O ator e diretorMichael B. Jordan, 36, está em negociações com o Prime Video para expandir o universo de “Creed” com mais filmes e séries derivadas, segundo o portal Deadline.
De acordo com informações das fontes ao portal, Jordan teve reuniões sobre diversos projetos relacionados ao “Creed” no ano passado. Os planos para o escopo do universo ficaram mais ousados após a grande estreia do último longa. Procurados pelo Deadline, os representantes da Amazon e a estrela ainda não se pronunciaram oficialmente.
Apesar das conversas ainda estarem em estágio inicial, as fontes também revelaram que há um anime spin-off de Rocky em andamento, e já há ideias para uma série live-action. Também existe um projeto focado na filha de Adonis Creed, Amara, interpretada pela Mila Davis-Kent em “Creed III”, como protagonista.
Foto: Divulgação
Na semana passada, Jordan afirmou, em entrevista ao portal, que “construir o universo de Creed é algo que me deixa muito empolgado”.
“Creed III” estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira (2). Segundo a sinopse, depois de dominar o mundo do boxe, Adonis Creed (Michael B. Jordan) vem prosperando tanto na carreira quanto na vida familiar. Quando um amigo de infância e ex-prodígio do boxe, Damian (Jonathan Majors), ressurge depois de cumprir uma longa sentença na prisão, ele está ansioso para provar que merece sua chance no ringue. As atrizes Tessa Thompson e Phylicia Rashad também estão no elenco.
A jovem Zaya Wade, 15, filha do astro do basquete Dwayne Wade, 41, realizou sua estreia na Semana de Moda de Paris, num desfile para a grife Miu Miu. A novidade acontece após Zaya conseguir alterar legalmente o seu gênero e nome perante a justiça de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Dwayne não escondeu a emoção ao celebrar a conquista da filha, que agora segue uma nova jornada como modelo. “Zaya, como seu pai, tudo que eu queria fazer era acertar”, disse o atleta durante o NAACP Images Awards 2023. “Sentei e observei como você assumiu o controle de sua vida perante o público. Admiro como você lidou com a ignorância em nosso mundo. Eu admiro isso que você enfrenta todos os dias. Muito orgulho. Dizer que sua aldeia está orgulhosa de você é um eufemismo.”
O atleta não poupou elogios e destacou a coragem da filha em enfrentar o mundo. “Como seu pai, meu trabalho não é criar uma versão de mim mesmo ou direcionar seu futuro. Meu papel é ser um facilitador para suas esperanças, seus desejos, seus sonhos“, disse ele. “Zaya, você me tornou um ser humano melhor simplesmente por ser quem você nasceu para ser, nossa garotinha Zaya Wade. Então querida, obrigado por mostrar ao mundo como é a coragem. Estou orgulhoso de ter sido escolhido para ser seu pai“.
Nesta semana, após brilhar na passarela da Miu Miu, Zaya também recebeu apoio de diversos famosos. “Linda garota, parabéns”, comemorou a atriz Cynthia Erivo, 36. “Linda, linda e linda”, destacou Natalia Bryant, 20.
O Brasil está amando acompanhar a nova fase de Jojo Todynho, 26, como estudante de Direito. Nesta última quarta-feira (8), a cantora e apresentadora mostrou a animação em torno dos primeiros dias de aula ao lado dos colegas. “Estamos aqui no intervalo e já fiz amizades”, comemorou Jojo. “Esqueça tudo. Somos a turma do barulho, a turma JJ”.
Com os novos colegas, Jojo também apareceu cantando e comemorando a nova fase pelos corredores da faculdade. Sem medo de realizar seus sonhos, ela também comentou sobre as pessoas que tentaram desmotivá-la. “Não se preocupem comigo, tenho cinco anos para muitas coisas acontecerem na minha vida”, destacou.
Através do Instagram, a artista também revelou o desejo em ser uma ‘especialista em divórcio’. “Dra. Jordana Toddy Advocacia”, brincou ela com a possibilidade, ao compartilhar uma montagem feita por fãs. Anteriormente, Jojo já tinha comentado sobre a vontade de seguir a carreira. “Alô, mulherada! Quando eu me formar acabou essa palhaçada que homem não paga pensão, que homem bate em mulher… Eu vou ser delegada da DEAM [Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher]. Vou buscar em casa. E outra coisa, vai ter um quartinho chamado ‘Que Tiro Foi Esse’ para você que gosta de bater em mulher”, disse a artista.
Joy Sunday, 26, a sereia Bianca Barclay da série “Wandinha” da Netflix, se emocionou ao contar sobre sua viagem ao Brasil. Quando estava na escola, ela diz que passou um mês na Bahia e essa experiência a “fez se sentir bonita pela primeira vez”.
“Eu me lembro de três mulheres na Bahia, em uma igreja. Elas me pararam e me disseram que eu era bonita. Eu me lembro de ficar incrédula porque eu não acreditei nelas. Foi a primeira vez que eu realmente parei para pensar em mim como uma pessoa bonita”, lembra a atriz em entrevista para a Seventeen norte-americana.
“Esta é uma passagem de quando estive no Brasil, aos 13 anos. O que não foi minha primeira viagem sozinha, mas foi a primeira vez que saí do país – além da Nigéria, que é de onde vem minha família. Eu participei de um programa dedicado a jovens no Harlem [bairro de Nova York], chamado The Brotherhood Sister Sol“, conta.
A atriz ainda comenta que conseguiu passar um mês no Brasil com apenas 300 dólares. “Eu tinha encontrado essa oportunidade que me abriu muitas portas, me trouxe onde estou hoje”, diz.
A atriz Lupita Nyong’o será protagonista do spin-off de “Um Lugar Silencioso”. Em novembro do ano passado, já haviam sido publicados rumores de que a atriz de “Pantera Negra” estaria no longa. Ontem (8), ela compartilhou uma foto no Instagram ao lado do ator Djimon Hounsou, que está no elenco do segundo filme da franquia e também fará parte de “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, e dos atores Joseph Quinn e Alex Wolff.
Em “Um Lugar Silencioso II”, lançado em 2020, Djimon Hounsou interpretou um sobrevivente do ataque alienígena que se encontra com a família Abbott enquanto eles procuram um lugar seguro para se refugiar em um mundo invadido por criaturas mortais que são atraídas pelo som. Ainda não se sabe os detalhes sobre o desenvolvimento de seu personagem no spin-off.
“Um Lugar Silencioso: Dia Um” deve contar detalhes dos primeiros dias da invasão alienígena. O filme será dirigido por Michael Sarnosk e tem data de estreia prevista para março de 2024.
No começo de fevereiro, o produtor executivo John Krasinski, que protagonizou o primeiro filme da sequência, compartilhou fotos do início das gravações em seu Twitter. “Foto obrigatória da ardósia no primeiro dia… desta vez com uma reviravolta! Muito honrado por estar lá no dia 1 do @AQuietPlace DIA UM com o maestro @MichaelSarnoski e o lendário @Lupita_Nyongo Mal posso esperar para ver a magia que eles conjuram neste!”, escreveu.
Foto: Janos Marjai/AP - Foto Lewis Hamilton/Reuters
O Ministério Público do Distrito Federal enviou à Justiça um parecer em que pede a condenação do ex-piloto Nelson Piquet pelos comentários racistas direcionados ao piloto Lewis Hamilton durante entrevista concedida ao Canal Enertoem julho de 2021.
Na ocasião, Piquet chamou Hamilton de “neguinho” durante comentário sobre um acidente envolvendo Lewis Hamilton e Max Verstappen durante o GP de Silverstone, na Inglaterra. “O neguinho meteu o carro e não deixou. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Ele teve muita sorte”, disse.
Segundo informações compartilhadas pelo jornal O Globo, em seu parecer, o MP acusa Nelson Piquet de racismo e homofobia por se referir ao piloto da Mercedes como “neguinho” e por fazer insinuar que o piloto estivesse tendo relações homoafetivas para crescer na carreira.
“Durante a malfadada entrevista, em que o réu comenta acidente ocorrido no Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, em julho de 2021, ele refere-se múltiplas vezes a Lewis Hamilton com menosprezo, sem sequer citar o nome do piloto inglês, referindo-se a ele apenas como “neguinho”, e incorrendo também em homofobia, afirmando que ‘O ‘neguinho’ devia estar dando mais c* naquela época’, cita a petição dos autores.
O Ministério Público entende que houveram “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto nacionais”.
Na época em que a entrevista de Nelson Piquet veio à tona, Lewis Hamilton fez alguns tweets comentando as falas do ex-piloto. “Vamos focar em mudar de mentalidade”, iniciou. “É mais do que linguagem. Essa mentalidade arcaica precisa mudar e não tem espaço em nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes a minha vida inteira. Houve muito tempo par aprender. Chegou a hora da ação”, disse Hamilton.
Em entrevista para a TV Globo, Key Alves, 23, eliminada do BBB 23 com apenas 56,76% dos votos na última terça-feira (7), falou os seus motivos de não confiar no ex-brotherFred Nicácio, 36, mas continuar aliada com ele no jogo.
“Quando ele subiu ao quarto do líder para falar que queria votar no Cristian, a gente foi entendendo que quem estava querendo começar a trair o grupo era ele. Isso fez com que a gente ficasse com o pé atrás e desconfiasse dele”, diz a jogadora de vôlei. Na época, a equipe do Fred havia publicado imagens da própria Key levando o nome do amigo com intenção de voto.
https://www.instagram.com/p/CokofSEg4Tu/
Key Alves também revelou outras situações para não gostar do Fred Nicácio. “A forma de jogo dele de gritar, falar alto, o jeito como ele se posicionava com todo mundo parecia, sim, um pouco arrogante, era o que a gente via lá dentro. Essas coisas começaram a incomodar eu e o cowboy e foram motivos para sairmos do grupo”, conta.
“E eu acho que a partir do momento em que eu saí do grupo, eu não devo nada para ninguém ali dentro. A gente decidiu votar juntos, mas eu já não jogava mais com ninguém”, afirma Key, que manteve as estratégias de jogo com o quarto Fundo do Mar.
“No momento em que eu estive sentada com Sapato, Amanda e Aline, houve uma conversa em que eu não estava alimentando eles com informações contra o Fred para incentivá-los a votar nele, porque eles já tinham essa opinião. Eu fui sincera – que é o que eu sou – talvez até demais, mas falei o que eu achava dele”, finaliza.
Programa sem fins lucrativos, o C101 visa ampliar a participação de mulheres negras e indígenas em Conselhos de Administração
Neste Dia da Mulher, 8 de março, o Conselheira 101 abriu as inscrições para a quarta turma do programa de incentivo à diversidade de gênero e étnico-racial nos Conselhos de Administração, Conselhos Consultivos e Comitês das empresas brasileiras. Por meio de encontros online e eventos presenciais, a iniciativa atua na ampliação do conhecimento de lideranças femininas negras e indígenas sobre o papel dos Conselhos e Comitês e amplia o networking das participantes com a comunidade de governança corporativa. As inscrições vão até 31 de março e poderão ser feitas através do link aqui.
“Desde o início do Conselheira 101, em 2020, já conseguimos impactar 62 executivas negras, sendo que 47% das participantes conquistaram posições em Conselhos e também Comitês de Assessoramento. Além disso, 50% tiveram, também, relevantes movimentações em suas carreiras executivas. Esse segue sendo o nosso objetivo, dar visibilidade para mais profissionais negras e indígenas”, declara Elisangela Almeida, cofundadora do Conselheira 101.
Para participar, é preciso se autodeclarar negra ou indígena, ter 10 anos de experiência e no mínimo de 5 de atuação em posição de liderança (cargo sênior). O processo de seleção, que acontecerá durante o mês de abril, se dará em duas etapas, sendo a primeira de avaliação de currículos e a segunda de entrevistas virtuais com as pré-aprovadas. Com início no dia 2 de maio, o programa terá 15 encontros virtuais de 1h30 de duração com executivos e conselheiros de grandes empresas, que compartilharam experiências e responsabilidades inerentes ao papel de conselheiro, formação e skills buscados, desafios e boas práticas de governança corporativa, entre outros. Ao final, é oferecido gratuitamente às participantes o curso “Temas Relevantes em Governança Corporativa”, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Segundo dados do Censo da Gestão Kairós, especializada em Sustentabilidade e Diversidade, divulgados em 2022, mulheres negras são apenas 3% entre líderes nas empresas. Esse dado considera posições de gerência para cima – no topo, na cadeira de CEO, não há nenhuma. Quando se trata de Conselhos de Administração, onde a participação de mulheres é 16%, no recorte racial a representatividade é tão baixa que estatisticamente é traço. Esse é o cenário que o Conselheira 101 busca mudar, promovendo, além de visibilidade para as profissionais, awareness para o mercado.
O programa é idealizado por um coletivo de mulheres formado por Ana Beatriz Trejos, Ana Paula Pessoa, Elisangela Almeida, Graciema Bertoletti, Jandaraci Araujo, Leila Loria, Lisiane Lemos, Marienne Coutinho, Mayra Stachuk e Patrícia Molino, o programa, sem fins lucrativos, tem o apoio da KPMG, da WCD (Women Corporate Directors) Foundation, da Happy Eagle Consultoria de Executive Search, do IBGCe da Oliver Press.
Eis que chegamos em Março, nosso mês. Todos os anos observamos um cenário mais afável nesse período em específico, não que as violências contra nós diminuam, óbvio, mas somos tomados por um espírito repentino em que a mulher é enaltecida e celebrada, embora nossa jornada seja paulada após paulada. Poderia escrever sobre empoderamento, sobre matriarcado, sobre coisas belas do feminismo. Optei por um caminho mais tortuoso, abordar um tema recorrente em minha clínica psicológica. Lá vem a psicóloga novamente dizer que só pode falar de sua experiência clínica. Pois é, estou aqui novamente amigues.
Falar do mês da mulher para mim é um processo natural, estou muito familiarizada com tal universo, entretanto, reduzo-me a insignificância de um lugar pontual, daquela que escuta atenta as repetidas queixas no tão desejado espaço seguro. E é sobre a mulher negra e suas dores que escolhi abordar. Mas lá vem ela falar da solidão da mulher negra! Mulher negra palmita como homem negro, não tem diferença! Mulher negra só quer negro padrão, por isso está sozinha! Quem nunca escutou tais bordões em nossa comunidade, não é mesmo?!
Mulheres negras são vistas como raivosas e ressentidas, infelizes e reclamonas, escutamos com frequência que nossas queixas são infundadas, que somos exageradas, e que tudo é racismo. Sabemos bem os enfrentamentos diários, as dores no armário, o choro engolido. Existe uma realidade dura, ninguém interessa-se em acolher mulheres negras, o mundo parece nos odiar deliberadamente. Tem alguns caminhos reservados a nós, a invisibilização, a hostilidade ou o puxa saquismo, este último é quando somos muito úteis aos interesses alheios.
Foto: Getty Images.
Mas nem só de dor vive a mulher negra. Também podemos observar um esforço coletivo em refletir criticamente sobre esses destinos, produzir discurso na primeira pessoa, fortalecer as redes de apoio, criar aquilombamentos e, não mais importante, entender que autocuidado é fundamental e saúde mental é inegociável. A questão é que a sociedade tem forjado mulheres negras mais poderosas, mais autodeterminadas, potentes, com mais figuras de identificação positiva. Parece que agora é moda ser mulher negra, não é à toa que muitas irmãs têm se reconhecido negras, fenômeno bem novo no Brasil. Até pouco tempo atrás, ser negra era carregar o defeito de cor e nem todas queriam. Até as brancas têm “avó negra”. Contém ironia!
Apesar de todo esse movimento de empoderamento, o mercado afetivo para mulheres negras têm mudado ao passo de uma tartaruga. É bem verdade que nos tornamos muito mais interessantes aos olhos de uma sociedade que antes nos ignorava por completo. Entretanto, o pouco de visibilidade é meramente instrumental, pois estamos em escassez de novas histórias, de novas trajetórias e, quando chegamos lá, somos atacadas pois nossos corpos não estão identificados socialmente com o sucesso, a capacidade e com o feminino.
A mulher negra infelizmente encabeça os índices de celibato, de concubinato, de monoparentalidade, de violência e de sexualização de seu corpo. Voltando ao tema mercado afetivo, as queixas não diminuem, só aumentam. Diante deste cenário cruel e ingrato, muitas mulheres negras têm demonstrado um sentimento de desesperança, de exaustão, de até preguiça quando o assunto é relacionamento. Como está o mercado heteronormativo para a mulher negra?
Este artigo tem o objetivo de abordar um tema relativamente novo, oherteropessimismo e como esse fenômeno impacta a vida da mulher negra em específico. Este conceito geralmente é abordado somente pelo recorte de gênero, sendo assim achei que poderíamos aprofundar a questão racial e discutir os prejuízos emocionais das mulheres negras diante desse fenômeno. É um conceito cujo objetivo é problematizar a heteronormatividade por possuir em suas bases a violência e a desigualdade como estruturantes.
A pesquisadora dos estudos de gênero, sexualidade e questões das mulheres, Asa Seresin, ressalta que a crise da heteronormatividade está intrinsecamente ligada à cultura ocidental branca patriarcal, determinando até hoje performatividades de gênero obsoletas e insuficientes. A autora diz: “heteropessimismo é a desidentificação performativa de mulheres com a sua própria heterossexualidade” (2019). Para ela, a heteronormatividade limita experiências, perpetua a subjugação feminina e cria tensões incontornáveis. O heteropessimismo consiste num sentimento compartilhado coletivamente entre as mulheres, em que generaliza o fracasso das relações heteronormativas e instala um sentimento de profunda desconfiança dos homens.
Ademais, aqui temos que salientar o lugar do homem negro enquanto figura estigmatizada, como seres incapazes de estar numa relação formal sem que esteja numa posição de suspeição, o racismo assim acaba por reforçar o conjunto de preconceitos acerca do homem negro: infiéis, palmiteiros, irresponsáveis, insensíveis e objetos de desvalorização. Se o homem branco cisgênero hétero tornou-se questionável, quiçá o homem negro cisgênero hétero.
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As mulheres negras vivem uma ambivalência, entre o desejo de viver uma relação amorosa e a iminência da desilusão. A relação conjugal ainda é um valor, um status, um capital social, ao passo que muitas mulheres podem internalizar o fracasso feminino caso não alcance o tão sonhado relacionamento amoroso. E para as mulheres negras, o sentimento agrava-se pelo nosso histórico de exclusão sistemática do mercado afetivo. Para enfrentar essa dura realidade e tantos desencontros, as mulheres em geral, e principalmente mulheres negras, estão produzindo uma espécie de aversão aos homens, uma devolutiva da desvalorização que eles costumam perpetuar.
Começamos a perceber mulheres negras num pseudo processo de resiliência e naturalização a solidão como um posicionamento político do existir, uma espécie de mecanismo de defesa em que racionalizam-se as dificuldades para não entrar em contato com a dor da rejeição, da exclusão e da impossibilidade. É comum ouvir nas redes sociais que ser hétero é um castigo, a heteronormatividade é um saco, que homens héteros são precários e assim por diante. Como contornar essa situação?
Não existe uma receita mágica, ainda estamos reconstruindo rotas de sentido outrora perdidas durante o processo da colonização e escravização, processos esses causadores de sérios prejuízos em nossas relações afetivas. É bem verdade que o modelo ocidental relacional acarretaria mais cedo ou mais tarde um descompasso nesse âmbito, na linguagem popular ia dar ruim, né?! Não podemos esquecer que trata-se de uma comunidade calejada de traumas ainda não curados, feridas abertas. Talvez pensar nas relações sob outros vieses pode ser bem interessante. O modelo colonial é patologizante e cada dia torna-se menos contemplativo para nossa comunidade.
Uma coisa é certa, mulheres encabeçam o ranking do heteropessismo, especialmente mulheres negras por terem mais prejuízos simbólicos no modelo heteronormativo de relação. Este modelo está a cada dia mais desacreditado, e consequentemente faz com que mulheres negras enfatizem as experiências negativas em detrimento de encontrar seu par ideal. Será que seremos capazes de promover encontros saudáveis sem todos os prejuízos que o racismo produz em nossas vidas? Chegará o tempo em que a mulher negra cisgênero e hétero poderá vislumbar um lugar nesse mercado perverso e cruel? A esperança continua.
O Grupo+Unidos está recebendo inscrições para um curso de inglês online e gratuito direcionado para jovens profissionais e empreendedores negros e indígenas. O curso intensivo, denominado Access E2C, é oferecido pela Embaixada e Consulado dos Estados Unidos por meio do Escritório Regional de Ensino de Língua Inglesa (RELO) e é voltado para pessoas entre 18 e 35 anos que já possuem conhecimento básico da língua inglesa.
As inscrições vão até o meio-dia do dia 21 de março e podem ser feitas pelo site https://www.maisunidos.org/accesse2c/. O curso tem previsão de início para abril e deve se estender até dezembro deste ano, com 240 vagas disponíveis para alunos de todo o Brasil e um total de 210 horas de formação.
Para Daniel Grynberg, diretor-executivo do Grupo +Unidos, o curso é uma oportunidade que “vai além do ensino de língua inglesa”. “Estamos muito felizes em anunciar a terceira edição do Access E2C. Este programa vai além do ensino da língua inglesa, é também sobre conexões entre esses jovens e aprendizados que os ajudarão no desenvolvimento de suas carreiras”, comentou.
Além da formação em um novo idioma, os participantes também terão a chance de realizar atividades extracurriculares e de receber mentorias com profissionais especializados em diferentes áreas do mercado de trabalho.
“O Escritório Regional de Ensino de Língua Inglesa tem observado resultados impactantes do programa Access E2C. Os participantes melhoram seu inglês, potencializam sua confiança para falar a língua e tornam-se protagonistas para mudanças no contexto social.”, celebrou a diretora do RELO, Maria Snarski.