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Kamala Harris faz história como a primeira negra e a primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos

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Kamala Harris primeira negra e a primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos - Foto: Reprodução Instagram

Enquanto a América se despede do turbulento mandato de quatro anos de Donald Trump, o país também inaugura um novo capítulo histórico, com Kamala Harris assumindo o reinado como a primeira vice-presidente negra. A senadora da Califórnia, que foi a primeira mulher negra e a primeira asiático-americana na chapa presidencial de um grande partido, também será a primeira mulher americana a ocupar o cargo.

Harris soube da notícia junto com milhões de americanos na manhã de sábado, quando várias redes anunciaram Joe Biden como presidente eleito, encerrando oficialmente a corrida contra Trump.

A senadora capturou sua empolgação em um vídeo postado no Twitter.

“Conseguimos”, disse o homem de 56 anos em um telefonema para Biden. “Conseguimos, Joe. Você será o próximo presidente dos Estados Unidos.”

Em parceria com a Play9, Ad Junior estreia série “Futuro Negro” no YouTube

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Foto: Divulgação

O criador de conteúdo e apresentador Ad Junior entra para o time de parceiros da Play9, estúdio de conteúdo de João Pedro Paes Leme, Felipe Neto e Marcus Vinícius Freire, com uma grande novidade: a produção “Negro Futuro” a nova série trará conversas com convidados especiais.

Na série “Futuro Negro”, Ad e seus convidados fazem projeções de cenários em que o povo negro está inserido de forma igualitária, adquirindo protagonismo nas ações. E para comentar essas projeções, Ad recebe em seu canal o ativista Raull Santiago, o estudante e youtuber Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, a executiva fundadora do Movimento Black Money Nina Silva e Dona Jacira, escritora, figurinista, avó e mãe de 5 filhos Jaqueline (em memória), Katia, Katiane, Evandro e Leandro (Emicida). A série conta com quatro vídeos sobre educação, economia, tomada de consciência e política. A estreia está prevista para o dia 07 de novembro, e os vídeos serão publicados semanalmente.

No decorrer dos episódios, os assuntos vão de política a ancestralidade e para o primeiro episódio da série com o comunicador Raull Santiago,será debatido a questão da política como instrumento de tomada de poder e de mudança social e também será discutido os pilares essenciais para que o negro consiga abrir espaço dentro da sociedade, com foco na educação. 

E no episódio com Dona Jacira, o último do quadro, o assunto é ancestralidade e, Dona Jacira fala sobre a importância de pessoas negras reivindicarem lugares que façam sentido em suas vidas. Eles também fazem uma reflexão sobre o racismo nas produções literárias e maternidade negra. 

Os vídeos estão sendo gravados remotamente, respeitando as medidas de isolamento social e a intenção principal da série é mostrar dimensões para a construção de um futuro negro!

“Eu fico muito feliz em saber que em 2020 as pessoas começaram a entender que a nossa pauta tem valor para além do ativismo. Que ela é importante para a compreensão dos contextos históricos que criaram as situações de desigualdade no país. Por isso, acredito que estar na rede com mais apoio e com mais investimento mostra que essa atenção vai além do entretenimento, vai para o entretenimento educativo, a união entre educação, informação e entretenimento. Pra mim, essa parceria é extremamente importante, estou muito agradecido e feliz”, conta Ad.

O canal trará ainda muitas dicas de filmes, séries, livros, críticas sobre acontecimentos da história a partir de uma perspectiva africana e reflexões sobre os temas em alta na semana.

Os vídeos vão ao ar todas às terças e sábados, às 11h no canal do Ad Junior

Linn da Quebrada, Martte e Bia Ferreira estão no lineup do Festival Mix Brasil

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Foto: Gabriel Renne

Entre os dias 11 e 22 de novembro, acontece o Mix Music, a parte musical do 28ª Festival Mix Brasil, um dos mais importantes eventos de cultura dedicados à diversidade do mundo. Nesta edição online, apresentará shows viscerais, ao vivo e gratuitos, com artistas importantes da cena LGBTQIA+, Linn da Quebrada, Martte, Bia Ferreira e Jaloo, são os nomes confirmados no lineup.

No dia 11/11 às 20h30, Linn da Quebrada, cantora, atriz, travesti e ativista que tem alcançado e conquistado territórios em outros países com sua performance combativa, faz o show de abertura do festival. Médica e monstra de si mesma, a artista faz uma investigação sobre sua própria corporalidade e suas potências narrativas, a partir de performances ora inspiradas no repertório de seu álbum “Pajubá”, ora com o processo experimental “Trava Línguas”. 

O cantor e compositor de pop soul, considerado uma das grandes apostas do mercado fonográfico nacional, Martte, se apresenta no dia 14/11 às 20h. Influenciado em sua sonoridade e composição por artistas como Tim Maia, Michael Jackson, Beyoncé e Amy Winehouse, e mesclando seus estilos musicais favoritos – R&B, pop, brasilidades e música eletrônica –, Martte tecia sua própria estética musical.

Já Bia Ferreira, multi-instrumentista, cantora e compositora que conceitua sua arte como MMP: Música de Mulher Preta, faz seu show no dia 20/11 às 20h. Suas canções são leitura obrigatória para o vestibular da Universidade de Brasília (UnB) e estão presentes nos livros didáticos do sistema Sesi-SP. 

O show de encerramento do festival no dia 22/11 às 20h fica por conta do  cantor e compositor Jaloo. Prestes a completar 32 anos de idade, Jaloo tem a missão de dialogar com o seu tempo e de expressar as mazelas e alegrias de suas experiências. Entre o muito que mudou, entre seus dois álbuns, descobriu sua voz e o que ela representa musicalmente. “Encontrei meus agudos, antes eu era muito grave”.

Confira a programação completa:

11/11 – 20h30 – Linn da Quebrada (30′) Música | Plataforma: InnSaei (abertura)

14/11- 20h00 – Martte (60′) Música | Plataforma Youtube MixBrasil

20/11 – 20h00  – Bia Ferreira (60′) Música | Plataforma: Youtube MixBrasil

22/11 – 20h00 – Jaloo (60′) Música  | Plataforma: Youtube MixBrasil (encerramento)

Serviço
28° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade

11 a 22 de novembro| GRATUITO

Programação completa: mixbrasil.org.br

Classificação Indicativa: 16 anos

Deezer lança canal ‘Cultura Negra’ para exaltar a música preta brasileira

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Foto: Carlos Sales

Para celebrar e discutir os assuntos importantes que o dia da Consciência Negra propõe, a Deezer disponibiliza na página inicial e de forma fixa na guia ‘explorar’, em todo o mundo, o canal “Cultura Negra”, com informações sobre igualdade racial e justiça por meio de podcasters, influenciadores e artistas que também usarão suas vozes para homenagear todas as pessoas negras que revolucionaram o cenário musical. 

O canal está dividido por módulos que incluem playlists de artistas, escolhas do editor e podcasts de produtores negros. Todos os conteúdos originais que serão lançados no mês de Novembro, como o faixa a faixa, o podcast ‘Essenciais’ e os episódios do podcast ‘Pop Story’ serão uma homenagem à artistas negros. Entre as surpresas, está o lançamento da “Playlist da Minha Vida”, onde personalidades como Ludmilla, Rashid, Neguinho do Kaxeta, Karol Conka e Rodriguinho compartilharão as 10 faixas mais importantes de sua carreira enquanto comentam sobre elas. 

Para exaltar a diversidade cultural na música brasileira, a plataforma de streaming também ganhará mais duas playlists com foco em artistas negros de ritmos brasileiros: Axé de Protesto e Pagode. Estas se somam às outras diversas playlists nacionais e internacionais – que são atualizadas constantemente – e focam em diversos gêneros como Pop, Funk, MPB, Rap, R&B, Soul, Hip-Hop e muito mais, permitindo assim que o público tenha acesso a uma grande variedade de vozes, incluindo artistas em ascensão.

Com a intenção de também homenagear os artistas que já fizeram história, diariamente, a plataforma escolherá um álbum clássico para evidenciar grandes nomes, como Arlindo Cruz, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e Racionais MC’s. 

“Olhamos sempre de forma humana pra nossa plataforma para promover a igualdade racial e a justiça. Ao longo da história, os músicos negros fizeram música que o mundo inteiro ama, porém, nem todos os artistas e criadores negros estão recebendo a atenção e o respeito que merecem, e queremos mudar isso, uma vez que música não é apenas música, é história também, e há muito dela na cultura negra”, comenta Vithor Reis, editor da Deezer, responsável pela curadoria do canal e que é negro. 

Todas as playlists e novidades já estão disponíveis na plataforma e podem ser acessadas diretamente pela home do app ou no canal de Cultura Negra

Confira o perfil de cada personagem do especial “Falas Negras” dirigido por Lázaro Ramos

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Foto: Globo / Victor Pollak

A TV Globo exibe no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o especial ‘Falas Negras’, com 22 depoimentos reais de pessoas que lutaram contra o racismo e pela liberdade, a favor da justiça, em registros biográficos ou em vídeos que a História nos ofereceu. Essas falas históricas são interpretadas por atores, todas em primeira pessoa, em um projeto criado por Manuela Dias, sob a direção de Lázaro Ramos. Desde os relatos coloniais de Nzinga Mbandi, que datam de 1626, aos ensinamentos pacifistas de Martin Luther King Jr., passando pela veemência de Malcolm X e Angela Davis, até a força de Marielle Franco, ou as dores de Mirtes Souza, mãe do menino Miguel, e Neilton Matos Pinto, pai de jovem João Pedro, ‘Falas Negras’ mostra que o espírito de luta e de resistência dos povos afrodiaspóricos ultrapassa a barreira do tempo, os limites territoriais, e permanece vivo até os dias de hoje.

Lázaro Ramos, junto da assistente de direção Mayara Pacífico, conduziu por dez dias ensaios feitos de forma remota, onde o elenco contou com a preparação da atriz Tatiana Tibúrcio e teve aulas sobre a trajetória dos personagens dadas pela antropóloga Aline Maia, que também é consultora do especial. “Procuramos atores que fossem bons contadores de história, porque o projeto, na verdade, é isso. Ele não tem grandes movimentos de câmera e mudanças de cenários, aposta na capacidade de os atores contarem bem essa história, que é o que vai fazer com que o espectador se envolva com ela”, explica Lázaro.

Lázaro Ramos confessa que, desde o seu primeiro contato com os textos, ficou mexido. “Quando li o material todo, fiquei parado por um tempo pensando em como que eu ia lidar com aquilo. Mas, ao mesmo tempo, sei que tudo aconteceu de verdade, não tem ficção aqui. É o que a nossa História produziu. Então, senti como um convite para refletir sobre como a gente vê a História. O meu desejo é que as pessoas se sintam motivadas a agir. É a nossa História, foi o que nós produzimos. E aí? O que faremos com isso?”, devolve ele.

Confira o perfil de cada personagem de Falas Negras

Nzinga Mbandi (Heloisa Jorge)  A rainha do Reino do Dongo e Matamba nasceu na Angola e viveu entre 1583 a 1663, e simboliza a resistência africana à colonização e a comercialização de escravos. Foi uma rainha combatente, destemida, chefiou pessoalmente o exército até os 73 anos de idade.

Olaudah Equiano (Fabrício Boliveira)  O escritor nigeriano, que viveu entre 1745 e 1797, foi sequestrado e escravizado quando tinha 11 anos e negociado por comerciantes locais. Ele foi enviado através do Atlântico para Barbados e depois para a Virgínia. Por lá foi vendido a um oficial da Marinha Real, com quem viajou pelos oceanos por cerca de oito anos, período em que aprendeu a ler e escrever. Conseguiu comprar a própria liberdade, e, em Londres, ele se envolveu no movimento para abolir a escravidão. Em 1789, ele publicou sua autobiografia, que é um dos primeiros livros publicados por um escritor negro africano.

Toussaint Louverture (Izak Dahora) – O líder da Revolução do Haiti viveu entre 1743 e 1803, foi escravizado até os 30 anos, e ainda assim aprendeu a ler e escrever. Ao ganhar a alforria, em São Domingos (atual Haiti), Toussaint liderou o levante que conduziu os africanos escravizados a uma vitória sobre os colonizadores franceses, aboliu a escravidão no local. Capturado e preso em 1802, ele deixou o Haiti sob o comando de Jean-Jacques Dessalines, que venceu a revolução e, em 1804, proclamou a independência de São Domingos.

Harriet Tubman (Olivia Araujo) – Ex-escravizada, tem data de nascimento imprecisa, tida como 1820 ou 22, e viveu até 1913. Ela se alistou como cozinheira e enfermeira durante a Guerra Civil Americana para espionar e captar informações, e ali ajudou na fuga de centenas de escravizados dos territórios dominados das fazendas do sul dos Estados Unidos rumo ao norte do país, onde não havia escravidão, e ao Canadá.

Mahommah G. Baquaqua (Reinaldo Junior) – Ex-escravizado, viveu entre 1820 e 1857, nasceu na África Ocidental, no atual Benin, veio em um navio negreiro que aportou em Pernambuco. Mas o trabalho em um navio mercante, que o levou para Nova York, mudou sua vida completamente. Naquela época, os estados do Norte dos Estados Unidos já tinham abolido a escravidão, e Baquaqua conseguiu fugir. Em Detroit, publicou sua biografia, que é um dos poucos registros da época contados nas palavras de um negro escravizado no Brasil, e que descreve em detalhes os hediondos castigos cometidos contra os escravizados no país.

Virgínia Leone Bicudo (Aline Deluna) – Socióloga e primeira mulher psicanalista brasileira, nasceu em São Paulo e viveu entre 1910 e 2003.  Cofundadora da Sociedade Brasileira de Psicanálise, é uma das responsáveis por importantes publicações na área.

Luiz Gama (Flavio Bauraqui) – Importante líder abolicionista, jornalista e poeta brasileiro, nasceu em Salvador e viveu entre 1830 e 1882.  Filho de um descendente de portugueses com uma escravizada liberta, a revolucionária Luiza Mahin, foi vendido pelo próprio pai, depois que sua mãe foi exilada por motivos políticos. Autodidata, se tornou um dos advogados abolicionistas mais atuantes do país, responsável pela libertação de centenas de negros mantidos no cativeiro.

Rosa Parks (Barbara Reis) – Ativista dos direitos civis, nasceu nos Estados Unidos e viveu entre 1913 a 2005. Atuava no Montgomery, capital do Estado de Alabama, no Sul dos Estados Unidos, centro dos maiores conflitos raciais do país. É tida como a “mãe do moderno movimento dos direitos civis” nos Estados Unidos.

Nelson Mandela (Bukassa Kabengele) – Advogado, presidente da África do Sul, viveu entre 1918 e 2013. Mandela liderou o movimento contra o Apartheid – legislação que segregava os negros no país. Condenado em 1964 à prisão perpetua, foi libertado em 1990, depois de grande pressão internacional. Recebeu o “Prêmio Nobel da Paz”, em dezembro de 1993, pela sua luta contra o regime de segregação racial.

James Baldwin (Angelo Flavio) – Escritor, dramaturgo, poeta e crítico social, nasceu nos Estados Unidos e viveu entre 1924 e 1987. Na escola, seu talento para a escrita foi notado desde cedo e foi estimulado por professores. Em Paris, escreveu o livro semiautobiográfico ‘Go tell it on the mountain’, publicado em 1953 e considerado pela revista Time, em 2005, um dos 100 melhores romances de língua inglesa do século 20.

Malcolm X (Samuel Melo) – Ativista de direitos civis, nasceu nos Estados Unidos, viveu entre 1925 e 1965. Por influência dos irmãos aderiu ao islamismo. Por conta de sua inteligência, oratória, personalidade forte, logo arrebatou multidões. Com o tempo, seus discursos ficaram cada vez mais concorridos e inflamados. Assim como sua popularidade cresceu, aumentou sua rejeição e fez inimizades que o levaram a ser assassinado. 

Milton Santos (Aílton Graça) – Geógrafo, jornalista, advogado e professor universitário, nasceu em São Paulo, e viveu entre 1926 e 2001. É reconhecido mundialmente como um dos maiores geógrafos brasileiros e, em 1994, foi consagrado com o Prêmio Vautrin Lud (algo como o prêmio Nobel da Geografia) e tem mais de 40 livros publicados em sete línguas.

Martin Luther King (Guilherme Silva) – Pastor batista e ativista político, nasceu nos Estados Unidos, viveu entre 1929 e 1968. Dentro do movimento negro, lutava pela igualdade civil entre negros e brancos e tinha como estratégia de luta o método da não-violência e a pregação de amor ao próximo, inspiradas nas ideias cristãs.

Nina Simone (Ivy Souza) – Cantora, compositora e ativista pelos direitos civis, nasceu nos Estados Unidos, viveu entre 1933 e 2003. Usava suas canções para expressar sua revolta com os conflitos raciais que testemunhou desde a infância no Sul dos EUA.

Lélia Gonzalez (Mariana Nunes) – Historiadora, antropóloga e professora, nasceu em Belo Horizonte, e viveu entre 1935 e 1994. Intelectual que dedicou parte de seu trabalho a analisar os efeitos da nefasta combinação entre racismo e sexismo na situação das mulheres negras, além de discutir a linguagem e criar as noções de amefricanidade e pretuguês.

Muhammad Ali (Babu Santana) – Maior pugilista da História, eleito “O Desportista do Século”, nasceu nos Estados Unidos, viveu entre 1942 e 2016. Ali nasceu Cassius Clay e a vitória no pugilismo veio junto com sua conversão ao islã e a mudança de nome. Ele passaria então a se chamar Muhammad Ali. Convocado, recusou-se a ir à guerra do Vietnã e desafiou o governo americano. A atitude rendeu a cassação de seu título de pesos pesados e o deixou por três anos longe dos ringues até que a Suprema Corte decidisse a seu favor.

Angela Davis (Naruna Costa) – Filósofa e ativista, nasceu em 1944 nos Estados Unidos. Ainda adolescente ela organizou grupos de estudo inter-raciais, que acabaram perseguidos e proibidos pela polícia. Foi perseguida por sua associação com o partido comunista americano e com os Panteras Negras, condenada e presa sem provas. Depois da prisão, Angela se tornou uma influente professora de história e passou a militar contra o sistema carcerário norte-americano.

Luiza Bairros (Valdineia Soriano) – Administradora e cientista Social, nasceu em Porto Alegre, viveu entre 1953 e 2016. Foi um dos nomes mais atuantes do Movimento Negro Unificado (MNU), a principal organização da comunidade negra do país na segunda metade do século XX, também ficou marcada por sua trajetória política. Foi secretária de Promoção da Igualdade Racial da Bahia entre 2007 e 2011 e ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil, entre 2011 e 2014.

Marielle Franco (Taís Araujo) – Vereadora, socióloga, ativista de direitos humanos, nasceu no Rio de Janeiro, no Complexo da Maré, viveu entre 1979 e 2018. Eleita vereadora em 2016, presidiu a Comissão de Defesa da Mulheres e foi executada na noite de 14 de março de 2018. Sua morte virou um marco e motivou protestos por vários países do mundo. Ainda hoje o caso não foi desvendado. A vereadora defendia as causas das mulheres, negros, LGBTs e da periferia.

Mirtes Souza (Tatiana Tiburcio) – Mãe do menino Miguel Otávio, que morreu após cair de um prédio de luxo no Recife.

Neilton Matos Pinto (Silvio Guindane) – Pai do adolescente João Pedro Matos Pinto, assassinado na favela do Salgueiro, em São Gonçalo.

Jovem protesto George Floyd (Tulanih Pereira) – Atriz interpreta um misto de depoimentos de manifestantes à época do trágico episódio que culminou com a morte de George Floyd, dando início a uma onda de protestos em várias partes do mundo.

“Tenho amigos negros”, diz Russomanno após criticar ação da prefeitura para o mês da consciência negra

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Foto: Divulgação/Internet

Depois de classificar ação da prefeitura de combate ao racismo para o Mês da Consciência Negra como “ato de vandalismo”, o candidato a prefeitura de São Paulo disse em sabatina promovida pela UOL que “Não vê diferença entre negros e brancos” e que “foi criado por mãe de leite negra” 

“Eu não vou polarizar essa questão. Eu fui criado por uma mãe de leite, negra. Eu sou uma pessoa que não vejo diferença entre os negros e os brancos. Tenho grandes amigos que são negros. E tive namorada, inclusive. Eu não tenho problema nenhum com isso. Agora, a prefeitura não pode fazer uma campanha e não dizer para população o que é que ela está fazendo”, disse o candidato.

Segundo Russomanno a prefeitura deveria ter comunicado a população sobre a ação e homenagem à data, porque de acordo com ele o gesto — de punhos cerrados — é tido como um gesto de esquerda.

“(…) 1917 Lênin usava o punho fechado como defesa do socialismo”, disse. “Esse gesto é um gesto que é tido, ao longo de quase cem anos, é como um gesto de esquerda. A gente tem que apagar a história primeiro para depois a gente falar sobre isso.”

O candidato também afirmou que o punho cerrado nos semáforos contraria a legislação de trânsito… “Eles vão responder por crime de improbidade”, disse Russumano

O ato da prefeitura em ação para o mês de novembro e Dia da Consciência Negra contém o símbolo do movimento negro, que marcou a luta por combate ao racismo e igualdade racial.

Com mentoria de Renata Martins, Vivo lança projeto “Fabulas da Conexão”

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A Vivo promove no mês de novembro – da Consciência Negra – ações e debates para discutir a representatividade negra e da cultura afro no país. Como marca tecnológica e comprometida com a diversidade, a empresa lançou nesta sexta-feira (6) o projeto “Fábulas da Conexão”, com quatro curtas-metragens que irão mostrar histórias que unem a tecnologia com elementos inspirados no realismo fantástico e narrativas brasileiras. Todos os episódios foram produzidos com a curadoria de Andreza Delgado, uma das criadoras da PerifaCon, e trazem jovens roteiristas, ilustradores e animadores, de diferentes lugares do Brasil, para dar vida aos textos.

A Vivo é uma marca diversa, inclusiva e que promove conexões genuínas. Escolhemos fazer um projeto nessa magnitude, pois acreditamos que podemos ajudar a criar novos capítulos na história ligados a questão racial. Escolhemos fazer isso usando a linguagem do afrofuturismo por se aproximar do nosso propósito ‘Digitalizar para Aproximar’”, explica Marina Daineze, diretora de Imagem e Comunicação da Vivo.

Os curtas-metragens trazem temas como afrofuturismo, ancestralidade e o brincar sob o olhar periférico, sempre numa perspectiva tecnológica. Além da curadoria de Andreza Delgado, os roteiristas que integram o projeto contaram com a mentoria de Renata Martins e Diego Paulino, nomes expoentes no cinema nacional. As narrações dos episódios serão feitas por grandes vozes: Luedji Luna, Lia de Itamaracá, Linn da Quebrada e Russo Passapusso.

Nesse projeto resolvemos apostar em talentos negros e da periferia, para que possamos contribuir para ampliar o espaço de fala e de atuação no mercado, além de mostrar a qualidade do conteúdo produzido por eles”, explica Marina.

Os filmes foram lançados em uma pré-estreia com uma cabine virtual nos moldes de grandes produções. O Mundo Negro participou da cabine e vamos contar um pouco sobre cada episodio apresentado.

O primeiro episódio com participação especial da Lia de Itamaracá fala sobre astronomia. Com ilustrações de Lucas Lima e Lucas dos Santos Almeida o curta mostra a galáxia sendo explorada por uma criança preta. O roteiro é de Thaís Hern com mentoria de Renata Martins. O curto é nada menos do que emocionante.

O segundo episódio, narrado por Luedji Luna, retrata Ana uma menina preta que é “convocada” pelos tambores ancestrais para se tornar uma guerreira.

O terceiro episódio roteirizado por Erickson Marinho é baseado no artigo “Elas não querem brincar comigo”: A dor de presenciar o racismo na infância; Escrito pela BossLady do site Mundo Negro o artigo foi publicado em 2018. A partir desse artigo, Erickson com mentoria de Renata Martins, criaram uma fábula em que a criança faz uma viagem ancestral com a avó.

Atuante como mentora do projeto, Renata Martins conta como foi o processo de criação: “Foi um desafio. Transformar histórias tão grandiosas em um trabalho de pouco mais de um minuto é um processo de lapidação.
Para além de uma ação social, é uma ação profissional
“.

Trilha sonora

Além de emprestar a sua voz para a narração do segundo episódio, Luedji Luna também empresta a sua voz para a trilha sonora do projeto. O combo Linn da Quebrada, Luedji Luna e Baiana System criaram uma canção que traz um misto de tambores, batidas eletrônicas e calmaria da voz de Luedji e a potencia de Linn. Podemos colocar a canção na categoria Afrofuturista.
Parte da canção diz: O futuro é agora, o passado já passou, o futuro é você.

Para Luedji, que agora é mãe de uma criança preta, “é preciso pensar em conteúdos para as crianças“. Luedji diz que o projeto “é a reafirmação da nossa identidade“.
Apesar de já ter participado de outras publicidades essa é a primeira vez em que trabalho com uma equipe majoritariamente preta dentro de uma empresa privada. Uma experiência completamente nova e fico feliz da vivo está comprometida em cumprir a sua função social“, conclui a cantora.

Os curtas serão publicados semanalmente nos canais digitais da vivo. Com a hashtag #FuturoVivo, a marca vai reunir todas as suas ações em seus canais digitais no mês da Consciência Negra para ampliar as discussões do tema nesse período.

Influenciadores negros assumem perfil da Vivo

Dentro do objetivo de ampliar o espaço para abordar os temas ligados a cultura negra, a Vivo convidou quatro influenciadores negros para fazer “takeovers” no perfil da marca no Twitter durante o mês de novembro. Para participar da ação, a Vivo convidou Gabi Oliveira, Ale Santos, Laressa Teixeira e Jeferson Delgado. A cada semana, no mesmo dia do lançamento de um novo episódio do “Fábulas da Conexão”, um dos influencers convidados assumem o espaço para falar sobre suas referências nos vídeos e as suas impressões, além de interagir com pessoas que se engajarem com a ação. O objetivo é que eles amplifiquem o debate sobre pautas da comunidade negra usando o espaço da marca e que possam tratar com propriedade os temas ligados as histórias que a Vivo está apresentando no projeto. 

Lashana Lynch será a agente 007 na nova franquia do filme

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Foto: Divulgação/Filme

O novo filme da franquia “Sem tempo para morrer” terá uma mulher negra como a agente 007, o ator Daniel Craig continuará interpretando o famoso “James Bond” mas o nome-código será interpretado por Lashana Lynch.

Em entrevista, a atriz disse que seu papel no filme significa um passo adiante nas questões de representatividade. Lashana interpretará Nomi, a agente secreta que herda o título de 007 enquanto o James Bond está no exílio. No ano passado Lashana conquistou o público em seu papel no filme “Capitã Marvel” interpretando a piloto Maria Rambeau e uma mãe solo.

A atriz está fazendo história enquanto a primeira agente 007 negra e mulher após 58 anos da franquia e 27 filmes, ao ser questionada sobre a importância do seu papel no filme a atriz disse estar grata:

 “Me sinto muito grata por poder desafiar essas narrativas”, diz ela. “Estamos nos afastando da masculinidade tóxica, e isso está acontecendo porque as mulheres estão sendo abertas, exigentes e vocais, e denunciando mau comportamento assim que o vemos.”

 No ano passado, o ator Idris Elba estava sendo o ator mais cotado para interpretar o papel de James Bons, após Daniel Craig anunciar que o 25º filme seria o seu último, mas Elba desistiu do papel devido a ataques racistas que sofreu na internet. E infelizmente o mesmo está acontecendo com Lashana Lynch, a atriz afirmou estar sendo atacada e chegou até a deletar sua conta nas redes sociais, Lashana contou que tirou uma semana para meditar e ficar apenas com a família.

“Eu sou uma mulher negra – se fosse outra mulher negra escalada para o papel, teria sido a mesma conversa, ela teria os mesmos ataques, o mesmo abuso”, diz ela. “Só preciso me lembrar de que a conversa está acontecendo e que sou parte de algo que será muito, muito revolucionário.” Disse Lashana em entrevista a Harpers Bazaar

Confira o trailer do filme:

Trailer oficial

O filme “0007: sem tempo para morrer” tem previsão de estreia para abril de 2021 nos EUA.

Primeira boneca negra dos EUA entra para o “Hall da fama dos brinquedos”

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Foto: Divulgação

Criada em 1968, Baby Nancy a primeira boneca negra de cabelos crespos e traços negroides entrou no National Toy Hall of Fame na última quinta-feira, junto com giz de calçada e o jogo de blocos de madeira Jenga. Essa homenagem leva em consideração a criatividade e popularidade ao longo dos anos.

Os brinquedos foram escolhidos por um painel de especialistas entre 12 finalistas que também incluíram bingo, Breyer Horses, Lite-Brite, Masters of the Universe, My Little Pony, Risk, Sorry !, Tamagotchi e Yahtzee.

Baby Nancy foi a primeira boneca da Shindana Toys, uma empresa da Califórnia lançada em 1968 pela Operation Bootstrap Inc., a organização de filantrópica da comunidade negra sem fins lucrativos que surgiu após os distúrbios de Watts em Los Angeles.

No Dia de Ação de Graças, no ano de sua inauguração Baby Nancy era a boneca negra mais vendida em Los Angeles e, antes do Natal, ela já vendia em todo o país. De acordo com o National Toy Hall of Fame, localizado no museu The Strong em Rochester, Nova York, o brinquedo mostrou que havia uma grande necessidade de bonecos negros etnicamente corretos.

Infelizmente a Shindana Toys faliu em 1983, devido a uma crise financeira, mas a Baby Nancy ainda é muito reconhecida por revolucionar a indústria de brinquedos da época e levar representatividade para milhares de crianças durante as décadas de 60 e 70. “Ainda se destaca como uma boneca marcante que fez avanços comerciais e culturais”, disse a curadora Michelle Parnett-Dwyer em um comunicado à imprensa.

Os três novos homenageados estarão em exibição permanente no National Toy Hall of Fame, ao lado dos vencedores anteriores, que são Barbie e o Hula Hoop. 

16ª Mostra Internacional do Cinema Negro apresenta documentário sobre professora negra e travesti

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Foto: Camille Bropp

A 16ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICN), apresentará dezenove filmes entre os dias 10 e 15 de novembro na plataforma digital do Museu da Imagem do Som de São Paulo (MIS-SP). Entre eles, está o documentário sobre a professora negra e travesti Megg Rayara de Oliveira, do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Não é para se festejar. É uma denúncia mesmo”, retrata ela sobre a obra intitulada “Megg, a margem que migra para o centro” (2018).

A professora explica por que faz questão de lembrar os títulos de primeira travesti a se tornar doutora pela instituição e, até onde se tem notícia, a primeira travesti negra a se tornar doutora no País. A declaração está no documentário “Megg, a margem que migra para o centro”, de 2018, um dos 19 selecionados para a programação da 16ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICN), que será realizada de 10 a 15 de novembro como evento cultural paralelo ao XI Congresso de Pesquisadores(as) Negros(as) (Copene).

O roteiro e a direção do documentário é de Larissa Nepomuceno, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR na linha de pesquisa “História e historiografia”, em parceria com Eduardo Sanches. Além de ter sido a primeira travesti negra a se formar doutora na UFPR, Megg é autora do livro “Diabo em forma de gente”, em que retrata a trajetória de docentes que são alvo, ao mesmo tempo, de racismo e homofobia.

SERVIÇO

“16 ª Mostra Internacional do Cinema Negro”

Quando: 10 a 15 de novembro

Onde: pela plataforma digital do Museu da Imagem do Som (Mis) de São Paulo (acesse de 10 a 15/11)

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