Em “Querer, poder, vencer”, Thelminha narra toda a sua história de vida, desde a sua adoção, passagem pelo balé, história com o samba, a medicina, e, claro, sua trajetória no BBB20
A médica e ex-BBB Thelma Assis acaba de lançar sua autobiografia “Querer, poder, vencer”. Para ela, escrever o livro “Foi uma terapia, quase uma análise comigo mesmo, porque precisei revisitar minha história, o meu passado e marcas antigas.” No livro, ela conta histórias de sua vida e trajetória pessoal, e busca inspirar pessoas com sua história.
“Eu espero poder encorajar as pessoas a acreditarem nelas mesmas, nos seus sonhos. Eu já tenho exercido esse papel de influencer social desde o ano passado quando o Brasil me escolheu, e esse novo projeto chega para somar nessa trajetória que eu tenho construído”, disse ela ao G1.
Questionada sobre a importância de ter sua história registrada agora, ela disse: “Acho que uma história de superação como a minha pode ajudar muitas pessoas, sobretudo mulheres pretas a acreditarem em seus objetivos. Se o meu livro puder tocar o coração de uma pessoa e servir de inspiração para ela, sinto que o dever foi cumprindo, e a importância está nisto, uma vez que corpos como o meu, em sociedade, são tratados com invisibilidade, demérito”, e completou: “Então ver que minhas ideias, ações, referências, estão postas no mundo para quem quiser acessar, me alegra muito. É um registro de alma, de dentro da pra fora. Das lágrimas que construíram sorrisos e me ajudaram a nunca parar, mesmo quando tive inúmeros motivos para isso”, finalizou.
Um lançamento presencial da obra neste momento ainda não está possível por conta das medidas de distanciamento impostas pela pandemia, mas o livro pode ser adquirido nas livrarias físicas e virtuais.
Parceria iniciada em 2018, para acelerar a digitalização de empreendedores negros, resultou na criação de uma Loja Oficial da Feira Preta dentro do Mercado Livre.
Neste ano, o Mercado Livre reforça sua parceria com a PretaHub a partir de uma Loja Oficial criada exclusivamente para os empreendedores que participam da Feira Preta, o maior festival de cultura negra da América Latina. Após três anos promovendo edições online da Feira Preta, o Mercado Livre ampliou sua atuação ao montar uma loja permanente para esses empreendedores, dando ainda mais visibilidade e benefícios. A loja conta com mais de 60 empreendedores que, juntos, oferecem mais de 500 produtos de 18 categorias diferentes: de roupas, alimentos e itens de beleza, até brinquedos e artigos para casa.
A Feira Preta será realizada entre 20 de novembro e 10 de dezembro, e o Mercado Livre integra a rede de empresas parceiras do evento. Além disso, a Loja Oficial permite que o consumidor encontre produtos feitos pelos empreendedores da feira durante todo o ano, contribuindo para a geração de renda e para o aumento da presença digital desses profissionais. Para impulsionar ainda mais as vendas durante o mês de novembro e dezembro, quando a feira é realizada, o Mercado Livre vai dar visibilidade para as histórias dos empreendedores e oferecer ainda descontos nas tarifas para os empreendedores da feira.
“A nossa parceria com a PretaHub está cada vez mais consolidada, crescendo e indo além do apoio aos projetos de educação e capacitação, que ajudam a transformar a trajetória de muitos empreendedores negros. Com a loja oficial, damos ainda mais visibilidade, de forma constante, conectando esses empreendedores com nossos mais 75,9 milhões de usuários na região”, destaca Laura Motta, gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre, empresa líder em tecnologia para o e-commerce e serviços financeiros da América Latina. “Dentre as demais vantagens da plataforma está a mentoria e atendimento a esses empreendimentos para que possam extrair o melhor do comércio digital”, completa.
A PretaHub é um núcleo de criatividade, resultado do trabalho do Instituto Feira Preta que, há anos, atua no mapeamento, capacitação técnica, aceleração e incubação do empreendedorismo negro no Brasil. O Mercado Livre é parceiro da iniciativa desde 2018 e, além da Feira Preta, apoia a Casa PretaHub e é parceiro de conteúdo do Afrolab, programa que apoia e acelera empreendedores negros, indígenas e quilombolas desde o processo criativo até a comercialização dos produtos e serviços. Somente em 2021, esta iniciativa promoveu a capacitação de mais de 250 empreendedores latino-americanos, sendo 80 deles na Colômbia com apoio do Mercado Livre e da ONG Manos Visibiles.
“A parceria com o Mercado Livre se desdobrou em diversas frentes, impulsionando negócios e nos ajudando a construir novas narrativas para a população negra. Termos hoje uma loja oficial para os empreendedores da Feira Preta, na maior plataforma de e-commerce da América Latina, é, além de uma realização, a prova de que estamos não somente fortalecendo a transformação digital, mas ultrapassando territórios e oferecendo oportunidades de crescimento”, diz Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.
Para valorizar, engajar e estimular que mais empreendedores estejam no digital, os aproximando de milhares de consumidores da plataforma, o Mercado Livre vai contar a história de cinco marcas de empreendedores negros conectados com a Feira Preta. Esses relatos estreiam no Youtube e Facebook do Mercado Livre antes mesmo do início do evento. Os vídeos contarão um pouco mais sobre as marcas de roupas Resisto OPM , que trabalha com estampas ligadas à ancestralidade e ícones da cultura negra, e Modash , que utiliza tecidos vindos diretamente de Benin, na África. Ainda participam as marcas SoulBrio , que reúne cosméticos veganos; Da minha Cor , que oferece itens diversos, de cosméticos a roupas; e Pretapretin , que também trabalha com itens diversos ligados à cultura negra.
Os empreendedores negros interessados em integrar a loja ofical da Feira Preta podem fazer contato direto com a PretaHub, responsável pela análise e curadoria dos empreendimentos que serão incluídos neste espaço exclusivo. “Sobretudo nesse começo, os empreendedores contam com um apoio extra do Mercado Livre para se integrarem ao ambiente e serviços da plataforma, estando preparados para atender à demanda durante o festival e nas compras de final de ano”, ressalta Laura. Atualmente, o Mercado Livre conta com mais de 1.750 lojas oficiais em sua plataforma.
A segunda temporada de LOVE LIFE chegou na HBO Max, e os primeiros episódios já estão disponíveis na plataforma. A série continua ambientada na cidade de Nova York, mas dessa vez se concentra na história de Marcus Watkins, personagem do ator William Jackson Harper.
Na trama, ele sai de uma relação de muitos anos com uma mulher, e retorna para o mundo dos solteiros. O protagonista se vê, então, mergulhado novamente na busca pela realização romântica que ele pensava que já havia encontrado.
Já na vida real, em 2020, William estava na lista de candidatos ao prêmio da categoria ‘Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia’.
Além da obra de comédia romântica que está protagonizando, Harper fez também ‘Separados Mas Nem Tanto’, com Aya Cash, que já está disponível na HBO Max. Na trama, o casal de longa data termina, mas decide fingir que ainda estão juntos até o fim de semana de um casamento da família.
O ator ainda é apaixonada por teatroe começou sua carreira no nos palcos. Ele escreveu a peça ‘Travisville’, que ficou em cartaz em Nova York. A história ficcional é sobre uma batalha real pelos direitos civis que desalojou uma comunidade negra perto de um parque onde acontecia a Feira do Estado do Texas.
Além de Harper, a série LOVE LIFE tem no elenco Jessica Williams, Chris “Comedian CP” Powell, e a participação de Anna Kendrick. A segunda temporada terá dez episódios, já disponíveis na HBO Max .
Trazendo o tema ‘Existe um futuro preto e ele não se constrói sozinho’, a edição deste ano da Feira Preta será co-realizada com o Facebook e vai trazer muitas novidades para seu público. Sendo do dia 20/11 a 10/12, o evento traz 20 dias intensos de programação com atrações nacionais e internacionais, entre shows, workshops, espetáculos, intervenções artísticas e painéis.
Para a edição deste ano, há mais de 70 atividades confirmadas que vão falar de negócio, com uma teor de afeto, autocuidado, arte e gastronomia. A feira será embalada com shows de Emicida, Péricles, Liniker, Afrocidade e Tasha & Tracie. A expectativa é que o evento tenha uma audiência de mais de 2 milhões de pessoas acompanhando os conteúdos do Festival, que estarão disponíveis no Facebook e Instagram da Feira Preta e seus parceiros. O Site Mundo Negro é media partner oficial do evento.
“Celebrar a 20ª edição do Festival Feira Preta é um marco no que tange ao avanço da pauta racial no país. Neste ano contamos com a parceria das marcas, muito além do aporte financeiro, mas também com curadoria dos conteúdos e com pessoas pretas em todas as frentes, fruto do efeito sistêmico da inclusão racial. Estão nos ajudando a contar nossas histórias, ampliando o alcance das duas décadas do festival, somadas aos tantos séculos de luta, e fortalecendo o afroempreendedorismo”, comemora Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.
Adriana Barbosa – Foto: Renato Stockler
Há 20 anos a Feira Preta é o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América, e vem sendo construída a muitas mãos, em conjunto com pessoas e instituições privadas e públicas que ajudam a contar essa história e chegar a cada vez mais pessoas.
Serviço
Festival Feira Preta 2021 – Existe um futuro preto e ele não se constrói sozinho
Data: de 20/11 a 10/12
Formato: online – Via redes sociais da Feira Preta – @feirapretaoficial
Os versos da música dos jovens poetas do Rio de Janeiro (2) ainda não são conhecidos pela maior parte da academia. Como seriam, se eles e elas representam justamente a sobrevivência do que há de mais puro, de mais orgânico e também mais sublime de nossos alunos: o amor.
Aquele sentimento estranho que faz algumas professoras que conhecemos levantarem todos os dias para lecionarem em escolas distantes – algumas vezes alagadas, outras sem luz, outras sem material, ou ainda com paredes perfuradas por balas- para falar a poetas e poetisas.
Poesia Acústica nos lembra Cartola, Candeia, Jovelina. Talvez todos pensem que nos referimos ao teor musical, à melodia. Não. Aludimos à leveza, à falta de soberba, ao amor que cantam e com o qual cantam.
Quem é que tem coragem pra falar de amor é um verso que traduz as re-existências das aulas de português que muitas vezes, nas salas de aula, silenciam as rimas só ouvidas no corredor; ecoa as urgências de um mundo em convulsão, assolado pelas disputas entre os que querem chegar, que querem ser ouvidos, alimentados em sua fome de comida e de representatividade, de voz e de protagonismo. Traduz a delicadeza necessária que deverá sulear o embate.
Esta mesma guerra suave está presente no mais recente livro de Renato Noguera. Atuando como professor, pesquisador e escritor, ele exibe uma trajetória acadêmica que há muito peleja pela descolonização da história da filosofia, pensada e ensinada como ápice do pensamento racional ocidental. Constam em seu currículo livros, palestras e artigos fundamentais que decifram conhecimentos sobre a filosofia africana antiga, trazendo debates e interpretações de textos de teóricos como Ptah-Hotep e Amon-Em-Ope, ou ainda contribuições fundamentais sobre as obras de Deleuze, Foucault, sempre lidas e associadas a uma epistemologia que converge para a África, como princípio fundador ou como perspectiva de futuro. Neste trabalho ele retoma as discussões do Mestrado quando, guiado pelo pensamento de Freud e Schopenhauer, investigava a metafísica do amor sexual.
Por que amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor (3) é um panorama estruturado em 11 capítulos uma Introdução e Conclusão, tudo muito direto, em linguagem acessível, mas nem por isto superficial. Há um Prefácio de extrema elegância da também filósofa Djamila Ribeiro, no qual ela insinua sua formação, descortina seu referencial teórico sobre o assunto, mas abre espaço maior para o convite à leitura do texto que se seguirá.
Seus capítulos guiam o leitor num conjunto de exemplos e reflexões não convencionais. São histórias e mitos de amor como de astros americanos dos anos 50, da França medieval, ou o amor como jornada das sociedades dagara do este africano, yorubá como de Yansã e Xango, indígenas como de Naia e a Lua, japonesas da moça que tece estrelas, e tantas outras que reunidas fornecem elementos para divagar sobre estas uniões, ao mesmo tempo que aguçam discussões extremamente políticas sobre este sentimento face à sociedade onde ele se desenvolve. Assim Poli amor, Amor platônico, Amor Poli conjugal, Quando Adão conheceu Eva, Vitória Régia são capítulos que abrem e fecham janelas infinitas.
Uma delas certamente, também trazida pelo guerreiro de alma suave, permite pensar o amor como sobrevivência, nos conduzindo às proposições da pensadora norte americana bell hooks (4 ). Para ela o poder curativo do amor e obviamente sua falta, impregnaram as sociedades afro-diaspóricas, deitaram raízes nas nossas relações sociais, pautaram as formas de amar entre homens e mulheres afro-descendentes. Mas esta é uma outra história, para a qual temos que ter ainda mais coragem! Notas:
Rosemeri Conceição é Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Artes Visuais (PPGAV-UFRJ). Pesquisadora da Educação e Relações Étnico-raciais e representação de negros-as nas Artes. Integrou o Grupo de estudantes do Webinário MAC-USP sobre Curadorias Decolonais 2021, Coordenado pela artista Dra. Rosana Paulino. Faz parte do Grupo de Pesquisas NAPA-CNPq.
2 Poesia acústica 3 Capricorniana. Autores: Guilherme de Souza Reis,João Marcelo Cardoso Ramalho, Seaincler Araújo Alves de Souza e Tiago Garcia Alves.
3 Renato Noguera, Por que amamos: o que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor: Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2020.
4 bell hooks, Vivendo de amor. Disponível em Vivendo de Amor – http://www.olibat.com.br/…/VivendodeAmorBellHoo…
Nate Moore, produtor de Pantera Negra, disse que existe um tipo diferente de pressão para a realização da continuação do filme após o falecimento de Chadwick Boseman.
“Eu acho que este filme tem um tipo diferente de pressão sobre ele, obviamente, com a perda de Chadwick, que foi inesperada e sem precedentes, para descobrir como lidar com isso”, disse ele no podcast Phase Zero da ComicBook.
“Acho que vamos ver o filme em duas lentes: puro entretenimento, mas também catártico. E temos que estar cientes de ambas as lentes enquanto o fazemos ”, disse Moore.
Chadwick Boseman morreu aos 43 anos em agosto de 2020 , após uma batalha contra o câncer de cólon. Ele havia sido diagnosticado com câncer de cólon quatro anos antes, mas optou por não tornar a notícia pública.
Atualmente a sequência Pantera Negra: Wakanda Forever está com sua produção suspensa, e o filme e o filme tem previsão de lançamento para novembro de 2022.
E vamos sextar com música nova da rainha Beyoncé! A cantora lançou hoje (12) a música Be Alive, parte da trilha sonora do filme King Richard – Criando Campeãs. O filme conta a história das irmãs campeãs de tênis Venus e Serena Williams, por meio de seu pai, Richard, interpretado por Will Smith.
“Não conseguiria ‘me livrar’ da minha negritude nem se tentasse/ Por isso levanto minha cabeça com orgulho/ Estamos sentados no topo do mundo de novo“, diz um verso da canção.
Com uma pegada bem motivacional, a música foi escrita pela própria Beyoncé, em parceria com DIXSON. O filme, distribuído pela Warner Bros. tem previsão de estreia no Brasil para dia 02 de dezembro, nos cinemas.
Ouça:
Será que vem álbum novo por aí? O último disco de estúdio de Beyoncé foi Lemonade, de 2016.
O assassinato de João Alberto em uma loja do Carrefour em Porto Alegre completa um ano no próximo dia 19 de novembro. Desde o dia dessa tragédia, o Grupo Carrefour não tem economizado em ações que garantam a segurança de pessoas pretas em suas lojas, sem esquecer de enegrecer os cargos de liderança da companhia. A empresa é hoje a que mais investe em ações de combate ao racismo no Brasil, nos próximos 3 anos serão investidos R$ 144 milhões.
Na tarde da última quarta-feira, 10, o grupo realizou o evento “Diálogos que transformam”, que contou com a apresentação da jornalista Rita Batista e do apresentador da Globo, Manoel Soares, esse segundo, novo parceiro do grupo Carrefour. Soares explicou sua relação com a empresa que vem desde a época que vivia em condições de rua, em Porto Alegre, próximo a unidade onde aconteceu o crime, mas que depois de crescer profissionalmente ele pode voltar ao mesmo espaço, mas de uma forma diferente. ‘Erra significativo que o lugar que para mim era de estigma, pudesse ser transformado em um lugar de vitória”, disse o comunicador.
Durante o evento Soares divulgou a parceria da sua empresa com o Carrefour que tem como um dos objetivos trazer mais pautas sobre questões raciais nos conteúdos produzidos pela companhia. Ele irá produzir uma série de vídeos.
“A gente não quer o Carrefour liderando essa luta, porque essa luta tem dono, essa luta tem cor. A intenção é que o Carrefour some, levando conteúdo, levando conhecimento e construindo um processo sólido de conexão e um exemplo disso é a série que eu e minha equipe vamos produzir para o Carrefour e nessa série nós vamos falar do racismo e das suas consequências”. Ele detalhou que a série também irá mostrar iniciativas que estão mudando a vida de pessoas da comunidade negra.
“Hoje meu objetivo encapando um projeto em parceria com o Carrefour, não é limpar a barra ou passar pano, mas que a gente possa transformar esse espaço que para muitos corações, com legitimidade, é um espaço de estigma, que nós possamos transformar em um espaço de carisma, mas não gratuitamente, a empresa tem que fazer sua parte e obviamente o povo brasileiro também tem que fazer a sua parte alavancando e aceitando um processo de mudança legítimo”, disse Soares.
O evento contou com a participação de membros do Comitê Externo Independente, que vem orientando o Carrefour na implementação dos compromissos assumidos pela companhia em novembro de 2020. “Ter uma empresa que assume o que aconteceu, chama a sociedade civil para pensar em como reparar, cria ações e faz o investimento em todo processo, é algo novo”, diz Adriana Barbosa, CEO da Feira Preta e integrante do Comitê Externo.
Dentre as ações inéditas está o investimento no afroempreendedorismo. Em parceria com a Afrobusiness a companhia busca a inclusão de empreendedores negros na carteira de fornecedores, seja para a inserção de produtos em lojas ou na prestação de serviços. Agora em novembro se inicia um piloto em dez lojas do Carrefour para oferecer produtos de empresas comandadas por empreendedores negros, como a Makeda (cosméticos para pessoas negras) e a Madiba Pet (produtos para animais domésticos).
A empresa fez um site onde todos os compromissos e projetos atuais e futuros estão disponíveis para consulta. https://naovamosesquecer.com.br/pt/.
As trajetórias profissionais da professora mato-grossense, da médica carioca e da chef pernambucana estão entre os destaques do especial, que vai ao ar dia 20 na TV Globo.
Com as histórias inspiradoras de Ana, Fátima e Negralinda, os caminhos da educação, da saúde e da gastronomia se encontraram na celebração da força e da potência da mão de obra negra do país, promovida pelo especial ‘Falas Negras’ que vai ao ar na TV Globo no próximo dia 20, Dia Nacional da Consciência Negra. As trajetórias dessas mulheres, trilhadas em diferentes regiões do Brasil, têm em comum os desafios e as realizações que as colocaram em lugares de referência em suas áreas de atuação.
O respeito à ancestralidade conduz os passos da professora Ana Fernandes, de 35 anos. Natural de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, ela atua na educação quilombola e se orgulha de estar na mesma região onde um dia viveu Tereza de Benguela, líder de um dos mais importantes quilombos do país no século 18. “Gratidão e realização são as palavras que descrevem o que eu sinto com a oportunidade de participar do ‘Falas Negras’. A minha vida é dedicada à educação que, para mim, é primordial e essencial e devia ser vista com mais atenção e amor. Fico feliz de compartilhar um pouco da minha jornada”, destaca Ana.
A médica Fátima Oladejo, 38 anos, seguiu a mesma profissão do pai. Filha de um médico nigeriano com uma assistente social brasileira, a ginecologista carioca reforça o quanto foi fundamental para a sua vida o acesso às oportunidades. “Poder contar no especial um pouco da minha história e da minha família é algo que me dá um orgulho indescritível. Me ver nessa posição de representatividade é muito significativo para mim, como mulher preta, profissional e como mãe. O público pode esperar uma narrativa de positividade e esperança, entendendo que, através de oportunidades, podemos ser o que quisermos, desde que o ponto de partida seja o mesmo para todos”, afirma Fátima.
A chef e empreendedora Negralinda, de 33 anos, vê em seu bistrô comunitário a oportunidade de ajudar outras mulheres de Ilha de Deus, no Recife (PE). A região concentra um dos maiores manguezais urbanos do mundo e, por muito tempo, foi o lugar de onde a estudante de Gastronomia tirou seu sustento com a pesca de mariscos. “Esse reconhecimento, com a participação no ‘Falas Negras’, é extremamente importante para mim. É a minha história de vida, minha trajetória de luta, resistência e conquistas sendo compartilhada. Espero que as pessoas se identifiquem e possam se inspirar para ser o que quiserem”, ressalta Negralinda.
O ‘Falas Negras’ também tem como protagonistas o produtor audiovisual gaúcho Crystom Rodrigues e o pedreiro baiano Geomar Rabelo. O especial é dirigido por Naína de Paula e Henrique Matias, com roteiro de Igor Verde e Valéria Almeida, direção executiva de Rafael Dragaud e direção de gênero de Mariano Boni. A produção é de Beatriz Besser. O ‘Falas Negras’ vai ao ar na TV Globo no sábado, 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, após ‘Um Lugar ao Sol’. Também será exibido no GNT, dia 22 de novembro, depois do ‘Papo de Segunda’, e no dia 26 no Canal Brasil, às 19h10.
Uma semana depois de tornar imortal a atriz Fernanda Montenegro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) admitiu nesta quinta-feira (11) mais um ícone da cultura popular em seus quadros: o cantor Gilberto Gil.
O músico baiano de 79 anos vai ocupar a cadeira número 20, que tem como patrono o médico e jornalista Joaquim Manuel de Macedo e ficou vaga com a morte do jornalista Murilo Melo Filho, em maio de 2020. Além de Gil, também concorriam o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daunt.
Eleito, o músico passa agora a ser o segundo negro no quadro da academia, que conta somente com o imortal Domício Proença Filho entre suas 40 cadeiras.
”Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, declarou o presidente da ABL, acadêmico Marco Lucchesi.
Gilberto Gil é um cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical cuja obra se confunde com a própria música brasileira. O artista tem dois prêmios Grammy Awards, nos anos de 1998 e 2005.