Naira Pires e Dan Sousa, criadores da Xeidiarte, Foto: Divulgação.
Nascida como uma página de charges e caricaturas no Facebook, a Xeidiarte deu largos passos desde que se tornou uma marca de moda, arte e papelaria, em 2017. Com estampas e desenhos que passam mensagens de valorização e empoderamento através da cultura negra, a marca tem se expandido e alcançado cada vez mais pessoas nas redes sociais e nas ruas.
Por trás da Xeidi, como é chamada carinhosamente, está o casal Dan Sousa e Naira Pires, que se mudaram de Salvador para São Paulo, cidade que testemunhou o nascimento do negócio. “A Xeidiarte nasceu como uma válvula de escape, eu precisava de um espaço onde eu pudesse publicar as minhas ilustrações, charges e falar de assuntos que eu não tinha espaço dentro das agências”, relembra Dan, que é designer gráfico de formação.
Depois de um tempo se equilibrando entre o sonho da Xeidiarte e os trabalhos formais em agências, a empresa foi criando corpo e sendo cada vez mais reconhecida pelo público, o que deu a Dan a oportunidade de se dedicar exclusivamente ao seu sonho em julho deste ano. “Com o crescimento da Xeidiarte, que começou a exigir mais de mim, eu acreditando cada vez mais na marca, decidi pedir demissão”, conta ele.
O catálogo da marca vai de camisetas a cadernos, agendas, passando também por calendários, mas para Dan a marca pode realizar tudo que a criatividade e a necessidade do cliente permitir. “Hoje a gente tem esses materiais de moda, arte e papelaria, mas o céu é o limite.Tudo o que você pensar que possa aplicar alguma arte, alguma ilustração, a gente vai ter na Xeidiarte com o tempo”, projeta.
A procura por produtos que carreguem mensagens de valorização da ancestralidade e cultura negra só cresce. De acordo com Dan, o aumento ficou ainda mais perceptível em 2020. “Eu tenho percebido esse aumento, principalmente após a “onda antirracista”, depois do assassinato de George Floyd. As pessoas passaram a seguir mais a página, a adquirir mais os produtos e os nossos conteúdos” diz o designer.
O processo criativo da marca tem início na observação dos temas que estão em alta, sendo discutido nas redes sociais. “Partindo do pilar da cultura negra, eu olho muito o que está rolando nas redes sociais, de quem as pessoas estão falando, quais conteúdos estão sendo mais vistos e procurados, e como fazer isso dentro do nosso perfil, dentro da nossa essência”, conta.
Um dos exemplos dados pelo dono da Xeidiarte é a estampa do continente africano. “As pessoas sempre pediam uma camiseta com essa estama, mas existem muitas possibilidades e eu não fiz até que eu encontrasse um diferencial. Quando eu encontrei o provérbio africano estampamos na camiseta, foi o gatilho para a criação, que me levou a buscar referências diferenciadas de etnias no continente, que eu quis mostrar toda a diversidade desse continente que tem mais de 54 países com 1,3 bilhão de pessoas/”, revela.
Atualmente, Dan trabalha exclusivamente para a marca, a esposa dele e sua irmã completam a equipe e trabalham em tempo parcial no empreendimento, que também impacta outras famílias financeiramente, por meio da contratação de fornecedores, gráficas, confecções e papelarias. Quer saber mais sobre a Xeidiarte? Acesse: https://www.xeidiarte.com.br/.
Funkeira postou fotos nas redes sociais celebrando noivado com Lucas Souza.
Jojo Todynho anunciou nas redes sociais, nesta sexta-feira (10) que foi pedida em casamento por Lucas Souza, com quem namora há quatro meses. No post, a funkeira revelou que o pedido foi uma surpresa e contou um pouco da história de como os dois se tornaram um casal.
“Desço as escadas e dou de cara com o meu branquinho me pedindo em casamento😱Oiii? Como assim Deus 🤯😍 são 4 meses de muita história, quando conheci Lucas em Tulum fiquei maluca pois pensei que era gringo😂😂😂 até ele vim e falar comigo oi te acompanhei na fazenda posso tirar uma foto com você?!” , escreveu.
Jussie Smollett, ex-astro de “Empire” que iniciou uma tempestade em 2019 quando alegou ser vítima de um ataque homofóbico e racista, foi condenado na quinta-feira por cinco acusações de mentir para a polícia sobre o incidente. De acordo com a Variety, as acusações acarretam uma potencial sentença máxima de três anos de prisão, mas é mais provável que resultem em uma sentença de liberdade condicional.
Dan Webb, o promotor especial que atuou no caso, disse que a falsa acusação de Smollett prejudicou a cidade e argumentou que Smollett havia agravado sua má conduta mentindo no banco das testemunhas.
O advogado de Smollett, Nenye Uche, disse à Associated Press que Smollett apelaria da condenação e está empenhado em limpar seu nome. “Infelizmente, estávamos enfrentando uma batalha difícil em que Jussie já havia sido julgado e condenado pela mídia e, então, tínhamos que fazer com que o júri esquecesse ou revelasse todas as notícias negativas que eles ouviram nos últimos três anos”. Uche disse a repórteres.
Nenhuma data de sentença foi definida e Smollett permanece em liberdade sob fiança. O júri começou a deliberar na quarta-feira e levou nove horas no total.
Em janeiro de 2019, Jussie disse que sofreu um ataque em Chicago após sair do hotel onde estava hospedado para comer um lanche. Aproximadamente as 2h da manhã, dois homens, usando máscaras de ski o teriam rendido. “Você que é o gay de Empire?“. Jussie alegou que tentou revidar, mas foi agredido e quebrou uma costela. Os homens tentaram enforcá-lo com um cordão enquanto jogavam alvejante em cima dele gritando: “Este é o país do Make America Great Again“, slogan do presidente Donald Trump.
A polícia investigou o caso e, três semanas depois, anunciou que se tratava de uma farsa e que Smollett pagou US $ 3.500 a dois irmãos, Abimbola e Olabinjo Osundairo, para encenar o ataque.
Os dois irmãos testemunharam no julgamento, dizendo aos jurados que Jussie Smollett os havia levado para uma “simulação”, dado dinheiro e pedido a eles para bater nele, “não com muita força”. Jussie também testemunhou e continua defendendo sua inocência. Ele diz que os irmãos Osundairo são mentirosos e que ele foi realmente agredido.
Recém-chegada da Bienal de Portugal, a escritora e multiartista lança seu 19º livro enquanto estreia dois filmes no Festival do Rio, duas séries na Amazon Prime e outros projetos sociais pela Casa Poema.
Elisa Lucinda possui uma dinâmica de alto movimento – e a atual fase da poetisa, atriz, escritora e multiartista pode comprovar isso. No próximo dia 13 de dezembro na Blooks Livraria de Botafogo ela dá início a mais um passo lançando pela Editora Malê seu 19º livro, a autoficção Quem Me Leva para Passear retornando a personagem Edite, do “Livro do Avesso” (2019) que já está em vias da quarta edição. Fazendo uso da técnica literária fluxo de consciência, a escritora vai nos permitindo conhecer o pensamento de Edite que, em seu monólogo interior, com amor e humor, nos conduz a aprimorar o olhar para a vida e nos provoca na liberdade íntima do pensar.
“No primeiro volume da série ‘O pensamento de Edite / Livro do Avesso’, ainda não sabíamos que Edite era uma cozinheira e acompanhávamos seu pensamento diário como se estivéssemos lendo alguém que anota tudo que pensa. Neste segundo, não. Ela não escreve, mas nós temos acesso ao que ela pensa. Estamos dentro da cabeça de Edite vivendo com ela os seus sonhos, sua geografia, suas incongruências, contradições, falhas e epifanias, para o que der e vier. Na cabeça de Edite cabe tudo. É um bairro, uma praça imensa, um palácio, um quarteirão, um país. Seu nome próprio, que é também um verbo, já diz a que veio: Edite”, sintetiza a autora.
Em seu processo de escrita, Elisa costuma pedir a amigos que leiam seus originais em voz alta “para que ela possa ter a noção da força oral daqueles arranjos de palavras e fazer assim os ajustes rítmicos do tecido em prosa coloquial e poética ao mesmo tempo”, reforça a capixaba. O ritual se repetirá no dia do lançamento, com presenças a serem confirmadas. Dentre os eleitos esteve Lázaro Ramos, que depõe na quarta capa do livro suas impressões da história: “Me transportei imediatamente para o universo de Edite que sim, em muitos momentos parecia ser algo particular, do exercício da liberdade dessa mulher preta cheia de desejos, uma querente por excelência e em outros momentos ela era muitas. Percebi pensamentos íntimos de avós, primas, tias, mãe ou até de desconhecidas. Edite é isso…. Uma ótima companhia para o nosso existir”, resume o ator, escritor e diretor.
A parceria dos dois, aliás, vai além. A conexão criada com a personagem foi tanta que Lázaro está produzindo o podcast dos pensamentos de Edite, que serão gravados na voz da autora. E a dobradinha do ator com Elisa poderá ser vista ainda em “Papai é Pop”, filme de Caíto Ortiz que estreia no Festival do Rio e onde Elisa interpreta a mãe de Lázaro que, na trama, é casado com a personagem de Paola Oliveira. No mesmo festival, Lucinda também integra o elenco de outro lançamento, “O Pai da Rita”, de Joel Zito, onde faz par romântico com Ailton Graça.
Recém-chegada de Portugal, onde representou o Brasil na Bienal Internacional de Poesias de Oeiras, a poetisa segue gravando a segunda temporada de “Manhãs de Setembro”, do Amazon Prime, onde interpreta Vanusa, a voz na consciência de Cassandra (Liniker) uma mulher trans que trabalha como motogirl. Na mesma plataforma, Elisa integra a série “Desjuntados”, dando vida à mãe do personagem Marcinho, interpretado pelo ator e comediante Yuri Marçal, enquanto aguarda o lançamento, pela Fox Disney, da série “Não foi minha culpa”, sobre violência feminina, dirigida por Susana Lira.
E não para por aí: a atriz ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado (2020) e, neste dezembro, tomou posse na Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de Olavo Bilac e figurando entre nomes como Zeca Pagodinho, Elza Soares, Christiane Torloni, Ana Botafogo, Carlinhos de Jesus, entre outros. Ainda este mês filma sua participação como uma diretora de escola no filme “Meninas não choram”, produzido pela Morena Filmes. Neste começo de abertura pós pandemia, Lucinda segue numa frenética agenda em que viaja várias capitais do país com suas palestras nos projetos Diálogos Contemporâneos e Histórias Brilhantes.
A profunda relação de Elisa com Adélia Prado aparece em alguns pontos nesta fase profissional. Além de ter escolhido o dia do aniversário da renomada poetisa para o lançamento de “Quem me leva para passear”, Elisa foi convidada pela Editora Record para apresentar a edição especial e limitada de quatro livros de Adélia (A faca no peito / Coração Disparado / Bagagem / Oráculos de maio), onde versa sobre a obra da autora mineira num livreto de 45 páginas.
Pela sua produtora junto à atriz e diretora Geovana Pires, a Casa Poema, em parceria com MPT e OIT, Lucinda realiza dois projetos: “Sankofa”, que apresenta poesia falada nos quilombos, e “Catadoras de Poesia”, projeto em parceria com a Flup – Festa Literária das Periferias onde ministra aulas de poesia falada para mulheres de uma cooperativa de catadoras de papel.
“Enquanto Edite cozinha, refoga devagarinho o alho para o seu arroz soltinho, ela vai cozinhando o mundo ao seu redor. Bota no fogo os culpados, fatia e descasca hipocrisias, cheira mentiras e deixa de molho a injustiça. (…) Eu chamo Elisa Lucinda de furacão”, declara a escritora e chefe de cozinha Paola Carosella na orelha do novo livro.
Título: Quem me leva para passear
Autora: Elisa Lucinda
Assunto: Ficção brasileira
ISBN: 978-65-87746-64-7
Páginas: 196
Sinopse: Em “Quem me leva para passear” Elisa Lucinda retorna a personagem Edite, do “Livro do avesso”. Fazendo uso da técnica literária fluxo de consciência, Elisa vai nos permitindo conhecer o pensamento de Edite, que em seu monólogo interior com amor e humor nos conduz a aprimorar o olhar para a vida.
Gil do Vigor chamou a atenção dos brasileiros ao participar do “Big Brother Brasil 21″, e sair demonstrando muita felicidade e espontaneidade ao conhecer o reality show da Globo.
O rapaz não saiu como vencedor da temporada, mas ganhou fama com suas expressões, como “vigoroso” e “regozijo” e, agora, é estreia, nesta quinta-feira (09), um documentário sobre sua vida no Globoplay.
Pretendendo mostrar o caminho que ele percorreu na Califórnia, onde ele está cursando seu PhD em economia. O documentário pensa em mostrar as dificuldades e vitórias que ele anda passando no local.
Segundo a diretora Patricia Cupello, o projeto se estrutura em quatro pilares da vida de Gil: educação, família, religião e sexualidade. O documentário explora desde a vida de Gil no Brasil, em Pernambuco, antes do Big Brother, até o início da trajetória dele na Califórnia, Estados Unidos, onde foi fazer PhD em Economia.
“Quando chego nos Estados Unidos, me deparo com tantas dificuldades, aquilo me deixa um pouco em choque. Vocês vão ver eu me quebrando um pouquinho pra um mundo novo, medos que eu nem sabia que eu tinha, desafios diferentes. Vocês vão ver minha história, minha família”, explica ele.
Gil do Vigor falou sobre os primeiros dias na Califórnia e como é viver longe da família e disse que a série mostra um pouco disso. “Teve altos e baixos, como tudo na vida. Fui me adaptando com a cultura, a alimentação, a língua, a comunicação mais lenta, a falta do abraço. O Ph.D. em si não está difícil. São assuntos que já vi no Brasil. E, assim, sou vigoroso. Sento a bunda na cadeira e estudo”.
O concerto beneficente ‘Free Larry Hoover’ tem por objetivo promover a conscientização da reforma carcerária e do sistema penal norte americano; show será transmitido ao vivo no Amazon Music e no Prime Video na sexta, 10 de dezembro.
Kanye West e Drake selaram a paz. Rappers, que nos últimos anos se envolveram numa série de polêmicas e troca de ofensas, confirmaram o compromisso de amizade ao anunciarem o show ‘Free Larry Hoover’ (Libertem Larry Hoover, em tradução livre). Título do evento faz referência a Larry Hoover, condenado a seis sentenças de prisão perpétua, decisão que foi considerada injusta por muitos. Em entrevista para a NME, Kanye comentou sobre o evento: “Acredito que este show não apenas trará consciência para a nossa causa, mas também provará para as pessoas em todos os lugares o quanto mais podemos realizar quando colocamos nosso orgulho de lado e nos unimos”.
O Amazon Music e o Prime Video anunciaram nesta quinta-feira (9) que irão transmitir em tempo real, e de forma exclusiva, o primeiro show ao vivo de Kanye West em cinco anos, com o convidado especial Drake. O show, que acontece no Los Angeles Memorial Coliseum, será transmitido globalmente no Prime Video em mais de 240 países e territórios na sexta-feira, 10 de dezembro à 01h (horário de Brasília), bem como no aplicativo Amazon Music e no canal do Amazon Music na Twitch. O show beneficente gratuito ‘Free Larry Hoover‘ também estará disponível no Prime Video após a transmissão ao vivo.
“Estamos extremamente orgulhosos de trabalhar com Kanye e Drake neste concerto histórico em apoio a uma causa pela qual eles são tão apaixonados, e de colaborar em toda a Amazon para este evento de entretenimento épico”, disse Jennifer Salke, head do Amazon Studios. Steve Boom, vice-presidente do Amazon Music, afirma: “Nós construímos um lar para os eventos de transmissão ao vivo mais importantes e ver essas estrelas globais no palco juntos será imperdível para os fãs de todo o mundo”.
“Novelei” será uma das grandes apostas do YouTube Originals em 2022
Como seria o Brasil se as novelas nunca tivessem existido? O que mudaria na sociedade? E se um pequeno grupo de influenciadores digitais e talentos da Globo fossem responsáveis por refazer algumas das obras mais emblemáticas da TV? É neste curioso e bem-humorado universo paralelo que o público poderá conferir “Novelei”, o primeiro projeto envolvendo Globo e YouTube, e que abre caminho para novos formatos e parcerias entre as marcas.
Os humoristas Paulo Vieira e Phellyx participarão no ‘Novelei’, juntamente com outros youtubers e influenciadores, e terão a missão de recriar com muito humor, no melhor estilo “suecar”, novelas como “Avenida Brasil”, “Senhora do Destino”, “O Cravo e a Rosa”, “Laços de Família”, “Vamp”, “Torre de Babel”, “Mulheres de Areia”, “O Clone” e “Vale Tudo”. Tudo para recuperar e eternizar o histórico do gênero que em dezembro completa 70 anos no país.
Com criação e produção do Entretenimento da Globo, a série tem o selo YouTube Originals – frente da plataforma que investe em conteúdos originais e destaca criadores e parceiros em produções criativas e inéditas – e conta com direção de Felipe Joffly e roteiro assinado por Bia Braune. As gravações começaram em novembro e vão até final de dezembro, nos Estúdios Globo.
“Novelei” é a primeira parceria de um projeto comercial baseado em novelas para o YouTube e uma grande aposta de conteúdo original da plataforma em 2022. O pacote comercial tem previsão de lançamento para o mercado em fevereiro e a produção tem estreia prevista para o início do segundo semestre de 2022.
Ao Mundo Negro, Cleissa fala com exclusividade sobre a importância do protagonismo negro na televisão, os destaques em ‘Juntos A Magia Acontece 2’ e novidades em sua carreira
Neste ano de 2021, a TV Globo apresenta o especial ‘Juntos A Magia Acontece 2’, obra criada e desenvolvida por Cleissa Regina Martins, primeira roteirista negra a ter um projeto autoral dentro da emissora. Especial apresenta a continuação da história que foi contada em 2019. Com grande aceitação do público e crítica, Cleissa chegou a ganhar um Leão de Ouro, no Festival Cannes, pela produção do primeiro ‘Juntos A Magia Acontece’. A segunda edição do especial vai ao ar na TV Globo no dia 19 de dezembro, logo após ‘Zig Zag Arena’.
Às vésperas do Natal, celebrando o espírito desta época e mirando novos tempos, ‘Juntos A Magia Acontece 2’ promete novos momentos de emoção, conduzido pelos desejos, sonhos e surpresas que inspiram cada um dos seus personagens. Com um novo desenho artístico, a segunda edição do especial traz novidades em relação à trama, ao elenco e aos personagens. Desta vez, ganha destaque o desafio do menino Caio, interpretado pelo ator Pedro Guilherme, que fez sucesso em ‘Amor de Mãe’. Vizinho da família Santos, que emocionou o público em 2019, Caio deposita na magia do Natal a esperança de poder, finalmente, conhecer o pai com quem nunca conviveu. Filho da artesã Solange (Jéssica Ellen), mãe solo, o menino é amigo de Letícia (Gabriely Mota), que também vai ajudá-lo a realizar seu sonho.
Ao MUNDO NEGRO, Cleissa contou detalhes sobre o protagonismo negro em torno de ‘Juntos A Magia Acontece 2’, os detalhes em torno da obra e novidades em sua carreira. Confira!
MUNDO NEGRO: Como você define esta segunda edição do especial?
Cleissa: Acho que é um episódio mais para cima, com uma cara diferente do anterior, que foi mais dramático. Mas esse também é emocionante e toca em pontos que geram uma empatia universal e que também são bem importantes para a sociedade brasileira.
Qual a importância para o nosso país acompanhar, mais uma vez, o Natal da Família Santos? É um Natal para o Brasil se ver? O que o público pode esperar?
Com certeza é um Natal para o Brasil se ver, ainda precisamos acompanhar muito mais vezes o Natal de uma família negra com esse protagonismo e com problemas cotidianos. O público pode esperar se ver representado na tela, muita emoção e uma boa história de Natal.
Crédito: Globo / Estevam Avellar
Quem são os protagonistas desta edição?
A Família Santos sempre tem protagonismo, mas dessa vez a gente acompanha a saga de Caio (Pedro Guilherme), um amigo da Letícia (Gabriely Mota), que vai em busca de conhecer o pai. E aí o André (Fabrício Boliveira) ajuda ele nesse caminho, então acaba tendo um pouco mais de protagonismo também.
Destaque uma ou mais de uma cena pela qual você tem um carinho especial, orgulho mesmo de ter colocado no papel.
Eu gosto sempre de escrever as cenas das crianças, mas dessa vez tivemos que ter menos delas por conta das restrições de tempo e da pandemia. Então eu diria que duas cenas foram bem legais de escrever: uma que tem mais comédia, é uma ligação de familiares para a Vera (Heloisa Jorge) e ela percebe que esses familiares estão meio querendo fazer fofoca e acho que isso é algo bem real nas famílias brasileiras, espero que tenha ficado divertida e leve. A outra cena é uma que dois homens negros discutem paternidade e acho que isso é algo bem importante. Muitas vezes, crianças negras são retratadas sem os pais e, em especial, sem a figura paterna, mas também existem pais negros presentes e acho importante representar isso e como os homens lidam com o cuidar de uma criança.
O que significou o Natal para a menina Cleissa? E o que é hoje para a Cleissa que escreve também sobre Natal? Resumindo: o que foi/é a magia do Natal para ti?
O Natal em família sempre foi muito em torno do meu avô materno e das crianças. A gente tinha todo o ritual de fazer a ceia, esperar dar meia noite e aí começar a comer e abrir os presentes, todas as crianças animadas com os presentes – que os adultos diziam ser do Papai Noel – e os adultos fazendo amigo oculto entre si. E meu avô sempre parava para ver a Missa do Galo. Era o momento do ano em que toda a família se encontrava. Depois que meu avô morreu o Natal ficou mais dividido, cada família na sua casa, mas guardo essas lembranças e elas me alimentam bastante.
Jorge ( Luciano Quirino ) Solange ( Jessica Ellen ), Caio ( Pedro Guilherme Rodrigues ), Vera ( Heloisa Jorge ), André ( Fabricio Boliveira ) e Letícia ( Gabriely Mota ). Crédito: Globo / Estevam Avellar
Como tem sido a parceria com o elenco?
Muito boa. O elenco todo chegou muito animado para fazer o especial e isso é bem importante, saber que o texto vai ser bem recebido. Sei que eles colocaram muito deles nos personagens e é interessante ver cada personagem tomando vida através de atores que chegam com muita vontade de somar, sem falar que são todos muitos bons. A parceria com o Fabrício Boliveira e com o Luciano Quirino já vem do outro especial e continua agora, com o Fabrício com mais tempo de tela. O Fabrício é um ator muito generoso e um dos melhores dessa geração. A Heloisa Jorge entrou num papel que já existia e está maravilhosa, trouxe um novo ar para a Vera e ficou muito próxima de quem já estava presente, acho que ela fez um ótimo par com o Luciano.
Quem te inspira na escrita? Em especial, quais mulheres te inspiram?
Para citar pessoas contemporâneas, fora dos clássicos, diria Irmãos Carvalho, André Novais Oliveira e Grace Passô, que tem feitos trabalhos que gosto muito. Falando especialmente de mulheres, além da Grace, citaria Issa Rae e Michaela Coel. Issa não é exatamente roteirista, mas ela levanta projetos que são muito interessantes e esse lugar de produção executiva me interessa também. E Michaela fez uma das melhores séries dos últimos tempos, “I May Destroy”, não gosto de tudo que ela faz, mas é tudo muito autêntico e provocador, o que não é nada fácil de fazer.
A Cleissa autora tem algum ritual na hora de escrever? Como é sua rotina de escrita?
Acho que não dá para dizer que é um ritual, mas eu penso muito antes de escrever e preciso sempre pensar em muitos caminhos possíveis, entendendo por onde os personagens podem ir. Então quando tenho uma ideia, tem um tempo grande entre pensar e realmente colocar no papel, um tempo que até deveria ser menor. No caso desse especial, revisitei o outro e reli tudo que eu já tinha escrito para esses personagens para entender o que seria interessante contar agora, pensando muito no que a gente tem vivido com essa pandemia e no que seria legal que as pessoas vissem na noite de Natal. Escrevendo para televisão, acho que a gente precisa sempre pensar no público também.
Fale um pouco sobre sua trajetória.
Eu sou uma filha única, nascida e criada na periferia do Rio e que teve acesso à educação pública de qualidade num momento em que o Brasil investiu nisso. Meus pais sempre preencheram meu tempo através de cursos e atividades artísticas gratuitas ou bem baratas que tinham no bairro e estudei no Colégio Pedro II a partir do 6° ano, o que fez muita diferença na minha trajetória. Desde a escola, eu já gostava de cinema, fui uma criança de alugar muito VHS e depois DVD e até cogitei ir fazer Comunicação na faculdade, mas acabei indo para as Ciências Sociais na UFRJ, porque achei que seria um curso que me ajudaria a entender melhor a sociedade e talvez até mudar algumas coisas também, mas não consegui ficar longe do cinema por muito tempo. Desde o início da faculdade fazia cursos de cinema, como no Centro Afrocarioca, e num dado momento comecei a pesquisar desigualdade de raça e gênero no cinema brasileiro na Uerj. Trabalhar nessa pesquisa me deu um conhecimento bom sobre o que era mais assistido e produzido no Brasil. Depois fui para o Canadá pesquisar e voltei decidida a trabalhar com cinema mesmo. Trabalhei como diretora de arte em alguns curtas, comecei a escrever e entrei na Flup, onde meu argumento foi comprado pela Globo. Cheguei a começar alguns projetos fora, mas logo fui fazer o especial e continuo na Globo até hoje. Não pensava em escrever para televisão, mas hoje gosto bastante, é um alcance muito grande, mas sempre tento fazer coisas no cinema também, até para ter novas ideias para trazer para a TV.
Já tem em mente novos projetos? Quais seus desejos como autora?
Tenho uma série documental sobre moda para ser lançada em 2022 e tenho pegado alguns trabalhos de roteiro para cinema, mas nada relacionado a Globo. Não sei se pode divulgar, mas estou na sala de roteiro da terceira temporada de ‘As Five’. Como autora, quero continuar contando histórias que façam sentido para mim e que acredito que não foram contadas ainda, tenho alguns projetos para o cinema, mas gostaria de adaptar um livro também, acho que deve ser um exercício bem legal de criação partir de uma obra já feita.
Há algo a mais que você queira destacar?
Digo sempre que, para mim, é bem difícil falar de família negra na TV aberta. Acho que “família” é um conceito que hoje se expandiu muito e que tinha e tem que mudar mesmo, ser mais amplo, abarcar todas as formações possíveis. Ao mesmo tempo, a gente não viu uma “família margarina” negra, então tento sempre encontrar um equilíbrio para fazer uma família que ainda faça sentido, que seja legal de acompanhar, que represente as pessoas, mas que não seja irreal.
Com apenas 15 anos, Duda Pimenta anuncia a sua primeira obra literária, almanaque ‘Eu sou Duda Pimenta’, que será lançado no próximo dia 12, na Bienal do Livro do Rio, com uma sessão de autógrafos, marcando uma virada de chave na vida da estrela que acabou de entrar na adolescência.
“É uma fase muito significativa na vida de uma pessoa. Quis compartilhar um pouco a minha rotina, dúvidas e essa minha fase com outras meninas da minha idade”, explica Duda.
O projeto é o primeiro nesse formato que traz a representatividade para o segmento editorial teen, abordando temas que permeiam esse universo. O leitor vai conhecer não apenas o dia a dia da atriz, como aprender sobre e cuidados com as madeixas, assunto que a Duda conhece bem.
“Tenho uma música, chamada ‘Seu Cabelo’ que fala da dessa parte do nosso corpo tão importante. Ela fez muito sucesso, com mais de 20 milhões de visualizações no YouTube. Dou dicas de como cuidar dos crespos e cacheados para que mais meninas possam exibir sem medo seus cabelos. Eles têm uma força incrível, transmitem muita personalidade”, conta Duda, que também é cantora.
A obra apresenta um pouco da trajetória da artista, mostra sua família, looks favoritos, o que toca no seu fone de ouvido, segredos, além de dicas e testes. E não para por aí! Ela fez questão de escrever um “Guia de Sobreviência da Adolescência”.
Eu sou Duda Pimenta tem participações especiais. Amigos da atriz contaram da experiência do primeiro beijo e Mc Sofia responde, ao lado da autora, sobre empoderamento feminino, trabalho, relacionamento e bullying.
Para 2022, a pequena diva tem muitos planos. Além de ter renovado contrato com o SBT para a continuação de “As Aventuras de Pollyana”, ela vai estar com a agenda cheia. Série, filme, música nova… Haja fôlego! “Tenho muita novidade pra vocês! Aguardem”, celebra a jovem.
Mano Brown encerra nesta quinta-feira (9) a temporada de 16 episódios do podcast Mano a Mano. Neste último episódio, Mano Brown recebe a primeira jornalista negra da televisão brasileira, Glória Maria.
Saúde, jornalismo, família, história e outros muitos assuntos estão na pauta desta conversa sincera. Glória Maria dá detalhes sobre sua experiência no jornalismo, e comenta sobre sua experiência de vida. “Quando eu te falei que fui educada para ser livre, é livre em todos os sentidos. Todos, a qualquer preço, e é um preço caro, porque as pessoas te cobram e porque você tem que se enquadrar no modelo que as pessoas querem, e ninguém me enquadra”, explica Glória.
Glória falou sobre a pressão estética que sofreu, por parte da militância, sobre o uso de seu cabelo, por exemplo. “No começo da minha carreira, eu usava o cabelo black power porque eu queria usar. Não porque ninguém me falou que era um movimento negro. Usei anos, de várias maneiras. Depois, deu, não quero mais. Porque eu faço da minha vida e do meu corpo o que eu quero, e não o que as pessoas querem que eu faça”.
Trocando os papéis por um instante, Glória Maria pergunta ao MC o que mudou desde a estreia do podcast. “O que mudou é que na minha mente abriu uma perspectiva. Eu saí da minha zona de conforto. Porque música é o que eu gosto de fazer, no meu tempo, na minha casa, nos lugares que eu gosto. E aqui eu estou me expondo a errar, a ser ridículo…”, responde Mano Brown. “Entrevista é uma coisa de mão dupla porque ou você abre a sua alma, ou você não abre”, complementa a jornalista.
Brown diz também que o universo da música, às vezes, limita os pontos de vista, e que com este podcast teve a oportunidade de expandir os horizontes. “Eu tô me surpreendendo a cada dia. E o lance é que eu gosto de falar bastante, tenho muitas ideias, mas eu também sei ouvir, então, eu tô aprendendo muito. No meu universo, a gente se informa de muita coisa para poder fazer o que a gente faz, porém, de alguma maneira, a gente também se aliena. Tudo é poético, romantizado. Aqui, entrevistando pessoas. Nem tudo é poético, nem tudo eu concordo”, afirma.