Há 40 anos atrás, em 25 de janeiro de 1981, nascia no bairro de Hells Kitchen na cidade de Nova Iorque, Alicia Augello Cook. A garota que 20 anos depois, seria mais conhecida pelo nome artístico ”Alicia Keys”, ascende de italianos, escoceses e irlandeses por parte de mãe, e jamaicanos por parte de pai (mesmo que esse tenha sido ausente em sua vida desde que ela tinha apenas dois anos de idade).
Desde cedo, a aquariana mostrou para o que veio. Com apenas 7 anos de idade, começou a tocar piano e nunca mais parou. Com 14 anos, compôs sua primeira música, ”Butterflyz” inclusa no seu álbum de estreia Songs In A Minor, lançado em 2001. E álias, que estreia maravilhosa. Após ter algumas de suas músicas incluidas em trilhas sonoras de filmes como M.I.B Homens de Preto, Shaft, e Dr Doolittle, Alícia finalmente debutou no cénario músical com seu primeiro single oficial ”Fallin”.
Apesar do nome, a música custou a cair das paradas músicais, tocando viciosamente em todas as rádios de R&B e Hip Hop da época. Isso, não só nos EUA mas no mundo todo. Além do país de origem, a música atingiu o primeiro lugar na Bélgica, Nova Zelândia, e Holanda. O sucesso do album também não fica para trás: Apenas durante a semana de lançamento, o álbum da Nova Iorquina vendeu 236 mil cópias em território estadunidense.
Dai em diante, tudo o que Alicia tocava, ou melhor, cantava, virava ouro. Seus segundo álbum de estúdio, The Diary Of Alicia Keys, também foi na base do sucesso e aclamação. Tanto para o público, que continua consumindo o seu trabalho assiduamente até hoje, como para a crítica que de uma maneira geral nunca teve muito esforço em reconhecer a qualidade nos trabalhos que levam o nome da artista.
Ao longo de sua carreira, Alicia lançou uma quantidade numerosa de sucessos, onde podemos citar : No One, My Boo, Girl On Fire, If I Ain’t Got You, Empire State Of Mind com Jay-Z, e a icônica Put It In A Love Song, com a diva Beyoncé. A música inclusive teve um video clipe gravado aqui no Brasil, mas que nunca foi lançado -para a tristeza dos fãs brasileiros de ambas as cantoras, e do público em geral que ficou em êxtase durante as filmagens em uma comunidade do Rio de Janeiro.
Durante esses 40 anos de idade e 20 de estrada, Alícia recebeu quase 800 indicações a prêmios, vencendo 270 vezes. Acho bom que as paredes da casa de Alicia sejam bastante resistentes, pois aguentar o peso de 15 Grammys não deve ser fácil. Isso sem contar os inúmeros certificados, afinal de contas, são mais de 42 milhões de álbuns vendidos no mundo todo.
Com uma carreira marcante como cantora, compositora, atriz, e produtora e jurada, Alicia inspira não somente pelo lado profissional, mas pelo pelo pessoal também, e vai continuar inspirando por uma longa data, pois a estrela ainda está com todo gás. Com um trabalho que evolui surpreendentemente desde seu surgimento na indústria fonográfica, qualquer boato de um novo disco já deixa o público inquieto. E até agora, nós gostamos do que ouvimos, mas queremos saber: O que você ainda tem na manga, Alicia? Por favor, nos mostre.
Rainha da década: Alicia Keys chega aos 40 anos com uma carreira esplêndida
Editora de VejaSP ataca manifesto e Dendezeiro responde : “mídia vê a criatividade nordestina como combustível barato”
Nesta quinta-feira passada (21/01), a Revista Veja São Paulo lançou uma capa especial em comemoração ao aniversário da cidade com o seguinte título: “A capital do Nordeste” e a Dendezeiro, marca baiana de moda*, ofereceu uma contraproposta para o discurso presente na capa.

Após esse fato, o editor chefe da revista Veja SP, Raul Juste, emitiu um discurso de superioridade nas suas redes, ignorando as diversas críticas que a capa recebeu e querendo mostrar, o quanto estava certo em sua edição. A Dendezeiro falou um pouco mais sobre isso em um artigo exclusivo para o Mundo Negro:
“Nesta quinta-feira passada (21/01), a Revista Veja de São Paulo lançou uma capa especial em comemoração ao aniversário da cidade com o seguinte título: “A capital do Nordeste”. Não é um fato desconhecido que a migração de nordestinos para o Sudeste ocorreu em peso no início do século 19 e repercute nos dias atuais. Enxergando um discurso estereotipado e romantizado deste processo migratório para São Paulo, nós da Dendezeiro, marca baiana de moda, oferecemos uma contraproposta para o discurso presente nesta capa.
Nós entendemos que o Nordeste é uma região vasta, multicultural, com diversas etnias e nosso objetivo com esta capa não foi representar, em sua totalidade, a nossa diversidade. Nenhum editorial foi desenvolvido para esta capa. Nós utilizamos um editorial nosso antigo focamos no discurso proferido. Chamar São Paulo de “A capital do Nordeste” é romantizar um processo violento e excludente que diversos nordestinos passaram ao longo dos anos, deixando suas terras de origem pela escassez de recursos e oportunidades de trabalho, devido à centralização do capital no Sudeste.
Dito isso, sabemos que as mãos nordestinas foram umas das principais mãos que construíram a cidade de São Paulo e a alimentam culturalmente até hoje. Mais uma vez, de forma cruel e irresponsável, este fato foi lembrado no início da matéria através da frase: “Não é mais com calos nas mãos e sacos de cimento nas costas que muitos migrantes nordestinos constroem uma nova São Paulo.”
Sabemos que uma capa representativa e correta, contaria com a presença não somente de pessoas negras, mas de pessoas indígenas, brancas, de diversas idades, gêneros, sexualidades e diferentes corpos. Nossa ação teve o objetivo de mostrar que não permaneceremos calados enquanto a mídia transforma a criatividade e o trabalho nordestino como combustível barato e abundante para movimentar São Paulo. De nada responsabilizamos as pessoas presentes na capa. Respeitamos suas histórias e entendemos que elas não possuem poder de decisão dentro das circunstâncias apresentadas.

Logo o lançamento, fomos atravessados pelas falas perversas do editor chefe da Revista Veja de São Paulo, na rede social do Twitter, ao postar nossa capa e dizer: “O mundo da lacração acha que “diversidade” é muita gente igual, “cool”, todos da mesma idade (sempre muito jovens, claro), mesma maquiagem e quase uniformizados…”.
Disse também no decorrer dos comentários: “São muitas das pessoas mais violentas que eu conheço. Prejudicam as supostas causas que dizem defender (em muitos casos, a finalidade é só autopromoção), com tanta vontade de avacalhar, mas estão sempre com uma pedra na mão.”

A Dendezeiro acredita, acima de tudo, que a nossa geração encontra diversas formas de se comunicar e de lutar pelas causas sociais. Em nada nos alegra, desenvolver uma arte digital que explique o óbvio em pleno 2021: chamar São Paulo de capital do Nordeste é um ato irresponsável e desumano com o povo nordestino. Contudo, a estética, especialmente para pessoas negras, indígenas e de diferentes corpos, é também uma ferramenta política contra o padrão social que subjuga suas características, forçando um processo de aproximação da estética branca.
É preciso tomar cuidado ao associar as pessoas da capa à “muita gente igual” ou “ as mais violentas”, pois este discurso favoreceu e favorece a desigualdade social presente entre a população brasileira. Estas falas, como outras presentes na publicação, revelam a necessidade de um novo direcionamento na mídia brasileira.
A proposta da nossa capa não tem o objetivo de atacar nenhum veículo ou o Sudeste, e sim trazer uma nova perspectiva para a população nordestina, para que estas sementes que nos colocam em uma posição de inferioridade a outras regiões, não criem raízes. Nós temos memórias e construímos a nossa história a cada dia. Através desta capa, convidamos não somente o nosso povo, mas todo o Brasil, a escrever uma nova narrativa.”
Para comemorar 30 anos de carreira, Mariah Carey regrava seus maiores hits
Mariah Carey está dando continuidade às celebrações de seus 30 anos de carreira com o lançamento de uma série dos seus maiores hits em gravações inéditas.
As versões serão divulgadas separadas pelos álbuns nos quais eles foram originalmente apresentadas. No primeiro lançamento, a artista compilou versões de alguns dos maiores hits de “Charmbracelet“.
Estas coletâneas têm seu repertório composto por remixes e faixas-bônus de vários álbuns da artista, incluindo “Charmbracelet“, “The Emancipation of Mimi” “Memoirs of an Imperfect Angel“, entre outros.
Por meio de suas contas nas redes sociais, a diva comentou: “#MC30 está de volta com os EPs e vídeos HD de ‘Charmbracelet’! Yayyyy Charmie!!! Eu ouvi dizer que este álbum é um dos favoritos dos fãs! ‘Subtle Invitation’, ‘My Saving Grace’, ‘Yours’, ‘The One’ e muitas outras fazem deste álbum um dos meus favoritos!”
Os EPs já estão disponíveis nas plataformas de música por streaming, assim como vídeos em HD das faixas relançadas. Ao longo do projeto, a artista apresentará 17 vídeos que foram remasterizados recentemente para relançamento em HD. Os primeiros três vídeos acabam de ser lançados, junto com suas faixas correspondentes.
Quitéria Chagas é eleita embaixadora da Federação Nacional das Escolas de Samba
Pela primeira vez, uma mulher ocupa o cargo de “Embaixadora da Federação Nacional das Escolas de Samba”. A carioca Quitéria Chagas, que é considerada ‘a eterna Rainha do Império Serrano’, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, foi eleita recentemente ao posto.
Nascida e criada na Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, Quitéria mora á cinco em Milão, na Itália, ao lado de seu marido e filho, além de bailarina, é modelo, atriz, psicóloga e doula, profissão que busca crescer profissionalmente na Itália.
Quitéria Chagas também está responsável pela criação de um projeto social na Império Serrano que vai ajudar moradores de Madureira e adjacências a aprender novas profissões, além das que já fazem parte naturalmente do período carnavalesco.
“Vou lutar pela por elas. Mulheres não são enfeites e representam a cultura do samba na arte da dança”, afirma Quitéria.
Defensora de adiar o carnaval por causa da pandemia, mas preocupada com as milhares de pessoas que precisam do evento para o sustento, ela voltará ao Brasil assim que Rio de Janeiro for liberado para representar a sua escola nos ensaios e no desfile na Marquês da Sapucaí.
2º mostra de cinema negro de São Félix (BA) acontece online e gratuito
Durante os quatro dias de evento serão exibidos filmes e videoclipes produzidos em todo o Brasil, além de pocket showse masterclasses que trarão a produção cinematográfica de realizadores negros e negras para o centro da discussão sobre representação e representatividade no campo da sétima arte.
Com o tema “Nossas vidas na tela”, a mostra apresenta 13 títulos que concorrem na categoria “Mostra Competitiva Nacional” com premiação concedida através do júri oficial e júri popular. Outras quatro produções concorrem entre si na categoria “Mostra Competitiva Infanto-Juvenil” e haverá ainda a “Mostra de Videoclipes”, ambas com votação realizada pelo júri popular.
A II Mostra de Cinema Negro de São Félix ocorrerá entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2021 e será realizada de forma totalmente online.
A primeira edição da Mostra de Cinema Negro do município Bahiano aconteceu em novembro de 2019 como parte da programação proposta pela Prefeitura Municipal de São Félix (BA) em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Em uma noite, cerca de 200 pessoas foram prestigiar os filmes exibidos. Por conta da pandemia de Covid-19, toda a programação da segunda edição acontece no formato online, através de site desenvolvido exclusivamente com esta finalidade.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
A programação completa e todas as etapas da mostra serão divulgadas através do Instagram: @cinemanegrosf e do Facebook www.facebook.com/cinemanegrosf
Atriz Luiza Ambiel convoca fandom para eliminar Camilla de Lucas do BBB21
“Meu fandom já me avisou que vai votar para ela sair e fazer de tudo para ela ser eliminada” comentou a atriz em entrevista a TV Gazeta
Após receber postagens dos fãs em que a blogueira Camilla de Lucas criticava a participação da atriz no reality ‘A Fazenda’, Luiza Ambiel decidiu pedir a ajuda de seus fãs para eliminar a blogueira do ‘Big Brother Brasil’
“Me mandaram posts dela me chamando de fofoqueira e falando mal de mim, dizendo que não acreditaria nas coisas que eu falava”, Luiza Ambiel ainda disse que não conhecia Camilla de Lucas e que achava que a blogueira fazia parte do time da Pipoca no “BBB”. “Eu nem conhecia ela.”
Embora a atriz não conheça Camilla de Lucas, já declarou sua torcida contra, mas lembrou da tensão que é estar em um reality show “Agora que ela está confinada ela vai sentir na pele o que eu passei” afirmou Luiza.
O BBB21 começa nesta segunda-feira, mas os preferidos do público já estão sendo evidenciados, antes do programa começar já rolou votação para os telespectadores votarem em quem gostariam de imunizar, e os mais votados foram: Projota, Fiuk, Viih tube, Lumena, Julliete e Arthur
Comunicação periférica: A importância de falar do nosso jeito para os nossos
*Por Michelle Serra, mãe solo, preta e periférica, produtora cultural na agência Iyabá
A inquietação de estar sempre no meio da galera branca, filhos de herdeiros e muitas vezes como a única pessoa negra nessa bolha, me trouxe muitas inquietações nos últimos cinco anos. E não foi fácil sair da minha zona de conforto e, começar tudo de novo! Estou tendo o privilégio, me dando o direito de nos últimos anos me permitir caminhar, e me unir com mulheres que tivessem a mesma visão que eu, como Raiany Fernandes e Marta Carvalho. Ambas mulheres pretas e muito batalhadoras, duas pessoas de extrema importância para o meu crescimento pessoal e profissional. Quando tinha desistido da produção cultural e estava na Namíbia prospectando novas formas de trabalhar, Raiany me deu uma “injeção de ânimo” para lutar e deixar um mundo um pouco melhor para as próximas pretas que virão.
E como mãe solo, sempre tive a inquietação de saber “como será o futuro das próximas gerações?”. Até quando perderemos os nossos jovens para o crime ou até quando morrerão a cada 23 minutos nas garras da polícia pelo simples fato de serem pretos e da quebrada? Como falar? E como ser ouvida? Essas são as perguntas eu faço quase sempre que círculo na quebrada, e vejo a molecada sentada na esquina, ouvindo seu funk e tomando seu drink, como se não houvesse o amanhã.
E desde então, tenho virado as madrugadas escrevendo projetos e conversando com diversos parceiros afroempreendedores. E assim se deu esse encontro com Diogo Terra e M.IA., que decidiram somar comigo no projeto “Quebrada Viva”, que tem o intuito de levar às periferias, no Aniversário de São Paulo, mensagens por meio de projeções em laser incentivando que sigam em casa, na medida do possível.
E como diz o artista visual M.I.A: “Olhai por nós”, expressão que intitulada uma de suas intervenções de pixo. Assim sigo minha árdua correria como mãe solo, preta e periférica, produtora cultural e sonhadora. Uma mulher que tem aprendido muito com outras mulheres. E sendo bem sincera, cansei de ser a única preta andando nas maiores casas de shows e não ver muitos pretos nesses espaços. Quero arte e cultura sendo fomentada e patrocinada no meio dos meus. Quero vida melhor para a galera da quebrada. Sonho em um dia ver o meu povo nos lugares mais altos. Assim como eu pude sair um dia da quebrada e aprender com outras culturas e costumes, e ter a experiência de desenvolver a escuta. Dizem que sou nômade (risos) por viajar por mais de 10 países. Ir para França, Espanha, Holanda, Alemanha, Bélgica, Argentina, São Tomé e Príncipe, Angola, África do Sul e Namíbia me trouxe a sensibilidade e a força para motivar as próximas gerações.
Durante muitos anos na minha vida ouvi sobre liberdade financeira e qualidade de vida. Sempre fui muito ambiciosa nos meus sonhos e nas minhas vontades. E sempre pensei em como motivar pessoas para que isso fosse possível. ‘São Tomé e Príncipe’ e ‘Namíbia’ foram países importantíssimos na minha caminhada para viver e trabalhar como produtora cultural. Tenho observado que cada vez mais empreendedoras da periferia estão assumindo papéis de liderança e se tornando protagonistas das suas próprias histórias. E através dos diferentes meios de Comunicação, como o vídeo mapping, a projeção a laser, a música, os saraus, e o teatro, estamos conseguindo dialogar com a nova geração. Ainda temos um grande caminho pela frente, e uma grande necessidade em descentralizar a arte, uma das questões de extrema urgência para nosso convívio em sociedade. Sempre ficamos com as migalhas, espaços sucateados e falta de incentivo e patrocínio. Enquanto isso, a elite goza dos melhores espaços e orçamentos.
Aqui é nóis por nóis. Então com grana ou sem grana, seremos sempre resistência e não deixaremos a cultura morrer. E foi assim que nasceu o “Quebrada Viva”! Como diz Conceição Evaristo, “Eles podem tentar nos matar, mas nós combinamos de não morrer”.
Ruanda: um país que vem revolucionando da sustentabilidade à tecnologia
Localizado no centro-leste da África, entre a República Democrática do Congo, Tanzânia, Burundi e Uganda, Ruanda é um país com pouco mais de 13,1 milhões de habitantes (menos de 7% da população brasileira) e que ficou conhecido pelo brutal genocídio de 1994 que deu origem ao filme Hotel Ruanda. Quase 26 anos após este brutal episódio que levou 800 mil pessoas a óbito, Ruanda tem mostrado que merece ser reconhecido por suas ações positivas.
Em tempos de COVID, para minimizar o contágio dentre profissionais de saúde e potencializar o atendimento aos pacientes hospitalares, o governo adotou o uso de robôs de tamanho humano programados para verificar temperatura, fazer leituras de sinais vitais, entregar mensagens de vídeo e detectar pessoas que não usam máscaras dando instruções de usar de maneira adequada.
Enquanto cidadão de nenhum país das Américas tem autorização para entrar na Europa, Ruanda é o único do continente africano que foi considerado desde a 1ª lista publicada em junho de 2020 e se manteve durante as 5 alterações que excluíram nações como Uruguai, Canadá, Montenegro e Sérvia.
Mas, antes mesmo da pandemia, o país já vinha se destacando por ser um país altamente seguro: em 2019, Ruanda ocupou a 35ª posição no ranking mundial de segurança, estando à frente da Suécia (38º), Chile (40º), França (47º), Alemanha (48º), Inglaterra (54º), Grécia (60º), Itália (63º), Estados Unidos (64º), Argentina (94º) países estes altamente considerados para turismo sem que segurança seja uma questão. O Brasil ficou em 132ª posição.
Não há como desconsiderar a atuação deste país em questões ambientais, já que, em 2008, proibiu em todo o país a produção, uso, importação e venda de sacolas plásticas não biodegradáveis, estando as pessoas responsáveis por negócios sujeitas à prisão de até 1 ano e pessoas físicas devem pagar multas. Nem mesmo turista pode entrar com sacolas plásticas na mala! Tais medidas, associadas ao dia do serviço comunitário onde cada cidadão ruandense deve contribuir na limpeza do seu bairro no último sábado de cada mês, fazem de Ruanda o país mais limpo da África e um dos mais limpos do mundo!
No índice global de diferenças de gênero, onde foram considerados os pilares de participação econômica e oportunidade, desempenho educacional, saúde e sobrevivência, e empoderamento político, dentre 153 nações, Ruanda ocupa a 9ª posição.
O país também vem ganhando destaque como hub de inovação e tecnologia: recentemente, após anúncio das novas políticas de segurança do WhatsApp, a empresa de tecnologia QT Software, desenvolveu o QT Connect: uma plataforma de comunicação segura para empresas com níveis incomparáveis de segurança de dados. A plataforma fornece criptografia de ponta a ponta com três camadas de segurança para voz, mensagens em smartphones e tablets do dia a dia e mensagens instantâneas, bem como um aplicativo de telefonia de áudio que permite aos usuários de smartphones trocar mensagens de texto, arquivos de mídia e fazer chamadas de voz. QTConnect foi customizado para fornecer experiências de usuário superiores em diferentes contextos. Por exemplo, funciona até em redes 2G ou sem internet, caso os usuários estejam na mesma rede.
Isso tudo nos faz compreender o fato de Paul Kagame, presidente do país há 20 anos, ser considerado uma das lideranças mais influentes e inspiradoras do continente africano. Tem mostrado que Ruanda tem muito mais que um genocídio, que ficou no passado, e vem ensinando ao mundo sobre a nova economia trazendo exemplos de liderança, política, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico.
Mãe crespa, filha crespa: aprendemos muito cuidando do cabelo das nossas herdeiras
Eu tive que cortar uns 15 cm do cabelo da minha filha mais velha e foi como se estivesse cortando o meu próprio.
Ela tem cabelo 4c, o mais crespo e com um volume que nunca vi na vida. Nós tínhamos uma periodicidade para cuidar desses fios por conta da escola e que se perdeu durante o caos dos pais que trabalham e cuidam da casa ao mesmo tempo durante a quarentena . O resultado foi que os twists dela, viraram dreads e ficou impossível de desembaraçar por conta do diversos nós bem próximos à raiz.
Eu tentei de tudo, por dois dias. Meus braços e mãos doíam, assim como o couro cabeludo dela. Sentei, suspirei, lamentei, conversei com meu parceiro, com uma amiga que é cabeleireira. Minha filha no entanto, estava muito animada com a possibilidade de ter um cabelo mais curto, menos quente na cabeça e mais fácil de cuidar. Já eu….
Fizemos o procedimento. Nas primeiras horas fingi um discurso da boca para fora que no dia seguinte incorporei de coração. Se apegar ao comprimento do cabelo é uma forma de prisão. Ele cresce, muitas vezes até texturas diferentes. E essa seria uma jornada nova para ela e para mim. O cabelo dela mais próximo a raiz já era uma textura ainda 4c, mais macia e mais receptiva aos creminhos e óleos. Ela ficou tão feliz e no final, não é isso que importa?
Tenho mais duas filhas. A mais nova com cabelo igual ao da mais velha, a do meio com 4c que forma mais cachinhos. Eu definiria meu cabelo como um misto de 4e 4b ( daquele que parecemos um poodle molhado quando lavamos).
Eu não gosto de salão ( sempre demora e raramente saio do jeito que eu queria) e não levo as meninas também ( levei para cortes, poucas vezes). Sempre acreditei na energia que colocam na nossa cabeça quando tocam meus cabelos e sinto que ninguém tem a intenção que eu tenho ao cuidar dos cabelos das minhas filhas.
Essa minha escolha tem um preço que é o tempo. Para cuidar dos crespos das crianças , temos que fazer disso uma experiência prazerosa, porque senão isso se torna um ódio ao cabelo.
Levo em média umas 5 horas cuidando do cabelo de cada uma individualmente. Não quero que a relação delas com o cabelo seja algo traumático, uma experiência atrelada à dor.
Minha mãe sempre teve muito carinho para cuidar do meu cabelo. E uma das minhas maiores alegrias era quando perguntavam das minhas tranças longas e brilhantes e eu dizia: foi minha mãe quem fez.
Surpreenda a todos com as deliciosas sobremesas do continente africano
É hora do sobremesa! Quem aí me diz nome de 5 sobremesas africanas? Difícil, né?
Então hoje trago receitas de sobremesas que você precisa conhecer e se tornará sinônimo de afeto. Todas elas tem sabores que já conhecemos, porém trazem toques especiais de sabores ancestrais africanos.
Segundo a pesquisa, publicada no “Journal of Personality and Social Psychology”, pessoas que gostam e consomem doces são mais propensas a ajudar outras em necessidade e a serem mais amáveis do que aquelas que não costumam comer guloseimas. A conclusão foi alcançada após cinco experiências.
Depois desta pesquisa pessoas “formigas” como eu se esbaldarão ainda mais.
MELKTERT

A Melktert, que significa ‘torta de leite’ na língua africâner, é uma sobremesa clássica sul-africana. Consiste em uma torta com crosta de massa doce, preenchida com um creme leve e cremoso à base de leite, farinha, açúcar e ovos. É servida polvilhada com canela em pó, gelada ou em temperatura ambiente.
Ingredientes
Massa:
• 1/4 xícara de manteiga
• 1/4 xícara de açúcar
• 1 xícara de farinha
• 1 colher (chá) de fermento
• 1 pitada de sal
• 2 colheres (sopa) de água gelada
Recheio:
• 4 xícaras de leite
• 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
• 2 colheres (sopa) de amido de milho
• 1/2 xícara de açúcar
• 1 colher (chá) de canela em pó
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1 colher (chá) de essência ou extrato de baunilha
• 2 ovos
• canela em pó para polvilhar
Modo de preparo
Massa:
• Bata a manteiga e o açúcar.
• Junte a farinha, o fermento e o sal e misture somente até a massa ficar homogênea.
• Embrulhe em plástico filme e leve à geladeira por 30 minutos.
• Forre o fundo e os lados de uma forma de torta de aproximadamente 23cm de diâmetro com a massa.
• Asse em forno pré-aquecido a 180ºC por 10 minutos.
Recheio:
• Junte a farinha, o amido de milho, o açúcar e a canela ao leite.
• Leve ao fogo e cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre.
• Quando levantar fervura, continue mexendo por mais 3 minutos e retire do fogo.
• Ainda quente, adicione a manteiga e a baunilha e misture. Deixe esfriar.
• Com a mistura de morna a fria, acrescente os ovos, um de cada vez, batendo bem.
• Espalhe o creme por cima da massa e volte ao forno a 200ºC por mais 20 minutos.
• Depois de assada polvilhe canela em pó por cima.
• Sirva quente ou leve à geladeira.
Cocada Angolana

Cocada é um doce à base de coco, tradicional em várias regiões do mundo, especialmente na América Latina e em Angola.
Receita típica de Angola leva especiarias
INGREDIENTES
500 gramas açucar
1litro de água
1 casca de limão
1 pau de canela
3 unidades de cravo da Índia
1 unidade de anis estrelado
350 gemas coco ralado
2 1⁄2 litros de leite de coco
1 colher de café canela em pó
Preparo:
Leve o açúcar, a água, a casca de limão, o pau de canela, anis e os cravos ao lume e deixe ferver até obter o ponto pérola. Adicione o coco ralado e deixe cozinhar cerca 2 minutos, mexendo de vez em quando.
Junte o leite de coco e deixe ferver em lume brando, mexendo de vez em quanto até engrossar.
Retire os cravos, a casca de limão, pau de canela e anis.
Deite num recipiente e deixe arrefecer. Polvilhe com canela em pó.
Pérola Negra (docinho africano)

doce autoral da Chermoula Cultura Culinária, inspirado no doce de coco Qumbe.
Qumbe é uma palavra do quibundo que significa dengo é reconhecido como alimento sagrado do Orixá Oxum. Existe um docinho feito de massa farinha de amêndoas ou farinha de arroz, leite de coco e açúcar, Originario da Somália, bastante semelhante ao Qumbe, sigo com minhas pesquisas investigativas.
Mas o docinho africano da Chermoula não é o Qumbe, ele é um doce autoral que eu @alinechermoulaoficial criei para meu menu de pratos da Diaspora Africana pelas Américas.
Trazendo ingredientes da Diáspora tais como, cravo, coco, amendoim, canela, e também ingredientes de nossa vida cotidiana, nesta América recriada a partir da colonização, seu formato redondinho remete ao brigadeiro e o criei com intuito de trazer mais sabor e referência de África às festas e comemorações, visto que nestes passamos a consumir doces europeus até deixando os doces brasileiros de lado.
Uma forma de trazer mais cultura culinária à nossa mesa.
Ingredientes:
• 1 lata de leite condensado
• 3 colheres (sopa) de manteiga
• 1 xícara de cacau em pó
• 250 gramas de chocolate meio amargo picado
• 100 gramas de amendoim ou amêndoa picada
• 26 cubos pequenos de doce de leite
• 250 gramas de coco ralado
Preparo: Em uma panela média, misture o leite condensado, a manteiga, o cacau em pó, o chocolate meio amargo e o amendoim. Leve ao fogo baixo mexendo sempre por cerca de 20 minutos ou até que desgrude da panela. Transfira para um prato untado com manteiga e deixe esfriar. Retire porções da massa, recheie com os cubos de doce de leite e enrole formando os docinhos. Passe-os no coco ralado e sirva em forminhas de brigadeiro.
Receita de Hertzoggies (Doce Holandês e Tortinhas de Merengue de Côco)

Esses deliciosos doces sul-africanos (alguns chamam de tortas, enquanto outros insistem que são biscoitos) serão mais conhecidos como Hertzoggies para alguns leitores sul-africanos. Este tratamento único à hora do chá Afrikaner é como a criança das tortas tradicionais holandesas, uma vez importadas exóticas das antigas colônias holandesas, como geléia de damasco, coco desidratado e açúcar.
Ingredientes
• 1 caixa de massa folhada
• 6 colheres de chá de geléia de damasco
• 5 colheres de sopa de açúcar refinado
• 1/2 colher de chá de fermento em pó
• 2 claras de ovos
• 3/4 de xícara de coco ralado
Preparo:
1. Pré-aqueça o forno a 400 F (200 C).
2. Unte uma bandeja com 12 buracos ou uma bandeja para muffins.
3. Corte 12 rodelas de massa pronta para caber nas cavidades e forre as cavidades com as rodelas de massa.
4. Colher 1/2 colheres de chá de geléia de damasco em cada cavidade.
5. Combine o açúcar refinado e o fermento em pó e reserve.
6. Bata as claras até ficarem firmes e dobre na mistura de açúcar. Em seguida, dobre o coco.
7. Colher uma colher de sopa da mistura de merengue em cima de cada rodada de pastelaria cheia de geleia.
8. Asse por 10 a 15 minutos, ou até dourar por cima.
9. Retire do forno e deixe esfriar em um rack de resfriamento de arame. Sirva com café ou chá.
Brinholas (bolinhos de chuva de banana)

Receita moçambicana, muito praticada em Cabo Verde também.
• 3 bananas maduras
• 2 ovos
• 1 colher de café de canela em pó
• 1 colher de café de cravo em pó
• 1/2 xícara de leite
• 1/2 xícara de farinha de trigo
• 1/2 xícara de açúcar refinado
• açúcar com canela para polvilhar
• óleo para fritura
1. Amasse bem as bananas
2. Bata os ovos com o leite e misture com as bananas
3. Adicione o açúcar e a farinha, cravo , canela e misture bem
4. Aqueça o óleo em uma panela, para a fritura
5. Utilize uma colher de sobremesa para ir colocando a massa no óleo bem quente
6. A massa começará a boiar no óleo e fritar
7. Vire a brinhola, quando estiver dourada de um lado e frite até ficar totalmente dourada
8. Vá retirando as brinholas e colocando sobre um papel, para retirar o excesso de óleo
9. Polvilhe as brinholas com açúcar e canela
Toda semelhança com algum doce afro-brasileiro não é mera coincidência!