A chef e a apresentadora Bela Gil é cogitada à vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), para o governo de Sâo Paulo nas eleições deste ano, em reuniões recentes da coordenação de Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada no PSOL desde 2020, ela já afirmou que ficaria honrada com o convite, em entrevista a Folha de São Paulo.
“Se esse convite for feito, eu ficaria muito honrada, muito feliz, com certeza. Ouvi falar dessa história, mas ainda não conversei com o Haddad sobre isso”, disse Bela Gil. “Se isso se concretizar, seria uma felicidade, ele [Haddad] sabe da minha vontade de participar mais ativamente do governo e torço por ele muito”, ressaltou.
A chef pretendia se candidatar como deputada federal ou estadual neste ano, mas acabou desistindo. “A minha vontade de fazer política parlamentar é viva, contínua, e espero que em algum momento eu consiga me candidatar. Mas desisti de 2022”, conta.
Ligada a política, ela é militante pela causa do meio ambiente, acesso à alimentação saudável e o pai Gilberto Gil, foi Ministro da Cultura entre 2003 e 2008, durante o governo Lula.
O PSOL retirou a candidatura de Guilherme Boulos para governador para apoiar o ex-prefeito Fernando Haddad em São Paulo.
essilane durante passagem pelo São Paulo Fashion Week 2022. Foto: AG News.
Após ganhar projeção nacional por meio do Big Brother Brasil 22, Jessilane Alves passou por uma série de transformações em sua vida. A professora de biologia, que agora trabalha utilizando sua imagem como influenciadora, conta que está vivendo um momento desafiador e muito novo. “Eu não imaginava como seria a vida após o programa [BBB 22], é tudo muito intenso e eu estou aprendendo a lidar com esse novo lugar que eu me encontro e estou gostando muito“, diz Jessi em entrevista para o MUNDO NEGRO.
“Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia”, enfatiza Jessilane, ao destacar a forma como deseja apresentar sua imagem ao público daqui pra frente. “Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor“.
Jessilane. Foto: Iude.
Morando em São Paulo, a ex-BBB diz que decidiu se mudar para a cidade por conta das oportunidades em torno do seu atual trabalho. “Além de ser o lugar onde as coisas acontecem em relação a trabalho, acho que possibilidade de vir para cá é muito interessante, porque eu gosto de mudanças e gosto de não me sentir sempre no mesmo lugar, então acredito que ter me mudado vai muito além disso, mexe na vida como um todo e conhecer novos ares também é importante.“
Ao MUNDO NEGRO, Jessi também conta detalhes sobre seus planos para o futuro, as mudanças pós BBB, as questões sociais, o desejo em seguir carreira artística e como utilizará a educação para firmar sua imagem no mercado publicitário.
MUNDO NEGRO: Você é muito mergulhada em questões sociais, como deseja trabalhar esse seu lado agora que ganhou uma projeção tão grande com o BBB 22? Jessilane: Eu continuarei falando sobre todas essas questões sociais que eu já levantava no programa ou que me constituem, mas agora trazendo elas para esse lugar que eu me encontro, fazendo com que elas tenham mais espaço para que a gente consiga reforçar todos esses assuntos. Um deles é a educação, e eu continuarei sendo educadora e professora, porém agora trazendo a minha profissão para esse outro lugar, espero conseguir fortalecer essas questões com a projeção que o programa me proporcionou.
Aliás, nos conte sobre seus projetos futuros, ainda pensa em voltar para a sala de aula? Se vê trabalhando no mundo artístico? Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia. Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor.
Jessilane durante o Baile da Vogue 2022. Foto: Gabriel Renne.
Você sempre destacou a importância da educação na vida das pessoas, como você avalia o cenário brasileiro e a educação pública de forma geral?
Eu vejo que a gente tem avançado em muitas áreas da educação, entretanto em alguns pontos ainda há uma regressão. Acredito que a gente tem que continuar lutando para que a educação tenha o devido lugar e relevância que deveria ter, principalmente a educação pública brasileira, desde a educação básica até o ensino superior. A gente ainda tem que lutar muito sim, tem que levantar a bandeira, tem que ter políticas públicas favoráveis à entrada e permanência de estudantes na escola. Ainda há muito a se fazer, mas aos poucos estamos evoluindo.
Observamos que você colocou e tirou tranças depois que saiu do BBB 22, como tem aproveitado esses novos acessos a experiências ligadas a moda e beleza? Tem algo novo que você não vive mais sem?
Eu estou amando experimentar coisas novas! A saída do programa me deixou com um mundo de coisas novas para que eu possa experimentar, essas experiências ligadas à moda e beleza estão me deixando muito instigada. Recentemente veio a notícia do São Paulo Fashion Week, que me deixou super empolgada, é muito curioso porque eu nunca imaginei e agora aconteceu, estou muito feliz. Eu tenho mudado o visual, tentado experimentar mais maquiagens e looks que talvez eu não usaria, estou me dando esse espaço para experimentar e para viver o novo.
Tem algo na sua rotina antes do BBB 22 que sente falta?
Sinto falta da rotina de horários, eu estava muito acostumada com a minha rotina de acordar no mesmo horário, em dar aula das 7h da manhã às 17:30h da tarde, e agora costumo brincar dizendo que já não tenho mais um horário definido em relação aos dias que vou trabalhar. Outra coisa que sinto falta é de ensinar, tanto que qualquer oportunidade que eu tenho de explicar alguma coisa para alguém, eu estou por aí ensinando (risos).
Jessilane. Foto: Reprodução / Redes Sociais.
As mulheres negras formaram um núcleo forte de apoio e amizade dentro do BBB. Essa amizade continua fora do jogo? E qual a importância da sororidade na sua vida como um todo?
As meninas foram muito importantes para mim, principalmente nós três (eu, Lina e Natália) mulheres pretas que passamos muitas vezes pelas mesmas dores, anseios, ou que de alguma forma conseguimos compreender o que a outra sente e passa. Estarmos juntas e se fortalecendo foi muito importante, aqui fora nossa amizade continua, trocamos mensagens e quando conseguimos, nos encontramos pessoalmente. Para mim é muito importante essa sororidade, não só em relação as minhas meninas mas em relação ao todo, por que de alguma forma eu sinto que a gente é criada e construída socialmente para que haja uma competição entre nós mulheres, sendo que já é tão tudo muito difícil pra gente, então construir essa base de apoio, de uma apoiar a outra e entender as dores de cada uma é de uma importância muito grande.
Pra finalizar, nos conte, o que podemos esperar da Jessi daqui pra frente?
Vocês podem esperar muitas novidades, vai vir muita coisa boa, não vou dar spoiler. Mas uma coisa que é fato, é que eu estou disposta, então todas as coisas estiverem ao meu alcance, eu quero experimentar e me jogar! Viver tudo que o que o pós me proporcionar, assim como eu vivi tudo que o programa me proporcionou. Costumo dizer que eu sou intensa e eu sou entregue, então vou viver intensamente da maneira mais entregue tudo que tenho para viver.
Mc Carol de Niterói, que agora se declara ‘Ex-bandida’, desde que pediu o namorado em casamento, no início do mês, lançou a música ‘Africano‘ neste domingo, Dia dos Namorados e o clipe na manhã desta segunda-feira, com cenas românticas ao lado dele, em Lisboa, Portugal.
A funkeira de 28 anos está namorando desde o ano passado com um africano, de 36, que ela conheceu durante a turnê que fez na Europa e pediu ele casamento ao voltar para Portugal para mais shows, com uma linda decoração no quarto, com a frase na parede ‘Casa Comigo?’.
No Twitter, Mc Carol comemorou o noivado. “Sempre quis ser romântica, eu só não tinha achado a pessoa que merecia! Muito bom poder se entregar tranquilamente e poder falar o que sente sem joguinhos!. Obrigada a todos que acompanharam essa história do começo e torceu por nós. Obrigada meu pai Xangô por ter colocado seu filho no meu caminho”.
Com o noivado e a música nova, os fãs tem reagido na web com brincadeiras divertidas, que a própria funkeira tem retweetado na página dela.
Mc Carol bandida namorando, Anitta namorando, meu deus eu n aguento mais essa vida de solteira
Jennifer Hudson levou o troféu de Melhor Musical pela peça ‘A Strange Loop‘ no Tony Awards neste domingo (12), em Los Angeles, o prêmio de maior prestígio do teatro norte-americano.
A conquista desta noite, levou a atriz a ser a 17º artista a obter o status EGOT, ou seja, vencedora dos prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Jennifer também é apenas a segunda artista negra a alcançar esse status, depois da atriz Whoopi Goldberg, além de ser a terceira mais jovem, aos 40 anos. O cantor John Legend continua sendo o único artista negro da lista.
Com uma carreira bem premiada, ela já levou quatro Oscars. O primeiro foi em 2007, pelo filme ‘Dreamgirls‘, como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela também ganhou dois Grammys, de Melhor Álbum R&B por seu disco autointitulado em 2009 e Melhor Álbum Musical por ‘A Cor Púrpura’ em 2017.
No Emmy, a artista foi premiada por seu trabalho como produtora executiva da animação ‘Baba Yaga’, em 2021.
Jennifer foi revelada em 2004, na terceira temporada do ‘American Idol‘, onde ficou em sétimo lugar, mas viu sua carreira alavancar desde então.
Editora-chefe Silvia Nascimento faz parte do grupo de jornalistas negros brasileiros que estão nos EUA para troca de conhecimentos sobre jornalismo negro a convite da Embaixada Americana
O Site Mundo Negro está em missão nos Estados Unidos desde o último sábado (11), por meio do Programa de Liderança para Visitantes Internacionais (IVLP), um dos principais programas de intercâmbio profissional dos EUA. Silvia Nascimento, editora-chefe do MUNDO NEGRO viaja ao lado de outros nomes do jornalismo negro brasileiro, como Basília Rodrigues, Rita Batista, Fernanda Carvalho, Aline Aguiar e Raimundo José, um jovem quilombola produtor de notícias do Maranhão, além de outros nomes do jornalismo brasileiro.
Entre os principais objetivos do programa, estão estabelecer conexão entre jornalistas negros do Brasil e jornalistas negros estadunidenses, estudantes de jornalismo, universidades historicamente negras e empresas de mídia. O intercâmbio, que tem duas semanas de duração, também vai incluir a oportunidade de celebração do Juneteenth, o dia de emancipação dos escravizados norte-americanos, lembrado em 19/6.
A troca de saberes nessa jornada é uma das coisas que mais estimula Silvia Nascimento. “Eu acredito que minha vivência como editora do maior portal de notícias da comunidade negra em um país de maioria negra possa ser algo interessante a ser compartilhado e em contrapartida, eu quero aprender com os jornalistas negros americanos como eles conseguem causar impacto na mídia como um todo”, planeja.
Para Basília Rodrigues, o intercâmbio proporciona a oportunidade de traçar paralelos entre as lutas raciais nos dois países. “Será oportunidade de compreender algumas diferenças e também pontos em comum da luta racial nos Estados Unidos e no Brasil. Quinze dias de imersão sobre o empoderamento de jornalistas negros em que vamos conversar com profissionais da imprensa americana, fontes do governo e também acadêmicas.”
O intercâmbio continua até o dia 25 de junho, e a cobertura de tudo que tá acontecendo por lá, você acompanha em nosso site e nas nossas redes sociais.
Pouco depois de lançar seu álbum Quantas Vezes Você Já Foi Amado, disco que alcançou o top 5 global dos mais ouvidos do mundo no Spotify, Baco Exu do Blues retorna com mais um lançamento: ‘Hotel Caro’, fruto de parceria com a cantora e compositora Luísa Sonza. O single é um R&B que fala de sentimentos e desejos durante o fim de um relacionamento bom e foi lançada para o Dia dos Namorados, comemorado no último domingo (12).
“Estou muito feliz com este lançamento. Acho que é um encontro musical e geracional importante. Algo que de certa forma soa inusitado e que funcionou de forma perfeita. Fiquei muito feliz em ter a oportunidade de trabalhar em estúdio com Luísa e conhecer de perto o processo de criação dela”, comemora Baco.
Luísa também está feliz com o encontro e com o resultado de “Hotel Caro”. “É uma música incrível que eu tenho a honra de lançar com o Baco e estou muito grata por ele ter compartilhado totalmente esse projeto comigo, e ter deixado eu escolher a data de lançamento. Esse era um ponto muito importante para mim, já que acho que a letra super tem a ver o Dia dos Namorados. O single promete! Muito feliz e realizada com esta parceria”, afirma a cantora.
A concepção do clipe está bem ligada ao teatro, com poucos objetos em cena e os dois artistas esbanjando talento nas interpretações. ” A atmosfera densa com pouca luz, reflete bastante o teor da música, da letra e do próprio arranjo”, acrescenta o diretor OG Cruz.
Em comemoração ao dia 12 de junho parece-me relevante trazer à luz de nossas discussões um assunto bem evitado nas rodas da vida: o relacionamento interracial. Certamente evitar falar não resolve as dificuldades que esta relação impõe aos que apostam viver esse tipo de amor.
Cada vez mais falamos sobre o amor preto como cura e que vale a pena ser vivido – vide nosso histórico de desencontros e interdições. Entretanto, também tem os que defendem a tese de que “o amor não tem cor”, “o amor acontece”, sendo o amor um fenômeno incontrolável, independente de raça, cultura, posição socioeconômica e afins. FALÁCIAS!
O amor é socialmente construído assim como o racismo, influenciando diretamente em nossas escolhas amorosas, seja por identificação, seja por alienação. De fato, num país em que o embranquecimento ainda é um ideal de nação, a miscigenação, dentre tantas violências praticadas contra nossos corpos, é um resquício das marcas profundas que o racismo produziu.
Em sociedades estruturadas pelo racismo, o ideal de sujeito “branco” é a norma, produzindo inclusive assimetrias nas relações interraciais. Os processos de identificação dos negros são contaminados por este ideal e frequentemente não vimos pessoas como nós, negros, sujeitos merecedores de nosso afeto, amor e cuidado.
Embora a relação interracial tenha adquirido um suposto caráter de normalidade, está longe de ser uma perfeição. De qualquer forma, notamos uma insistência em romantizar tal relação sem ao menos discutir honestamente as inconsistências e os enormes desafios que casais interraciais enfrentam.
Algumas pesquisas americanas relacionam o aumento de sintomas depressivos na relação interracial (Wong;Penner,2018). Segundo os pesquisadores, o fator raça desencadeia uma série de situações estressantes, afetando assim o bem estar psicológico do casal. A incompatibilidades racial e cultural aumentam os conflitos e consequentemente o risco de sofrimento psíquico devido a discriminação e racismo (Wong;Penner,2018). Outra pesquisa revelou a relação do aumento de estresse e sintomas de depressão em membros de relações interraciais devido a discriminação e a marginalização social que os casais enfrentam e uma das consequências é o isolamento (Dush;Pittman,2018).
Pessoas negras em relações interraciais muitas vezes procuram apoio emocional fora de sua relação amorosa (família, amigos e psicólogos) e têm suas experiências oriundas do racismo e da discriminação geralmente deslegitimadas. O silenciamento passa a ser uma constante, visto que falar de raça passa a ser um tema conflituoso, de tensão. Pessoas brancas tendem a se sentirem extremamente atacadas quando o assunto é racial, gerando assim um afastamento emocional.
O que fazer para manter a saúde psicológica do casal interracial? Deixo algumas dicas. O tema raça não deve ser um tabu e é necessário admitir as diferenças raciais com positividade e nunca com antagonismos. Demanda esforço de ambas as partes, principalmente pelo membro branco do casal sendo este um agente fundamental nos enfrentamentos diários, levando em conta que o membro negro requer mais proteção. Entender que as violências sociais e a forma como o racismo se estrutura atravessa as relações amorosas, por isso, atenção dobrada. O membro negro não deve nunca negociar sua existência e sua negritude em detrimento do conforto do membro branco, se houver conflitos, estes devem ser enfrentados com coragem.
As relações inter-raciais são diversas, não possui um padrão único, ainda que sejam complexas, cheias de desafios e está longe de ser uma perfeição, muito pelo contrário, requer mais responsabilidade, engajamento, demanda diálogo contínuo, especialmente quando o tema é raça.
Shenia Karlsson – Psicóloga clínica, Co-Fundadora do Papo Preta: Saúde e Bem-estar da Mulher Negra.
A Paramount+ anunciou o início das gravações de seu novo longa-metragem original, Escola de Quebrada. Esta é a segunda produção cinematográfica do VIS, divisão de estúdios da Paramount, produzida no Brasil.
Escola de Quebrada é uma comédia juvenil que retrata a poderosa e apaixonante cultura jovem das favelas de São Paulo, onde a presença do funk brasileiro tem uma grande influência no estilo: o jargão, a estética, a roupa, a música e claro, no humor único e original.
O filme contará a história de Luan (Lucas Righi), um jovem estudante de escola pública da Zona Leste de São Paulo que, cansado de sempre ser excluído dos grupinhos e principalmente, ser invisível aos olhos de Camila (Laura Castro), quer ser respeitado e popular. Mas nesse universo, essa missão não parece ser tão simples.
Na tentativa de fazer parte de algum grupo, Luan consegue ter a inimizade de todos e até coloca em risco o amado campeonato de futsal da escola. Para fugir dessa bagunça, ele vai precisar da ajuda de seus amigos Rayanne (Bea Oliveira) e Deivid (Mauricio Sassi). Juntos, eles encontram uma maneira de salvar o campeonato e obter a tão desejada atenção de Camila. Ou pelo menos é o que Luan pensa.
O filme é produzido pelo VIS, divisão da Paramount, em parceria com Kondzilla. Com criação de Kaique Alves e direção de Alves e Thiago Eva.
“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor”. A impactante frase de bell hooks é parte da inspiração e reflexão que ecoaram em Tati Villela e levaram a multiartista a escrever seu primeiro texto teatral, “Amor e outras Revoluções”, que estreia dia 16 de junho às 20h no Mezanino do Sesc Copacabana. Dividindo a cena com MarianaNunes, com direção de movimento assinada por Camila Rocha e direção de Wallace Lino, Tati teve sua ideia aprovada e a montagem contemplada pelo Edital SESC RJ de Cultura 2022, proporcionando uma experiência que envolve teatro, audiovisual, performance e música para expor camadas de afetos, sociais, econômicas e psíquicas do que é amar uma mulher negra sendo outra mulher negra nos dias de hoje.
Em cena, duas mulheres negras a se casarem expõem seu amor, inquietações e conflitos em torno de suas subjetividades e trajetórias das suas experiências afetivas. O tema ainda pouco abordado nos palcos brasileiros provoca a reflexão do público sobre quais são os obstáculos que esse amor encontra na sociedade diante das interferências do racismo e da homofobia, e como essas imbricações reverberam drasticamente na construção da relação entre essas duas mulheres, que carregam consigo o que poderíamos chamar de profundos cortes na carne ao longo da história da construção do Brasil.
“Precisamos falar de amor entre pessoas negras, sobretudo na sociedade brasileira, onde a todo momento presenciamos as consequências do racismo estrutural vigente no nosso sistema. Nós, negros, estamos aperfeiçoando a capacidade de nos amar, de amar o nosso espelho, o nosso reflexo. A falta de amor experienciada por mulheres negras historicamente e a oportunidade de pôr o amor entre duas mulheres negras como tema central de um trabalho é a grande motivação. Sabemos que a produção de novos imaginários é cada vez mais importante para a evolução da nossa sociedade como um todo”, aposta Tati, ganhadora do Troféu Redentor na categoria Melhor Atriz na 23ª edição do Festival do Rio.
A narrativa brinca com o cotidiano, com os sonhos e os desejos mais ocultos destas mulheres. “Verdades sobre o amor que raramente são ditas tomam o centro da cena. O drama faz um híbrido com a comédia para que a vida não seja tão amarga. A não-objetificação e a não-hipersexualização desses corpos é levada a sério. A peça aponta e exibe em suas cenas as subjetividades destas mulheres que têm semelhanças, mas não são iguais. Mulheres negras são múltiplas e possuem suas individualidades. O trabalho leva ao público inquietações, mas também leva flores”, adianta Tati.
Retornando aos palcos após um hiato de alguns anos, Mariana Nunes vive na pele de Luzia, sua personagem, muitas contradições, inquietações e complexidades. “Era isso que eu estava procurando. Quando li o texto, eu disse à Tati que essa peça deveria ser montada, pois ela preenche uma lacuna enorme de imagens, situações e narrativas tão raras e tão caras para as mulheres negras. É uma grande oportunidade de realizar um desejo antigo meu. Eu precisava falar de amor e a Tati me apresentou essa oportunidade. O amor entre pessoas pretas, em geral, não é ofertado da mesma forma romântica como ele aparece nas narrativas de personagens brancos. Tenho muita sorte”, comemora a atriz, para quem o amor entre duas mulheres negras é algo revolucionário.
“Este tipo de amor nos ajuda a enxergar a potência do amor por nós mesmas, porque muitas de nós fomos ensinadas a odiar tudo e a qualquer coisa que se parecesse conosco. Amar outra mulher negra é fortalecer seu amor próprio também. Por vezes divertida, mas também profunda e poética, a montagem passa por várias nuances que, embora seja um texto ficcional, também são vividas na realidade de mulheres pretas que vivem uma relação amorosa”, analisa Mariana.
“O amor e o respeito ao outro é a grande mensagem do espetáculo. Como essas mulheres conseguem se amar por completo? E porque muitas vezes elas não conseguem nem se deixar amar? Precisamos saber que somos possíveis, que nosso amor é real, futurista e ancestral. É ontem, hoje e amanhã. É espiralar, é Exu. Precisamos enxergar o mundo a partir das nossas perspectivas. A revolução acontece quando você se prioriza, quando não nega seus sentimentos em detrimento do olhar do outro”, reforça Tati.
A autora se propôs a escrever o texto quando se atentou sobre a possibilidade de trazer numa obra sua linguagem de escrita e de pensar. “No meu primeiro livro, ‘Pretamorfose’ (Editora NUA), eu já me propunha a falar de amor e vi que só ele foi muito pouco. Eu precisava de mais! Falar de amor é sempre necessário e, como diz bell hooks, ‘quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura’. E a nossa sociedade sem amor está adoecendo. Espero tocar o coração de quem quer e de quem precisa”, encerra Tati.
SERVIÇO: Temporada: 16 de Junho a 10 de Julho Dias da semana: Quinta a domingo Horário: 20h Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira) Local: Mezanino do Sesc Copacabana Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ Informações: (21) 2547-0156 Bilheteria – Horário de funcionamento: Terça a sexta – de 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados – de 13h às 20h. Classificação Indicativa: 12 anos Duração: 80 minutos
Tema central de incontáveis canções ao redor do mundo, o amor ainda é a principal motivação para criação de registros musicais. Neste dia 12 de junho celebramos o Dia dos Namorados, pensando nisso, elencamos algumas músicas românticas que marcaram gerações para embalar seu dia.
Beyoncé em ‘Love On Top’. Foto: Reprodução / Youtube.
A forma como se retrata o amor passou por mudanças ao longo da história. Muitas vezes refletindo a forma como a sociedade consome música, antes as canções românticas marcavam essencialmente uma espécie de modo padrão em conquista e desejo para a música pop. Hoje, as letras desses registros também englobam elementos de identidade, sexualidade, lutas pessoais e outros temas. A atual seleção possui nomes como Beyoncé, Mariah Carey, Whitney Houston, Tim Maia, Frank Ocean, Alicia Keys, Michael Jackson, Stevie Wonder, Diana Ross e muito mais.
10. Djavan, “Oceano” (1989)
Sucesso de Djavan, a música ‘Oceano’ se tornou um clássico dentro da música popular brasileira. Frequentemente o registro é descrito como uma das canções com maior número de regravações pelo mundo. Dentro da letra, o artista utiliza metáforas para comparar o imenso amor como a infinidade do oceano.
09. Whitney Houston, “I Wanna Dance With Somebody” (1987)
‘I Wanna Dance With Somebody’ foi o primeiro single do álbum ‘Whitney’. Considerada como uma das canções mais conhecidas da cantora, foi também elencada como uma das melhores músicas dos anos 80.
08. Mariah Carey, “We Belong Together” (2005)
Composição da própria Mariah Carey, ‘We Belong Together’ utiliza batidas simples em um piano buscando explorar a ampla capacidade vocal da artista. A letra narra o desejo de uma mulher buscando pelo retorno de seu amor. Com ótima recepção, a música quebrou recordes nos Estados Unidos e se tornou um sucesso de vendas.
07. Beyoncé, “Love On Top” (2011)
Uma das composições mais lindas de Beyoncé, ‘Love On Top’ se tornou um clássico. Trazendo arranjos marcados pelo trabalho em R&B e pela exploração vocal da artista, a música apresenta uma crescente que conquista qualquer um. Um hino.
06. Daniel Caesar & H.E.R., “Best Part” (2017)
Sucesso de público, ‘Best Part’ se tornou uma das músicas românticas mais reproduzidas nos últimos tempos. A utilização suave da voz de H.E.R. se unindo ao jogo sonoro proposto por Daniel Caesar resultou numa faixa apaixonante, suave e envolvente. De forma lírica, a canção explora a beleza e a profundidade de um relacionem-no.
05. Michael Jackson, “I Just Can’t Stop Loving You” (1987)
Um dos clássicos do Rei do Pop, ‘I Just Can’t Stop Loving You’ explora toda a paixão e o envolvimento lírico de Michael Jackson. Através de uma sonoridade autêntica, o registro se tornou um clássico dos anos 80.
04. Rihanna, “Love On The Brain” (2016)
Apesar de não ter ganhado um clipe, ‘Love On The Brain’ se tornou um dos maiores sucessos de Rihanna. Lançado como parte integrante do álbum ‘ANTI’, a faixa conquistou milhões de pessoas pelo mundo, através de um registro forte e uma composição lírica apaixonante. É o tipo de música que te prende do início ao fim.
03. Frank Ocean, “Thinkin Bout You” (2012)
Frequentemente apontado como um dos maiores musicistas da geração contemporânea, Frank Ocean conquistou os Estados Unidos em 2012 com a beleza em torno de suas composições. Em ‘Thinkin Bout You’ o artista utiliza metáforas sensoriais para comparar a falta angustiante que sente do seu amor.
02. Prince, “I Wanna Be Your Lover” (1974)
Não poderíamos deixar de indicar Prince nesta lista. Apesar de ser uma canção pouco conhecida do astro, ‘I Wanna Be Your Lover’ traz uma produção impecável, apresentando a força vocal e lírica do artista. Uma faixa que já nasceu clássica e romântica.
01. Whitney Houston, “I Will Always Love You” (1992)
Apesar de ser uma composição de Dolly Parton, ‘I Will Always Love You’ conquistou o mundo na voz marcante de Whitney Houston. A música narra a paixão que ultrapassa todas as barreiras, através de uma entrega única. A produção se tornou uma das maiores canções da história.
Outras indicações:
Alicia Keys, “If I Ain’t Got You” (2004)
Stevie Wonder, “I Just Called to Say I Love You” (1984)
Whitney Houston, “Greatest Love of All” (1986)
Janet Jackson, “That’s The Way Love Goes” (1993)
John Legend, “All of Me” (2013)
Nelly feat. Kelly Rowland, “Dilemma” (2002)
Janelle Monáe, “Make Me Feel” (2018)
Diana Ross, “Love Hangover” (1976)
Tim Maia, “Você” (1971)
Tina Turner, “What’s Love Got to Do With It” (1984)