Sulwe, nome do livro e da protagonista da obra escrita por Lupita Nyong’o será lançado oficialmente amanhã, 15 de outubro e a atriz nos diverte com um detalhe muito especial sobre o trabalho.
A ilustração Vashti Harrison foi fiel ao tom de pele da atriz, mas também vestiu a personagem com o vestido e penteado que Lupita usou ao receber seu primeiro Oscar, em 2014 com o filme 12 anos de Escravidão. “Foi uma noite de realização de sonhos, além da minha imaginação”, descreveu a atriz em seu Instagram.
O tom do vestido é “Azul Nairóbi“, uma referência a uma cidade do México, país onde Lupita nasceu.
“Com Sulwe eu quis dar as meninas de pele escura a permissão de existir em um mundo de sonhos e imaginação, onde as possibilidades e potencial realmente cresce. As ilustrações de Vashti fazem exatamente isso e eu aprecio cada página da sua arte”, comemora a atriz premiada.
A obra de Lupita tem forte enfoque em questões sobre colorismo e autoestima que são abordados por meio da personagem Sulwe.
Aqui no Brasil o livro foi traduzido e distribuído pela editora Rocco Pequenos Leitores.
Atualmente em cartaz com o filme “Projeto Gemini“, Will Smith já provou que não gosta de ficar parado. Uma das séries mais queridas da televisão, “The Fresh Prince Of Bel Air” (Um Maluco no Pedaço), está bem perto de voltar às telas.
Segundo o The Hollywood Reporter, Will já está desenvolvendo o projeto derivado da série e deve voltar em um formato diferente. Até o momento, não há detalhes de quais serão as tramas do spin-off, por enquanto, o jeito é matar a saudade da série antiga. Todas as temporada de “Um Maluco no Pedaço” estão disponíveis na Netflix.
Durante as 6 temporadas da comédia, exibidas pela NBC, nos Estados Unidos, entre 1990 e 1996, Will interpretou uma versão ficcionalizada de si mesmo. Na trama, o adolescente dos guetos da Filadélfia é enviado por sua mãe para viver com os tios ricos em Beverly Hills.
O baiano Marcelo Lima trabalhava como estoquista e repositor de supermercado há exatos dois anos. Deixou o emprego para trás, onde ganhava menos de R$ 500 reais por mês, para apostar na carreira de modelo. A vida dele mudou após sua participação no concurso Beleza Black, ele ficou entre os cinco primeiros.
Após o concurso, Marcelo chamou a atenção de um olheiro de agência de modelos e hoje ganha até 10 vezes mais do que ganhava no antigo emprego. Surgiu como aposta da moda nacional e foi convidado para desfilar na próxima edição do São Paulo Fashion Week – N48, na próxima semana.
Mesmo sendo recém chegado como modelo, ele já é recordista de desfiles do último evento, realizado no começo deste ano e contabilizou entradas na passarela de oito grifes.
Em entrevista ao EXTRA, ele conta: “Era com o trabalho no mercado que eu ajudava no sustento da minha mãe e minha avó. Era um trabalho pesado, mas eu gostava. Fiz muitos amigos ali. Trabalhava de domingo a domingo, porque assim podia ganhar um extra para ajudar em casa. Procurava não perder a fé de que as coisas poderiam melhorar, e continuava fazendo meu trabalho“.
Ele vai desfilar nesta edição para grifes como João Pimenta, Another Place, entre outras. Além disso, estará na passarela da Ellus, em sua edição de retorno após dois anos fora do evento.
A Internet parou para repercutir a fala do técnico do Esporte Clube Bahia nesse final de semana. O time de Roger Machado, foi derrotado pelo Fluminense, de Marcão. Os dois, são os únicos técnicos negros da série A do Campeonato Brasileiro.
Após a partida o técnico deu uma entrevista histórica, sendo o primeiro técnico a falar para imprensa sobre a questão racial no Brasil de forma tão elucidativa, sem cometer erros e ainda destacando questões como feminicídio, educação e até questões carcerárias.
https://www.instagram.com/p/B3j-DwfFMyR/
O Brasil é o país do futebol e também um dos países mais racistas do planeta. A presença de negros no esporte precisa ser discutida . Por que temos tantos atletas negros experientes sem trabalho e só dois, como líderes de times importantes nacionalmente?
Durante sua palestra no TEDxUnisinos, Márcio Chagas, considerado um dos melhores árbitros da história do futebol nacional, não economizou em detalhes para contar como o racismo esteve presente em todos os momentos de sua carreira, desde o início aos 10 anos de idade, onde sua inteligência era elogiada, e sua cor lamentada, até o momento que ele decidiu se aposentar e hoje é comentarista.
Marcio Chagas (Foto: Arquivo Pessoal)
Ele lembra durante a palestra, que os xingamentos quando era atleta eram tão intensos, que antes de começar o jogo, ele tinha que se aquecer sozinho no vestiário, longe dos colegas que se preparavam em campo.
“Negro sujo, volta para África, escória, macaco. Tem uma (ofensa racista) que me marcava muito: matar negro não é crime, é adubar a terra”, contou Chagas.
Conversei com o jornalista e lutador de Karatê Diego Moraes, repórter do Esporte Espetacular sobre o racismo e presença negra no esporte nacional.
“Dentro do esporte, o racismo estrutural é percebido tanto do lado da mídia quanto do lado das posições de comando dentro dos clubes e times. São poucos jornalistas negros nos principais veículos, poucos dirigentes de clubes de futebol, poucos dirigentes quando o assunto é delegação de Jogos Pan-americanos e Olímpicos. Quando falo poucos, significa algo fácil de contar…1,2,3,4…Com muito esforço encontramos 10”, detalha Moraes.
Para ele o lugar do negro ainda é em maior parte como atleta, mas mesmo assim, os brancos ainda têm vantagens quando falamos em investimentos, como patrocínios, por exemplo.
“Quando se exige recursos pra se tornar atleta de alto rendimento, o número de negros é escasso. Vimos um número significativo no futebol, basquete, no boxe, no atletismo. Mas no golfe, no tênis, na natação, na Fórmula 1, até mesmo no Karatê, esporte que eu pratico, só temos 1 negro atual campeão mundial de 12 categorias em disputa, o alemão John Horne. E aí, ainda é tranquilo falar que as oportunidades são para todos? Viver e sentir na pele ninguém quer, já que isso tudo é mimi”, finaliza o jornalista-atleta.
Casos históricos de racismo no esporte
Diego Moraes me ajudou a levantar alguns casos históricos de racismo no esporte brasileiro. Infelizmente, casos como Roger Machado, de pessoas do meio esportivo que se posicionam contra o racismo, são bem raros.
Negro não tem reflexo
Moacir Barbosa Nascimento Imagem pertencente ao acervo do C.R. Vasco da Gama, autor não informado
“Negro não tem reflexo”, “Negro não pode ser goleiro”. Esses foram algum dos títulos usados para descrever a atuação de Moacir Barbosa do Nascimento, ex-goleiro da Seleção Brasileira.
No final da Copa do Mundo de 50, ao tomar um gol da seleção do Uruguai que resultou na derrota do Brasil, Barbosa foi vítima de um linchamento pela imprensa que além de o responsabilizar pelo resultado, associou sua “falha” a sua cor da pele. Não por acaso, a seleção teve poucos goleiros negros. Dida foi o primeiro negro a representar a seleção brasileira no gol após Barbosa, isso 56 depois.
Aranha chamado de macaco
Aranha (Foto : Arquivo pessoal)
A Internet ajudou a aumentar a repercussão do emblemático caso do de Aranha, então goleiro do Santos, alvo de xingamentos racistas em massa vindos da torcida do Grêmio em uma partida em 2014, pela Copa do Brasil.
Ele além de ser xingado de macaco pela torcida adversária, também foi responsabilizado por alguns torcedores do Grêmio pela expulsão do time da Copa do Brasil.
“Já ouvi várias vezes que estava me aproveitando da situação para me colocar como vítima. Em alguns casos, quem sofre injúria racial no Brasil é visto como culpado”, disse o atleta à revista Veja, em uma entrevista de 2017.
O saco de supermercado é branco, o de lixo é preto
Nory diz que foi tudo brincadeira. Um vídeo divulgado antes do Pan-Americano em maio de 2015 mostrou Arthur Nory, Fellipe Arakawa e Henrique Flores, fazendo piadas de conotação racial contra o colega Ângelo Assumpção, campeão no salto sobre o cavalo na etapa da Copa do Mundo de Ginástica em São Paulo.
“- Seu celular quebrou: a tela quando funciona é branca… quando ele estraga é de que cor? (risos) … O saquinho do supermercado é branco … e o do lixo? É preto!” – dizem os demais atletas, em coro.”
“Os dirigente não me acompanharam no Japão”
Aída dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)
Aída dos Santos foi a única mulher na delegação que disputou os Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio, no Japão.
Em uma entrevista ao jornalista Roberto Salim, ela revelou ter passado por um grande sufoco durante os jogos. Além de não falar japonês, Aída foi abandonada pela delegação.
“Eu ficava triste, mas não ligava. Ia à luta, como fui na Olimpíada de Tóquio, quando os dirigentes não me acompanharam ao estádio para a disputa do salto em altura”, detalhou a ex-atleta.
Perfis diferentes, épocas diferentes, mas que mostram como o Brasil trata os atletas de pele escura.
A empreendedora social, Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta, é uma das 51 pessoas negras mais influentes em cultura e mídia do mundo, está concorrendo a categoria Escolha do Leitor do Prêmio Empreendedor Social. Ela é a única negra finalista. A enquete está aberta à votação até as 18h do dia 1º de novembro. O escolhido do público será conhecido na cerimônia de premiação em 4 de novembro, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
Entre todos os selecionados, Adriana também é a única com mais de 20 anos de experiência. Seu empreendimento, a Feira Preta, é o maior festival de cultura negra da América Latina e é realizada desde 2002, reúne negros de diferentes setores: arte, moda, cosméticos, gastronomia, audiovisual, comunicação, entre outros, se tornando o espelho vivo das tendências afro-contemporâneas do mercado e das artes, além de ser o espaço ideal para valorizar iniciativas afro-empreendedoras de diversos segmentos.
Três finalistas, em cada uma das oito categorias do concurso, concorrem aos prêmios de R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro. A cerimônia será em 16 de outubro, em Brasília. Para votar em Adriana, acesse o site da Folha de São Paulo: https://arte.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2019/premio.
A filha de Angelina Jolie e Brad Pitt, 14 anos, estreou sua linha de joias Zahara Collection em colaboração com o joalheiro Robert Procop na estréia em Los Angeles de Malévola: Dona do Mal, da Disney em 30 de setembro.
Andando no tapete vermelho com Jolie, 44, e cinco de seus seis irmãos e irmãs (Pax, 15, Shiloh, 13 e gêmeos de 11 anos, Vivienne e Knox), Zahara usou três peças cortadas de esmeralda de seu nome próprio. linha: brincos de três camadas, uma pulseira e um anel correspondente.
A adolescente combinou suas jóias amarelas com um vestido de cetim preto sem alças. Ela puxou os cabelos trançados para um estilo meio para cima e para baixo, bem deusinha de Wakanda.
A coleção Zahara – disponível em locais selecionados da Saks Fifth Avenue e outros parceiros exclusivos de varejo nos EUA e na Austrália a partir de novembro – também inclui jóias de quartzo branco e rosa e peças de safira rosa, de acordo com um comunicado de imprensa.
“Todos os lucros da coleção beneficiarão a House of Ruth Shelters, com sede em Los Angeles, que forneceu moradia para mulheres e crianças agredidas” finaliza a nota.
“Bem-vindo à Wakanda. Você quer falar sobre história negra. Esses são os primeiros estágios do Tyler Perry Studios. Advinha qual será o primeiro filme a ser rodado aqui?”.
Esse texto é de uma postagem de 2018 no Instagram, Tyler Perry que recentemente inaugurou oficialmente um dos maiores estúdios de cinema dos EUA. O ator, produtor e diretor, estava falando das primeiras imagens de um dos filmes mais importantes do cinema negro: Pantera Negra.
O longa de Ryan Cooler que levou o Oscar de Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte teve cenas filmadas em Atlanta, cidade onde fica o estúdio. Entre elas a cena do High Museum, em Midtown, onde Killmonger “rouba” uma máscara africana e um artefato feito de vibrânio.
O estúdio foi inagurado esse ano, mas já funciona há 4.
Outra locação foi pedreira da Vulcan Materials Co., em Stockbridge.
A série The Walking Dead foi outro programa a usar os recursos do Tyler Perry Studio.
Imagina morar em cabanas projetadas por mulheres pretas, feitas com muita dedicação e em grande estilo? Essas cabanas foram projetadas em uma vila, pelas mulheres de Matobo, na província de MatabelelandSouth, no Zimbábue. As artes são inspiradoras! Confira algumas fotos abaixo.
O racismo é algo recorrente em nosso país. Diariamente, ficamos cientes das situações que ocorrem, independente da condição social. Esta semana, por meio das redes sociais, a modelo carioca, Luciana Vilaça, mostrou indignação após ser vítima de racismo.
To mt triste. Mais um caso de racismo, meu maquiador tá participando de um concurso de make e eu sou a modelo dele, ele recriou a maquiagem em mim. Fomos pra final e ele pediu num grupo de maquiadores pra votar nele, nisso um maquiador famoso pra crl chamou ele no priv +
A descoberta se deu através de um amigo maquiador da modelo que, em conversa com um colega de trabalho, fez prints para comprovar a situação o racismo praticado por ele. O racista pediu que Luciana não fosse usada como modelo no concurso porque, segundo ele, “a maquiagem colorida não fica boa na tonalidade de pele dela“.
Irritado, Leonardo responde “negro não pode usar make colorida porque não sobrevive. Pelo amor de Deus, vai lavar uma louça“. O racista completa: “lave o corpo de suas modelos sujas, quem sabe elas não ficam mais claras“.
Segundo a Luciana, o maquiador teria pedido aos próprios seguidores votassem na concorrente, dessa forma ela e Leonardo perderiam. Mesmo com as ofensas, ela decidiu expor nas redes sociais.
Se as coisas não estão dando muito certo para você, pode ser que ainda não seja o seu momento.
Um exemplo do que tudo acontece na hora certa é a premiada diretora de filmes Ava Duvernay que recentemente dirigiu o intenso seriado Olhos que Condenam, da Netflix.
Ela foi a primeira mulher negra a dirigir um filme com orçamento acima de 100 milhões de dólares, o Uma Dobra no Tempo, da Disney, com Oprah Winfrey no elenco.
Além de prêmios como EMMY e BAFTA e uma indicação ao Oscar, Ava que tem 47 anos só pegou em uma câmera cinematográfica aos 32 anos.
“Quando a imprensa fala sobre mim é sempre sobre raça e gênero, mas minha história também é sobre a idade, porque eu não peguei uma câmera até os 32 anos”, ela disse em uma entrevista ao site americano Refinery29.
O trabalho de Ava como diretora inclui o drama histórico Selma, o documentário de justiça criminal 13 ª Emenda.
DuVernay faz parte do conselho consultivo da Academia de Artes e Ciências da Televisão e preside o Conselho de Diversidade da Prada.