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Piada sobre cabelo de Babu no BBB20 é racismo: “Quem penteia o cabelo com um trem desse?”

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Reprodução BBB - TV Globo.

Nas últimas horas a participante do BBB 2020 Ivy Moraes revoltou a comunidade negra ao questionar em rede nacional “quem penteia o cabelo com um trem desse?” ao se referir ao pente-garfo usado por Babu Santana, um dos dois únicos negros na casa mais vigiada do Brasil, levando outros participantes ao riso:

Essa é uma das tentativas mais comuns de velar o racismo na sociedade: por meio da piada, o que chamamos de Racismo Recreativo. É quando colocam a pessoa negra na posição de depreciação, de chacota, apenas por ser quem é, por ter o cabelo que tem ou simplesmente por usar um pente-garfo – grande aliado dos nossos belos cabelos-afro – que naturalmente é desconhecido por grande parte das pessoas que não o utilizam no cotidiano.

Historicamente o pente-garfo tem origem Africana datada em mais de 6 mil anos A.C. Desde África, o cabelo-afro traz consigo muito mais do que estética. Traz uma história de resistência, simbologia e alguns penteados feitos com esse objeto podiam indicar religião, classe social, estado civil, identidade étnica e até detalhes sobre a vida pessoal.

Modelo antigo de pente-garfo

Piada que ofende pessoas negras não é piada. É racismo, como bem destacado pelo Prof. Dr. Adilson Moreira em seu livro Racismo Recreativo:

“O humor racista é um tipo de discurso de ódio, é um tipo de mensagem que comunica desprezo, que comunica condescendência por minorias raciais.”

E respondendo à pergunta de Ivy, mais de 100 milhões de brasileiros – que são negros – podem usar o pente-garfo se assim quiserem.

Após o episódio, se iniciou um movimento nas Redes Sociais em repúdio à fala racista da participante:

https://twitter.com/franca_rodrigo/status/1239228250842451969

Dicas preciosas de economia doméstica para comunidade negra em tempos de crise

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Bia Santos - Crédito Reprodução)

A comunidade negra é a base da pirâmide econômica brasileira, mas é a primeira a sofrer com as consequências financeiras oriundas em tempos críticos como agora, onde o coronavírus reflete globalmente no bolso das pessoas.

Conversei com Bia Santos, CEO da Barkus Educacional, empresa voltada para a democratização do conhecimento sobre economia. Nessa entrevista ela dará dicas práticas para que pessoas com menor poder aquisitivo não se sintam inseguras, caso não possam fazer estoques de alimentos, como a elite tem feito, além de saber como não aumentar suas dívidas em momentos como esse.

Mundo Negro – Você acha que os preços já estão sendo impactados pela crise da gripe?

Bia Santos: Sim, principalmente de máscaras e de produtos de higiene, como o álcool em gel. Os preços dos alimentos ainda não aumentaram significativamente por conta da gripe (até hoje, dia 14/03). Com a medida de quarentena pelos próximos 15 dias em alguns estados brasileiros e as campanhas de prevenção, a tendência é diminuir o surto de contágio e estabilizar a crise. Por isso, é importante seguir à risca as indicações do Ministério de Saúde. É momento de preocupação moderada, sem alardes.

É recomendado comprar e estocar alimentos?

O grande problema em comprar e estocar alimentos e produtos para a casa, em geral, é que, com a diminuição da capacidade de produção da Indústria, a tendência é que esses alimentos e produtos aumentem de preço e/ou faltem no mercado. Para aqueles que têm possibilidade financeira de comprar em grandes quantidades ou a preços mais caros, isso funcionará bem, o problema é que boa parte da população não tem essa condição. Mesmo em momento de histeria, é preciso pensar no coletivo. Grandes estoques ou compras exageradas são ruins para todos. Recomendo comprar os alimentos necessários, inicialmente, para o mês, como normalmente já é feito.

Para quem não tem grana para fazer compras grandes, qual seria a sua sugestão?

Não faça. Mantenha seu ritmo de compras semanal, quinzenal ou mensal, dependendo das suas condições. É importante acompanhar os meios de comunicação confiáveis que trazem informações reais e atualizadas sobre o coronavírus no Brasil. Muito cuidado com informações compartilhadas em redes sociais, especialmente no Whatsapp, onde fake news são veiculadas muito fortemente. Isso pode causar uma histeria coletiva e prejudicar muito mais do que ajudar.

Pegar empréstimo para compras de mantimentos seria uma boa opção?

Não. Empréstimo deve ser a última opção para compras de mantimentos. Como o estado de quarentena tem previsão para durar entre 15 e 30 dias, é importante seguir algumas dicas: 1) caso possível, diminua gastos com supérfluos e compre apenas o necessário, 2) priorize as contas básicas, como água, luz, gás e telefone, 3) em caso de falta de grana, use o cartão de crédito para as compras emergenciais e de itens básicos. Uma super dica: em caso de dívidas e problemas com pagamento, contraia dívidas “mais baratas” para pagar as “mais caras”, ou seja, pegar empréstimos com taxa de juros menores para quitar os empréstimos com taxa de juros maiores. É uma alternativa para ganhar mais tempo para pagar as contas.

Bia finaliza com conceitos muito importantes sobre espírito comunitário:

Para os negros, nas mais diversas situações econômicas, é importante relembrar o que nos une como povo.

De um ponto de vista afroperspectivo, consigo citar três dos sete princípios éticos (Nguzo Saba), que nos faz refletir e ajuda em momentos de crise: Umoja: fazemos parte de uma comunidade e devemos nos dedicar por e para ela; Ujima, devemos construir e nos unir a comunidade, ajudando a solucionar o problema dos outros como se fossem os nossos; e Ujamaa, os recursos podem e devem ser compartilhados, na construção de uma economia cooperativa. Em momentos como esse, de crise e insegurança, o olhar para nós, negros, precisa ser de compartilhamento e união, ou seja, ajudar aos nossos quando possível e pedir ajuda se necessário.

Existem diversos trabalhadores que não podem ficar de quarentena, por exemplo, porque trabalham em locais de atendimento ao público, produção, entregas, etc. Eles estão muito mais suscetíveis ao contágio. Pior ainda é a situação para os trabalhadores informais, que precisam sair de casa para vender seus produtos ou prestar serviços. É momento de apoio. O pensamento precisa ser coletivo.

Para Octavia Spencer “Wakanda Forever” é a melhor saudação para evitar o Coronavírus

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Crédito: Instagram

Errada ela não está. A atriz Octavia Spencer usou suas redes sociais para descontrair seus seguidores.

A escalada mundial do coronavírus tem trazido uma grande tensão em nível global. Tendo em vista que o aperto de mão e abraço são algumas das principais formas de se contrair o vírus, ela tem uma solução.

Em uma postagem no Instagram, a atriz que em breve será vista na Netflix em  “A vida e história de Madam CJ Walker” , disse a saudação Wakanda Forever, onde se cruza os braços contra o próprio peito sem se tocar na outra pessoa, será o seu aperto de mão nos próximos meses.

 

Leia também: Madam C.J. Walker : Nova série da Neftlix conta a história da primeira negra milionária dos EUA

BBB20: “Tem uma coisa que é maior que nós.” Babu fala sobre Thelma

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Crédito: Rede Globo

Há algumas semanas viemos acompanhando a vivência dos nossos na casa do Big brother Brasil.

Babu e Thelma embora não estejam pertencendo aos mesmos grupinhos sempre acabam se unindo de alguma forma.

Como havíamos falado em outro post, Thelma a única mulher negra da casa vinha sofrendo frequentemente uma sutil exclusão por parte de alguns participantes.

Leia também: BBB20: Thelma fala sobre relacionamentos e a dificuldade de ser assumida. https://mundonegro.inf.br/mundonegro/bbb20-thelma-fala-sobre-relacionamentos-amorosos-e-a-dificuldade-de-ser-assumida/

Embora tenha tentado se entrosar desde a primeira semana na casa, o racismo que vinha de forma velada que Babu e nós, telespectadores, notamos de início, finalmente ficou claro pra Thelma. Ela não era tão bem vinda quanto os outros no grupo das “fadas sensatas”.

Na última semana Thelma e Babu se aproximaram, e Babu contou pra ela tudo o que sentia em relação a imagem que os outros participantes atribuíram a ele.

“É muito mais fácil eu ser eleito o monstro. Negão, cara de mau… Você acha que eu não sei o que que é isso?” Babu desabafou com Thelma.

Thelma virou alvo das suas “amigas” a partir do momento que começou a questionar a atitude delas na forma como se referiam a Babu e passou a defendê-lo na casa.

E na tarde de hoje, em uma conversa com o participante Prior, Babu diz que não vai se perdoar se Thelma for para o paredão.

E quando Prior questionou a reciprocidade na relação de Babu com a sister, o ator soltou “Eu não tô fechado com ela, tem aí uma coisa maior que nós dois”

Nenhum participante da casa entende essa lealdade, mas nós sabemos bem o que é.

https://twitter.com/afrocamis/status/1238517740501184514?s=21

 

Projeto pretende mudar nome da rua que homenageia o assassino de Zumbi dos Palmares

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A poucos metros da Faculdade Zumbi dos Palmares, no bairro do Bom Retiro, está localizada a Rua Jorge Velho, ponto de passagem de alunos da instituição. O que muita gente não sabe é que essa rua esconde a história de um genocida, assassino de negros, negras e povos originários, tornando essa menção um desrespeito e insulto a memória ancestral da comunidade negra. Domingos Jorge Velho foi o bandeirante que comandou a invasão ao Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga que culminou com a morte de centenas de pessoas, além da morte de Zumbi dos Palmares.

Pelo projeto, a rua passará a se chamar Zumbi dos Palmares – Foto: Divulgação

Após a descoberta da nomenclatura dessa rua, alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares se reuniram para criar o Movimento Zumbi Resiste, com o objetivo mudar o nome da rua de Jorge Velho para Zumbi dos Palmares, além de transformar o local em um espaço de ocupação contínua para realizações de atividades afrocentradas como um símbolo de resistência. Hoje, o projeto está registrado na Câmara de Vereadores de São Paulo e tramita nas comissões necessárias para sua validação até chegar a fase final da votação na plenária.

Ainda como mote de mobilização foi feita uma petição online que segue angariando assinaturas com o objetivo central de ampliar o alcance e importância da ação.

Segundo o aluno da Faculdade, Lucas Carvalho, o apoio de toda comunidade é de grande importância, inclusive pelo momento histórico que o país vive. “É importante contar com o apoio de toda população para expor o assassino Jorge Velho e fazer justiça por Zumbi dos Palmares, que foi importante para a libertação de milhares de negros”.

A história de Jorge e Zumbi

Zumbi dos Palmares nasceu na Serra da Barriga e se tornou líder do Quilombo dos Palmares, tornando-se símbolo de resistência contra a opressão portuguesa. Denominado “O senhor das guerras”, Zumbi foi responsável pela libertação de um incontável número de escravos, se apoderando também das armas e munições, que posteriormente eram usadas na defesa do quilombo. Zumbi virou assim uma lenda entre os afrodescendentes que viviam no país, criando inclusive o mito de que seria imortal.

Foi então que Domingos Jorge Velho recebeu a incumbência de destruir o Quilombo dos Palmares, em troca de dinheiro e terras. Velho e sua tropa comandaram diversos ataques ao Quilombo dos Palmares com métodos altamente brutais e sendo descrito por pessoas da época como “um dos maiores selvagens que já haviam visto”. Até que em 1694, as tropas de Jorge Velho, com mais de 6 mil homens, obtiveram êxito e promoveram um verdadeiro banho de sangue no Quilombo dos Palmares, assassinando a maior parte da população que ali vivia e prendendo mulheres e crianças.

Zumbi, mesmo ferido, conseguiu escapar da invasão e em 20 de novembro de 1695 foi apanhado em seu esconderijo, sendo morto pelas tropas de Jorge Velho que dias depois expressou em ofício a Sua Majestade que Zumbi havia sido morto por uma partida de gente do seu terço. Após isso, a cabeça de Zumbi ainda foi cortada, salgada e exposta em praça pública para que fosse usada como exemplo a todos os afrodescendentes da época.

“O pequeno príncipe preto”: Rodrigo França nos lembra que ancestralidade também é coisa de criança

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Rodrigo França : Crédito Julio Ricardo

A filosofia ancestral africana é ouro. Falamos pouco sobre ela, mas felizmente hoje mais do que antes. Na leitura que fazemos sobre as lições deixadas pelos que vieram antes de nós, o conceito de ancestralidade é o que traz sentido a tudo.

Em seu primeiro livro “O pequeno príncipe preto” (Editora Nova Fronteira), o ator , dramaturgo e cientista social Rodrigo França faz uma versão afro-centrada de uma obra clássica da literatura global, o livro francês “O pequeno príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry.

A sustentação dessa nova narrativa vai além do tom de pele do protagonista. A relação do príncipe com o Baobá , uma árvore, um elemento da natureza com tanta simbologia para a comunidade negra, é uma aula de como os que vieram antes de nós são fundamentais para a nossa identidade. “Como pode existir o hoje, o agora, se você não conhece o seu passado, a sua origem, as suas características? É assim que a gente conhece nossa ancestralidade. ”, reflete o protagonista.

Ao longo de suas viagens pelos planetas, lindamente ilustradas por Juliana Barbosa Pereira, o príncipe analisa as pessoas que passam por seu caminho com um repertório intelectual baseado em conhecimentos adquiridos com a sua relação com o velho Baobá. Um deles é o Ubuntu, uma filosofia africana que nos lembra que não estamos sozinhos no mundo.

Temos que celebrar a estreia de França como escritor. Ele trouxe para o livro de 32 páginas, o que mais de 60 mil expectores assistiram nos palcos com a peça homônima escrita por ele.

“O pequeno príncipe preto” é um livro rico pelas palavras, pela ilustração e pelas várias lições que crianças e adultos deveriam adotar em suas vidas. E segue um dos meus trechos preferidos.

“Seja sempre claro com o que sente. A palavra ‘afeto’ vem de afetar o outro. Afete com verdade”.

O pequeno Príncipe Preto
De Rodrigo França
Ilustrações de Juliana Barbosa Pereira
32 páginas
R$ 39,90
Editora Nova Fronteira

Xande de Pilares apresenta o projeto “Viajando No Samba” no Bar do Zeca Pagodinho

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O repertório do show foi criado pelo artista especialmente para esta apresentação, o projeto “Viajando No Samba” para o Bar do Zeca Pagodinho, Xande vai relembrar clássicos que o influenciaram na carreira e homenagear mestres como Alcione, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Benito di Paula, Almir Guineto, Jorginho do Império, Cartola, Agepê, Bezerra da Silva, Martinho da Vila, Fundo de Quintal e outros.

Xande será acompanhado pelos músicos Julinho Santos (direção musical e violão 6 cordas), Valdenir Rio (baixo), Marechal, Tico, Azeitona e Thiago Kukinha (percussão), Wanderson Assis (vocal), Fernando Portugal (bateria) e Juan Felipe (cavaquinho). 

Para coroar o momento, o primeiro DVD solo de Xande de Pilares será lançado no final do mês de março. O single “Pão que Alimenta”, que faz parte deste trabalho, já está disponível em todas as plataformas digitais. 

Serviço:

  • Xande de Pilares – Show “Viajando no Samba”
  • Local: Bar do Zeca Pagodinho
  • Endereço: Av. das Américas, 8585 – Shop. Vogue Square – B. da Tijuca
  • Data: 17 de março (terça-feira)
  • Horário: 20h30min
  • Couvert Artístico: R$ 25,00

BBB 20: Listamos os filmes e séries em que Babu Santana participou; Confira

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Aos 40 anos, Alexandre da Silva Santana, mais conhecido como Babu, apelido inspirado nos comentários racistas que sofria na infância quando era chamado de babuíno, se tornou uma das personalidades brasileiras mais populares durante sua trajetória no Big Brother Brasil 20. Também conhecido por interpretar Tim Maia, o ator tem uma longa lista de papeis realizados na sua carreira. Listamos os filmes em que Babu participou, confira:

Este é o trabalho mais conhecido do Babu na telonas. Lançado em 2014, o filme “Tim Maia” conta a história de um dos maiores ícones da música brasileira. A semelhança física entre os dois foi um dos motivos pelos quais Babu foi escolhido para protagonizar o filme. Além disso, ele também incorpora com maestria o jeito único e excêntrico do cantor.

Dirigido por Fernando Meirelles, “Cidade de Deus” é uma das obras do cinema nacional mais aclamadas dos últimos tempos. O filme recebeu 4 indicações ao Oscar e ganhou prêmios ao redor do mundo. Nesta história que aborda o crescimento do crime organizado dentro da favela Cidade de Deus, Babu interpreta o personagem Grande.

Cidade do Homens” é uma série e não um filme, mas não poderia ficar de fora desta lista porque é uma das produções mais marcantes da nossa televisão. Os episódios contam a história de Acerola e Laranjinha, dois adolescentes que precisam atravessar essa fase complicada da vida morando em uma comunidade onde o tráfico e a violência ditam as regras. Nesta série Babu faz uma participação com o personagem Birão.

Em “Mundo Cão” Babu interpreta o personagem Santana, um homem tranquilo que trabalha no Departamento de Combate às Zoonoses recolhendo cães abandonados. A vida de Santana toma um rumo perigoso quando, durante seu trabalho, ele captura o cachorro de Nenê, um ex-policial que fez uma fortuna de formas questionáveis. O filme é estrelado por Babu e Lázaro Ramos.

Café com Canela” foi um filme super elogiado nos festivais de cinema nacionais e internacionais. O longa foi filmado no interior da Bahia e conta a história de Margarida, uma mãe que se isola do mundo após a morte de seu filho. Neste filme Babu interpreta o personagem Ivan, um médico gay que também precisa lidar com uma perda.

Estômago“, filme de 2007 que ganhou 5 estatuetas no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, incluindo a de Melhor Ator Coadjuvante para Babu Santana. Nesta mistura de comédia e drama você acompanha a história de Raimundo Nonato, um homem pobre que descobre sua vocação para a culinária. Babu interpreta o personagem Bujiú.

Uma Onda no Ar” é um filme baseado na história real da Rádio Favela, rádio comunitária que nasceu na favela Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, durante a década de 1980. Os amigos Roque (Babu Santana), Jorge (Alexandre Moreno), Brau (Benjamin Abras) e Zequiel (Adolfo Moura) enfrentam o preconceito e a perseguição da polícia para manter a rádio funcionando. O longa foi filmado na própria favela onde tudo aconteceu e usou cerca de 300 moradores como figurantes.

Meu Nome Não é Johnny” é um filme de 2008 que conta a história de um homem de classe média alta que se torna um dos principais traficantes de droga da alta sociedade carioca. Aqui, Babu interpreta um policial.

O “currículo” de Babu como ator é extenso e segue também com participações em novelas e séries. Nascido no Rio de Janeiro, Babu cresceu no Morro do Vidigal, trabalhou em barracas de praia, como eletricista, faxineiro e pedreiro, tudo antes de começar a atuar. Sua família sempre incentivou o consumo de cultura, e foi com o seu apoio que Santana passou a investir na carreira, que teve início no Teatro Nós do Morro, em 1997.

Ele permaneceu no teatro por poucos anos, até ter seu primeiro papel na televisão, como o Zé da temporada de Malhação de 2001. Em novelas e séries da televisão aberta, Babu Santana paricipou de: A Grande Família, A Diarista, Da Cor do Pecado e Caminho das Índias. Em 2019, Babu esteve na segunda temporada de Carcereiros, série da Globoplay inspirada no livro homônimo de Dráuzio Varella, com participações de 5 episódios. Ainda na televisão, ele participou da 3ª temporada de Tô de Graça, estrelada por Rodrigo Sant’anna. Apesar de ter uma filmografia com mais de 60 produções, Babu continua tendo problemas financeiros, tem uma vida humilde e este é o motivo de ter aceitado o convite da Globo para participar do Big Brother Brasil.

Em 10 de setembro, Babu deve retornar as telas com o filme, Intervenção, no qual atua ao lado de Marcos Palmeira, Bianca Comparato e Zezé Motta.

 

IMS Rio celebra aniversário de Carolina de Jesus, com debate entre Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus

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No próximo sábado (14), às 18h, o IMS Rio promove um debate em homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), que completaria 106 anos neste dia. A conversa contará com a presença da escritora Conceição Evaristo e da professora Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina. A entrada é gratuita.

A mediação será dos pesquisadores Raquel Barreto e Hélio Menezes, curadores da exposição sobre Carolina de Jesus, que será inaugurada em agosto na sede do IMS de São Paulo.

Durante o debate, serão abordadas as proximidades entre as obras e trajetórias de Carolina de Jesus e Conceição Evaristo. Esta última conta que, quando leu Quarto de despejo, na Belo Horizonte do final da década de 1960, se sentiu como alguns dos personagens da favela Canindé retratados no diário de Carolina.

Conceição lembra também que sua mãe leu a obra e, inspirada no relato, escreveu um diário, anos mais tarde. “Guardo comigo esses escritos e tenho como provar em alguma pesquisa futura que a favelada do Canindé criou uma tradição literária”, conta em depoimento durante o I Colóquio de Escritoras Mineiras (UFMG).

O evento evidencia a importância da obra de Carolina, cujo acervo está sob a guarda do IMS desde 2006. Entre os itens presentes, estão dois cadernos manuscritos: um deles intitulado Um Brasil para os brasileiros: contos e poemas, e outra coletânea do mesmo gênero, sem título.

Serviço

Carolina Maria de Jesus, presença e legado – Debate com Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus

  • Data: 14 de março (sábado), às 18h
  • Local: Auditório IMS Rio, Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
  • Entrada gratuita, sujeita a lotação do espaço. Distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa

Marielle na GloboPlay: “As pessoas brancas que não abrem as portas para as negras, chegam ali antes da gente”, diz Anielle Franco

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Crédito: Reprodução Instagram

Anielle Franco teve um importante momento de fala durante a exibição para convidados de “Marielle: O Documentário”, o primeiro projeto de teor mais investigativo da Globoplay que estreia em 13 de março.

“Será que a se a Marielle não tivesse sido covardemente assassinada a gente estaria em um evento hoje da GloboPlay assistindo a ela nesse telão? Provavelmente não” ,provocou a irmã da vereadora eleita, mãe e Mestre em Administração Pública na Universidade Federal Fluminense (UFF), morta em 2018 juntamente com seu motorista Anderson Gomes.

Ela também destacou que tudo que a Internet tem comentado nos dois últimos dias sobre Marielle é o que a família dela tem passado nos últimos dois anos.

A mestranda e palestrante falou ainda que o documentário, de uma forma menor que a série que será dirigida por José Padilha já era um produto quase pronto quando ela ficou sabendo do projeto.  “O documentário quando chega na família, já chega amarrado e assinado”.

Anielle que está grávida, discutiu a questão de raça no tocante à produção de conteúdos relativos à morte de Marielle.

Anielle Franco durante a exibição do documentário sobre Marielle 

“As pessoas brancas que não abrem as portas para as negras. Chegam ali antes da gente porque a gente não consegue chegar, porque se a gente conseguisse, a gente chegaria primeiro”,  destacou a diretora do Instituto Marielle Franco que continuou: “Vocês que chegaram em um lugar onde as mulheres negras não conseguem chegar, não esperem mais nenhuma mulher negra ser assassinada com mais de 4 tiros na cabeça para falarem sobre ela (…)Nós queremos contar nossa própria narrativas, vivencias, valores assim como a Marielle fez e consegue fazer até hoje”.

“Um documentário como esse é muito importante, pois a gente consegue eternizar e conhecer quem era a Marielle . É inadmissível que a gente a resuma como uma vereadora assassinada. Ela é muito mais que isso”, finalizou Anielle.

Uma maneira para realmente contribuir para a luta de Marielle é apoiar o Instituto Marielle Franco que terá uma série de atividades e campanhas de financiamento coletivo para executar os projetos. Para conhecer mais acesse: https://www.institutomariellefranco.org/

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