 10 mil”, detalha Bruno que acrescenta que o risco de impunidade é muito grande . “Não deixamos para o Estado definir quanto vale a nossa dor” diz Cândido.

A injúria racial se for entendida como racismo, pode ter pena igualada ao crime de racismo, previsto no art. 5º, XLII da Constituição Federal de 1988 e na Lei Federal 7716/89 – a ´Lei CAÓ´.

A LEI Nº 7.716 aponta em seu artigo 10, que racismo é “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: reclusão de um a três anos e multa.

No portal de notícias jurídicas Consultor Jurídico os advogados Álvaro Ricardo de Souza Cruz e  Paulo Roberto Iotti Vecchiatt comentam essa mudança na lei em um artigo sobre a Lei do Racismo:

“A questão é que a chamada injúria racial constitui espécie do gênero racismo. É uma das diversas formas possíveis de praticar o racismo. Portanto, é inconstitucional, por irrazoabilidade, não aplicar o regime constitucional do “racismo”, de imprescribilidade e inafiançabilidade, à chamada “injúria racial”. Daí o acerto da decisão do STJ e o descabimento das críticas”.

Racismo é crime. Corra atrás dos seus direitos.

“Senta Macaca”: Record demite operador de câmera racista do programa A Fazenda

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Foi um operador de câmera da emissora que gritou “Vai Macaca, senta logo aí”, quando a ex- Miss São Paulo, Sabrina Paiva, se levantou para pegar um copo de água no noite de ontem (5) durante um episódio de A Fazenda 11, da Record.

O funcionário foi demitido e a emissora emitiu um comunicado oficial sobre o episódio:

“A Record TV informa que ontem, 05/11, durante o reality A Fazenda, ao vivo, um operador de câmera, posicionado atrás de um dos espelhos da sala, fez um comentário racista a respeito da participante Sabrina Paiva.

Imediatamente ao fim do programa, a produtora Teleimage (que presta serviços à Record TV e é a contratante do operador de câmera), identificou o ofensor. Ele foi repreendido e teve seu contrato de trabalho rompido sumariamente.

A Record TV repudia veementemente esta atitude e qualquer tipo de preconceito. Como se trata de ofensa racial, será informado à participante Sabrina Paiva que a ela será dado o direito de fazer a representação legal ao ofensor, se assim quiser e no momento que desejar.

A Record TV e a produtora Teleimage lamentam o fato e não admitem que algo dessa natureza aconteça em suas produções.”

 

“Vai macaca senta aí”: alguém da produção da Fazenda xingou a modelo Sabrina Paiva na frente dos participantes  

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Há uma pessoa tão racista na produção do programa a Fazenda, da Record que ela não se intimidou em gritar, na frente dos participantes, “Vai macaca senta aí”, para fazer a modelo Sabrina Paiva se sentar.  A ex-Miss São Paulo havia se levantado para pegar um copo de água na mesa enquanto ela e os demais participantes aguardavam uma orientação para uma prova na noite de terça-feira (5).

Sabrina não disfarçou o constrangimento enquanto colegas que também escutaram o xingamento, desconversaram. “Ouvi a chuva”, disse um deles.

Logo em seguida em seu quarto, a modelo pode desabafar:

“Eu acho que aquilo (xingamento) foi para mim. A hora que eu estava tomando água, estava todo mundo sentado, aí eu só ouvi uma voz assim ‘senta logo aí macaco’ e um palavrão”, explicou Sabrina.

 

 

 

Até o momento que esse texto foi escrito, a Record não havia se posicionado a respeito do caso, mas nas redes sociais muitos já haviam começado a protestar.

https://twitter.com/franca_rodrigo/status/1191933957610315776?s=21

Os assessores de Sabrina disseram que vão entrar em contato com a produção do programa e exigir esclarecimentos. “Não vamos nos calar, pela Sabrina e por todos que sofrem qualquer tipo de preconceito racial”, disse a postagem do Twitter.

Paulo Rogério viajou pelo mundo, empreendeu, se encontrou com Obama e agora lança livro sobre empreendimentos invisibilizados

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“A proposta do livro é realmente mostrar o empreendedorismo que vai para além do que a gente conhece, a narrativa de empreendedorismo que é o homem branco do Sudeste que cria startup”. Oportunidades invisíveis (Matrix Editora) é uma obra diferente sobre empreendedorismo diverso escrito por Paulo Rogério Nunes. Publicitário, empreendedor e consultor em diversidade, Nunes tem uma vivência bem fora da curva, sobretudo para quem nasceu negro e na Bahia.

Com experiências acadêmicas internacionais em Harvard  (Alumni do Berkman Klein Center da Universidade) e Universidade de Maryland, Paulo Rogério foi escolhido como um dos afrodescedentes mais influentes do mundo, em 2018, pela organização Most Influential People of Africa Descent (MIPAD).Ele é professor do Universidade Católica do Salvador.

Um dos destaques da sua biografia é ter sido escolhido para um encontro privado com o ex-presidente Barack Obama no Brasil e foi o único brasileiro convidado para palestrar no primeiro evento internacional da Fundação Obama, em Chicago. Como empreendedor ele  é também cofundador da Vale do Dendê, que acelera e investe em startups da área criativa e digital em Salvador.

Para saber mais sobre o livro, conversamos com ele:

 Sobre o título, o que ” Oportunidades Invisíveis” realmente quer dizer? Você pensou na perspectiva do afro-empreendedor que ainda carece de conhecimento para aprimorar seu negócio, no Black Money, na falta de investimento, ou foi algo diferente? O que realmente é invisível nesse título?

Paulo Rogério Nunes: O título tem a ver com as oportunidades que a sociedade esquece, negligência e invisibiliza, em diversos pontos. O livro conta a história de dez empreendimentos que surgiram com o tema da diversidade, a partir de uma necessidade própria dos empreendedores, e que muitas empresas grandes nunca perceberam essa necessidade.   tema da diversidade, a partir de uma necessidade própria dos empreendedores, e que muitas empresas grandes nunca perceberam essa necessidade.   Então, recados como o de Diáspora Black que por conta de uma discriminação sofrida por um dos participantes, eles começaram a pensar e desenvolver uma plataforma para melhorar as experiências das pessoas negras em viagem e buscar ambientes seguros, sem discriminação. E a Lady Drive que não é um projeto exclusivamente para negros, mas que tem um foco nas questões das mulheres, que após um assédio que a fundadora sofreu em um táxi, ela criou um aplicativo para criar um ambiente seguro para as mulheres. Falo também da Ana Paula Xongani que visualizou na moda a possibilidade de uma maior representação estética negra. Enfim, eu vou contando a história desses empreendedores que não são visíveis para o mercado, não são visíveis para os investidores, não são visíveis nem mesmo na mídia. Mas que precisam ser divulgados, pois eles têm muito a falar para o Brasil.

Paulo Rogério com a companheira Keila Costa que revisou a obra     (Foto: Érique Batista)

 A ideia do livro veio antes ou depois do seu último encontro com o ex-presidente Americano Barack Obama. A maior parte dos projetos dele está ligada a potencializar talentos para melhorar o futuro do planeta, de que forma o estudo que você fez para o livro pode contribuir para o debate do futuro do país ou há outra pretensão por traz da obra?

A minha ideia de escrever um livro já é um pouco antiga, desde que eu tive a oportunidade de morar no Estados Unidos por conta de uma bolsa de estudos, e ver muita coisa interessante lá, voltei com essa vontade, mas com as atividades profissionais ainda não era o momento de parar para escrever. E aí depois do encontro com o ex-presidente Barack Obama eu tive um estímulo a mais para contar algumas histórias, mas não tem nenhuma relação direta.

Essa obra é um acúmulo das minhas experiências de viagens, das  pessoas que eu conheço que faz o empreendedorismo sem essa romantização e gourmetização, se dá por meio de empreendedorismo real. Aí eu vou contando histórias de outras pessoas, é um pouco de livro-reportagem mas ao mesmo tempo eu falo da minha própria vida e minhas experiências de viagem em países que encaram essa questão da diversidade do mundo dos negócios um pouco melhor.

Eu não posso confirmar 100%, mas eu tenho quase certeza que é o primeiro livro no Brasil que aborda a diversidade no mundo dos negócios na perspectiva direta, diversidade de maneira ampla. Falo de questões raciais, sim, tem a questão negra, mas também tem questões indígenas como tem um caso de um indígena que criou uma plataforma de notícias e música.

Então, eu falo da diversidade LGBT, questões de acessibilidade, enfim, diversidade de um modo geral. Não posso dizer que é o único, mas digo que é um dos poucos livros que abordam esse assunto, e que não estão na área de sociologia, antropologia que são super importantes, mas eu quis trazer esse livro para o campo dos negócios, para aproximar um pouco o mundo dos negócios do social e da discussão sobre diversidade.

Claro que me aprofundei um pouco mais na questão étnico-racial, tem um capítulo inteiro só dedicado a black money porque é um assunto que eu domino mais, os outros assuntos eu dei lugar de fala para as pessoas que entendem, que são de origem das diversidades que estão colocadas ali.

Paulo Rogério com o Diretor Spike Lee (Foto: Arquivo Pessoal)

É contraditório que no país mais negro depois da África haja tanta dificuldade em se praticar o Black Money. Como você tem sentido esse movimento nos últimos anos o que mais falta para avançarmos?

É bastante contraditório que um país como o nosso não tem ainda a rede de apoio e cooperação para o estímulo do empreendedorismo negro. É lamentável, mas é compreensível também, dado a natureza do racismo brasileiro, que sempre se escondeu em torno do mito da democracia racial, sempre de alguma forma colocou essa questão econômica em segundo plano.

Eu acho que é nossa geração agora tá pela primeira vez falando mais abertamente desse tema. Apesar da questão do empreendedorismo negro ser secular, já vem desde o final da escravidão, as mulheres negras lideraram esse processo já que não tinham formas de sobreviver senão empreender, vendendo frutas, acarajé, roupa entre outros. Mas essa geração agora, consegue entender esse elemento como elemento estratégico e político ao mesmo tempo, de criação de empresas negras e praticar o conceito de black money. Eu vejo que isso vem crescendo muito no Brasil todo, destaque nas cidades de São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil, que de uma forma estão criando redes e negócios, seja na área da moda, entretenimento, tecnologia ou economia criativa de modo geral.

Isso é muito bom, algumas histórias que eu conto no livro como a de Xongani, Makeda, Diaspora Black e Laboratório fantasma, são empresas que representam um pouco dessa tendência de crescimento de negócios com perfil de fortalecimento da identidade negra. Um negócio que certamente trabalha com impacto social, todos eles trabalham com essa perspectiva.

 A pauta diversidade chegou nas grandes empresas para ficar ou você acha que é uma moda passageira? Poderia citar uns 3 cases que você acha exemplar?

Olha no livro eu falo muito pouco sobre a questão da diversidade nas empresas tradicionais, das grandes corporações brasileiras, mas eu chamo muita atenção de que essas empresas precisam fazer muito mais do que somente propaganda.

Eu percebo que cresceu muito nos últimos anos, essa preocupação de refletir a diversidade na propaganda, o que é excelente, é uma pauta que é mandada por ativistas e pesquisadores há bastante tempo, mas esse é apenas um passo. O passo mais importante do que a publicidade, é a diversidade dentro das empresas, a diversidade sobretudo na cadeia de valor, na cadeia de suprimentos dessas empresas.

No livro eu conto a história de uma articulação de empresas que investem um bilhão de dólares anualmente e compram produtos a mão de empresas minoritárias, esse tipo de coisa que a gente não tem no Brasil pelo menos não nessa escala.

Então acho que a gente está bastante longe ainda, de chegar nesse nível que alguns países como Estados Unidos, Canadá um pouco do Reino Unido tem, diversidade de cadeia produtiva. As empresas colocam padrões muito altos e só quem consegue entrar nesses padrões são as empresas tradicionais, mesmo na publicidade há uma falta de visão para apoiar projetos publicitários de ativação de marcas nas comunidades. A comunidade negra só é vista responsabilidade social, quando pode ser vista como parceiro de negócios para essas empresas também, ou como poderia ser vista como ativo. O livro é um pouco isso, apesar de não focar tanto no mercado corporativo, eu foquei no empreendedorismo que é outro lado demanda dos empreendedores de fornecer para suas empresas, e também de crescerem, porque se eles crescem o Brasil todo cresce.

Dentro dos cases que você escolheu para abordar no seu livro, quais foram os fatos que mais te surpreenderam?

Todos os cases foram muito interessantes eu darei destaques ao case da rádio Yandê que é a rádio indígena criada por Anápuáka Muniz, que é um case bem interessante porque ele nos mostra como nós somos ignorantes na questão indígena no Brasil.

Não entendemos nuances, as perspectivas.  Eles têm uma rádio há mais de uma década divulgando centenas de línguas indígenas, programas online, revelando artistas de Hip Hop e até de Heavy Metal, e esse é o tipo de informação que a gente não tem acesso.

Gostei também de contar a história do Hand Talk, que é um aplicativo de acessibilidade que permite a gente falar com as pessoas que não são ouvintes, a libra é uma língua brasileira oficial e quase ninguém fala disso. Então esses foram um dos cases interessantes, mas todos eles os leitores vão ver que são cases muito especiais, eu fiz essa curadoria pensando em trazer o melhor dessas áreas para que as pessoas pudessem conhecer. Obviamente não é um livro que feche o assunto, eu vou colocar mais conteúdo em breve no site do livro, porque tem muitas histórias que nunca foram contados e precisam ser contadas.

A proposta do livro é realmente mostrar o empreendedorismo que vai para além do que a gente conhece, a narrativa de empreendedorismo que é o homem branco do Sudeste que cria startup. Eu queria contar histórias diferentes e o foco do livro é exatamente mostrar que empreendedorismo é muito mais do que a gente vê na mídia comumente, é descolonizar um pouco essa visão do empreendedorismo. Mostrar que tem muita potência empreendedora, contar histórias de empreendedores que estão fora do radar das grandes empresas.

É preciso desgourmetizar o empreendedorismo, no sentido de mostrar pra eles o que vem da base, o que tem nas comunidades e nas necessidades das pessoas. Por que empreender é resolver problema, a essência de empreender é isso, muitas vezes as pessoas esquecem desse ponto, e a gente tem muitos problemas e consequentemente tem muitas possibilidades de resolver, criar soluções e inovar, essa é a perspectiva do livro.

Oportunidades invisíveis – Aprenda a inovar com empresas que apostam na diversidade e geram riqueza
Paulo Rogério Nunes – Editora Matrix
144 páginas
R$ 31,00

Fotos do lançamento do livro: Érique Batista 

“Foram 21 horas de narração!”: Audiolivro de Michelle Obama com voz da Maju será lançado em dezembro

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Como já noticiamos por aqui, a jornalista Maju Coutinho, apresentadora do Jornal Hoje é a voz de Michelle Obama na biografia da ex-primeira dama dos EUA,  Minha História.

Depois de 21 horas, a Maju celebrou a conclusão do processo de narração da obra, best-seller em vários países com mais de 10 milhões de exemplares vendidos. “E assim chegamos ao último capítulo do livro “Minha História”, de Michelle Obama. Foram 21 horas de narração desse audiolivro, mas ainda tem trabalho pela frente: edição e correção”, detalha Coutinho.

https://www.instagram.com/p/B4dsaVppYJF/

O livro será lançado no dia 2 de Dezembro pela Companhia das Letras.

 

 

Leandro Firmino tem uma das famílias mais lindas para se acompanhar no Instagram

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Representatividade positiva. Como precisamos disso! O ator e empresário Leandro Firmino usa o Instagram para ostentar sua bela família.  Residindo em São Gonçalo (RJ), com a mulher, Letícia da Hora, e os dois filhos, de 7 e 2 anos, o ator não economiza nas postagens repletas de mensagens de amor à esposa e aos herdeiros.

Firmino aparece fazendo churrasco, brincando na piscina com os filhos, curtindo a esposa, fazendo pose com o irmão, reunindo os parentes no Hotel fazenda. É uma delícia de acompanhar.

O ator Leandro Firmino tem uma carreira marcada por sua excepcional atuação como Zé Pequeno, no icônico Cidade de Deus.  Ele fez parte do elenco de Órfãos da Terra interpretando um policial em sua primeira novela. O ator ainda poderá ser visto na série Impuros da Fox.

 

Intolerância: Casa de Oxumaré notifica Facebook extrajudicialmente pedindo remoção de postagens ofensivas de Luisa Mell

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Em um país onde a intolerância religiosa promove atos violentos contra praticantes das religiões de matriz africana, é irresponsável associar à violência animal ao candomblé ou umbanda. Essa porém essa é uma prática frequente da ativista Luisa Mell, um dos principais nomes da militância em defesa dos animais, sobretudo domésticos.

Suas últimas postagens mais polêmicas, feita entre os dias 24 e 25 de outubro levou a Casa de Oxumarê (BA), um dos mais antigos e renomados terreiros do Brasil, a tomar previdências jurídicas.  Nessa segunda-feira (04/11) a Casa ingressou com uma notificação extrajudicial para que o Facebook remova postagens difamatórias e ofensivas divulgadas por Luisa Mell no Instagram e no próprio Facebook.

Conteúdo ofensivo

No texto da postagem, abaixo de uma foto de um cão com patas amputadas, Luisa Mell faz a seguinte afirmação:

“Não tenho palavras, só choro. Em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual, esse filhotinho teve as duas patinhas de trás e as orelhas cortadas, lentamente. Conseguimos fazer seu resgate antes de seu ‘sacrifício final’ e ele está conosco agora. Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia. O que ele fez a esse deus para que lhe causassem tanto sofrimento, tanta dor? Nunca, nunca vou entender. Nunca irei concordar. Minha religião sempre foi e sempre será meus atos. Ele está medicado, vai passar por cirurgia e precisaremos criar próteses para ele.

O notificação destaca os termos usados na publicação de Mell  entre eles,  “religião”, “crença alheia”, “ritual”, “ritual macabro”, “esse deus”, “sacrifício”, “sacrifício final”.

“Segundo a postagem, o cão teria sido “resgatado” de um ritual, mas não há qualquer menção ao tipo de ritual, templo, local, dia e hora do suposto resgate. Embora todos saibamos que judeus e muçulmanos também possuem rituais de abate religioso de animais, no imaginário social brasileiro, abate animal está associado exclusivamente às religiões afro-brasileiras. A mensagem é direta, cristalina e inequívoca: induz as pessoas a associarem religiões afro-brasileiras com crueldade e maus tratos contra animais. A postagem constrange, ofende, difama, incita o ódio e a intolerância religiosa contra os milhões de brasileiros que professam as religiões afro-brasileiras.”, detalha a Casa em nota à imprensa.

O Facebook terá o prazo de cinco dias úteis para remover os conteúdos, e, caso não o faça, serão adotadas medidas judiciais contra o aplicativo e a  Luisa Mell.

A Casa de Oxumaré está sendo representada pelos advogados Dr. Hédio Silva Jr., Dr. Antônio Basílio Filho e Dr. Jáder Freire de Macedo Júnior, dirigentes do IDAFRO – Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras.

“O racismo está longe de acabar”: Hamilton nunca negou sua negritude e como o racismo impactou sua vida

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A web celebrou o sexto título de campeão de Fórmula 1 conquistado por Lewis Hamilton (34) nesse último domingo (3/11) nos EUA.  Ele está apenas um título atrás do recordista Michael Shumacher.

Por ser o único piloto negro da Fórmula 1, há quem cobre dele um posicionamento sobre questões raciais. Felizmente, Hamilton não esconde que o racismo sempre esteve presente na sua vida pessoal e profissional.

O chefe da Mercedes Toto Wolff, equipe que o piloto atua, disse em entrevista ao site Telegraph que Hamilton carrega em si as cicatrizes do racismo:

“Se isso acontecer a uma criança de oito ou 10 anos, ela deixa cicatrizes que não desaparecem. Se, quando criança, você precisa superar a discriminação por abuso, por um lado, faz de você uma personalidade mais forte. Por outro lado, também deixa cicatrizes. Hoje, Lewis tem uma perspectiva boa e madura, mas as cicatrizes certamente estão lá”, acredita Wolff.

Não foram poucos os momentos que o próprio Hamilton deu ao racismo o crédito por muitas dificuldades em suas corridas. Quando perguntado o motivo pelo qual ele havia sido penalizado no Grande Prêmio de Mônaco de 2011, ele respondeu com tom irônico : “Talvez seja porque eu sou negro”.

O piloto também se posicionou sobre um episódio de racismo ocorrido durante as eliminatórias da EuroCopa 2020, onde a torcida de Montenegro cantou termos racistas contra os jogares negros do time da Inglaterra.

“É insano pensar que nestes tempos o racismo ainda é algo muito proeminente no mundo. Está realmente aqui, no mundo todo. É triste de ver. Não parece que vai mudar muito nos próximos anos. É ótimo ver gente se levantando e dando apoio, mas não parece ser algo que mudará em curto prazo, o racismo está longe de acabar”, afirmou o piloto hexacampeão.

E para não restar dúvidas sobre seu orgulho negro, Hamilton tem em seu Insta uma foto ao lado da apresentadora Oprah Winfrey com a legenda : “Oprah para Presidente”.

https://www.instagram.com/p/Bumf1LiluLW/?igshid=wp2m4yt92jih

Linn da Quebrada e Magá Moura apresentam festa ‘Black To The Future’, parceria entre AfroPunk e Feira Preta

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São 18 anos de Feira Preta e um combo de atrações chega ao festival, que este ano montou a festa ‘Black To The Future’, em parceria com o AfroPunk. E para apresentar essa festa foram convidadas a cantora e atriz, Linn da Quebrada e a embaixadora brasileira do AfroPunk, Magá Moura.

A festá acontece na Audio, em São Paulo, com shows de artistas brasileiros como BaianaSystem, Black Pantera, Baco Exu do Blues, Aya Bass Featuring de Luedji Luna, Xenia França e Larissa Luz, Karol Conka, Rincon Sapiência, Young Piva, Batekoo e New York DJ MikeQ.

Dia 19:
BaianaSystem
Aya Bass feat: Luedji Luna, Xênia França, Larissa Luz
Karol Conka
Rincon Sapiência
MikeQ
House of Black Velvet
Aisha Mbikila

Dia 20:
Baco Exu Do Blues
CeloDut
DKVPZ
Gabz
Young Piva
Virus

O passaporte para os dois dias de evento custa R$ 60 a meia e R$ 120 a inteira.

Compra de ingressos:

https://www.ticket360.com.br/evento/11407/ingressos-para-afropunk-feira-preta-apresentam

“Sempre pintei”: Ingrid Silva comemora a primeira sapatilha com o seu tom de pele em 11 anos de carreira

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A comunidade negra tem avançado em vários setores, contudo, se olharmos microscopicamente há aspectos sócio-culturais ainda muito atrasados, quase inertes.

É difícil de acreditar que um dos maiores destaques da dança da atualidade, Ingrid Silva, primeira bailarina da renomada companhia Dance Theatre of Harlem, só após 11 anos de carreira conseguiu comprar a primeira sapatilha com a cor da sua pele. E olha que ela mora nos EUA, país com mais diversidade em produtos que o Brasil.

No visual a bailarina, a sapatilha é algo muito discreto por ser uma forma de extensão do corpo e portanto, para quem tem pele negra, o calçado rosado ou muito claro, não funciona.

Ingrid usou suas redes sociais para celebrar essa conquista que ela acertadamente define como revolucionária: “Pelos últimos 11 anos, eu sempre pintei a minha sapatilha. E finalmente não vou ter mais que fazer isso! FINALMENTE. E uma sensação de dever cumprido, de revolução feita, viva a diversidade no mundo da dança. E que avanço viu demoro mas chego! A vitória não é somente minha e sim de muitas futuras bailarinas negras que virão por aí”.

As sapatilhas são feitas pela Chacott, uma marca japonesa, mas importada pela Freed London.

Conversei um pouco com ela sobre esse momento histórico:

Qual a primeira coisa que veio em sua mente quando você colocou suas novas sapatilhas no pé? 
A primeira coisa que veio a minha cabeça foi: ‘ finalmente a diversidade no mundo da dança está começando a ser aceita!’.

Queria deixar claro que não simplesmente comprei está sapatilha, eles customizaram especialmente para mim. Eu juro que achei que iria me aposentar e não ver este dia, mas graças ao meu ativismo e luta! Eu consegui. É um ato revolucionário!

Então a customização foi algo que você pediu?

Sim, claro, eu pedi. Já estava conversando com eles, há anos e em fevereiro deste ano, nós conversamos sobre a possibilidade de fazê-la. Depois desde lá, até agora, demorou esse tempo para customização e para chegada aqui em Nova Iorque.

Na minha ignorância achava que a questão maior na estética do balé, era só no cabelo e penteados. Nunca pensei nas sapatilhas. 

Sim cabelo, sapatilha, meia… Tem muita coisa em jogo. As pessoas não sabem.  Agora a luta será por meia calça e colans da cor da pele. Seguimos lutando.

(Fotos: Arquivo pessoal/Instagram)

 

 

 

 

 

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