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Sônia Guajajara, Oprah e Zendaya estão entre as pessoas mais influentes do mundo

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Sônia Guajajara, Oprah e Zendaya. Fotos: Brasília / Gianluigi Guercia/ AFP / TIME.

Incluindo a brasileira Sônia Guajajara, a renomada revista TIME divulgou nesta segunda-feira (23) sua lista anual de pessoas mais influentes do mundo. A tabela elenca as 100 pessoas de maior destaque em 2022, que desempenham papéis importantes nas áreas do entretenimento, política, esportes, negócios, entre outros campos. A lista é classificada em seções de artistas, inovadores, titãs, líderes, ícones e pioneiros.

Sonia Guajajara em pose oficial. Brasília.

Descrita como uma pioneira, Guajajara foi homenageada por sua luta pelos direitos das populações originárias. “Os pais de Sônia não sabiam ler e ela teve que sair de casa aos 10 anos para trabalhar. Apesar disso, ela desafiou as estatísticas e conseguiu se formar em uma universidade. Desde muito cedo, ela luta contra forças que tentam exterminar as raízes de sua comunidade há mais de 500 anos“, destacou o texto publicado pela TIME e escrito por Guilherme Boulos. “Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, como mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, como ativista; e contra o neoliberalismo, como socialista…Sônia Guajajara está na linha de frente da luta contra a tentativa do governo Bolsonaro de destruir as terras indígenas, junto com a floresta amazônica”.

Oprah. Foto: Tom Cooper / Getty Images.

Além de Guajajara, personalidades consagradas como Oprah, Zoë Kravitz, Mary J. Blige e Jazmine Sullivan também foram homenageadas. Para a TIME, quem escreveu sobre Oprah foi Michelle Obama. “Cada projeto que ela toca segue o mesmo padrão, nos pedindo para pensar criticamente sobre nossa sociedade e como ela funciona, nos lembrando de nossa humanidade comum e nos desafiando a tomar nossas vitórias e fracassos, nosso orgulho e vulnerabilidade – e fazer tudo ser visto“, escreveu a ex- primeira dama dos Estados Unidos. “Quer ela esteja conversando com estrelas pop, presidentes, colegiais, acadêmicos – ou ela esteja perguntando sobre sua vida tomando um copo de vinho na sala de estar – Oprah sempre teve essa habilidade incrível de nos abrir, ouvir além de nossas palavras e descobrir uma verdade maior, ser vulnerável conosco de uma maneira que nos permita ser vulneráveis ​​de volta“.

Zendaya durante passagem por Cannes 2021. Foto: JOEL C RYAN.

Dentro da seção de inovação, quem ganhou destaque foi a atriz Zendaya, vencedora do Emmy de ‘Melhor Atriz em Série Dramática’ por sua atuação em ‘Euphoria’, a estrela também segue em alta por sua atuação no cinema e no mundo da moda. “Para mim, Zendaya tem mil anos. Ela já viveu muitas vidas antes desta”, escreveu o diretor Denis Villeneuve. “E, no entanto, ela é tão jovem quanto a primavera. Por algum paradoxo inextricável, ela também dá a impressão de ter nascido em um futuro distante. Ela é atemporal, e ela pode fazer tudo. Ela é uma força criativa autônoma“.

Outros homenageados na lista TIME incluem o vencedor do Álbum do Ano no Grammys 2022, Jon Batiste, a vencedora do Oscar 2022, Ariana DeBose, a estrela Issa Rae, o arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2022, Francis Kéré, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley e a profissional Ketanji Brown Jackson, primeira juíza negra da Suprema Corte dos Estados Unidos.

Confira outros nomes a lista completa da TIME, clicando aqui.

Virada Cultural de SP terá Ludmilla, Karol Conká, Péricles e Rincon Sapiência; veja programação

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Fotos: Ygor Marques, Divulgação, Rodrigo Sá e Andreh Santos

A Secretaria Municipal de São Paulo divulgou a programação completa da Virada Cultural 2022, que será realizado no próximo final de semana, nos dias 28 e 29 de maio.

Com o tema Virada do Pertencimento, a edição deste ano ocorrerá em oito regiões: Butantã (Zona Oeste), Freguesia do Ó (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Campo Limpo (Zona Sul), M’Boi Mirim (Zona Sul), São Miguel Paulista (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste) e o Vale do Anhangabaú (Centro). A abertura acontece às 17h do sábado (28).

Entre as principais atrações do evento estão artistas como Ludmilla, Gloria Groove, Karol Conká, Pocah, BK, Rael, Black Alien, Rincon Sapiência, Djonga, Planet Hemp, Russo Passapusso, Jorge Aragão e Péricles.

Serão mais de 300 apresentações artísticas contemplando todas as modalidades e povos, entre os quais música, artes cênicas, danças e manifestações populares. 

Confira programação com artistas negros:

ANHANGABAÚ (Viaduto do Chá)

28/05

20h30 | Margareth Menezes (90 min)

29/05

03h30 | Batekoo + Mamba Negra (270 min)

08h00 | Toré – Encontro de Aldeias e Etnias Indígenas (60 min)

17h30 | Planet Hemp (60 min)

ANHANGABAÚ (Praça das artes)

29/05

00h30 | Tássia Reis com participação de Monna Brutal

16h30 | Juçara Marçal (60 min)

ZONA SUL: CAMPO LIMPO (Praça do Campo Limpo)

28/05

19h00 | Vitão (60 min)

21h00 | Xande de Pilares (60 min)

29/05

17h00 | Luedji Luna (60 min)

ZONA SUL: M’BOI MIRIM. Av. Luiz Gushiken, s/n

28/05

17h00 | Mumuzinho (60 min)

21h00 | Rashid (60 min)

29/05

15h00 | Coruja BC1 (60 min)

ZONA SUL: PIRAPORINHA

28/05

16h00 | Kyan (60 min)

18h00 | Indy Naíse (60 min)

20h00 | Nina do Porte (60 min)

ZONA SUL: CENTRO CULTURAL GRAJAÚ

29/05

DJ Lorrany (intervalos)

13h00 | Drik Barbosa (60 min)

15h00 | Bivolt (60 min)

17h00 | BK’ (60 min)

ZONA LESTE: ITAQUERA. Praça Brasil

28/05

19h00 | Rael (60 min)

21h00 | Glória Groove (60 min)

29/05

13h00 | Pocah (60 min)

17h00 | Djonga (60 min)

ZONA LESTE: RIBEIRÃO

28/05

16h00 | Arlindinho (60 min)

18h00 | DBS Gordão Chefe + Sombra SNJ + MC Fler (60 min)

20h00 | Red Lion e Emcee Lê  (60 min)

29/05

14h00 | Kaê Guajajara (60 min)

16h00 | MC Soffia (60 min)

ZONA LESTE: SÃO MIGUEL PAULISTA. Itaqueruna

28/05

16h00 | Alma Djem + Filosofia Reggae (60 min)

18h00 | Fresh Dancehall (60 min)

20h00 | Monkey Jhayam, Laylah Arruda e Dada Yute (60 min)

ZONA LESTE: CENTRO CULTURAL CIDADE TIRADENTES

28/05

DJ Ladyybrownn | (intervalos)

17h00 às 18h00 | Mv Bill convida Kmilla CDD (60 min)

19h00 às 20h00 | Karol Conká (60 min)

21h00 às 22h00 | Black Alien (60 min)

29/05

DJ Ladyybrownn  (intervalos)

13h00 às 14h00 | Samprazer (60 min)

15h00 às 16h00 | Attooxxa (60 min)

17h00 às 18h00 | Tasha e Tracie (60 min)

ZONA NORTE: PARADA INGLESA. Carandiru

28/05

16h00 às 17h00 | Jorge de Aragão (60 min)

18h00 às 19h00 | Romero Ferro + Bixarte + Doralyce (60 min)

20h00 às 21h00 | Sidney Magal (60 min)

29/05

14h00 | Neguinho da Beija Flor (60 min)

16h00 | Jaloo + Gaby Amarantos + MC Tha (60 min)

ZONA NORTE: FREGUESIA DO Ó. Av. Miguel Conejo, s/n

28/05

19h00 | Péricles (60 min)

29/05

13h00 | Rincon Sapiência (60 min)

17h00 | Ludmilla (60 min)

ZONA OESTE: BUTANTÃ. Pirajussara

28/05

18h00 | Mulamba (60 min)

20h00 | Vandal convida Russo Passapusso (60 min)

ZONA OESTE: PINHEIROS. Biblioteca Alceu Amoroso Lima

16h00 | Ellen Oléria (60 min)

“Casada eu não vou”, diz Jojo Todynho sobre Farofa da Gkay

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Foto: Reprodução.

Em declaração polêmica, a cantora e apresentadora Jojo Todynho afirmou que por ser casada e levar seu matrimônio a sério, não vai participar da ‘Farofa da Gkay’, festa promovida pela influenciadora Gessica Kayane. O evento é conhecido pela presença de convidados famosos e também pelo clima de pegação. “Não é ambiente para mim e nem para o meu marido”, disse Jojo.

Nos stories, ela explicou o motivo de sua recusa para a festa. “Eu tô sendo marcada em páginas fofocas e recebendo alguns directs falando ‘ai, que bobeira, você não vai pra Farofa da Gkay por causa do seu marido’. Não, não é por causa dele. É respeito. E eu acho que, quando a gente escolhe casar, tem certos ambientes que não são mais… ‘Ah, mas vão vários casais lá’. Problema de vários casais. Eu não sou todo mundo”.

No vídeo, a cantora deu a entender que não gostaria de passar por situações em que o marido ou ela fossem assediados durante a festa. “Eu me conheço e sei que se alguém olhasse assim, o pau ia comer na casa de Noca, então é melhor evitar”, detalhou a funkeira.

“Eu fiz a escolha de casar e levar o meu relacionamento a sério. Eu me conheço. Pra eu acabar com a Farofa… Não me custa”, disse ela, que completou afirmando que se estivesse solteira, iria, sim, à festa. “Agora, se eu fosse solteira, ia com certeza. Mas casada eu não vou”. “Tô fora, boa curtição pra quem vai, aproveita, se joga. Mas eu acho que casamento é algo sério para mim. Eu me conheço, então a gente evita”, concluiu.

Editora Kriô Comics lança sua primeira HQ: o super-herói ‘Mano K’

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Foto: Divulgação

A HQ do super-herói Mano K, intitulada Caos Primordial, que há muito tempo estava sendo aguardada, foi finalmente lançada pela Editora Kriô Comics. A revista pode ser comprada exclusivamente no site.

Criado pela jornalista, escritora, e diretora da Editora Kriô Comics, Edna Pessanha, Mano K tem seu roteiro escrito pelo excelente roteirista Jean Canesqui, que nos faz imaginar se um garoto pobre e negro da periferia de São Paulo, desses que o universo conspira para lhe roubar o futuro, ganhasse poderes que o levasse muito além da humanidade. O dom de manipular algo misterioso e poderoso, como a Chave do Caos, e alterar a probabilidade, o fato, a própria realidade!

O mundo de Mano K é o nosso mundo. Onde o bem e o mal não são tão definidos como se vende por aí, e a superciência e a magia coexistem, conspurcando qualquer certeza. É o mundo em que o filme Cidade de Deus e o seriado Cidade dos Homens, se encontram com as fantásticas dimensões de Top Tem e Astro City.

A Terra possui sua cota de super-humanos e outros seres que assombram as pessoas. Na Segunda Grande Guerra, a lendária Galeria Sombria lutou contra o totalitarismo, ao lado do misterioso grupo chamado o Segredo. Hoje, agindo como o Greenpeace e a Cruz Vermelha, o Mito reúne meta-humanos em nome da paz mundial, gerando uma adoração entre a população não vista desde os Beatles e Hitler, além de muitos conflitos com várias potências e seus negócios escusos. Do mesmo modo, o Comitê, organização criminosa emersa em atrocidades, se alimenta da guerra, do crime organizado internacional, e da corrupção para controlar o verdadeiro poder. Nisso, o Brasil se torna um dos alvos para suas ações. Um lugar perfeito para as fazendas de seres humanos de destruição em massa. Poderosos super-humanos a serviço como armas vivas para quem puder pagar. A favela da Jujuba, é um dos vários pontos na América Latina para instalação de suas bases, aproveitando-se da miséria para transformar jovens em produtos perigosos. Chacina, Cadeira Elétrica e Cutelo, são seus tenentes encarregados de dominar o crime local, e recrutar a juventude sem esperança, eles mesmos pessoas de destruição em massa, oriundos de vidas trágicas. Todavia, Mano K fez suas escolhas pessoais, e talvez elas não passem pelos planos do Comitê.

Mano K não se trata de uma história de semideuses perfeitos do American way of life, mas de pessoas comuns, que um dia descobriram que podem voar.

Sinopse

Em um mundo similar ao nosso, onde seres com superpoderes surgem com alguma frequência, os meta-agentes Chacina, Cadeira Elétrica e Cutelo, massacram os traficantes da Favela da Jujuba e dominam o local. A comunidade se tornará mais uma fazenda de super-humanos do Terceiro Mundo, sob o controle do Cartel do Supercrime Internacional, o Comitê. Alheio a isso, Marcos, um jovem negro morador da Favela da Jujuba, tenta levar a vida do melhor jeito possível. Ele é um grande fã dos super-heróis dessa realidade, motivo de irritação para a mãe religiosa, pois ela os considera coisa do Diabo. Certo dia no entanto, ao mexer no velho opala deixado por seu falecido pai, de quem a viúva misteriosamente sempre evitou falar, encontra algo que transforma sua vida para sempre: A Chave do Caos!

Nasce mais um super-herói… Ou não?

Celebrar o amor negro faz parte da militância

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Foto: Reprodução.

Nos últimos dias tivemos notícias de duas gestações que fizeram nossos olhos brilharem. A atriz e cantora Jéssica Ellen e o ator Dan Ferreira anunciaram a gravidez do primeiro filho ou filha do casal.  Dias antes, sorrimos com a gravidez de gêmeos da dentista Elis Regina Valentim e seu esposo, o jornalista Marcos Luca Valentim. Longe de romantizar as relações maternas e paternas, mas celebrar a vida e o amor negro faz parte na nossa militância. 

Nos últimos anos falamos principalmente sobre as relações afrocentradas e a importância do amor negro. Mas para que a gente pudesse celebrar nas ruas e nas redes sociais nossos amores negros ocorreu uma luta política e o combate de ideologias sociais.

No Brasil pós-abolição da escravatura os casamentos interétnicos foram incentivados a fim de diminuir o número de negros na população nacional. A ideia de democracia racial teve muito sucesso, ela foi difundida no Brasil no início do século XX e contou com a participação de intelectuais como Gilberto Freyre. De forma muito geral, essa vertente teórica e ideológica afirmava que no Brasil as diferentes raças convivem harmoniosamente num paraíso sem discriminação racial. E as relações sexuais entre brancos e negras era um exemplo dessa suposta democracia racial. Certamente, você já está com certa raiva de Freyre, vamos então para outra ideia: a política de branqueamento. Com ações sistemáticas nosso país desenvolveu uma campanha massiva de entrada de europeus no final do século XIX e início do século XX com o objetivo de criar, a longo prazo, uma nação branca. Falharam.  

Voltando mais um pouco no tempo e chegamos na colonização e na retirada violenta de africanos de seu continente de origem para trabalharem à força nas Américas. As famílias eram desfeitas, no Brasil houve a tentativa de construção de novos laços, porém sempre a partir da negociação e do conflito com seus respectivos senhores. Ainda sobre a violência colonial, os escravizados presenciavam a tortura de seus irmãos e não podiam os acolher, pois era possível que o castigo se estendesse a eles próprios. Cuidar das feridas dos iguais era um risco, que muitos resolveram correr. 

A colonização e a colonialidade imprimiram em nossas mentes que o corpo negro é mais apto ao trabalho, é mais resistente e forte. Ele é também um corpo destoante do padrão de beleza, que é branco. Foram muitas as mentiras difundidas massivamente sobre a gente. Essa difusão teve consequência nas nossas relações afetivas. Você deve estar se perguntando, mas esse texto não era sobre amor? Também. Tive que falar de dor para falar de afeto.

A valorização da beleza negra foi e é pauta de luta do Movimento Negro. O bloco afro Ilê Aiyê teve importante participação na busca por essa valorização ao promover pela primeira vez em 1979 o concurso Noite da Beleza Negra, exclusivo para mulheres negras. Já em 1991, a frase “Reaja à violência racial. Beije sua preta em praça pública” que abre o poema “Bandeira”, escrito por Lande Onawale, foi publicado no jornal do Movimento Negro Unificado (MNU). Além do texto, uma fotografia de um casal negro se beijando compunha aquele número. A edição ficou famosa e ainda hoje a utilizamos como um lema em defesa ao amor negro. O poema vai virar documentário. A cineasta Camila de Moraes está trabalhando numa obra audiovisual sobre as relações afetivas de famílias negras. Já queremos assistir nos cinemas de todo país. 

Para não dizer que não falei de flores. Voltamos para os afetos. Amar é um ato revolucionário, quando se é negro essa ação é duplamente revolucionária. Como a arte também revoluciona termino esse texto com um trecho da música Dengo de Thiago Elninõ: “Famílias pretas são sementes de comunidades vivas/ Por isso que eu dou minha vida/Pra nunca deixar morrer/ Essa coisa bonita que entre nós se fortifica/ Preta, hoje tu tá linda, então deixa o tempo correr”. Na música, no cinema, nas revistas, nas ruas, nas praças, nas redes sociais vamos enaltecer os amores negros.

“Levei tiro por causa de R$ 4”, diz Mateus Carvalho, atendente de fast-food baleado em serviço

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Mateus Carvalho. Foto? Reprodução / TV Globo.

O atendente do McDonald’s Mateus Domingues Carvalho deu detalhes sobre o dia em que foi baleado pelo sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque, após uma discussão por causa de um cupom de desconto. “Eu levei um tiro por causa de R$ 4”, disse Mateus em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no último domingo (22).

Após ser baleado, Mateus perdeu um rim. A bala se alojou nas costas após perfurar o intestino do rapaz, que agora usa uma bolsa de colostomia, que deverá ser retirada após novo procedimento cirúrgico dentro de dois meses.

Paulo César de Souza Albuquerque . Foto: Reprodução.

Mateus contou que estava feliz por ter conseguido o primeiro emprego com carteira assinada, e que o caso aconteceu por volta das 2h da manhã do dia 9 de maio. “Quando chegou por volta das 2h tinha um carro na frente, antes dele. Estava muito cheio de gente e nisso ele já estava bem alterado lá atrás. Buzinando muito, muito, muito”, disse.

O bombeiro teria ficado irritado porque Mateus não considerou um cupom de desconto que ele tinha apresentado após a conclusão do pedido. “Foi uma coisa muito fútil, cara. Se ele esperasse um minuto eu ia chamar o gerente, ele ia bater o cupom. Ele ia levar o que ele queria”, disse Mateus.

Paulo César Albuquerque se entregou na 32ª Delegacia de Polícia, na última sexta-feira (20), após expedição de mandado de prisão preventiva contra ele. O documento foi expedido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, do 4º Tribunal do Júri, na quinta-feira (19). No documento, o juiz afirma que a prisão é necessária para garantir a “integridade física e psíquica das testemunhas e, especialmente, da vítima sobrevivente”.

Bel-Air: A releitura dramática de Um Maluco No Pedaço que precisamos assistir

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'Bel-Air'. Foto: Peacock.

Transformar uma das comédias mais populares de todos os tempos em um drama contemporâneo não foi uma tarefa fácil, mas o escritor e diretor Morgan Cooper entregou um trabalho coeso e profundo em ‘Bel-Air’, releitura atualizada do clássico ‘Um Maluco No Pedaço’ (1990). Num momento em que a comunidade negra se vê bombardeada com notícias trágicas sobre seus direitos e ameaças à vida, ‘Bel-Air’ soa como uma produção necessária e repaginada aos olhos do público.

Jabari Banks como Will em ‘Bel-Air’. Foto: Peacock.

Com produção de Will Smith, apesar de funcionar como um drama, ‘Bel-Air’ também apresenta tons de humor, ainda que em escalas menores. Dentro da obra, o personagem principal ainda é Will (Jabari Banks), que vê sua vida mudar completamente, após se envolver numa briga com um criminoso de seu bairro. O jovem estudante, que sonhava em ser um atleta, é obrigado a abandonar sua vida para fugir dos problemas, abarcados sob uma perspectiva de racismo estrutural e violência policial. 

Aqui, vale destacar o que não foi trabalhado em ‘Um Maluco No Pedaço’, o lamento dramático da mãe de Will (April Parker Jones), ao ver seu filho tendo que partir para outro rumo. Assistir o pânico de uma mãe negra lutando pela segurança de seu filho por razões que frequentemente acontecem na vida real está longe de ser engraçado. “Não vou enterrar meu filho”, diz a mãe de Will entre lágrimas enquanto o leva para o aeroporto, para conhecer seus tios distantes e ricos. “Isso é para o seu próprio bem“.

‘Bel-Air’. Foto: Peacock.

Assim, somos imersos no enredo da família rica e distante de Will. O primeiro vislumbre do relacionamento do jovem com o tio Phil (Adrian Holmes) chega a ser tocante. Com pontos de vista completamente diferentes, Phil promete dar ao sobrinho a melhor chance de um bom futuro. A série usa a tensão do ser negro em uma sociedade predominantemente branca e de classe alta para explorar tópicos como racismo, colorismo e tensões sociais. Neste enredo, a rivalidade entre Will e Carlton (Olly Sholotan) vai muito além da provocação entre primos, abrindo espaço para uma relação de batalhas com drogas e inseguranças.

‘Bel-Air’. Foto: Peacock.

Amada pelo público, a nova versão de tia Viv (Cassandra Freeman) também funciona como um dos destaques da série. A jovem Hilary (Coco Jones) e tia Vivian se enfrentam ao longo dos episódios numa disputa geracional. Cansada do interminável ano sabático de Hilary, Viv busca para sua filha um emprego como influenciadora digital, dando outro aceno contemporâneo para a obra.

Assim, ‘Bel-Air’ se configura como um drama contemporâneo que vale a nossa atenção. Precisamos compreender esse novo olhar realista sobre a série de comédia dos anos 90 que crescemos amando. É uma nova oportunidade de crescimento, mas também de nostalgia e que vale cada minuto.

A primeira temporada de ‘Bel-Air’ está disponível no Star+. Abaixo, você confere o trailer oficial.

Barbie negra: Issa Rae deverá interpretar versão da personagem em novo filme

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Foto: Kevin Winter/Getty Images.

A atriz, produtora e diretora Issa Rae foi adicionada ao elenco do filme ‘Barbie’, dirigido por Greta Gerwig. Estrelado por Margot Robbie, o longa contará com diferentes versões da icônica boneca infantil. De acordo com o autor e colunista do NYTimes Kyle Buchanan, o longa terá Issa Rae e Hari Nef interpretando outras Barbies, junto com Ryan Gosling, Simu Liu e Ncuti Gatwa interpretando diferentes versões de Ken.

Issa Rae ao lado de demais atores presentes no elenco de ‘Barbie’. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

‘Barbie’ é adaptado a partir do roteiro de Noah Baumbach, que já trabalhou em obras famosas como ‘Madagascar 3’ e ‘Histórias de Um Casamento’. O filme está atualmente sendo filmado no Leavesden Studios da Warner Brothers, em Londres e está programado para ser lançado em 2023.

Um filme live-action da Barbie estrelado por Amy Schumer, que escreveu o roteiro ao lado de Kim Caramele, foi anunciado pela primeira vez em 2016. Schumer deixou o projeto em 2017 por causa de “diferenças criativas” com a Sony, que mais tarde contratou Gerwig e Baumbach para levar o filme em uma direção diferente. Os detalhes da trama ainda estão sendo mantidos em sigilo mas sabe-se que diferentes versões da icônica personagem infantil ganharão vida, sendo Issa Rae uma delas.

“É um lugar de comida vibrante”, diz Rodrigo Freire sobre o Preto, seu novo restaurante

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Rodrigo Freire. Foto: Tales Hidequi.

Novidade em Pinheiros exalta cozinha de origem, natureza e calma em ambientes e sabores

“Mais do que um restaurante, o Preto é um lugar de comida vibrante, para se passar o tempo sem pressa”, define Rodrigo Freire, o idealizador do projeto recém-inaugurado em Pinheiros, São Paulo. Advogado de compliance e cozinheiro, o soteropolitano se dedicou a criar cada detalhe, da rampa da entrada à “praia” do jardim, passando pelos salões do restaurante e pelo bar-galeria de arte.

Imaginou também menus e momentos para cada espaço: cafezinhos com quitutes debaixo de uma árvore do quintal, coquetéis e petiscos nos arredores do balcão e das obras de arte, pratos afro-brasileiros, afetivos e sustentáveis em todas as mesas.

“A alma são os cardápios de casa, essa mistura de Portugal e África do dia a dia, que só tem acesso quem é baiano mesmo. É o pãozinho delícia dos lanches da tarde, o frango ensopado com quiabo da mãe, a carne de sol do padrasto, a moqueca de sexta-feira da avó, o xinxim de uma tia, o pudim de tapioca de outra”, explicita ele.

Ambiente do Preto. Foto: Tales Hidequi.

Aos sabores saudosos soma-se a sustentabilidade. Vai daí uma cozinha de poucos ingredientes base, usados integralmente em diversos processos, obtidos de produtores responsáveis e que, ao cabo, geram pouquíssimos resíduos.

Por exemplo, da raiz à folha, sem menosprezar o talo, tudo do coentro é porcionado a vácuo em saquinhos de fécula de mandioca para que sua vida seja prolongada. O coco rende leite e lascas. A tapioca da Feira de São Joaquim é vista como iguaria exclusiva do pudim com pé de moleque.

Já o camarão seco é um episódio à parte: pescado somente na lua nova se tiver tamanho maior que um dedo indicador por uma comunidade ribeirinha de Saubara, no Recôncavo, ele é defumado suavemente dentro de uma oca com brasas de aroeira. Quando chega ao Preto, não é visto como proteína, mas como tempero intransponível.

Dessa mesma vizinhança vem o dendê de manufatura, que dá cor e intensidade a diversas receitas sem cair no clichê gastronômico de panelas fumegantes. Aliás, não há clichês nas apostas da casa.

Ali, o arroz caldoso de xinxim de galinha traz farofa de banana para criar “cimento”; a polenta com açafrão real e coco tem ossobuco cozido longuissimamente; a feijoada branca é de frutos do mar e o Balaio de Gato, uma tábua com tentáculo de polvo, camarão, lula, mexilhão, filé de peixe e legumes assados na brasa, servidos sobre aipim frito e cuscuz de milho, foi montada para ser festivamente compartilhada.

Feijoada do mar é parte do menu do restaurante. Foto: Tales Hidequi.

As escolhas cuidadosas aparecem igualmente na carta de drinks, assinada por Christopher Carijó, e se evidenciam no Pancadinha (batida de coco, rum e limão siciliano acompanhada de cocada), no Boca de Zero Nove (gim, limão galego, toque de alecrim, canela e laranja servido em taça defumada) e no Miserê (gim, dendê, vermute, infusão de laranja bahia e noz-moscada).

A bem da verdade o zelo transborda o menu: há o algodão cru, a linha orgânica e os botões de coco dos uniformes, há a louça em pedra sabão e o mobiliário desenhados especialmente para a casa e que, em breve, estarão à venda junto às artes das paredes.

Os horários refletem a mesma filosofia: as portas não se fecham entre almoço e jantar para não prejudicar a brigada e o funcionamento do metrô, a uma quadra dali, é respeitado à risca. De segunda a segunda.

A única diferença é que, aos finais de semana, a casa abre um pouquinho mais cedo, com um brunch que inclui provocações como a Maria Bonita (um croque madame com requeijão de corte, presunto fresco, bechamel e ovo escalfado), o Zé Pequeno (queijo canastra quente e bechamel) e a Panqueca de Filme (com frutas e melaço de cana).

Em última instância, o Preto é sobre valorizar o simples com leveza e elegância, sem trair a ancestralidade da cozinha baiana. É sobre proporcionar uma atmosfera capaz de acalmar os ânimos e despertar a vontade de comer.

Rua Fradique Coutinho, 276 — Pinheiros | São Paulo. @preto.cozinha. Horário de funcionamento: segunda, das 12h às 23h. Terça, fechado. Quarta e quinta, das 12h às 23h. Sexta das 12h as 0h. Domingo das 10h às 20h.

Transplante capilar afro: a nova tendência entre os homens negros

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Foto: Marcos Hermes

O transplante capilar é uma técnica cirúrgica que insere fios de cabelo que preenche áreas necessárias do couro cabelo, preservando as raízes, mas que ainda precisa ser desmistificado quando se trato de cabelos afros.

O baixista Fernando Rosa, realizou o procedimento e tem feito tanto sucesso, que ele relata elogios até do cantor Lenny Kravitz pelo black power impecável.

Em entrevista ao MUNDO NEGRO, a Dra. Carolina Carletti, diretora médica da unidade Brooklyn (SP) da rede Mais Cabello, explicou a alopecia androgenética, nome complicado para a calvície, afeta homens e mulheres, entretanto, os homens são os mais que realizam o procedimento.

“Apesar de a queda de cabelo intensa também atingir as mulheres, a doença é muito mais comum entre os homens. Geralmente, ela aparece a partir dos 20 anos, mas pode surgir mais tarde, por volta dos 50 anos. No entanto, há casos em que a calvície começa a se manifestar antes mesmo do homem chegar a essa faixa etária. A doença pode começar após a puberdade, geralmente, devido à herança genética. Os primeiros sinais costumam ser a diminuição do volume capilar ou a perda de cabelo, especialmente nas entradas e na coroa da cabeça”.

Se a perda de cabelo for uma grande preocupação, a doutora explica que a pessoa deve procurar por um tricologista (especialista em doenças do cabelo) aos 20 anos. “O especialista pode avaliar se já há uma queda mais intensa dos fios que justifique o início do tratamento. Como a doença é determinada, principalmente, pela genética, não existem formas específicas de prevenção. Entretanto, o tratamento pode frear o avanço da calvície. Dependendo do grau de acometimento da calvície, recomenda-se fazer uso de medicamentos que diminuem os efeitos do hormônio masculino nos folículos onde são produzidos os cabelos, além de medicamentos, vitaminas e procedimentos que estimulam o crescimento do cabelo”.

O tricologista é quem avalia quando pode fazer um transplante capilar. “Nem todos os candidatos são elegíveis devido a patologias associadas que possam interferir com os resultados do procedimento”.

A calvície masculina, feminina ou em casos de perda de cabelo por queimadura ou ferimento, pode ser feito o transplante. Mas em caso de queda de cabelo provocada por outro tipo de tratamento ou medicação e poucas zonas de cabelo “doador”, por exemplo, já não é possível.

O transplante capilar não é barato podendo variar entre R$15 e R$25 mil. O procedimento é feito sob anestesia local e permite que o paciente sinta o mínimo de dor possível depois e precisa é aguardar pelo resultado. “É normal que os folículos transplantados caiam duas ou três semanas após a cirurgia. Geralmente, o novo cabelo cresce entre 8 a 12 meses após a cirurgia”, diz a doutora.

Transplante capilar afro

Os fios de cabelo afro tem algumas particularidades em relação aos lisos. Os fios crespos e grossos são melhores para realizar a cobertura do couro cabeludo, pois ao enrolar, eles preenchem mais o local. Mas isso também torna o trabalho mais complicado.

“Quanto maior for o ângulo em que o fio estiver fixado no couro cabeludo, mais encaracolado o cabelo será. Dessa forma, a remoção do folículo da área doadora se torna mais delicada e demorada”, explica a doutora.

Ela também ressalta que “a calvície é uma doença provocada por fatores genéticos e hormonais. O tipo de cabelo é geneticamente determinado e essa característica não interfere no desenvolvimento da doença”.

O black power e a barba são características marcadas pelo baixista Fernando Rosa e relembra quando o cabelo começou a cair “Já há algum tempo notava algumas falhas no meu cabelo. Algo que já me avisava que futuramente teria que tomar uma iniciativa para manter o visual tão conhecido. Ao contrário do que muita gente pensa eu não esperei chegar em um nível crítico para poder fazer o transplante. Preferi já iniciar o tratamento para evitar a queda e corrigir as imperfeições que já existiam”.

O transplante capilar de Fernando entrou para a história. “Realizei um dos maiores transplantes do Brasil com mais de 10 mil fios implantados em uma única sessão”.

O procedimento renovou a autoestima do baixista. “Minha imagem, além da música, é uma das bases do meu trabalho. Sou convidado constantemente para várias ações devido também a minha aparência. Em especial pelo estilo marcante do meu cabelo afro”.

O baixista se destaca nos shows também pelo uso de tecnologia audiovisual, com releituras inéditas de clássicos da Soul Music, Funk e Disco.

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