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Qual é a cor das mães mais atingidas pela mortalidade materna?

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Getty Images

Ilka Teodoro, mestranda em Direitos Humanos na UnB

A pandemia do novo coronavírus localizou o Brasil como o epicentro da mortalidade materna em decorrência da covid-19. Até junho de 2020, 77% das mortes de puérperas e gestantes do mundo tinha ocorrido no Brasil. Dados do Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 informam o total de 738 mortes no país desde o início da emergência global em saúde,além de 250 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave.


O Brasil já era considerado um dos países da América Latina com maior índice de mortalidade materna desde os anos 90. Foi um dos piores indicadores que o Brasil apresentou quando prestou contas às Nações Unidas em 2015.
A morte materna é definida pela Organização Mundial de Saúde – OMS como “a morte de mulheres durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela”. Por vários anos, o Brasil tem investido em melhorias na atenção obstétrica, aumento da cobertura em saúde no território nacional, mas o cenário estatístico de mortes maternas permanece sem grandes variações.
A persistência das altas taxas de mortalidade materna no Brasil, incluindo os altíssimos índices de morte materna em razão da covid-19, indica a existência de questões mais profundas na política de saúde reprodutiva e nas práticas obstétricas que implicam em sistemática violação direitos humanos de mulheres e crianças.


As situações emblemáticas de mulheres comuns que morreram na gestação, parto ou puerpério guardam semelhança entre si quando observamos os modos como a violência opera e a cor de quem morre. Informações existentes até 2016, demonstram que continuam morrendo mais mulheres negras de baixa renda, pouca escolaridade, sem ocupação formal e sem acesso à saúde. De acordo com dados trazidos na campanha “SUS sem racismo”, do Ministério da Saúde, cerca de 60% das vítimas de mortalidade materna no país eram negras.


As causas estão geralmente relacionadas com pré-natal inadequado; condutas médicas ou protocolos hospitalares que contrariam evidências científicas durante o parto, falta de cuidados no pós-parto. São casos de doenças como a hipertensão não detectadas ou tratadas no pré-natal; vedação do acesso a tecnologias e medicamentos disponíveis para tratamento de situações que podem ofertar risco à gestação (uso de ocitocina no pós parto para prevenir hemorragias, por exemplo); assepsia inadequada favorecendo surgimento de infecções; abortos inseguros e outras causas. No caso da covid-19, o estudo aponta a indisponibilidade de UTIs para 23% das gestantes e puérperas que vieram a óbito e ausência de intubação em 34% dos casos. Não foi estabelecida uma política de testagem no pré-natal e a vacinação prioritária somente entrou em pauta em abril de 2021.


O apagamento ou invisibilidade da questão racial nos casos, incluindo a ausência de dados desagregados por raça/cor nas estatísticas gerais e nos dados sobre a covid-19, demonstra a intenção de não permitir identificar os corpos marcados e as vidas ceifadas pela violência obstétrica, análise esta que poderia evidenciar as razões da persistência das altas taxas de mortalidade materna no país.


A questão racial continua à margem das estratégias de combate à morte materna, o que torna urgente inclusão de outras perspectivas e abordagens para a saúde materna e atenção obstétrica no Brasil, considerando a perspectiva de raça, gênero e classe, contribuindo para a saúde das mulheres negras, que são as que mais morrem por razões evitáveis neste país.

“20 pães por dia”: Ana Cristina batalha para criar seus filhos e valoriza o amor à negritude

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Foto: arquivo pessoal

Uma casa com 5 crianças e uma adolescente, em São Gonçalo (RJ). Um único celular para as atividades online da escola durante o período de isolamento social. Uma mãe que espera o sétimo filho e se divide em muitas atividades durante o dia, com um olhar especial aos filhos autistas. A rotina de Ana Cristina Jesus de Souza, de 35 anos é insana. Porém uma luz de esperança e mudança surgiu quando sua filha mais velha, mais escura e de cabelo mais crespo, Nicole, de 15 anos recebeu o suporte da comunidade negra e artistas depois de ter sofrido racismo online.

Ana demonstrou publicamente o afeto e o apoio a filha, falando sobre a beleza do cabelo crespo, resistente e lindo da sua primogênita usando recursos de argumentação vindos do coração e da mente de quem sentiu falta desse acolhimento quando era mais jovem. “Quando eu era jovem, eu tinha vergonha do meu cabelo. Alisava desde a idade da Nicole. Na escola as pessoas sempre diziam que eu tinha cabelo de Bombril, que iriam usar meu cabelo para arear panela, grudavam chiclete no meu cabelo. Naquela época a gente não tinha o apoio que a gente tem hoje”, descreve Ana que sofreu até na mão da professora e diretora da escola que estudou.

Moderna, Ana apoia, a paixão da filha mais velha pelas redes sociais. Nicole sabe que tem a mãe como porto seguro. “Aqui em casa depois do almoço a gente grava alguns vídeos para o Tiktok”, detalha com um tom tranquilo.

FILHOS NEGROS, FILHOS DIVERSOS, FILHOS ATÍPICOS

Quem tem mais de um filho ou filha sabe o quão exaustivo é tentar criar regras em casa e ao mesmo tempo lidar com personalidades e temperamentos diferentes. Em outubro, nasce mais um bebê de Ana. Ele se juntará ao time de irmãos compostos, além de Nicole, por Lucas (2), Julie (4), Gabriel (6), Júlia (7) e Lúcia (11).

Foto: Arquivo pessoal

Ana fala pouco sobre a presença paterna na casa e se limita a explicar que pai só tem folga aos domingos. Cabe então as filhas mais velhas ajudar essa mãe tão sobrecarregada.  

Depois de acordar, os mais velhos dobram sua roupa de cama. “Os mais velhos ajudam a cuidar dos pequenos, a lavar o rosto e escovar os dentes. Eu saio para comprar coisas para o café, o leite, são pelo menos 20 pães de manhã e para o almoço mais de um quilo de arroz por dia. As crianças comem muito e para economizar a noite a gente faz lanche”.

Os vídeos no TikTok fazem parte dessa rotina. “Aqui a gente faz tudo ao mesmo tempo”, diz ela rindo, mas admitindo que muitas das vezes ela acumula as tarefas para que os mais velhos possam estudar.

Um dos maiores desgaste de Ana, não romantizando a criação de crianças atípicas é a lidar com a necessidade de dois filhos que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Eu tenho o Gabriel de 6 anos que tem transtorno global do desenvolvimento. A neuro fez um acompanhamento, mas estamos na fila de espera por um médico geneticista. Ele vai fazer os exames e confirmar o grau de autismo dele” relata Ana que ainda disse que o filho também está na fila de espera para reabilitação cognitiva por conta dos problemas severos de comunicação. Gabriel não fala, ele só repete algumas palavras e parece que também sobre de deficiência auditiva. “Estou luta porque são muitos exames. Ele faz acompanhamento no Hospital Ronaldo Gazola que tem a neuro que dá remédio para ele. Ele é muito agressivo e nervoso quando não toma um remédio. Ele grita muito e com a medicação ele fica calmo e consegue brincar com as outras crianças”. Gabriel também sofre de asma e se não tiver a medicação do posto, Ana não tem condições de comprar.

A pequena Julie também aguarda na fila por uma consulta ao neurologista que confirme o autismo, que de acordo com a mãe é mais “leve” que ao do irmão.

“CRIANÇAS TACAM PEDRAS NA GENTE”: NICOLE E LÚCIA FALAM SOBRE RACISMO NA RUA E NA ESCOLA

Online e off-line.  O racismo não dá trégua para as filhas da Ana que as defendem como uma leoa. “Na escola já me chamaram para dizer que o cabelo das meninas tinha piolho. Sempre disse que elas não tinham e que as professoras deveriam olhar o cabelo das outras crianças”.

Ana não admite racismo e ensinou suas filhas a fazerem o mesmo. “Na escola jogavam papelzinho no meu cabelo e me chamavam de mendiga”, revela Lucia a segunda mais velha.

Lúcia de 11 anos lindinha com borboletas no cabelo – Foto: Juliana Ferrer

Nicole também relatou uma experiência de horror onde ela e a irmã tiveram que fugir de pedras que foram tacadas nelas. “Na escola ninguém queria fazer trabalho comigo e nem me chamavam para times nas atividades da educação física”, conta Nicole. Reconhecer o racismo e saber que o problema está no outro e não na gente é resultado de uma educação racial dentro de casa.

TODOS MEUS FILHOS TÊM VACINA EM DIA

“Eu não eu não tenho tempo para me cuidar.  Muitas das vezes eu vou tomar banho muito tarde, a meia noite quando todo mundo está dormindo”, descreve Ana. Ela também comenta sobre a quantidade imensa de roupas para lavar e passar, atividade que ela faz a cada dois dias.


Mesmo com roupas limpas e cabelos cuidados e hidratados, os filhos de Ana lidam com algo que na realidade, todos nós negros infelizmente lidamos. O olhar de desconfiança e julgamento.

“Têm pessoas que quando me veem com meus filhos, ficam falando para eu cuidar deles,  dar banho neles direito, mas eu cuido do meus filho eles não estão descuidados. Eles dizem isso porque a gente é negro, porque a gente é simples, porque .meus filhos andam de chinelo”, diz Ana que complementa. “Eu cuido dos meus filhos, de todos os meus. Todos eles têm a vacina em dia no cartão do SUS,  na gravidez deles fiz  pré-Natal direitinho”.

VIDA ANTES E DEPOIS DO VÍDEOS VIRALIZADO, APOIO DA COMUNIDADE E SONHOS PARA O FUTURO

Como a maioria das mães, Ana quer um futuro melhor para todos os filhos, mas ela entende que Nicole, por ser a filha mais escura e que mais sofreu racismo merece uma atenção especial. “Ela por ter a pele mais escura e ter o cabelo black, ela sofreu mais preconceito e foi por isso que a coloquei no karatê, para ela aprender a se defender na rua”, justifica. Nicole acabou de apaixonando pelas artes marciais que lhe ensinou a ser disciplinada.

Entre os maiores sonhos dessa mãe está a casa própria. “No momento vivemos numa casa temporária alugada pelo grupo ‘Só vamos’, até o ‘Razões para acreditar’ terminar a vaquinha para nossa casa”. (Até o término desse texto, a família já tinha arrecadado R$ 90 mil em uma campanha com meta de R$ 100 mil).

Ana é grata pela ajuda das pessoas de dentro e fora da comunidade negra “Eles fortaleceram a Nicole. Isso deu uma esperança para ela. Deu também um novo rumo para nossa vida, para nossa autoestima. A gente vai poder ter uma nova casa e um lar de verdade”.

O produtor de conteúdo Roger Cipó tem assessorado a família com a avalanche de solicitações para entrevistas, trabalhos entre outras coisas. Junto a ele estão as influenciadoras Lorrane Caroline e Neggata.  

DICAS PARA MÃES NEGRAS

Ser a matriarca de um lar com tantos filhos e ainda fazer com que suas crias amem uns aos outros e a si mesmos, seus cabelos, suas origens é algo a ser admirado. E Ana deixa uma dica para as mães de crianças negras.

Ana e Nicole – Foto: Juliana Ferrer

“A dica que eu dou para as mães de crianças negras que não gostam de ser negras é apoie seus filhos. Mostre para elas que elas são lindas, que não tem que ter vergonha do seu cabelo e da sua pele. Apoie seus filhos no que eles precisarem”, reforça Ana.

Mirtes busca justiça, quer ser juíza, mas entende a importância de estudar e cuidar da mente e corpo

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Mirtes Renata - Arquivo pessoal

Mirtes Renata, 34 anos, teve uma parte da sua vida marcada por uma tragédia.  Esse é o primeiro domingo do “Dia das Mães” que ela passa sem o seu filho, Miguel.  No dia 2 de junho de 2020, o garoto negro que tinha apenas 5 anos, entrou para o noticiário nacional ao falecer depois de cair do 9º andar de um edifício de luxo em Recife, enquanto procurava por sua mãe que teve que interromper seus serviços domésticos, para levar o cachorro da patroa para fazer as necessidades na rua.

 Sara Corte, a empregadora, é mulher branca de família influente em Pernambuco. Ela priorizou a beleza das unhas ao invés de zelar pela integridade física de uma criança que estava sob sua responsabilidade durante a ausência da sua funcionária.  

Sem o seu único filho, essa mãe transformou esse pesadelo em uma batalha incansável pela condenação de Sara. Nessa trajetória, externamente ela se tornou símbolo de luta por justiça. Internamente ela viu nascer nela virtudes que ela não conhecia.

Mesmo tendo iniciado o curso de Direito há pouco tempo, ela já fala como uma advogada.  Os trabalhos braçais são coisas do passado. Seu intelecto é estimulado diariamente nas várias atividades que ela realiza no esquema home-office, incluindo um trabalho com um ONG internacional. Terapia, academia são indispensáveis para ela, mas a fé e o amor a Miguel são suas molas propulsoras.  

Mulher negra consciente do que sua figura representa nesse país, Mirtes já faz parte da história do Brasil. Por meio dessa entrevista, você vai conhecer um pouco mais sobre o lado pessoal de uma mulher que não considera o conformismo uma opção.

Mundo Negro – Domingo é Dia das Mães e a sua força e determinação por justiça têm sido uma luz para mães que perderam seus filhos de forma criminosa. De onde vem essa força? Onde entra a sua família e sua fé nesse contexto?

Mirtes – Olha primeiramente minha força vem de Deus. Ele é que está me mantendo de pé.  Ele está ouvindo as orações das pessoas, pedindo para me dar força, para me dar a sabedoria e conforto. Estou de pé graças a Deus e ao amor pelo meu filho. Eu só estou de pé ainda por ele, para lutar por ele.  Da mesma forma que eu lutava por Miguel em vida, eu estou lutando agora nesse momento para que o crime que que cometeram contra ele não fique impune. Então isso é o que me ajuda a seguir e me manter ainda de pé mesmo diante de todas as dificuldades. O que me mantém de pé é Deus, a minha fé e o amor que eu sinto pelo meu filho.

Como você tem sentido o apoio da comunidade negra e de ONG’s no geral?

Os movimentos negros, as ONGs, tudo relacionado ao povo negro estão juntos comigo nessa luta. Eles estão de mãos dadas comigo e não só os movimentos aqui do Brasil, mas também movimentos fora do Brasil também está junto comigo nessa luta. E é como eles me disseram e me dizem até hoje, “Mirtes ninguém solta a mão de ninguém”. Então esse apoio para mim está sendo muito importante mesmo. É o que está me ajudando a seguir nessa caminhada de luta de pedido de justiça.

O que mudou na sua vida profissional depois que você parou de trabalhar para família Corte? O que você tem feito?

Eu trabalhava de empregada doméstica, de serviço pesado. Eu já trabalhei de carpinteira, já trabalhei de auxiliar de cabeleireira. Eu sempre trabalhei em serviço pesado, muito braçal mesmo, de estar correndo para cima e para baixo fazendo uma coisa e outra sempre em pé.

Hoje eu estou trabalhando em 2 grupos.   Com o pessoal do Grupo Curumim que é um grupo feminista e antirracista e o Coletivo Afro Resistance que também é um coletivo feminista e antirracista, mas ele é internacional, é um coletivo Internacional resistência. Para mim é totalmente diferente, algo novo e por enquanto a gente está em home Office. O grupo curumim tem um prédio físico e por enquanto está sendo um home Office por conta da pandemia e o coletivo resistência é um coletivo Internacional com mulheres de vários para ir países e esse realmente é à distância mesmo. Para mim está sendo muito diferente. Aos poucos estou me adaptando porque estava acostumada a pegar pesado mesmo e assim pegar um pouco leve, só utilizando mais a cabeça e o raciocínio para mim é algo bem diferente é algo muito novo mesmo.

Como é a sua relação com a sua mãe? O que você acha que puxou dela?


A relação entre mim e mainha (Dona Marta Maria Santana, de 61 anos) é uma boa relação de amizade de força.  Dela eu puxei a força e determinação. Minha mãe é uma mulher forte guerreira. Da mesma forma que eu perdi um filho ela perdeu o neto e um filho.  Meu irmão foi assassinado quando eu tinha 14 anos. Foi morto por engano e infelizmente a gente não pode mexer com o caso porque a família toda foi ameaçada e a gente teve que se calar. Mas minha mãe conseguiu segurar a onda para poder continuar cuidando de mim.

Ela é uma guerreira ela é uma mulher muito forte. E graças a Deus ela está junto comigo nessa. Eu sinto que ela não está bem ela sofre muito, mas ela está se mantendo o mais forte possível para estar junto comigo.

Mirtes, dona Marta e Miguel – Arquivo pessoal

A faculdade de Direito surgiu agora na sua vida. Já sabe que área pretende seguir?

Sim estou na faculdade graças a Deus.  Estou no primeiro período, estou estudando, me esforçando ao máximo e graças a Deus tirando notas boas. Eu já tenho um ramo do Direito sim para seguir que é o direito penal. É algo que eu já estou vivendo. E estou estudando pra obter mais conhecimento para lá na frente estar trabalhando nessa área. Quero fazer concurso e ser promotora, ser juíza. Eu quero estar no lugar onde vou ter o poder nas mãos poder de julgar o poder de condenar, para que outras pessoas não passem pelo que eu venho passando hoje. Quando eu terminar minha faculdade eu quero fazer a diferença nesse judiciário classista e racista.

O que você faz para cuidar da sua mente e se divertir quando pode?

No momento estou fazendo terapia. E isso tem me ajudando muito. Logo no começo eu recusei, mas eu me senti numa situação que eu estava precisando muito e eu não estava mais conseguindo lidar com tudo o que eu estava passando. Então eu recorri a terapia. Graças a Deus a rede de mulheres negras me ajudou, com a terapeuta negra que a gente conversa e se entende.

Para cuidar do corpo eu corro, mas só que como tem essa questão da pandemia eu estou evitando estar na por conta desse vírus.  Eu estou frequentando que é um ambiente bem controlado bem higienizado. E é assim da academia para casa para casa trabalhar. O máximo que eu saio é para ir ao mercado ou para fazer a feira. Eu tenho muito medo de pega o COVID outra vez, mas é assim, eu preciso me movimentar cuidar um pouco da minha mente e do meu corpo para poder não cair. E a faculdade também está me ajudando a ocupar mente.  Os estudos aqui e o trabalho, tudo isso vai ajudando a aliviar um pouco a minha mente diante de toda essa situação

Qual a melhor forma de ser feita a justiça para o Miguel, na sua opinião?

A melhor forma de fazer justiça e que judiciário pode fazer nesse momento é deixar de lado essa questão de classe social dela (Sara) por ela ser branca, por ela ser de uma família influente dentro daqui do estado de Pernambuco.  O judiciário tem que deixar isso de lado e fazer o certo como foi feito nos Estados Unidos no caso de George Floyd. Eu admiro muito o judiciário dos Estados Unidos porque depois da morte de George Floyd com 10 meses e 26 dias foi feita a justiça. E aqui no Brasil o caso do meu filho já está em 11 meses não foi feito nada, só teve uma audiência e pronto. E o crime aconteceu no quase com os mesmos fatores, no período de pandemia, quem cometeu o crime for uma pessoa branca  e tem imagens provando o crime, tem testemunhas que provam o crime .

 O caso George Floyd já foi julgado o policial já foi condenado. Falta a sentença com o tempo que ele vai ficar preso. E no caso do meu filho, infelizmente não houve isso. Infelizmente o judiciário não está dando a atenção necessária ao caso do meu filho e nem o respeito necessário. Hoje eu travo uma batalha, uma luta pedindo por justiça e cobrando resposta das irregularidades que vem acontecendo no caso do meu filho. Eu queria muito, eu queria muito mesmo, que eles prestassem atenção e levasse mais a sério. Uma criança que partiu por causa do preconceito e do racismo. Eles agem de forma rápida no caso de uma criança branca. Eu queria que eles agissem rápido no caso dessa criança negra que é o meu filho.

Cassiano, ícone do soul brasileiro, morre aos 77 anos

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Foto: Divulgação

O cantor e compositor Genival Cassiano, de 77 anos, faleceu nesta tarde no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde estava internado desde o final de abril.  A causa da morte não foi divulgada.

Junto a Tim Maia e Hyldon, Cassiano formava o trio divino da soul music brasileira. Foi justamente na voz de Tim Maia que Cassiano teve seu maior êxito de popularidade, quando o síndico gravou o balada “Primavera”. Suas canções também ganharam vida na voz de Djavan, Marisa Monte e do grupo de pagode Pixote que regravou o clássico “A Lua e Eu”.


Talvez alguns não remetam o nome à obra, mas é de Cassiano as melodias de versos como “Sei que você gosta de brincar de amores/ Mas, oh, comigo, não”, da música “Coleção” ou “Toda vez que eu choro/ Toda vez que eu penso/Em lhe dar o meu amor/ Meu coração diz que não vai ser possível”, também gravada na voz de Tim Maia.

Apesar de pouco reconhecido pela indústria fonográfica, Cassiano serviu de influência para muitos dos artistas que vieram depois, como Emicida e os Racionais que citaram o cantor em uma de suas músicas mais conhecidas: “De teto solar/ O luar representa/ Ouvindo Cassiano/ Os gambé não guenta”.


Cassiano misturou sua brasilidade com as influências que tinha de Ottis Reeding, Stevie Wonder e James Brown.
Vale conferir as pérolas de seu repertório como “Castiçal” e “Ana Luiza”, todas disponíveis nas plataformas digitais.

O ator Will Smith quer melhorar seu corpo e homens negros aderem ao desafio junto com ele

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Foto: Reprodução Instagram

No último dia 4 de maio, o astro Will Smith, de 52 anos, anunciou que vai estrelar o documentário “Best Shape of My Life” (‘Melhor Forma da Minha Vida‘), que estreará em 2022 mostrando o caminho que vai percorrer para melhorar sua atual forma física. Junto com o anúncio, Will postou uma foto mostrando seu atual ‘shape’ e uma onda de postagens na rede começou com anônimos e famosos como Marlon Wayans (‘Todo Mundo Em Pânico‘) e Anthony Anderson ( Black-Ish) postando fotos seus atuais corpos conseguidos durante a quarentena e usando a hashtag #bigwilliechallenge.

“Este é o corpo que me carregou por toda uma pandemia e incontáveis ​​dias pastando na despensa. Eu amo esse corpo, mas quero me sentir melhor. Chega de muffins da meia-noite. É isso”, dizia a legenda postada pelo ator na terça-feira. Will também destacou que não era apenas pela aparência, mas uma busca da melhora na saúde.⠀


Além do talento dramático, Will Smith⠀é conhecido por aparecer em seus filmes exibindo corpo musculoso (“Eu Robô” e “Eu Sou a Lenda” são alguns um exemplos).

O documentário de seis partes que irá ao ar no YouTube terá o título segundo a Entertainment. O programa contará com estrelas convidadas, como atletas profissionais, especialistas em saúde e fitness, médicos e outros famosos.


A sinopse oficial divulgada descreve o projeto como “a história de Will Smith, olhando para cima um dia para se encontrar na meia-idade. Esta é a história divertida, inspiradora, extremamente aventureira de Smith se desafiando a melhorar todos os aspectos de seu condicionamento físico, da agilidade à potência, à recuperação e muito mais”, divulgou o site.

Afroeducadora indica três livros focados no cabelo crespo dos meninos negros

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Lucas de 5 anos, inspirou a mamãe Tatiane a escrever um livro sobre seu cabelo - Foto: Reprodução Instagram

A literatura para meninos negros vai muito além dos quadrinhos sobre Pantera negra e outros heróis de pele escura. A Educadora e Consultora Antirracista Tatiane Santos tem uma paixão por literatura afrocentrada para crianças.

“Para as crianças o empoderamento é necessário para o fortalecimento da sua auto estima e reconhecimento de sua etnia. Sou mãe de dois meninos e sei o quanto é importante mostrar a eles a importância do auto cuidado”, explica a Tatiane.

Ela indica três livros para meninos negros com foco nos cabelos crespos. Sim, nem só as meninas negras são vítimas de racismo por conta da textura do cabelo. Ler um livro acariciando o black do seu pretinho é certamente uma experiência carregada de afeto e representatividade.

Bora para as indicações:

“É meu sonho. Acredito muito na educação”: Gilberto Nogueira decide que vai prestar seu PhD nos EUA

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Imagem: João Cotta

Doutorando em economia e 4º finalista do BBB, o pernambucano Gilberto Nogueira, decidiu viajar no final do ano para contemplar sua bolsa integral na Universidade da Califórnia, em Davis. Sua aprovação para uma bolsa de estudos na instituição ocorreu enquanto Gilberto ainda estava confinado na casa do reality show e assim que saiu, descobriu que tinha passado em mais de três faculdades nos EUA.

Logo após sua saída da “casa mais vigiada do Brasil”, em entrevista para Ana Clara, o economista descobriu que tinha passado em seu tão aguardado e esperado sonho: Sua bolsa de estudo, mas afirmou que precisava conversar com seu orientador para saber como iria fazer  “Preciso falar com meu orientador, vou ligar pra ele, me organizar. Imagina eu morando na Califórnia? No Texas? Eu vou ser muito fino!”.

E foi seu orientador, Claudio Ferraz, que deu a notícia em primeira mão para os seguidores do Gil:

Em entrevista a Hugo Gloss, Gil ainda falou que, recebendo o prêmio ou não, sempre soube que ao sair do BBB, ao passar na bolsa, iria fazer o Phd e que sempre foi aquilo que mais desejou em sua vida.

“Eu escolheria seguir a academia porque, primeiramente, eu acredito muita na educação. Eu acho que é o único meio que a gente consegue dar um exemplo, sabe? Eu acho que tudo muito mágico, maravilhoso. Mas eu não posso trocar o meu maior sonho, que é ser PhD em economia, por algo que eu gosto, eu amo fazer, mas não é meu sonho principal”, declarou ele.

Além disso, Gilberto receberá a mais alta honraria de Paulista, cidade onde mora: a Comenda Padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro. O doutorando em Economia também receberá o título de Cidadão Paulistense – ele nasceu em Jaboatão dos Guararapes. De acordo com os poderes do município, Gilberto se tornou “um dos mais ilustres moradores da cidade, por toda a sua colaboração com o engrandecimento de Paulista”. 

A resistência que impediu Wakanda de cair foi formada por mulheres

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Pantera Negra” é um marco na cultura pop por trazer protagonismo preto desde elenco até a direção, trilha sonora e figurino. No entanto vamos olhar com carinho, especificamente, para as mulheres da trama.
A trajetória do príncipe T’Challa até o trono de Wakanda seria totalmente diferente, se é que seria vitoriosa, sem ter como principais apoiadoras as mulheres negras como apoio.

A rainha Raimonda (Angela Basset) é responsável por receber T´challa após a morte do rei e aparece no longa como a guardiã suprema das tradições sem perder o ar acolhedor e condescendente, tanto com a angústia do futuro príncipe quanto com a descontração da caçula, Shuri, em relação ao ‘timing’ das piadas.

Shuri é responsável por toda a tecnologia de Wakanda. Controla o avançado sistema de transporte e também é a inventora por trás dos trajes do Pantera e das armas do exército.

Pantera Negra e as mulheres de Wakanda | Ovelha
A espiã e a cientista, ambas prontas para batalha. Imagem: Marvel/Disney


A direção acerta demais em apresentar a rainha Raimonda e a princesa Shuri com personalidades bem delineadas, sem cair no estereótipo da mulher negra sofrida e chorosa que Hollywood adora. Apesar da perda recente, ambas continuam suas atividades (essenciais) para manter o funcionamento da nação.
Talvez a personagem com senso de obrigação mais óbvio, temos a general Okoye (Danai Gurira). Qual a última vez que você viu uma mulher liderar o exército mais poderoso do planeta?

Mais uma vez a direção sensível de Ryan Coogler passa longe do que poderia resvalar facilmente numa imagem de preta raivosa. Okoye é feroz e habilidosa, sem que isso esvazie seu sarcasmo e bom humor,além de deixar claro que nem o amor de um homem sobrepuja seu sua paixão por Wakanda (que cena essa!)

Por fim temos a espiã Nakia (Lupita Nyong´o), que antes mesmo do antagonista entrar em cena contra T´challa, tenta alertar o príncipe sobre Wakanda ter se isolado para os países vizinhos.


Lembremos que sem Raimonda, Shuri e Nakia entregando mais da erva-coração o Pantera Negra tinha morrido e que a resistência do país, após a queda do personagem de Chadwick Boseman, ficou com Ogoye e seu exército real, as Dora Milaje.
Sem a resistência dessas mulheres Wakanda teria caído

ID_BR anuncia os finalistas ao prêmio “Sim a Igualdade Racial 2021”

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Imagem: Prêmio ID_BR 2020

O Instituto Identidade do Brasil (ID_BR) anunciou nesta quinta-feira, dia 6 de maio, os finalistas ao prêmio “Sim à Igualdade Racial 2021”. O evento que será exibida no dia 29 de maio (sábado), às 16h30, no Multishow e no Facebook do instituto, tem o objetivo de reconhecer os principais nomes e iniciativas que trabalham em prol da igualdade racial no Brasil.

O prêmio, que existe desde 2018, pensa em premiar 10 categorias, que estão envolvidas dentro de três pilares: Cultura, Educação e Empregabilidade.

As categorias de Cultura são dedicadas à indicações de cantores, produtores culturais/musicais e artistas negros e indígenas que tenham um portfólio com experiência consolidada. Já no caso da Educação, é voltada para premiar iniciativas que buscam promover a igualdade racial por meio da educação, seja criando novas formas de acesso, narrativas e métodos de aprendizado. Com a Empregabilidade, o objetivo é premiar empresas que valorizem e possuem práticas em prol da equidade racial, como programas internos, grupos de trabalhos e posicionamentos perante o público externo. 

“Mesmo com todos os desafios trazidos pela pandemia, recebemos mais de 8 mil indicações de pessoas e projetos de todo Brasil neste ano. Na última edição tivemos mais de 30 milhões de visualizações da premiação na nossa página do Facebook e ficamos entre os programas mais vistos no Multishow. Este ano promete ser ainda mais especial!” Fala a fundadora do ID_BR, Luana Génot.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, o público indicou os nomes para concorrerem. Na sequência, o ID_BR realizou uma curadoria interna para definição dos finalistas. Agora, os três nomes de cada categoria serão encaminhados ao júri especializado, formado por pessoas de conhecimento notório em cada pilar, para a escolha dos vencedores.

Prêmio Sim a Igualdade Racil 2018

Esse ano surge uma novidade no prêmio: Pela primeira vez, além de levarem para casa o troféu ‘Mad World’, do artista plástico Vik Muniz, os premiados também serão contemplados com R$ 3 mil para fortalecer seu projeto, ajudar alguma instituição ou até mesmo realizar alguma meta pessoal. 

“Das 10 categorias, sete têm também representantes indígenas. Precisamos dar cada vez mais visibilidades às ações com foco na população negra e indígena, que já estão fazendo a igualdade racial na prática até para mostrar e dar esperança de que a construção de uma sociedade mais igualitária pós-pandemia é possível”, afirma Luana Génot, fundadora e Diretora-Executiva do ID_BR.” Conclui, ela.

Os finalistas do prêmio são:

  • Arte em movimento

Cantores, produtores culturais/musicais e artistas negros e indígenas que geram impacto social com o seu trabalho e relevância para o seu grupo racial. 

  • Alberto Pitta: um dos mais importantes artistas plásticos na criação do que hoje se conhece por estampas afro-baianas, usando símbolos, ferramentas, indumentárias e adereços dos orixás como fonte de inspiração.
  • Dona Dalva Damiana: representante da cultura do recôncavo baiano. Por meio do samba de roda, deu visibilidade à mulher pobre e negra de baixa escolaridade.
  • Moara Brasil Tupinambá: artista visual e curadora autônoma. Natural de Mairi do Pará, em Belém, também é uma artista multiplataforma, utilizando desenho, pintura, colagens, instalações, vídeo-entrevistas, fotografias, literatura e performances. 
  • Destaque Publicitário

Agências e empresas que produzem peças e filmes que tratam da temática racial. As peças deverão ter sido lançadas em 2020. 

  • O Boticário/AlmaPBBDO: campanha de Natal 2020 em que a empresa assume uma série de compromissos em prol da equidade racial.
  • Dove + Influência Negra + Documentário Olhares Cruzados: a marca se juntou à plataforma de conteúdo digital ‘Influência Negra’ para a promoção da autoestima da mulher negra.
  • Bradesco/Publicis: parte do projeto Bravoz – Encontros Bradesco de Vozes Brasileiras, que teve o objetivo de promover artistas negros nacionais na sua visão de arte e negócio.
  • Raça em Pauta

Pessoas e veículos de comunicação que pautam com frequência e relevância assuntos de temática racial. Podem ser jornalistas, colunistas, produtores de conteúdo, apresentadores, de qualquer cor ou raça. 

  • Trace Brasil: é uma empresa global multiplataforma de mídia, entretenimento e educação que se conecta com públicos multiculturais por meio da música e de conteúdo afro urbano. 
  • Visibilidade Indígena: é uma rede que tem como propósito amplificar vozes através da divulgação da arte contemporânea, do entretenimento, do cinema e das culturas dos povos indígenas
  • Marcos Luca Valentim: é carioca, Jornalista da Globo, Comentarista Esportivo, vencedor do prêmio Melhores do Ano de 2020, promovido pelo Site Mundo Negro, na categoria Jornalista Liderança do grupo étnico-racial, é líder do Comitê de Diversidade no Esporte na Globo e idealizador do Ubuntu Esporte Clube, primeiro projeto audiovisual da Globo (podcast, TV e site) feito somente por jornalistas negros. 
  • Representatividade em Novos Formatos 

Influenciadores digitais negros e indígenas, sejam eles youtubers, blogueiros, instagrammers, facebookers ou expoentes das demais redes sociais.  

  • Tukumã Pataxó: tem 21 anos, e é um jovem da aldeia Pataxó de Coroa Vermelha, no sul da Bahia. Estudante de Gastronomia na UFBA, Tukumã é comunicador, ativista e influenciador indígena. 
  • Tay Cabral: artista visual que desenvolve projetos voltados para a representatividade no campo das artes e design. Também pesquisa de forma independente o papel e o legado de mulheres negras nas artes visuais. 
  • Katu Mirim: é indígena urbana por ser nascida e criada na cidade. É rapper, atriz, compositora, ativista, fundadora do Visibilidade Indígena, fundadora do coletivo Tibira-indígenas lgbtq e fundadora da TAG – Índio não é fantasia. É sinônimo de resistência indígena na cidade de São Paulo.  

Pilar Educação

  • Educação e Oportunidades

Iniciativas que buscam promover a Igualdade Racial por meio da educação, criando novas formas de acesso, narrativas e métodos de aprendizado. 

  • Abayomi Juristas Negras: coletivo de afroempreendedorismo social que tem a missão de combater estrategicamente o racismo estrutural, criando condições efetivas de inclusão da população negra em espaços de poder e saber, com foco no Sistema de Justiça Brasileiro.
  • Programa Pindorama da PUC-SP: projeto pioneiro no ensino universitário de São Paulo, que tem o objetivo de incluir indígenas na PUC-SP. O programa tem parcerias com o Museu da Cultura e com o Núcleo Gênero, Raça e Etnia do curso de Serviço Social, e suas ações tem estimulado uma melhor preparação dos candidatos, orientando-os a fazer cursos preparatórios.
  • Rede de Professores Antirracistas: é uma rede de formação de professores engajados no interesse de aprender sobre as relações raciais. Esse movimento de ação educativa nasceu por meio de um curso gratuito oferecido pela Professora Lavini Castro, chamado A Ferramenta do Professor Antirracista – Lei 10.639/2003.
  • Inspiração

Pessoas negras e indígenas que, por meio do seu trabalho, inspiram outros negros e indígenas a criarem narrativas. Esta categoria também tem o objetivo de homenagear grandes nomes que se tornaram referência de representatividade no Brasil, independentemente da área de atuação. 

  • Denise Alves Fungaro: cientista e pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de São Paulo. A sua trajetória na ciência, marcada pela inovação na pesquisa em seu campo, lhe rendeu diversos prêmios.
  • Conceição Evaristo: é escritora, ficcionista e ensaísta. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra no Brasil. Já publicou 7 livros, entre eles o vencedor do Prêmio Jabuti, Olhos D’água (2015), 5 deles foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol e árabe. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. 
  • Juliana Kerexu: Juliana Kerexu é cacique da Aldeia Tekoa Takuaty na Ilha da Cotinga, no município de Paranaguá – PR. Ela é mãe, artesã, professora e educadora popular, palestrante, roteirista de documentários e contadora de histórias. 
  • Intelectualidade

Grandes pensadores, escritores, doutores e estudiosos negros e indígenas sobre a temática racial. 

  • Adilson Moreira: doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Harvard. Desenvolve uma série de projetos que envolvem Direito Constitucional, Constitucional Comparado, Antidiscriminatório, Sociologia do Direito, História do Direito e Direito da Família.
  • Silvio Almeida: advogado, filósofo e professor universitário. Autor dos livros “Racismo Estrutural”, “Sartre: Direito e Política” e “O Direito do Jovem Lukács: a filosofia do Direito em história e consciência”. É presidente do Instituto Luiz Gama.
  • Zélia Balbina Puri: indígena, escritora, poetisa, pesquisadora, atriz e produtora cultural. Membro da Associação Internacional de Poetas, Membro da Academia Panamericana de Letras e Artes,  do InBrasCI e do Movimento de Poetas Del Mundo  Atua no Movimento de Ressurgência Puri, nas pesquisas de resgate da cultura. Através de textos literários e poéticos implementa saberes participando de palestras, debates, oficinas e exposições.

Pilar Empregabilidade

  • Comprometimento Racial

Empresas que possuem práticas em prol da equidade racial, desde programas internos e grupos de trabalho até posicionamentos perante o público externo. 

  • 99Jobs: plataforma de relacionamento com o trabalho criada para ajudar na tomada de decisões profissionais, apresentando e aproximando pessoas e organizações com valores em comum.
  • Pepsico: empresa com mais de 10.000 funcionários no Brasil, colocando o respeito e o incentivo à diversidade no centro dos seus esforços. 
  • Movile: empresa brasileira com sede em Campinas, que atua nos segmentos de logística, bilheteria e pedido e entrega de alimentos. Possui um grupo de fomento à diversidade no seu ecossistema chamado RESPECT. 
  • Liderança

Pessoas negras e indígenas que possuem status de liderança em suas áreas de atuação e são referência para o mundo corporativo.

  • Helena Bertho:               head de comunicação da L’Oreal Brasil, com papel-chave no engajamento do time e na estratégia de comunicação, diversidade, inclusão e sustentabilidade. 
  • Edvaldo Vieira: 1º CEO negro da Amil, um marco importante para os afro-brasileiros e para os negócios no país, já que a empresa é referência na área da saúde e reconhecida como uma das 20 mais inovadoras do Brasil.
  • Silvio Silva: tem 44 anos, é baiano, casado há 16 anos com Polyanna e pai da Mariana de 15 anos. É Administrador de Negócios, com MBA pela FGV em Gestão Empresarial, Diretor Comercial da Johnson & Johnson Consumer Brasil, e líder do grupo de afinidade SoulAfro que busca maior equidade étnico racial dentro de J&J. 
  • Trajetória Empreendedora

Empreendedores negros e indígenas que possuem negócios inspiradores e de sucesso e que geram impacto no seu grupo racial.

  • Maitê Lourenço: criou, em 2016, o BlackRocks Startup, com o objetivo de promover o acesso da população negra em ambientes inovadores e tecnológicos. A empresa é liderada por mulheres negras e pretende aumentar a diversidade racial no ecossistema empreendedor brasileiro. 
  • Weena Tikuna: artista indígena do Amazonas. We’e’na – cujo nome significa “a onça que nada no rio” – nasceu na terra indígena Tikuna Umariaçu e já conquistou prêmios como o de “melhor artista plástica indígena”.
  • Akin Abaz: criador da InfoPreta, primeira empresa do Brasil que tem o objetivo de inserir pessoas negras, LGBTQIAP+ e mulheres no mercado de tecnologia. 

“O que sustenta a beleza é a cara!”, blogueira Camilla de Lucas revitaliza lábios para os compromissos pós BBB

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Foto: reprodução/Instagram

A digital influencer, Camilla de Lucas, vice-campeã do BBB21, realizou alguns procedimentos estéticos pós BBB. A carioca resolveu revitalizar os lábios com a equipe do Grupo Natalia Beauty

“A série de compromissos depois do encerramento do programa sempre causa uma certa ansiedade nos participantes, principalmente por conta de tantas emoções vividas nos últimos meses. Por isso, muito além dos procedimentos para realçar a beleza natural da Camilla, demos todo o acolhimento, com carinho e empatia, para que ela se sinta mais confiante para o ‘novo mundo real’ que está enfrentando pós programa”, explica Natalia Martins, que ficou conhecida como a responsável pela Missão Pós BBB.

Camilla recebeu, inicialmente, o protocolo FlowSensory com óleo essencial de Lavanda com o objetivo de harmonizar e proporcionar equilíbrio físico e emocional.

Em seguida foi iniciado o procedimento nos lábios chamado de Pump Lips, exclusivo Natalia Beauty, um tratamento de super-hidratação para revitalizar os lábios que ficam desidratados por conta da exposição do sol, ar-condicionado e mudança de temperatura, devolvendo a jovialidade, o viço natural e o aspecto saudável retardando o envelhecimento.

“Esse procedimento é feito por meio de uma esfoliação labial profunda, retirando o excesso de pele ressecada ou morta e em seguida aplicamos o Hyalu Pump, produto exclusivo Natalia Beauty, que é um sérum concentrado com ativos de ácido hialurônico e um blend de vitaminas que promove nos lábios um efeito UP e um brilho sensacional”, finaliza Natalia.

A blogueira mostrou o resutaldo nas redes sociais e brincou: “O que sustenta a beleza é a cara! 🤍”

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