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“O que sei fazer bem é ser professora”, diz Nilma Lino Gomes, primeira reitora negra de Universidade Federal no Brasil

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Nilma Lino Gomes. Foto: Junior Panela.

Por Debora Simões

Nilma Lino Gomes tem uma trajetória pessoal, acadêmica e profissional inspiradora. Sua força e potência não se restringem a ela, são ventos fortes que a extrapolam. Uma força ancestral que atravessa tempos e gerações. A educação antirracista e luta social e política são fundamentais para a emancipação dos sujeitos e é nessa perspectiva que nossa entrevistada atua.

Ela é Professora Titular Emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Teve uma formação de excelência dentro e fora do país. Estudou na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Universidade de Coimbra, nas áreas de Educação, Sociologia e Antropologia.

Nilma desenvolveu pesquisas, publicou inúmeros artigos, organizou e escreveu livros sobre temas como relações étnico-raciais, formação de professores e diversidade étnico-racial, políticas educacionais, desigualdades sociais e raciais e movimentos sociais e educação, sempre com foco na atuação do movimento negro brasileiro.

Em 2013 ocupou o cargo de reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), tornando-se a primeira mulher negra nessa função.

Entre os anos de 2015 e 2016 foi Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos do governo da Presidenta Dilma Rousseff. Além da forte e constante atuação nas Associações de Pós-Graduação no país.

Neste dia dos professores, Nilma Lino Gomes conversou exclusivamente com o Mundo Negro. Ela falou sobre sua trajetória, sua ancestralidade e os desafios contemporâneos da docência, a política atual, a educação e a integração entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa, entre outros assuntos. 

1- Como começou e qual é a importância da docência na sua vida?

Costumo dizer que o que sei fazer bem é ser professora. De fato, é o que sou. Esse é meu ofício desde que me formei no magistério em nível de 2º grau, como se falava no início dos anos 80. Mesmo tendo passado por cargos de gestão, ser professora engajada e antirracista é o que dá sentido à docência para mim.

A docência, para mim, é a minha escolha profissional, meu lugar de aprendizagem e a forma que encontro de lutar pela democracia, contra o racismo, pela justiça social e cognitiva.

Comecei trabalhando em creche comunitária, ou seja, na educação infantil, depois fiz concurso para a rede municipal de ensino de BH. Atuei até fazer o mestrado na Educação Básica, durante anos, até prestar concurso público para professora assistente na UFMG.

2- Qual é a importância da Lei 10.639/2003 no contexto político e social atual?

A Lei 10.639/03 é uma alteração da Lei 9394/96, a LDB. No atual contexto de ataques à democracia e às instituições democráticas a importância da Lei se destaca ainda mais. Ela vai na contramão das forças neoliberais, midiáticas, fundamentalistas, religiosas, reacionárias e racistas que se levantaram contra a democracia nesse momento político. A Lei 10.639/03 é um foco de resistência nesse momento em que a educação básica e o superior têm sido atacados pelo desgoverno federal e pelas forças reacionárias e negativistas. A Lei 10639/03, juntamente com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Religiões Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanas, são eixos orientadores de uma educação democrática e antirracista.

3- Quais foram os maiores desafios enfrentados ao assumir a reitoria de uma universidade pública federal?

Os desafios foram: tornar o antirracismo uma dimensão estruturante das ações da reitoria; enfrentar o racismo institucional dissimulado; ampliar o intercâmbio internacional Sul-Sul com os países africanos de língua portuguesa; construir processos formativos internos junto com docentes, discentes e técnico-administrativos, para compreenderem a importância da UNILAB no contexto das Ações Afirmativas.

4- Como foi a experiência de gerir uma universidade que relacionava o Brasil e os países africanos de língua portuguesa?

Foi um desafio, uma honra e fruto de um trabalho coletivo e ancestral que se iniciou muito antes de mim.

A reitoria da UNILAB representou a possibilidade de construir ações, projetos, de ensino, pesquisa, extensão e intercâmbios internacionais na perspectiva Sul-Sul com os países africanos de língua portuguesa. Fui me reeducando cada vez mais a conhecer a África real e a importância do ensino superior para esses países. Pude também conhecer os dilemas desses países para a garantia dos direitos e, em especial, do direito à educação. Pude compreender que os pontos comuns que existem na nossa história ancestral com a África facilitam a construção de parcerias e trabalhos conjuntos. No caso da Educação Superior, para que ela se consolide, esses pontos comuns precisam se transformar em políticas internacionais eficazes para o Brasil e os países do continente africano. Caso contrário, ficarão somente no discurso.

Cineasta baiana é finalista do Prêmio ABRA de Roteiro

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Uma das principais premiações do audiovisual brasileiro elege os melhores do ano


A diretora e roteirista baiana, Ana do Carmo, foi indicada ao Prêmio ABRA de Roteiro, uma das principais premiações do audiovisual brasileiro, nesta quinta-feira (14). Finalista na categoria Prêmio Abraço – Excelência em Roteiro, a cineasta destaca a diversidade na edição deste ano.

“Nós, mulheres negras, que estamos fora do eixo Sul-Sudeste, sabemos o quanto é difícil furar a bolha que é o Cinema Brasileiro. Mas nós existimos, resistimos e estamos nos multiplicando pelos espaços. Então, as nossas conquistas nunca são individuais, são sempre coletivas. Porque uma vez que eu, por exemplo, enquanto uma mulher negra nordestina, daqui de Salvador, na Bahia, consigo ao lado dos meus colegas ocupar esse espaço, a gente mostra para outras pessoas que se parecem conosco, sobretudo os jovens, que estão chegando agora no mercado, que é possível, sim, a gente conseguir ter reconhecimento pelo nosso trabalho enquanto artistas”, comemora Ana.

Ela está concorrendo com mais cinco roteiristas, entre eles outro baiano, Allex Miranda, roteirista da série Casa da Vó, produção da Wolo TV. Este é o primeiro ano da categoria Prêmio Abraço – Excelência em Roteiro, que é voltada para novos roteiristas, que se destacaram no último ano pelas obras lançadas e também por sua atuação no mercado do roteiro brasileiro.

Com o objetivo de destacar a importância do roteiro na cadeia de produção da indústria audiovisual do Brasil e também valorizar os autores-roteiristas, o Prêmio ABRA de Roteiro realizará a premiação no dia 04 de novembro, em formato virtual devido ao isolamento social. A votação, tanto dos indicados, quanto dos vencedores, é realizada por membros associados da Abra em dois turnos.

4ª edição do Encontro Negro de Contadores de Histórias celebra saberes ancestrais de matriarcas de comunidade mineira

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Foto: Thiago Pacheco.

Idealizado pelo Coletivo Iabás, o Encontro Negro de Contadores de Histórias – Embondeiro 2021 terá como protagonismo histórias pretas e os saberes ancestrais das matriarcas da Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte. O evento, que acontece neste sábado (16), apresenta ao público 15 contadores de histórias, uma roda de conversa com as matriarcas, além da atração musical de encerramento com o grupo Orisamba. Toda a programação on-line e gratuita será exibida pelo canal do Coletivo Iabas no Youtube.

O evento trará a diversidade de histórias das tradições africanas na África e na diáspora. Histórias de bichos, de gente e sobre orixás. O elenco contará com: Adriana Vieira, Aline Costa, Anderson Ferreira, Ariane Maria, Cida Araujo, Elaisa de Souza, Eneida Baraúna, Evandro Nunes, Fabiana Brasil, Flávia Filomena, Jéssica Tamietti, Marcus Carvalho, Teily Assis, Vanessa Anastácio e Wellison Maurício. A abertura será com Pai Ricardo, coordenador da Associação de Resistência Cultural Afro-brasileira Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente (CCPJO) e sabedor de conhecimentos sobre as ervas, os toques e cuidados com os tambores, as cantigas, as benzeções e rezas.

Para Chica Reis, uma das organizadoras, ouvir as anciãs e contadores pretos é essencial para conhecer o outro lado da história de Belo Horizonte, uma forma de descobrir a capital pela perspectiva de quem a construiu: “tem um provérbio que diz que enquanto o leão não souber contar as suas histórias, só as histórias dos caçadores virão e as histórias dos caçadores sempre dizem que os leões morrem, que os leões são caçados”. O Encontro Negro de Contadores de Histórias é uma oportunidade de conhecer a história da cidade e cultura brasileira já que os envolvidos têm muitas histórias e que por vezes não encontram espaços para chegarem a mais pessoas.

As matriarcas

Um dos destaques da edição é a roda de conversa com as matriarcas Iolanda, Marlene e Dona Geralda, Dona Osiva, Joaquina e Noeme. As matriarcas, moradoras da Pedreira e do Buraco Quente, são guardiãs de saberes e tradições, foram convidadas para partilhar suas histórias e vivências de um matriarcado com características muito próprias da Pedreira. “As matriarcas representam uma amostra das mulheres dentro da Pedreira que é o lugar de gestora das famílias. Nesse sentido elas têm uma referência muito grande com o matriarcado africano, porque cuidam da economia, além de cuidar dos filhos e netos”, destaca Madu Costa, escritora e arte-educadora, também organizadora do Encontro.

Pai Ricardo e Bloco Orisamba

Pai Ricardo, responsável pelo (CCPJO) destaca que o evento é “uma oportunidade de fazer algo pela Pedreira e pelas populações do local ao voltar os olhares para dentro e construindo com os moradores de lá um encontro que ressalta a importância da Pedreira que é o berço da confluência e transferência dos costumes, da culinária e histórias da região da Lagoinha”. O Grupo de Samba e Bloco Orisamba, que também é coordenado pelo Pai Ricardo, encerra a festividade reforçando a mensagem que o Encontro quer passar: a Pedreira Padro Lopes é um local que pulsa cultura e tradição.

Embondeiro, árvore de raízes profundas

Depois de uma viagem das idealizadoras para Angola, o Encontro Negro de Contadores de Histórias de Minas Gerais ganha um nome ainda mais simbólico: Embondeiro, árvore popularmente conhecida no Brasil como Baóba. O nome do evento foi escolhido pela força e significado da árvore, que tem raízes profundas, dá fruto e alimenta, além de acolher com sua sombra. Magna Oliveira, contadora de histórias e organizadora do evento, explica que Embondeiro representa a força que emana da periferia: “o Embondeiro está dando vários recados: sobre a importância de contar histórias pretas, além da escolha da equipe preta. Enfim, é um evento dentro da periferia que abraça as pessoas da comunidade”.

Sobre o Coletivo Iabás

O Coletivo Iabás é composto por três mulheres negras contadoras de histórias: Chica Reis, Magna Oliveira e Madu Costa que se conheceram para a produção da 4° edição do Ayó Encontro Negro, que passou por Minas Gerais em 2018 e foi idealizado pela pesquisadora e produtora Nathália Grilo Cipriano. Após essa produção, fundaram o Coletivo Iabas, em 2018. Além de viajar pelo país contando histórias, ao longo dos últimos anos reuniram contadores de histórias negros de Minas Gerais e de outros estados em eventos com apresentações, gastronomia e arte protagonizada por artistas negros.

Serviço:

4° Edição do Encontro Negro de Contadores de Histórias – Embondeiro 2021

Data: 16 de outubro (sábado)

Horário: 10h às 17h

link do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCMdFEAtHQlbpsUtEKpkgtMQ

Dia dos professores: 10 educadores youtubers para começar a seguir hoje

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O Youtube como sabemos, é uma plataforma que de certa forma ajudou a dar visibilidade a vários temas e pessoas que dificilmente seriam vistas nas grandes mídias, possibilitando a democratização do conhecimento.

Muitos profissionais negros da educação utilizam a rede para compartilhar seus conhecimentos, o que não é um trabalho fácil, ainda mais tendo que conciliar com o trabalho formal. Pensando em enaltecer e valorizar esses mestres, facilitei a sua vida e te trago hoje essa lista maravilhosa de professores youtubers!

Bora fortalecer o trabalho desses guerreiros e guerreiras da educação, afinal só educação salva vidas!

Aza Njeri – Filosofia

Jessé Duarte – Matemática

Jéss Machado – Geografia, Geopolítica, História e Sociologia

Thistoria – História

História + Professor Júlio César – História

Pretinha Educadora – Pedagoga

Nadia Silva – Literatura

Fernanda Clímaco – Pedagoga e pesquisadora

RA – Matemática

Enfermeiro Marcelo Santos – Saúde

Musical infantil “A menina Akili e seu Tambor Falante” estreia em temporada virtual

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Foto: Juliana Varajão.

Dirigido por Rodrigo França, musical infantil idealizado, roteirizado e protagonizado pela artista brincante Verônica Bonfim é inspirado em personagem real e busca reforçar a autoestima e cultura afro-brasileira.

“O sol anda devagar, mas atravessa o mundo inteiro”. O provérbio africano que orienta o pensamento de Verônica Bonfim expressa sua alegria pela estreia do espetáculo infantil “A menina Akili e seu tambor falante, o musical”, idealizado e com direção artística, produção associada, texto e músicas assinados por ela. Ainda que aos poucos, obras de autores negros estão conquistando seu espaço e chegando ao público – como é o caso da própria Verônica, cujo livro homônimo lançado em 2016 pela Editora Nandyala Livros, chega agora adaptado aos palcos.

Com direção assinada por Rodrigo França e Valéria Monã na Co-direção, supervisão do roteiro da pesquisadora Aza Njeri e direção de arte do Estúdio Roncó, com pesquisa de Nathália Grilo e criação de Adriano Cipriano,  direção musical de Cláudia Elizeu e Co-direção do Grupo Dembaia, a montagem estreia dia 16 de outubro às 16h no YouTube do Oi Futuro. O público vai poder assistir à transmissão do espetáculo no bistrô do Oi Futuro, sempre às 14h e 16h aos sábados e domingos, a partir do dia 17 de outubro.

O musical narra a história de Akili, uma menina africana que vive numa pequena aldeia chamada Adimó e que junto com seu melhor amigo, um tambor falante de nome Aláfia, seguirá numa jornada para se tornar uma Griote, uma contadora de histórias, guardiã da tradição oral do seu povo. Uma aventura conduzida por uma narrativa que valoriza a ancestralidade e os valores civilizatórios africanos, apresentando uma África plural, cheia de riquezas, com uma diversidade de povos, línguas, cores e, sobretudo, positiva, para contrapor ao que é comumente retratado pela cultura ocidental. Embora a infância brasileira ainda seja marcada por protagonistas brancos, obras como a de Verônica nascem para fazer brilhar o sol da ancestralidade africana no universo infantil.

“O livro foi escrito para ser um musical desde a sua concepção inicial, em 2014, quando brincava com Akili, a neta do cientista social e escritor Dr. Carlos Moore, um grande amigo e uma das maiores referências no combate ao racismo no mundo. Ela foi minha inspiração quando tinha dois anos e hoje, aos nove, leu o roteiro, sugeriu coisas e amou tudo. É uma linda menina, inteligente, adora dançar, pintar e é muito estudiosa”, apresenta a autora, que dá vida à protagonista no palco.

Instrumento ancestral de comunicação oral, o tambor é personagem central da peça. “É ele quem anuncia a partida e a chegada, quem nos leva de volta para casa, seja na Bahia, Minas Gerais, Cuba ou África… O tambor que foi “demonizado” na cultura ocidental, recebe na história o status que merece. Pulsando as batidas do coração, ele é um guia da menina Akili e é tocado por várias mulheres durante o espetáculo, pois também quero trazer essa discussão: o lugar de meninas e mulheres é onde elas quiserem, inclusive tocando tambor. É um espetáculo feminino, onde a matripotência é representada por todas as mulheres que estão em cena”, sublinha.

“Estamos em um momento espetacular, onde narrativas diversas, que sempre tiveram pouco espaço ou nenhum, estão nos palcos, livros e no audiovisual. E é benefício para toda sociedade, não é favor. A personagem sonha e subverte qualquer lógica ocidental, onde meninas não podem tocar tambor. Akili nos ensina que é necessário resgatar as nossas tradições, onde um povo sem saber do seu passado não consegue vislumbrar um potente futuro ou viver plenamente o seu presente”, analisa o diretor Rodrigo França.

O espetáculo brincante é permeado por uma miscelânea de linguagens com uma trilha executada ao vivo, a partir de pesquisa sobre sonoridades africanas do Grupo Dembaia e dança, a partir da direção de movimento de Valéria Monã, uma referência da dança Afro no Brasil. Elementos que estarão em cena para expandir as referências positivas da negritude, fortalecendo o protagonismo negro por meio do encantamento, da empatia e da valorização da identidade. “Sou do interior da Bahia e corria descalça, jogava bola, brincava de boneca e bola de gude. Essa menina que fui / sou vai emprestar à personagem todo o encantamento que tem uma criança em qualquer lugar do mundo – quando este não ceifa sua beleza, alegria, potência, liberdade e leveza de só ser criança”, pondera Verônica.

A história sobre amor, afeto, amizade, laços e valorização do feminino e das raízes ancestrais é ainda uma homenagem à Mãe África com toda a riqueza e beleza que reside no continente, em toda a sua pluralidade. “Temos pouquíssimas produções teatrais voltadas para as crianças e suas famílias com foco em histórias afro referenciadas. É uma lacuna de muito tempo, mas que hoje, felizmente, estamos conseguindo avançar um pouco”, entusiasma-se a artista.

Considerando a questão da construção da autoestima e desconstrução do auto ódio na população negra, falar sobre referências negras é ponto crucial do texto. “Estamos falando de e para um público que precisa crescer amando a sua imagem e a dos seus semelhantes e não se odiando. Estamos falando de um país com 54% da população autodeclarada negra, de um público em formação e que queremos ver crescer. Estamos falando para e sobre essas famílias que precisam se ver representadas nas histórias infantis, para acreditar numa possibilidade de resgate da beleza, força, potência e sabedoria que lhes foi negada/roubada”, encerra.

“A menina Akili e seu tambor falante,o musical” é patrocinado pela Oi, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura – Lei do ICMS, tem apoio institucional do Instituto Identidades do Brasil e como laboratório oficial a Hilab.

SERVIÇO:

ESTREIA

Local: https://www.youtube.com/c/OiFuturo

Data: 16 de outubro, sábado

Hora: 16h

TEMPORADA ONLINE

O espetáculo será exibido no Centro Cultural Oi Futuro e no Youtube do Oi Futuro

Data: 17 de outubro a 21 de novembro, sábado e domingo

Oi Futuro – Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Hora: 14h e 16h

Agendamento: https://oifuturo.org.br/

Youtube Oi Futuro – https://www.youtube.com/c/OiFuturo

Hora: 16h

Enaltecendo gente da gente

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ARTHUR TIMÓTHEO DA COSTA, tem que ser lembrado e aclamado pela população e a comunidade preta desse Brasil 

Um carioca que fez história e foi resistência (ele nasceu no ano 1882 e morreu muito jovem em 1922) 

Em um período de discriminação e pouca valorização na arte afro-brasileira, o artista fez do seu trabalho o ganha pão. 

O artista Arthur Timótheo da Costa teve  uma infância humilde. Sua família era muito numerosa. 

Ainda jovem, tornou-se aprendiz na Casa da Moeda no Rio de Janeiro, local que foi fundamental na sua carreira, lá ele começou a ter lições de desenhos.

Ele foi incentivado pelo diretor da instituição, a ir para a Escola Nacional de Belas Artes, foi neste momento que sua carreira alavancou, quando começou a ter acesso a arte plástica.

Daí em diante sua vida tomou um rumo que o fez hoje ser um dos principais artistas preto deste país. Naquele momento ele foi consagrado com um prêmio o que o levou para Paris e outros países da Europa.

Suas pinturas lembram o impressionismo e seus desenhos tem pinceladas largas.

Suas obras mais relevantes são os quadros, “Antes do Aleluia (1907)”, “A Forja (1911)” e “O Menino (1917)” o qual está disponível no Masp Museu de Arte de São Paulo.

Timótheo da Costa foi um renomado pintor e decorador. Um homem preto importante na arte brasileira e sem dúvida um patrimônio cultural.

Salve, salve Timótheo.

Texto escrito pelo jornalista Calazan.

Perguntada sobre o Oscar, Tina Knowles crítica premiação e fala que Beyoncé “deveria ter ganhado faz tempo”

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A convocação do Oscar pegou muitas pessoas de surpresa e atiçou a memória de alguns críticos que reclamaram sobre ‘Black is King’ não ser indicado pela premiação. 

“Black Is King” é um filme musical e álbum visual de 2020, dirigido, escrito e com produção executiva da cantora americana Beyoncé. O filme serve como um um complemento visual do álbum de 2019 “The Lion King: The Gift”, um álbum de ligação com curadoria de Beyoncé para o remake de 2019 do filme “O Rei Leão” e foi totalmente ignorado pelo Oscar, mais uma vez.

Beyoncé, que escreveu, produziu, dirigiu e atuou no filme, é clara sobre o conceito.“Com este álbum visual, eu queria apresentar elementos da história negra e da tradição africana, com um toque moderno e uma mensagem universal”, motivação mais dita pelo público para explicar sua não chamada ao prêmio. 

Perguntada sobre essa distância do Oscar para com as músicas de sua filha, Tina Knowles falou sobre o que achava sobre Beyoncé e Jay-Z nunca serem chamados e se existe possibilidade deles concorrem a mesma categoria. 

“Eles estão fazendo músicas que deveriam ter ganhado Oscar há muito tempo. Isso é o que deveria ter ocorrido”. Disse ela para Variety. 

Animação baseada na filha do rapper Ludacris será lançada pela Netflix

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O rapper e ator Ludacris está envolvido na criação e produção de uma série animada para a Netflix. O projeto é baseado na filha mais velha dele, Karma e foi anunciado nesta terça-feira (12).

A produção se chama “Karma’s World” (O mundo de Karma, em português) e já tem 40 episódios encomendados, de 11 minutos cada.  A história é voltada para crianças de seis a nove anos e é descrita como uma jornada de amadurecimento sobre uma jovem negra encontrando a própria voz e usando-a para mudar o mundo dela.

O seriado segue Karma Grant, de 10 anos, uma aspirante a artista musical e rapper com grande talento e um coração ainda maior. Ela é descrita como inteligente, resiliente e profundamente empática.

Em um comunicado à imprensa, Ludacris disse que a produção é um dos legados que deixará para as filhas. 

“Tive muitas realizações em minha vida, mas tudo o que experimentei parece ter me levado a este ponto, onde posso deixar um legado para todas as minhas filhas. ‘Karma’s World’ é um desses legados.”

Conheça Maxwell Alexandre, artista da Rocinha que apresentou sua arte na Casa Vogue

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Artista de 30 anos nascido e criado na Rocinha, tinha um sonho fixo na cabeça: realizar um curso de desenho, promessa que os pais não conseguiram manter. “Meu desejo era trabalhar com Maurício de Sousa, fazendo quadrinhos da Turma da Mônica”.

Antes de encontrar sua verdadeira paixão, Maxwell Alexandre foi atleta da modalidade de patins street, entre os 14 e 26 anos, e disputou diversos campeonatos. Indeciso entre publicidade e design, optou pela segunda disciplina, que contemplava fotografia, cinema e serigrafia. A virada de chave ocorreu no encontro com o pintor e ilustrador Eduardo Berliner, no curso de plástica. “Ele me introduziu à arte contemporânea. Foi onde me entendi como artista, lugar de maior liberdade para mim”, conta.

Desde a graduação, em 2016, muita coisa aconteceu em sua carreira. No ano seguinte, integrou a coletiva Carpintaria para Todos, na sede carioca da galeria paulista Fortes D’Aloia & Gabriel. Em São Paulo, apresentou sua série mais conhecida, Pardo é Papel, que aborda o colorismo e trabalha a fundo a autoestima do povo afrodescendente, retratando o empoderamento.

Sua individual de estreia, O Batismo de Maxwell Alexandre, se deu em 2018 na galeria A Gentil Carioca, que o representa até hoje. No mesmo ano, amadrinhado por Frances Reynolds, fundadora do Instituto Inclusartiz, viajou a Londres para residência artística na Delfina Foundation, retornando a tempo da premiada exposição Histórias Afro-Atlânticas, no MASP. A série Pardo é Papel nomeou a primeira aparição solo em uma instituição cultural: com estreia no MAC Lyon, na França, em 2019, itinerou em seguida para o MAR – Museu de Arte do Rio.

Entre um voo e outro, bate a vontade de voltar o quanto antes para a terra natal. “Gosto do Rio, da minha casa, do lifestyle de andar de short e chinelo de dedo na favela e descer pra praia. O caos, o calor humano e a espontaneidade da Rocinha sintetizam toda a complexidade que é o Brasil”, pincela.

Próxima parada: Paris. Novo Poder, que abre em novembro no Palais de Tokyo, foi o desafio que levou Alexandre a instalar-se, provisoriamente, em um estúdio na Gávea, onde pesquisa e produz intensamente há seis meses. “O centro da minha prática é na Rocinha. Meu local de trabalho está fragmentado entre lá, um acervo em São Conrado e este ateliê, que atende à demanda de produção para o maior espaço expositivo que já tive à disposição”, explica. E o que é o Novo Poder retratado nas inúmeras pinturas em processo? A arte contemporânea. “O foco está na presença da comunidade preta dentro do cubo branco”, contextualiza.

Gil do Vigor vai estrelar documentário no Globoplay

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O Rei da Cachorrada, Gil do Vigor, vai ter sua trajetória contada em um documentário realizado pelo Globoplay. Depoimentos de amigos e familiares sobre a história do economista já teriam sido gravados, segundo o portal Metrópoles.

Atualmente, Gil está morando na Califórnia, nos Estados Unidos, onde cursa o PhD em Economia e esta nova parte da vida do ex-BBB também vai ser contada no documentário.

Antes de Gil, outras participantes do BBB como Juliette e Karol Conká também tiveram suas trajetórias de vida contadas pela plataforma de streaming da Globo. O trabalho está sendo tocado pela mesma equipe que produziu o filme sobre Juliette. A direção deve ficar a cargo de Patricia Cupello.

Atualmente, Gil do Vigor está no ar com o quadro “Tá lascado”, onde ele dá dicas de economia para o cotidiano das pessoas, no Mais Você, programa comandado pela apresentadora Ana Maria Braga. No programa desta segunda-feira, ele falou sobre seu bom desempenho no doutorado, tirando somente notas A e B. “Tô vigorando aqui. A luta é grande nas madrugadas, mas a gente vigora. Eu queria o A+, mas ele vem aí”, disse Gil.

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