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UNESCO disponibiliza Coleção História da África para download gratuito

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A Coleção História Geral da África  tem oito volumes e quase dez mil páginas. A obra foi elaborada ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, a maior parte deles de origem africana, e já havia sido editada em sua totalidade em inglês, francês e árabe.

De acordo com o Representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny, ao se disseminar no país o conhecimento sobre a África , é possível promover uma importante mudança das relações étnico-raciais. “Existe uma  preconcepção de que a história da África começa a partir da colonização e do tráfico negreiro. Mas as contribuições do continente para a humanidade são muito maiores e muito mais antigas do que o imaginado pelo senso comum. E isso precisa ser conhecido”, afirma.

O objetivo da tradução da obra é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira.

O conteúdo tem sido usado para construção de materiais pedagógicos para uso de professores e estudantes. A iniciativa é um importante passo dentro de uma política pública de valorização da diversidade e de implementação da lei que estabelece a Educação das Relações Étnico-Raciais e o  História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Salvador é agora a capital afrodescendente da Ibéro-América

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A Presidente Dilma Roussef, Chefes de Estados e autoridades de países da  América Latina, Caribe e África participaram na manhã deste sábado (19) no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico da capital baiana, do encerramento do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional do Ano dos Afrodescendentes (Afro XXI).

 No encontro foi assinado a Declaração de Salvador que é um documento com os compromissos firmados durante o Afro XXI.  . Dentre os destaques do texto estão a criação de um fundo internacional para ações de reparação aos afrodescendentes e combate ao racismo, além de instituir Salvador como a Capital Afrodescendente da Ibero-América.  A declaração também servirá como orientação da Organização das Nações Unidas para todos os países.

 

Confira a íntegra do documento:

 

 Os Chefes de Estado da República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República da Guiné, da República Oriental do Uruguai, o Vice-Presidente da República da Colômbia, a Ministra da Cultura de Angola, o Ministro da Cultura, da Alfabetização, do Artesanato e do Turismo da República do Benin, o Ministro da Cultura da República de Cuba e a Ministra da Cultura da República do Peru reuniram-se em Salvador, Bahia, Brasil, em 19 de novembro de 2011 para celebrar o Ano Internacional dos Afrodescendentes, declarado pela Assembléia Geral das Nações Unidas através da Resolução nº 64/169 de 18 de dezembro de 2009.

 

          Convocada pelo Governo da República Federativa do Brasil, Governo do Estado da Bahia e pela Secretaria Geral Iberoamericana, com o apoio da Organização das Nações Unidas, os objetivos centrais da Cúpula foram dar visibilidade às contribuições sociais, culturais, políticas e econômicas afrodescendentes para a América Latina e o Caribe para aumentar o conhecimento da situação vulnerável na qual a maioria desta população vive e recomendar estratégias nacionais, regionais e internacionais para promover a inclusão total dos afrodescendentes e superar o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata.

 

Os Chefes de Estado e Governo:

 

         Enfatizaram que a Cúpula assumiu relevância em particular, visto que a América Latina e o Caribe têm a maior população de afrodescendentes do mundo, estimada em 150 a 200 milhões de pessoas, e foi o destino primário da diáspora africana;

 

         Lembraram o décimo aniversário da Declaração e Programa de Ação da Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância correlata realizada em Durban, África do Sul, em 2001, que representa uma agenda antidiscriminação significativa em nome do desenvolvimento de estratégias nacionais e coordenaram as políticas internacionais e regionais para combater o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata em todo o mundo;

 

         Enfatizaram que a Declaração e Programa de Ação de Durban e a Declaração e Programa de Ação da Conferência Regional das Américas em Santiago, Chile, em dezembro de 2000, reconheceram expressamente o direito dos afrodescendentes à sua própria cultura e identidade, à participação igualitária na vida econômica e social, ao uso e conservação de recursos naturais em terras ancestralmente habitadas, à participação no desenvolvimento de sistemas e programas educativos e à livre prática de religiões africanas tradicionais;

 

         Baseados na Declaração e Programa de Ação de Durban e na Declaração e Programa de Ação da Conferência das Américas, comprometeram-se a implantar políticas públicas voltadas à promoção da não discriminação e da inclusão social, cultural, econômica e política dos afrodescendentes, inclusive por meio de medidas de ação afirmativa;

 

         Reconheceram que, apesar do progresso atingido em diversos países da América Latina e do Caribe para promover os direitos dos afrodescendentes, ainda há grandes desafios para assegurar a inclusão total desse segmento da população em condições igualitárias na vida social, cultural, econômica e política, considerando diferentes realidades nacionais;

 

         Inspirados pelos princípios da dignidade inerente à pessoa humana e da igualdade entre todas as pessoas consagrados nos instrumentos internacionais relacionados à promoção e proteção dos direitos humanos, comprometeram-se a combater a exclusão social e a marginalização dos afrodescendentes, identificadas como as causas básicas e fatores agravantes por trás da discriminação das quais elas são as vítimas primárias;

 

         Reafirmaram seu compromisso determinado com a eliminação completa e incondicional do racismo e de todas as formas de discriminação e intolerância;

 

         Enfatizaram que a magnitude das contribuições dos afrodescendentes para a formação social, cultural, religiosa, política e econômica dos países da região deve ser valorizada e reconhecida;

 

         Enfatizaram a necessidade de dar valor e reconhecer a contribuição social, cultural, religiosa, política e econômica dos afrodescendentes na criação dos Países da região e enfatizam que este processo de contribuição ainda está em andamento nos dias de hoje;

 

 

          Enfatizaram a importância de preservar e disseminar o rico legado da África e dos afrodescendentes para a construção e desenvolvimento dos países da América Latina e do Caribe. Enfatizaram que a construção da identidade nacional nos países da América Latina e do Caribe está intimamente vinculada em diversos graus ao conhecimento da história e culturas africanas;

 

         Enfatizaram o papel central da educação na prevenção do preconceito, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata. Para esta finalidade, expressaram seu apoio à introdução de programas em sistemas educativos para promover o desenvolvimento integral da personalidade humana, reforçar o respeito a todos os direitos humanos, valores democráticos e liberdades fundamentais, bem como aos antecedentes históricos, religiosos e necessidades culturais diversos e únicos de cada nação e fomentar o entendimento, tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais e religiosos;

 

         Enfatizaram a importância de garantir a todos os afrodescendentes os direitos fundamentais consagrados nos instrumentos internacionais para promoção e proteção de direitos humanos;

 

         Enfatizaram a importância de coletar dados estatísticos desagregados para a formulação e implantação de políticas públicas eficazes para aumentar as oportunidades iguais para os afrodescendentes em relação aos cidadãos da região como um todo e para superar sua invisibilidade sistemática em muitos países;

 

         Condenaram a violência e a intolerância contra comunidades religiosas africanas. Reconheceram que a coexistência pacífica entre religiões em sociedades multiculturais e multirraciais e países democráticos é fundada no respeito à igualdade e não discriminação entre as religiões e a separação entre as Leis do País e os preceitos religiosos;

 

         Comprometeram-se a confrontar os altos níveis de vitimização entre jovens, crianças e mulheres de afrodescendentes com base nas políticas de segurança baseadas nos direitos do cidadão e centralizada na proteção de pessoas através da adoção de medidas de prevenção à violência;

 

         Comprometeram-se a trabalhar juntos para combater a desigualdade, pobreza e exclusão social através da cooperação e troca de experiências. Para este fim, eles reafirmaram sua determinação de implantar uma agenda social rigorosa de acordo com os compromissos assumidos sob compromissos internacionais acordados, inclusive os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;

 

Reconheceram a necessidade de assegurar o progresso na integração da perspectiva de gênero nas medidas e programas adotados para enfrentar o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, visando combater o fenômeno de formas múltiplas ou agravadas de discriminação contra as mulheres;

 

         Reconheceram o papel fundamental da sociedade civil no combate ao racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, particularmente no auxílio aos governos no desenvolvimento de regulamentos e estratégias, na tomada de medidas e realização de ações contra estas formas de discriminação e através do acompanhamento da implantação;

 

         Enfatizaram a importância de combater a impunidade em manifestações e práticas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata em esportes, um fenômeno do qual os afrodescendentes frequentemente são vítimas;

 

         Deram as boas vindas à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e Jogos Olímpicos de Verão 2016 no Brasil e enfatizaram a importância de se esforçar para garantir que os dois eventos promovam o entendimento, tolerância e paz entre países, povos e nações e fortalecer os esforços para combater o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata;

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Chefes de Estado se reunirão com Dilma para aprovar a “Declaração Contra o Racismo”

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Três presidentes, um primeiro-ministro, um vice-presidente, três ministros da cultura e mais um chanceler serão recebidos pela presidente Dilma Rousseff no próximo sábado (19) na capital baiana para debater e aprovar a Declaração de Salvador. O documento sintetizará as diretrizes para o combate ao racismo e ações afirmativas de reparação para as populações afrodescendentes das nações envolvidas. Além disso, servirá como orientação da Organização das Nações Unidas para todos os países.

Os presidentes de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, do Uruguai, José Mojica, e da República da Guiné, Alpha Condé, os primeiros-ministros de São Vicente e Granadinas, Ralph Golsalves, e do Uruguai, Luis Almagro, o vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, já garantiram presença. Eles participam do encontro, às 10h de sábado (19) no Palácio Rio Branco. Ministros da Cultura de Cuba, Peru e Benin, e de Mins e Energia de Angola. Também estarão representantes de Honduras, Venezuela, Costa Rica, Nigéria, Barbados e República Dominicana.

A reunião terá início às 10h no Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, centro de Salvador. Os chefes de estado se encontrarão no Salão dos Espelhos e até o meio-dia devem encerrar o evento com a divulgação da Declaração de Salvador, documento contendo as diretrizes para a implantação de políticas públicas de combate ao racismo, às desigualdades raciais e de ações afirmativas de reparação aos afrodescendentes.

Depois do evento no Palácio Rio Branco, as autoridades seguem ao Hotel Convento do Carmo, no bairro de Santo Antônio, onde será servido um almoço. Em seguida, Gilberto Gil e a cantora e ministra da Cultura do Peru Susana Baca fazem uma apresentação musical para o grupo. Durante toda a tarde, a presidente Dilma Rousseff manterá encontros bilaterais com os chefes de Estado presentes ao encontro.

O Afro XXI é uma realização do governo brasileiro, através da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Governo do Estado da Bahia, através das secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), de Cultura (Secult), e das Relações Internacionais e da Agenda Bahia (Serinter), associados a Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib).

A parceria para a realização do Encontro inclui também a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), e a ONU, através de suas agências: Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP).

Margareth Menezes e Virgínia Rosa em Show da Consciência Negra em São Paulo

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Margareth Menezes, Virgínia Rosa, Leandro Lehart e Sandália de Prata estão entre as atrações do 5º Show da Consciência Negra,  promovido pelo Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo. O evento que acontece no dia 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi, na Praça da Luz (ao lado da Estação Luz) . Quem estiver por lá também poderá participar de oficinas e assistir as apresentações de capoeira.

Estão programadas ainda ações voltadas para o público infantil como pinturas de rosto, esculturas com bexiga, oficina de contação de histórias, apresentação de capoeira e maculelê.

Além da programação na Praça da Luz, o show estende-se até a Sala Olido (av. São João, 473, República), em uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. Lá acontecem apresentações de teatro infantil, com a peça “Pedro e o Lobo”; e dança, com o grupo Babalotim; e de música, com a cantora Rose Calixto em um tributo a Clara Nunes.

O evento irá homenagear os 8o anos de fundação da Frente Negra Brasileira, primeiro movimento político organizado voltado para as demandas da população negra brasileira. Um de seus integrantes, o escultor, ator, poeta e ativista social Abdias do Nascimento, que morreu neste ano, também será lembrado.

O Show da Consciência terá início às 9h, com a apresentação do grupo feminino de percussão Ilú Obá Demin e, dentre os destaques, estão os shows de Vanessa Jackson, às 10h45; Leandro Lehart, às 15h30; Sandália de Prata com participação de Rappin’ Hood, às 16h40; e Margareth Menezes, às 20h40. Confira abaixo, a programação completa.

Programação completa do Show da Consciência Negra – Parque da Juventude – 19/11:

14h – Quilombol de Luz – apresentação de dança afro

Programação completa do Show da Consciência Negra – Praça da Luz:

9h – Ilú Oba demin
9h35 – Grupo Cupuaçu
10h15 – Virada de Palco +MC + capoeira + maculele
10h45 – Vanessa Jackson
11h20 – Virada de palco + MC
11h40 – Filafro
12h20 – Partido Alto
13h – Virada de Palco + DJ Marajá
13h25 – Cultura Viva – Dança Afro
13h55 – virada de palco – MC + DJ Marajá
14h10 – Mano Osmir – rapper
14h35 – Filosofia do Reggae
15h15 – virada de palco – DJ Marajá
15h30 – Leandro Lehart
16h15 – Virada de palco – Teatro do Lixo
16h40 – Sandália de Prata com Partic. Rappin’Hood
18h – Virada de Palco- DJ – Marajá
18h30 – Banda Soul Connection
19h20 – Virada de Palco – DJ Marajá
19h40 – Virginia Rosa
20h40 – Margareth Menezes
22h – ENCERRAMENTO

Programação completa do Show da Consciência Negra – Galeria Olido:

14h30 – Teatro Infantil “Pedro e o Lobo”
16h30 – Babalotim
18h30 – Rose Calixto em Tributo à Clara Nunes

Show da Consciência Negra
Dia 20/11, das 9h às 22h.
Praça da Luz
Programação na Sala Olido
Dia 20, das 14h30 às 18h30
Galeria Olido – Av. São João, 473, República.

Abertura do Afro XXI destaca avanços e desafios para o combate ao racismo

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Ministra na Abertura - Fotos Manu Dias-Secom-BA

O reconhecimento dos avanços no combate ao racismo e à discriminação e a necessidade de ampliar as conquistas dos últimos dez manos foram a tônica dos discursos da solenidade de abertura oficial do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, evento que acontece até sábado (19) em Salvador. Um dia após o início dos debates, envolvendo organizações da sociedade civil, hoje (17) aconteceu a solenidade de abertura, reunindo os representantes de todas as entidades envolvidas na organização do evento.

O Teatro Yemanjá, no Centro de Convenções da Bahia recebeu um público eclético composto de autoridades, governantes, militantes, artistas e diplomatas com um único objetivo: debater novas estratégias para o avanço da igualdade no mundo e os rumos da causa antirracista. A saudação religiosa feita por Makota Valdina precedeu o ato formal de abertura. Ela fez oração em quicongo, língua do povo banto e também em iourubá. Makota pediu paz e harmonia a Oxalá, além de uma referência a Ogum, para a abertura dos caminhos e o fortalecimento da luta em prol da igualdade.

A sociedade civil foi representada por Rita Bárbara, que chamou a atenção para a fortaleza do povo negro e para a necessidade de se olhar sempre para frente. “Vamos avançar para além de Durban, mais e mais”, afirmou. Jorge Chediek, coordenador residente da ONU no Brasil, ressaltou a importância da cultura africana para a formação dos povos da Ibero-américa e do Caribe, desde a culinária, passando pelas línguas e pela musicalidade. “O objetivo desse encontro é criar mecanismos internacionais de garantia dos direitos à igualdade”, disse Chediek.

Ministra na Abertura (Fotos Manu Dias-Secom-BA)

O titular da Secretaria Geral Ibero-Americana, Enrique Iglesias, um dos idealizadores do Afro XXI, ressaltou que a escolha de Salvador para sediar o Encontro decorreu da posição destacada da Soterópolis como a maior cidade africana fora da África. A evidência dessa influência foi atestada pelo IBGE, quando identificou que mais de 50% da população brasileira se autodefine como afrodescendente. Iglesias ressaltou o avanço das questões raciais como consequência do empenho dos organismos sociais, e indicou que esta é uma batalha longa.

A embaixadora Vera Machado, representante do Ministro de Relações Exteriores, afirmou que as iniciativas do governo federal evidenciam a valorização do Brasil aos legados africanos e sua importância para a formação da nação brasileira. Para a embaixadora, o importante é identificar, nas discussões, estratégias inovadoras e eficazes para o combate ao racismo. “Precisamos entender a diversidade como fator civilizatório”, encerrou.

Negros e pardos são a maioria, mas ganham menos e morrem mais cedo

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Dados divulgados pelo IBGE sobre Censo 2010 mostram que apesar da maioria dos brasileiros serem pardos e negros o salário médio dos negros (R$ 834),  ainda é bem menor do que dos brancos (R$ 1.538). As diferenças nas condições de vida explicam o fato da população negra morrer mais cedo. No Brasil de hoje , de maioria negra, o branco vive mais.

Confira mais detalhes do Censo 2010 em relação à raça pelo nota emitida pelo site do IBGE:

Nos últimos dez anos, a estrutura da população mudou em termos de cor ou raça, com destaque para uma maior proporção das pessoas que se declaram como pretas e pardas, de 44,7% da população em 2000 para 50,7% em 2010. Destaca-se uma maior concentração de negros e pardos no Norte e no Nordeste e, no Sudeste e Sul, uma maioria de pessoas da cor branca, o que acompanha os padrões históricos de ocupação do país.

A comparação das pirâmides etárias referentes aos anos de 2000 e 2010, segmentadas por cor ou raça, mostra que, para os três principais grupos, houve estreitamento da base da pirâmide, resultado da diminuição da fecundidade. Ao mesmo tempo, duas diferenças despontam já em 2000. Negros e pardos mostram maior proporção de pessoas abaixo de 40 anos; já os brancos têm maior proporção de idosos – maiores de 65 anos e, principalmente, maiores de 80 anos de idade – o que provavelmente está ligado às diferenças de condições de vida e acesso a cuidados de saúde, bem como à participação desigual na distribuição de rendimentos. Os rendimentos médios mensais dos brancos (R$ 1.538) e amarelos (R$ 1.574) se aproximam do dobro do valor relativo aos grupos de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) ou indígenas (R$ 735).

Na razão entre os rendimentos de brancos/pretos e brancos/pardos, os maiores diferenciais estavam nos municípios com mais de 500mil habitantes. Entre as capitais, destacam-se: Salvador, com brancos ganhando 3,2 vezes mais do que pretos, Recife (3,0) e Belo Horizonte (2,9). Entre brancos e pardos, São Paulo (2,7) aparece no topo da lista, seguida por Porto Alegre (2,3). Em terceiro lugar estão empatadas Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde brancos têm um rendimento 2,3 vezes maior do que pardos.

Três crianças morrem carbonizadas em Angola

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O uso de vela, por falta de energia elétrica causou um incêndio em uma residência na cidade de Cabinda, em Angola resultando na morte de três crianças.

Os bombeiros foram incapazes de salvar as crianças já que quando chegaram ao local a casa encontrava-se em total combustão.

A tragédia ocorreu porque as crianças ficaram sem poder sair de casa já que as janelas eram gradeadas e a porta encontrava-se fechada, impossibilitando os vizinhos de as socorrerem.

Ciclo de palestras sobre cultura afro no RJ

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A Fundação Cultural Palmares realizará no próximo dia 17 de novembro, a segunda etapa do Ciclo de Palestras Cultura Afro-brasileira: nosso patrimônio. Depois de São Paulo, o evento acontecerá no Rio de Janeiro. A atividade é promovida pelo Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Afro-brasileira e faz parte das comemorações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes e do Dia Nacional da Consciência Negra. 

Aberto ao público, a iniciativa tem por objetivo promover a discussão de temas ligados às comunidades quilombolas, ao valor histórico das religiões de matriz africana, à gastronomia afro-brasileira, à valorização da capoeira, ao Estatuto da Igualdade Racial, à Lei nº 10.639/03, às ações afirmativas e ao negro nos meios de comunicação. As próximas cidades a receber o ciclo de palestras são: Salvador, Brasília e Belém.

O encontro no Rio de Janeiro será transmitido ao vivo pelo endereço: http://portal.mec.gov.br/ciclodepalestras/transmissao

Feira Preta: sucesso e desafios

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Quem já foi a alguma edição da Feira Cultural Preta sabe a energia única que este evento tem. Gente bonita, boa música e uma oportunidade quase única de ver de perto tantos empreendedores negros comercializando seus produtos e serviços.  A 10ª edição do evento acontece nos dia 17 e 18 de dezembro, no Centro de Exposição Imigrante, em São Paulo.  A estimativa é que 16 mil pessoas circulem por lá. Mas realização desse projeto de sucesso ainda é uma árdua batalha para seus produtores.

“Apesar de ter se transformado referencia para a America Latina, a Feira Preta ainda tem enormes dificuldades em relação aos investimento para a sua realização. Hoje reunimos por edição mais de 10.000 pessoas. Quanto maior o público maior será a estrutura, ou seja, maior o investimento para arcar com o todo”, explica Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta que já tem mais de 80 expositores confirmados para este ano.

Feira Preta: Evento cresce apesar da falta de investimento da iniciativa privada

Dentro do planejamento para os próximos dez anos da Feira Preta,  Adriana busca uma relação mais sustentável e efetiva do governo e iniciativa privada que “só mostram apoio em situações pontuais”. “O governo cria uma série de incentivos para indústria automobilística, construção civil, entre outros. A Feira Preta também precisa de incentivos para continuar prosperando”, defende Adriana. Apesar do avanço que e empresária reconhece, a exigência do público aumenta. A cada ano o visitante busca mais qualidade no local que é realizado o evento, na escolha dos artistas e nos produtos oferecidos.

Divulgar o evento para fora da comunidade negra também é outro desafio que Adriana encara com otimismo para os próximos anos, já que o evento não é destinado apenas à comunidade negra.

Atrações especiais na 10ª edição do evento

Além de música e comércio, a 10ª edição da Feira Preta vai oferecer aos visitantes um espaço institucional em parceria com o Consulado Geral Americano para dar informações sobre obtenção de vistos e intercâmbio no exterior.

A tão aguardadas apresentações artísticas também prometem agradar todos os públicos. A cantora Izzy Gordon, Clube do Balanço, Wilson Simoninha, Thula e Mano Brown são alguns nomes que passarão pelo palco do evento.

Serviço    

10ª Feira Cultural Preta

Site Oficial

Dias 17 e 18 de dezembro das 12h às 22h

Local: Centro de Exposições Imigrantes

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1.5

Fone: (11) 5067-6767

Ingressos

A partir do dia 10 de Novembro

15,00 Reais – Estudante

20,00 Reais – Venda Antecipada (até 10 de Dezembro, *sujeita a quantidade limitada)

30,00 Reais  – Portaria da Feira Preta

Onde Adquirir:

Casa da Preta

Rua Inácio Pereira da Rocha, 293 – Vila Madalena
Telefones: (11) 3031-2374/ (11) 3032-4812

Loja Pegada Preta

Rua 24 de Maio, 116 – loja 09/1º. Andar

Vendas pela Internet

www.portaldoingresso.com.br

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