Depois de responder às indiretas da Anitta por meio de um vídeo no estilo carta aberta, contando sua versão sobre algumas polêmicas, a cantora Ludmilla, mais uma vez teve que lidar com ataques de conteúdos racistas.
“A macaca da Ludmilla não tá dando matéria?”, “Vai dá stream para macaca da Ludmilla”, foram algumas das mensagens que a funkeira de 25 anos recebeu nas redes sociais.
Muitos fãs da cantora, artistas negros e o coletivo Potências Negras fizeram declarações de apoio à Ludmilla destacando a importância da cantora para cultura brasileira.
“Cantora negra mais seguida no Brasil e sétima mais seguida no mundo, com mais de 22 milhões de seguidores no Instagram, Diva do pop nacional, premiada mundialmente, emplacou 14 singles no top 100 da Billboard”, destacou a publicação do Potências Negras.
As manifestações de apoio não passaram desapercebida pela funkeira que respondeu:
“Obrigada @potenciasnegras! O povo preto é potência e resistência. O racismo criminoso é uma tentativa de tirar nossa humanidade. Só que a gente não vai se calar e não vai abaixar a cabeça. Tenho orgulho e consciência do lugar que ocupo. Quando falo, não é só por mim, mas por todos nós, que sofremos diariamente com o racismo. Além de continuar denunciando, vou continuar fazendo meu trabalho como venho fazendo. Porque, aceitem, vai ter preta em posição de destaque sim!”.
Por meio do Twitter, a cantora Anitta manifestou sua indignação sobre os ataques racistas que Lud recebeu.
Criminosos covardes que se dizem meus fãs estão propagando mensagens de racismo e injuria racial nas redes sociais. Já disse e repito – isso é abominável e inadmissível! Minha equipe já está apurando tais perfis que até então não foram identificados como membros de nenhum fã
Ludmilla usou seu Instagram com mais de 22 milhões de seguidores para falar sobre a morte do menino Miguel, que caiu de um prédio no Recife quando procurava por sua mãe, a Dona Mirtes.
Lud e Mirtes tiveram uma longa conversa que fez parte do projeto “Lifesaving Conversations” que visa buscar doações para ONG Ação Cidadania.
A cantora Iza irá se unir, pela primeira vez, para fazer um show completo com o cantor Gilberto Gil. Os artistas se reunirão em uma live que terá transmissão ao vivo, no sábado (20), às 20h, pelo canal da Mastercard Brasil no youtube.
De acordo com a produção de Gilberto, todas as medidas de segurança recomendadas foram cumpridas e a transmissão será realizada na casa de Gil, região serrana do Rio de Janeiro.
A live será patrocinada pela Mastercard e seu novo projeto “Faça parte e comece o que não tem preço”, que, em parceria com a ONG “Ação da cidadania”, doará dois milhões de pratos de comida as famílias carentes e com dificuldades durante a pandemia.
O curador e responsável pela junção dos artistas, Zé Ricardo, falou que “Quando desenhei o encontro entre Gil e Iza, pensei justamente no fato de saber da admiração mútua entre eles. Esse fator faz toda a diferença na entrega artística final. Não basta pensar apenas em uma afinidade musical para a magia acontecer. E os dois tem um apreço muito grande um pelo outro”.
No repertório, Iza e Gilberto prometem apresentar os grandes sucessos da carreira do cantor baiano, com Gil ao violão, músicas como “Se eu quiser falar com Deus“, “Palco” e “Vamos fugir” serão cantadas.
A atriz norte-americana Laverne Cox é uma das protagonistas do novo documentário da Netflix, que estreia nesta sexta-feira (19). Com o intuito de levantar um debate sobre estereótipos e mudanças na representação de pessoas trans na mídia, a netflix convidou homens e mulheres trans para recordar e comentar como os veículos de imprensa americanos abordam seus artistas e personalidades da comunidade.
Conhecida pela personagem Sophia Burset, na série Orange Is the New Black, que lhe rendeu uma indicação ao Emmy Awards na categoria Melhor atriz convidada numa série de comédia, Laverne é uma das atrizes convidadas para falar sobre algumas entrevistas dadas por ela. Programas como o da Oprah Winfrey serão “avaliados”.
Outros nomes influentes da arte e do pensamento transgêneros vão analisar, também, o impacto de Hollywood na comunidade trans, tratando de assuntos como os estereótipos que criam em torno da comunidade e sua falta de visibilidade na mídia.
Confira o trailer:
Estou muito feliz em contar que meu novo documentário, Revelação, estreia nesta sexta. Tem Laverne Cox e um time de peso levantando um debate importante sobre estereótipos e mudanças na representação de pessoas trans na mídia. #VidasTransImportampic.twitter.com/xrH7BwpjBn
Thainá Duarte em cena na série Aruanas; Foto Reprodução/ Rede Globo
A atriz Thainá Duarte, 24 anos, criou um projeto para reunir mulheres que já sofreram violência doméstica e estão dispostas a contar sua trajetória dentro de um relacionamento abusivo.
Atualmente na série Aruanas, na rede globo, a personagem vivida pela atriz sofreu violência com o ex-companheiro. Inspirada pela história da série, Thainá reuniu 17 mulheres que foram convidadas para reproduzirem o texto da Clara, sua personagem, sobre a violência vivida dentro de seus antigos relacionamentos.
O projeto conta com cinco vídeos e uma agenda de entrevistas e lives que falarão sobre estar em um relacionamento abusivo, sofrer violência e conseguir denuncia-las. O intuito é mostrar que a violência sofrida por mulheres ultrapassa a ficção e incentivar as denúncias.
É válido lembrar que a cada dois minutos uma mulher sofre violência domestica no Brasil, e que 3 a cada 5 mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência em seu relacionamento. A cada hora, são registrados 536 casos de agressão física a mulheres no Brasil.
Para enviar o seu relato para o perfil, mostrando e incentivando mulheres a denunciarem a violência sofrida por elas, basta usar a hashtag #EstouAquiParaContar.
Em meio ao cenário atual marcado por debates antirracistas, a marca Bombril relança um produto da década de 50 com o nome de “Krespinha”. Na época, na embalagem uma mulher negra de cabelos crespos segurava o produto, que é e indicado para “limpezas pesadas”
O cabelo crespo foi durante anos motivo de piadas, os meninos raspavam seus cabelos e as meninas alisavam para não ter seu cabelo comparado a esponjas de aço da Bombril e a marca, sem responsabilidade social mantém e divulga um produto que relaciona o cabelo crespo a um elemento de limpeza próprio para retirar as “sujeiras mais difíceis”
Ter esse produto sendo relançado como se ainda estivéssemos na década de 50 só nos mostra além do racismo, a ausência de preparo dos profissionais da marca e até mesmo de presença negra na companhia.
Na internet o caso já gerou repercussão e a #Bombrilracista está em 1º lugar dos assuntos mais falados. Consumidores, jornalistas e ativistas do movimento negro debatem sobre o lançamento da marca.
Krespinha, a esponja de aço da Bombril, perpetua estereótipos racistas e imagens de controle que associam o corpo de mulheres negras ao trabalho doméstico pesado. O nome e o mkt é baseado em racismo. Fere historicamente a subjetividade de mulheres negras e segue firme no mercado.
— Conecto pessoas através de livros na @winnieteca (@winniebueno) June 17, 2020
“A empresa #BOMBRIL desenvolveu e lançou esse produto… Deixando escancarado o RACISMO ESTRUTURAL que diariamente lutamos para desconstruir!” Desabafou a atriz Jeniffer Dias.
Me choca tanto, é tão desrespeitoso e irresponsável, que eu fui no site da marca algumas vezes conferir se é real! É REAL! É 2020! A empresa #BOMBRIL desenvolveu e lançou esse produto… Deixando escancarado o RACISMO ESTRUTURAL que diariamente lutamos para desconstruir! pic.twitter.com/84D52rMfMk
Em meios as ondas de mobilizações antirracistas na internet, a marca foi procurada para a realização de um post de repúdio a expressão “cabelo de bombril” e alegou estar sem tempo para outros projetos devido a crise do COVID-19.
Após a repercussão do vídeo de desabafo da cantora Ludmilla em que a mesma denuncia racismo e injustiças sofridas pela também cantora Anitta, o caso ganha um novo personagem. A polêmica em torno da música “Onda Diferente”, composição de Ludmilla, gravada em parceria com Anitta, Papatinho e Snopp Dogg, ganhou a manifestação do rapper .
Snoop Dogg, co-compositor da música citada publicou em seu Instagram uma arte em que anuncia que o clipe da música chegou a 95 milhões de visualizações no YouTube. No entanto, a arte continha ele, Anitta e Papatinho, ignorando Ludmilla, compositora da canção. Três horas após essa postagem, o cantor publicouuma montagem com a sua foto e de Ludmilla, e na legenda agradeceu a cantora.
Elton Sacramento, bailarino e intérprete criador, publicou em seu Instagram o vídeo da obra “Salomão veio do Futuro” que propõe refletir artisticamente sobre a necropolítica e o genocídio do povo preto.
“Conexões ancestrais, audiovisual e arte, são narrativas que corroboram para o discurso político. Tem poesia. Porém, também a cruel realidade apresentada”. Com esse intuito Anderson Valentim artista plástico, fotógrafo e propositor do conteúdo em audiovisual e exposição fotográfica, questiona as agruras da população preta.
Elton Sacramento, está dentre os artistas convidados e interpreta esse ser que diz “Salomão é o futuro que veio reconectar o caminho com o autoconhecimento “. O intérprete no processo acaba fazendo uma homenagem a Rubens Barbot, referência negra na Dança Contemporânea.
Partes das cenas de Elton Sacramento foram filmadas no Terreiro Contemporâneo, sede da Cia. O figurino que Elton usa, são peças pessoais de Rubens Barbot que autorizou para o trabalho. Um importante impacto social no diálogo entre gerações de artistas negros em suas obras.
“Eu enquanto homem negro entendedor do racismo, no meu fazer artístico trago a problematização da descentralização da estrutura dos privilégios direcionada à brancas e brancos e a existência da construção do meu corpo inteiro, dotado de expressão nos conceitos de estudos e analogias de saberes africanos e diaspório brasileiro”, escreveu Elton ao publicar o vídeo; Confira:
Djamila Ribeiro e seu livro "Pequeno Manual Antirracista"
“O livro mais vendido do Brasil é de uma mulher preta” Anuncia à filósofa e escritora Djamila Ribeiro, ao revelar que seu livro ‘Pequeno Manual Antirracista’ é o mais vendido no país durante o mês de Junho.
No livro, a autora fala sobre dez breves lições para entender as origens do racismo e como combate-lo, tratando de temas como atualidade, negritude, branquitude, violência racial e outros. Ela argumenta ainda que, a prática antirracista está nas atitudes do cotidiano, tendo que ser utilizados por todas as classes, cores e gêneros.
“A mãe da Thulane, uma mulher preta é a autora que mais vende livros no Brasil. Chora, Brasil colonial! É histórico!” Escreveu Djamila em suas redes sociais.
“Essa notícia não é uma conquista só para mim… É uma conquista para todos os grupos com quem converso, troco e aprendo. É uma conquista para meus ancestrais, para quem pavimentou o chão para que minha geração pudesse pisar. Já nos ensinou Lélia González, nosso legado não é somente de dor, mas um legado de luta e resistência.” Completou ela.
Na lista de best seller ainda estão os outros dois livros da escritora “Quem tem medo do Feminismo Negro?” em quinto lugar e “Lugar de Fala” em décimo.
Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+, mais do que nunca é importante entender as nuances e questões que permeiam a vida de pessoas negras que pertencem a sigla e o cinema pode contribuir para levantar o debate, difundir conhecimento e provocar inquietações. Neste contexto, separei 8 obras que abordam algumas dessas vivências:
Moonlight (2017)
Indicado a oito categorias no Oscar, levando três (Entre elas a categoria melhor filme), além de ser o filme LGBT mais bem avaliado na história do site especializado norte-americano metacritic; discute questões importantes como a homossexualidade, masculinidade tóxica e a violência num ambiente negro e periférico.
Pose (2018)
A série retrata Nova York no final da década de 1980 e a cultura dos Ballrooms. Na trama, a transexual Blanca Evangelista abriga jovens LGBT que foram expulsos de suas casas numa época marcada pela ascensão dos bailes. O elenco da série é majoritariamente composto por mulheres trans e homens gays negros, e também aborda questões como hiv, discriminação, racismo e transfobia.
Rafiki (2018)
Kena e Ziki são grandes amigas e, embora suas famílias sejam rivais políticas, as duas continuaram juntas ao longo dos anos. A relação de amizade transforma-se em um romance que afeta a rotina da comunidade conservadora em que vivem. O filme acumula alguns feitos e curiosidades importantes, foi o primeiro longa queniano a ser exibido no Festival de Cannes com direção e roteiro assinadas por Wanuri Kahiu, a produção também foi banida no Quênia onde a homossexualidade é proibida.
Bixa Travesty(2019)
Bixa Travesty é um filme brasileiro de 2018 dirigido e escrito por Claudia Priscilla e Kiko Goifman. O Doc Relata a vivência da cantora e ativista transexual Linn da Quebrada, venceu o Teddy Award de melhor documentário LGBT e a categoria “Melhor filme pelo júri Popular” no Festival de Cinema de Brasília.
Sócrates (2018)
Filme nacional vencedor na categoria “Diretor Revelação” do Independent Spirit Awards. Na trama, Sócrates precisa fazer de tudo para sobreviver após a morte de sua mãe, numa realidade difícil e agravada por sua homossexualidade. O filme foi produzido por Fernando Meirelles e alunos do Instituto Querô na Baixada Santista. O filme também foi indicado ao GLAAD Media Awards (premiação que reconhece e celebra representações inclusivas da comunidade LGBT) na categoria “Outstanding Film”.
Pariah (2011)
Pariah é a história de Alike, uma garota de 17 anos que vive no Brooklyn, em conflito com sua identidade sexual e auto-estima. Além de lésbicas negras como protagonistas discute questões como a imposição de feminilidade e conflitos familiares.
A Morte e Vida de Marsha P. Johnson (2017)
Enquanto enfrenta a onda de violência contra mulheres trans,a ativista Victoria Cruz investiga a morte de sua amiga Marsha P. Johnson,em 1992. Marsha foi uma ativista trans e criadora do grupo Street Transvestites Action Revolutionaries.
Heart Beats Loud (2018)
Frank Fisher, um ex-músico que perdeu a mulher em um acidente, é dono de uma loja de vinil falida chamada Red Hook Records, em Brooklyn, Nova York. Sam, sua filha, está prestes a partir para a Costa Oeste para estudar pré-medicina no final do verão. Apesar do desejo de Sam de estudar e passar um tempo com sua namorada, Rose, Frank incessantemente pede-lhe para tocar música com ele.
Alunos que foram reprovados na comissão de cotas pela UFPE fazem protesto em frente à instituição/2019.
Por Camila da Silva e Rakeche Nascimento
No começo do mês, a internet voltou a falar sobre cotas raciais após um perfil no Twitter denunciar fraudes raciais em Universidades Públicas. A conta, que foi excluída do site, levantou a dimensão de um problema que deveria ser resolvido desde o ano que a ‘lei de cotas’ foi sancionada, em agosto de 2012. A ingressão das pessoas que se autodeclaram negras e indígenas é avaliada por quem? Como as universidades supervisionam as pessoas que utilizam dessa lei para ingressar no meio acadêmico? Quais a punições que elas recebem?
Devido à Lei de Cotas, há uma porcentagem de vagas destinadas a pessoas negras, pardas ou índios, 50% das vagas de cada categoria de renda per capita. A lei foi autorizada com intuito de aumentar a ingressão desse público nas universidades. O meio foi uma medida preventiva nacional para “recompensar” pelos anos de escravidão, racismo e intolerância racial que os grupos minoritários sofrem.
A fraude às cotas raciais ainda não foi tipificada especificamente, mas pode ser enquadrada no crime de falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal. Cabe às universidades punirem seus alunos que usaram de forma ilegal cotas raciais, abordando com cada sistema da instituição.
Entre as 27 universidades federais e estaduais do Brasil, 21 possuem um comitê para investigar fraudes nas cotas raciais. A região nordeste se destaca com todas as nove universidades federais possuindo um comitê. A Universidade de São Paulo (USP), mesmo sendo considerada uma das maiores universidades da América Latina, segundo o Ranking QS de Universidades da América Latina 2020, foi uma das últimas universidades a fazerem adesão do comitê, que em seu primeiro momento foram criados pelos próprios alunos após anos de reivindicação.
Mesmo com um número alto de 77% das universidades implementando o comitê como forma de prevenir fraudes e também de cuidar das já existentes, o comitê ainda não é uma garantia para que as fraudes não aconteçam.
Em 2014, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) abriu processo para investigar 41 suspeitas de fraude e após seis anos esse processo continua em análise, logo a universidade não deu mais nenhum detalhe em nota.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve 250 denúncia, dessas 186 já foram analisados e 96 foram considerados aptos a ocuparem as vagas reservadas para pretos, pardos e indígenas (PPI), de acordo com a universidade.
“Mas, como que acontecem esses processos?”
Na UFRJ, a Comissão de Heteroidentificação de Pretos e Pardos para o Acesso à Graduação foi instituída em janeiro de 2020. Ela é formada por 54 servidores técnico-administrativos, professores e alunos de graduação e de pós-graduação, sendo seu corpo social diversificado, que se dividem em subcomissões, além da subcomissão recursal. É composta por homens e mulheres e por diferentes identificações étnico-raciais.
A heteroidentificação é quando uma comissão avalia se a autodeclaração racial feita pela pessoa é autêntica.
“As comissões exercem o papel de mitigar o processo de fraude. Eu digo mitigar por que o olhar sobre quem é negro, em cada espaço e condição social no qual essas universidades existem é diferenciado, o olhar quem está na condição de heteroidentificação, também.
Essas são decisões que por vezes questionadas pela justiça e pela sociedade, ao dizer como por exemplo dizer que uma pessoa de origem quilombola que tem a pele clara não é negra. Ela foge ao fenótipo e ao fugir ela é retirada desse aspecto de negritude”, explica o Prof. Dr. José Raimundo Santos, co-orientador da pós-graduação em Educação do Campo da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), pesquisador e produtor de estudos em sociologia política e sociologia da juventude e trajetórias das desigualdades no ensino superior
E acrescenta a necessidade de olharmos com mais cuidado como esse processo ocorre. “Ninguém busca fraudar curso de pedagogia, sociologia, são cursos evidentemente com estudantes negros, mas já, no direito, medicina, cinema, psicologia e jornalismo, cuja a predominância é não-negra há mais tentativas de fraude.
Então o que isso significa? Que há um incentivo na desigualdade, definindo quais cursos são para negros e quais são para não-negros, existe uma vigilância para ter uma permissividade de onde esses corpos transitam na universidade? Precisamos estar atento ao lugar dos corpos negros nessas instituições”, completa.
Quer denunciar?
As denúncias são feitas pelas ouvidorias das universidades, geralmente pelos emails e também pelo Ministério Público Federal. É importante que você reúna o máximo de informações que puder sobre o caso, depois disso pode completar o processo de denúncia neste link do MPF: https://www.mppe.mp.br/atendimento-ao-cidadao/denuncie
Você também pode entrar em contato com sua universidade. Listamos a seguir os contatos das federais do país: