O pai de Jacob Blake, que foi baleado pela polícia norte-americana no último domingo (23), declarou ao Chigado Sun Times que o filho estaria paralisado da cintura para baixo após levar oito tiros durante abordagem policial em Kenosha, Winsconsin, nos Estados Unidos.
Ele afirma que Jacob foi baelado oito vezes e que os médicos não sabem se a paralisia será permanente. O pai, também chamado Jacob Blake, diz que o filho está com “oito buracos” pelo corpo, em referência aos ferimentos causados pelas balas.
Inconsolável o pai questiona: “O que justificou todos aqueles tiros?” disse seu pai. “O que justificava fazer isso na frente dos meus netos? O que estamos fazendo?”.
O pai de Jacob disse que o filho “é um indivíduo muito generoso”. “Se você estivesse precisando de algo e meu filho tivesse, ele não hesitaria em dar. Ele é um indivíduo muito generoso.”
“Quero colocar minha mão no rosto do meu filho e beijá-lo na testa, então vou ficar bem”, disse o pai de Blake. Ele está em Charlotte, na Carolina do Norte, e espera encontrar o filho ainda hoje.
Blake vive em Kenosha há três anos, segundo contou o pai. Ele tem seis filhos, com idades entre 3 e 13 anos.
Imagens gravadas por uma testemunha mostram Jacob saindo de trás de um carro onde estão também três policiais. Dois deles sacam as armas e o seguem. O homem abre a porta do carro, um policial puxa a camiseta dele e começa a atirar.
O advogado da família disse que Jacob tentava separar uma briga entre duas mulheres quando a polícia chegou e que os filhos de três, cinco, e oito anos estavam no carro no momento dos tiros.
Blackface (em tradução livre “rosto preto” ou “cara negra”) é um termo que, em teoria corresponde a pintar o rosto com tinta para se aproximar da cor de pele de uma pessoa negra. Na prática, porém, é uma ferramenta de ridicularização e apagamento de pessoas negras há séculos. Blackface vai além de jogar tinta preta no rosto, envolve também pintar os lábios com contorno vermelho para parecerem maiores. Essa prática foi popularizada por atores brancos no século XIX que também faziam uso de sotaques e estereótipos atribuídos aos negros norte-americanos. Já no século XX, blackface passou a ser utilizado no teatro, agora sem os lábios exagerados para atores brancos interpretarem personagens negros, já que atores negros eram “raros” na época.
Figura 1 Exemplo de Blackface protagonizado por atores brancos em programa do canal britânico BBC
Como exemplo é possível citar Nascimento de uma Nação (1915) onde atores brancos, pintados como negros, eram retratados dessa forma desumanizada e colocados enquanto vilões, ao passo que a Ku Klux Klan fora retratada de forma positiva. Nascimento de uma Nação, inclusive, é considerado um clássico do cinema por estabelecer diversas linguagens importantes para o cinema, então Hollywood e a história do cinema mundial possuem essa mancha racista.
Este não foi e não é a única forma de estereótipo racista da história do cinema, temos alguns outros como “mandingo” que se encontra no espectro da hipersexualização de homens negros e desumanização de seus corpos, além dos papéis que atribuem subserviência, agressividade, vadiagem e criminalidade como características inatas de pessoas negras.
Na discussão desses estereótipos é importante ter em mente que o problema é a repetição desses personagens. Isso porque, além de limitar as possibilidades de atuação de pessoas negras, contribui na atribuição de caracterização de raiva, agressividade e subserviência como aspectos negros, além da claríssima hipersexualização repetitiva. Então, para muitas pessoas, blackface pode parecer algo simples e inocente, mas a história que ele carrega não é tão inocente assim.
Infelizmente muitas das obras que fazem parte da história do cinema acabam trazendo consigo os problemas racistas de sua época. Esses problemas ecoam até os dias de hoje e, na tentativa de resolver esse problema, quando um serviço de streaming coloca em seu catálogo um desses clássicos, muitas questões éticas e morais são levantadas: É preciso remover alguma cena? Colocar um aviso antes da exibição? Retirar da plataforma de uma vez?
É necessário notar que, dada a discussão, fica evidente a falta de preparo dos estúdios e corporações com o tema (ou seria a falta de interesse?). Os filmes sempre estiveram ali com esse conteúdo e qualquer um que estude um pouco sobre história do cinema descobre que as primeiras produções eram escancaradamente racistas. Essa discussão sempre existiu, com o passar do tempo fica cada vez mais incoerente e difícil aceitar que os estúdios aleguem inocência em suas justificativas.
Desde os anos 60, quando aconteceram nos Estados Unidos os movimentos por Direitos Civis negros, todas as obras anteriores já haviam sido pauta dentro da comunidade. Portanto, quando apontado que E o Vento Levou (1939) carrega conteúdo racista, é importante lembrar que essa não é uma discussão nova, ela já existe há muito tempo. Mas Hollywood sempre foi liderada por pessoas brancas com histórico de silenciamento de vozes negras, elas tomam para si aquilo que acham ser correto, voltando atrás somente quando a imagem ou o boicote social atinge seus bolsos.
Community e Blackface:
Dado os protestos antirracistas que aconteceram nos Estados Unidos e no mundo, muito da história e cultura pop está sendo revista. Seja “censurando” filmes antigos que continham discursos racistas – mais óbvios -, ou trocando dubladores de personagens de desenhos negros porque o ator é branco. Um caso mais polêmico disso foi a Netflix tirando o episódio “Advanced Dungeons & Dragons”, da série Community (2009), do ar. Nele, os personagens se juntam para jogar uma campanha de D&D e Ben Chang, personagem de Ken Jeong, pinta seu rosto com tinta preta, coloca orelhas pontudas e veste uma peruca prata para interpretar um Dark Elf ou Elfo sombrio.
Conseguimos concluir de forma clara que não foi um caso de blackface em nenhum nível, mas parte da piada poderia ser interpretada como blackface e isso foi o suficiente para a empresa tirar o episódio de sua plataforma, deixando vários fãs frustrados por ser considerado um dos melhores episódios da série e o serviço de streaming. Comportamento esse que, infelizmente, grandes corporações preferem tomar. Não pareceram se importar com o contexto ou intenção da cena e sequer ouviram os argumentos e preocupações da luta negra, tornando o acontecido uma óbvia tentativa de controle de danos para evitar críticas.
O que nos frustra diante dessa situação toda é justamente o comportamento e a forma como os grandes estúdios lidam com tais situações, tomando atitudes apenas quando os erros são apontados e correndo com decisões precipitadas para evitar as justas críticas. Quando questionadas, alegam ignorância ou se colocam como uma corporação que decidiu mudar para acompanhar a evolução de nossa sociedade, mas se pararmos para observar… A nossa sociedade evoluiu para essas discussões somente agora?
Enquanto a discussão acaba sendo sobre censurar ou só emitir um aviso, não parece haver uma tentativa de entender quão nocivo pode ser tal conteúdo caso nenhuma intervenção seja feita. Claro que, como um retrato do momento em que esses filmes foram lançados, pode até ser interessante os usar como exemplos de representações racistas da época, mas em que ponto se torna necessário assistir a um filme de 4 horas onde esse retrato é glamourizado?
Falta profundidade no debate sobre como lidar com essas situações e enquanto tivermos estúdios agindo apenas em modo de defesa para controle de crises públicas com relação a essas temáticas, não teremos o aprofundamento sério que elas exigem.
Houve alguma grande mudança de alguns anos para cá em relação à inclusão de personagens negros nas histórias?
Sim, tivemos algumas mudanças na representação, embora muitos dos problemas ainda continuem a se repetir. Temos alguns avanços com filmes que estão rompendo essas barreiras tanto nas telas quanto por trás delas com posições de direção, roteiro, montagem e demais áreas que compreendem a produção de um filme sendo feitas por pessoas negras. A passos tímidos estamos avançando.
O grande problema dessas concepções racistas é a repetição dessas representações. Não haveria problema se um ou outro filme tivessem alguns estereótipos do tipo, desde que outras produções fossem diversas. A questão é que aparentemente os filmes enxergam negros SOMENTE dessa forma e isso limita atores negros, passam mensagens negativas generalizadas de pessoas negras e reforçam estereótipos sociais extremamente prejudiciais.
Para além da representatividade (negros em papéis), é necessário pensar em como essa representação está sendo feita. Reforçar estereótipos racistas não torna essas produções menos problemáticas das que não possuem representatividade nenhuma.
Reconhecido como um dos negros mais influentes do mundo pelo MIPAD, e capa da GQ de Julho/Agosto, Renê Silva é o convidado do Trace Papo desta terça-feira (25). A entrevista completa irá ao ar, às 22h30, no Trace Trends, na Rede TV!.
Há 15 anos, o jornalista e empreendedor social Renê Silva tem se dedicado a trazer um novo olhar para a cobertura jornalística dentro das comunidades no Brasil. Para ele, dez anos depois da ocupação no Complexo do Alemão, em que se tornou notícia com a criação do jornal Voz da Comunidade, pouca coisa mudou na cobertura da mídia sobre a periferia.
Em uma conversa franca com os apresentadores Ad Junior e Alberto Pereira Jr., Renê fala sobre a importância da diversidade de vozes nas comunidades e como tem sido estar à frente de iniciativas inovadoras neste sentido. “Eu acredito que a comunicação comunitária é, de fato, um meio muito importante de transformação social, pelo qual conseguimos fazer uma mudança social dentro de um território (…) acaba se tornando um veículo de comunicação importantíssimo, que faz o papel que deveria ser da grande mídia. É por isso que surgem as mídias comunitárias”, explica.
Realizado em parceria com a TRACE – empresa global de entretenimento recém-chegada ao Brasil -, TRACE Trends tem uma hora de duração e aborda a cultura afro-urbana trazendo novidades, tendências, análises, entrevistas, música, artistas ascendentes e top clipes.
Conteúdo sobre aceitação e autoamor que ignora as opressões estruturais é igual ao discurso de mindset meritocrático.
A pessoa acredita e prega que todes no mundo precisam apenas mudar o “mindset” para se amar porque não entende que as estruturas de opressão são uma força que está sempre nos pressionando a fazer justamente o contrário, a nos odiar.
Geralmente são pessoas que não tem a sua própria existência questionada pela sua cor de pele e acabam trazendo nos seus discursos online a sensação de que quem não se ama, não se ama porque não quer. E não percebe o mecanismo social que nos entrega rejeição o tempo todo.
Eu concordo sim que precisamos parar de pensar sobre nós mesmas da maneira como querem que pensemos, precisamos parar de olhar-nos para como o sistema nos olha, precisamos libertar o nosso corpo, mente e espírito. Dá para fazer isso sim, mas é trabalho para uma vida.
Não é fácil ter auto estima sem renda para se manter, ficar bem na solidão total, estar numa boa quando ninguém te apoia, se sentir segura quando você não tem ouvido para desabafar, se curar emocionalmente sem sistema de saúde , nada disso é moleza, não se resume a foto no espelho.
O que eu venho tentando fazer é estar bem apesar de tudo isso, estar bem enquanto enfrento as opressões, criar caminhos onde essas coisas não me matem e onde enfrentamento também não me adoeça. NÃO DÁ PARA IGNORAR TUDO.
É sobre: como podemos ir nos libertando e ir sentindo o máximo de prazer possível? Como podemos, apesar de tudo isso, nos sentir bem? Como podemos não enlouquecer lutando pela nossa existência? Como podemos também celebrar pelas nossas vidas e não apenas lutar e lutar?
Temos sim, muitas vezes que mudar como pensamos como sobre nós mesmas. Mas esse pensamento não nasce com a gente, esse pensamento é uma estratégia de dominação e opressão que mata pessoas diariamente. Não adianta culpar o indivíduo como se o sistema não tivesse nada a ver com isso.
Um seguidor de Eric Ferrell, que foi cabeleireiro e maquiador de Aaliyah, perguntou á ele qual postura a cantora teria em relação ao governo Trump, e ele disse que ela se posicionaria abertamente sobre isso. ”Ela tinha opiniões muito fortes sobre as questões sociais! Ela era uma aliada muito comprometida com a comunidade LGBTQ”– disse Ferrell.
Ele ainda continuou, contando um episódio que aconteceu nos bastidores do filme Romeu Tem Que Morrer:“Certa vez, ela pressionou com muita força um colega ator que estava continuamente provocando um membro gay da equipe no set de Romeu ”, revelou o profissional. “Como o homem tinha um estilo extravagante, o ator achou que era engraçado mirar nele. Bem, ela foi direto nele e o fez se desculpar na frente de toda a equipe”
Apesar de não revelar quem era o ator em questão, Eric Ferrell fez questão de dizer que não se tratava de Antony Anderson, Delroy Lindo e nem de Jet Li. Quando um de seus seguidores palpitou sobre a possibilidade de se tratar de Isaiah Washington, ele curtiu o comentário. Vale lembrar que Isaiah, já se envolveu em um caso de homofobia enquanto trabalhava na série Grey’s Anatomy. Existem boatos dele ter insultado T.R Kinght com palavras preconceituosas, pouco tempo antes do artista vir a público revelar sua orientação sexual. Isaiah, foi demitido da série algum tempo depois da confusão.
Aaliyah, faleceu em um acidente de avião nas Bahamas em 25 de agosto de 2001, durante as gravações do clipe da canção Rock The Boat. As filmagens para o longa ”Romeu Tem Que Morrer” aconteceram um ano antes da tragédia.
Por conta da pandemia, quase metade dos brasileiros afirmam ter sofrido uma queda da renda familiar. Essa queda, de acordo com o Datafolha, foi ainda maior entre as famílias com renda de até 2 salários mínimos, principalmente nas classes C e D, que abrangem cerca de 58 milhões de brasileiros. Em julho deste ano, a taxa de desemprego no país chegou a 13,3%, ou seja, mais de 12 milhões de brasileiros estão desempregados, aponta a Pnad.
Este é o retrato de um momento difícil que desencadeou uma crise financeira para grande parte dos brasileiros. As famílias que mais sofrem com essa situação são aquelas que, historicamente, já possuem menos recursos e estão nas classes mais pobres, com menos acesso a saúde, saneamento e educação de qualidade. Com isso, as desigualdades do nosso país ficam ainda mais evidentes e tendem a crescer.
Nesse contexto, pensar em educar financeiramente as famílias brasileiras é uma necessidade, seja com iniciativas para os adultos, jovens ou para as crianças. Engana-se quem acredita que educação financeira é apenas sobre juros compostos e bolsa de valores. Ser educado financeiramente significa ter a capacidade de fazer escolhas financeiras bem informadas, que envolvam economia, investimentos, crédito e outros temas.
A falta desse conhecimento, junto a um contexto econômico e social cada vez mais difícil, resulta em situações que nós já conhecemos: falta de controle financeiro, contratação de crédito com juros abusivos, maior exposição a fraudes e golpes financeiros, falta de grana para emergências e alcançar sonhos e, principalmente, falta de conhecimento sobre o mundo dos investimentos, que é a chave para a evolução financeira e melhoria das próximas gerações.
As aulas acontecerão entre os dias 30 de agosto e 06 de setembro e abordarão 4 temas:
– Como começar a investir do zero?
– Quanto rende um investimento de R$100?
– Vale a pena andar de Uber ou comprar um carro?
– É melhor comprar uma casa própria ou alugar?
Além disso, a Barkus irá sortear uma mentoria individual e o(a) beneficiado(a) terá um acompanhamento financeiro personalizado pelo time de educadores da empresa.
No início de setembro, a Barkus irá lançar um curso online completo, que abordará organização e planejamento financeiro, uso do crédito, endividamento, investimentos de renda fixa e investimentos de renda variável, com acompanhamento de educadores financeiros e apoio de diversos parceiros. A empresa é adepta do financiamento cruzado: a cada inscrição paga, uma inscrição é doada para quem não pode pagar pelo curso. Negros, mulheres e jovens de baixa renda serão os principais beneficiados pelas bolsas.
Na sexta-feira (21) moradores do Jardim Varginha foram ao sepultamento de Vera Lúcia da Silva Santos, a líder comunitária de 64 anos estava desaparecida desde o dia 16 de julho. Dois dias depois, um corpo carbonizado foi encontrado no porta-malas de seu veículo, também incendiado. A polícia trabalha com a possibilidade de o assassinato ter sido motivado pelo dinheiro movimentado pela ONG Auri Verde, liderada por Vera e que gerencia, em convênio com a prefeitura, as creches, um centro para crianças e adolescentes e o espaço para uso da comunidade.
O carro estava a cerca de cinco quilômetros do local de onde ela teria sumido, segundo a investigação. Devido ao estágio de decomposição do cadáver, a polícia teve que realizar um exame DNA para identificá-lo. O resultado só saiu nesta semana. Realmente era Vera.
Em entrevista à TV Globo, o delegado Marcelo Jacobucci, do DHPP, afirmou que a principal linha de apuração é a saúde financeira da ONG, que movimentava um montante considerável de dinheiro devido aos contratos com a prefeitura. O crime chama a atenção pelo teor do trabalho de Vera. As seis creches possuem capacidade para atender até 1.018 crianças de 0 a 3 anos. Já o centro podia receber até 180 crianças e adolescentes para atividades artísticas e culturais. Ao todo, a entidade emprega 130 funcionários.
Nascida em Taperoá, no sul da Bahia, Vera Lúcia chegou a São Paulo em 1975. Veio para ser empregada doméstica em uma residência no bairro do Paraíso, após trabalhar em uma casa de Salvador.
Vera, que deixou cinco filhos, perdeu a mãe quando tinha apenas três anos. O pai acabou por deixar cada um dos filhos sob os cuidados de uma pessoa na cidade e até os seus 15 anos, Vera pensava se chamar Joana, nome dado pela família adotiva. Ela só veio a descobrir sua identidade quando encontrou um tio. O homem disse que seu nome de batismo era Vera Lúcia, em homenagem à avó, Veridiana, e à mãe, Lucília.
Vera fundou a Sociedade Amigos do Jardim Auri Verde, que nasceu para regularizar loteamentos e pressionar a prefeitura para ampliar o saneamento básico. Em vídeo gravado pela ONG, a líder comunitária afirmou que tudo o que havia conquistado era fruto do trabalho em comunidade: “Eu, Vera, não fiz nada sozinha, não, nós fizemos juntos e juntos, um a um. Juntos, a gente conseguiu.”
As cantoras Brandy e Monica vão participar de uma batalha de hits no “Verzuz”, um programa que é transmitido ao vivo pelo Instagram e depois fica disponível na Apple Music. A disputa entre as duas está marcada para o dia 31 de agosto às 21h (horário de Brasília).
A notícia foi divulgada no último sábado (22) pelo perfil oficial do “Verzuz” no Instagram. “Se preparem para as rainhas”, escreveu na legenda.
Brandy Rayana Norwood é uma cantora, atriz e modelo norte-americana. Em 1993, lançou seu álbum de estréia auto intitulado, que foi certificado quatro vezes platina, nos Estados Unidos.
Já Monica Denise Arnold, lançou seu álbum de estreia em 1995 de Atlanta, Geórgia, Monica também é cantora, compositora e atriz. Seu álbum de estréia Miss Thang, vendeu cerca de 1,5 milhões de cópias nos Estados Unidos e colocou três singles no top 10 da Hot 100.
Em 1998, Brandy e Monica lançaram “The Boy Is Mine” se tornando um dos grandes sucessos da época. Chegando a vencer o Grammy de Melhor Performance de R&B por um Duo ou Grupo naquele ano. Enquanto o dia 31 não chega, ouça The Boy Is Mine:
A cantora e compositora Margareth Menezes foi empossada na última sexta-feira (21) como embaixadora da Unesco pela Organização Internacional de Folclore e Artes Populares. A missão da artista é promover ações que levem à valorização do folclore e das artes populares no Brasil.
“Fico extremamente grata e honrada por ter sido escolhida para essa linda missão, que também traz embutida uma grande responsabilidade pela pluralidade dinâmica que temos no nosso país continental”, disse Margareth em seu Instagram.
A cantora completou dizendo que será um desafio mas que com certeza também será de muito aprendizado: “Com certeza é mais que um desafio o que terei pela frente, mas sinto que será de muito aprendizado e desde já me sinto instigada pela inquietude da minha imaginação em gostar de fazer coisas. Nada se faz só, portanto vamos trabalhar?! Vamos precisar de todo mundo”.
Nascida em Salvador, Margareth Menezes já conquistou dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ser indicada para o GRAMMY Awards e GRAMMY Latino. Como embaixadora da Unesco, Margareth se torna defensora e porta-voz da instituição com autoridade para representá-la em qualquer estado do Brasil e países do mundo.
Os estudantes universitários Wellison Freire e Jennifer Andrade - Foto: Divulgação
Pessoas negras com um nível razoável de consciência racial não vão se surpreender com o conteúdo do “Dentro da minha pele”, documentário sobre o racismo na sociedade brasileira, que entra na programação da plataforma Globoplay, nesse domingo,23. As narrativas do projeto não são muito diferentes das que a gente já conhece.
“O seu filme é o que eu penso passado pelo seu filtro”, diz brilhantemente o historiador e músico Salloma Salomão ao responder uma das perguntas do diretor do documentário, Toni Venturi, que durante o documentário dá umas pinceladas nos temas como privilégio, incluindo o dele próprio, branco, bem sucedido e descendente de imigrantes italianos.
O historiador e músico Salloma Salomão – Foto: Divulgação
Val Gomes, socióloga de descendência indígena e negra, faz sua estreia no documentário assinando a co-direção do projeto.
O fato de Toni ser branco é questionado também por uma das entrevistadas, a funcionária pública e ativista trans Neon Cunha que no documentário tem falas potentes sobre branquitude. “As pessoas não sabem a diferença entre direitos e privilégio (…) Por que não tem uma diretora preta no seu lugar?”, provoca Neon.
O filme se divide entre depoimentos de pessoas da comunidade negra que contam momentos da sua vida onde racismo deus as caras e intelectuais que fazem uma interpretação crítica e intelectualizada sobre como a relação de brancos e negros se dão na sociedade.
Os personagens do documentário são a médico Estefânio Neto, a modelo-performer Rosa Rosa, os estudantes universitários Wellison Freire e Jennifer Andrade, a funcionária pública e ativista trans Neon Cunha, da trabalhadora doméstica Neide de Sousa, a corretora de imóveis Marcia Gazza e o casal formado pela professora do ensino público Daniela dos Santos e pelo garçom Cleber dos Santos.
O elenco escolhido para fazer a análise sócio-política-histórica das relações raciais no Brasil trazem um conteúdo precioso para quem está iniciando e não entende a importância das cotas, o que é genocídio negro e branquitude, mas não traz nada de novo para quem está por dentro desses assuntos. Entre nomes escolhidos para trazer o conteúdo mais teórico ao documentário estão a psicóloga Cida Bento, a escritora Cidinha da Silva, a arquiteta Joice Berth, o dramaturgo e pesquisador José Fernando de Azevedo, o historiador e músico Salloma Salomão ( já citado) e a filósofa Sueli Carneiro. Para complementar as entrevistas o diretor escolheu três cientistas sociais – o sociólogo Jessé Souza, a psicóloga Lia Vainer Schucman e o tenente-coronel da Polícia Militar Adilson Paes .
Um grande presente do documentário é a arte que entra como um alívio depois de depoimentos tensos , muitos deles gatilhos para uma audiência negra mais sensível.
As cantoras Bia Ferreira e Doralyce interpretam a canção “Cota não é Esmola”, Chico César apresenta uma nova versão de “Respeitem meus cabelos, Brancos”, Luedji Luna aparece cantando “Iodo”, Thaíde traz o rap “Algo Vai Mudar”, Valéria Houston interpreta o samba “Controversa” e Anicidi Toledo, junto do Batuque de Umbigada, dançam a umbigada “Luís Gama”. Numa favela do Capão Redondo, os jovensslamersBione e Barth Viera trazem sua poesia periférica e necessária.
O cantor Chico César – Foto: Divulgação
Faltou o depoimentos de pessoas negras com narrativas de ascensão econômica para que a audiência entendesse que racismo é sobre cor e não condições sociais. É uma pena que os documentários ainda se prendem nas histórias triste, estatísticas perversas e ignoram a importância de discutir propostas, como reparações, por exemplo.
Agora, se “Dentro da Minha Pele” foi pensado para pessoas brancas, cruas sobre a temática racial, aí ele cumpre bem o seu papel.