A cantora Ludmilla utilizou sua página no Twitter para celebrar o sucesso de vendas e de público do ‘Numanice’ em Salvador. A artista se apresenta na capital baiana neste sábado, 9 de julho. “11 mil ingressos vendidos, o maior Numanice da história”, celebrou Lud. “Estou tão feliz que tô chegando com o Numanice em Salvador. Escolhemos a cidade a dedo e já são mais de 10 mil pessoas que vão curtir um dos projetos que eu mais amo. Vamos curtir, focar nas coisas boas e depois do evento a gente troca uma ideia pra vocês me contarem o que acharam”.
11 MIL INGRESSOS VENDIDOS NO NUMANICE SALVADOR!!!!! O MAIOR NUMANICE DA HISTÓRIA ❤️
Criada no meio do samba, tendo na sua carreira a influência de grandes sambistas mulheres, como Dona Ivone Lara e Alcione, Ludmilla não poderia deixar de registar na sua trajetória um momento como este. Os dois álbuns de samba da funkeira e agora pagodeira, alcançaram números impressionantes. O Numanice #2, em menos de 24 horas, já tinha hits entre as 200 músicas mais tocadas no Brasil. No repertório da turnê estão os sucessos ‘Maldivas’, ‘212’ e ‘Meu Desapego’, além de clássicos do pagode anos 90 e os momentos de pop e funk.
Ludmilla promete entregar 3 horas de show com muito sucesso e positividade. Também através do Twitter, a artista revelou que já está trabalhando em novas músicas. “Estou com uns trap nervoso pra lançar, meninas vocês vão se sentir muito fodas e gostosas ouvindo eles“, destacou.
Vale informar que para participar do ‘Numanice’ é obrigatória comprovação da vacina dentro da Campanha de Imunização contra a COVID-19. Maiores informações, aqui.
Nesta sexta-feira, 8 de julho, em evento da pré-candidatura de Douglas Belchior a deputado federal pelo PT de São Paulo, será lançada a plataforma Faremos Palmares de Novo, iniciativa colaborativa para construção de propostas junto à população. O evento acontecerá às 19h, na ALA JARDIM, Bela Vista, próximo às estações de Metrô Brigadeiro e São Joaquim.
O lançamento da iniciativa contará com presenças importantes do Movimento Negro, a exemplo da socióloga, escritora e coordenadora na Geledes Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro, Railda Alves, coordenadora e fundadora da Associação de Amigos e Familiares de Presos (Amparar), da mestra e doutora em Educação Ellen Lima Souza e outros nomes engajados na luta antirracista como o empresário e influenciador Roger Cipó e o ator e diretor Sidney Santiago.
A plataforma colaborativa é um projeto que visa construir propostas junto ao povo, aglutinando as melhores ideias para apontar a lupa e criar projetos que objetivem sanar os problemas da sociedade de forma certeira. Com o portal, todos os interessados em contribuir com ideias para projetos poderão enriquecer ainda mais as propostas de campanha do candidato, reforçando a aliança que toda figura política deve ter com o povo.
Douglas Belchior é educador, fundador da Uneafro Brasil e integrante da Coalizão Negra por Direitos, instituição que reúne mais de 200 entidades do Movimento Negro Brasileiro.
José Eduardo dos Santos, presidente de Angola entre 1979 e 2017, morreu nesta sexta-feira (8), aos 79 anos. “O governo angolano informa com grande dor e consternação o falecimento de Santos”, diz comunicado divulgado no Facebook.
Santos estava internado desde 23 de junho, em Barcelona, após sofrer um acidente vascular cerebral. Ele já tratava de uma doença prolongada na cidade espanhola, o motivo que o levou a deixar a cidade de Luanda em 2019.
O ex-presidente foi um dos mais longevos do continente africano. Seu governo venceu uma guerra civil brutal que durou quase três décadas contra o movimento guerrilheiro da União Nacional Independência Total de Angola (Unita), pelo seu partido o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no início dos anos 2000.
Logo após o fim da guerra, Santos, conhecido como o “arquiteto da paz” dentro do partido, foi acusado de corrupção e nepotismo. O governo também presenciou neste período um boom do petróleo, que fez crescer a economia de Angola e enriquecer a sua família, sem diminuir a pobreza da população.
Ele foi substituído em 2017 pelo presidente João Lourenço, que, apesar de ser do mesmo partido, investigava os crimes de corrupção Dos Santos. A campanha do seu sucessor, focada em anticorrupção, levou o filho do ex-presidente à prisão e os bens da filha foram congelados.
Apesar da surpresa das denúncias, o povo angolano credita José Eduardo dos Santos pela estabilidade do país, que vivia em guerra e teve meio milhão de mortos até se tornar independente de Portugal em 1975.
A jornalista baiana Rita Batista faz parte do novo time de apresentadores do programa É de Casa que assume o matinal neste sábado (9). Apesar de já fazer parte do programa em entrevistas e quadros específicos, ela agora vem para o estúdio, ao lado de Maria Beltrão, Thiago Oliveira e Talitha Morete.
Com quase 20 anos de carreira no jornalismo, Rita estreou na televisão em 2005 e já passou pela TV Aratu, TVE Bahia, GNT e Band. Desde 2020 ela faz parte do corpo de repórteres de programas das manhãs da TV Globo. Para ela, além de uma nova etapa profissional, estar nesse lugar de apresentadora também tem forte papel de representatividade. “Vir pro estúdio também é trazer para o protagonismo uma boa parte da população brasileira que se autodeclara preta”, disse a jornalista em entrevista à editora-chefe do MUNDO NEGRO, Silvia Nascimento.
Confira a entrevista completa:
Você já fazia parte do programa. O que seus seguidores podem esperar agora dessa nova versão do É de casa, sobretudo no que diz respeito à sua presença.
Vai ser odara ,levo as minhas impressões sobre os assuntos e tenho mais tempo para trocar com o público e com os meus colegas. O que ás vezes não dava para fazer nos links ao vivo. Vir pro estúdio também é trazer para o protagonismo uma boa parte da população brasileira que se autodeclara preta. A base da pirâmide representada no topo da cadeia televisiva, da maior empresa de comunicação da América Latina
Além da sua presença nas telas, você também participa na decisão das pautas?
Sim, todos nós sugerimos, apuramos, vendemos (no jargão jornalístico), isso desde quando era repórter, a diferença agora é que estou mais perto da direção do programa, obviamente pela nova função.
Uma mulher negra em um programa com tanta leveza não é algo que a gente vê sempre. O que você acha desse tipo de representatividade, da normalização de pessoas negras em programas de entretenimento?
Eu acho maravilhoso. Equipes diversas, na frente e atrás das câmeras criam um conteúdo muito mais rico e alinhado com o público. É importantíssimo.
Como é a sua rotina de trabalho e como ela se encaixa na sua vida pessoal? Você é do tipo que gosta de um equilíbrio ou vive mais intensamente?
Rotina: não temos! (risos). Mas a gente vai adequando. Há dias e compromissos que não são passíveis de mudança, como o dia de ensaio, o dia do programa ir ao ar. Durante a semana, agora, como apresentadora, não tenho tanta demanda de gravação e tento me dividir entre SP, minha base, e Salvador, meu chão. É bem animado.
Você acabou de voltar do IVLP nos EUA. O que essa experiência trouxe de positivo para você, no sentido de algo que você sente que vai carregar para sempre?
Que precismos nos organizar. Nós jornalistas negres temos que agrupar nossas ideias, anseios, projetos, puxar pra cima quem está começando a carreira, “sustentar” quem estiver passando por uma dificuldade, repudiar atos racistas na frente e por trás das câmeras. Urge uma Associação Nacional de Jornalistas Pretos.
Quais as dores e delícias de ser uma baiana morando em São Paulo?
Menina, SP comigo sempre foi generosa. É a segunda vez que monto casa na cidade. Gosto dessa coisa da organização, do trabalho, de ter sempre o que fazer, daquele “ o que vc precisa” e do sempre “ bom descanso”. SP é próspera e abundante, combina comigo, que a Bahia já me deu “ régua e compasso”.
As mulheres representam 90% dos casos de vítimas de trabalho doméstico análogo à escravidão e as negras representam mais de 90% dessas mulheres, segundo a Alline Oishi Delena, Procuradora do Trabalho, representante regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo.
Em todos os casos mantém a mesma semelhança: “A situação de vulnerabilidade financeira e emocional da vítima e todos os casos oriundos de trabalho infantil”, explica a procuradora em entrevista ao MUNDO NEGRO.
O isolamento com a família que explora a vítima, pode confundir a vítima que se sente numa relação com afeto e dificulta o resgate por parte do MPT. “A própria vítima, na maioria das vezes, não se vê como vítima de uma exploração. A denúncia depende de um olhar atento de terceiros, como vizinhos ou comerciantes próximos à residência. Nos casos em que a vítima se percebeu vítima não sabia a quem recorrer, e contou com ajuda de terceiros”, diz a representante do Conaete.
Existem alguns sinais que podem ajudar terceiros a identificar uma vítima, de acordo com Alline. “A pessoa mora na residência sem nunca se ausentar, tem pouco ou nenhum convívio social, não recebe salário ou o que recebe não fica com a pessoa, vai diretamente para familiares, etc. Uma pessoa sem capacidade de autodeterminação”, explica.
A falta de reparação histórica pela escravidão ainda é a razão pela escravidão moderna. “Muitas vezes a única opção para uma família que não tem como sustentar uma criança entregando-a para trabalhar em troca de moradia e comida em outra casa”, diz Alline.
A procuradora explica como combater esse tipo de violência. “A erradicação da pobreza e o investimento em educação são os únicos caminhos para prevenção. A repressão só é possível com a conscientização da sociedade sobre a existência dessa exploração para que denunciem. Precisa também de uma mudança da cultura da servidão, e do machismo estrutural , onde a mulher é mais vulnerável à essa exploração, principalmente a mulher negra”.
O racismo estrutural nas nuances da escravidão moderna
“O racismo estrutural reduz as oportunidades de trabalho e acesso à educação, saúde e diversos serviços. Isso faz com que pessoas negras ocupem a base da pirâmide com o desempenho das funções mais precárias e pior remuneradas. Quando falamos das mulheres negras, elas estão ainda abaixo dessa pirâmide”, afirma a procuradora Adriane Reis de Araujo, coordenadora da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do MPT.
“O trabalho doméstico é uma das atividades com maior índice de informalidade, cerca de 70% e com as piores remunerações. Essas mulheres são levadas a esses trabalhos por falta de oportunidade em outras frentes. Isso faz com que o racismo estrutural leve muitas adolescentes negras de forma precoce ao trabalho doméstico. Muitas dessas mulheres têm dificuldade de compreensão dos seus direitos porque não tiveram a sua educação formal completa”, diz a procuradora.
Para denunciar um caso de trabalho análogo à escravidão, o cidadão deve procurar o MPT, a Defensoria Pública, o Ministério do Trabalho e Emprego ou Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Em abril deste ano, o Brasil se emocionou com a entrevista daMadalena Silva, exibida no telejornal Bahia Meio Dia, afiliada da TV Globo. Ela foi resgatada do trabalho doméstico análogo à escravidão no ano passado, após passar 54 dos 62 anos sendo explorada pelos patrões e chorou quando a repórter branca tentou pegar na sua mão.
“Fico com receio de pegar na sua mão branca”, desabafou Madalena. “Mas por quê? Tem medo de quê?”, questionou a repórter, estendendo as mãos. “Por que ver a sua mão branca… eu pego e boto a minha em cima da sua e acho feio isso”, disse ela.
Madalena Silva, 62 anos, viveu em trabalho análogo à escravidão há pelo menos 54 anos. Adriana Oliveira, além de perguntar o porque de Madalena ter medo de segurar sua mão, ainda supõe que somos todos iguais.
“Poxa, tanta coisa pra se falar, momento maneiro em Paris. Eu fico estressada, aí vem tal de mestre, sensitiva de não sei o que, aí gente perguntando ‘você tá em Paris, cadê o Lucas?'”, desabafou ela através do Instagram Stories. “Lucas tem a vida dele, o trabalho dele e eu tenho o meu trabalho. Quando for lazer, a gente tá junto, mas quando for trabalho é cada um com o seu, não se mistura. Ele tem a vida dele, eu tenho a minha, porém somos casados”.
A intérprete de ‘Que Tiro Foi Esse’ também comentou a forma como sua vida mudou ao longo dos últimos anos, principalmente depois que ela passou a se ver como uma marca. “Toda vez que tentam me diminuir com o ‘cantora de uma música só’, mas foi uma música que virou um hit que mudou minha vida e a vida minha família. Que me trouxe até Paris e a vários outros países”, disse ela. “E é aquilo, mude tanto para que as pessoas precisem te conhecer novamente. A Jornada de 2015 não é a Jojo Todynho de 2022. Depois que eu entendi que eu era uma marca, uma mulher de business, depois que virei a chave, as coisas mudaram”.
Cercada por celebridades de todo o mundo, Jojo está brilhado em Paris. A artista apareceu ao lado de nomes como Neymar e Jean Paul Gaultier, durante os últimos dias. “Moda não é algo que existe apenas em vestidos. A moda está no céu, na rua, moda tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo e o que vai chegar”, escreveu ela nas redes sociais.
O piloto heptacampeão mundial Lewis Hamilton, anunciou em parceria com a Mercedes, o investimento de 500 mil libras (cerca de R$ 3,1 milhões) para o projeto Ignite, instituição criada em 2021 com o objetivo de aumentar a presença de esportistas negros dentro da Fórmula 1. A quantia vai ser destinada para bolsas na Motorsport UK (Federação Britânica de Automobilismo) e a Academia Real de Engenharia. A ação acontece após Hamilton sofrer falas racistas do ex-piloto brasileiro Nelson Piquet.
“Os eventos desta semana nos mostraram por que continua a ser uma necessidade urgente fazer pressão por mais representatividade em nossa indústria. Mais do que nunca, precisamos nos concentrar em como podemos transformar o automobilismo para melhor”, disse Hamilton em comunicado.
Foto: Mercedes / Divulgação.
De acordo com a Mercedes, o valor também será utilizado para incentivar a formação de mulheres pilotos, principalmente, as pertencentes a grupos de recorte racial e em situação socioeconômica vulnerável. O investimento na Academia Real de Engenharia permitirá a criação de até 10 bolsas bolsas de mestrado para estudantes negros na área.
“Muita coisa aconteceu nos bastidores desde o lançamento do projeto Ignite. Estou satisfeito que a Mercedes e eu podemos continuar demonstrando nosso compromisso com uma indústria mais diversificada”, disse Hamilton ao citar o projeto Ignite. “Escolhemos essas bolsas porque elas se concentram em apoiar pessoas de dois grupos populacionais importantes e sub-representados, e nos aproximam do nosso objetivo de aumentar o número de mulheres e talentos negros no esporte”.
A Advocacia Preta Carioca reunirá mais de 260 advogados pretos no dia 13 de julho, em seminário que discutirá, entre outros temas, Direitos Humanos e Violência Racial no Estado.
Em entrevista ao MUNDO NEGRO, a advogada Angela Borges Kimbangu, fundadora da APC, falou sobre a importância de realizar este evento. “É o primeiro seminário de advogados pretos falando de matérias do direito e pessoas da advocacia que não são pessoas famosas, mas que são competentes e não falando de intolerância religiosa e racismo como que é o usual. As pessoas veem a gente como preto e os advogados acham que falamos só de racismo e intolerância religiosa”.
Para a advogada, o evento reforça uma representatividade significativa para a comunidade negra e jurídica. “Não é um evento de uma comissão da OAB, é uma construção do nosso coletivo de fora para dentro. Ou seja, os advogados não acreditam na OAB. Nós viemos fazendo um trabalho de mostrar a importância de empretecermos a Ordem dos Advogados do Brasil”.
A organização já tem visto o impacto da organização de luta dos advogados. “Essa violência causada pelo racismo está dentro também da instituição. A gente precisa estar, não só como eles querem que nós estejamos, numa comissão de combate ao racismo e intolerância religiosa, mas em todas as comissões. E nós conseguimos isso a partir da Advocacia Preta Carioca”.
“O primeiro seminário é o rompimento de uma bolha. É um marco histórico dentro da história da advocacia no Rio de Janeiro. É aberto ao público em geral e eu considero um momento importante, sobretudo entre os pretos”, finaliza a advogada.
A APC esteve presente no protesto contra os assassinatos de pessoas pretas no Rio de Janeiro, como o congolês Moïse, Durval, nas chacinas do Jacarezinho e Vila Cruzeiro. Realizou atividades de formação de consciência com Lázaro Ramos, apresentando pré-candidaturas de pessoas pretas em oposição a violência no Estado.
O encontro é realizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, através do projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, e compõe a programação do 10º Julho das Pretas
Durante os dias 14, 15 e 16 de julho, acontece o Encontro de Mulheres Negras por um novo modelo de Segurança Pública: “A gente combinamos de não morrer”, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Para entrar no local, é necessário apresentar a comprovação de vacinação contra a Covid-19.
As inscrições vão até o dia 13 de julho, através do formulário disponível aqui, e a atividade dará certificado de 16 horas de participação no evento.
O evento faz parte da agenda coletiva de atividades da 10ª edição do Julho das Pretas – Mulheres Negras no Poder, construindo o Bem Viver e é realizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, através do Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, projeto que há sete anos atua no fortalecimento psicossocial e no estímulo da organização política de mulheres negras mães e familiares de vítimas do Estado, em Salvador (Ba).
O encontro tem por objetivo apontar caminhos para pensar a Segurança Pública a partir da perspectiva antirracista. “É um espaço para sairmos um pouco da denúncia e pensarmos em propostas”, afirma Hildete Emanuele Nogueira, coordenadora do Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar.
Segundo o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, a letalidade policial no Brasil atingiu o número recorde de 6.416 ocorrências, dentre as quais 78,9% das vítimas eram pessoas negras.
Para discutir o tema de forma propositiva, o encontro reúne pesquisadores e especialistas nas áreas de Segurança Pública e Direito, além de mães e pais de crianças e jovens vítimas da violência do Estado na região Nordeste.
“As mães que perderam seus filhos vítimas da violência do Estado têm um lugar central nesse debate”, destaca Hildete.
Confira a programação completa:
Dia 14/07 – 19h
Apresentação Musical
Coral de Mulheres de Alagados
Saudações Institucionais do Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar
Valdecir Nascimento – Odara – Instituto da Mulher Negra
Andreia Araujo – Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA)
Reginaldo Silva de Lima pediu licença por três dias. Ele afirma que não consegue dormir nem comer.
Reginaldo Silva de Lima, o porteiro que foi vítima de racismo por parte de um morador de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro, solicitou afastamento do trabalho por três dias por falta de condições emocionais para exercer sua atividade profissional. Ele diz que não consegue dormir nem comer. O caso aconteceu no dia 26 de junho. As informações são do G1.
O porteiro chamou a polícia após ser ameaçado pelo morador Gilles David Teboul. Ele conta que estava atendendo um hóspede quando Gilles, que é francês, passou e chamou a sua atenção porque a porta do elevador de serviço estava aberta.
Reprodução câmera de segurança.
“Ele voltou e falou: ‘Seu incompetente. Você não está vendo que a porta do elevador está aberta? Você não tem capacidade para fazer essa função. Seu negro!'”, contou Reginaldo, que também disse que foi agredido e ameaçado de morte pelo morador.
As câmeras do edifício registraram o momento em que Gilles empurra o pescoço de Reginaldo com as duas mãos. Essa não teria sido a única agressão física. “Ele me chamou de negro, macaco, vagabundo. Falou que pela minha cor eu não tinha capacidade de exercer a função de porteiro”, disse Reginaldo.
Imagens da câmera de segurança registraram Gilles David Teboul agredindo Reginaldo Silva. Foto: Reprodução/ TV Globo.
Uma moradora do condomínio vai testemunhar a favor de Reginaldo, pois viu os ataques acontecerem. “Eu presenciei o morador dando um tapa no seu Reginaldo, no porteiro. E continuou falando: ‘Você é incompetente, você é um preto macaco fedorento, não tem capacidade nem de ser porteiro’. E o seu Reginaldo falando: ‘Eu vou para a delegacia'”, contou a mulher.
O médico deveria ter comparecido à delegacia para depoimento na terça-feira, mas faltou. O advogado dele solicitou que seu cliente seja ouvido na próxima semana.