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Universidade Federal do ABC promove evento sobre o “Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”

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Reprodução / Internet

A Universidade Federal do ABC (UFABC) realiza no dia 23 de julho, das 14h às 18h, no campus de São Bernardo do Campo, no auditório 003, um evento sobre o “Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”, com debates sobre a vivência da mulher negra no ambiente acadêmico e sua atuação na sociedade.

A atividade é organizada pelo Núcleo de Estudos Africanos e Afro- Brasileiros da Universidade Federal do ABC (NEAB/UFABC). Serão duas mesas de debate com ativistas e pesquisadoras. A abertura será com a fala de Taís Oliveira (NEAB/UFABC) e da Prof.ª Regimeire Maciel, coordenadora executiva do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (NEAB/UFABC), celebrará a importância da data e sua história.

O tema da primeira mesa é “Mulheres Negras na Construção do Saber” e terá a presença de Amarilis Costa (Coletivo Preta & Acadêmica), Ariane Cor (Coletivo Minas Programam) e Ana Venâncio (Coletivo Negro Vozes UFABC) com mediação da professora Luciana Xavier.

A segunda mesa vai discutir “Mulheres Negras nas Ciências em tempos de desmonte“, com a participação de cientistas e professoras de diferentes instituições: Maria Regina da Silva (professora da rede pública), Tatiana Oliveira (USP), Maria Clara Araújo (UFPE) e mediação de Dulci Lima (Neab/Ufabc).

O NEAB/UFABC é uma unidade acadêmica interdisciplinar com atividades explicitamente vinculadas aos estudos africanos e afro-brasileiros e à educação para as relações étnico-raciais.

Para se inscrever, acesse: http://bit.ly/mulhernegraufabc. Mais informações: http://ufabc.net.br/mulhernegra2019.

A nova Ariel é negra no Live-action de “A Pequena Sereia”

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“Sonho realizado”, foi assim que a cantora atriz e cantora Halle Bailey, de 19 anos, celebrou sua escalação para interpretar Ariel, no Live-action de A Pequena Sereia, da Disney. O remake será produzido em 2020.

https://www.instagram.com/p/BzeAQCcgwQu/

Halle e sua irmão Chloe, ganharam as graças do público e da rainha Beyoncé com suas músicas que tem uma balada de Pop e R&B, mas com letras bem reflexivas e psicodélicas. As duas também atuam juntos na série Grown-ish, spin-off de Black-ish.

Em entrevista para o Entertainment Weekly, o diretor do longa Rob Marshall, que também dirigiu O Retorno de Mary Poppins, diz Halle é perfeita para o papel, por diversos motivos:  “Depois de buscar de forma extensiva, vi que Halle possui uma rara combinação de coração, espírito, juventude, inocência e substância, e ainda de quebra tem uma voz gloriosa, ou seja, tem tudo que um papel icônico precisa”, detalha Marshall.

Em alguns sites já há protestos sobre a escolha da atriz, por conta do famoso cabelo ruivo de Ariel que provavelmente será castanho na nova versão do filme.  Há comentários dizendo até que a diversidade foi longe demais.

Porém a Disney ganha arriscando e colocando mais rostos e vozes negras nos remakes de seus filmes, onde o elenco sempre majoritariamente branco por décadas. A diversidade acontece por meio de histórias que podem ser contadas por personagens de qualquer etnia.

Já pensou uma Ariel de dread?

 

 

Aos 11 anos, Jonah Larson faz sucesso com crochê, ensina online e recebe 4 mil pedidos de encomendas

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O pequeno Jonah Larson, de apenas 11 anos, se destacou graças ao seu hobby de fazer crochê. O que começou apenas como forma de relaxar, se tornou um grande sucesso.

Ele começou a fazer crochê aos cinco anos. Gorros, bolsas, mantas, tapetes, roupas, entre outras coisas, ele diz ter aprendido assistindo vídeos e tutoriais no Youtube e, desde então, passa de duas a cinco horas tecendo.

No final do ano passado ele quis compartilhar suas criações e algumas dicas no Instagram. As postagens tomaram uma proporção imensa, e hoje ele tem quase 200 mil seguidores. Graças a popularidade, recebeu quatro mil pedidos de encomendas, segundo o site Metro. Sem conseguir dar conta de todos, ele já atendeu cerca de 100. Jonah também doou uma coleção de itens para o orfanato etíope de onde foi adotado por seus pais.

A história dele com o crochê vai virar um livro: “Hello, Crochet Friends! Making Art, Being Mindful, Giving Back: Do What Makes You Happy” (“Olá, amigos de crochê! Fazendo Arte, Sendo Consciente, Retribuindo: Faça o que te faz feliz”, em tradução livre).

Eu não faço crochê pela fama ou pelos programas de TV“, disse ele ao Metro. “Eu faço isso porque é uma atividade que me ajuda a relaxar e que une todos ao redor do mundo“.

Acompanhe o trabalho de Jonah: https://www.instagram.com/jonahhands.

Fabio Kabral lança “A cientista guerreira do facão furioso”, seu segundo romance afrofuturista pela Editora Malê

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O escritor Fábio Kabral acaba de lançar a continuação do livro “O caçador cibernético da Rua Treze“, o romance afrofuturista “A cientista guerreira do facão furioso“, saga de uma jovem que almeja tornar-se a maior engenheira do mundo, ambos pela Editora Malê. A noite de autógrafos será nesta quinta-feira (4), às 19h, na Ação Educativa, localizada na Rua Gen. Jardim, 660, Vila Buarque, São Paulo.

A protagonista se chama Jamila Olabamiji, e reside em Ketu Três, uma metrópole governada por sacerdotisas empresárias e divindades ancestrais. “Uma cidade repleta de pessoas melaninadas, cabeleiras crespas, prédios espelhados, carros voadores, terreiros corporativos e tecnologias sobrenaturais movidas a fantasmas”, diz a descrição do autor.

A aventura é contada em uma linguagem contemporânea e mescla fantasia, ficção científica e tradições ancestrais. Com apenas três anos de idade, Jamila já havia criado um computador a partir de sucatas. Aos 15, já era capaz de revolucionar o mundo com seu mais novo invento e, ao mesmo tempo, destruir a cidade com seus recém-descobertos poderes. A partir disso, passa a ser perseguida e enfrenta desafios inesperados.

Além de escritor, Fábio é pesquisador e uma das principais referências em afrofuturismo no Brasil. Ele conta que seus leitores percebem influências de gibis e videogames em sua escrita. Para ele, Afrofuturismo é “esse movimento de recriar o passado, transformar o presente e projetar um novo futuro através da nossa ótica negra”.

Popularizado no Brasil a partir do filme Pantera Negra, o afrofuturismo é um movimento estético-artístico que mistura fantasia, tecnologia e referências africanas, em narrativas ficcionais criadas e protagonizadas por homens e mulheres negros.

O livro tem 252 páginas e custa R$ 42, poderá ser comprado durante a noite de autógrafos ou através do site da editora.

Inspirado no poema de Castro Alves, espetáculo Navio Negreiro estreia em São Paulo

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Foto: Chiris Yamashita

Com direção e dramaturgia de Gabriela Jonas, baseada na obra homônima de Castro Alves, o espetáculo retrata os anseios e as dores da população dos navios negreiros. A peça fica em cartaz nos dias 13, 20, 27, de julho e 03 de agosto, sempre às 20h, no Teatro dos Arcos, na Rua Jandaia, n° 218, Bela Vista (SP).

A narrativa traz o problemático processo de escravização e do corpo negro como mercadoria. Mostra a historia, pouco contada nos livros, e proporciona a reflexão para as heranças deste processo histórico na sociedade brasileira atual. Canções com origens de matrizes africanas serão tocadas ao vivo durante o espetáculo, trazendo a religiosidade, o rito e a celebração, destes povos.

A Cia Éna, a qual Gabriela faz parte, surgiu em 2016 a partir de um trabalho, extra classe, da Escola de Arte Eta (Estúdio de Treinamento Artístico). No mesmo ano, a companhia estreou uma adaptação de “O Retrato de Dorian Gray”, e foram premiados nas categorias de: melhor direção, melhor roteiro, melhor espetáculo, melhor ator e melhor atriz, nos festivais Festac e Festil.

Os ingressos custam R$ 22 e podem ser comprados no local. A classificação etária é de 14 anos.

#AfroSegueAfro: Porque nós negros precisamos estar mais presentes no Twitter

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Se há um espaço democrático onde a cor da pele não é um impeditivo de acesso, esse lugar se chama rede social. Sim, existe racismo dentro desses espaços, onde as mulheres negras são as maiores vítimas, mas todo mundo pode entrar, ler e produzir conteúdo.

Saindo dos aspectos narcisistas, das selfies e dos closes, ou da nova geração de influenciadores de dentro e fora do Youtube e analisarmos o aspecto mais jornalístico das redes sociais, temos o fato já declarado pelo Facebook, a diminuição do número de notícias do feed para valorizar o conteúdo mais social/pessoal dos seus usuários para rede voltar a ser o que era nos primórdios.

O Instagram é uma rede em franca expansão, mas com poucos recursos que valorizem a produção jornalística (para alguns leitores é difícil achar os links para uma notícia no site, por exemplo).

E aí temos o Twitter, uma plataforma importante para quem produz conteúdo, mas também, cada vez mais relevante para quem quer saber das coisas antes, porque sim, muitas das notícias que você vê na TV ou lê em outros portais de notícias, foram divulgadas primeiramente no Twitter.

Vale lembrar, que copiando o americano Donald Trump, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro dispensa o uso da Assessoria de Imprensa e noticia coisas em primeira mão via Twitter. Quem está longe desse tipo de rede social, está sabendo das notícias atrasado.

Se conhecimento é poder, é importante estar presente onde o conteúdo relevante é compartilhado.

Visibilidade negra tem aumentado dentro do Twitter on e off-line

Ale Santos, autor Indie de SCIFI & Fantasia Afro-americana, foi apontado pela revista Piauí como o “O Cronista dos negros no Twitter”. Santos teve sua vida revolucionada pela sua atuação, inicialmente solitária na plataforma. Hoje, com mais de 80 mil seguidores e apoio do Twitter Brasil, tem um dos melhores conteúdos histórico sobre negritude na Internet e está tudo lá, feito exclusivamente para o Twitter.

O escritor Ale Santos (Foto: Artigo pessoal

Para ele, o Twitter brasileiro tem se tornado uma plataforma parceira, quando falamos de questões raciais: “A plataforma tem se esforçado, eu conheço pessoalmente muita gente de dentro do TwitterBrasil que são grandes aliados na questão da diversidade aqui no país. As estruturas demoram pra mudar por conta do imaginário deixado pela escravidão e pelo racismo estrutural, mas tenho certeza que essas pessoas do twitter tem consciência de tudo isso“, detalha o escritor que participa da plataforma até nos encontros off-line.

Estive em um painel inédito e histórico, quatro influenciadores negros falando diretamente com  os criadores do Twitter, Jack e Bizz . Isso é um fato poderoso, saímos das periferias da capital, do Distrito Federal, do Interior de Sp e do RJ para impactar a alma dessa rede“, relata Ale Santos.

E não é só para quem produz conteúdo negro que o Twitter tem mostrado interesse. A plataforma também quer mais pessoas negras trabalhando em seus escritórios aqui no Brasil.

Em maio, o Twitter abriu inscrições para seleção da segunda turma de estagiários de 2019. O processo seletivo, feito em parceria com a Companhia de Estágios, contou com seis vagas para estagiários no escritório de São Paulo (SP). Nesta edição, também contou com a consultoria de desenvolvimento de carreira Empodera para atuar na atração dos candidatos e em treinamentos internos sobre diversidade e inclusão.

Procuramos fazer da nossa equipe um reflexo da diversidade presente na plataforma – diferentes experiências de vida, formação, cultura e perspectivas. Por conta disso, temos ampliado o número de faculdades que fazem parte do campo de busca de estudantes e retiramos a obrigatoriedade do inglês para participação do processo”, afirma Francine Graci, diretora de aquisição, treinamento e desenvolvimento do Twitter para a América Latina.

Por que ainda não somos um Black Twitter potente como nos EUA?

Para Nadja Pereira, Analista de social data e pesquisadora, estudante de Big Data Analysis na FIA Business School, cada rede tem o seu perfil, mas os brasileiros e a maioria da comunidade negra, gostam de algo que era parecido com o Orkut.

Nadja Pereira (Foto: Arquivo Pessoal)

O Orkut é a plataforma onde o brasileiro se criou nas redes sociais. O Twitter tem uma dinâmica de conversa, distante do formato de Orkut/Facebook que estamos acostumados, mas existe a possibilidade do Twitter ser ainda mais popular com o declínio do Facebook“, analisa Najda.

A hashtag #BlackLivesMatter (vidas negras importam), nasceu em Julho de 2013, sendo uma resposta ao assassinato do jovem negro Trayvon Martin, nos EUA. A hashtag foi um divisor de águas no ativismo online e toda essa movimentação nasceu no Twitter. Estima-se que #BlackLivesMatter é compartilhado mais de 17.000 vezes ao dia, já devendo ultrapassar a casa dos 40 milhões de compartilhamentos.

O próprio Twitter Brasil informa que, para estimular conversas em torno da questão racial no país, ativou de forma permanente um emoji especial a partir da hashtag #VidasNegrasImportam assim como já acontecia com a versão em inglês (#BlackLivesMatter). Além disso, nos último anos, o Twitter disponibilizou um emoji especial para estimular o debate sobre o mês da Consciência Negra na plataforma, visualizado ao Tweetar com as hashtags #VidasNegras ou #ConsciênciaNegra durante novembro.

https://twitter.com/TwitterBrasil/status/932659570366910464

Elaine Santos, Doutoranda em Sociologia na Universidade de Coimbra, onde integra o grupo de Pesquisa Latino-americano de Geopolítica, Energia e Bem Comum, é extremamente ativa no Twitter e tem suas impressões sobre pelos motivos pelos quais nosso ativismo online é diferente.

Elaine Santos (Foto: Arquivo pessoal)

Em relação ao Black Twitter USA, acho que ficamos aquém, devido ao ainda escasso acesso à Internet na região norte e nordeste, onde temos um número expressivo de negros e negras, isso faz com que muitos ainda não tenham chegado até o Twitter.  Segundo  o relatório ‘Digital in 2019’, a rede mais usada no Brasil é o Youtube, depois o Facebook, seguido do Whatsapp, Instagram e só depois aparece o Twitter. Creio ser normal que não consigamos atingir uma enormidade de negros e negras, contudo, muitos de nós está em outras redes e neste sentido estamos nos movimentos e circulando informação em todos os espaços, que é o importante“, explica a futura Doutora em Sociologia.

#AfroSegueAfro e perfis que você deve seguir

Existe um movimento crescente da comunidade negra brasileira dentro do Twitter. Seja para se manifestar politicamente, ostentar sua beleza, compartilhar memes, é um espaço que está sendo ocupado cada vez mais.

Penso que o Twitter me deu oportunidade de conhecer muitos negros e negras de outras regiões, saber dos problemas e realidades de cada canto e há pouco mais de um ano, por meio da #afrosegueafro, que foi nossa tentativa de ter um ‘black twitter brasileiro’ que tivesse ‘nossa cara’, pude também ter acesso aos diversos trabalhos, estudos e artigos que são divulgados pelos nossos pretinhos lá no perfil, também segui muitos outros perfis com informações relevantes para o debate que que faço na academia e na vida, sempre aprendemos com as pessoas e é isso q nos permite repensar“, diz Elaine sobre sua experiência dentro da plataforma.

Novo no Twitter ou procurando referências, veja alguns perfis legais para você se encontrar:

Nossos entrevistados: 

Ale Santos
@Savagefiction 
Autor de SCIFI & Fantasia Afroamericana e Negro Drama do Storytelling. Colunista na @vicebrasil, escreve no @interessante e @theInterceptBr

Nany Saints
@nanyhill Segue você
Socióloga e Doutoranda em Sociologia

Twitter Brasil
@twitterbrasil 

Demais perfis:

Site Mundo Negro
@sitemundonegro

Fundação Cultural Palmares 
@palmaresGovbr

Museu Afro Brasil
@museuafrobrasil

O nosso BlackTwitter – AfroSegueAfro
@afrosegueafro

Silvio Almeida
@silviolual
Advogado e professor. Doutor em Direito pela USP. Professor da FGV e do Mackenzie. Presidente do Instituto Luiz Gama.

Criola
@ONGCriola
Fundada em 92, CRIOLA trabalha com mulheres, adolescentes e meninas negras, instrumentalizando-as para o enfrentamento do racismo, do sexismo e das LGBTIfobias.

Blogueiras Negras
Feminismo Negro
@BlogNegras

Lista Preta
Cultura pop e celebridades 
@listapreta

Lázaro Ramos estampa revista da Avon ao lado do pai Ivan Ramos

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Lembram do rebuliço da campanha do O Boticário sobre o dia dos pais ano passado? Lembrei daquele filme publicitário ao ver essa capa da revista da Avon, a da campanha para o Dia dos Pais que tem o ator Lázaro Ramos e seu pai Ivan Ramos. Pai e filho, negros, sorrindo, assim como muitos dos nossos pais e avós fazem, mas que raramente vemos na mídia.

Foto: https://seusfolhetos.com.br – Avon

Lazinho foi escolhido como o rosto do novo perfume da Avon, Segno e no vídeo promocional do produto, ele fala sobre liderança:

E que mais marcas tenham a honestidade de mostrar a cara do Brasil, de forma livre de estereótipos.

Ah e que anuncie em mídias negras, isso também é importante.

 

Livro infantil “Kakopi, kakopi!” reúne brincadeiras de 20 países africanos e inspira crianças e adultos

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O escritor moçambicano Rogério Andrade Barbosa é o autor de “Kakopi, kakopi! Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos”, lançado pela editora Melhoramentos e ilustrado por Marília Pirillo. O livro é a continuação de “Ndule Ndule – Assim brincam as crianças africanas” e foi criado a partir do mapa do continente africanos e dessa maneira, as crianças têm conhecimento quais são as brincadeiras mais comuns em cada país.

Gadidé, Surumba-Surumba, Chakyti-Cha, Corrida de Três, Osani, A Serpente e Nngapi são algumas das brincadeiras presentes na obra. Entender e descobrir o que elas são e como se brinca, faz parte da brincadeira do livro.

Rogério é professor e palestrante, premiado em todo o mundo por seu trabalho na literatura infantojuvenil. Ele também é especialista em cultura africana e ex-voluntário das Nações Unidas na Guiné Bissau, possui mais de 100 livros publicados e com diversos prêmios, incluindo o Prêmio Ori, homenagem a profissionais que se destacam pela valorização da matriz negra na formação cultural do Brasil.

Este livro reforça a universalidade do brincar na formação de identidade do sujeito. “Criança é criança em qualquer lugar. Não existe uma que não goste de se divertir por horas a fio por todos os recantos do nosso planeta. E no vasto continente africano não poderia ser diferente […] A África é imensa. E a palavra-chave para entendê-la é diversidade”, diz o autor

O livro reúne diferentes brincadeiras de países como Quênia, AngolaMarrocos e pode inspirar tanto as crianças quanto os adultos, que podem utilizar as ideias de brincar em casa e na escola, ampliando as possibilidades lúdicas da brincadeira.

Naruna Costa, primeira mulher negra a ganhar Prêmio APCA de Melhor Direção, diz: “representatividade importa muito”

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Foto: José de Holanda

A atriz e diretora Naruna Costa recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor diretora por seu trabalho na peça “Buraquinhos ou o Vento É Inimigo do Picumã“. Ela, que é de Taboão da Serra (SP), trabalha há mais de 15 anos com cultura.

Recentemente, em entrevista ao jornalista da UOL, Miguel Arcanjo, Naruna ressaltou a importância do prêmio em sua carreira e o fato das coisas estarem mudando, além de poder ver pessoas negras sendo representadas.

É super importante esse prêmio no sentido de que além de reconhecer um trabalho fora dos padrões convencionais do teatro no Brasil, que nasce de corpos negros periféricos dirigido por uma mulher, ele vai na contramão do que a gente tem com maior visibilidade no teatro. Além de reconhecer o valor desse trabalho, o Prêmio APCA apresenta e revela um processo de luta que estamos vivendo. Acho que tudo isso é sinal de que estamos conseguindo avançar, ainda que minimamente, na conquista de alguns territórios. Essa disputa de territórios tem gerado resultados positivos tanto para a luta racial quanto a luta feminista. Então, é muito bom poder fazer parte disso“.

Em 61 anos de história do APCA, ela foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio de melhor direção. “Eu acho que sendo eu a pessoa que está inaugurando esse espaço me causa uma alegria muito grande e ao mesmo tempo uma responsabilidade por abrir esse caminho na expectativa de que muitas outras venham a partir disso. Mas, também tudo é muito frágil ainda e pode mudar a qualquer momento. Fica o alerta. O prêmio tem essas duas características: sim, ele reconhece isso, e isso é muito bom, mas ele também revela um processo de racismo estrutural e de machismo estrutural que nunca permitiu que mesmo sendo um prêmio tão tradicional com tantos anos de estrada, ele tenha colocado no palco mulheres, especialmente mulheres negras. Ano passado, se não me engano foi a primeira mulher a ganhar o prêmio [Bia Lessa, por “Grande Sertão: Veredas”] e, nesse ano, a primeira mulher negra“.

Naruna acredita que esse fato se devem as mudanças internas que estão acontecendo na organização do prêmio e também aos avanços. “Algo está mudando no miolo da comissão julgadora: a presença do crítico Miguel Arcanjo Prado, a presença de críticas mulheres [Kyra Piscitelli e Gabriela Mellão], tudo isso é bem significativo. Tudo isso revela um grande processo no Brasil, de luta, que é preciso ressaltar. Me sinto muito feliz e acredito, sim, que a representatividade importa muito. Então, é muito bom poder fazer parte disso“.

Atualmente e em comemoração ao recebimento do prêmio, o espetáculo “Buraquinhos ou O Vento É Inimigo do Picumã” faz sessões no Itaú Cultural (av. Paulista, 149), de 9 a 12 de julho, sempre às 19h, com entrada gratuita.

 

Whitney vive: parceria póstuma coloca a cantora na lista das canções mais ouvidas nos EUA

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Uma lenda nunca morre. Whitney Houston tem uma das vozes mais lindas que o planeta já ouviu. Graças ao badalado DJ Kygo, que fez parcerias recentes com Selena Gomez e Ellie Gouldin, nós agora podemos ouvi-la novamente com arranjos inéditos.

Kygo remixou “Higher Love”, uma canção que Whitney gravou em 1990 e nunca foi gravada. O lançamento foi no dia 27 de junho e dois dias depois a música já está entre as cinco canções mais ouvidas do iTunes USA.

Dá um dor no coração ouvir, porque quem é fã sente saudade, mas é uma alegria que por meio de um jovem DJ, a nova geração poderá contemplar a voz de uma das melhores cantoras do mundo, que nos deixou muito cedo.

Ouça a canção:

 

 

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