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Apenas 25% das startups no Brasil são lideradas por pessoas negras, aponta levantamento

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Maitê Lourenço, CEO da BlackRockStartups. Foto: Reprodução.
Maitê Lourenço, CEO da BlackRockStartups. Foto: Reprodução.

Startups lideradas por pessoas negras formam apenas 25% do ecossistema no país. A informação é do BlackOut – Mapa das Startups 2021, divulgado pela BlackRocks Startups (BRS). O objetivo do mapeamento inédito é promover o fortalecimento do ecossistema de startups com dados relevantes sobre os negócios. Confira: http://www.blackrocks.com.br/estudo/

Para o mapeamento, foram ouvidas 2.571 lideranças de startups em todo o país em parceria com a ABStartups para a captação dos dados. Uma em cada quatro se declarou preta ou parda. Se a população brasileira estivesse representada no ecossistema de inovação, o número de startups negras deveria ser, no mínimo, o dobro do registrado atualmente.

Este é o primeiro mapa de startups lideradas por pessoas negras no país e tem como benefícios ajudar a aumentar a visibilidade das startups participantes. Outra possibilidade é atrair investimentos e parceiros e promover visibilidade nacional, já que a base é utilizada como pesquisa para jornalistas, investidores, gestores públicos e grandes corporações. Além disso, pode contribuir para fortalecer o ecossistema de startups e criação de políticas públicas e mecanismos que fortaleçam os empreendedores e facilitar a promoção da equidade racial no ecossistema de startups.

“Os dados apontam o valor e a importância dos empreendedores negros no ecossistema de startups”, diz Maitê Lourenço, fundadora e CEO da BlackRocks, hub que acelera empreendimentos comandados por negros. “O acesso à investimentos, educação e à tecnologia são capazes de tirar a população negra desse eixo de continuidade das consequências da escravidão e levá-la para outro patamar.”

Em relação a dados geográficos, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem entre os estados com maior concentração de empresas negras. Estes estados apresentam 24,6%, 10,2% e 9,4% de lideranças negras, respectivamente.

A pesquisa também apontou que 89,8% das startups lideradas por negros nasceram entre 2015 e 2021. Segundo os especialistas, isso indica um momento de aceleração desses negócios. Em relação à presença ou não no mercado estrangeiro, entre as startups não negras, 18,3% possuem negócios no exterior. Entre as negras, 15%. Há ainda outros comparativos traçados pela pesquisa como dados sobre idade, gênero, raça e etnia, escolaridade e modelos de negócios.

“Até hoje, depois de quase uma década que o ecossistema de startups existe no Brasil, não havia dados suficientes sobre a maioria da população. Ou seja, ações efetivas deixavam de acontecer por não termos informações suficientes sobre segmento, regiões, maturidade dos negócios e etc. Este mapeamento é inédito e queremos trazer mais uma vez a discussão sobre o potencial da população negra”, explica Maitê Lourenço, CEO da BRS.

Feira Preta comemora o “Dia Nacional do Samba” com show de Teresa Cristina

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Foto: Divulgação

Dia 2 de novembro é considerado o “Dia Nacional do Samba” e para celebrar essa data tão importante para comunidade negra, Teresa Cristina, que salvou nossa quarentena com muita música fará um show hoje, às 19h, no perfil da Feira Preta no Facebook (clique aqui para acessar).

A musa da MPB irá interpretar grandes clássicos do samba com Roda de Filhos do Caquende, direto da Casa Pretahub, na Bahia.

Foto: Divulgação

O evento também terá uma parte solidária.  Durante a roda de samba, o público poderá fazer doações via QR Code à Irmandade da Boa Morte e para o Samba de Dona Dalva, instituições da cidade de Cachoeira-BA.  A cidade inclusive tem um espaço Preta Hub que acelera o empreendedorismo local.

Serviço

Dia do Samba com Teresa Cristina
Horário: 19h
Local: Perfil da Feira Preta no Facebook

“King Richard” mostra a potência de uma família que não deixou o racismo interromper seus sonhos

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Foto: Reprodução.

“A pessoa mais desrespeitada na América é a mulher negra. A pessoa mais desprotegida da América é a mulher negra. A pessoa mais negligenciada na América é a mulher negra.” Se levarmos essa afirmação de Malcolm X para uma discussão sobre famílias negras, fica evidente a importância de uma estrutura familiar, seja qual for sua composição, para que potenciais de mulheres negras possam desabrochar.

O filme King Richard – Criando campeãs é sobre família. Poderia ser sobre esporte, resiliência, como duas garotas de Compton se tornam duas das maiores atletas de todos os tempos, mas o longa de Reinaldo Marcus Green (“Monstros e Homens”) é sobre a importância de ter quem acredite e nos defenda como pessoas negras.

Corpos negros existem e resistem em uma sociedade que subestima nossas capacidades. Para lapidar dois diamantes brutos, Richard Williams (Will Smith) fez um plano, literalmente. Em 76 páginas ele escreveu um documento sobre como a carreira de Serena e Venus Williams seria planejada para que elas fossem as melhores jogadoras de tênis do mundo. 

Foto: Getty Image

Apesar do foco ser a história do pai, a mãe Oracene “Brandy” Williams ( Aunjanue Ellis), também teve funções como treinadora, dominando e até criando novas técnicas e movimentos para que suas filhas chegassem ao branquíssimo mundo do Tênis com um diferencial além de suas origens e cor da pele.

Pais exigentes com filhas disciplinadas em um ambiente cercado de violência e miséria na periferia da Califórnia, faz com que a história de Venus e Serena pareça uma passagem bíblica. Richard cresceu em uma época em que membros da Klu Klux Klan circulavam livremente a poucos metros de distância dele.  Smith, em uma atuação monstruosa traz para esse personagem a postura e o olhar de quem foi vítima de várias violências e traumas, e que se apega na genialidade das filhas tenistas quase como se fosse o único meio possível de manter sua sanidade.

“É muito claro que essa história é familiar. Conversando com os membros da família Williams, eles falaram sobre sua mãe, Oracene, que trabalhava em turnos duplos para colocar comida na mesa. Richard tinha muitos empregos. Mas todas as irmãs, Isha, Lyndrea, Tunde, estavam nas quadras com Venus e Serena, pegando bolas, pendurando cartazes, depois da escola até as luzes se apagarem, as irmãs mais velhas  ajudando a cuidar das mais novas, foi algo que me pareceu incrível quando ouvi essa história – tudo isso precisava entrar no roteiro e estar na telona”, explica Green, o diretor.

Mesmo de forma não muito aprofundada, o longa mostra que na relação dessas cinco irmãs é onde afeto reside de forma generosa. Essas meninas criadas por Richard e Brandy não se viam nas crianças do bairro (que se perderam para as drogas em boa parte) e o longa mostra como esse lugar seguro era também o recanto lúdico de uma vida pautada em uma disciplina quase militar.

Sabemos que o plano de Richard deu certo, mas Will Smith não vê essa narrativa como uma história de superação. “Eu não acho que eles se sentiram encurralados, porque suas mentes eram livres. Isso era uma parte importante de sua fé e de sua crença em si mesmos. Então, nunca houve uma sensação de estar aprisionado por o que quer que seja, além de sua habilidade de se comprometer, trabalhar duro e amar uns aos outros. Essa crença é poderosa e extremamente produtiva. Esse espírito não se rende a nada”.

FAMÍLIA SMITH ENVOLVIDA NA PRODUÇÃO

Will Smith, além de ser o protagonista no longa, sendo apontado pela crítica como um forte candidato ao Oscar, também é produtor do filme.  “O que me pareceu mais surpreendente, antes de decidir que eu tinha que contar essa história – foi que Richard profetizou tudo. Ele assistiu uma partida de tênis em que Virginia Ruzici ganhou US$ 40 mil, e dois anos antes das meninas nascerem, escreveu o plano para toda a carreira delas. Ele contou esse sonho para Oracene, essa profecia, suas duas crianças que seriam as tenistas número um e número dois de toda a história do esporte. Eu pensei comigo: ‘Isso não pode ser verdade’. Pesquisei, e era, uma história tão poderosa de fé, amor, família e Deus”.

Jada Smith assina a produção executiva do longa juntamente com as irmãs Williams (Serena, Venus e Isha Price), além de James Lassiter.

Isha Price comentou sobre os cuidados com o roteiro para evitar uma visão errada sobre a dinâmica da vida de suas irmãs e seus pais.  “Até pouco tempo atrás, eu nem leria o roteiro, porque havia tantos equívocos na percepção de outras pessoas sobre minha família. Para nós, autenticidade e honestidade foram importantes para que nos sentíssemos habilitados a realizar este projeto. Depois de finalmente ler o roteiro, que nos fez rir, com momentos pelos quais ficamos completamente apaixonados e outros que precisavam ser aprimorados, conversamos em família e decidimos juntos seguir em frente… com a ressalva de que eu fosse parte integrante da produção, para garantir que fosse autêntica, honesta, verdadeira e um espelho real de quem somos. Não é só algo que alguém inventou. Na verdade, é algo que realmente aconteceu”.

King Richard – Criando Campeãs chega aos cinemas de todo o Brasil nesta sexta-feira (2).

Dendezeiro lança collab com Youtube Shorts

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Hisan Silva e Pedro Batalha, criadores da Dendezeiro. Foto: Divulgação.
Hisan Silva e Pedro Batalha, criadores da Dendezeiro. Foto: Divulgação.

A grife baiana Dendezeiro acaba de lançar uma collab com o Youtube Shorts. A ferramenta é a nova aposta do Youtube com foco em vídeos curtos. A collab faz parte do projeto #YoutubeBlackShort”, que foi desenvolvido sob a curadoria da Dendezeiro. São mais de 40 criadores espalhados no Brasil, de diferentes áreas artísticas como grafite, moda, música, arte digital e beleza.

Todos criando um movimento das redes para as ruas. “A ideia é criar um espaço onde se fale sobre as artes e sobre os criadores por trás delas, então esses artistas foram convidados a mostrar seus processos de criação e disponibilizar tudo na nova plataforma de interação do YouTube, o Shorts”, explica a grife.

O movimento impacta as ruas do Brasil com as artes dos criadores negros e culminou até em uma música lançada em parceria com Afrocidade, Attooxxa, Nêssa, Cronista do Morro e mais.

Por fim, a Dendezeiro desenvolveu a blusa “Cor de Pele” que está sendo distribuída para mais de 200 influenciadores pretos do Brasil. Para a marca, “valorizar a arte preta e falar sobre diversidade é uma estratégia de emancipação”.

Confira:

Em agosto deste ano, a grife lançou, na Casa de Criadores, a coleção “Cor de Pele”, inspirada na diversidade de tonalidades de pele negras e indígenas e suas particularidades.

A coleção buscou retratar as especificidades encontradas em cada pele. Vitiligo, albinismo, e estrias, se transformaram em tecido e abordaram a maravilha contida em cada uma dessas peles, dando vida à coleção.

Para Hisan Silva, CEO e diretor criativo da marca, “a moda é o reflexo da sociedade, acho que é a grande plataforma de discussão e debates, uma grande ferramenta de empoderamento e emancipação.

Corpo-alvo: as violências do racismo nos corpos negros

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Foto de quadro de Debret demonstrando castigos físicos contra escravizado ao lado de foto de homem negro algemado a moto sendo arrastado por policial.
Foto: Reprodução de pintura de Debret e Reprodução filmagem.

Debora Simões

O corpo do homem negro é o principal alvo de violência policial. No último dia primeiro de dezembro, circulou nas redes sociais um vídeo que mostra um homem negro algemado na moto de um policial militar passando pelas ruas da capital paulista. O jovem acusado de roubo corre atrás da moto.

Não é um caso isolado. A cada 100 pessoas assassinadas 75 são negras, segundo dados produzidos em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de negros cresceu 33,1% enquanto entre os não negros a taxa de homicídios cresceu 3,3. Os números de 2021 só pioraram, o Fórum, chegou à conclusão de que em uma década, 405.811 indivíduos negros foram mortos. Isso significaria que nesse período a capital do Tocantins, Palmas, seria dizimada. Nos anos de 2017 e no seguinte, 75,4% das pessoas mortas em intervenções policiais eram negras. Os policiais negros também são os que mais morrem nos confrontos. A conclusão é terrível: independente de qual lado o negro está, ele é o principal foco letal. 

O imaginário social que criamos sobre os corpos negros banaliza as atrocidades às quais foram e são submetidos. Nos livros didáticos, aqueles que usávamos na escola quando éramos crianças, representavam os negros sempre trabalhando ou recebendo algum castigo físico. Os viajantes europeus, nas suas expedições artísticas, no século XIX, produziram muitas dessas imagens, certamente você deve ter visto num livro as pinturas do francês Jean Baptiste Debret. Em suas obras, os escravizados foram retratados no pelourinho ou em outros instrumentos de tortura, ou mesmo exercendo trabalho pesado e forçado. Aprendemos desde de cedo que corpos negros poderiam sim, sofrer pelo trabalho excessivo e se fizessem algo de errado deveriam receber severas punições. Essa construção faz parte da colonialidade onde impera a subordinação dos nossos corpos, dos nossos saberes, da naturalização das nossas dores (físicas e psicológicas).

Pintura de Jean Baptiste Debret.

O assassinato dos sujeitos negros é uma faceta cruel do racismo, que estrutura nossa sociedade. Diante de tantos números, que também são histórias de vidas interrompidas, evidencia-se a eficácia da necropolítica, para mencionar o termo usado pelo filósofo e historiador camaronês Achille Mbembe. Observamos, cotidianamente, o Estado brasileiro exercendo o necropoder selecionando os corpos que deixa morrer e que faz morrer. Aquela política de morte instituída cotidianamente pelo Estado brasileiro. Para a política da polícia, o jovem negro arrastado em São Paulo é um corpo que não merece viver, então, qualquer exploração e violência sobre esse corpo é possivel. Mas como diz a aniversariante do último dia 29 de novembro, a escritora Conceição Evaristo: “eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”. Que não esqueçamos do conto “A gente combinamos de não morrer”.

Coalizão Negra por Direitos realiza encontro nacional e discute fortalecimento de candidaturas negras em 2022

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Foto: Divulgação.

Encontro reúne mais de 250 organizações em Pernambuco.

A Coalizão Negra por Direitos realiza, até sexta-feira, em Olinda, o encontro nacional “Enquanto houver Racismo, não haverá Democracia!”. A atividade recebe lideranças de 250 organizações negras de todo o Brasil e parlamentares de diferentes partidos para fazer uma análise de conjuntura aprofundada e discutir a agenda de demandas e proposições e as estratégias de incidência da Coalizão rumo às eleições em 2022.

Entre os participantes estarão os ativistas Anielle Franco, Douglas Belchior, Maria José Menezes, o professor Hélio Santos e diversas outras lideranças de organizações negras do Brasil. Já entre os parlamentares, estão confirmados nomes como os dos deputados federais Talíria Petrone (PSOL – RJ) e Orlando Silva (PCdoB – SP), da deputada estadual Renata Souza (PSOL – RJ) e as codeputadas estaduais Jô Cavalcanti e Robeyoncé, das Juntas (PSOL – PE). A nível municipal, os vereadores Vinicius Castello (PT – Olinda), Tainá de Paula (PT – RJ) e Divaneide Basílio (PT – Natal) estarão presentes no evento.

O avanço do conservadorismo e do fascismo no país, com o aprofundamento do racismo, agudizou ainda mais as desigualdades raciais, de gênero e de classe. O recrudescimento da violência, o aumento da extrema pobreza e da fome, como resultado da perda de direitos e dos cortes nas políticas sociais têm empurrado a população negra para condições ainda mais precárias de vida.

Disputar espaço no Poder Legislativo e no Executivo é uma necessidade cada vez mais premente e o movimento negro vem avançando nas últimas eleições, conquistando importantes vitórias, especialmente com a atuação de mulheres negras. Parte das metas do encontro está a operação de estratégias de ampliação da presença do movimento negro nos espaços da política institucional, a fim de garantir uma representatividade que tome decisões e defina políticas fundamentais na vida cotidiana da população negra brasileira.

O evento tem formato híbrido, com participação presencial de cerca de 100 pessoas e com transmissão online para membros das organizações que compõem a Coalizão Negra por Direitos e convidados. O último dia será exclusivamente dedicado ao debate com parlamentares negros e negras que atuam em parceria com a Coalizão e lideranças que estão pré-candidatas ao pleito em 2022.

Marighella chega no Globoplay em dezembro

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Marighella (2019) Imagem: Divulgação

Uma boa notícia para quem quer assistir Marighella, mas ainda não se sente a vontade para frequentar cinemas tão cedo. O longa-metragem produzido em 2019 e recém chegado nas telonas, entrará para o catálogo de streaming da Globoplay no próximo dia 4 de dezembro.

Os assinantes da plataforma, poderão assistir a cinebiografia do escritor marxista, político e guerrilheiro brasileiro, morto pela ditadura militar em 1969.

O elenco da produção, conta com grandes nomes do cinema nacional, como Adriana Esteves, Humberto Carrão, Herson Capri, Bruno Gagliasso, Maria Marighella e Carla Ribas, além é claro de Seu Jorge no papel principal. Sua atuação em ”Marighella”, rendeu ao artista uma indicação Prêmio Mundo Negro 2021 na categoria ”Melhor Ator”.

inicialmente, o filme deveria ter estreado nos cinemas em 20 de novembro de 2019, dia da Consciência Negra, entretanto devido a problemas com a Agência Nacional do Cinema, foi adiado para 2020. Mais um vez, precisou ser adiado devido a pandemia de Covid-19 e acabou sendo lançado em 04 de novembro de 2021, aniversário de 52 anos de morte de Carlos Marighella.

No site ”Rotten Tomatoes”, o título conta com uma aprovação de 89%, baseado em 9 críticas especializadas.

Leci Brandão é homenageada em grande roda no Dia do Samba em Brasília

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Foto: Divulgação.

O Dia Nacional do Samba não vai passar em branco em Brasília. Uma rede de sambistas da cidade, em parceria com a Onã Produções, realiza na próxima quinta-feira (2) uma edição especial do “Plataforma do Samba”. O evento gratuito vai reunir, a partir das 16h, referências como Teresa Lopes, Cris Pereira, Kris Maciel, o grupo Amor Maior, Milsinho, Rosemaria, Carol Nogueira, Khalil Santarém, 7 na Roda, Samba na Comunidade, Mulheres de Samba, entre outros.

As homenageadas da roda que marca os 15 anos da primeira edição do evento serão a sambista carioca radicada em São Paulo, Leci Brandão, e a compositora carioca, radicada na Ceilândia, Edenia Lucas de Paiva, mais conhecida como Tia Edenia, que estará presente.

“Pra mim é uma grande honra ser homenageada, ao lado de Tia Edenia, nesta 15a edição do projeto “Plataforma do Samba”. Esta edição marca a retomada após esse momento difícil que nosso país e nosso povo enfrentaram e ainda enfrentam. O samba é a música da alegria e, sobretudo, a música da resistência. Precisamos celebrar sempre nossa cultura, porque ela é a nossa essência”, disse Leci Brandão sobre a homenagem.

Foto: Divulgação.

É a primeira vez que o evento acontece depois da pandemia de covid-19, mas o evento já é tradicional na cidade há vários anos, e conta sempre com algum grande nome do samba como homenageado.

“É uma alegria retomar a roda na rodoviária depois desse período em que estivemos em necessário recolhimento. Celebrar nossas matriarcas é uma forma de também celebrarmos o samba, a resistência negra, a memória e a vida”, destaca a cantora e compositora Cris Pereira, uma das idealizadoras do evento, que conta com o apoio da Administração de Brasília e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

Homenageadas

Leci Brandão tem mais de 30 anos de carreira, com atuação destacada na defesa do samba como patrimônio popular artístico nacional e na valorização das mulheres. Além de cantora e compositora, ela é deputada estadual por São Paulo.
Tia Edenia é uma das grandes matriarcas do samba do Distrito Federal e autora de sucessos gravados por Amor Maior e Milsinho, além de sambas-enredos das escolas Capela Imperial e Núcleo Bandeirante.

“Estou muito emocionada com essa homenagem”, conta Tia Edenia, que também é servidora pública. “Sou de uma família de músicos do samba. Compor sempre foi algo intuitivo, um dom que busco honrar.”

Serviço – 15ª Edição da “Plataforma do Samba”
Dia: 02/12 (quinta-feira) / Horário: 16h

Local: Plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto

Atenção: uso de máscara será obrigatório. 

Vídeo mostra homem negro algemado a moto de PM em São Paulo

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Foto: Reprodução.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (30) chocou a internet. As imagens mostram um homem negro algemado, correndo atrás de uma moto conduzida por um policial militar. A Polícia Militar de São Paulo informou que abriu um inquérito para apurar o caso.

A tortura ocorreu por volta das 15h desta terça na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na região da Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo. No vídeo, é possível ver que o homem corre para conseguir acompanhar a moto do PM.

De acordo com o G1, o ouvidor das Polícias do estado, Elizeu Soares Lopes, afirmou que irá pedir para a PM apurar a conduta do agente. “Isso é uma atrocidade. Vamos tomar as devidas providências. Amanhã, abriremos um procedimento.”

Em nota a Polícia Militar informou que “imediatamente após tomar ciência das imagens, determinou a instauração de um inquérito policial militar para apuração da conduta do referido policial e o seu afastamento do serviço operacional. A Polícia Militar repudia tal ato e reafirma o seu compromisso de proteger as pessoas, combater o crime e respeitar as leis, sendo implacável contra pontuais desvios de conduta.”

Veja o vídeo:

Origem do samba de roda no Brasil é tema do documentário “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”

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Foto: Divulgação.

Produção audiovisual é assinada pelo Cultne, maior acervo digital de cultura afro do país.

Apresentar e difundir as origens do samba de roda brasileiro é o fio condutor do documentário “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda” que faz  pré-estreia no cinema Estação Net Rio, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no próximo dia 6 de Dezembro. A produção é o primeiro registro cinematográfico do Projeto Awurê (termo iorubá que significa um desejo de boa sorte), uma roda referência de cultura negra que busca exaltar e resgatar a influência africana na identidade e consciência ancestral, por meio de música, cânticos, poesia, gastronomia e dança, e acontece uma vez por mês em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

“O documentário traz memórias, legados e reconhecimentos importantes de uma cultura geradora de outras manifestações artísticas brasileiras, que é o valor cultural do samba de roda para o Brasil. E assim fomos beber na fonte reverenciando Seu João do Boi, dona Nicinha do samba, Cachoeira, Santo Amaro, São Felix, Quilombo Quixabeira, Kaonge, o samba de caboclo, o samba junino, a história do Ilê Aiyê. Foi emocionante e necessário. Viva o samba de roda!.”, festeja Anderson Quack, um dos diretores.

“Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda” marca a estreia do primeiro audiovisual apresentando a Rota dos Tambores. A proposta é iniciar uma sequência que vai mostrar os caminhos do Tambor em outros estados do Brasil e em países da América Latina como Uruguai e Cuba, dentre outros. O documentário foi gravado em cinco cidades, dois quilombos e um distrito. Nas cidades capital e recôncavo: Salvador, Cachoeira, São Felix, Santo Amaro e Feira de Santana; nos Quilombos: Kaonge e Quixabeira. Distrito de São Braz.

“O objetivo era só lançar o documentário nas redes sociais, mas a ideia cresceu e tomou novos rumos. Assim, virou o primeiro projeto “Originais” da Cultne (maior acervo de cultura negra do Brasil), assim como já fazem Netflix, Amazon, Globoplay, etc. Mas a nossa ideia é contar a história a partir do nosso olhar preto, trazendo a luz uma produção especial, num trabalho com muita ousadia, qualidade e determinação.”, ressalta Filó Filho, coordenador executivo do Cultne, responsável pela produção audiovisual.

O lançamento de “Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”  no cinema Estação Net Rio também contará com uma intervenção artística para protestar contra o fechamento do espaço proposto pelo proprietário, o Grupo Severiano Ribeiro (GSR).

“O lançamento desse importante documentário no Estação Net Rio além de celebrar a arte e a música negra também vem demonstrar apoio para que o local continue aberto, divulgando o cinema e arte para todos. É importante nesse momento a união de todos nós artistas contra qualquer forma de silenciamento da cultura no país.”, disse o cineasta Cavi Borges.

O documentário estará simultaneamente no canal de Youtube do Awurê: https://www.youtube.com/Awurê

Serviço:

Lançamento do documentário

Awurê na Bahia – A Rota do Samba de Roda”

Data e Hora: 06/12 às 19h

Local: Cinema Estação Botafogo- Rua Voluntários da Pátria, 35- Botafogo RJ.

Entrada: Gratuita

(Com atenção a lotação do espaço e as normas de saúde contra a COVID-19)

Simultâneo no canal de youtube do Awurê: https://www.youtube.com/AwurêRealização: Awurê

Direção: Pedro Oliveira, Fabiola Machado, Anderson Quack e Arifan Jr.

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