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Em decorrência da Covid-19, morre aos 60 anos, João Bosco

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João Bosco era presidente da Associação Nacional dos Empresários e Empreendedores Afrobrasileiros (Anceabra). O órgão, criado em 1997, foi o primeiro do país voltado para os negros no setor. Considerado um dos grandes nomes na luta pela causa negra no Brasil, João Bosco de Oliveira morreu nessa quarta-feira (9), aos 60 anos. Vítima de complicações do novo coronavírus.

João Bosco Borba também foi integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico, como representante da comunidade negra, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Diretor do Instituto de Motricidade de Brasília, João Bosco era pós-graduado em psicomotricidade e terapeuta corporal com ênfase em bioenergética. Ele, havia feito uma palestra on-line, em maio deste ano, sobre a saúde mental em tempo de isolamento social causado pela pandemia da Covid-19.

Viola Davis pede boicote a jornais que reforçam o racismo com manchetes tendenciosas

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Foto: © AFP/File

Quantos veículos brasileiros vivem se “enganando” nas manchetes ao se referir a um criminoso branco como “estudante, jovem e suspeito” e quando se trata de pessoas negras é “bandido, traficante e ladrão”. A mídia é racista, e uma prova disso é que esse é também um dos grandes problemas no combate ao racismo nos EUA.

A atriz Viola Davis fez um apelo em seu Instagram, analisando duas manchetes diferentes envolvendo um jovem negro assassinado em 2012 e um jovem branco acusado de assassinato em 2020, na qual ao se referir ao negro, a manchete do veículo o criminalizava. Enquanto amenizava para o assassino branco acusado de matar dois manifestantes dos recentes protestos de “Black Lives Matter”

Manchetes

“Autópsia revela que Trayvon Martin tinha traços de maconha no momento da morte” (Trayvon Martin foi assassinado por um guarda branco próximo a sua casa em 2012)

 “O adolescente Kyle Rittenhouse suposto atirador, foi visto limpando pichações antes de atirar” (Kyle matou dois manifestantes negros em um protesto contra a violência policial nos EUA)

Debates sobre o assunto

Para o que Viola Davis está tentando chamar atenção é no racismo presente na construção dessas manchetes, enquanto mesmo desarmado Trayvon Martin (negro) foi assassinado em seu bairro por um guarda branco, os veículos noticiaram o caso de forma que os vestígios de maconha no corpo “justificassem” o assassinato do jovem. 

Já mesmo após ter sido preso pelo assassinato de duas pessoas e com comprovações de porte ilegal de armas Kyle Rittenhouse (branco) é tratado pelo mesmo veículo como “suposto atirador adolescente”.

“Vocês estão em dívida por isso @nypost, vocês são parte do problema. Artistas, nós precisamos boicotar publicações que continuam criminalizando pessoas negras inocentes, mesmo após eles terem sido assassinados pela lei!!! Isso é cruel e traumatizante para os familiares deixados pela vítima. Vocês são cruéis e sem coração!!!”. Desabafou Viola.


No Brasil, a influencer @gabidepretas tem abordado o mesmo tema em um quadro do seu canal no Youtube, onde ela leva familiares de vítimas de violência policial, e debatem sobre as narrativas dos veículos e a luta contra propagação de fake news que tornam a dor dos familiares mais duradoura.

Até o momento, no quadro já compareceram a Bruna da Silva, mãe do Marcus Vinícius, morto em operação policial em 2018 e Anielle Franco irmã de Marielle Franco, vereadora assassinada em março de 2018. As familiares das vítimas falaram sobre a dificuldade de lidar com o crescimento das fake news que apagam a imagem dos seus entes e os matam outra vez, porém moralmente.

Em um ano marcado pelas lutas do movimento negro, é importante discutir racismo para além das violências físicas, pois muitos conteúdos que consumimos é construído em cima de racismo e desrespeito com pessoas negras. Como Viola pediu, o boicote a esses veículos que não nos respeitam e não respeitam nossas dores é essencial.

Lívia Silva é a melhor surpresa da 4ª temporada “Sessão de Terapia”, que volta dia 14

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A atriz e modelo Lívia Silva - Foto: Reprodução Instagram

A partir do dia 14 de setembro, o canal GNT passa a reprisar a 4ª temporada da série Sessão de Terapia, dirigida e protagonizada por Selton Mello, que interpreta o psicanalista Caio.

A série é irresistível para quem ama os dilemas humanos, que não escolhem cor, religião e classe social. Apesar da maioria dos pacientes serem brancos ao longo das temporadas, a quarta traz personagens negros bem especiais. Um dos consulentes, Nando, interpretado por David Júnior tem questões raciais muitos presentes nos seus dramas pessoais e na sua relação com a esposa Maria Lúcia, interpretada por Belize Pombal.

Se as problemáticas dos adultos nos trazem reflexões sobre nós mesmos, quando o paciente é bem mais jovem, o enredo bate diferente. A imagem que temos é que adolescentes têm problemas sim, mas a não ser que você conviva e tenha atenção focada no lado emocional dos mais jovens, é bem provável que não perceba que o sofrimento deles também passa do limite do suportável. Suas dores afetam a mente, o coração e alma, mesmo que nas redes sociais eles pareçam plenamente felizes. Prova disso é o crescente número de suicídio entre adolescentes.

Lívia Silva,  de 15 anos, que interpreta Guilhermina nessa última temporada da série vai fazer você parar de respirar cada vez que ela paralisa seus lindos olhos, perdida em pensamentos que nem o seu terapeuta consegue desvendar.

É uma atuação impactante que conta a história de uma menina negra, fruto de um relacionamento inter-racial de uma família rica.

Cena da quarta temporada de Sessão De Terapia
Guilhermina [Livia] ao centro com sua mãe Carmem [Fania Espinosa] e seu pai Thomas [David Wendefilm] – Foto: Reprodução Instagram [Clique para abrir o perfil no Instagram]

Entre os apegos com as bonecas e o mundo sem controle das redes sociais, esse personagem é um dos mais marcantes da série e tem forte impacto no protagonista.

O Mundo Negro conversou com a Lívia para entender mais sobre o processo de construir a Guilhermina.

Mundo Negro: Como foi construir esse personagem tão complexo e de que forma você e o Selton Mello trabalharam juntos?

Lívia Silva: Ao me preparar para as gravações de Sessão de Terapia, foi necessário realizar um trabalho de pesquisa, assistindo aos episódios e temporadas anteriores. Fizemos apenas leituras de roteiro antes de iniciarmos as gravações, pois o Selton gosta de deixar o ator mais livre para se conectar com o  personagem, sendo assim tive total liberdade poética para deixar as falas da Guilhermina de uma forma mais natural, uma forma que se encaixasse na minha linguagem. Isso fazia com que eu me sentisse muito mais a vontade para criar e experimentar sensações novas em relação a Guilhermina.

Sua personagem aborda os perigos do sedutor ambiente das redes sociais. Que mensagem você gostaria de passar para garotada baseado na experiência da Guilhermina?

Aos jovens assim como eu, deixo meu alerta sobre os riscos da internet. Atualmente esse tem sido um espaço onde muitos expõe suas opiniões, nem sempre de forma positiva, o que pode causar ansiedade, estresse e até mesmo depressão em quem recebe essas opiniões. Por isso, é importante saber filtrar aquilo que lemos, compartilhamos e até mesmo falamos na internet, a fim de não causar danos a nós e ao outro. Conversem sempre com seus familiares, eles sempre nos darão apoio e aconselhamento, para que possamos tirar o melhor proveito dessa ferramenta tão importante que temos hoje.

Casal de engenheiros vence concurso de criadores digitais no maior evento de influência do país

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Na última sexta-feira (4), o casal de criadores de conteúdo Kizzy Terra e Hallison Paz venceram o Pitch de Criadores durante o Youpix Summit, maior evento de influência do país. Os cinco finalistas que se apresentaram na transmissão ao vivo do evento foram selecionados dentre os 400 participantes do Creators Boost, programa de aceleração para criadores de conteúdo digital produzido pela Youpix. Algumas horas antes, o casal também já havia vencido o Desafio de Marcas do Magalu, em que apresentaram uma proposta de projeto de conteúdo para atender a um briefing da marca.

Kizzy é cientista de dados e Hallison, doutorando no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e começaram sua apresentação destacando como suas trajetórias são incomuns em um país desigual como o Brasil e como a educação transformou suas vidas e se tornou parte de sua missão conjunta. No projeto Programação Dinâmica ensinam sobre programação, ciência de dados e inteligência artificial e promovem discussões sobre novas tecnologias e seus impactos na sociedade. Segundo os criadores, o objetivo é ajudar uma parcela maior e mais plural da população a terem acesso a uma educação de qualidade, desenvolverem autonomia e pensamento crítico e acessarem mais oportunidades.

Programação Dinâmica é um projeto de conteúdo criado e desenvolvido por Kizzy e Hallison. “Nossa Missão é ajudar mais pessoas a terem acesso a educação de qualidade, a desenvolverem autonomia e pensamento crítico e experimentarem uma mudança de perspectiva para usufruir de mais oportunidades. Para isso, ensinamos sobre programação, ciência de dados e inteligência artificial e promovemos discussões sobre novas tecnologias e seus impactos na sociedade”.

CEERT e Sesc realizam bate-papo sobre Educação e Juventude com Lázaro Ramos para comemorar os 30 anos de atividade

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O CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades em parceria com o Sesc São Paulo, realizará nesta quinta-feira (10), às 17h30, um encontro online para comemorar os 30 anos de atividades da organização. Com a temática “Vidas Negras Importam: Um diálogo sobre Educação e Juventude”, o bate-papo é uma das séries de atividades que marcam a história da organização e celebram mais de três décadas de atuação em defesa da equidade racial e de gênero no país.

Criado em 1990, o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) é uma organização não-governamental que produz conhecimento, desenvolve e executa projetos voltados para a promoção da equidade racial e de gênero.

O encontro a ser realizado pelos canais do CEERT e do Sesc Pompeia, no Youtube, conta com a participação especial do ator Lázaro Ramos; da Coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC), Bel Santos e do Diretor de Projetos do CEERT e especialista em Direitos Difusos e Coletivos (Columbia Law School), Daniel Teixeira, com mediação da Professora Adjunta do Departamento de Educação I da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Edilza Sotero.

A parceria entre Sesc e CEERT propõe aprofundar um debate urgente: a preservação da vida da juventude negra frente às tecnologias de extermínio impostas. O momento atual agrava ainda mais as constantes violações de inúmeros direitos, como o acesso seguro e qualificado à educação, saúde e, principalmente, o direito à vida.

Serviço:

CEERT 30 Anos – Vidas Negras Importam: Um Diálogo sobre Educação e Juventude

Quinta-feira (10/09)

Horário: Das 17h30 às 19h

Acesso gratuito

Onde: Canal do Youtube do CEERT

Link: https://www.youtube.com/watch?v=HNCWiHfAJn0

Onde: Canal do Youtube do Sesc Pompeia

Link: https://www.youtube.com/watch?v=HR_DFmgSo6o

ABC estúdios anuncia “Old-ish”, nova série derivada de “Black-ish”

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De acordo com a Variety, a ABC está desenvolvendo o spinoff intitulado “Old-ish”, que irá focar em Earl “Pops” Johnson e Ruby Johnson, interpretados por Laurence Fishburne e Jenifer Lewis, respectivamente.

O criador Kenya Barris atuará como roteirista e produtor executivo do projeto através da Khalabo Ink Society. Fishburne e Helen Sugland também serão os produtores executivos sob o banner Cinema Gypsy, juntamente com a estrela de “Black-ish”, Anthony Anderson.

“Old-ish” ainda não tem data de estreia e marcará quase como um retorno de Barris à ABC, que encerrou o contrato com a ABC Studios e foi para a Netflix em 2018. Desde então, ele criou a comédia “#BlackAF” para o serviço de streaming.

Google lança fundo de investimento para startups fundadas e lideradas por negros no Brasil

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O Google for Startups lança nesta quarta-feira (9) o Black Founders Fund no Brasil, uma iniciativa para investir recursos financeiros, sem qualquer contrapartida ou participação acionária, em startups fundadas e lideradas por empreendedores negros no Brasil. Com duração prevista de 18 meses, o fundo tem um valor inicial de R$5 milhões e investirá em cerca de 30 empresas que estejam buscando investimentos em estágio seed.

O Google for Startups acredita que as startups são um dos principais motores do crescimento econômico e da criação de empregos em suas comunidades. Porém, ouvimos constantemente de fundadores negros e negras que um dos principais obstáculo para o crescimento de seus negócios é o acesso ao capital, e em condições justas“, diz André Barrence, Diretor do Google for Startups na América Latina.

Os investimentos começam a ser realizados em setembro de 2020 e o valor destinado a cada uma será variável em função do estágio de maturidade do produto da startup e das suas necessidades atuais.

Para participar, os interessados podem fazer inscrições ou indicações de startups por meio de um formulário disponível no site durante todo o período ativo do fundo. Além de buscar uma rodada de investimento seed para financiar o próximo estágio de desenvolvimento, as empresas que buscam participar do fundo devem oferecer uma solução criada com base em tecnologia e já ter um negócio em operação, ou seja, já possuir um produto lançado com alguns usuários e possíveis clientes. Os empreendedores também precisam indicar como planejam usar o dinheiro.

As startups investidas ainda receberão créditos em produtos do Google e terão à disposição uma rede de mentores para ajudar nos seus desafios. Além disso, as empresas poderão ser selecionadas para participar dos programas realizados pelo Google for Startups no Brasil.

“Ao investir em fundadores negros e negras no Brasil, ajudamos a corrigir uma falha no mercado de financiamento. Embora o valor do fundo não resolva todos os problemas da desigualdade sistêmica do nosso país, ele serve como um reconhecimento aos fundadores e parceiros de nossa rede de que estamos cientes e comprometidos em fazer nossa parte para lutar por mudanças significativas no ecossistema de startups”, complementa Barrence.

Para mais informações sobre o fundo e onde se inscrever, é só acessar: goo.gle/BlackFoundersFundBrasil

Campanha da UniFavela levará bonecos pretos e livros infantis de Zumbi para as crianças da Maré

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Sarau UniFavela - Foto: divulgação

Após 3 anos do projeto que colocou mais de 15 jovens favelados nas universidades do estado do Rio de Janeiro a @UniFavela pretende agora com a ação “Brinque leitura” dar atenção as crianças da comunidade da Maré.

Divulgação UniFavela



O grupo iniciou uma campanha para doar em torno de 100 bonecos pretos (em parceria com @eraumavezomundo), 100 livros Zum Zum Zumbiiiii de Sonia Rosa e pensando no momento atual, 100 máscaras infantis. E esses presentes serão entregues aos pequenos da Maré no dia das crianças. 

Para Laerte Bruno, coordenador do UniFavela presentear as crianças com bonecos pretos e os livros de Zumbi, é uma forma de levar representatividade e incentivar o reconhecimento dessas crianças e reforçar suas narrativas e identidade.

É bom lembrar que os kits não serão somente para crianças pretas. “É também para as crianças brancas entenderem a diversidade existente dentro da própria favela e dentro do país. Entender que não temos um parâmetro único de cultura. Temos vários” Disse Laerte.


Os interessados em ajudar nessa campanha podem clicar aqui, para doar livros e bonecos.

Rainhas de bateria se unem e lançam projeto em prol aos profissionais do samba

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Tudo segue bastante indefinido sobre a realização dos desfiles das escolas de samba para o ano de 2021, a pandemia segue aí retardando a volta de diversos eventos, e com o carnaval carioca não seria diferente. Enquanto as escolas aguardam para ver se o cenário melhora, muitas pessoas não podem aguardar mais nenhum dia sequer, pois as necessidades básicas já estão gritando e clamando por ajuda.

Pensando nisso, as rainhas Evelyn Bastos, Viviane Araújo, Raphaela Gomes, Paolla Oliveira, Bianca Monteiro, Aline Riscado, Lexa, Raíssa Machado, Iza e Giovana Angélica se juntaram, criaram o “Majestades para o bem” e estão pedindo a ajuda de todos para somar nesta luta.

O projeto nasceu para ajudar “os nossos queridos profissionais que prestam serviços nos barracões das escolas de samba, com tudo parado, muitos estão passando por sérias dificuldades financeiras”.

Com este projeto, será arrecadado valores para ajudar os profissionais do samba. “Chegaremos aos necessitados através de cadastro prévio e procuraremos ajudar o máximo de pessoas possíveis”.

A arrecadação esta sendo feita através de crowdfunding e os doadores receberam presentes das rainhas através de sorteio.

https://www.instagram.com/p/CE402Jljxm3/?igshid=eeb462ln035d

Janelle Monáe celebra o direito ao voto em nova música

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Janelle Monáe lançou nesta terça-feira (8) a música “Turntables”, a primeira inédita desde o lançamento do álbum “Dirty Computer” (2018). A canção faz parte da trilha sonora do documentário “All In: The Fight For Democracy”, da Amazon Studios, que fala sobre a supressão do voto nos Estados Unidos e como isso afeta os negros que vivem no país. Dirigido por Liz Garbus, “All In: The Fight for Democracy” chega ao Prime Video no dia 18 de setembro.

Para divulgar o lançamento da música, Janelle concedeu uma entrevista ao Zane Lowe. Na ocasião, ela falou um pouco sobre a composição: “Estou simplesmente observando, examinando e querendo dar destaque para todas as pessoas na linha de frente, lutando pela democracia, contra as desigualdades raciais […] essa música é para nos manter motivados”.

Em “Turntables”, a artista aponta as injustiças sociais presentes na sociedade e acusa o Estado norte-americano de ser uma “mentira”; Ouça:

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