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“Eles roubaram a minha história de vida e não me pagaram”, diz Mike Tyson sobre série biográfica

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Foto: Reprodução.

O boxeador Mike Tyson detonou a série Mike, estrelada por Trevante Rhodes e que mostra momentos de sua vida e carreira. Tyson usou sua conta no Instagram para expressar, de forma contundente, todo o seu descontentamento com a série.

“Não deixe o Hulu te enganar. Eu não apoio a história deles sobre a minha vida. Não é 1822, é 2022. Eles roubaram a minha história de vida e não me pagaram”, escreveu ele, citando o serviço de streaming responsável pelo lançamento da série nos EUA.

O boxeador comparou a plataforma a escravocratas e disse: “Para os executivos do Hulu, eu sou apenas um preto que eles podem vender em um leilão. É a versão em streaming dos mestres de escravos”, concluiu.

Diversos artistas e fãs apoiaram o protesto de Tyson nas redes sociais. Jamie Foxx comentou: “te amo, irmão”., e recebeu uma série de comentários pedindo para que ele interprete Mike Tyson nas telas.

Outros seguidores comentaram que estão cancelando suas assinaturas da plataforma após tomarem conhecimento do ocorrido.

Marco Mattoli, fundador do Clube do Balanço, morre aos 57 anos; enterro é nesta segunda-feira

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Foto: Reprodução.

O músico Marco Mattoli, fundador do grupo Clube do Balanço, morreu neste domingo (7), aos 57 anos, devido a um infarto. O velório será nesta segunda-feira (8), somente para amigos e familiares.

Mattoli começou sua carreira musical nos anos 1990, quando criou o grupo Os Guanabaras. Em 1994, lançou o disco solo “Balanço é coisa rara”. Em 1999, fundou o Clube do Balanço, com o objetivo de resgatar os bailes de samba-rock da década de 1970.

Ele ainda trabalhou com nomes como Paula Lima, Ivo Meirelles, Seu Jorge, Wilson Simoninha, Max de Castro, entre outros.

Nas redes sociais, vários artistas e anônimos lamentaram o falecimento do artista. “Obrigada por manter a chama da música brasileira, do samba rock, do samba, do suingue, obrigada pelo seu legado! Uma pessoa fantasticamente e imensamente do bem”, disse a cantora Paula Lima.

Wilson Simoninha relembrou a trajetória musical e os encontros com Mattoli. “Quantas canjas e shows com sua família o Clube do Balanço, quantos momentos incríveis com vocês. Minha história faz parte da de vocês”, registrou o cantor.

Marco Mattoli deixa esposa e uma filha.

Leo Péricles, candidato à Presidência, realiza debate sobre luta antirracista com Chavoso da USP, Renato Freitas e Mariana Fernandes

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Leonardo Péricles, candidato à Presidência da República pela Unidade Popular (Foto: Magê Monteiro/ UOL)

Leonardo Péricles, candidato à Presidência da República e presidente do partido Unidade Popular, realizará um debate nesta segunda-feira (8), às 18h, no Auditório Máximo da Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), sobre a luta antirracista e antifascista no Brasil. Haverá transmissão ao vivo no canal do Youtube do partido.

O debate será com o vereador Renato Freitas de Curitiba (PT) que voltou a ter o mandato cassado sob uma perseguição racista nesta última sexta-feira (5), Thiago Torres, mais conhecido como Chavoso da USP, estudante de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo e youtuber, e a Mariana Fernandes, presidenta da UP de Belo Horizonte e estudante de Geografia na UFMG.

Segundo o candidato, no evento será abordado como tema: a luta contra o fascimo por meio das manifestações com o pedido de “Fora Bolsonaro”, e será apresentada alternativa para a luta dos trabalhadores do Brasil. 

Nas redes sociais, Leo Péricles diz que é preciso “aprofundar ainda mais o programa antifascistas e antirrascista, popular e de esquerda que vai tirar Bolsonaro”. E completa: “Estamos vivendo diversos ataques, com a fome e a miséria já chegando na casa de mais da metade da nossa população, atingindo em cheio as periferias e a classe trabalhadora, preta, parda, indígena, quilombola e não branca”.

Desigualdade no patrimônio dos candidatos à Presidência

Leonardo Péricles declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 197,31, provenientes de um investimento na caderneta de poupança. E a candidata à vice-presidência, Samara Martins (UP), declarou R$ 3.364,55: R$ 800,49 e R$ 2.549,06 por meio de depósitos bancários em conta corrente e R$ 15,00 em caderneta de poupança.

Já o candidato Felipe D’Avila (Novo), declarou um patrimônio avaliado em R$ 24,6 milhões, sendo a maior parte composta por quotas empresariais. E seu vice Tiago Mitraud (Novo), declarou um valor avaliado em R$ 1,9 milhão.

Pelo Instagram, Leo levantou de um debate sobre a diferença de valores. “A conta bancária do seu candidato parece mais com a sua conta ou com a do seu patrão?”.

Willow Smith fala sobre tapa do Will Smith e relação com a família: “Eu os amo e os aceito por toda a sua humanidade”

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Foto: Obidi Nzeribe/Billboard

A cantora Willow Smith, filha mais nova de Will Smith e Jada Pinkett Smith, se pronunciou pela primeira vez sobre o tapa do pai no Chris Rock, durante a cerimônia do Oscar, em março deste ano, após uma piada relacionada a alopecia de sua mãe. Prestes a lançar o novo álbum “CopingMechanism“, em entrevista à revista americana Billboard, ela disse que a repercussão na mídia não atrapalhou sua criatividade ou “me abalou tanto quanto meus próprios demônios internos”.

A filha de 21 anos, diz que vê toda a minha família simplesmente como humana “Eu os amo e os aceito por toda a sua humanidade”. E completa: “Por causa da posição em que estamos, nossa humanidade às vezes não é aceita, e espera-se que ajamos de uma maneira que não conduz a uma vida humana saudável e não conduz à honestidade”.

Antes desse pronunciamento, Willow havia feito apenas um tweet um dia após o ocorrido no Oscar com a seguinte frase: “Você sabe quem está passando por muita coisa agora? Literalmente todo mundo. Apenas seja gentil”.

Foto: Obidi Nzeribe/Billboard

Focada no trabalho, Willow anunciou que irá lançar o quinto álbum no dia 23 de setembro junto com o lançamento do novo single do LP “hover like a GODDESS“, no estilo pesado de rock, já disponível nos streamings.

Ela falou à revista sobre a escolha do gênero musical do novo trabalho. “Eu queria ir para o rock. Eu não queria ir para o pop punk. Eu não queria ir para o que é necessariamente popular agora”. E continua: “Eu queria ir para o coração do rock, que para mim é um clamor profundo – talvez sobre dor, talvez sobre alegria”.

A situação vivenciada por Giovanna é comum na vida de mães negras que são acusadas de descontroladas e raivosas

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Foto: Reprodução/Instagram

Muito já foi dito, comentado e até escrito sobre o ataque racista que os filhos dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank sofreram num restaurante em Portugal. No vídeo que circulou amplamente nas redes sociais e nos canais de televisão, Giovanna defende de forma emblemática, forte e corajosa seus filhos. A violência que Titi e Bless, crianças de pele retinta e nascidas em Malaui (Maláui ou Malawi), no continente africano sofreram foi absurda. Poderíamos discutir aqui as marcas deixadas pelo racismo na subjetividade das pessoas negras, ou mesmo as especificidades das discriminações raciais enfrentadas na infância. Porém, uma questão já levantada e que gostaria de destacar é uma hipótese: e se Giovanna fosse uma mulher, uma mãe negra?

Diante de tantas variáveis, decidi escrever sobre o privilégio branco e os silenciamentos que as mulheres negras enfrentam. Vou te convidar a pensar nas atividades mais comuns do dia a dia. Como ir a uma loja de roupa ou sapatos, compartilhar uma refeição com a família no final de semana ou mesmo fazer compras no supermercado, imagine que em todas essas situações nós, corpos negros, nos deparamos com situações, em geral, colocações racistas. Acho improvável que você, se for uma pessoa negra, não tenha vivenciado nenhuma situação de constrangimento nessas atividades ou nesses espaços.

Instantes antes de começar este texto, que está sendo escrito numa cafeteria no Rio de Janeiro, passei por um desses “constrangimentos” (eufemismo, óbvio). Estava numa sexta-feira de sol numa loja de sapatos, sem sapatos, pois estava experimentando alguns, e uma senhora olhou pra mim e sem excitar perguntou com um sapato na mão: “quanto custa?”, com um sorriso eu respondi, “não trabalho aqui”. Não passou pelos pensamentos dessa senhora que eu poderia ser consumidora igual a ela. Não. Não passa. Na mesma loja, uma senhora loira, que depois fiquei sabendo que era a dona, veio com um sorriso dizendo enquanto apontava para uma vendedora negra com tranças, como eu: “Olha, vocês parecem até irmãs” e não satisfeita continuou, “Você trabalha na loja [não farei propaganda] sua nova sandália combina muito com a loja em que você trabalha”. Não estou desqualificando o trabalho de vendedora, de jeito nenhum. O que gostaria de chamar atenção é que nessas duas situações, que ocorreram quase que simultaneamente, fui posta por outrem numa situação que eles e a sociedade escolheram para mim.

Como de costume, abri um parêntese e estou fechando. Voltemos para o caso. A situação vivenciada por Giovanna é comum na vida de mães negras que, em geral, quando defendem seus filhos, são acusadas de descontroladas e raivosas. Até as nossas reações ao racismo são julgadas. Lembrei-me dos escritos da antropóloga e performancer Grada Kilomba presente no livro Memórias da Plantação. Kilomba fala entre tantas coisas, sobre o controle da fala dos sujeitos negros presentes desde a colonização, o gerenciamento do poder de comunicar é algo tão persistente (no passado e presente), que assusta. O branco quer falar por nós e para nós. Para Grada Kilomba, “no âmbito do racismo, a boca se torna o órgão de opressão por excelência, representando o que as/os brancos/os querem – e precisam – controlar e, consequentemente o órgão que, historicamente, tem sido severamente censurado”. Não falar é não existir. Por isso, quando a mulher negra é podada em sua fala, a sua existência está sendo negada.

Intelectualidade Afrobrasileira: O casal preto por trás dos encontros “black” nos cinemas e nos restaurantes

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Foto: Arquivo pessoal

A organização Intelectualidade Afrobrasileira está com a agenda cheia para a comunidade negra em São Paulo, para os próximos meses. Será realizado no dia 22 de setembro, a primeira “Sessão Black Woman“, voltado exclusivamente para mulheres negras, para assistir o filme estrelado pela Viola Davis, A Mulher Rei. No dia 24, será a tradicional “Sessão Black de Cinema” para todos.

Também será realizado mais uma edição do “Jantar Black – Uma celebração ao Dengo Ancestral“, evento exclusivo para os casais negros no dia 5 de novembro. Já no dia 12 de novembro, a mais esperada “Sessão Black de Cinema” para assistir o segundo filme do “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”.

Em entrevista exclusiva ao MUNDO NEGRO, Ana Paula Evangelista e Durval Arantes, o casal por trás da Intelectualidade Afrobrasileira, falou sobre o sucesso da organização e as expectativas para os próximos eventos.

Moradores da Zona Sul de São Paulo, Ana Paula explica que o projeto surgiu como um grupo no Facebook, em 2012. “Foi lançado pelo Durval, como um fórum de discussão das demandas do povo afrobrasileiro e afro diaspórico. A ideia foi a de oferecer um espaço propositivo de interação, informação, discussão, debate e apontamentos de soluções positivas ante as complexidades associadas ao universo Negro/Preto/Afro-brasileiro/Afrodescendente, Afrocêntrico e Pan-Africano”. 

Sessão Black de Cinema realizada em maio para assistir o filme Medida Provisória. (Foto: Divulgação)

Com a entrada da Ana Paula na administração do grupo, os dois ganharam força para incorporar o projeto em outras plataformas digitais e eventos presenciais. “Desde 2016, a cada evento organizado, o seu público fiel vem aumentando significativamente”, explicam.

A ideia de realizar a primeira “Sessão Black Women” partiu da Ana Paula. “Quando ela viu o anúncio do filme onde as protagonistas são mulheres pretas, ela se lançou à reflexão: ‘Por que não organizar uma sessão exclusiva só para mulheres?’. Ela passou, então, a sistematizar e anunciar este evento cinéfilo. Vale lembrar que dois dias após o evento para as mulheres pretas, o IA promoverá a Sessão Black de Cinema ‘aberta’ para o público em geral. As duas ‘Sessões Black’ para o filme ‘A Mulher Rei’ é um efeito do êxito do evento de 2018. O nosso quilombo pediu ‘BIS’ e o IA se organizou mais uma vez”, afirma Durval.

O sucesso da primeira Sessão Black para assistir o filme do Pantera Negra deixou os fãs ainda mais animados para assistirem o novo filme. “A expectativa é a melhor possível. Esse filme tem tudo pra se tornar ainda mais emblemático, até por todos os fatos ocorridos no entorno de sua produção: a chegada da pandemia, o falecimento do Chadwick Boseman, as polêmicas envolvendo a atriz Letitia Wright e toda a efervescência que o trailer causou à época de seu lançamento. Está todo mundo com muita ansiedade. Todos os dias recebemos mensagens pelos nossos canais com o pessoal perguntando sobre o filme. Que o mês de Novembro venha logo!”, diz Ana Paula.

Silvio Almeida e a esposa Edinéia Carvalho foram o “casal ilustre” do Jantar Black de 2021. (Foto: Newton Santos)

Em relação ao Jantar Black, o evento já se tornou um marco para o circuito gastronômico na capital paulista. “O objetivo é reunir diversos casais afrocentrados ilustres e anônimos, como uma ocasião organizada para o reconhecimento das famílias pretas locais, da ancestralidade africana pelas vias do afeto e da cumplicidade amorosa entre pessoas pretas que existem”, explicam.

E complementam: “O grupo IA protagonizou também a articulação para levar a nossa comunidade, em quantidade expressiva, em encontros onde a presença de pessoas pretas normalmente não é constante e volumosa, como a Assembleia Legislativa, o shopping Eldorado, o shopping Vila Olímpia, o cine Itaú da Rua Augusta e o Teatro Sérgio Cardoso, entre outros locais”. 

Todos esses encontros estão potencializando novos projetos para Intelectualidade Afrobrasileira. “Para o futuro, o grupo tem planos para organizar a ida de pessoas da comunidade preta a museus, passeios de afroturismo, bailes black temáticos e excursões interestaduais”.

Juntos há 9 anos, o casal planeja os encontros “black” desde o início do relacionamento. (Foto: Arquivo pessoal)

Considerando-se um casal desbravador e ousado, Ana Paula e Durval agradecem o apoio de todos para realização dos eventos: “Procuramos sempre alinhar parcerias com empreendimentos de pessoas pretas para que essas iniciativas também ganhem visibilidade e potencializem os seus negócios. Entendemos que, mais do que ‘ocupar’ espaços, precisamos ir além e ‘criar’ espaços e oportunidades onde tenhamos toda a liberdade de sermos quem somos e nos celebrar com todo o direito que temos à uma cidadania de primeira classe”.

Serviço:

Estreia 22 de setembro: – Sessão Black Women – A Mulher Rei, exclusiva para mulheres às 20h – Kinoplex R. Olimpiadas 360 Vila Olimpia SP

24 de setembro: Sessão Black de Cinema – A Mulher Rei, para todos e todes às 20h – Kinoplex R. Joaquim Floriano, 462- Itaim Bibi SP

05 de novembro: Jantar Black – Celebração ao Dengo Ancestral às 21h – Biyou’z Gastronomia Africana – R. Fernando de Albuquerque, 95 Consolação SP

12 de novembro: Sessão Black de Cinema – Pantera Negra 2, às 20h – Kinoplex R. Joaquim Floriano, 462 Itaim Bibi SP

Mais detalhes e reservas pelo Whatsapp: (11) 93226-4365

“Tenho a obrigação de encorajar e erguer meninas negras”, diz Normani em nova entrevista

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Foto: Divulgação

Em recente matéria especial para a revista Vogue, a cantora Normani comentou sobre a importância da representatividade e a força das novas gerações de mulheres negras. “Sabe? Normalmente nós não recebemos apoio. Eu tenho a obrigação, até com a versão mais jovem de mim mesma, que agora é a geração mais jovem, de encorajar e erguer meninas negras”, destacou a artista.

Normani também comentou sobre a importância do apoio que recebeu dos seus pais durante a infância. “Eu era uma das três crianças negras na escola primária. Então era muito difícil pra mim“, contou a cantora. “Eu voltava pra casa e falava: ‘Mãe, alisa meu cabelo’, ‘eu queria que minha pele fosse mais clara’, ‘eu quero ter olhos claros’. Mas meus pais sempre me encorajavam que meu super poder era minha melanina negra”.

“Eu realmente sentia que tinha super poderes porque meus pais me mostravam coisas que me faziam sentir única e o fato de que eu não precisava parecer com todo mundo”, continuou a intérprete de ‘Motivation’. “Eu sempre digo que sou um veículo para toda pequena garota negra. Para garotas negras no geral, que normalmente não são apoiadas“.

Tida como uma das maiores revelações do pop internacional, Normani segue construindo sua carreira solo. Ainda em 2021, a cantora lançou a música ‘Wild Side’, em parceria com Cardi B, destacando elementos e referências negras dos anos 2000.

“Discutindo formas de lutar por mais espaço de liderança com estratégia”, diz Rachel Maia sobre 1º Fórum Pacto das Pretas

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A Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial, iniciativa inovadora que chegou para revolucionar a forma que as empresas, investidores institucionais e a sociedade civil podem contribuir para equacionar o problema da equidade racial no Brasil, celebra o sucesso do 1º Fórum Pacto das Pretas, realizado no dia 30 de julho. Alinhado ao princípio da associação, de oferecer uma métrica inovadora para as empresas mensurarem o desequilíbrio racial, com a perspectiva de desenvolverem soluções inclusivas e antirracistas, o evento teve como tema ESG “Enegrecendo a sustentabilidade nas empresas”.

Híbrido, o fórum contou com a participação de centenas de expectadores nos formatos virtual e presencial, no espaço Itaú Cultural, em São Paulo. Teve a participação da embaixadora do evento, Rachel Maia empresária, que é conselheira administrativa da Vale, Banco do Brasil e CVC, além de outras mulheres pretas advindas de diversos Estados e setores, como por exemplo, Adriana Barbosa, CEO PretaHub, Benilda Brito, pedagoga e mestre em Gestão social, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Prof. Dra. Em Ciências Humanas – Prof. Emérita da Universidade Federal de São Carlos.

A programação do encontro foi composta pela Palestra Magna, cujo tema foi “Protagonismo da mulher negra nas transformações sociais” – proferida pela Prof. Dra Cida BentoCo-fundadora do CEERT, além de três painéis: Como o Índice ESG de Equidade Racial pode mensurar mudanças de impacto na cultura organizacional e propor ações inclusivas e equânimes; Transformação Social: Educação, Políticas Públicas e Investimento Social; Práticas Inclusivas corporativas e o processo de emancipação social.

A programação da associação trouxe também uma exposição literária, eletrônica, denominada “Pretas Escritoras”, em homenagem a “Maria Firmina dos Reis”. A mostra teve como objetivo dar visibilidade a mulheres escritoras de ontem e de hoje que contribuíram com a educação e construção social brasileira, como Antonieta de Barros, Maria da Conceição Evaristo de Brito, Nina Ferreira, Roberta Tavares, Kika Sena, Maria Luisa Passos e a própria Maria Firmina dos Reis.

Para Rachel Maia, ver um coletivo de pretas se reunindo para falar do mercado corporativo é de uma importância sem precedente. “Porque é isso que nós estamos fazendo aqui. Discutindo formas de lutar por mais espaço de liderança com estratégia. A gente não quer falar só de forma abrangente. Não. Eu não quero só mudar o status quo. Eu quero entender quais são as estratégias que devo utilizar neste momento para encontrar espaços nas cadeiras de liderança e ser ouvida. Isso não tem preço. Então é essa a nossa batalha. É um diferencial do Pacto das Pretas”, afirmou.

Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, se emocionou durante o evento, não só por questões pessoais, mas por entender a importância da representatividade e mostrar o trabalho e a potência das mulheres negras. Outro ponto que chamou atenção da empreendedora foi o tema do racismo estrutural. “Mostrar tudo que o que está acontecendo, na atualidade, para que se torne possível dar oportunidades iguais para homens e mulheres e especialmente quando se fala da questão de raça é algo que me estiga a debater. Afinal, sou uma mulher de origem negra também. Mesmo tendo a pele clara, obviamente não sofri um racismo tão forte como quem tem a pele retinta, mas sinto que temos um caminho longo a percorrer e fazer eventos como esse faz toda a diferença. Precisamos cada vez mais mostrar toda a potência, toda a força das mulheres que estão construindo um Brasil melhor e uma sociedade mais justa, reforçou.

Como presidente do conselho do Fleury, que é uma empresa majoritariamente feminina, com uma presença preta, mestiça e de diversas minorias, Márcio Mendes, considera de extrema importância conhecer essa realidade e aprender com as diferentes experiências. “É preciso promover cada vez mais a inserção dessas profissionais em cargos de alta gerência e também nos Conselhos. Temos essa visão de futuro e queremos que o Fleury seja uma empresa que tenha esse ideal em seu DNA. Queremos, inclusive, ser um exemplo para que outras companhias continuem seguindo e avançando nessa pauta que a gente vê com muito importante”, disse.

De acordo com a Assessora Técnica do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP, Cristiane Lima Cortez, o órgão, tem um comitê ESG e, desde que aderiu ao Pacto, como apoiador, tem discutido tudo o que foi abordado no evento. “É muito importante que as empresas entendam o papel, a necessidade de tudo que foi apresentado aqui. Eu saio mais fortalecida, e emocionada porque tudo o que foi falado é muito importante. Todos deveriam ouvir o que foi dito nestes painéis porque a gente não tem mais tempo para esperar nenhuma mudança. Nós estamos muito atrasados com tudo isso”, alertou.

Já para o diretor de impacto da Vox Capital, Daniel Brandão, o evento foi uma oportunidade de se alimentar, a partir da força dessas mulheres pretas, que militam diariamente numa luta de proporções inimagináveis. “Estou aqui para me colocar ao lado delas nessa luta, como cidadão e como profissional. Pretendo levar essa força, essa caminhada, essa aprendizagem, essa sabedora ancestral para o cotidiano do trabalho, reforçando essa pauta para dentro da organização onde atuo. Muito obrigado por essa oportunidade. Um dia histórico”. Concluiu.

Segundo o Diretor Executivo do Pacto, Gilberto Costa, um dos compromissos da Associação com as empresas que aderem ao Protocolo ESG Racial é promover o protagonismo das mulheres negras, que ocupam menos de 1% nas posições de lideranças nas grandes empresas. Ou seja, a Associação estimula a correção deste desequilíbrio profissional, na perspectiva de garantir a visibilidade, liderança e reconhecimento profissional das mulheres negras.

Costa reforça que o objetivo da associação é fazer do fórum um encontro anual, realizado sempre em julho, período de alusão a mulheres negras, afro, latino-americanas e caribenhas, e que ele entre no calendário racial dos eventos de São Paulo. “Por meio dessa iniciativa também visamos potencializar a divulgação do Índice ESG de Equidade Racial Setorial e, consequentemente, aumentar significativamente o número de adesões das empresas ao Pacto. O saldo do evento é muito positivo. Estamos muito felizes e satisfeitos com adesão em massa das pessoas e com mais esse passo que demos rumo a equidade racial no Brasil”, avaliou.

Doja Cat muda visual e aparece com a cabeça raspada: “Eu nunca gostei de ter cabelo”

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Doja Cat. Foto: Reprodução / Instagram.

A cantora Doja Cat surpreendeu os fãs nesta última noite de quinta-feira (4) ao aparecer com a cabeça e as sobrancelhas raspadas. “Eu nunca gostei de ter cabelo. Não consigo dizer pra vocês, desde o início de minha vida, um dia em que eu pensei ‘isso é legal’. Eu simplesmente não gosto de ter cabelo”, explicou a cantora através de uma live no Instagram.

“Eu estava tão exausta em ter que ir treinar ou me apresentar ficar me preocupando com a peruca, se estava alinhada. Então eu não conseguia me concentrar porque estava preocupada em como meu cabelo estava”, continuou Doja. “Não acredito que demorei tanto pra raspar a cabeça, porque primeiro de tudo, eu não saio por aí com meu cabelo natural (…) Era um pesadelo e eu realmente estou gostando agora”.

Nas redes, os fãs apoiaram a decisão da artista, que frequentemente realiza lives através das redes sociais. “Vocês me viram usar meu cabelo natural. Eu tive, tipo, duas épocas em que meu cabelo estava solto. Eu o alisava … Teve um momento em que era natural, e eu nem o usava natural porque eu não estou com vontade e é apenas um pesadelo, cara. Eu superei isso”, finalizou a cantora.

Rihanna diz que trabalhou para redefinir o conceito de beleza no mercado: “Inclusão é o alicerce”

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Foto: Kevin Mazur / Vogue.

Consagrada no mundo dos cosméticos, Rihanna também está sendo celebrada pelo seu trabalho inclusivo no mundo da moda. A artista e empresária foi uma das homenageadas no Femmy Awards 2022. A premiação norte-americana celebra pessoas e marcas que trabalham pela inclusão feminina. “Quando começamos, minha visão sempre foi a celebração de todos os corpos, para com isso, continuamente derrubar as barreiras do que significa ser sexy”, disse Rihanna ao receber o prêmio de ‘Empresa Disruptiva’, atribuída à sua marca ‘Savage x Fenty’.

Rihanna durante exibição do show ‘Savage x Fenty’. Foto: Getty / Vogue

“Tudo foi construído sobre a base da inclusão. Inclusão é o alicerce“, continuou a artista. “E estou tão orgulhosa pela maneira como a marca [Savage x Fenty] evoluiu ao longo dos últimos 4 anos, com lançamento de categorias masculinas agora e também com lojas comerciais”.

Avaliada em cerca de US $ 3 bilhões, a ‘Savage x Fenty’ se consolidou como uma marca de lingeries e peças íntimas inclusivas, ampliando o aspecto de beleza para mulheres. “Nosso desafio a cada ano é apenas expandir nossa inclusão, certo? Você nunca consegue ser inclusivo o suficiente”, disse Rihanna em 2021 sobre a expansão da marca. “Você não pode simplesmente chegar lá e dizer ‘Nós cuidamos de todos!’. Sempre há alguém que você não representou e todos os anos nós queremos incluir mais representação”.

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