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Família Rigueira deve pagar 14 anos de salários a Madalena Gordiano

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Foto: Reprodução

Na última terça-feira (19) o Ministério Público do Trabalho (MPT), Madalena Gordiano e os investigados do caso firmaram um acordo judicial. De acordo com informações do site BHAZ, na audiência a proposta do acordo, propõe o pagamento de 14 anos de salários mínimos para Madalena, incluindo os benefícios trabalhistas. E como parte do acordo, os investigados  Dalton e Valdirene Rigueira deverão pagar uma indenização por danos morais.

“O acordo também tem por finalidade coibir os empregadores de repetir a conduta de submissão de trabalhadores domésticos a condições análogas à de escravo. Com a assinatura do documento, os empregadores assumem 22 obrigações que resguardam direitos dos empregados domésticos, incluindo regras de anotação de carteira de trabalho, remuneração, jornada de trabalho, intervalos intra e interjornadas, descansos semanais remunerados e férias”, explicou o procurador do MPT.

O cálculo do valor a ser pago a Madalena por 14 anos, teve como base o valor de um salário mínimo mensal, de R$ 1.045. Os 14 anos de pagamento foram definidos considerando os anos que Madalena trabalhou na casa da família Rigueira, de 2006 a 2020. 

Estão previstos para entrar no acordo os benefícios como 13° salários, férias, 1/3 de férias, aviso prévio, multa de FGTS e indenização por trabalho em finais de semana e feriados. Dalton Rigueira e Valdirene Rigueira deverão pagar uma indenização por danos morais causados à vítima.

Informações sobre outras possíveis penalidades a família Rigueira não foram divulgadas, mas por lei é prevista uma sanção criminal por manter um trabalhador em condições análogas à escravidão.

“Foca na preta” música que despreza mulheres negras viralizou nas redes sociais

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Foto: Reprodução/Youtube

Nas últimas semanas milhares de “challenges” com a música “Foca na Preta” foram publicados nas redes sociais, muitas mulheres postaram o desafio para enaltecer mulheres negras e mostrar o antes e depois de uma make ou um novo penteado.

Mas o que poucas pessoas sabem é que a continuação da música é extremamente racista, diminui e humilha mulheres pretas. Confira o trecho da continuação da letra:

“Já que a branquinha não quer dar… Eu vou focar nas pretas!” 

A frase problemática passa despercebida nos challenges do Instagram e TikTok, e a música ficou popular como um hit que enaltece mulheres negras, quando, na verdade é o oposto.

Nesta quinta-feira a rapper Stella Yeshua –que havia feito o challenge com a música- fez um IGTV detonando a letra e lembrou de épocas em que viveu situações parecidas com a da música, a época que mulheres negras eram preteridas nas festas:

 “É tipo assim, vai no resto, né? (…) A gente fica sem ar, porque a gente tem a mente preparada pra ser 2º opção, Lembrando o tempo da pré adolescência quando vc ia pro ‘jet’, os caras só chegavam em você 3 da manhã, 4..” “Se a branquinha não quer 22h15, você tenta todas que tem aí se elas não quiserem, 3 da manhã, vocês focam na preta!” desabafou a rapper

“Minha missão maior é relembrar as minhas irmãs, as mulheres que se parecem comigo, quem nós somos! Por mais que a sociedade, os homens, sempre encararam a gente como segunda opção o que precisa ser alertado é como a gente enxerga a nossa beleza.” continuou a rapper

A música original não é mais divulgada pelo Mc MR Bim, no lugar, para o Youtube foi feito um clipe com a letra “Foca no Preto” com outro contexto, mas a versão “Foca na Preta” ainda está disponível em todas as plataformas e é atualmente a de maior sucesso.O grande sucesso do Mc Mr Bim, humilha, e desvaloriza a mulher preta, a colocando como segunda opção, como o resto, como fácil. Porque “Já que a branca não quer dar, eu vou focar na preta”. Em uma época em que tanto é falado da hipersexualização e solidão da mulher preta uma música como essa é escrita, faz enorme sucesso e ainda viraliza nas redes sociais

Michelle Obama e Kamala Harris usaram looks de estilistas negros para a posse

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Foto: Reprodução

Kamala Harris tomou posse como vice-presidente na última quarta-feira (20) e além de toda representatividade que Kamala traz por si só, a vice-presidente chamou atenção por optar usar em um evento tão grande quanto a posse somente looks de estilistas negros.

Harris usou peças de Sergio Hudson (Vestido) e Christopher John Rogers (Sobretudo)

Michele Obama também optou por usar estilistas negros, o seu look foi um dos assuntos mais mencionados nas redes sociais, transbordando elegância, a ex-primeira-dama usou um casaco de inverno roxo ameixa e um macacão com um cinto dourado de Sergio Hudson, Michele Obama já havia usado outros looks do estilista

Sergio Hudson é um jovem negro da Carolina do Sul, muito conhecido por ter vencido o Bravo’s Styled to Rock – concurso de designer de moda produzido por Rihanna – e já vestiu celebridades como Pharrell Williams, e a diva Beyoncé.

Christopher John Rogers é um designer negro da Louisiana, ficou muito conhecido por ter levado o prêmio de designer revelação do ano pelo CFDA em 2020 e já vestiu celebridades como Zendaya, Cardi B e em outra ocasião a ex-primeira-dama Michele Obama.

https://www.instagram.com/p/CKRcwbcMVLm/

Os designers publicaram um agradecimento em suas redes sociais, pela confiança e a oportunidade de vestir a ex-primeira-dama e a vice-presidente na maior cerimônia do país.

Thelminha está em Manaus, na linha de frente contra a covid-19

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Foto/Reprodução: Instagram

Após fazer campanha para arrecadação de cilindros de oxigênio, a médica e vencedora da edição passada do BBB20, Thelma Assis, se deslocou para Manaus e está na linha de frente em combate ao novo corona vírus.

Mesmo sem fazer nenhuma divulgação ou postagem sobre o assunto, fotos com os funcionários dos hospitais circularam na rede, confirmando que a médica estava entre outros profissionais da saúde.

“Plantão de hoje com a doutora Thelminha. Toda a minha admiração a ela que está aqui para ajudar o Amazonas”, escreveu uma das fisioterapeutas do hospital, Ana, no Instagram.

Após ser procurados pelos veículos de imprensa, a assessoria da médica confirmou a informação: “A médica e comunicadora Thelma Assis já vinha se engajando na campanha ‘Respira Amazonas’ desde as primeiras notícias da situação da cidade. Após ajudar na campanha de arrecadação de cilindros de oxigênio e insumos, ela optou ir para Manaus, para dar todo o suporte necessário como médica nos hospitais”, diz a nota. 

Muitos funcionários e fãs falaram o quanto Thelma Assis é uma profissional talentosa e excelente no que faz, a agradecendo nas redes sociais. A médica ainda não falou nada sobre o assunto.

Edi Rock lança ‘Um Novo Amanhã’ música em parceria com o cantor Thiaguinho

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Nada mais importante para o novo ano que se inicia do que uma mensagem de esperança. E é com essa pegada que o rapper Edi Rock lança nesta quinta-feira (21), pela Som Livre, o clipe de “Um Novo Amanhã” em seu canal no YouTube. O clipe traz um feat com Thiaguinho, um artista conhecido por exalar alto astral e positividade, potencializando ainda mais a proposta da canção. Para celebrar o lançamento, os dois marcaram ainda um bate-papo em uma live no Instagram do rapper na mesma data, às 21h.

Com direção de Mateus Rigola, o vídeo alterna cenas de Edi Rock e Thiaguinho cantando em estúdio com registros da vida cotidiana nas comunidades. Sob uma perspectiva positiva, mostrando que a felicidade mora nas coisas simples, as imagens são embaladas pelos versos da faixa, como “No bolso uma quirela, no coração mó fé / No esboço, um desenho imaginando o que cê quer / Família e axé, bom filho e uma mulher / Da sola do sapato rumo ao alto como é / E deve ser / Você merece muito mais que isso / Rajada de orgulho, de coragem e sacrifício / O irmão nasceu guerreiro, livre, forte, lutador / Com anticorpos pra racista, avalista do amor / Um dia de sol / Te anuncia um novo amanhã” .

O clipe de “Um Novo Amanhã” é a terceira peça audiovisual do álbum “Origens Parte 2”, que tem a proposta de narrar em diferentes perspectivas o “Ontem, Hoje e Amanhã”, subtítulo e conceito central do disco; Confira:

SP ganha empena que retrata o protagonismo do homem negro

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Foto Thiagodugueto

Criado por Thiago Consp, grafiteiro desde 1999 e ilustrador formado em design gráfico, a obra intitulado “O não lugar”, faz parte da série de ilustrações e murais de grafite “Estudos Sobre o Silêncio”, que ganhou destaque com a estreia da empena no Minhocão, feita para o Festival Estamos Vivos.

Com 27 metros de altura, o mural apresenta a imagem de um jovem negro parado diante da imensidão da cidade e retrata a relação do homem negro com a cidade de São Paulo. A obra está localizada entre a rua Apa e a Al. Nothmann ao lado do Elevado Pres. João Goulart.

O principal objetivo da série é desenvolver imagens que abordam a relação do corpo negro periférico com a sociedade brasileira e fazer com que as pessoas acostumem-se com um homem preto, parado e grande e não leve sua imagem para o “marginal”, como ocorre na sociedade, que produz milhares de mortes negras ao ano.

“O lance da empena é colocar uma pessoa preta, uma pessoa grande, parada no minhocão. Essa é uma região em que muita gente passa diariamente e elas vão ver uma pessoa preta lá parada”, explica o autor. O questionamento do artista é justamente sobre o quanto pode ser assustador a presença de uma pessoa negra, para a sociedade em geral.

 “Essa série é justamente um processo de ressignificação dessas marcas na relação cotidiana, que traz a presença negra masculina para os espaços coletivos da cidade e, assim, gera um debate sobre essa presença para além de um lugar de afirmação de violências e silenciamento. O que apresento é o protagonismo negro influenciado visualmente pela cultura Afropunk, atuando no reforço da sua narrativa”, conclui Consp.

O festival ‘Estamos Vivo’ tem a proposta de dar ampla visibilidade para o trabalho de artistas pretos reforçando o quanto estão produzindo e criando narrativas durante seu tempo e foi criado pela ilustradora e artista visual Soberana Ziza.

Confira a finalização da obra:

Gabriela de Matos, é a primeira arquiteta negra a ganhar o prêmio Arquiteto do Ano

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Foto: Reprodução/Instagram

Em dezembro de 2020 o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) anunciou a arquiteta e urbanista Gabriela de Matos como a vencedora da 58ª Premiação Anual IAB-RJ, ‘de ‘Arquitetos do Ano’ a premiação é de abragência nacional. 

“Reconheço a importância de ser a primeira arquiteta negra a receber este prêmio, embora minha missão esteja baseada em não ser a única, e sim, ver meus pares ocupando estes espaços.” disse Gabriela em seu discurso.

A  arquiteta Gabriela que tem realizado um debate em relação ao reconhecimento da herança arquitetônica africana na arquitetura brasileira agradeceu ao prêmio e fez uma crítica ao fato das obras e contribuições de pessoas pretas não serem tão reconhecidas no país.

“Embora meus antepassados negros tenham deixado uma grande contribuição para a arquitetura brasileira, nós não temos tido o direito de acessar grande parte deste legado.” disse a arquiteta

Gabriela de Matos está desde 2018 a frente do projeto ‘Arquitetas Negras’ que busca reconhecimento de outras mulheres negras que atuam na área, divulgando e potencializando seus trabalhos. 

“Mesmo com 582 arquitetas negras mapeadas até este momento no Brasil, a falta de reconhecimento destas profissionais faz com que o imaginário acerca do arquiteto, além de produzir assimetrias sobre quem pode ou não ocupar este espaço, continua inviabilizando estas existências. E que mesmo com as inúmeras contribuições destas profissionais, existe uma constante tentativa em deslegitimar e bloquear o necessário debate sobre arquitetura e cidade feito através de uma perspectiva racial.” Disse Gabriela em seu discurso.

A intenção da arquiteta é que cada vez mais arquitetas negras sejam reconhecidas pelo seu trabalho e sejam premiadas e contempladas. Após 58 anos da existência do prêmio, uma mulher preta foi premiada, essa realidade precisa ser mudada e projetos como o ‘Arquitetas Negras’ trabalham para isso.

Kamala Harris: a mulher negra mais poderosa da história

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Kamala Harris na posse, 20/01/2021

A primeira mulher a ocupar o segundo mais alto posto da democracia americana, Kamala Harris chega hoje à Casa Branca, no dia 20 de janeiro de 2021, com toda certeza, uma data que ficará na história não só do país, mas do mundo.

Kamala é filha de dois imigrantes, a mãe médica nascida na Índia e o pai professor de economia, na Jamaica. Não tem filhos e é casada há seis anos, com um judeu, Doug Emhoff, que ostenta o título de segundo-gentleman.

Com a irmã menor, o pai jamaicano e a mãe e avó indianas: ativismo político dentro de casa – //Arquivo pessoal

“Minha mãe sabia muito bem que estava criando duas filhas negras”, escreveu ela em sua autobiografia, The Truths We Hold. “Ela sabia que sua pátria adotiva veria Maya [irmã de Kamala] e eu como meninas negras e estava determinada a garantir que nos tornássemos mulheres negras confiantes e orgulhosas.”

A nova vice-presidente americana se formou na Howard University, onde fez parte da fraternidade Alpha Kappa Alpha, e também é formada em Direito pela Universidade da Califórnia, Hastings College of Law.

Nos anos 1990, atuou como promotora no condado de Alameda e como promotora assistente em San Francisco, passando a chefiar o órgão em 2003, eleita com uma plataforma voltada à aplicação “inteligente” da lei. Sete anos depois, se tornou a procuradora-geral do Estado, trampolim para a carreira política que viria em seguida. Sua vitória para o Senado teve um ‘quê’ de anticlímax.

“Eu tinha escrito um discurso baseado na ideia de que Hillary Clinton seria nossa primeira mulher presidente. Quando subi no palco para saudar meus eleitores, deixei o texto para trás. Olhei para a sala lotada. Muitos estavam em choque enquanto acompanhavam os resultados da disputa presidencial”, escreveu Harris em sua biografia.

Em 2010, Kamala também se tornou a primeira mulher negra eleita Procuradora Geral da Califórnia, supervisionando o segundo maior Departamento de Justiça do país, atrás apenas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

O site Essence publicou logo após o anuncio da vice presidência que, Kamala é liberal em justiça ambiental, reforma da justiça criminal, imigração, habitação, saúde, empreendedorismo negro e uma série de outras questões. Por causa desse motivo, sua candidatura foi criticada por vários eleitores negros dos EUA.

Uma coisa é certa, Kamala Harris está fazendo história ao se tornar a primeira vice-presidente negra dos Estados Unidos e ela não vai parar aí, já que, segundo  o fundado do IDEIA, Maurício Moura, “Além de representar um simbolismo histórico e a renovação do partido Democrata, vale ressaltar que diante da idade de Joe Biden, é bem provável que a senadora Harris seja uma opção real para ser candidata a Casa Branca em 2024”.

Ziggy Marley lança música “América Vibra” em feat com Natiruts

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Foto: Reprodução

Em entrevista ao G1 o filho mais velho de Bob Marley comentou sobre o recente lançamento com a banda de reggae brasileira Natiruts e disse que ‘América Vibra’ “É uma conexão natural com o Brasil”.

Sobre a parceria inusitada, Ziggy contou que já conhecia a banda e no início da quarentena rolou o convite para a parceria, e ao ouvir a parte já pronta da música, Ziggy topou fazer parte.

“Meu amor pelo reggae e pelo Brasil é antigo. É uma conexão natural com o Brasil, sabe? E com a vibração do Natiruts e a mensagem da música”, conta em conversa com o G1.

Zyggy é o filho mais velho de Bob Marley e o mais premiado, coleciona ao todo oito estatuetas do Grammy na carreira.

A música representa uma união entre os povos americanos e é cantada em inglês, português e espanhol.

“Toda vez que alguém toca uma música, Natiruts ou seja quem for, o ritmo e a expressão musical vêm do passado, mas estamos aqui a expressando hoje. E isso também é parte do que você ouve.”

Confira a música:

BBB21: Celebrar a presença de negros no programa não é alienação

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Foto: Getty Image

Por Alê Garcia*

No livro “A Cultura da Mídia”, de Douglas Kellner, há uma passagem do autor que diz “a cultura veiculada pela mídia, cujas imagens, sonos e espetáculos ajudam a urdir o tecido da vida cotidiana (…) modelando opiniões políticas e comportamentos sociais, e fornecendo o material com que as pessoas forjam sua identidade”⠀

Para alguns, celebrar a presença de negros em programas de cultura de massa é pequeno, ou indigno. Mas não é. Porque a identidade de uma nação também é forjada por uma mídia capaz de fornecer os modelos daquilo o que significa ser homem ou mulher. É através desta cultura de mídia que também é construído nosso senso de classe, etnia e raça. Constrói a diferença entre o que consideramos “nós” e o que consideramos “eles” ⠀

Até agora, nós, negres, ainda somos considerados “eles”. “Eles que querem protagonizar, que querem espaço”. ⠀

Pois vamos conquistando nossos espaços. Não por atitude altruísta de executivos de mídia, mas por uma compreensão natural, racional e financeira de que isto é necessário. Por uma constatação lógica que envolve o simples fato de que consumimos e nosso poder de mobilização é gigantesco⠀

Pela primeira vez temos a edição de um dos mais populares programas da televisão brasileira com uma presença maciça de negros. Pessoas talentosas, equivocadas, fascinantes, odiadas, adoradas, militantes, obtusos. Pessoas. Então, tem de todo tipo. Porque negros não são únicos, não são uma massa só.⠀

Mas é maravilhoso que existam vários: para amar, para odiar. Assim é feita a normalização da nossa presença. Com negros exatamente nas mesmas posições que pessoas brancas vêm ocupando há tanto tempo⠀.

  • Alê Garcia é escritor, criador de conteúdo e publicitário. Criador do podcast e canal do YouTube Negro da Semana, plataforma sobre a cultura negra que apresenta a trajetória de grandes personalidades, momentos históricos e produções do cinema, séries, literatura e música afrocentrados. O podcast ficou na lista dos melhores de 2019 por Spotify, Deezer e Apple Podcasts. Alê Garcia figura na lista do 20 Creators Negros Mais Inovadores do País pela Forbes.

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