Mais de 8 milhões dos desempregados do país tem pele negra e os que estão inseridos no mercado de trabalho, tem um salário médio equivalente a 58% do salário de uma pessoa branca.
Não por acaso, negros no mercado de trabalho é o tema da série Sem Vaga Para o Preconceito que será apresentada durante a semana da Consciência Negra, dentro do Jornal da Rede Record.
Jornalistas negros estão envolvidas no processo de produção e apresentação do conteúdo, o que faz toda a diferença.
“ Conscientizar, falar e representar a maioria da população brasileira num projeto que coloca o jornalista negro falando da dificuldade do trabalhador negro. Um momento histórico na tv brasileira”, celebra Cloris Akonteh, jornalista e editora do Jornal da Record.
Em uma pesquisa encomendada pelo Google e realizada pelo Mindset-WGSN e Datafolha, das 1225 pessoas que se definem como preto ou pardo , 69% se declararam como pardos e 31% de definiram como pretos, por meio da autodeclaração. No entanto, quanto perguntados pelos pesquisadores se são pardos, negros ou pretos, 46% do total responderam ser negros. Do grupo do autodeclarados pardos, especificamente, 26% desses, responderam ao pesquisador que eram negros.
“Consciência entre urgências, pautas e potências” é o nome desse estudo cujo objetivo é mostrar, por meio de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, quais são os temas comunidade negra reconhece como mais urgentes. E a identidade étnica é fator importante nesse processo.
Outras explicações para os fatores de identidade estão ligadas à questão da cor como lugar social, ou seja, além da cor da pele (preta ou parda) o ser negro corresponde a um grupo de pessoas que passam pelas mesmas questões e se reconhecem pelos mesmos fatores.
Historicamente, o termo pardo aparece no século XIV pela primeira vez, para identificar a população indígena. Com a chegada dos africanos, o censo de 1872 usa o termo pardo juntamente com outras nominações para identificar a população, onde além do branco e pardo, surge o preto e caboclo ( dados usados para facilitar a busca de pessoas escravizadas em fuga).
Em tempos mais recentes, em 1991, surge o termo indígena dentro da classificação de cor e raça e em 2013 o uso do termo negro para agrupar pretos e pardos ainda não era consensual se tornando então “uma categoria social. “
O termo preto, usado pelos censos, desde o tempo da escravidão para identificar africanos e seus descendentes, não é simpático aos ouvidos da maioria dos pesquisados provavelmente pela forma que ele surgiu no Brasil.
Quando a pesquisa diz, que 17% dos autodeclarados negros se viam como pardos e só depois descobriram-se negros, estamos falando de identidade enquanto grupo, porque a cor, sempre foi a mesma.
O ativismo, o conteúdo online sobre negritude, seja sites, ou canais do Youtube, a maior discussão do tema na TV e na literatura, têm feito com que pessoas se identifiquem com falas e ideias e se sintam negras.
O que mais preocupa a comunidade negra?
O estudo do Google feito com pessoas de todo país extraiu quais seriam as cinco maiores urgências da comunidade negra. Por ordem ficou assim:
1º Inclusão no mercado de trabalho
É a maior preocupação, mas a menos discutida de acordo com os entrevistados.
2 º Racismo estrutural e institucional
Pauta mais preocupante para jovens entre 16-24 anos e classe D/E (73%), classe que também acredita que é mais importante votar em negro do que os pretos e pardos da classes A/B.
3º Feminismo Negro
Assunto é mais urgente para grupo de menor escolaridade, 30% (Ensino Fundamental), contra 18% (Ensino superior) .
4º Genocídio
Tema mais urgente para os jovens entre 16 e 34 anos.
5º Políticas Afirmativas
Homens se preocupam mais com as cotas do que as mulheres, de acordo com a pesquisa.
A pesquisa foi realizada outubro de 2019. Na fase qualitativa, foram realizadas sete entrevistas com especialistas (sociólogos, filósofos e historiadores), três grupos qualitativos em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, além de entrevistas com seis YouTubers. Já na fase quantitativa, foi realizado um estudo de campo com 1.225 entrevistados que se autodeclararam pretos e pardos (homens e mulheres, maiores de 16 anos, de todas as classes nas cinco regiões do país, incluindo áreas metropolitanas e interior).
A atleta olímpica Fabiana Moraes usou suas redes sociais para celebrar sua recente participação no 7° Jogos Mundiais Militares, que aconteceu na China entre os dias 16 e 30 de Outubro. Além de atleta olímpica Fabiana é 3° Sargento da Marinha do Brasil e nessa competição ela participou do 100 metros em barreiras ficando em 4º lugar.
Ela agradeceu ao Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), criado em 2008, a quem ela dedicou boa parte das suas conquistas. O antigo Ministério do Esporte fez uma parceria com o Ministério da Defesa e criado o projeto de alto rendimento das forças armadas:
“O programa tem sido de extrema importância para a manutenção de meus treinamentos e competições, conquistas de títulos brasileiros, sul-americano e iberoamericano, figurar em 17° do mundo a nível mundial e olímpico, bem como classificação pra os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, campeonatos mundiais Pequim 2015, 6° Jogos Mundiais militares Mungyeong – Coreia do Sul 2015,Mundial Indoor Portland 2016, mundial Londres 2017, Jogos olímpicos Rio 2016 e por fim 7° Jogos mundiais militares Wuhan- China 2019”, destacou a atleta.
https://www.instagram.com/p/B4VWpy0BRlT/
Conversamos com ela sobre suas impressões como atleta negra e representatividade durante os jogos militares. “É legal trocar experiência com as culturas negras de outros países, principalmente os de origem africana. No esporte não temos segregação em nada, somos negros, brancos, índios, partos, altos, baixos, gordinhos, magrinhos, deficientes físicos e mentais. Aqui todos são aceitos!”, celebra Fabiana.
O Dia da Consciência Negra será comemorado em grande estilo: A ONG Favela Mundo, em parceria com o MetrôRio irão promover o Dia da Beleza Negra. Na terça-feira, 19 de novembro, a partir das 19h. Durante o evento, quem passar pela Estação Central, do Metrô, poderá participar de oficinas gratuitas de tranças e turbantes, aprendendo amarrações diferentes e ainda será presenteado com o tecido que usar durante o treinamento.
Os penteados serão ensinados por alunos e professores do Projeto A Arte Gerando Renda, que já capacitou 1.423 jovens e adultos, com aulas na Rocinha, Maré, Piedade e Acari, desde 2014. Os projetos ‘Favela Mundo’ e ‘A Arte Gerando Renda’ contam com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, LAMSA e MetrôRio, empresas do grupo Invepar, e Libra Terminais Rio, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
REFERÊNCIA PARA A ONU
A ONG tem em seu currículo o reconhecimento “Modelo de Inclusão Social nas Grandes Cidades”, concedido pela ONU em 2014, no World Cities Day, em Nova York, além de representar o Brasil em outros eventos nos Estados Unidos, Canadá, México, Cuba e Marrocos. O mais recente foi em maio de 2019, em Cuba, onde Marcello representou o Brasil nas Romerías de Mayo, evento conhecido como o ‘Festival Mundial das Juventudes Artísticas’, que reuniu promotores de arte e cultura de 30 países na “Cidade dos Parques”, como é conhecida Holguín.
SERVIÇO
A ONG Favela Mundo fará oficinas de tranças e turbantes, na Estação Central do Brasil, no dia 19 de novembro. Os tecidos utilizados na aula serão doados para os participantes.Informações sobre a entidade: www.favelamundo.org.br ou 2236-4129
No próximo dia 20 de novembro será celebrado o Dia da Consciência Negra e diante da importância da data, o Videocamp – plataforma que possibilita exibições públicas e gratuitas de filmes transformadores – disponibiliza a playlist de filmes “Trajetórias Negras “.
A seleção reúne 16 conteúdos audiovisuais que trazem, em suas narrativas, histórias que promovem a valorização da cultura negra e levantam questões importantes para a sociedade, como: a ausência de representatividade no mercado de brinquedos brasileiro, especialmente bonecas negras, a luta contra o racismo estrutural dentro das Universidades, e a intersecção entre o racismo estrutural e o movimento nazista brasileiro, durante os anos de 1930.
“O Videocamp acredita que o cinema é uma ferramenta potente para ajudar na construção de um mundo mais justo, solidário e plural. Possibilitar a criação de espaços de debate sobre racismo e outras tantas questões sociais que o atravessam é a razão de termos feito uma seleção especial de filmes para a playlist Trajetórias Negras”, explica Josi Campos, coordenadora do Videocamp.
Confira, abaixo, o resumo de alguns dos filmes disponíveis na playlist. A seleção completa e gratuita está disponível aqui.
– Baderna : Fundada em 1871, Baderna é o nome de uma cidade no interior do Brasil. Formou-se a partir da cultura dos negros escravizados e se emancipou do Estado. Entre conflitos mundanos, uma relação intensa com a natureza e resistência popular, o povo badernista vive os dias de hoje em meio a diversos movimentos culturais.
– Logo Ali África do Sul : Beto Chaves, um policial do Rio de Janeiro, vai à África do Sul tentar entender como aquela sociedade, marcada pela segregação institucionalizada do Apartheid, conseguiu virar essa página manchada da história. Ele busca retratar as desigualdades sociais e o racismo, até hoje evidentes.
– Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil : A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, 50 meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados.
– O Caminho das Pedras : No quilombo do Abacatal em Ananindeua (PA), os moradores relembram as histórias de fundação do local, assim como a luta para a titulação da terra quilombola.
– Parece Comigo : Meninas negras não brincam com bonecas pretas, diz a letra do Rap de Preta Rara, personagem do filme. O documentário explora o problema da falta de bonecas negras no mercado brasileiro e mostra o trabalho das bonequeiras que tentam mudar esse cenário.
–Sertão Resistente : Conta a história de três mulheres que combatem o machismo. Larissa é jovem quilombola simpática e aventureira. Raimunda Inês é líder comunitária e Isabel faz poesia e dança forró todos os sábados.
– USP 7% : Quatro relatos de luta contra o racismo estrutural, passando por diferentes gerações e pontos de vista. A mobilização em favor da implementação de cotas raciais em uma das mais importantes universidades do país.
– EP4: Política Modo de Fazer : Uma jovem atenta aos jovens periféricos e um grupo de meninas que organiza um coletivo de jornalismo independente. Um jovem filho de pajé que dá continuidade ao ofício paterno junto a outros jovens de ascendência indígena. Todos atuam no fazer político.
O Dia da Consciência Negra no Brasil é comemorado em 20 de novembro. A data homenageia Zumbi de Palmares, pernambucano que nasceu “livre” e foi escravizado ainda criança, e que fugiu para lutar contra a escravidão. É um dia de resistência e reflexão em um país que diz não ser racista. Será?
Para celebrar o mês e relembrar a importância da data, a Deezer, plataforma de streaming global de música, criou o canal ‘Mês da Consciência Negra’. Exclusiva e em destaque na home da plataforma durante todo novembro, a seleção traz somente conteúdo de artistas e produtores negros para mostrar que no som, papo de música é papo de luta.
Playlists feitas por artistas chamam a atenção: a censura e ditadura ‘Não Recomendada’ é exaltada por Elza Soares em sua playlist; ‘Tomando de Assalto’, feita por Djonga mostra de quais fontes o rapper bebe; e como “ideia boa não acontece a toa”, ‘Viver é Dever’ mostra todas as inspirações de Djavan.
O funk, samba, rap, blues, pop, incluindo o ‘Black Gospel’, são todos da ‘MPB – Música Preta Brasileira’. E, como fala a descrição da playlist ‘A Coisa Tá Preta’, “se te disserem que a coisa tá preta, a coisa tá boa, pode acreditar!”
“MPB também é Música Preta Brasileira! Com muito carinho e orgulho preparamos esse canal para nossos usuários. Com curadoria do nosso editor Vithor Reis e um time de parceiros negros que frequentam e fazem parte do DNA do que temos de melhor na nossa música. O canal ficou tão bacana que o nosso desejo é continuar com ele ativo na Deezer ao longo do ano.”, afirma Gabriel Lupi, Head de Conteúdo da Deezer no Basil.
Dentro do canal, todos os dias haverá diferentes indicações de podcasts, álbuns, playlists curadas por editores e artistas. E tem muita novidade bacana vindo por aí: conteúdos originais Deezer inéditos – como Faixa a Faixa (playlist comentada pelos próprios artistas), Essenciais (podcast apresentado por Roberta Martinelli com os Essenciais da Música Brasileira) e Sessions (músicas em versões inéditas) – também serão focados na causa.
“A proposta do canal é ser uma homenagem para todos artistas e produtores de conteúdo negros do Brasil. A ideia é também promover músicas e álbuns de diversas gerações passando por variados artistas e gêneros, realmente queremos relembrar e celebrar essas pessoas que movimentaram a história musical do país. Além disso o canal traz uma reflexão para gêneros musicais que praticamente não possuem artistas negros no mercado nacional, como o Sertanejo e Rock.”, finaliza Vithor Reis, Editor de Música da Deezer no Brasil.
Jogos, brincadeiras e visitas temáticas serão voltadas à questão racional no Brasil. Também tem debate sobre a inclusão racial no mercado de trabalho.
Como esporte mais popular do País, o futebol reflete as questões raciais como poucos elementos da cultura brasileira. Do surgimento como esporte das elites brancas à aceitação de jogadores negros nos clubes; a representação do esporte e da mestiçagem na arte e na literatura brasileiras; os casos de racismo que ainda hoje assolam os estádios ao redor do mundo – toda esta história está contada no Museu do Futebol, um passeio imperdível para curtir o Dia da Consciência Negra (20/11) com informação e diversão.
Localizado sob as arquibancadas do histórico estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Museu do Futebol é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Para o dia 20/11, uma programação intensa, voltada para toda a família, vai explorar o acervo do Museu com brincadeiras, jogos e conteúdo educativo voltado à questão racial no Brasil. Às 11h, em parceria com o festival Mesa Afro Brasil, haverá um debate no auditório sobre a inclusão racial no mercado de trabalho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas online: https://bit.ly/2Q7IWtz.
A programação é parte da Virada da Consciência, promovida pela Faculdade Zumbi dos Palmares. Confira:
20/11 Quarta-feira
OFICINA BONECAS ABAYOMI – Entre 10h e 11h30
As Bonecas Abayomi eram feitas como amuletos a partir de retalhos das roupas de mulheres escravas para acalentar seus filhos durante o trajeto de navio entre a África e o Brasil. A palavra Abayomi quer dizer feliz encontro. Nesta oficina, os participantes aprenderão como produzir uma.
Sala Números e Curiosidades
VISITA EDUCATIVA AO MUSEU – 10h30 e 14h
Visita temática com educadores do Museu do Futebol em que o público será estimulado a discutir e refletir sobre as personalidades negras presentes no acervo e sobre preconceito dentro e fora dos gramados.
Vagas limitadas a 20 pessoas em cada grupo.
Ponto de encontro: Sala Grande Área
BATE-PAPO “CAMINHOS PARA A DIVERSIDADE E INCLUSÃO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO” – 11h
Em parceria com o festival Mesa Afro Brasil, Museu do Futebol promove um bate-papo sobre diversidade e inclusão racial no mundo do trabalho, com a participação de profissionais atuantes e engajados no assunto, como Lina Nakata, do projeto GreatPlacetoWork, e representantes do Coletivo Coach e do Sebrae. Seus representantes vão apresentar informações, dados e pesquisas das suas respectivas áreas de atuação para elucidar questões sócio-raciais e dialogar com o público presente. A mediação será feita por Cynara Batista, curadora do Mesa Afro Brasil.
O evento ainda conta com a participação especial do Coral da Faculdade Zumbi dos Palmares fazendo a abertura e encerramento com a trilha sonora do Troféu Raça Negra.
Mais de 100 atrações gratuitas do Brasil e do exterior se apresentam na capital mineira de 18 a 24 de novembro; música, teatro, cinema, dança, exposições, seminário, residência, aulas e oficinas tomarão conta de mais de 20 espaços da cidade.
“Embarque Imediato”, que traz Antonio Pitanga e os filhos Rocco e Camila, uma montagem inédita de Lira Ribas em homenagem ao pai Marku Ribas, releituras negras de clássicos e performances estão na programação.
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, realiza de 18 a 24 de novembro o Festival de Arte Negra de Belo Horizonte – FAN-BH. Neste ano, o festival terá programação especial em comemoração à sua 10ª edição e aos 24 anos de pioneirismo promovendo a arte e a cultura de matriz africana.
O FAN-BH 2019 fortalece as ações do mês da Consciência Negra em Belo Horizonte, buscando a democratização do acesso à cultura no espaço público e a promoção da igualdade racial, compondo um olhar expandido e diverso para focalizar as subjetividades negras e suas singularidades artísticas. O show “Aclamação A Olurum – Com Mateus Aleluia, Thalma de Freitas e Laércio de Freitas” é a atração de abertura do FAN-BH, em 18 de novembro, às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec.
Em encontros guiados pelo tema TERRITÓRIO MEMÓRIA, o FAN-BH traz artistas de longa trajetória, como o compositor Chico César, o músico Matheus Aeluia, o ator Antônio Pitanga, os rappers BNegão e Black Alien, e jovens destaques da cena negra, como os cineastas André Novaes e Gabriel Martins, de Contagem, a atriz Lira Ribas, que conduz espetáculo inédito em homenagem a seu pai, Marku Ribas, criado para o FAN-BH, e a humorista e jornalista Tia Má.
Outro destaque é o seminário “As cidades e o sagrado dos povos tradicionais: território, identidades e práticas culturais”, do projeto Jardins do Sagrado. São mais de 100 atrações, que ocupam mais de 20 espaços da cidade e que também incluem exposições, performances, aulas, oficinas, convidados e convidadas de diversos estados e também do exterior, em atividades voltadas ao público de todas as idades.
Ao girar em um ciclo de dez edições, o Festival de Arte Negra de Belo Horizonte, nascido em 1995 como iniciativa ousada e de referência internacional fora do continente africano, perfaz um caminho subjacente à ancestralidade do povo negro, mas também à sua própria história na capital mineira. O FAN-BH celebra os locais e momentos, territórios e memórias que o constituem ao longo dos anos, a sua permanência e resistência como espaço comum da cultura negra, tendo como inspiração a trajetória de Maria Beatriz Nascimento, historiadora, poeta, professora e ativista pelos direitos humanos no Brasil. O trabalho de concepção e planejamento da edição 2019 foi conduzido por um trio de curadoras, Aline Vila Real, Grazi Medrado e Rosália Diogo.
Românticas é uma série protagonizada e produzida, majoritariamente, por mulheres negras.
A trama percorre as vivências da vida adulta das cinco amigas, Alice (Priscila Maria), Graziela (Stela Vieira), Lola (Fernanda Martiniano), Nicole (Mariá Guedes) e Adriana (Geovana Oliveira) a única protagonista branca, trazendo
perspectivas das muitas formas de se apaixonar.
A narrativa busca não sintetizar todas as questões sobre ser mulher
em apenas uma personagem.
“ Somos plurais, temos nossas diferenças apesar de sofrer agressões
em comum, referente a nossa raça. Mas uma mulher negra não pode e
nunca deveria ser referência única para todas. É injusto com quem
não se vê e com quem é colocada nesse lugar de porta voz […]
Decidimos que seria um lindo presente, e prova do nosso amor, tanto
pelo audiovisual quanto por esse mês, lançarmos na véspera do dia
da consciência negra”, reforça Priscila Maria, diretora e atriz da
série.
Com doze episódios com duração de em média três minutos cada, a primeira temporada da websérie já está concorrendo ao prêmio Rio WebFest de melhor elenco de drama e tem como principais parceiros empresa que atuam de frente com a pauta racial, como Rap Burguer, Digaê, Byouz e o Afropolitan.
Os episódios serão lançados no canal do Youtube Românticas A Série, com frequência de um por semana..