Localizado no centro-leste da África, entre a República Democrática do Congo, Tanzânia, Burundi e Uganda, Ruanda é um país com pouco mais de 13,1 milhões de habitantes (menos de 7% da população brasileira) e que ficou conhecido pelo brutal genocídio de 1994 que deu origem ao filme Hotel Ruanda. Quase 26 anos após este brutal episódio que levou 800 mil pessoas a óbito, Ruanda tem mostrado que merece ser reconhecido por suas ações positivas.
Em tempos de COVID, para minimizar o contágio dentre profissionais de saúde e potencializar o atendimento aos pacientes hospitalares, o governo adotou o uso de robôs de tamanho humano programados para verificar temperatura, fazer leituras de sinais vitais, entregar mensagens de vídeo e detectar pessoas que não usam máscaras dando instruções de usar de maneira adequada.
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Enquanto cidadão de nenhum país das Américas tem autorização para entrar na Europa, Ruanda é o único do continente africano que foi considerado desde a 1ª lista publicada em junho de 2020 e se manteve durante as 5 alterações que excluíram nações como Uruguai, Canadá, Montenegro e Sérvia.
Mas, antes mesmo da pandemia, o país já vinha se destacando por ser um país altamente seguro: em 2019, Ruanda ocupou a 35ª posição no ranking mundial de segurança, estando à frente da Suécia (38º), Chile (40º), França (47º), Alemanha (48º), Inglaterra (54º), Grécia (60º), Itália (63º), Estados Unidos (64º), Argentina (94º) países estes altamente considerados para turismo sem que segurança seja uma questão. O Brasil ficou em 132ª posição.
Não há como desconsiderar a atuação deste país em questões ambientais, já que, em 2008, proibiu em todo o país a produção, uso, importação e venda de sacolas plásticas não biodegradáveis, estando as pessoas responsáveis por negócios sujeitas à prisão de até 1 ano e pessoas físicas devem pagar multas. Nem mesmo turista pode entrar com sacolas plásticas na mala! Tais medidas, associadas ao dia do serviço comunitário onde cada cidadão ruandense deve contribuir na limpeza do seu bairro no último sábado de cada mês, fazem de Ruanda o país mais limpo da África e um dos mais limpos do mundo!
No índice global de diferenças de gênero, onde foram considerados os pilares de participação econômica e oportunidade, desempenho educacional, saúde e sobrevivência, e empoderamento político, dentre 153 nações, Ruanda ocupa a 9ª posição.
O país também vem ganhando destaque como hub de inovação e tecnologia: recentemente, após anúncio das novas políticas de segurança do WhatsApp, a empresa de tecnologia QT Software, desenvolveu o QT Connect: uma plataforma de comunicação segura para empresas com níveis incomparáveis de segurança de dados. A plataforma fornece criptografia de ponta a ponta com três camadas de segurança para voz, mensagens em smartphones e tablets do dia a dia e mensagens instantâneas, bem como um aplicativo de telefonia de áudio que permite aos usuários de smartphones trocar mensagens de texto, arquivos de mídia e fazer chamadas de voz. QTConnect foi customizado para fornecer experiências de usuário superiores em diferentes contextos. Por exemplo, funciona até em redes 2G ou sem internet, caso os usuários estejam na mesma rede.
Isso tudo nos faz compreender o fato de Paul Kagame, presidente do país há 20 anos, ser considerado uma das lideranças mais influentes e inspiradoras do continente africano. Tem mostrado que Ruanda tem muito mais que um genocídio, que ficou no passado, e vem ensinando ao mundo sobre a nova economia trazendo exemplos de liderança, política, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico.
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