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Kilombo Tech oferece curso focado em formação e ascensão de mulheres negras no mercado da tecnologia

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O Estudo #QuemCodaBr, lançado em 2019, mostra que não há nenhuma pessoa negra em 32,7%  das equipes que trabalham com tecnologia no país. O cenário é ainda menos representativo no caso de mulheres negras ocupando esses postos.

Para romper com essa distorção, a programadora, educadora e mulher negra Barbara Aguilar, em parceria com a também educadora, historiadora e estudante de Ciências de Dados, Allana Cardoso, criou o Kilombo Tech, um hub de inovação e impacto, com foco na transformação social através da inserção de mulheres negras no mercado tecnológico. Um espaço de formação, acolhimento e troca, onde as mulheres podem falar sobre as possibilidades de carreira no TI, novas perspectivas profissionais e romper as barreiras que as afastam sistematicamente da área de tecnologia da informação. 

Barbara Aguilar conta o motivo que a levou a fundar o projeto: “Em maio de 2009, propus falar sobre racismo e tecnologia em um grande evento de TI de Belo Horizonte. Para minha surpresa o tema não foi considerado relevante o suficiente para ser apresentado ali e, segundo a própria coordenação, a cota de pessoas pretas palestrantes já tinha sido preenchida. Diante dessa frustração, decidi procurar outras mulheres negras que sentiam e viviam o mesmo que eu. Encontro com a Allana nos deu força para tornar o Kilombo Tech possível”.

Dividido em quatro eixos de atuação em formato de séries, o hub vai educar, explicar, conectar e formar mulheres negras que queiram conhecer o universo tecnológico. “Queremos criar pontes, formar e possibilitar a criação de novas narrativas acerca da vida profissional de mulheres pretas. Existe um mercado de TI ávido por profissionais e um potencial imenso entre essas mulheres, queremos ser uma ponte que ajuda a construir esse caminho”, explica Allana Cardoso.

Com a pandemia e a necessidade de isolamento social, as ações preveem lives, dicas de materiais de estudo e formação com workshops e aulas gratuitas. Para ter acesso ao conteúdo é só seguir @kilombotech no Instagram e acompanhar as publicações por lá.

Colégio tradicional de Niterói inclui professores negros na produção de material sobre questões raciais

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Desde o início de 2019 ações com os alunos de ensino fundamental e médio do O Instituto Gaylussac, em Niterói tem realizado desde 2019 diversas ações com seus alunos do Ensino Fundamental e Médio visando prepará-los critica e eticamente para o combate as diversas práticas racistas presentes em nossa sociedade.

No modelo proposto, os docentes são preparados para iniciar discussões raciais com os alunos, no ano de 2020 os debates foram gerados através de leitura do livro “Pequeno Manual Antirracista”, da Djamila Ribeiro.

O debate parte de material de pessoas pretas e o modelo é protagonizado docentes negros, que abordam suas experiências pessoais e relatam sua vivência enquanto pessoas negras que atuam na área da educação.

“A escolha é por debater temas geradores de desigualdade e preconceito nas relações humanas. A fala dos professores negros nas reuniões será o mote de entendimento para a temática antirracista.” Explica Jaqueline Eckstein, Psicóloga escolar.

A metodologia antirracista também envolveu um trabalho de campo envolvendo alunos do 6º ano do ensino fundamental, baseando-se em uma campanha do Governo do Estado do Pará que viralizou no último ano o “Teste imagem” onde pessoas pretas são colocadas em posições sociais inferiores às das brancas, por profissionais de RH. Os alunos levaram a mesma dinâmica às ruas com a pergunta “O que você vê nesta imagem” colheram mais de 400 entrevistas com o objetivo de fazer um teste do racismo presente nas visões estereotipadas sobre pessoas negras.

“Os resultados são impressionantes, revelando o racismo que estrutura o pensamento que atribui a uma mulher negra limpando a casa o papel de empregada e de uma mulher branca o papel de dona de casa”, conta Priscila Aquino, professora.

Implantar um modelo de educação antirracista é o caminho certo para combater o racismo que afeta crianças pretas tão cedo.

CCXP anuncia a ‘A Journey of Hope’ edição digital e global do evento

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Nesta quinta-feira (16), a CCXP anunciou novidades sobre a edição deste ano. Por conta da pandemia de Covid-19, o festival de cultura pop teve de ser cancelado para evitar aglomerações.

Contudo, neste ano, acontecerá o “CCXP Worlds: A Journey of Hope” (Uma jornada de esperança). No anúncio, a CCXP convidou os fãs, citando lugares icônicos da fantasia, já que de forma online todos ao redor do mundo podem participar:

“São Paulo, Los Angeles, Terra Média, Tatooine, Gotham City, Hogsmeade, Westeros, Hyrule, Panem, Hill Valley , Zion, Pequenópolis, Eternia, de_dust2, Bedrock, Cidade de Pallet, Silent Hill, Nárnia, Thundera e todos os mundos onde você estiver”.

A CCXP trará mais novidades em agosto e por mais que seja um evento on-line, talvez não seja gratuito:

Pierre Mantovani, CEO do evento, disse que o festival “não será uma simples live”. “Direcionamos todos os esforços para que cada parte da CCXP esteja presente na casa de milhares de pessoas, como um pedacinho da experiência, só que digital. E justamente por ser digital, pela primeira vez na história, teremos um evento de escala global para a indústria do entretenimento.”

Não há personagens trans nos principais filmes de Hollywood, diz pesquisa

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Hollywood aumentou o número de personagens gays e bissexuais nos filmes em 2019, mas a maioria deles teve participação rápida, e não houve personagens transgêneros, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16).

O Índice de Responsabilidade dos Estúdios, do grupo de defesa LGBTQ Glaad, mostrou que, dos 118 filmes lançados pelos principais estúdios de Hollywood em 2019, 22 (18,6%) tinham personagens LGBTQ+, incluindo filmes como “O Escândalo”, “Rocketman”, “Judy: Muito Além do Arco-Íris” e “Fora de Série”.

Apenas 9 dos 22 filmes inclusivos identificados pelo Glaad tinham personagem LGBTQ+ com mais de 10 minutos de tempo na tela, enquanto mais da metade desses personagens teve menos de três minutos.

“Apesar da porcentagem recorde de filmes LGBTQ este ano, a indústria ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de representar de maneira justa e precisa a indústria LGBTQ”, disse a executiva-chefe do Glaad, Sarah Kate Ellis, em comunicado.

Estátua de manifestante do Black Lives Matter é retirada de Bristol 24h depois

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A escultura de uma manifestante do movimento Black Lives Matter, que substituiu a estátua do comerciante de escravos Edward Colston em uma praça de Bristol, na Inglaterra, foi removida 24 horas depois de ter sido colocada no local. Uma porta-voz do conselho da cidade confirmou que a imagem seria levada para um museu para que o artista Marc Quinn pudesse retirar ou doar para a coleção.

Leia também: Estátua de manifestante negra é erguida no lugar da que representava o escravagista Edward Colston

Segundo o jornal The Guardian, o prefeito de Bristol, Marvin Rees, se manifestou quanto à retirada da estátua e explicou que não é uma atitude contra a manifestante: “Não se trata de derrubar uma estátua de Jen, que é uma mulher impressionante. Trata-se de derrubar uma estátua de um artista de Londres que veio e a colocou sem permissão. Apesar de entender a vontade das pessoas de se manifestarem, a estátua precisa ser retirada porque ela não tinha autorização para ser colocada ali. Agora, o povo de Bristol é quem vai decidir o que ocupará este espaço”, afirmou.

Nas redes sociais, manifestantes dizem que o conselho deveria ter permitido que a estátua com a imagem da manifestante Jen Reid permanecesse no local por mais tempo, considerando que a escultura de Colston esteve no mesmo local por mais de um século.

Família de George Floyd processa cidade de Minneapolis e policiais envolvidos em sua morte

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Os advogados da família de George Floyd entraram com uma ação civil federal na quarta-feira (15), contra a cidade de Minneapolis e os quatro policiais envolvidos em sua morte. “Tudo parece ter parado e fechado nos Estados Unidos durante a pandemia de coronavírus, exceto racismo, discriminação e brutalidade policial contra negros e pardos nos Estados Unidos”, disse o advogado Ben Crump à imprensa.

Floyd, um homem negro desarmado e algemado, morreu no dia 25 de maio, depois que o ex-policial Derek Chauvin usou sua perna para prender o pescoço do ex-segurança no chão por quase nove minutos. Chauvin, foi preso e acusado de assassinato em segundo grau.

De acordo com o jornal Washington Post, a família acusa a polícia por morte por negligência. Eles alegam que os policiais violaram os direitos constitucionais de Floyd quando o prenderam e a cidade permitiu uma cultura de força e racismo excessivos. O advogado da família Floyd, disse que o processo está buscando uma compensação “que torna financeiramente proibitivo para a polícia matar injustamente pessoas marginalizadas, especialmente negras, no futuro”.

“Não foi apenas o joelho do policial Derek Chauvin no pescoço de George Floyd por 8 minutos e 46 segundos, mas foi o joelho de todo o Departamento de Polícia de Minneapolis no pescoço de George Floyd que o matou”.

Marinha dos EUA vai nomear sua primeira piloto de caça negra

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Foto da Marinha dos EUA por Lt.jg Luke. Foto/Reprodução

Após 110 anos, a marinha dos Estados Unidos nomeia, no dia 31 de julho, sua primeira piloto mulher negra. Madeline Swegle que se formou na Academia Naval dos EUA em 2017.

Tenente Madeline Swegle está fazendo história ao se tornar a primeira piloto de caça negra da Marinha dos Estados Unidos. A marinha do país, que é dominada por homens brancos, dará as asas de ouro de Madeline em uma cerimônia no dia 31 de julho.

O momento histórico faz 110 anos após o início da aviação naval, quando uma aeronave decolou da Baía de Chesapeake em 1910. Depois de 64 anos, a primeira mulher, Rosemary Mariner, pilotou um jato tático com a marinha, de acordo com a Women in Aviation International.

De acordo om uma análise, feita em 2018, apenas 2,7% dos pilotos nos esquadrões da marinha são negros e menos de 7% são do sexo feminino.

“Estamos incrivelmente orgulhosos de saber que uma das nossas tenentes, a tenente-coronel Madeline Swegle (17), alcançará um marco em 31 de julho, não apenas em sua carreira pessoal como aviadora, mas também para a Aviação Naval, quando ela a ganhar. Wings of Gold como a primeira piloto a jato de ar tático da Marinha Americana Americana (TACAIR) “, disse o vice-almirante do superintendente da Academia Naval dos EUA, Sean S. Buck, em comunicado.

 “É uma conquista significativa qualificar-se como piloto de jato tático voando pelas companhias aéreas de nosso país dia e noite, e seu sucesso serve como inspiração para todos os que aspiram a ser aviadores navais. Fly Navy!”, completou ele.

Beyoncé vence batalha judicial para registrar nome de Blue Ivy Carter como marca

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Beyoncé ficou alguns anos na batalha judicial para registrar o nome da filha, Blue Ivy Carter, como marca. Segundo o portal de notícias Music News, nesta semana, a cantora venceu o processo jurídico.

Ano passado, o The Blast teve acesso ao processo e revelou que a defesa de Beyoncé definiu a primogênita como “ícone cultural”. O texto diz: “Blue tem sido descrita como uma estrela mirim de estilo, e tem sido celebrada por seus momentos fashion ao longo dos anos. Sua vida e suas atividades são acompanhadas extensivamente pela mídia e pelo público”.

A cantora estava desde 2017 na Justiça contra a empresária Veronica Morales, dona da agência de casamento “Blue Ivy”. Ela abriu esta empresa três anos antes do nascimento da filha de Bey com Jay-Z, e não queria mudar o nome da marca. Beyoncé então ressaltou que iria registrar “Blue Ivy Carter”, e não apenas “Blue Ivy”, ou seja, a agência não terá de alterar o título.

Morales havia dito que a nova marca seria muito similar à da própria empresa e pediu para que o Escritório de Marcas e Patentes dos EUA negasse o pedido da cantora. Ela chegou a denunciar Beyoncé de fraude, dizendo que a artista não tinha intenção de usar o nome para fins comerciais.

No entanto, as alegações foram negadas pelas autoridades, que decidiram que não há evidências que sugiram que o público confunda as duas marcas, ou seja, ambas podem existir em harmonia.

Podcast apresentado por Michelle Obama ganha data de estreia no Spotify

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Michelle Obama anunciou nesta quinta-feira (16) que vai apresentar um podcast de entrevistas, cujo lançamento está marcado para o dia 29 de julho no Spotify.

Michelle LaVaughn Robinson Obama é uma advogada e escritora norte-americana. É a esposa do 44.º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a 46.ª primeira-dama dos Estados Unidos, sendo a primeira afro-descendente a ocupar o posto.

Em um vídeo de apresentação, Michelle explicou que os episódios desse novo projeto contam com participações de celebridades, figuras políticas, amigos e familiares: “O que gosto nessas conversas é que elas envolvem tópicos com os quais lidamos não importa o que aconteça”.

Sobre as expectativas em relação ao podcast, a advogada e escritora espera que ele ajude os ouvintes a se “abrirem para novas e difíceis conversas com as pessoas que mais importam para eles. É assim que podemos construir mais compreensão e empatia um pelo outro”; Confira:

https://twitter.com/Spotify/status/1283733511162048513

“Estimular a auto estima do nosso povo é um ato político”, destaca editora do Mundo Negro em entrevista sobre comunicação e racismo

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Silvia Nascimento, jornalista e fundadora do Mundo Negro - Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Texto e entrevista: Midiã Noelle

“Estimular a auto estima do nosso povo é um ato político”, destaca editora do Mundo Negro em entrevista sobre comunicação e racismo 

A criadora do Site Mundo Negro, Silvia Nascimento, participou na noite desta quarta-feira (15), da série de lives Café com Mídia, realizada pela jornalista Midiã Noelle, sobre comunicação e enfrentamento ao racismo. 

“Eu acho que empoderar a auto estima do nosso povo também é um ato político”, ressaltou a editora do portal de notícias. Na entrevista, Silvia contou como foi desbravar o mundo da internet quando “tudo ainda era mato”, em 2001, e lançar o veículo naquele ano em que ainda se tinha pouco conhecimento sobre o mundo digital. 

Ela partilhou ainda sobre como foi abordar questões sobre racismo em um país em que a pauta ainda era pouco discutida em veículos de comunicação e contou os desafios de manter um portal com este recorte, além das incidências positivas na sociedade através de denúncias feitas no portal e como fez escola para o surgimento de outros sites sobre a temática. 

“Eu incentivo as pessoas a criarem espaços de comunicação. Tenho muito orgulho de boa parte de minha trajetória profissional ter sido no meu próprio veículo. Porque a gente não nasceu para ter orgulho das nossas próprias coisas. A gente nasceu para ser validado por outras coisas. Eu tenho orgulho”, enfatiza a jornalista pioneira e antirracista. A live está disponível no IGTV do Instagram www.instagram.com/midinoelle.

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