Home Blog Page 1077

Se estamos em constante mudança, como poderia a negritude, ser estática?

0

Dizia Neuza Santos Souza que “ser negro é tornar-se negro”. Então, se a negritude é fazer a jornada até o transformar-se,  por que muitas vezes acreditamos que ser negro é algo rígido e inato?

Se pararmos para refletir sobre nossas vidas cotidianas: não estamos sempre adquirindo novas experiências e nos adaptando diante das demandas que o dia a dia nos apresenta?

Se estamos em constante mudança, como poderia a negritude, ser estática?

Me aprofundando nesta inquietação, descobri a teoria Nigrescence que sugere que ninguém nasce com conhecimento de sua raça, e que a identidade racial se desenvolve a partir da movimentação do indivíduo em uma sociedade racista.

            A Teoria Nigrescence divide a formação da identidade racial em 5 estágios principais, começando pelo o pré-encontro, que é um lugar mais turbulento, passando depois pelo encontro, imersão-emersão, internalização e chegando até a internalização-comprometimento que reflete um estado mental mais equilibrado.

               Na fase do pré-encontro a pessoa não compreende a sua condição enquanto corpo racializado ou simplesmente não se importa com isso. Esse fenômeno é bem marcado em indivíduos com experiências de bolhas que não valorizam os aspectos da sua negritude. Essas pessoas são ensinadas a rejeitar a sua ascendência, e assim iniciam um processo de auto-ódio e super valorização da cultura, arte, produção e estilo de vida eurocentrados.

               Na segunda fase, o encontro, é quando um evento ou uma série de eventos forçam o indivíduo a se confrontar com a sua identidade, como situações onde a pessoa sofre agressões racistas e se vê obrigada a reiventar a sua persepção sobre si mesma.

               Talvez o recente caso do Neymar seja um bom exemplar desse acontecimento.

               Logo após esse confronto, a pessoa começa a ter uma percepção mais positiva da sua negritude, mas, em contrapartida,  pode apresentar disconforto pisicológico, sentir-se incomodada pelo conformismo das pessoas ao seu redor e se afligir pela passividade dos demais diante de situações de injustiça.

               O encontro leva a pessoa para a fase da imersão-emersão, onde ela percebe que foi “enaganada” o tempo todo e por isso, propositalmente incia um processo de repúdio a branquitude, fazendo um mergulho no universo que percebe como negro.

               A pessoa se educa sobre a história e cultura de seu povo e tende a entrar em discussões mais calorosas sobre assunto (ainda que improdutivas).  Aqui a identidade anterior é destruída e uma nova se incia. Se encerra então o ciclo da imersão e a emersão começa acontecer.

               Na emersão, a pessoa inicia a internalização e entende a negritude mais racionalmente. Isso pode também causar uma sensação de solidão, de que ninguém mais é capaz de entendê-la e de que ela está isolada.

               Pela falta de uma visão mais ampla, a pessoa pode acreditar que até mesmo a comunidade negra está contra ela, e por isso, existe um grande risco de que ela pare nesta etapa e não prossiga com o desenvolvimento.

               Aqui, ela também pode se sentir muito culpada e revoltada por ter deixado passar situações onde ela “deveria” ter se posicionado.

               A quarta etapa é a internalização, onde a pessoa internaliza a sua negritude de fato, ela já se movimenta pelo mundo como um ser negro mas não carrega mais isso como um peso. Ela deixa de discutir por tudo e com todos e gerencia bem os insultos e críticas que recebe. Se posiciona apenas quando vale a pena e faz sentido para ela.

                É também capaz de proteger os membros de seu povo que não são representados por motivos economicos e o interesse é focado em contribuir porque se mostrar correta o tempo todo deixa de ser uma necessidade.

               Durante esse ciclo, a teoria aponta quatro caminhos mais comuns a serem percorridos para a continuidade do desenvolvimento:

1 – Identidade de cluster

               A pessoa está interessada apenas em seu povo, tem pensamentos próximos ao nacionalismo pan-africanista e não está interessada em interagir com outras culturas. Ela entende a sua ancestralidade e opta por continuar mergulhada nela ao invés de explorar outras.

2 – Bi-Cultural

               A pessoa faz um mix entre a cultura de onde nasceu com a cultura Africana.

3 – Multi-Culturalista Racial

               A pessoa acredita que povos de diferentes lugares e raças (não-brancas) podem se unir e criar pontes. Ela se interessa por entender diversas outras culturas e identidades.

4 – Multi-culturalista Inclusiva

               Acredita que a comunidade LGBTQIA+ e individuos brancos podem ser aliados na luta contra o sistema dominante.

É importante termos em mente que esta é uma teoria bem antiga e por isso, precisamos deixála aberta para reformulações e mudanças que já aconteceram na sociedade.

               Por fim, acontece a internalização-comprometimento, a quinta e última etapa, aqui a pessoa passa a  maior parte do tempo ajudando a própria comunidade, não porque ele acredita que outras raças sejam inferiores mas porque ela entende que pode criar laços mais construtivos com pessoas com que ela divide uma experiencia em comum.  Não é uma atitude baseada em raiva e odio e, por isso, o indivíduo é  capaz de lidar bem com pressão e criticismo de dentro ou de fora da comunidade.

               O que você achou desta terioria? Faz sentido para você? Eu acredito que o processo não encerre no quinto estágio e que após a nossaq internalização e comprometimento, ainda experimentamos outras diversas maneiras de vivenciar a nossa negritude.

               Desejo que a produção sobre a descoberta da beleza de ser negra seja um caminho de escrita que ainda encontrará muitos papéis em branco e olhares interessados. Seguimos junt@s explorando os nossos poderes ascentrais que recebemos como herança divina.

Referências:

https://digitalcommons.georgiasouthern.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1066&context=etd

“Felicidade black” Lucas e Orelha, Becca Perret, DJ Zullu e Rapha Lucas lançam música que celebra a cultura preta

0

Nesta sexta-feira (2) Lucas e Orelha lançaram o clipe e a música de “Felicidade black”, em parceria com Rapha Lucas, Becca Perret e DJ Zullu a música faz parte de uma série de projetos que visam enaltecer a cultura negra e inspirar o orgulho a identidade.

Em um trecho a música remete ao famoso discurso de Martin Luther King “I have a dream”

“Eu tive sonho e era tão bonito onde corria um negro moleque e ninguém chamava de pivete o porteiro tinha pele preta e a cobertura desse prédio tinha uma família negra”

Umberto Tavares que com Jefferson Junior idealizou o projeto falou um pouco sobre a música e as inspirações para a letra que tem a intenção de levar esperança e amor para as pessoas pretas em um ano tão caótico.

“O projeto surgiu da necessidade de cantar ao povo preto uma mensagem de esperança e de amor em um ano com tantos fatos tristes envolvendo racismo. ‘I can’t breathe’ (últimas palavras de George Floyd, afro-americano assassinado brutalmente por um policial branco) é a frase do ano. E aquele sonho, lá de 1963, de Martin Luther King, ainda não se realizou. Nós, pretos, ainda sonhamos com igualdade, com oportunidade, com respeito”.

O projeto quer levar temas como a visão do preto em seu papel na sociedade e abordará em forma de conversa ou música, assuntos como: vida pessoal, carreira, equidade, diferenças dentro da comunidade, ancestralidade, acesso ao mercado de trabalho e autoimagem.

Além das músicas e fortes parcerias futuras, o projeto #felicidadeblack conta também com vídeos no Youtube em que pessoas negras descrevem o que elas entendem por “Felicidade”, nomes como Rodrigo França, Katiuscia Ribeiro e Jonathan Raymundojá estão confirmados em vídeos do projeto. Vale a pena conferir!

“A música sempre foi uma voz mensageira, sempre foi um grito. É uma ferramenta de luta. Para falar sobre racismo ela é grandiosa! E no ‘Felicidade Black’ ela é fundamental para enaltecer a cultura preta”, disse Lucas

Até dezembro pode se esperar mais ações e músicas do projeto.

Kerby Jean-Raymond assume direção criativa da Reebok

0

O designer haitiano fundador da marca de roupas masculinas Pyer Moss, colabora desde 2017 com a marca esportiva do grupo adidas, mas recentemente essa parceria ganhou novos rumos. Agora, ele é o vice-presidente, responsável por toda a direção criativa da Reebok.

Em um comunicado para imprensa, o profissional declarou estar muito satisfeito com a evolução de seu papel na Reebok, por se juntar a equipe de direção criativa. “Vejo a oportunidade de ajudar a marca a trazer novas ideias focando-se no desejo de conferir um aspecto social ao trabalho“

Os primeiros modelos sob a direção criativa do designer deve chegar às lojas no início de 2022.
Matt O’Toole, presidente da Reebok, disse estar entusiasmado com o impacto no design que Kerby irá trazer a empresa. Kerby, é muito envolvido com causas sociais como o Black Lives Matter, e recentemente lançou a plataforma “Your Friends In New York”, que foi projetada para capacitar novos inovadores.

Amanda Magalhães lança álbum “Fragma” e videoclipe com Liniker

0

Nome em ascensão na cena musical brasileira, Amanda Magalhães lançou em setembro seu primeiro álbum, intitulado “Fragma”, pela Boia Fria Produções – selo responsável pelo premiado álbum Galanga Livre, de Rincon Sapiência – e distribuído pela Ditto Music. “É sobre reunir os cacos de todas as Amandas que eu já fui enquanto amava e enquanto amo”, contextualiza a artista.

Com canções autorais, produções e arranjos musicais assinados pela própria artista, o disco apresenta uma sonoridade soul, funk, R&B atrelada à MPB e a outros gêneros latino-americanos, com foco em resgatar (e/ou valorizar) a música soul no Brasil. Entre as faixas, estão “Saiba”, com participação de Seu Jorge (lançada em dezembro de 2019), e “Talismã”, com participação de Liniker, música de trabalho do álbum.

Amanda Magalhães traz, em seu disco de estreia, a voz e a potência da mulher jovem, protagonista de sua própria história. Falando de amor, vulnerabilidade, conexões e afetos, a artista se volta para a simplicidade e delicadeza das relações cotidianas, muitas vezes esquecidas em tempos de redes sociais. “Quando penso nesse trabalho, ouço os amores que vivi, ali, fragmentados. Percebo como cada uma dessas partes de mim me fizeram inteira até mesmo quando eu estava aos pedaços. ‘Fragma’ atravessa e revira minha trajetória afetiva de diferentes maneiras e representa o início do meu encontro com a produção musical.”, conta Amanda. ”Talismã”, música de trabalho do álbum, fala sobre a leveza e as sutilezas das relações afetivas, com a participação especial da cantora Liniker, que intensificou a composição com sua voz forte e interpretação marcante. “Foi  uma honra ter a participação dela no meu disco e acho que as pessoas vão gostar e se identificar com essa canção”.

Amanda apresenta talentos interdisciplinares, fazendo dela uma artista de qualidades raras, senão únicas, no cenário artístico atual. Além de cantora, compositora, musicista (tendo o piano como seu principal instrumento) e produtora musical, é também atriz, com formação na Escola de Artes Dramáticas da USP. A artista vem ganhando notoriedade também nessa área, com destaque para a personagem Natália da série 3%, integrando o elenco principal da primeira série da Netflix com produção inteiramente brasileira e aclamada por público e crítica ao redor do mundo. Sua primeira experiência de canto no palco foi durante a faculdade, ao interpretar para o público uma música da Billie Holiday em uma das peças em que atuou. A partir de então, Amanda Magalhães quis conhecer o potencial de sua voz e se tornar mais bem preparada musicalmente – foi quando começou a criar suas próprias composições.

Carioca, mas tendo passado metade de sua vida em São Paulo, Amanda é filha do renomado produtor e arranjador William Magalhães (Banda Black Rio) – a quem chama de seu guru do funk, do soul e do samba – e neta de Oberdan Magalhães – um dos melhores saxofonistas tenor que o Brasil já teve -, que fundou a BBR em 1976. Cresceu em um ambiente musical onde foi intensa a influência da música negra. Aos 28 anos, ela esbanja competência, ultrapassando as expectativas colocadas sobre o seu DNA musical, que também traz a marca do sambista Silas de Oliveira.

Com uma carreira promissora, Amanda Magalhães vem se destacando tanto pela habilidade como cantora quanto pela versatilidade e frescor de suas composições e arranjos. Multitalentosa, a artista estudou áudio e segue se aperfeiçoando em captação e mixagem, sendo ela mesma quem assina a produção musical de seu trabalho, além de produzir para outros artistas, publicidade, tv e cinema. Autodidata, ganhou seu primeiro piano aos 15 anos, mas já aprendia a tocar desde a infância com vídeo-aulas que buscava na internet. Trazendo influências musicais que passam por Daft Punk, FKJ, Hiatus Kaiyote, Solange Knowles, Ray Charles, Zaz, Flume, Baiana System, Céu, Rita Lee, Liniker, Amanda apresenta canções marcadas pelo R&B e pela soul music, unindo as influências norte americanas ao suingue dos ritmos brasileiros.

Ouça Talismã

Freixo diz que deixará PSOL se candidatura Wesley Teixeira for impugnada

0
Wesley Teixeira - Foto: @laisdant4s

As doações recebidas por Wesley Teixeira para sua campanha para vereador na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense pelo PSOL não foram celebradas por todo mundo. O valor de R$ 78 mil reais doados à Teixeira foi composto pelas contribuições de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, Beatriz Bracher , Banco Itaú, e o cineasta João Moreira Salles.

A origem desse dinheiro feriria o estatuto do partido que diz que “não serão aceitas contribuições e doações financeiras provindas, direta ou indiretamente, de empresas multinacionais, de empreiteiras e de bancos ou instituições financeiras nacionais e/ou estrangeiros”. Essa questão estatutária virou um argumento usado por uma ala do PSOL para pedir impugnação da candidatura de Walter.

De acordo com a UOL o Deputado Marcelo Freixo defendeu a doação de Wesley e ameaçou deixar o PSOL caso o candidato a vereador sofra retalhação. “Se formalizarem alguma tentativa de impugnar a sua candidatura, Wesley, eu saio do PSOL, porque não tem condições de eu ficar em um partido que não vê o tamanho do que você representa para a democracia brasileira”, disse ele.

“Ele recebeu ajuda sem nenhuma contraproposta, sem nenhuma condição. Estamos vivendo um momento de enfrentamento de extrema-direita em que temos que dialogar com setores mais amplos”, argumentou Freixo ao colunista Chico Alves da UOL.

Wesley Teixeira comenta a doação

Por meio do Instagram Wesley Teixeira deu mais detalhes sobre a grande repercussão das doações para sua campanha . “Muitos companheiros e companheiras de anos de luta vieram cobrar de mim um posicionamento: ‘vai receber dinheiro de banqueiro, Wesley?’ – e com toda a razão. Ao longo dos últimos dias tenho conversado com todos aqueles que fazem parte da construção coletiva não só da minha campanha, que se iniciou há poucos dias, mas de toda a minha trajetória militante”, disse o candidato.

Teixeira saiu do Insurgência, organização interna do PSOL, que defende que ele tem que devolver todo o valor doado pelos banqueiros.

“Existe também a discussão sobre financiamento de campanha, que todos os partidos investem de forma desigual entre candidaturas negras e brancas. Reflexo do sistema racista feito para impedir negros e negras de acessarem espaços de poder.

É por isso que este dinheiro será usado em uma campanha de afirmação da vida, de ocupação preta pra chegar na Câmara Municipal de Duque de Caxias e combater a política de morte das mesmas famílias que governam esta cidade, para eleger um mandato comprometido com os movimentos sociais, com controle e participação popular, para pensar uma cidade para se viver e não para o lucro”, defendeu Teixeira.

O PSOL ainda não formalizou a impugnação da candidatura de Wesley. 

“Por uma vida melhor” filme de suspense nigeriano já está disponível no Netflix

0
Foto: Reprodução Netflix

“Ousado,Cruel,Intenso, Intrigante, Forte e Trágico” foram algumas das definições atribuídas ao último lançamento da Netflix, a produção nigeriana que promete arrancar muitas sensações do telespectador já está disponível no Brasil.

Sobre o filme:

Situado na Nigéria, o filme conta a história de uma jornalista, que, disposta a arriscar sua carreira e vida se disfarça para descobrir e expor o sombrio negócio de tráfico humano. No entanto, a jornalista acaba se tornando mais uma vítima e é levada junto as outras jovens para ser explorada na Europa. No mundo do crime e da prostituição é construído um elo entre a jornalista e as jovens exploradas e juntas enfrentam diversos desafios.

Nollywood:

O filme é uma produção de Nollywood, — a 2º maior produtora de filmes do mundo — e no seu decorrer, aborda questões como a força feminina e a cumplicidade entre as mulheres, tudo isso enquanto rola muito suspense e ação.

Com direção de @kennethgyang e estrelando @sharonooja, o filme já está disponível em todo o mundo.

Confira o trailer oficial:

Nicki Minaj dá à luz seu primeiro filho

0

Segundo a revista People, Nicki Minaj, deu à luz seu primeiro filho com Kenneth “Zoo” Petty. O bebê, que não teve sexo e nome revelados, nasceu na última terça (29) em um hospital de Los Angeles. A gestação foi levada em sigilo por ela até meados de julho quando anunciou a todo com uma série de fotos nas redes sociais.

Antes disso, em junho, ela já alimentava rumores de que estaria grávida. Isso porque Nicki tinha aparecido em várias fotos sem mostrar a barriga. O rumor ganhou ainda mais força quando ela lançou o clipe para a música “Trollz”, feito em parceria com 6ix9ine.

Na maior parte do vídeo, ela era enquadrada somente dos seios para cima. Mesmo quando aparecia de corpo inteiro, parecia cobrir a barriga com as mãos, ou então inclinava o corpo de maneira a não dar destaque à barriga.

Agora, seguimos desejando uma boa recuperação pós parto e vamos tentar controlar a ansiedade em ver o rostinho do baby.

Afro Presença discute a representatividade negra na mídia

0
Cena do filme Cidade de Deus - Reprodução Insta

A representatividade do negro na mídia foi tema do último painel da penúltima noite do Afro Presença, evento 100% online e gratuito focado na inserção de pessoas negras no mercado de trabalho.O evento focado na inclusão profissional de pessoas negras é fruto da parceria do Pacto Global da ONU e Ministério Público do Trabalho.

O painel foi composto por Christiane Pinto, gerente de estratégias do Google, Hélio de La Peña, ator, redator, escritor, roteirista, apresentador e humorista, Jonathan Haagensen, ator, modelo e cantor e Val Perré. A mediação ficou por conta de Felipe Silva, copywriter (Y&R), fundador da Escola Rua e professor da Miami Ad School. Felipe começa o painel falando sobre seu projeto social que é a primeira escola de publicidade gratuita do país com foco na inclusão negros, mulheres e comunidade LGBTQ+. “Agora em 2020 pude estar em uma empresa que é a Y&R, que me proporcionou criar o Escola Rua, que era um projeto que eu tinha há quatro anos e não consegui implementar em nenhum lugar por onde eu passei”, explicou Felipe.

Painel sobre representatividade negra na mídia – Foto Reprodução Youtube

O grupo de artistas e comunicadores falaram sobre a importância depessoas negras contarem as próprias histórias.

Jonathan chegou a dizer que tem recusado trabalhos por se negar em fazer os papéis estereotipados de sempre. “Eu vi que basicamente, todos os meus personagens eram estereotipados , eles eram clichês e atingiam a demanda do saltava os olhos da cultura branca”, disse o ator de Cidade de Deus .

“Dentro da minha novela o ator branco tinha uns três ou quatro comerciais a mais . A dramaturgia da novela dá muita cena para esse ator que faz a propagando do carro, ele tem que fazer cenas boas para que o produto tenha boa visibilidade. Isso tem a ver com eu não ser protagonista”, explicou Val Perré

Helio de Lã Penha defendeu a atualização da história de algumas personalidades negras e a “reapresentação de personagens”como o comediante Mussum. “As piadas dele elas iam muito além do ‘ cacilds ‘. Quando nos Trapalhões ele era chamado de macaco, ele respondia. As pessoas que estão contando a história estão parando no meio”, acredita o Casseta que também destacou a importância da comunidade negra participar de novas plataformas na Internet devido ao declínio da TV.

Sobre marcas, Chris Pinto do Google acredita que elas moldam a sociedade tanto quanto as novelas. “A marcas precisam parar de tratar a população negra como nicho, só lembrando da gente quando é o mês da consciência negra ou escolhendo uma mulher negra no dia da mulher”, destaca a gerente.

A integra do painel está disponível aqui https://www.youtube.com/watch?v=NCX_pX2CxU0&ab_channel=UOL

Em clima azul, sinestésico e fresco Fabriccio lança o single Blues

0

BLUES, assim como o nome que remete à tantas coisas, é uma canção sobre o amor como perspectiva de leveza. O single é mais uma obra de uma trilogia experimental do cantor, compositor e produtor musical capixaba Fabriccio; que traz percepções sobre questões cotidianas, afetivas e suas subjetividades. Afeto, na perspectiva sensorial para além dos padrões tradicionais; onde as sensações e a degustação dos sentidos são cenários para o amor. 

A canção produzida em tempos de pandemia, com produção musical, voz e composição do próprio artista, narra a amorosidade dos encontros e promete acompanhar muitos romances. Traduz com sensibilidade e linguagem fácil o prazer do flerte e de um amor a distância. 

Fabriccio carrega em sua musicalidade, a missão de narrar histórias de amor reais e cotidianas bebendo referências de diversos ritmos da música preta; o jazz, o blues, o samba, o funk, e a mpb; fazem parte deste grande universo que Fabriccio cria em seus experimentos, com a mistura de texturas,instrumentos orgânicos e tecnológicos. 

Em Blues, o artista brinca com uma história de amor á distância, a ansiedade e a saudade por um novo encontro; trazendo como metáfora para o amor, o estilo musical Blues. O refrão radiofônico “Calmo, feito um Blues” promete engajar “dates” entre os ouvintes. Com lançamento nesta sexta-feira (2), em todas as plataformas digitais, a canção originalmente capixaba, teve mixagem e masterização no estúdio Timeless Records. 

A capa acompanha a estética do primeiro single desta trilogia INBOX, que brinca com recordações pessoais do artista, trazendo fotos de sua infância como caminho para narrar suas trajetórias musicais.

Escute Blues em todas as plataformas digitais: 

Em live, Tatiana Novais e a psicóloga Jeane Tavares discutem o “Impacto psicológico do cabelo crespo e da transição capilar”

0
Foto: Filme Enraizadas

O cabelo crespo é uma questão séria. Quem o tem sempre soube disso. “O cabelo não nos deixa esquecer que somos pretos” é uma fala antiga, mas de um tempo próximo, quando era um ideal de muitos tentar esconder ou disfarçar suas raízes.

Muita coisa mudou. O cabelo tornou-se um símbolo da negritude, e, acima de tudo, um orgulho. A tão comentada transição capilar, como próprio nome diz, exige um período intermediário e representa uma mudança no curso da história. Ao mesmo tempo, esta transição não deve ser uma obrigatoriedade, muitas vezes incentivada pelo milionário mercado de beleza, que sabe muito bem explorar novas tendências.

Meu cabelo, particularmente, é uma das grandes questões de minha história, hoje compreendo seu significado. Tão importante que, após ter feito 8 anos de residências médicas e especialização, resolvi viajar para fazer cursos extensivos em Tricologia Estética e Tricologia Médica pra melhor entender esse universo e auxiliar minhas pacientes.

Por compreender o impacto psicológico de tudo isso, tenho a honra de conversar sobre o tema com a Psicóloga Jeane Saskya Campos Tavares, Prof. Dra. em Saúde Pública, docente da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e grande estudiosa e palestrante da Saúde Mental da População Negra. Aguardo vocês na próxima quarta-feira dia 7 de outubro ás 17hs.

error: Content is protected !!