Com o argumento que o volume do cabelo crespo prejudica a visão dos alunos, a professora de Cecília Toshieyagi Takamatsu que leciona matemática no Ensino Médio da Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETESP), ordenou que uma das suas alunas, uma menor, negra, que não quis ser identificada, mudasse de lugar e sentasse no fundo da sala. O fato aconteceu no dia 26 de setembro, durante uma aula no período da manhã. Solidárias à amiga, duas alunas também negras se manifestaram contra a professora e viraram motivo de chacota da classe.
De acordo com a menor T.J. de 16 anos, a professora se sentiu ameaçada pela indignação das alunas negras e fez uma “enquete ao vivo” com os alunos da classe, perguntando se eles achavam que ela tinha sido racista ao pedir que a aluna de cabelo crespo e volumoso se sentasse no fundo da classe. “A maioria da classe é de brancos, há só três alunas negras e nos sentimos muito humilhadas”, explica T.J.
O Mundo Negro entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da ETESP que se comprometeu checar a informação, mas não se posicionou até o fechamento desta matéria.
Amanhã às 17h haverá uma reunião de estudantes negros da USP onde o caso será debatido.
Uma coisa é fato, não tem quem não resista à uma criança hiper fashion cheia de coisinhas e super na moda né? Para as mamães das menininhas é uma tarefa fácil devido à grande variedade de roupinhas e acessórios, mas e os meninos? É o básico que se torna difícil, uma calça/bermuda e uma blusa é uma combinação simples, mas os pais querem ver seu filho lindo e super estiloso. As redes sociais têm uma grande influência nesse processo de decisão na hora de montar o look do seu pretinho, e Mundo Negro, esta aqui hoje para mostrar que o óbvio (calça/bermuda e blusa) pode se tornar muito mais do que pensam, basta usar a criatividade e fazer uma boa jogada de peças e sobreposições.
Separamos alguns looks para servir de inspirações na hora de comprar roupinhas ou compor looks para seu pretinho:
Que tal sair do tradicional ou melhor ainda, resistir as tentações da gerações touch screen e dar um livro para o seu pequeno(a) de dia das crianças? Mesmo sem saber ler, é comprovado que o contato com livros desde cedo traz muitos benefícios as crianças, além de ser um momento especial de aproximação entre pais e filhos. Veja nossa lista de sugestões elaboradas com a colaboração da estudante de biblioteconomia da UFRS Cristina França.
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(1)Bruna e a galinha D´Angola Bruna de Almeida Editora Pallas
(2)A verdadeira história do Saci Pererê.
Anderson Feliciano e Iris Amâncis
Editora Nandyala.
(3) O chamado de Sosu
Meshack Asare
Edições SM.
(4) O cabelo de Lelê
Valéria Belem
Editora IBEP, 2007.
. (5)As tranças de Bintou
Sylviane Diouf
(6) O baú das histórias
Gail E. Haleu
Editora Global.
(7)A África, meu pequeno Chaka…
Marie Sellier Editora Companhia das Letrinhas.
. (8)Minha mãe é negra sim!
Patrícia Santana
Maza Edições
Está por todo lado. Em formato de foto, atualização de status, perfis pessoais e até páginas. O racismo no Facebook é uma realidade crescente e ele dispara em número de denúncias passando à frente de crimes como pornografia infantil, intolerância religiosa, incitação à crimes contra vida e xenofobia. Indicadores da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND), divulgados pela Safernet Brasil, apontam um crescimento de 264,50% de 2011 para 2012 de crimes na maior rede social do mundo, 5.012 dessas denúncias, tratam-se de casos de racismo.
A certeza de impunidade é um dos fatores que levam o crime de ódio crescer a cada dia na rede social. “É frustrante quando a gente denuncia uma foto e o Facebook simplesmente não vê como racismo. Eu já denunciei umas 15 páginas e fotos e até hoje nenhuma foi removida”, lamenta a estudante de Administração Juliana Almeida. E a frustração dela parece ser a reclamação de muitas pessoas.
O racismo entra na categoria de crime de ódio dentro das violações dos “padrões da comunidades do Facebook” que afirma saber diferenciar o que é “um discurso sério e um discurso de humor” confirmando ainda não permite “ que indivíduos ou grupos ataquem outras pessoas com base em sua raça, etnia, nacionalidade, religião, gênero, orientação sexual, deficiência ou doença.”
Com posts intitulados “Os Índios são Racistas” e “Hitler, o Anti-Racista”, a página Orgulho Branco continua no ar com mais de 4 mil opções de curtir.
Fragilidades da lei mantém a impunidade
“Para que os investigadores consigam chegar aos responsáveis pelos crimes feitos nas redes sociais, é necessário que as evidências fiquem registradas nos servidores , informações como log, IP, dados de conexão do usuário, com data e hora do início e término da conexão que geralmente são apagadas depois de um período”, explica Daniel Teixeira, Advogado e Coordenador de Projetos, Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades – CEERT. Para sanar este problema, ele acredita que o aperfeiçoamento na legislação é fundamental. “O Marco Civil é um projeto de lei que pretende regularizar o uso da Internet no Brasil e no que diz respeito ao combate aos crimes cibernéticos o que acontece hoje, é que durante a investigação quando a policia solicita aos donos de sites e responsáveis por redes sociais, dados do IP dos seus usuários, eles alegam que as informações já foram deletadas por questões de espaço no servidor”, esclarece o advogado.
Em abril deste ano a Lei 12.735/12 (Lei Azeredo) incluiu um novo dispositivo na Lei de Combate ao Racismo (7.716/89) para obrigar que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, como rádio, TV é veículo de comunicação impressos. “É preciso ter cuidado com esse imediatismo que pode comprometer a investigação em alguns casos, porque fica impossível chegar aos autores do crime se o conteúdo já não está mais no ar.”
No mês de agosto o CEERT protocolou uma representação no Ministério Público Federal pedindo apuração sobre as postagens perfil Percival Life Style 4, no Facebook. O perfil vem sendo utilizada como veículo de divulgação de conteúdo racista e preconceituoso.
De acordo com documento da entidade, trata-se da quarta versão do mesmo perfil que traz textos, imagens, vídeos e piadas de caráter racistas. De acordo com o boletim do CEERT “Após denúncias ao Facebook, o perfil tem sido retirado do ar, porém na sequência um novo é criado trazendo os mesmos comentários”.
Sofri racismo no Facebook e agora?
“Quando aconteceu comigo, eu entrei em choque, se não fosse à ajuda de amigos, não saberia o que fazer”, relata a estudante Cris Santana. Ela foi vítima de racismo, após ter feito um comentário em um site de humor e em resposta um dos comentaristas zombou da textura do seu cabelo crespo dizendo que “Bombril machuca”.
A princípio a vítima não precisa de um advogado para denunciar um crime de racismo ocorrido pela Internet. “A pessoa pode fazer uma carta e juntar com o print screen que será usado como materialidade, para provar a procedência do crime”, explica Daniel do CEERT. Caso a pessoa prefira um advogado e não tenha recursos a Defensoria Pública do Estado oferece um serviço de Combate ao Racismo.
Confira alguns sites onde você pode fazer sua denúncia sem sair de casa:
Hoje em dia há inúmeros modelos de calçados masculinos gerando dúvidas nos homens da ocasião e o look certo para calçar. Trarei aqui alguns tipos de calçados modernos e o look para não errar na produção. Divirtam-se!!!
SKID GRIP
Skid Grip calçado que foi muito usado pelos skatistas dos anos 80 e hoje volta com tudo pela praticidade e versatilidade para calçar, combina com qualquer peça desde que saiba coordenar o look.
ALPARGARTAS
Um calçado ideal para ser usado no verão por ser fresquinho e com muita leveza aos pés, com modelos estilosos e discretos.
SLIPPER MASCULINO
Antigamente era usado o modelo Loafer, sapatos usados somente dentro de casa e por homens por classe nobre da sociedade. Nos dias de hoje, os modelos se tornaram mais populares sendo copiados para o universo feminino e com muito gosto.
MOCASSIM
Originalmente produzidos em couro camurça, sem salto e com franja, sua característica é a costura na parte da frente e hoje com modelos coloridos. É um estilo bem casual, confortável e com muita flexibilidade, também para ser usado nos dia quentes combina com bermudas e calças jeans e de sarja e sem meias.
WINGTIPS
Estilo derivado do Brogue (peças resistentes de couro e parte superior decorada com perfurações). Hoje adequado para qualquer ocasião com solados modernos e divertido. Pode ser usado tanto em looks sóbrios com terno e gravata quanto em looks casuais.
SOLAS COLORIDAS
Uma moda que já vem em algumas estações do Outono para quebrar o tom neutro com cores fortes e vibrantes fazendo um look moderno. Pode ser usado com bermudas, calças jeans e sarja também.
DESERT BOOTS
São ideais para o Inverno e para serem usados com calça jeans, sarja e ousar em looks com sobreposições e peças de alfaiataria.
ENVERNIZADOS
Um retorno dos clássicos dos anos 80 trazendo luxo e brilho com os modelos de calçados Derby, Oxford e Mocassins com verniz. Um calçado fazendo todo o estilo moderno desde o look urbano até de alfaiataria.
Esses foram alguns calçados que estão sendo usados nos dias de hoje para sair dos modelos tradicionais. Saiba qual calçado é adequado ao seu estilo de vida e traga para o seu dia a dia ou para a ocasião desejada sem medo, ok?!
A partir do ano que vem, o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha integrará o Calendário Oficial do Estado de São Paulo. O projeto de lei 15.131/2013 que defendia a inclusão oficial da data é de autoria da deputada Leci Brandão (PCdoB) é foi sancionado hoje na Assembléia Legislativa de S. Paulo.
A parlamentar também ressalta que “apesar de todas as adversidades vividas cotidianamente em uma sociedade preconceituosa e machista, as mulheres negras se destacam nas ações de solidariedade em suas comunidades e no enfrentamento das desigualdades para a construção de um mundo melhor. Portanto, o fato de o Estado de São Paulo reconhecer oficialmente a trajetória histórica dessas mulheres contribui para a valorização de suas conquistas”.
O Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana. Na ocasião, ficou deliberado que a comemoração seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, a sociedade civil tem atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, racial e étnica em que vivem essas mulheres.
Ancestralidade é o nome dado ao processo divino de continuidade da vida. Já a tradição é a continuação de um ritual/crença ou costume de um grupo, família, religião etc.
Dentro da modernidade urbana globalizada que prega a ruptura das tradições, nós tentamos resistir e manter vivas nossa tradicionalidade religiosa e nossa negritude. A religiosidade para o negro é o maior símbolo de resistência, desde a escravização, quando ele se vê obrigado a utilizar do sincretismo para disfarçar e manter sua verdadeira fé, até os dias de hoje quando é discriminado, desrespeitado e é ainda mais rejeitado quando assume a crença nos Orixás/Voduns/Nkisis/Encantados/Divindades etc.
Dentro do espaço urbano, onde não existem florestas ou grandes quantidades de vegetação é cada dia mais difícil manter alguns aspectos do culto vivo, sabemos que nem tudo se resolve dentro do terreiro, portanto, onde fazemos nossas oferendas??! Onde encontramos as folhas na cidade, que são essenciais para os trabalhos?!
O que era mata virou cimento ou asfalto e nos adaptamos bem a isso (as esquinas e encruzilhadas são um bom exemplo) e muitas vezes as praças funcionam como mata na hora de fazer “aquela” entrega sagrada. Neste ensaio produzido e idealizado por Beatriz Natália e fotografado por Marcos William, colaborando como modelos: o fotógrafo: Charles Costa e o músico: James Bantu discute-se essa interação: natureza X concreto, tradição X urbanidade, onde e como viveriam os ancestrais se estivessem entre nós nos dias atuais?! A margem?! talvez, mas sempre seguindo as tradições como nós fazemos, ou tentamos, mesmo diante de todo o rechaçamento dos demais.
Uma lei engavetada há mais de três anos será regulamentada no próximo dia 2, graças as manifestações de rua e greve de fome de estudantes do movimento negro ocorridas em Brasília nesta semana. A Educafro, ONG sediada em São Paulo, orquestrou uma ação juntamente com entidades e centrais sindicais para que o Ministério do Planejamento encaminhasse à Casa Civil da Presidente da República a regulamentação da Lei de Cotas em concursos públicos federais. Já há uma reserva de vagas de 20% para Deficientes Físicos.
“Chegamos lá determinados a tirar esse projeto da gaveta e dissemos que ficaríamos sem comer até que a Ministra do Planejamento Miriam Belchior garantisse que esse documento de alteração da lei, chegaria às mãos da presidente Dilma”, disse frei David dos Santos, diretor executivo da Educafro em entrevista ao site Mundo Negro. Após O compromisso foi confirmado pela assessoria de com comunicação do Ministério. A porcentagem para da reserva para negros não foi divulgada.
Você percebe a postura do artista de acordo com o público que ele aborda. Depende também de como você encara o humor e o que você faz com essa responsabilidade. É por dinheiro? É por talento? Que mensagem é essa? E, independente da resposta, você vai, assim como tudo no seu comportamento (consciente ou inconscientemente), refletir o seu caráter, mente e coração. A situação do negro nesse país é delicada, há o histórico de escravidão que data de mais de 300 anos, há mais de 125 que uma lei foi assinada – literalmente – pra inglês ver, mas de fato esse direito só se alastrou a todo povo pobre do Brasil, o que, pasme, é composto por uma maioria negra. Negra sim, somos mestiços, miscigenados e tal, mas a raiz é (predominantemente) negra para a maioria.
Ocorre que, na prática, a Lei Áurea só tirou o negro da senzala por uma questão econômica, por conveniência da Era Industrial que estava eclodindo e já não comportava a antiquada mão-de-obra escrava. Só que os navios negreiros se transmutaram em camburões (já dizia O Rappa), feitores se tornaram policiais, boa parte da população (tá, não tão boa no sentido de adjetivo) e no Estado como um todo. As mídias se incluem, ou você vai me dizer que a ausência de negros na TV ou revistas de moda, entretenimento e essas coisas é só uma coincidência? Não, é da mesma elite dominante que afirma que não somos racistas e que existe uma (lendária) democracia racial no Brasil. Tudo um papinho condescendente pra manter o racismo velado e com viés de ‘mal entendido’ (por isso tanta gente insiste em dizer que o negro é que vê racismo em tudo). Já que falei em mídias, vamos tecer considerações sobre a questão do negro no humor em três situações distintas: Érico Brás, Marcelo Marrom e Rodrigo Santana.
Vamos começar por Marcelo Marrom (que não é o único nessa situação, mas, talvez, o mais proeminente no momento). Ele é um ator que se vale de pautas-clichês para fazer rir. Clichê, na verdade, é um eufemismo meu (desculpaê) para caricatura auto-depreciativa. Frequentemente ele faz “piadas” como “estou aqui pra cumprir cotas para negros” (banalizando o intuito do resgate histórico que elas representam), se põe na alça de mira para ser comparado – por ele mesmo – a um macaco ou a um personagem com um nome humilhante para alguém “da cor”. Mas, tudo bem, afinal, ele é negro e isso não é racismo… Não é? Tem certeza? Se não, vejamos, ele se auto-deprecia para que a plateia vá ao delírio (aliviada, porque não precisaram falar nada pra rir de um negro em papel humilhante e ridículo) e isso não é racismo? É sim, e olha que, geralmente, eu digo que o negro não é racista, mas tem o racismo ‘introjetado’. No caso dele não, ele sabe das condições pra um negro ser “aceito” na mídia e o faz. Ele tira o chicote da mão do feitor e se auto-flagela para a satisfação da turba inflamada.
httpv://www.youtube.com/watch?v=uvr9BUtfIn4
Se uma pessoa faz piada auto-depreciativa para posar de ‘olha, eu sou legal, mas tão legal que eu mesmo me humilho pra você rir de mim por minha causa antes que você mesmo fale’, é a mesma ilusão de alívio de uma pessoa que salta do prédio em chamas. Vai morrer mesmo assim, sua saída não é legal e não vai te salvar (o que me faz concluir que é desespero da mesma maneira). Não é assim que se combate o racismo, muito menos se conscientiza a população. E se você acha que essa não é sua responsabilidade, a arte na sua vida é mero negócio e suprimento de carência de atenção, que se respeite quem tem um trabalho social sendo feito e já não é fácil sem esse tipo de (des)serviço. É o famoso ‘muito ajuda quem não atrapalha’. Você não acaba com o racismo simplesmente abolindo a palavra do seu vocabulário enquanto continua associando uma pessoa negra a um animal que emula trejeitos humanos, te diverte, mas não é gente de verdade. Qualquer adolescente faz isso, mas tem a “desculpa” da imaturidade e necessidade desesperada de aceitação no seu grupo. Inferiorização da parte oprimida em troca de risos e trocados, enquanto os ‘senhores’ estão se desmanchando em risos com sua grana (grana e não trocados).
httpv://www.youtube.com/watch?v=-x_Tr46VNig
Também tem o Rodrigo Santana, famoso por Valéria (a ‘bandida’), que não é exatamente negro (digo pelo tom de pele, um ‘moreninho’, como aceita a condescendência racista do país), com seu personagem Adelaide. Uma mulher negra, desdentada, pedindo esmola, mas que anda com um tablet pra falar com o marido. Se a cara da riqueza não é um puro deboche com o negro (e a classe C, por tabela) nada mais é. Diga-me, se fosse pra ser um personagem aleatório, porque sempre é o negro nessas situações (claro, muitas vezes, dividindo o espaço com o nordestino, por exemplo)? E pior, um legítimo ‘blackfaced’ (ator não-negro que se pinta pra representar um). Estigmatizando a mulher negra e pobre, esses caras vão fazendo sua fama e muitos vão na onda porque não param pra contestar suas intenções. Preferem achar que o universo já nasceu desse jeito e que reclamar é coisa de gente chata, que não vê graça em nada, nem numa mulher negra e pobre pedindo esmola importunando passageiros brancos.
Aí, vem Érico Brás com uma iniciativa simples, porém muitíssimo eficaz. Ele, sua esposa, Kênia Dias e seus enteados, Gabriela e Mateus bolaram – a partir de questionamentos de menina Gabriela sobre a situação do negro na TV e os motivos de as discussões sócio-raciais caseiras nunca serem promovidas na escola – um canal no Youtube, o Tá Bom pra Você?. O canal publica vídeos com sátiras de situações corriqueiras vividas por negros, como pessoas querendo tocar em nossos cabelos afro como objetos exóticos, a visão da sociedade sobre negros freqüentando restaurantes e até comerciais de margarina.
Segundo Érico, margarina é um produto de uso freqüente e barato, ou seja, negro também come, mas a maioria do país é preterida em benefício de uma exclusividade para famílias caucasianas com aquela alegria desmedida logo pela manhã. Talvez por ser cria do Bando de Teatro do Olodum (o mesmo de Lázaro Ramos), isso tenha aflorado a consciência social do ator (que vive o Jurandir, de Tapas e Beijos, da Globo), mas, como eu disse lá no começo do artigo, seu trabalho, sua arte, apenas vão refletir quem você é, seu caráter e suas intenções com aquilo.
Quem nunca olhou para o cabelo da Beyonce, Riahanna, Kelly Rowland ou Tyra Banks e pensou: como ter este cabelo?
Além da mudança constante do visual, as beldades são famosas por suas madeixas sempre impecáveis. Milagre? Não! Muitas vezes é o poder do lace front ou full lace.
Full lace é uma prótese fio-a-fio que cobre toda a cabeça. Ela é feita sobre uma tela super fina (chamada lace), similar ao tule, que é fixada com uma cola apropriada no couro cabeludo.
As laces tem variações, então permitem diversos tipos de penteado: cabelo de lado, repartido ao meio, com franja, ou seja, você pode comprar de acordo com seu desejo. É importante que a tela tenha uma cor próxima ao seu tom de pele, para que o resultado de naturalidade seja alcançado.
PRÓS:
• Ideal para quem gosta de mudar o visual constantemente, sem o uso da química.
• Não esquenta a cabeça como as perucas convencionais e entrelaçamentos.
• O resultado é bem próximo ao natural.
• Depois de algum tempo, você consegue aplicar sozinha. Sem o auxilio de um cabeleireiro.
CONTRAS:
• O clima do Brasil não favorece o full lace. O calor faz com que a cola se solte com mais facilidade, fazendo com a fixação dure em média 3 dias. É necessário colar a lace novamente após este período.
• Os fios embaraçam com facilidade. Na hora de pentear é necessário cuidado extremo para que as madeixas não se soltem da tela.
• A duração média é de 7 a 10 meses, tudo depende do cuidado. Aquelas que cuidam super bem, podem ter sua lace por até 1 ano.
Os preços variam de acordo com o tamanho e tipo do fio. O custo médio é de R$ 1.200,00.
Gostou? Acompanhe as dicas da Prapreta divulgadas semanalmente no site Mundo Negro.