Muitas personalidades negras estarão no "Together at Home"
Com Curadoria da Lady Gaga e promovido pela Organização Mundial da Saúde, o Festival Together at Home (Juntos em Casa) irá acontecer no próximo dia 18 e terá 8 horas de duração. De acordo com sua curadora, o festival terá como objetivo arrecadar fundos para o combate a Covid-19. Todos os lucros serão revertidos em doação para os profissionais da saúde e instituições de caridade, além é claro de proporcionar entretenimento ao público durante a quarentena.
O evento contará com a participação de nomes como Alicia Keys, Andra Day, Black Coffee, Burna Boy, Common, Idris e Sabrina Elba, Jennifer Hudson, John Legend, Kerry Washington, Lewis Hamilton, Lizzo, Lupita Nyong’o, LL Cool J, Oprah Winfrey, Pharrell Williams, Samuel L Jackson, Stevie Wonder, Nomzamo Mbatha, Usher e outros.
Nos EUA, além da iHeart Radio, o festival será transmitido pelos canais ABC,NBC e CBS por algumas horas e depois disso, seguirá na Internet como já virou comum nos últimos tempos.
No Brasil por sua vez, além da internet, o canal Multishow ira transmitir o Together at Home a partir das 16h00 no sábado, ao vivo. Já na Rede Globo ‘Together at home’ irá ao ar um dia depois, na noite do dia 19.
A jornalista, humorista e palestrante Maíra Azevedo, mais conhecida como ‘Tia Má’, anunciou nesta terça-feira (14), que está grávida. Ela, que já é mãe de um menino de 12 anos, Aladê.
Maíra deu a notícia por meio de uma publicação em seu Instagram,”comecei a perceber umas mudanças no meu corpo, mas com tanta coisa acontecendo no mundo, achei que poderia ser preocupação”, escreveu.
Foi aí, então, que Maíra Azevedo fez um teste de gravidez e teve a confirmação: “Tava lá escrito grávida para eu ter certeza; Mais um capítulo lindo da minha história começa a ser contado. Sim, mais um filho, ou filha. Depois de 12 anos, serei mãe novamente e estou feliz com o resultado”.
“Aladê agora é o irmão mais velho e ele está adorando. Agora é hora de celebrar e acreditar que essa notícia é mais um motivo para eu seguir tendo esperança que dias melhores sempre chegam!”, concluiu.
Você conhece algum homem branco famoso que seja acusado de vitimismo? Entenda-se por vitimismo o ato de falar sobre suas dores, dificuldades , sofrimentos e incômodos.
Se você está na casta dos privilegiados “reclamar” gera empatia, hashtags, agora se você faz parte do grupo dos oprimidos, aí você tem que engolir suas dores.
O que a branquitude entende como vitimismo são dados e narrativas que deixam explícitos seus privilégios. Se reclamo que cresci sem água potável em casa, por exemplo, lembro ao privilegiado, que para ele água limpa para beber, cozinhar e tomar banho, nunca foi um problema. E como gente mimada não quer ser taxada como aquela que vive das vantagens em uma sociedade racista e desigual, esse povinho prefere que a gente se cale e se não nos calamos, estamos nos fazendo de vítima.
Em qualquer estatística socioeconômica, pessoas pretas aparecem na base, com menos acesso a praticamente todos os diretos básicos, inclusive educação. Mas lembrar disso causa desconforto.
No BBB20 o ator Babu Santata foi acusado de ser vitimista por contar sua história. Só por isso. Ele não inventou que nasceu pobre, em uma região violenta, que seu nome artístico surgiu de um apelido racista, de que ele como artista vive várias privações econômicas, mesmo sendo premiado, que ele dá aos filhos muito menos do que gostaria. Essa é a vida dele e em um país racista como o Brasil, lembrar que quase 400 anos de escravidão ainda impacta a vida de afrodescendentes em 2020 é inaceitável para branquitude. Temos que ser forte e se bobear ainda agradecer por sermos livres.
Silenciar é um ato opressor. Chamar alguém que está falando das suas dores de vitimista é mandar calar a boca sim.
Se você está compartilhando conteúdo se dizendo antirracista, mas chama Babu de vitimista você não o que diz ser. Por preguiça ou desonestidade você faz vista grossa às dores causadas pelo racismo.
Ninguém é obrigado a ouvir, apoiar e concordar quando oprimidos falam sobre suas questões, mas debochar e perseguir essas pessoas, mostra que sua intelectualidade está alinhada aos pensamentos típicos de grupos opressores, racistas e colonizadores.
Na reta final do Reality Show que acaba no próximo dia 27 de abril, as torcidas organizadas dos atuais e ex-participantes do programa, decidiram se articular em peso contra Babu Santana – um dos favoritos ao prêmio de 1,5 milhão de reais – por se sentirem ameaçadas. (Onde já se viu, preto ganhar BBB?)
No cenário atual, o ator está no paredão contra a advogada Gizelly Bicalho e a influenciadora digital Mari Gonzales e segundo as últimas enquetes divulgadas, corre o risco de ser eliminado.
Com 20 anos de existência, o BBB Brasil nunca teve entre os seus vencedores milionários, um participante negro, com exceção de Gleici Damasceno do BBB 18.
No país composto majoritariamente por pessoas negras, a conta não fecha e algo de errado não está certo.
E como em todas as outras, essa edição vem sendo marcada por comentários racistas feitos por vários participantes em rede nacional, sem que haja nenhum tipo de punição ou penalização dos mesmos, fazendo com que se sintam a vontade em praticar tais atos, quantas-vezes-quiserem.
Preto e favelado, Babu tem sido alvo de constantes ataques nas redes sociais, onde é chamado de vitimista, apenas por expor a sua realidade, que se confunde com a de tantos outros brasileiros.
Então, em nome do bom senso, da representatividade e pela permanência de Babu no jogo, somos #FORAGIZELLY.
Para votar e contribuir com a inciativa, basta clicar AQUI, fazer login e selecionar quem você deseja eliminar. No caso, GIZELLY.
É hora de mostrar a força da comunidade negra. #FICABABU
Torcer para Thelma e Babu ao mesmo tempo é algo possível sim. Os dois jogadores do BBB20 representam a comunidade negra da forma que somos, com nossas complexidades, virtudes , lutas e diferenças.
No entanto, qualquer postagem nas redes sociais a favor de Thelma é atacada por fãs de Babu e vice-versa. Thelma para alguns, não seria consciente suficiente sobre sua negritude , Babu teria aliados problemáticos na primeira fase do jogo.
Fato é , que esquecemos que não é Faflu. Estamos falando de duas pessoas excepcionais em suas áreas de atuação e que não são os únicos jogadores, mas são os únicos negros.
O coletivo Potências Negras , formado por artistas, intelectuais, jornalistas, influenciadores e outros membros de destaque na comunidade negra, observando esse clima tenso entre a comunidade negra, usou suas redes sociais para uma reflexão importante sobre união e representatividade.
No texto é escrito como se fosse uma carta dedicada aos dois, Thelma e Babu:
“O racismo que tanto denunciamos impõe que a nossa subjetividade não seja respeitada. Pensamos diferente, e isso faz parte do jogo. Por outro lado, a narrativa racista nos descreve como iguais “vocês, pretos, são parecidos”, mas não. Pensamos e agimos diferente. Cada um com o seu entendimento de letramento racial, com sua história e isso nos torna humanos. Queríamos que soubessem que estamos aqui, porque irmandade é isso: respeitar escolhas e processos de entendimento do mundo.”
O manifesto na integra segue abaixo, mas agora o mais importante é garantir a permanência de Babu dentro da casa. Vote aqui.
Com especializações e Mestrado em Direito do Consumidor e 12 anos atuando como diretora do PROCON do município de Suzano, no interior de São Paulo, a advogada Adélia Soares nos contou o que a motivou a entrar com a ação civil pública que impediu o corte de serviços essenciais durante a crise do COVID-19
“Nesse momento estamos lutando para salvar nossas vidas, e não seria humano pensar que além de trancados em casa (sem poder produzir) teríamos que ter a preocupação de ficar sem os serviços essenciais à sobrevivência.”
Adélia conta que a participação na 16ª edição do reality show Big Brother Brasil trouxe notoriedade nacional não só a sua imagem, como para o seu trabalho e recebeu muitas mensagens de consumidores de todo o país sobre a suspensão do fornecimento de serviços essenciais, e conforme mais mensagens iam chegando, ela notou que algo deveria ser feito.
“Não há dúvidas de que o fornecimento de luz, água, telefone e gás dispensa explanação quanto ao seu caráter essencial, inclusive, a suspensão desses serviço pode agravar a pandemia ou mesmo tornar inviável medidas como o distanciamento social, cabendo aos órgãos competentes assegurar o seu fornecimento em caráter geral, diante da situação pela qual passa o País”, escreveu a juíza Natalia Luchini, da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo, na decisão.
Visando amenizar a luta dessas famílias mais pobres do país, Adelia conta de que outras formas ela tem contribuído e todos nós podemos contribuir para superarmos este momento juntos.
“Cada um deve se perguntar: o que EU posso fazer para ajudar nesse momento? Eu mesma, estou atuando na frente jurídica, mas também estou colocando itens de higiene nos postes, estou montando cestas básicas…..agora é o momento de nos unirmos e não procurar culpados.”
A advogada que cuida de grandes marcas, shoppings centers e também advoga para celebridades, embora esteja de quarentena tem trabalhado dobrado neste período e conta com a ajuda da tecnologia para facilitar seu trabalho.
“Tenho trabalhado de casa, com reuniões virtuais, processos digitais, eu e toda a minha equipe. Com uma crise desse tamanho, quase todos os meus clientes estão precisando de medidas judiciais para revisar contratos de linha de crédito, contratos de locação….”
Assim como nós, a advogada Adélia Soares foi atingida diretamente com a crise do COVID-19 e aproveitou da sua notoriedade nacional para ajudar a quem mais precisa neste momento.
“Se trata de empatia, apesar de não sentir na pele, sou solidária com o povo menos favorecido.”
A liminar que tem a Adélia Soares como autora contemplará todo o país. E as empresas dos serviços envolvidos estão sob pena de multa diária de R$ 10 mil por consumidor afetado e por dia, caso haja descumprimento.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o projeto social Diamantes na Cozinha, que promove a transformação social por meio da gastronomia, oferecendo cursos gratuitos a jovens e adultos, dá o exemplo com uma campanha de doação de alimentos direcionada a comunidades do Rio de Janeiro.
A ideia surgiu inicialmente como uma forma de destinar àqueles que mais precisam os produtos que não seriam utilizados por bares e restaurantes, o Chef João Diamante teve a ideia de buscar chefs de cozinha e empresários que trabalham no setor de alimentos e bebidas, que colaboram com doações para as comunidades. Tendo em vista que se continuar essa pandemia nos próximos 15 ou 30 dias, o alimento pode perder a validade e não ser utilizado.
“Muitos insumos seriam jogados fora em função da data de validade, pois os restaurantes estão fechados”, explica o chef João Diamante, criador do Diamantes na Cozinha.
O objetivo é atender ao máximo de localidades possível, em todos os cantos da cidade. Por meio de uma equipe que coordena a iniciativa, é feita a conexão entre quem pode realizar as doações e os líderes comunitários, que distribuem os produtos de acordo com as necessidades das famílias.
O projeto conta ainda com o apoio de profissionais da área da saúde, que dão dicas para prevenção em áreas que muitas vezes sofrem com falta de água e saneamento. Unidades de álcool em gel e produtos de higiene serão distribuídos aos moradores.
Confira os pontos de coleta para apoiar e se juntar a causa:
Avenida Ataulfo de Paiva 470a
Vezpa pizzas leme – Rua gustavo sampaio 361
Vezpa pizzas gávea – Rua marques de sao vicente, 86
Vezpa largo do machado – Rua bento lisboa, 184, loja J
Muitas pessoas da nossa comunidade ao verem Thelma votando em Babu para mais um paredão do BBB20 na noite do último domingo, 13, em choque, perguntam:” gênero ou raça ? O que vem primeiro?”
A pergunta já vem seguida de uma resposta atacando a escolha de Thelma que optou em poupar sua amiga Rafaela do paredão. Mas eu tenho uma resposta diferente. Se raça viesse realmente antes na cabeça de todos nós fora do jogo, a gente focaria em tirar a Giselly, arrumaria argumentos para criticar ainda mais Ivy, mas faríamos vista grossa aos “erros” da Thelma. Se seu foco nesse paredão é atacar a Thelma, você fez uma escolha de gênero.
Optar por raça é acolher os semelhantes, mesmo que eles façam escolhas diferentes do que é certo para gente.
Há quem esquece o confinamento que o BBB20 é, das privações que as pessoas passam e de como tudo é bem editado para que a gente acredite na verdade que eles querem nos mostrar.
Desde a primeira vez que Thelma foi ao paredão, tenho notado por meios dos comentários nas redes sociais do Mundo Negro uma fala recorrente sobre a falta de consciência racial de Thelma.
CapiThelma , Thelma Judas, Preta Casa Grande são nomes atribuídos à médica toda vez que ela tem alguma atitude que a distância do Babu ou aumenta a proximidade com as mulheres brancas da casa.
Sempre que nós mesmos criamos os nomes, os memes, estamos dando munição sabemos para quem.
Para esses desinformados que dizem que Thelma é alienada racialmente, sugiro esse vídeo, do canal dela no Youtube, onde a médica destaca sua trajetória como única aluna negra da sua turma no curso de Medicina.
Veja, esse não é um texto criticando o Babu a quem eu também adoro cada vez mais.
Polarizar ser pró Thelma e contra Babu ou vice versa, mostra além de preguiça intelectual, nossa miopia para uma edição que tem vários gatilhos racistas e que tem jogadores com falas que ofendem a audiência negra e nem vou mencioná-las aqui para poupar os leitores.
É vexatório a perseguição de uma mulher negra da forma que está acontecendo no BBB20. É compreensível a decepção de algumas pessoas com um perfil mais alinhado ao da militância negra, mas mesmo esses, já nasceram desconstruídos?
Como esses críticos podem se achar melhor que a Thelma, a ponto de atropelar a sua biografia, esquecer que ela tem família fora da casa da Globo e fazer um massacre online por uma escolha dentro de um programa de televisão?
Senhores tão conscientes da sua negritude, qual é o plano em difamar a mulher negra que representa a base da pirâmide social? A nossa imagem social já não é suficientemente difamada?
Na minha bolha a maior parte dessas críticas mais passionais são escritas por homens que torcem cegamente pelo Babu.
O próprio Babu entendeu os votos da sua adversária, mas seus fãs não. Babu não tem raiva de Thelma a ponto de julgar sua negritude. Seus fãs aqui fora sim. Babu sempre defendeu Thelma, e apesar do voto de domingo, Thelma sempre causou constrangimento entre as “fadas sensatas” ao tomar o lado de Babu. A memória seletiva esquece desses episódios de apoio e afetividade entre os dois. E a conversa sincera e civilizada também rolou após essa complexa configuração do paredão.
Os fãs do Paizão pregam um discurso de ódio que vai contra a tudo que Babu defende dentro da casa. Ele ficaria extremamente decepcionado com a forma com que seus fãs se referem à Thelma e colocam em dúvida a consciência racial da jogadora.
Em desabafo, as duas sisters comentam situações de racismo que sofreram em relacionamentos passados
Por Maria Clara Silva
Em meio a uma conversa libertadora, Thelma e Flayslane, do BBB20, desabafam sobre os racismos sofridos em relacionamentos passados e os traumas que colheram disso. Thelma diz que já deu tapa em um racista que havia dito “preto e nordestino é escória desse país” em seguida, Flay, respondeu:
“E eu!? Preta e nordestina que enfrentei racismo a minha vida inteira!?
https://www.instagram.com/p/B-1LxoTn3F3/
Depois Flayslane pontuou que, no episódio da traição do ex-namorado – que a trocou por uma “loirona”. Ao assumir a nova namorada, loira, os comentários que amigos do rapaz fizeram na foto foram, segundo Flay:
“Muito bem, essa namorada combina com você. A outra parecia uma MACACA”
E terminou, dizendo:
“Foi comigo Thelma. Eu enfrentei isso com meu namorado. Eu entendo você, entendo o Babu”
https://www.instagram.com/p/B-1LZMhHstj/
Esse diálogo triste, retrata a solidão da mulher negra que, ainda hoje, sofre em relacionamento às escondidas.
Um diálogo que fala sobre a solidão mesmo estando acompanhada. O quão doloroso é estar com alguém que tem vergonha de assumi-la publicamente? O quão ferida fica a mulher que é vista apenas como objetivo sexual, dentro de uma hipersexualização do estereótipo da mulher negra?
O preterimento que corrobora a solidão, em detrimento da autoestima da mulher preta que anseia ser amada, respeitada e enxergada, apenas, como mulher.
Ale Santos apresenta o Infiltrados no Cast - Crédito: Reprodução Instagram
Com dois episódios semanais publicados nas principais plataformas de Podcast do Brasil , Spotify e Deezer, Infiltrados no Cast do escritor Ale Santos vai te ajudar a ter recursos históricos para discutir questões sociais brasileiras.
“O Infiltrados No Cast é um podcast de discussões políticas, sociais e culturais que quer trazer pensadores negros para dentro dos maiores debates da sociedade. Vamos analisar as maiores polêmicas da sociedade relevando o contexto histórico do país e considerando os pontos de vistas que ficam de fora do Mainstream” define o autor de “Rastros de Resistência”.
“Vamos conhecer os maiores racistas da história brasileira, aqueles nomes que trabalharam arduamente em uma visão de sociedade brasileira que excluía o povo negro, propondo até a esterilização da raça em uma série de episódios do Infiltrados no Cast”, detalha Ale.