Atriz vai viver funkeira evangélica em nova trama da TV Globo.
A atriz Sheron Menezzescontou que vai viver uma protagonista da próxima novela das sete da TV Globo, “Vai na Fé”, que vai substituir Cara e Coragem. Convidada do Pipoca da Ivete do último domingo (25), a atriz celebrou a conquista e deu uma prévia do que vem por aí.
“Tô vindo aí! Protagonista da próxima novela das sete. A gente batalha pra isso!”, comemorou ela. “A personagem se chama Sol, Solange. (Era) Uma menina, princesinha do funk lá, antigamente, que entrou pra igreja, teve filho cedo e tomou jeito na vida”, adiantou Sheron.
“Mas, com maturidade, madura igual a mim, uma mulher de quase 40 anos, ela volta a cantar e dançar funk. Aí que está todo o seu dilema, porque ela não larga sua religião, e ela tem que conciliar isso. E é possível, as pessoas acham que não, mas é super possível, porque princípios são princípios”, contou a atriz.
Atualmente, a atriz está no ar como apresentadora do reality-show Self-Made Brasil, no canal Sony. Nas redes sociais, ela também anunciou que vai estrear, em breve, “Carga Máxima”, um novo filme seu na Netflix. Na mesma plataforma, a atriz integra o elenco de “Maldivas”.
Celebrações piadas e memes marcaram a repercussão do anúncio do retorno de Riri aos palcos.
O último domingo (25) foi movimentado para os fãs de Rihanna ao redor do mundo. A empresária e cantora anunciou que vai retornar aos palcos em grande estilo: no show do intervalo do Superbowl, maior evento esportivo dos Estados Unidos. Após Riri avisar que o comeback vem aí, a internet foi à loucura e Riri permanecia nos assuntos mais comentados da internet até esta segunda-feira (26).
Não faltaram comparações com o momento político brasileiro, piadas de alguns fãs mais incrédulos e, é claro, memes, muitos memes. Outros, como a rapper MC Soffia, á querem saber quanto custará uma viagem para os Estados Unidos para ver esse retorno pessoalmente.
“Desde o golpe de 2016 que riri não lança música e agora anuncia um comeback só não vê quem não quer”, brincou um internauta.
desde o golpe de 2016 que riri não lança música e agora anuncia um comeback só não vê quem não quer pic.twitter.com/ILiDwlGih5
Outros, apostaram que a participação da cantora no Superbowl vai ser em um stand da Fenty Beauty, e não em um show. “Confirmado: Rihanna lançará nova coleção da Fenty no SuperBowl. Vai Riri!”, disse um usuário do Twitter.
— Daniel Nahoum | Psicanalista e Jornalista (@danielnahoum) September 25, 2022
Mais pragmática, a rapper MC Soffia quer saber como viabilizar financeiramente sua presença no Superbowl para assistir Riri de perto. “Minha mãe tá falando que com cartão de crédito o limite ainda não dá pra ver a Riri, preciso de um plano B”, twittou a rapper.
Na última sexta-feira (23), o bailarino clássico Jonathan Batista deixa o cargo de solista para brilhar como bailarino principal em uma das principais companhias de balé do mundo. Em apenas um pouco mais de um ano na Cia Pacific Northwest Ballet, sediada em Washington, Estados Unidos, o carioca ocupou o principal posto.
“Torno-me o primeiro bailarino negro em 50 anos da história da companhia a alcançar essa posição principal. Estamos vivendo um momento muito importante no meio da dança e do balé clássico, onde estamos redefinindo a diversidade e inclusão de bailarinos negros/pretos através do nosso talento e arte”, declara Jonathan.
O artista ainda relembra o início de sua carreira quando começou a estudar balé na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. “Comecei meus estudos na Cidade de Deus no projeto UNICOM com a professora Viviane Carvalhal onde fiquei por 4 anos, eu era o único menino a fazer as atividades de dança, em particular o jazz e o balé”.
Foto: Fabrizio Carneiro
“Após este meu início com a dança em base clássica, eu fui encaminhado para a Escola de Dança Alice Arja, por onde passei quatro anos estudando o balé clássico até o momento em que recebi bolsa de estudo integral para a escola English National Ballet em Londres, na Inglaterra, onde tive a oportunidade de conhecer em profundo o mundo profissional do ballet clássico, sendo exposto a escolas e companhias de balé da Europa”, relembra o bailarino clássico.
O artista também falou sobre a importância de incentivar os futuros talentos, para que tenham oportunidades, assim como ele. “Acredito na importância das crianças e jovens terem referências de artistas negros/pretos em destaque. Um homem negro retinto no ballet clássico, sejam elas por um papel de príncipe de obras como O Lago dos Cisnes, Cinderella, A Bela Adormecida, ou até mesmo criarmos e darmos vidas a novos personagens de identidade negras/pretas. É sim possível ter um príncipe negro/preto e eu sou a prova disso”.
“No Brasil, eu não me via representado, e mesmo ao chegar ao exterior a representatividade era mínima, havia somente um bailarino para cada posição, seja ela no corpo de baile, solista ou principal, e em alguns espaços, o corpo negro era inexistente”, afirma.
“Tendo passado por sete companhias de balé como membro, eu vivi e senti a resistência ao meu talento dentro das companhias, muitos vezes me vi como um pioneiro, sendo o primeiro negro a ter oportunidades e representar em diversas produções”. E completa: “Sou extremamente grato por ter uma jornada frutífera, e neste momento histórico, o meu foco é continuar a abrir portas e gerar visibilidade para talentos negros/pretos”, detalha, Jonathan.
Outro grande prêmio da gastronomia foi anunciado e a falta de presença de chefs pretos, mulheres e LGBTQIA+ me fez questionar se existiu curadoria de diversidade ou a escolha do line up deste evento foi feito de forma proposital.
O ano é 2022 e um dos maiores eventos de gastronomia do país, o Mesa SP, conta com um número ínfimo de chefs de cozinha pretos. Se formos recortar este mesmo índice para além do aspecto racial, temos um total de 0% de chefs travestis e transexuais e apenas homens gays aparecem dentro do evento como possibilidades.
Diferente do que vem acontecendo nos dias de hoje, onde há uma preocupação legal em estimar o casting em 50% de pessoas pretas e ou indígenas, os eventos de gastronomia continuam exercendo o seu direito de desrespeitar quem carrega a gastronomia do pais nas costas. Pessoas pretas, segundo o Restaurant Opportunities Centers United, são a maioria esmagadora dentro das cozinhas pelo mundo, mas 81% dos cargos de gerência são ocupados por pessoas brancas.
Chef Edouardo Jordan. Foto: The Strand House.
Porque estes eventos que deveriam comemorar e incentivar a pluralidade do Brasil continuam sendo representados por homens cis e pessoas brancas? Dentro deste evento em questão, o time preto falará sobre restaurantes comunitários e em como a periferia trata a sustentabilidade na prática. Porque novamente seremos reduzidos a contar histórias de superação onde deveríamos ser espelho para as gerações pretas que querem e almejam alcançar o sucesso?
Não poderia ser diferente, afinal, existe um histórico no mundo da gastronomia em não premiar pessoas pretas. Até o ano de 2018 apenas DOIS chefs no mundo detinham o (extinto) “Guide Michellin”. Se fizermos um recorte de gênero, pulamos para o ano de 2020 onde Mariya Russel foi a primeira mulher negra a ganhar uma estrela. Se formos falar sobre pessoas travestis e transexuais, pularemos novamente para um total de zero pessoas até o ano de 2022.
Esperaremos quantos anos para sermos vistos? Esperaremos quantos anos para entenderem que estamos dentro de suas cozinhas e nossas histórias são para além de tristezas e superação. Se pudermos falar sobre memórias gastronômicas, como a identidade do pais foi moldada por nós e como a gastronomia do Brasil foi construída através de nosso sangue e suor nunca mais precisaremos contar histórias tristes e de superação.
Esperaremos quantos prêmios e festivais acontecerem para que possamos nos ver nestes palcos para além de falas tristes?
Existem muitos de nós, temos listas e mais listas de chefs pretos de sucesso. Somos homens e mulheres, somos para além de olhares curiosos. Estamos fazendo história dentro de cozinhas espalhadas pelo Brasil. Formamos identidades gastronômicas, mas não somos reconhecidos dentro de grandes prêmios.
Respeitem nossa história, não falem sobre nós em terceira pessoa. Desafio este e os demais prêmios a convidadarem chefs trans, pretos, mulheres e pessoas não heterossexuais para estarem dentro deste line, mostrando que nossos sorrisos inspiram muito mais do que falar sobre nossas dores.
Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ chega aos cinemas no dia 10 de novembro. Até agora, os detalhes oficiais sobre o novo longa da Marvel continuam em total sigilo. Nem mesmo a sinopse oficial da obra foi lançada, reforçando o trabalho minucioso do estúdio e do diretor Ryan Coogler. Durante as últimas semanas, um pequeno vislumbre do filme foi exibido no painel da Disney D23 Expo. Agora, essas informações chegaram ao público geral.
Com cenas exclusivas, foi possível observar o reino de Wakanda lutando para proteger suas riquezas, em especial, o vibranium, metal fictício de extremo valor. Cenas da rainha Ramonda foram exibidas durante o painel. A personagem, interpretada por Angela Basset, aparecia num congresso organizado pela ONU. Durante a reunião, líderes de países, como Estados Unidos e França, questionavam o motivo da nação africana se manter em sigilo sobre o compartilhamento de tecnologias valiosas.
A cena foi suficiente para confirmar teorias de que o filme apresentará Wakanda numa luta contra as demais nações do mundo. Com a morte do Pantera Negra, anteriormente interpretado por Chadwick Boseman, o reino se vê num momento delicado, enfrentando tensões internas e externas. O primeiro teaser trailer, que foi divulgado durante o último mês de agosto, também apresentou Ramonda questionando sobre o futuro de seu povo. “Eu sou a rainha de uma das nações mais poderosas do mundo e minha família inteira se foi. Eu já não perdi tudo que tinha?”, disse ela numa cena ainda sem contexto.
Outra grande peça chave do filme se refere ao novo personagem que ocupará o posto de Pantera Negra. Apesar de fortes especulações, a resposta ainda segue como um grande mistério. Recentemente, o ator Winston Duke, responsável por interpretar M’Baku no longa da Marvel, revelou que seu personagem ganhará maior destaque em ‘Wakanda Para Sempre’. “O papel dele mudou. Ele sobreviveu ao Snap [desintegração de Thanos em ‘Vingadores: Ultimato’] e agora faz parte do Conselho Tribal, então está mais voltado para o futuro”, disse o astro. “Ele foi forçado a realmente fazer parte da transparência coletiva. Acho isso muito legal. Uma dinâmica completamente nova até mesmo pra ele”.
Nesta tarde de sábado (24), a Netflix anunciou o primeiro trailer de ‘Clonaram Tyrone!’, filme estrelado por John Boyega,Jamie Foxx e Teyonah Parris. Na obra, uma série de eventos e coincidências sinistras coloca um trio improvável no rastro de uma conspiração nefasta do governo norte-americano contra a população negra.
As primeiras imagens fornecem informações sobre o novo trio de amigos, que saem numa missão com o objetivo de descobrir como desvendar o experimento secreto e patrocinado pelo governo. No teaser de dois minutos, os personagens principais são apresentados ao público pela primeira vez, com armas na mão, muito estilo e aventuras.
Ainda sem data de estreia no Brasil, ‘Clonaram Tyrone!’ é dirigido por Juel Taylor e produzido por Jamie Foxx. O trailer destaca ainda as habilidades do grupo sendo colocadas à prova na busca por respostas.
Sinopse oficial de ‘Clonaram Tyrone!’:
Uma alcaparra de mistério de ficção científica em que um trio improvável investiga uma série de eventos sinistros, alertando-os para uma conspiração nefasta à espreita diretamente sob seu capuz. Fontaine, um traficante de drogas do bairro, é morto a tiros pelo rival Isaac e fica muito chocado ao acordar em sua cama na manhã seguinte ileso. Ele, Slick Charles e Yo-Yo começam a investigar o incidente, e sua busca eventualmente os leva a um vasto complexo subterrâneo onde um laboratório apoiado pelo governo está realizando experimentos na população negra local. Percebendo que ele é um clone artificial controlado por Nixon, Fontaine inicialmente sente desespero, mas decide que precisa enfrentar esses senhores institucionais brancos pelo bem de sua vizinhança.
Uma carreira de sucesso na alta gastronomia é o sonho de muita gente, mas parece distante para muitas pessoas negras. Também era assim para o chef Paulo Rocha, nascido no Vale do Jequitinhonha, em Minhas Gerais. Influenciado por sua avó, que era quituteira e tinha uma barraca na feira, desde cedo ele se encantou pelo mundo da confeitaria.
Hoje no ar como chef desafiante no reality showIron Chef (Netflix) e apresentador do programa Esse Doce Tem História, no canal GNT, o chef confeiteiro acredita que está vivendo o melhor momento de sua carreira, e celebra poder ter se tornado uma referência para outros jovens negros que sonham com uma carreira no mundo da gastronomia. “Eu sempre sonhei em poder ser a referência que eu não tive. Quando eu comecei na confeitaria, você não tinha um chef preto na televisão, não existiam as redes sociais. Eu comecei com a força de vontade e aproveitando uma oportunidade”, relembra o chef.
Confira a entrevista completa que o chef deu ao MUNDO NEGRO, abaixo.
Como começou sua história com a gastronomia? Já foi direto na confeitaria?
“Minha história na gastronomia começa com a minha avó, que era quitandeira. Eu sou mineiro, então desde criança, minha vó fazia pães, doces, ela tinha uma barraca na feira. Então, eu conto que a minha história na gastronomia começou aí, porque desde pesqueno eu sempre via ela fazendo os pães e os doces. Quando adolescente, eu venho morar em São Paulo. Para ir pra escola, meu pai me ensinou a cozinhar para eu me virar. Já com uns 15, 16 anos, eu começo a ter vontade de trabalhar, pra comprar um tênis, comprar uma roupa, meu pai nunca deixou faltar nada, mas também nunca deu além do que precisava. Nessa época eu já era muito preocupado com que profissão eu iria seguir e um primo meu vai trabalhar em uma confeitaria de bairro, que fazia confeitaria popular, e vai trabalhar de atendente. E eu, como andava junto com ele, também pedi emprego no mesmo lugar onde ele tinha arrumado. De tanto eu bater lá, um dia a dona falou pra mim: “Ah, você quer trabalhar, então vem amanhã porque o rapaz que trabalhava na confeitaria saiu, então você vai trabalhar lá”. Quando eu entrei na confeitaria, eu tive a resposta de tudo que eu pensava, que eu me preocupava, o que eu seria. Eu olhei para aquele ambiente e me lembrei muito da minha avó, fazendo os pães, os bolos, os doces, e comecei lá como auxiliar e trabalhei lá por cinco anos.
Quando eu saio de lá, vou trabalhar em confeitaria de mercado, de buffet, mas sempre com doces populares, e sempre sonhando com a confeitaria francesa. Até que um dia uns amigos em comum falaram que tinham um conhecido que trabalhava numa confeitaria francesa no Jardins. Coindidentemente, esse rapaz frequentava a mesma escola de samba que eu, só que eu nunca tinha visto ele lá. No final de semana seguinte, eu encontrei ele lá, e disse que eu tava procurando emprego. Ele disse que ia contratar, mas somente em março, isso era fevereiro. Quando chegou março, eu liguei pra ele, ele disse que tava de pé e eu comecei a trabalhar nessa confeitaria francesa, que foi onde eu me encontrei e cheguei no ponto onde eu queria.
Depois disso eu entrei na faculdade, me formei e Gastronomia. Fui trabalhar num restaurante no Jockey Club e depois disso, eu vi que o Jacquin ia abrir um restaurante e eu me inscrevi e ele me chamou. Peguei uma fila enorme com um monte de gente, fiz entrevista com ele e foi assim que começou minha história.
Como você avalia esse momento atual da carreira, podendo falar do seu trabalho para mais pessoas por meio da televisão?
O momento atual é o meu melhor momento desde que eu comecei na confeitaria. Eu sempre sonhei em poder ser a referência que eu não tive. Quando eu comecei na confeitaria, você não tinha um chef preto na televisão, não existiam as redes sociais. Eu comecei com a força de vontade e aproveitando uma oportunidade. Então, eu considero que esse momento é o melhor momento, estou no caminho de ser a referência, acho até que já sou, porque recebo muitas mensagens de pessoas pretas, pobres, me parabenizando, falando que se inspiram em mim. Hoje eu posso falar com elas através do programa Esse Doce tem História, mostrar que é possível chegar nos lugares que a gente deseja, é possível a gente conseguir visibilidade, é possível a gente chegar na televisão, participar de um reality, trabalhar num grande restaurante. Então, eu acredito que estou no melhor momento e muito feliz com isso.
Qual é o seu grande sonho na profissão?
Meu grande sonho na profissão é chegar em lugares onde pretos ainda não chegaram na gastronomia. Conseguir mostrar para pessoas pretas como eu que elas podem estar onde elas quiserem, mas isso também depende de muito estudo e correr atrás. Que tudo é possível, desde que você também empregue esforço para alcançar seu objetivo.
Ainda é raro vermos chefs negros com grande visiblidade, o que você acha que ainda falta pra transformar essa realidade?
Hoje em dia já temos alguns chefs pretos com destaque, mas ainda é pouco. O que falta para transformar essa realidade, é que nós, que estamos nesse lugar de visibilidade, transmitir tudo o que a gente precisa passar para que outros meninos e meninas pretas entendam que eles podem. Quando eu comecei, muita gente me disse que eu não conseguiria me formar em gastronomia porque é uma faculdade de rico. Então, é mostrar para eles que é possível e conseguir transmitir todo o esforço que a gente teve que fazer para chegar.
Também falta ainda mais empenho da mídia, da televisão, de querer deixar a gastronomia de pessoas pretas evidente. As faculdades conseguirei ser menos burocráticas e darem mais acesso a pessoas pretas. Temos que tentar fazer com que isso seja maior.
Tem alguma novidade vindo por aí que você possa nos contar?
Essa é a parte boa. Tem novidade vindo, sim. A primeira novidade é que eu vou ser pai do meu primeiro filho. Minha esposa está grávida. Outra novidade é que eu vou ser o apresentador do Prêmio Gastronomia Preta, que é o Prêmio que foi criado para dar visibilidade apessoas pretas na Gastronomia, e vou apresentar esse prêmio que vai acontecer no mês de novembro no Rio de Janeiro. E outra novidadeé que fui convidado para participar do maior evento gastronômico do Brasil, que é o Mesa São Paulo. Vou ministrar uma aula-show neste evento que reúne os maiores cozinheiros do Brasil. Para mim é uma alegria imensa porque é algo que eu sempre via acontecendo, sempre imaginei, mas ainda achava que estava longe pra mim, mas fui convidado para ministrar aulas no maio evento de gastronomia do Brasil.
O Coletivo Mulheres Pretas do Chocolate surgiu em 2021 como uma estratégia de unir mulheres pretas que trabalham com chocolates na Bahia, Rio de Janeiro e Pará. Suas criadoras Pat Nicolau (da Nicolau Chocolates) e Mailan Santos (do Chocolate da Mata) se perceberam como únicas mulheres negras num grupo de aproximadamente 200 mulheres que trabalharam com chocolates no Brasil e deram o pontapé inicial nessa proposta focada no Slow Food.
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O Slow Food é uma perspectiva na gastronomia que valoriza a sustentabilidade e a cadeia produtiva. Em resumo, não basta apenas ser uma comida gostosa e bonita – os ingredientes utilizados devem ser produzidos respeitando todos os envolvidos na cadeia produtiva (as pessoas e o meio ambiente). Se você quiser compreender um pouco mais sobre essa perspectiva, te convido a ler o meu livro ‘Gastronomia, Cerveja Artesanal e Slow Food: ideias de negócios sustentáveis’, publicado em 2020 pela Editora CRV.
Nessa pegada do Slow Food, 23 associadas do Coletivo Mulheres Pretas do Chocolate produzem artesanalmente seus produtos e os disponibilizam para a venda. São chocolates agroecológicos, que respeitam as pessoas e o meio ambiente. A técnica de fermentação de amêndoas do cacau foi gentilmente liberada para uso do coletivo por Albertus Eskes – um dos maiores geneticistas de cacau do mundo. Essa técnica do pesquisador tem como principal característica a retirada o amargor do cacau, trazendo sabores frutados com notas aromáticas diferenciadas.
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E com esse olhar sustentável e agroecológico na produção de chocolates era de se esperar que todas a associadas estivessem vendendo muitos chocolates e sem capacidade operacional para aceitar novos pedidos. Mas não é isso que acontece especificamente com Pat Nicolau no Rio de Janeiro. O buraco é bem mais embaixo e a criadora do coletivo, desabafa sobre as dificuldades de ser uma mulher preta empreendendo na Gastronomia:
“Eu faço chocolate há anos e tenho muitas dificuldades em ser reconhecida pelo que faço. Precisei ser notícia no Instagram de um jornalista de gastronomia para que colegas quisessem entender o que eu proponho. Eu sempre expliquei com carinho, mas eles nunca quiseram compreender. Precisou de um jornalista reconhecido escrever sobre a experiência que criei – 12 Desejos do Cacau – para que as pessoas dissessem que agora compreendiam minha proposta.”
No interior do Rio de Janeiro (Macaé), Pat tentou empreender oferecendo a amigos de universidade, empresários e pessoas influentes na gastronomia seus chocolates produzidos à luz da perspectiva do Slow Food. Investiu mais de R$ 2.000,00 em degustações e pré-teste de eventos. Leitor(a), sabem quantos contratos ela fechou? Nenhum. E ela sabe o porquê disso: uma mulher preta vendendo chocolate de altíssima qualidade não deveria estar nesse mercado. Sim, a gastronomia é eurocêntrica e ela sentiu na pele esse contexto no interior do estado e na capital. Segundo a empreendedora, tem gente preta influente que diz que é linda a ideia, mas não ajuda a abrir uma porta sequer.
E uma das situações concretizou o entendimento da criadora do Coletivo Mulheres Pretas do Chocolate sobre a incoerência de ação de alguns consumidores sobre o que eles falam e como eles agem tem relação com uma experiência vivida num shopping: a mesma amiga que disse procurar chocolates agroecológicos há anos e elogiou Pat pela iniciativa, foi a mesma que saiu de uma loja de chocolates finos com mercadorias.
O discurso é lindo, né gente!? Mas na prática essas mulheres precisam não apenas serem vistas, mas consideradas como produtoras e vendedoras de chocolates de altíssima qualidade. A minha parte eu já fiz – que foi contar essa história. Agora conto com vocês de fazer esses sonhos de 23 mulheres pretas acontecerem!
Léo Santana e IZA. Foto: Eder Mota / Reprodução / Redes Sociais
Numa recente entrevista, o cantor Léo Santana comentou sobre o desejo de realizar parcerias musicais com outros artistas. O cantor baiano rasgou elogios para IZA e falou sobre a possibilidade de uma parceria com a intérprete de ‘Pesadão’. “Aqui no Brasil, tenho vontade imensa de fazer um feat com IZA. Acho que a nossa mistura vai dar muito certo”, disse ele em conversa com a revista QUEM. “É um desejo antigo. Acho que nós dois juntos vai ser um grande acontecimento, de representatividade mesmo“.
Um dos maiores nomes da música baiana na atualidade, Léo Santana disse ainda que a carreira internacional não é um objetivo no momento, mas comentou sobre a vontade de levar sua música para outros públicos, expandindo seu alcance e criando novas produções. “Vontade não falta, mas tem muitos lugares ainda do Brasil que quero fazer show. Tem muita coisa ainda para ser feita por aqui. Quebrei muitas barreiras, mas tem muitos lugares do sul e do sudeste que eu ainda não toquei“, contou o artista. “As pessoas precisam ver o meu show, que é muito diferente de me escutar em uma plataforma digital.”
Nas redes, em meio a uma série de shows lotados pelo Brasil, o cantor comemora a nova fase de paternidade. Frequentemente, ele aparece ao lado seu filha Liz, fruto do relacionamento com a modelo Lore Importa. “Me sinto realizado demais. Tudo que vier agora é lucro“, disse ele à QUEM.
A atriz Jeniffer Nascimento deve estrear como apresentara do docu-reality “Solta a batida”, transmitido pelo Canal E!. De acordo com a coluna da Patrícia Kogut, de O Globo, o programa terá dez episódios e buscará uma cantora negra de comunidade.
As gravações do reality acontecerão na favela da Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio. Alcione, Preta Gil, Lellê e Malía estão cotadas para o júri e o programa terá direção de Riccardo Melchiades.
Segundo a coluna, a ideia é que a grande final tenha outros convidados e que as finalistas apareçam cantando canções deles.
As gravações estão previstas para começar no início de 2023, já que Jeniffer ainda está envolvida com a novela “Cara e coragem”, em que interpreta Jéssica.
Recentemente, a atriz anunciou em suas redes sociais, a estreia da série musical “Só se for amor”, na Netflix, onde Jeniffer Nascimento interpreta Sônia.