Engrossando a sessão “quando você pensa que já viu de tudo”, temos a escola Estratégia  Concurso que com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram usou uma imagem de um filme pornográfico de uma mulher branca com homens negros, além de um texto absurdo para vender aulas de cursos preparatórios para exames para quem quer ser juiz, promotor, delegado, policial ou entrar em entidades de classe que exigem concursos.

O texto que foi apagado depois da repercussão negativa, era ilustrado com a imagem de homens negros semi-nus carregando uma mulher branca e dizia que o concurseiro estuda “com material pouco profundo, sem clareza e não faz questões da banca, ou seja, sem uma retaguarda de conhecimento que aguente a profundidade com que a banca introduz os conteúdos e diversas posições doutrinárias. E aí a situação fica preta”.

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No post a mulher aparecia como “concurseiro” e os três homens como “examinadores do Cespe”. O Cespe (Centro de Seleções e de Promoções de Eventos) da Universidade de Brasília.

Foi criado um perfil no Instagram para expor a postagem.

Em entrevista à Ponte Jornalismo, a advogada Dina Alves, coordenadora do departamento de Justiça e Segurança Pública do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), analisou a publicação a pedido da reportagem.

Para ela, há ocorrência de três crimes: racismo, apologia ao crime de estupro e constrangimento contra as mulheres. “A mulher aparece como objeto sexual e o incentivo à cultura do estupro e a naturalização da violência de gênero” disse a advogado ao site e acrescentou, que  “o racismo explícito na forma como é mostrada a imagem mítica do homem negro como estuprador. Essa imagem e o post devem ser contextualizados com o imaginário que se tem do corpo negro como nato à criminalidade e inapto à cidadania”.

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