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Vereador Camilo Cristófaro é desfiliado do PSB após fala racista na Câmara de SP

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Foto: André Bueno / CMSP

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) desfiliou o vereador Camilo Cristófaro após fala racista vazar durante a CPI dos Aplicativos na Câmara Municipal de São Paulo, nesta terça-feira (3).

O processo já tinha sido aberto pelo vereador no final de abril. Mas com a fala, o partido aceitou a solicitação, mas diz que isso equivale a uma expulsão, decidido em comum acordo com as principais lideranças da legenda.

“Como o processo de expulsão levaria mais tempo, com direito a contraditório e ampla defesa, o presidente estadual Jonas Donizette aceitou pedido de desligamento encaminhado pelo vereador no dia 28 de abril”, dizia um trecho do comunicado do PSB.

“A gente tomou essa decisão porque a reação foi muito forte. Temos uma negritude muito forte dentro do partido. O Márcio França [pré-candidato a governador] e a Tábata Amaral [presidente do diretório municipal do PSB] também falaram comigo sobre isso, foi um entendimento do partido como um todo”, disse Jonas Donizette, presidente estadual do PSB, ao G1.

A CPI foi interrompida por cinco minutos e ao retornar, a vereadora Luana Alves (PSOL) declarou que Cristófaro foi “extremamente racista”.

“Infelizmente nós temos a sessão completamente tumultuada por um áudio que tem a voz do vereador Camilo Cristófaro, que acaba de proferir uma frase extremamente racista. Eu queria não acreditar que essa fala existiu, mas infelizmente existiu. Conversamos ali atrás, queria pedir à secretaria da Mesa das notas taquigráficas. Ficará registrado. Ficou acordado que todos aqui são testemunhas para todas as ações que venham a ocorrer se ficar comprovado que é do vereador Camilo Cristófaro, como parece ser”, disse a vereadora.

O gabinete da Luana Alves afirma que entrará com representação na Corregedoria para que Cristófao seja investigado pela Casa por ato de racismo.

A vereadora Elaine Minero, do Mandato Coletivo Quilombo Periférico (PSOL), também afirmou que “tomará as ações necessárias para a atitude racista do vereador não fique impune”.

Desculpas do Crisófaro

Para justificar o ocorrido, Crisófaro declarou duas versões. Na primeira, ele gravou em vídeo pela manhã e enviou aos colegas da Câmara por WhatsApp, para dizer que se referia a “carros pretos que são f… e não é fácil para cuidar da pintura”.

Durante a tarde, ao participar do Colégio de Líderes da Câmara com outros parlamentares, ele disse que estava conversando com um colega negro, o Anderson Chuchu, que considera um irmão.

“Eu estava com o Chuchu, que é o chefe de gabinete da Sub do Ipiranga, e [ele] é negro. Eu comentei com ele, que estava lá. Inclusive no domingo nós fizemos uma limpeza e quando eu cheguei eu falei: ‘isso aí é coisa de preto, né?’. Falei pro [Anderson] Chuchu, como irmão, porque ele é meu irmão”, tentou se explicar.

Outro caso de racismo

Em setembro de 2019, Cristófaro foi acusado em outro caso de racismo. No plenário da Câmara Municipal, ele chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de “macaco de auditório”. 

O Holiday tinha dito que acionaria o Ministério Público contra o vereador e abriu uma representação na Corregedoria da casa contra o parlamentar, que ainda não foi avaliada pelo colegiado.

Cadê os Yanomami? Líder indígena diz que a aldeia foi ameaçada por garimpeiros

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Foto: Divulgação

Cadê os Yanomamis? A comunidade Aracaçá, na terra indígena Yanomami em Roraima, foi encontrada completamente queimada e sem ninguém, na semana passada, depois das denúncias de uma menina de 12 anos da comunidade que foi estuprada e morta por garimpeiros que atuam na região, separados por um rio.

A denúncia veio à tona no dia 25 de abril. Dois dias depois, agentes da PF, acompanhados de representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Ministério Público Federal (MPF) foram até a comunidade investigar o caso.

Em nota conjunta divulgada na tarde de quinta (28), afirmam não ter encontrado nenhum vestígio de crime de homicídio e estupro. Também não há indícios da morte de outra criança, de 4 anos, que teria desaparecido em um rio, após cair do barco dos garimpeiros.

Mas, informaram que continuarão com a apuração porque as “diligências demonstraram a necessidade de aprofundamento da investigação, para melhor esclarecimento dos fatos”.

Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY,) acompanhou as autoridades no local e publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que recebeu relatos das violências, praticadas por garimpeiros ilegais que invadiram o território na região de Waikás, próximo de Aracaçás.

Junto com a equipe, Hekurari pousou por lá, e encontraram alguns indígenas, que não quiserem falar muito a respeito.

“Após insistência, alguns indígenas relataram que não poderiam falar, pois teriam recebido 0,5 gramas de ouro para manter o silêncio. Relataram ainda que outros crimes já aconteceram na região e que recentemente um recém-nascido foi levado para a capital, Boa Vista, por um garimpeiro que alegava ser pai da criança”, diz o comunicado do Condisi-YY.

“Esses indígenas foram coagidos e instruídos a não relatar qualquer ocorrência que tenha ocorrido na região, dificultando a investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal, que acabaram relatando não haver qualquer indício de estupro ou desaparecimento de criança”, diz um trecho do comunicado.

No dia seguinte, quando a equipe chegou em Aracaçás, não encontraram os indígenas e uma das casas estava queimada. E no mesmo dia em que a PF foi ao local, um representante dos garimpeiros divulgou um áudio falando que a “paciência acabou” e que “vão responder igual” acerca de denúncias contra eles.

Por ali, viviam cerca de 25 pessoas. Mas outra hipótese levantada de acordo com as lideranças indígenas consultas pelo Condisi-YY, esses povos têm a tradição de queimas e evacuar o lugar onde moram quando morre um parente.

https://twitter.com/PataxoThyara/status/1520180566150336529

O relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo Ilegal na Terra Indígena Yanomami e Propostas para Combatê-lo”, divulgado no mês de abril pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), já alertava para o risco de desaparecimento de Aracaçá devido a forte presença de exploradores ilegais.

O documento diz que o garimpo ilegal avançou 46% entre 2020 e 2021. Se comparado o período de 2016 a 2020, o aumento foi de 3.350%.

Também foi apontado que extração ilegal de ouro e cassiterita na terra indígena provocou uma explosão dos casos de malária e de outras doenças infectocontagiosas e um aumento da contaminação por mercúrio dos rios.

Situações de estupro de crianças e mulheres da reserva foram citadas no relatório, após os garimpeiros embriagarem pessoas das comunidades, inclusive usando a troca de alimentos.

Dave Chapelle é atacado no palco durante show

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Foto: Divulgação.

O comediante Dave Chapelle foi atacado por um homem no palco durante um show que realizava em no Hollywood Bowl, em Los Angeles, Estados Unidos, na noite desta terça-feira (3). Vídeos nas redes sociais mostram o momento do ataque. O homem que foi rapidamente contido por seguranças, apareceu em outros vídeos sendo encaminhado para atendimento médico com ferimentos e o braço fraturado.

O motivo do ataque não está evidente, mas Chapelle provocou a ira da comunidade LGBTQIA+ com comentários discriminatórios em seu especial “The Closer” da Netflix. Após o ataque sofrido, Chapelle chegou a dizer que a pessoa que o atacou “era um homem trans”.

Chris Rock, que subiu ao palco em seguida, brincou: “Aquele era o Will Smith?” relembrando o episódio entre ele o ator durante a cerimônia do Oscar, quando Chris Rock fez uma piada infame com a queda de cabelo de Jada Pinkett Smith.

Exposição no Museu de Arte do Rio resgata histórias apagadas pelo racismo

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"Liberata", por Michel Cena7. Foto: Jeivison José

“Coleção MAR + Enciclopédia Negra” apresenta retratos de personalidades negras criados por artistas negros contemporâneos.

Após uma passagem pela Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2021, a mostra “Enciclopédia Negra” ganha nova montagem no Museu de Arte do Rio, com abertura em 7 de maio. Originalmente, a exposição exibia os retratos de mais de 100 personalidades negras da história brasileira, criados por 36 artistas negros contemporâneos. As obras foram produzidas para ilustrar o livro de mesmo nome, lançado em 30 de março de 2021 pela Companhia das Letras.

O projeto, organizado por Flávio Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Schwarcz, traz 417 verbetes sobre personalidades históricas e anônimas cujas atuações se destacaram ao longo de quatro séculos de Brasil, em um trabalho de resgate da memória daqueles que foram apagados pelo racismo e pelo colonialismo, que levou mais de seis anos para ser finalizado.  

A novidade para a montagem no Museu de Arte do Rio é a inclusão de aproximadamente 100 obras do acervo de arte afro-brasileira da instituição e novos retratos e biografias de personalidades negras. Além disso, a mostra passa a contar com obras de artistas fundamentais para a história da arte brasileira, como Aleijadinho, irmãos Timótheo da Costa e Mestre Valentim.

Entre os artistas contemporâneos convidados a colaborar com obras para o projeto estão nomes como Antonio Obá, Ayrson Heráclito, Igi Ayedun, Juliana dos Santos, Michel Cena7, Mônica Ventura, Nadia Taquary, Rodrigo Bueno e Sônia Gomes, que trouxeram suas referências artísticas e experiências pessoais para os retratos. 

Michel Cena7, por exemplo, buscou inspiração nas pessoas negras que o cercam ao personificar em amigos e amigas a imagem das figuras históricas, criando uma representação mais humanizadade seus legados. Liberata, mulher escravizada que entrou em uma batalha judicial para conseguir sua alforria, com êxito, e posteriormente tentou sem sucesso libertar também seus dois filhos, é representada pela amiga Carla e sua família. Entre as cinco obras que criou para o projeto há tambémum autorretrato, ondeCena7 representa o artista escravizado Antônio Teles, que pintou esculturas e desenhos no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.  

A exposição fica em cartaz até 10 de junho e os ingressos podem ser comprados on-line ou na bilheteria do Museu.

Coleção MAR + Enciclopédia Negra

Museu de Arte do Rio
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Data da aberta: 06/05/2022
Visitação: 06/05 a 10/06/2022.
Horário: quinta-feira a domingo das 10h00 às 17h00.
Informações: (21) 3031-2741

Rocco Pitanga é o novo Batman em áudiossérie da DC: “Uma honra interpretar esse papel”

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Foto: Bruno Poletti / Spotify.

A áudiossérie original ‘Batman Despertar’ já está disponível no Spotify Brasil. Trazendo o ator Rocco Pitanga no papel principal do herói Bruce Wayne, a obra da DC Comics convida o ouvinte a mergulhar nas profundezas do personagem sombrio e imprevisível. Dentro do suspense psicológico, Wayne é um patologista forense do necrotério de Ghotam que conta com a ajuda de Kell, interpretada por Camila Pitanga. As inquietações do personagem principal e suas memórias perturbadoras, somadas ao terror imposto pelo vilão Ceifador, são alguns dos elementos que fazem parte da obra.

“Trazer um Batman negro quebrando esse lugar estereotipado é um grande passo para inspirar positivamente a sociedade que reivindica esses espaços”, diz Rocco. “Foi uma honra para mim poder interpretar esses papéis. Tive ajuda das minhas filhas para construir o personagem e minha irmã comigo. Tudo aqui foi novo para mim. É uma linha narrativa incrível, muito diferente”, conta o ator.

Rocco Pitanga e Camila Pitanga – Brasil Coletiva de Imprensa da Audioserie Original Spotify Batman Despertar. Foto: Bruno Poletti

Com direção de Daniel Rezende, a adaptação para o Brasil conta ainda com Carol Abras como Renne Montoya, Maria Bopp como Vicki Vale e as participações especiais de Felipe Castanhari como Frenologista, Erico Borgo como Fantasma Cinzento e Gabriel Godoy como Samuel no elenco. Os episódios serão lançados semanalmente às terças-feiras.

Este é o primeiro projeto a estrear como parte do acordo plurianual entre Spotify, Warner Bros. e DC que levará a vasta biblioteca de personagens da DC em novos podcasts do Spotify para unir fãs de todo o mundo em uma experiência de áudio. A áudiossérie estreia globalmente com oito adaptações do roteiro original dos Estados Unidos desenvolvidas para Brasil, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão e México.

Foto: Batman Despertar / Spotify.

Sinopse de ‘Batman Despertar’: Um serial killer conhecido como O Ceifador aterroriza Gotham City, mas Batman não aparece para salvar a cidade. Na verdade, Bruce Wayne não tem nenhuma memória de que um dia ele foi o Cavaleiro das Trevas. Ele é um patologista forense, e está começando a autópsia no corpo da mais recente vítima do serial killer quando é atacado pelo próprio Ceifador. Bruce fica cada vez mais obcecado com o assassino, e o Dr. Thomas Wayne, chefe do Hospital de Gotham City, determina que o filho precisa se afastar do trabalho para iniciar terapia com Dr. Hunter, um estranho psicólogo. Sem poder contar com Batman, Barbara Gordon precisa da ajuda do segundo detetive mais inteligente de Gotham: O Charada.

Sesc Pompeia oferece curso gratuito de “Cultura Culinária Afrodiaspórica”

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Foto: Reprodução | Instagram

Estão abertas as inscrições para o curso “Cultura Culinária Afrodiaspórica”, que vai acontecer no Sesc Pompeia, em São Paulo, entre os dias 10 e 31 de maio, terças-feiras, às 19h.

As aulas serão ministradas pela colunista do Site Mundo Negro Aline Chermoula, Lourence Cristina Alves e Rute Costa. A proposta do curso é promover e resgatar memórias ancestrais, por meio da pesquisa sobre comida africana e suas representações em países do continente americano.

O curso faz parte do projeto “Dossiê da Diáspora – Presença e resistência negra no mundo” que, a partir de um olhar para a diáspora africana, apresenta uma série de ações que se debruçam sobre a influência do povo negro nas ciências, na cultura e nas artes ao redor do mundo.

Aline Chermoula é chef de cozinha, professora de gastronomia, pesquisadora da culinária ancestral afrodiaspórica, idealizadora do projeto Xepa no Prato e proprietária da Chermoula Cultura Culinária.

Lourence Cristine Alves é doutora em Alimentação, historiadora e pesquisadora de Gastronomia e Afrobrasilidades.

Rute Costa é doutora em Educação e ciências da saúde pela UFRJ e coordenadora do projeto culinário saberes ancestrais e afrobrasileiros (Quilombo Macaé).

A Cultura Culinária Afrodiaspórica tem como principal objetivo promover e resgatar memórias ancestrais, por meio da pesquisa sobre comida africana e suas representações em países do continente americano.

Serviçoç

Curso Cultura Culinária Afrodiaspórica
De 10 e 31 de maio
Terças, às 19h | Comedoria
Inscrições abertas: inscricoes.sescsp.org.br

Descrita como uma deusa, Rihanna é homenageada com estátua de mármore no Met Gala 2022

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Foto: Reprodução / Vogue.

Um dos maiores eventos de moda do mundo, o Met Gala 2022 aconteceu nesta última segunda-feira (2). Pela primeira vez em muitos anos, Rihanna não compareceu fisicamente ao evento. Descrita como um dos principais nomes dentro da moda mundial e uma das principais artistas representantes do Met Gala, Riri recebeu uma homenagem direta do Metropolitan Museum of Art, instituição que organiza e celebra o evento. A cantora barbadiana foi homenageada com uma enorme estátua de mármore, colocada em destaque entre os deuses da cultura greco-romana e ao lado de personalidades históricas.

A estátua de mármore recriou a capa da revista Vogue norte-americana do mês de abril. “A estátua de ‘Eirene (A Personificação da Paz)’ geralmente é uma deusa de mármore de mais alto perfil do Met Museum nas greco-romanas. Mas agora temos Rihanna, direto da capa da Vogue deste mês”, publicou a revista.

Através das redes sociais, Rihanna celebrou a homenagem. “O que é mais dourado do que isso? Obrigada MET e Vogue por esta homenagem histórica! Vocês destruíram”, escreveu ela.

Rihanna possui um histórico de glória nos tapetes do Met Gala. Em 2015, com o tema “China: através do espelho”, a cantora apareceu com um belíssimo e longo vestido amarelo com detalhes florais, que ficou conhecido como uma das peças mais icônicas do evento. O item de alta-costura chinesa, encontrado na internet pela própria Riri, foi feito à mão e assinado por Guo Pei.

Rihanna no Met Gala 2015. Foto: Getty Images.

Ailton Graça e Elisa Lucinda estrelam “O Pai da Rita”, de Joel Zito Araújo

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Foto: Divulgação.

Após ser exibido em festivais nacionais como a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2021) e receber indicações a diversos prêmios no Festival do Rio (2021), estreia no dia 19 de maio o novo longa-metragem de ficção de Joel Zito Araújo, “O Pai da Rita”.

O filme é uma comédia dramática que narra a história de Roque e Pudim, músicos, boêmios, e compositores da tradicional escola de samba Vai-Vai que tem como cenário o bairro do Bexiga. Entre lembranças e conflitos, os grandes amigos entram em uma guerra gerada por uma dúvida sobre o passado: Quem é o pai da Rita? Roque, Pudim ou, quem sabe, Chico Buarque? No elenco estão Ailton Graça, Jéssica Barbosa, Wilson Rabelo, Paulo Betti, Léa Garcia, Nathalia Ernesto e Elisa Lucinda.

Considerado um dos grandes cineastas e pensadores negros do país, Joel Zito Araújo transita com desenvoltura entre o cinema documentário e de ficção, colocando o negro em cena no Brasil e no mundo. Seu primeiro longa-metragem de ficção, o “Filhas do Vento”, de 2004, ganhou 8 Kikitos no Festival de Gramado, incluindo o prêmio de Melhor Diretor, e o de Melhor Filme do Festival de Tiradentes.

Joel Zito dirigiu renomados filmes, como os documentários  “A Negação do Brasil” (2001), vencedor do É Tudo Verdade, e “Meu Amigo Fela” (2019), que estreou no Festival Internacional de Roterdã-IFFR e ganhou o Prêmio Especial do Júri na Competição Internacional no É Tudo Verdade, os prêmios de Melhor Filme da Diáspora Africana do FESPACO/Burkina Faso, e  de Ja’Net Documentário no Pan African Film Festival-PAFF em Los Angeles, entre outros. Com uma extensa obra que lhe deu 36 prêmios, atualmente Joel Zito segue a todo vapor, dirigindo a série-documental “PCC – O Poder Secreto” para a HBOMAX, e pretende entreter o público com esta mais nova comédia dramática, “O Pai da Rita”, em co-produção com a Globo Filmes.

Veja o trailer:

Passageiros se manifestam contra mulher no metrô de SP e a impedem de sair: “Racista!”

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Na noite desta segunda-feira (2), um caso de racismo deu início a uma manifestação no metrô Ana Rosa, na Vila Madalena, em São Paulo. De acordo com a vítima Welica Ribeiro, uma mulher loira questionou se ela poderia “tirar o cabelo” de perto, caso contrário, poderia “passar alguma doença”.

https://twitter.com/DFDaDepre/status/1521484077588795396

Welica, que é do Rio de Janeiro, estava com o irmão e os pais quando a mulher começou a falar de seu cabelo. ‘Sou grata a meu irmão Jhonathan que levantou uma manifestação ali’, disse em desabafo nos stories do instagram.

Neste momento, os outros passageiros do vagão bloquearam a saída da estação até a chegada da polícia, gritando “Racista” e “Racistas não passarão!”.

Depois do acontecido, Welica, seu irmão Jhonathan e Samuel foram até a delegacia onde o caso vai ser investigado.

Samuel Lopes, uma das testemunhas, estava ao lado de Welica no metrô. “A mulher falou assim: ‘moça, você podia dar licença e tirar seu cabelo? Você pode passar alguma doença para mim’. Falou com cara de cinismo mesmo”, explica.

Segundo o irmão da vítima, o nome registrado no boletim de ocorrência é Agnes Vajda, indentificada como assistente consular no Consulado da Hungria em São Paulo, nas redes sociais.

No Instagram, Welica se mostra esperançosa. “Sabemos que a justiça é lenta, mas não podemos mais nos abster”.

Sônia Seixas Leal, ex-patroa de Madalena da Silva, diz que não pagava salário porque a considerava “da família”

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Foto: Reprodução TV Bahia.

Sônia Seixas Leal, a ex-patroa de Madalena Santiago da Silva, resgatada após trabalhar 54 anos em condições análogas a escravidão, afirmou que não pagava o salário da empregada doméstica porque a considerava uma irmã. A auditora fiscal do trabalho Liane Durão, disse que a ex-patroa de Madalena deu essa justificativa em depoimento ao Ministério do Trabalho no final de março de 2022. A informação é do g1.

A justificativa, “comum” para o tipo de tratamento destinado às empregados domésticas no Brasil, é inaceitável. “Se ela fosse da família, teria direito a herança, teria direito a usar o elevador social, piscina, fazer faculdade e estudar, como a família faz”, disse a presidente Sindicato de Trabalhadores Domésticos da Bahia, Creuza Oliveira.

Para cada irregularidade relacionada ao trabalho da doméstica será aberto um auto de infração. Até agora, o Ministério do Trabalho tem entre 10 e 12 autos. A Justiça do Trabalho bloqueou R$ 1 milhão em bens da família Seixas Leal para garantia das verbas rescisórias e dos danos morais pagos a doméstica Madalena Silva.

Segundo o Sindicato de Trabalhadores Domésticos da Bahia, após a repercussão do caso de Madalena, duas novas denúncias de trabalho análogo a escravidão foram feitas na Bahia em apenas um dia.

Além dos anos vivendo sem receber salário, Madalena também teve sua aposentadoria roubada e a filha dos patrões fez um empréstimo em seu nome. Atualmente, Madalena da Silva recebe seguro desemprego e um salário mínimo da ação cautelar do Ministério Público do Trabalho.

A história de Madalena repercutiu nacionalmente após a idosa afirmar, em entrevista à TV Bahia, que tem medo de pegar na mão de pessoas brancas.

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