Quem nunca teve dificuldades para encontrar um creme, maquiagem, enfim, um produto ideal para pele negra? E shampoos pensados para cabelos afro então? Essa foi uma realidade longe das prateleiras dos super mercados por muito tempo- e quando apareciam, era naquela seção lacrada. Até com a falta de conhecimento de profissionais, que deveriam saber sobre o assunto, nós temos que lidar. A invisibilidade da indústria de beleza sobre as pessoas pretas, é algo que dura há anos, mas recentemente temos visto alguns pequenos avanços em relação ao assunto, felizmente.
Em recente entrevista para a TVE, a dermatologista Katleen Conceição, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Chefe do setor de dermatologia para pele negra do grupo Paula Bellotti e Chefe do ambulatório de dermatologia para pele negra da Santa Casa da Misericórdia, comentou a situação levantando um ponto importante na questão do combate a esse tipo de exclusão: A denúncia. É inegável que com um celular e internet em mãos de grande parte da sociedade, ficou muito mais fácil expor todas essas micro (ou nem tão micro assim), agressões sofridas pela população preta.
”Nas farmácias brasileiraS não tem, e quando tem não são de tão boa qualidade. Tem indústrias grandes aí, que as vezes a gente compra na revistinha que já investem em pele negra e tons escuros. E você tem também em lojas grandes de shopping, que vem de fora, todo mundo conhece. Então as vezes tem dificuldade, mas é um caminho que está acontecendo e a gente tem que ser positivo, questionar a loja. Por causa desse movimento todo que vEm acontecendo gente, de reclamar, de não aceitar o preconceito como a gente aceitava quando era criança. Hoje em dia tem um movimento que você printa, você grava grava. Racismo é crime, e se você tem alguns tons você tem que ter a pele negra sim! Se não tiver, vou achar que você não quer me atender.”– declara a médica
Dra Katleen é Membro e mentora da Skin of color Society além de membro Hair Research Society, conhecida por tratar a pele de estrelas como Taís Araújo, por exemplo.
Mulher, mãe, esposa, preta, psicóloga, empreendedora, palestrante. Essa é Cíntia Aleixo, que vislumbra um mundo de possibilidades para conquistar objetivos e realizar sonhos. Sejam os seus, sejam os de seus pacientes. Especialista em Saúde Mental e mestranda em Psicologia Clínica pela PUC- RJ, ela atua em várias frentes: consultora terapêutica antirracista em ambientes corporativos, educação antirracista, equilíbrio e bem-estar emocional, comunicação não violenta, afetividade, empatia, ansiedade e emoções acometidas psiquicamente nas relações humanas institucionais, consultório particular online e palestras sobre comportamento, relações humanas, atitudes diante de vida e tendências atuais. Ela também criou o projeto Um Mundo de Possibilidades Maternas, focado na mulher e em todas as questões femininas.
Cíntia Aleixo é criadora e orientadora do projeto Rodas de Conversa para a População Preta em Empresas, e trabalha questões sobre a temática racial sob aspectos emocionais e estruturais, habilidades, valores, soluções, suporte e acolhimento.
“Enquanto mulher preta e profissional com 20 anos de experiência em psicologia, já passei por empresas e sei como funciona o racismo no mundo corporativo. O racismo está em todos os lugares e não seria diferente em multinacionais. As rodas consistem em ofertar, além de espaço de troca, o reconhecimento da própria raça e valores para profissionais pretos. Por meio de diálogos e reflexões fundamentadas na psicologia preta e psicanálise, as pessoas são acolhidas e podem cuidar de casos especiais e pessoas por meio dos encontros”, ressalta a terapeuta.
A psicóloga observou que os colegas brancos não conseguem acolher os funcionários negros com a compreensão necessária porque o racismo não é uma dor que lhes atravessa. Cíntia conhece bem os desafios das pessoas pretas em ambientes corporativos e revela que a análise é interminável para ela e para seus pacientes.
“Há também o desafio positivo de me ver como prestadora de um serviço que é ligado a um referencial ancestral. Meus ancestrais não tiveram a oportunidade de falar sobre suas dores verdadeiras, sobre o enfrentamento que vivenciaram ao longo da escravidão e recentemente quando eram serviçais de pessoas brancas e viviam outro tipo de escravidão. Ou ainda quando eram maltratados em seus cargos ainda que tivessem estudado e conquistado cargos altos. É satisfatório, por esse lado, poder movimentar as estruturas raciais de dentro para fora e ver pessoas pretas chegando mínimas e saindo máximas, emocionalmente falando”, empolga-se a terapeuta.
Já o projeto Um Mundo de Possibilidades Maternas é um desdobramento de Cíntia Aleixo como psicóloga. O projeto procura desmistificar a busca pela terapia e ampliar o acesso a conteúdos de cunhos psicológicos atingindo o maior número de pessoas possível. A escolha do atendimento, que pode ser também online, e a geração de conteúdos sobre as questões femininas visam a tornar esses conhecimentos acessíveis a todas as mães, gestantes e tentantes. O conteúdo está disponível no canal “Um mundo de possibilidades maternas” Já os serviços oferecidos pelo projeto são: terapia individual, terapia online e grupos terapêuticos.
“A necessidade de criar o Possibilidades Maternas surgiu a partir da observação de que mulheres se tornavam mães e tinham de enfrentar o mito da mãe perfeita. A partir da minha maternagem e das sessões clínicas com outras mães, percebi que era necessário um espaço político e terapêutico para mulheres vivenciarem e construírem a maternidade para além do que é cultural e do senso comum. É possível não gostar da maternidade e ser mãe, ou saber o que gosta ou não na maternagem. e ainda assim amar o bebê”, explica Cíntia Aleixo.
O atendimento à mulher sempre foi um nicho de trabalho muito presente em sua carreira profissional desde a sua formação em Psicologia, no ano de 2004. Ela coleciona, no currículo, celebridades que ela atendeu ao longo da sua jornada profissional.
Cíntia Aleixo também tem forte atuação nos meios de comunicação. Atualmente, a psicóloga é comentarista do noticiário Regional RJTV e do Programa Encontro com Fátima Bernardes. Durante dois anos, foi também comentarista sobre saúde mental do programa Papo de Almoço da Rádio Globo – Rio de Janeiro. Em todas essas participações, sempre ao vivo, Cíntia levantou reflexões sobre questões no âmbito psicológico de um modo geral, sendo ela uma referência em excelência clínica no Rio de Janeiro.
A pandemia fez com que pessoas e empresas passassem a dar mais valor aos cuidados com a saúde mental. “O avanço foi e é enorme. Para ser ótimo profissional, pai, mãe, amigo, cônjuge, é preciso possuir habilidades esquematizadas emocionalmente. Os casos de sucesso durante a pandemia devem-se à estrutura emocional que as pessoas tiveram. Oscilando, claro, mas mantendo minimamente o equilíbrio intelectual, social, religioso, por meio da terapia”, reconhece Cíntia.
Tudo o que Cíntia Aleixo almeja com seu trabalho, que perpassa por transformações sociais, é fortalecer pessoas psiquicamente. “O fortalecer é diretamente ligado à autoestima. Uma vez que aumenta, novas possibilidades serão encontradas e aproveitadas. É preciso mover estruturas sociais de dentro pra fora”, explica a psicóloga.
E será que está dando resultado? O mercado vem mudando? “Bastante. Recentemente, apliquei uma pesquisa de clima numa conta multinacional, e os resultados reforçaram a missão da consultoria nas empresas: promover segurança para liderança, conquistas, autopercepção e autovalor nos profissionais pretos entrevistados. É preciso continuar”, motiva-se a terapeuta.
Desafios e missões. Para uma mulher negra, psicóloga e empreendedora são muitos. “Eu sei onde estou. Sei meu potencial e sei que o valor de mercado não chega por ser uma mulher preta. Tenho muitas ideias brilhantes que não saem do papel, mas estão guardadas para que, no momento certo, eu possa colocar em prática. Meu salário e visibilidade são inferiores aos de pessoas brancas, muitas das quais andam sendo referência naquilo que não são, apenas por serem brancas. Fazem hoje o que faço há anos, ganham mais. Mas jamais vou deixar de trabalhar e fazer o que amo por esse motivo”, conclui altiva Cíntia Aleixo.
De salto alto, Rihanna chegou hoje (16) em Barbados com A$AP Rocky e os fãs vão à loucura com a possibilidade da cantora dar a luz a um bebê barbadiano.
De acordo com a Rihanna Navy Brasil, o principal portal de notícias sobre a cantora no Brasil, a família do A$AP Rocky também foi em peso à Barbados e quase toda a família da Riri já mora lá. O que aumenta ainda mais as expectivas dos fãs na internet.
Entretanto, a página A$AP ROCKY BRA$IL, principal portal de notícias do cantor, levanta a hipótese deles terem ido comemorar o aniversário do irmão da Riri.
Na última sexta-feira (15), o influenciador Louis Pisano desmentiu os rumores sobre o término do relacionamento do casal, depois de uma traição envolvendo A$AP Rocky e Amina Muaddi, designer de sapatos.
“Então gostaria de pedir desculpas formalmente a todos os que envolvi com as minhas ações e pelos meus posts irresponsáveis. Eu aceito completamente as consequências das minhas ações e por qualquer danos que eu tenha causado”, disse um trecho do texto publicado nas redes.
Direção: Gustavo Korontai e Lu Guimarães
Direção de Fotografia: Marcelo Brito Filho
O Balé Folclórico da Bahia é considerado um dos principais embaixadores culturais do Brasil no mundo, com espetáculos que retratam o candomblé, a capoeira, a dança maculelê. Zebrinha, coreógrafo do Balé Folclórico, traz uma perfeita tradução:
”O BALÉ É A MANEIRA CONTEMPORÂNEA DE DANÇAR, TEATRALIZAR A NOSSA ANCESTRALIDADE”.
Direção: Gustavo Korontai e Lu Guimarães
Direção de Fotografia: Marcelo Brito Filho
E é exatamente isso, você sente os ancestrais presentes naquele palco, se arrepia, se emociona e sente orgulho da história que carregamos na nossa pele, no nosso cabelo, nos nossos traços.
Em agosto deste ano a companhia completa 34 anos. Com apresentações em mais de trezentas cidades e 27 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, dentre outros. Walson Botelho, mais conhecido como Vavá Botelho, fundador e diretor geral do grupo, destaca que “Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”. Olha o tamanho dessa potência!
Com sede no Pelourinho, em Salvador, o Balé Folclórico da Bahia (BFB) é a única companhia de dança folclórica profissional do país. Os integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. É impossível assistir e não se arrepiar com os movimentos e com a arte manifestada no palco.
Durante 27 anos o BFB se apresentava diariamente, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil. Com a pandemia, o grupo quase encerrou suas atividades. Foi a contribuição de artistas, admiradores e da população que manteve a companhia nos dois últimos anos. “Agora, graças a Lei de Incentivo, ao patrocínio da iniciativa privada e a inúmeros apoios, o Balé Folclórico da Bahia volta com uma programação extensa, robusta, que contempla da formação do seu novo corpo de baile a uma estreia mundial prevista para novembro, no TCA – Teatro Castro Alves, em Salvador”, declara Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia.
A volta do Balé Folclórico da Bahia (BFB) ao palco do Teatro Miguel Santana, sede da companhia no Pelourinho (Salvador – BA) é um ato de resistência, de fé e esperança. De amor à arte.
Direção: Gustavo Korontai e Lu Guimarães
Direção de Fotografia: Marcelo Brito Filho
O desafio da companhia de jullho à novembro será a preparação do novo corpo de baile e remontagem das coreografias para o novo espetáculo “O Balé Que Você Não Vê”. Serão três coreografias inéditas – Bolero (nome provisório) de Carlos Durval; Okan de Nildinha Fonseca e 2-3-8 de Slim Mello – que foram criadas em 2018, quando o BFB completou 30 anos, mas que não foram apresentadas ao público.
Além de shows e exposição, Balé Folclórico da Bahia terá um festival, que acontece entre os meses de abril e novembro, incluindo programação socioeducativa com oficinas gratuitas de dança afro-brasileira e percussão em Salvador e Lauro de Freitas.
Você pode conhecer mais do Balé Folclórico da Bahia – e se emocionar sentindo a potência de nossos ancestrais e da nossa cultura, assistindo ao mini doc da companhia produzido pela Usina Digital e Mandinga Filmes, lançado em 06 de abril durante a coletiva no Hotel Fasano, em Salvador. O mini doc conta com depoimentos dos bailarinos, de Caetano Veloso, Carlinhos de Jesus, Ana Botafogo e a atriz Glória Pires.
E pra você que está ou estará em Salvador de abril em diante, o espetáculo terá apresentações a partir de 29 de abril, às 19h. Os ingressos terão o mesmo valor de 2020, com a meia-entrada promocional valendo para todos, como forma de atrair o público local e fidelizar novos espectadores. O valor do ingresso promocional será de R$ 60,00.
Daqui a alguns dias se encerra o prazo para que novos eleitores se cadastrem no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim exerçam um ato cidadão, o voto. Nos últimos dias, por diversas vezes, me peguei refletindo sobre a importância do voto e suas consequências na nossa vida cotidiana. Lembrei da Debora adolescente, que aos 16 anos enfrentou uma fila depois das aulas para poder ter o direito de escolher o futuro presidente do Brasil, na eleição de 2006. Não era obrigatório, mas eu sabia que era urgente. Minha primeira experiência eleitoral me atravessa até hoje, talvez seja por isso que decidi escrever esta carta para os jovens e adolescentes negros.
Jovens, eu tenho muito orgulho de vocês e até uma certa vontade de participar desse grupo hoje, mas meu tempo passou e ele era diferente. Vocês participam de debates sobre feminismo, sobre o combate contra as discriminações (de gênero, classe, raça e outras); fazem discursos nas redes sociais e vão às ruas para protestar. A popularização das pautas políticas e sociais é uma realidade, graças, principalmente, à ampla utilização da internet. Em 2015 e 2016, em São Paulo e depois em outras cidades do Brasil, vocês protagonizaram um movimento político potente: as ocupações das escolas estaduais. Foi um movimento social sem precedentes na história do nosso país por causa das estratégias e proporções. Para termos uma ideia da dimensão, foram mais de 200 escolas públicas de São Paulo ocupadas por estudantes, como está presente no livro Escolas de Luta. A principal demanda e ponto de reivindicação era uma medida do governo do estado que queria fechar quase 100 escolas e redistribuir seus alunos em outras turmas, o que levaria à superlotação das salas de aula. Vocês inauguraram a luta organizada e estruturada dos estudantes secundaristas no Brasil e isso foi um grande feito.
Vocês certamente foram buscar referência nos movimentos sociais dos estudantes universitários. Temos que reconhecer a trajetória destes em organizações. Desde de sua criação em 1937 a União dos Estudantes do Brasil (a UNE) vem promovendo ações políticas significativas na história nacional. Aqui, começo a acreditar que esse texto é sobre os diferentes tempos.
Foto: Folha de S. Paulo.
Outro desafio que vocês enfrentaram, e ainda estão enfrentando, é a pandemia de covid-19. Gerações inteiras não presenciaram essa experiência de morte em milhares todos os dias, luto seguido de luto, medo de sair na rua. As idas ao mercado tornaram-se um desafio. E quanto à classe média e aos jovens pobres? Que continuaram pegando transporte público lotado, expondo seus corpos, a maioria negros, a um vírus mortal.
Vocês também presenciaram a ascensão de governos de extrema direita aqui e em outras partes do mundo. Quando parecia que nada mais poderia acontecer, eis que eclode uma guerra. Na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022, Putin, presidente da Rússia, atacou a Ucrânia. Passado mais de um mês do conflito, vimos uma onda migratória com números exorbitantes. De acordo com a ONU, cerca de 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Ucrânia por causa dos efeitos da guerra. Com a economia globalizada uma guerra como essa afeta a política e economia do mundo inteiro.
Do macro ao micro vocês me surpreendem, por tudo que passaram. Mas essa conta não fecha: vocês estão diante de mais debates políticos e sociais, mas isso não está se refletindo na participação de vocês na política partidária. A Folha de São Paulo online publicou em 9 de abril, pouco menos de um mês para encerrar o prazo para a emissão de novos títulos, que apenas 1 em cada 5 jovens entre 16 e 17 anos havia se cadastrado. Se comparamos com as eleições anteriores, é nítida a diminuição no número de eleitores nessa faixa etária. Apenas 17,1% dos jovens desse grupo emitiram o documento. Em comparação com o mesmo período da última eleição presidencial a queda é de 31% e chega a 60% em comparação com as eleições de 2004.
Política e vida são inseparáveis. A política educacional, por exemplo, é decisiva no momento que você vai fazer a prova do Enem, está relacionada com a quantidade de vagas do curso e da universidade que você escolheu. Assim, voltamos novamente nos tempos desta carta: passado, presente e futuro. Desejo, luto e quero que em 2023 a gente faça jus aos versos de Belchior brilhantemente apresentados por Emicida, Majur e Pabllo Vittar: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”.
E então? Você já se decidiu pelo seu voto presidencial para este ano?A comunidade preta do Brasil precisar ficar alerta nas eleições de 2022!
A Política é uma atividade feita para a tomada de decisões de um grupo para alcançar determinados objetivos e também para a resolução de um conflito de interesses. Há mais de cinco séculos, buscamos a conquista de uma cidadania de primeira classe neste país. Precisamos de representatividade preta nas esferas de decisões políticas do Brasil.
Somos um país marcado pela diversidade e com várias potencialidades humanas e naturais ainda a serem melhor utilizadas a favor de um país mais justo.Mas a História do Brasil é quase sempre contada quase que exclusivamente a partir de somente uma forma de visão de mundo.
Foi assim na época colonial, ao longo do período escravocrata, durante os ciclos econômicos, ao fim do Império, na primeira República, na era Vargas, no Golpe de 1964, na anistia do fim da década de 70, na era “Diretas Já”, no estabelecimento da Nova República, e até os dias de hoje.
Os nativos da terra e a comunidade preta estão sempre subrepresentados numericamente. O Censo de 2010 informa que somos, nós pretas e pretos do Brasil, mais de 55% da população. A superioridade destes números, contudo, não é vista proporcionalmente em qualquer das esferas de poder político da sociedade.
A partir de 2018, Brasil saiu de um modelo de moderno progressista para um governo conservador. Para as eleições de 2022, a população preta precisa pensar estrategicamente sobre as escolhas do seu direito ao voto. A curto prazo, vale a pena saber que existem opções legítimas para uma representatividade coerente para as nossas reivindicações.
Por exemplo, Vera Lúcia Salgado do PSTU e Leonardo Péricles da UP são candidaturas à presidência que tem anunciado temas de interesse das nossas pautas e demandas. Para fins de conhecimento e tomada de decisão, uma análise de suas propostas políticas para as pautas das comunidades pretas do Brasil se torna, portanto, recomendável.
E, a médio prazo, podemos pensar em uma estratégia mais ampla. Podemos pensar em algumas medidas razoáveis e de fácil execução, para este propósito:
– Criação de uma Agenda Nacional Política Preta
– Registro em cartórios desta Agenda Nacional Política Preta
– Distribuição da ANPP às militâncias populares e de base
– Criação de uma Comissão Nacional do Eleitorado Afrobrasileiro
– Quantificação e cadastro do eleitorado Preto (autodeclarado) em todo o território nacional ;
– Divulgação da ANPP para o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, a Procuradoria Geral e Forças Armadas
– Obtenção dos votos do eleitorado afrobrasileiro com a condição de compromentimento com a ANPP
– Viralização virtual das candidaturas que forem de fato eleitas com os votos do eleitorado afrobrasileiro
– Avaliação das candidaturas que proponham políticas públicas alinhadas com a ANPP
– Prestação de contas geral ao eleitorado afrobrasileiro registrado numa eventual Comissão Nacional do Eleitorado Afrobrasileiro.
Essas são algumas ideias. Outros apontamentos, obviamente, são possíveis.
Dandara e Zumbi dos Palmares já sabiam disso. E nós, e as pessoas de nosso futuro, somos o sonho de liberdade pelo qual os dois, e tantas outras e tantos outros que vieram antes de nós, sonharam um dia!
Grávida de seu primeiro filho, fruto do relacionamento com A$AP Rocky, Rihanna revelou à Vogue norte-americana detalhes em torno do relacionamento com o rapper.Cantora declarou que demorou para aceitar a presença, em formato intenso, de A$AP em sua vida. “Demorei um pouco para superar o quanto eu o conheço e o quanto ele me conhece, porque também sabemos em quantos problemas podemos nos meter”, contou Riri.
Rihanna para a Vogue Estados Unidos. Foto: ANNIE LEIBOVITZ.
Na capa da revista norte-americana, Rihanna se tornou um verdadeiro símbolo de transformação em moda, principalmente dentro da maternidade. Sobre sua relação de amor com Rocky, a artista conta que tudo começou em 2012, o primeiro encontro dos artistas aconteceu no VMA daquele ano, quando Rocky se juntou a Riri para uma apresentação do hit “Cockiness”. No meio da apresentação, enquanto dançavam lado a lado, Rocky fez um movimento que não estava ensaiado. “Ele agarrou minha bunda no palco. Isso não fazia parte do ensaio!” disse a cantora. “Eu estava tipo, o que você está fazendo!?” A equipe de Rihanna já estava preparada para ouvir a fúria da intérprete de ‘Work’, já que ela nunca deixaria algo assim passar em branco, mas pela primeira vez, nesse caso, ela deixou passar. “Meu empresário ficou tipo, Oh, Deus, ela deve gostar um pouco desse cara. Ela nunca deixa uma merd# dessa passar.”
Gradualmente, Riri passou a conhecer mais sobre A$AP, os dois começaram a criar uma relação muito forte de intimidade, mas as coisas ficaram sérias quando o mundo entrou na pandemia do COVID, em meados de 2020. “Ele se tornou minha família naquela época”, diz ela. “Adoro as coisas simples, mas também as grandes aventuras. Não há besteira pretensiosa, do tipo minha carreira ou sua carreira, somos apenas nós vivendo. Sinto que posso fazer qualquer coisa ao lado dele.”
Ao apresentar Rocky para sua mãe, em Barbados, Rihanna conta que a matriarca da família aprovou de primeira o rapper, coisa que nunca tinha acontecido antes. “Minha mãe tem uma leitura muito boa sobre as pessoas. Ela observa primeiro e depois se move lentamente. Acho que sou assim também”, diz ela. “Tem alguns caras que eu namorei que ela nem olha até hoje. Mas ela ficou encantada com ele desde o início.” Embora tenha nascido e criado no Harlem, Rocky também tem raízes que remontam a Barbados, seu falecido pai emigrou da ilha do Caribe. “Vê-lo em um espaço onde ele está imaginando seu pai quando menino, andando pelas mesmas ruas que seu pai andava, a mesma comida que seu pai comia, foi realmente emocionante.”
Rihanna e ASAP Rocky (Foto: Getty).
Questionada sobre o que mais ama em Rocky, Rihanna declara com sinceridade: “Transparência em tudo. Como estamos nos sentindo, quais são nossos objetivos, quais são nossos medos e inseguranças. A vulnerabilidade de poder dizer o que você sente um pelo outro.” Cantora finaliza dizendo que sua gravidez não foi planejada. “Planejamento? Eu não diria planejamento. Eu não sei quando eu ovulo ou qualquer coisa desse tipo. Nós apenas nos divertimos”, diz ela. “E então estava lá no teste. Eu não perdi tempo. Chamei-o para dentro e mostrei-lhe. Então eu estava no consultório do médico na manhã seguinte e nossa jornada começou.”
O Mundo Negro errou ao divulgar que as fotos da cantora Rihanna com o pai do seu filho, o rapper A$AP Rocky haviam sido removidas do Instagram na noite de quinta-feira e quem apontou a nossa falha foi Rihanna Navy Brasil (@rnavybrazil), o principal portal de notícias sobre a cantora caribenha no Brasil. A única foto do casal ainda está lá e por essa falha, pedimos desculpas aos nossos leitores.
Desde os primeiros rumores, o portal sobre a cantora se manteve firme criticando quem compartilhava a notícia, que nesta sexta-feira (15) se confirmou como sendo falsa, de que A$AP Rocky teria traído Riri com a designer de sapatos Amina Muaddi. Amina inclusive se posicionou publicamente sobre a fofoca: “ Sempre acreditei que uma mentira infundada nas redes sociais não merecia resposta, especialmente uma tão perversa. Inicialmente, acreditei que essa fofoca – fabricada com uma intenção tão maliciosa – não seria levada a sério, mas nas últimas 24h fui lembrada de que vivemos numa sociedade que é tão rápida para falar de tópicos independentemente de ter provas concretas, e de que não há limites”.
Quem espalhou o rumor, alegando ter fontes confiáveis pediu desculpas. ”Eu aceito inteiramente as consequências das minhas ações”, disse o influenciador Louis em sua conta no Twitter.
O time do Rihanna Navy Brasil acerta lembrar que Rihanna está grávida e que, portanto, deveria ser poupada de estresse.
À esquerda uma foto da escola, e à direita a criadora do projeto, Andreza Ferreira
A falta de representatividade no meio acadêmico é algo que infelizmente não se restringe a uma ou duas áreas. Quem estudou moda sabe que o curso é repleto de referências brancas, desde os professores, até na matéria em si. Aprender a pintar uma pele negra, desenhar corpos fora do padrão ou cabelos afro, nada disso surge muito naturalmente se você não for atrás. A menção a grandes nomes negros da moda também são um tanto quanto pontuais, e quando a gente não tem uma inspiração, tudo parece um pouco mais longe. Na história da arte e da moda, um peso muito grande da contribuição europeia em contrapartida de uma leve pincelada da tão rica cultura africana – só o Egito merecia um semestre inteiro.
Essas percepções acenderam uma luz na cabeça de Andreza Ferreira, que decidiu quebrar o ciclo do ensino de moda fundando a primeira escola com base em narrativas negras: E assim nasceu a Neit, onde logo no nome já vemos o seu D.N.A: Neit, é uma divindade do antigo Egito (Kemet) quem teceu o universo é assim é uma divindade da tecelagem. Neit era protetora de Osíris, de Rá, e sua forma era de uma abelha. Na África tradicional a abelha nasceu das lágrimas caídas de Rá.
Confira a entrevista que fizemos com a fundadora da escola, a estilista e consultora de moda Andreza Ferreira:
1-De onde veio o start para a ideia de uma criação da escola como a Neit?
Quando comecei a produzir peças para minha marca, Caiz Store, encontrei dificuldades de ter costureiras que atendessem minhas demandas, então pensei em ensinar jovens o oficio da costura para não se perder e manter o artesanal como um trabalho. Além disso, após um curso de moda de luxo em Paris, e uma visita a uma exposição de Malick Sidibé também comecei aprofundar minhas pesquisas sobre moda e cultura africana e da diáspora. Pensei: por que não compartilhar essas pesquisas em aulas?
Desde então, meu atelier então virou aulas de corte, costura e modelagem e na pandemia comecei as aulas online sobre a História da Moda no Brasil a partir de Narrativas Negras.
2- Você já ouviu críticas pela sua ideia de criar uma escola sobre para negros?
Até o momento, não. A NEIT é primeira e única até agora com essa perspectiva racial e para a moda europeia e ocidentalizada temos centenas de escolas,cursos, espaços. Tudo de fácil acesso e com muitos pesquisadores. Agora para a moda africana e diaspórica não temos ninguém.
Andreza Ferreira em aula com aluna
3- Quais foram/são as suas referências negras na moda durante o processo de formação?
Durante minha formação eu não tive muitas referências negras, tudo que encontrei foi de forma autônoma e fora das instituições de ensino. Mas dentro dessas pesquisas minha primeira referência negra foi André Leon Talley, editor de moda, e agora tenho tantos outros como Chris Seydou, Zelda Wynnes, Shade Thomas Fahm…
4- Como se da Narrativa Negra da escola? Pode apresentar os pontos em que ela se diferenciar de uma escola/curso de moda regular?
A partir do aprofundamento das pesquisas, encontrei muitos estilistas sem seus devidos reconhecimentos, como Dona Dete que criou as estampas deslumbrantes do Bloco Ilê Aiyê ou Anne Cole que foi vista como estilista do vestido de casamento de Jaqueline Kennedy pela própria noiva.
Todos os cursos são criados pensando em como expor a imagética preta dentro da moda desde a criação do tecido, maquiagem e corpos adornados até o pensamento do futuro em resgate da tecnologia ancestral das roupas para além do cobrir o corpo.
Para saber mais sobre os cursos e a escola, acesse aqui.
Roupas, livros, guloseimas, acessórios e mais. Em lojas online, nesta lista indicamos produtos e marcas de empreendedores negros para você conhecer, apoiar e se apaixonar. De acordo com o Sebrae, no Brasil, aproximadamente 50% dos empreendedores se declaram como negros ou pardos. Já a plataforma Locomotiva declara que o país conta com mais de 14 milhões de afro empreendedores, gerando anualmente mais de R$ 359 bilhões em renda. Confira!
Sabores da Nega – Carla Caldas
A páscoa 2022 chegou e com ele, muitas delícias, como esse Ovo de corte pão de melado da Sabores da Nega. Funcionando em São Paulo, o estabelecimento está recebendo encomendas até o limite da produção.
O Vestido Afro Ankara Dashiki longo pode ser usado de até 6 formas diferentes, oferecendo opções de looks que mais combinam com a ocasião. A combinação de cores do Vestido Afro Ankara Dashiki destacam a beleza na peça e seu corte destaca toda a silhueta.
Quem já conhece as Camisetas afro street wear, sabe que elas esbanjam muito mais que charme. Os modelos trazem a cultura e a alegria do povo africano dentre cores vibrantes.
A Série Marcelina apresenta uma sequência de narrativas, para crianças pequenas, representando situações cotidianas com a menina Marcelina, entre elas, A primeira trança de Marcelina. Envolvidas com a preparação para uma festa na escola, as amigas de Marcelina interagem com o universo das tranças africanas da amiga negra Marcelina. Professora, pesquisadora e historiadora, Elaine Marcelina presenteia leitoras e leitores com essa história encantadora, em que a protagonista negra partilha as alegrias do seu dia a dia infantil.
Todos os produtos da Nativa são extraidos da natureza de forma limpa e consciente, elaborados com formulações próprias, isentos de petroquímica, corantes sintéticos, conservantes e gordura animal.
A realidade foi invadida por nazi(r)fascistas da segunda dimensão. Através dos celulares, eles contaminam os desavisados e continuam propagando sua mensagem de ódio. Entre diversas forças de resistência, uma tem anos de prática, preparados e afiados para a luta. Conheça o Império.
Coleção Literaturas Negras – Vol. 1 – (Amor)Talhamento – Os Fantasmas da Rua Sete
A coleção Literaturas Negras, Volume 1, reúne os livros (Amor)Talhamento de Juciane Reis e Os Fantasmas da Rua Sete de Danilo Celso, com as artes de Octa Lopes e Laís da Lama. A edição parte de um chamamento para publicação de novelas e romances afro-brasileiros pela Editora Kitembo e Festival Literaturas Negras. O livro tem como objetivo estimular a produção de novelas e romances por escritores negros e negras.
Colar de Continente Africano UBUNTU – Saúda Acessórios Afro
A pele negra traz muitas histórias, singularidades e tons. Trazemos sangue de Reis, Rainhas e Guerreiros. Cada indivíduo importa, e precisamos sempre caminhar juntos. Somos quem somos porque somos todos nós. O COLAR UBUNTU é pura representatividade e item obrigatório. Perfeito para um estilo cheio de ancestralidade.