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“No Limite” confira os pretos confirmados na nova edição do reality

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O BBB21 está chegando em sua reta final, mas, uma boa notícia para fãs de reality’s é que uma nova edição do “No Limite” vai iniciar no dia 11 de maio! A edição de 2021 vai ter a participação de somente ex-bbb’s das últimas 20 edições e já está sendo muito aguardado.

Confira a lista dos pretos já confirmados no reality:

1- Marcelo Zulu

Marcelo Zulu, do BBB4, é participante do 'No Limite' | No Limite | Gshow
Foto: Reprodução/Globo

Marcelo tem 40 anos, foi 13 vezes campeão brasileiro de luta olímpica e é um dos ex-participantes marcantes do Big Brother Brasil 4, o atleta tem longa história no esporte e encara o reality como um novo “desafio”

“Novos desafios, novos momentos e muita energia.” postou o atleta nas redes sociais.

2 – Gleici Damasceno

Gleici Damasceno é uma das participantes do 'No Limite' — Foto: Globo
Foto: Reprodução/Globo

26 anos, atriz e influenciadora digital, Gleici foi a primeira campeã negra do Big Brother Brasil e fez história no reality com uma participação impecável! A acreana ficou em torno de 25 horas em uma prova de resistência e encara o “No Limite” como uma aventura.

“Estou muito feliz em dividir com vocês essa nova aventura. Quero me desafiar e me superar a cada dia.
E conto com a torcida de vocês para ir longe nesse jogo que retrata muito do que eu vivi durante toda a minha história: a resistência e a superação. Aliás, como uma boa formiga, não desisto nunca. E aí, prontos para reunirmos o formigueiro?” publicou Gleici nas redes sociais.

3- Elana Valenaria

Elana é uma das participantes do 'No Limite' — Foto: Globo
Foto: Reprodução/Globo

25 anos, engenheira e participante do BBB19, Elana protagonizou algumas conversas sobre questões raciais no reality, a piauiense trabalha atualmente como digital influencer e em seu anúncio disse estar pronta para dar o seu melhor.

“Sim, eu estou no #NoLimite, pronta pra dar o meu melhor e cheia de vontade de ganhar o prêmio. E, para isso, não tem limite que me segure!” publicou a engenheira nas redes

4 – Angélica Ramos

Angélica é uma das participantes do 'No Limite' — Foto: Globo
Foto: Reprodução/Globo

Atriz, modelo e influenciadora digital, Angélica tem 39 anos e foi uma das participantes polêmicas do BBB15 conhecida por não fugir das brigas! Angélica já enfrentou mais de 10 horas de uma prova de resistência no BBB, atualmente a modelo mora na Bélgica, mas veio para o Brasil para se aventurar no reality.

“Abram alas, que a campeã do #NOLIMITE chegou! ⚡️” postou a paulistana

5 – Viegas

Viegas é um dos participantes do 'No Limite' — Foto: Globo
Foto: Reprodução/Globo

37 anos, cantor, compositor e aventureiro. Ex participante do BBB18, Viegas se mostrou bastante competitivo e focado no jogo, já enfrentou mais de 24 horas de uma prova de resistência e vem para o “No Limite” focadíssimo no prêmio.

“(…) Eu vou pro #NoLimite. Pra cima do objetivo, que é trazer o prêmio e realizar sonhos meus e da família! Conto com a torcida de vocês pro que vem por aí. O pai tá preparado, e vocês?!”

E aí, quem vai acompanhar os pretinhos nessa aventura?

Oscar 2021 premia Daniel Kaluuya, mas perde chance de fazer história ao não entregar prêmio para Chadwick Boseman e Viola Davis

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A 93ª edição do Oscar já poderia ser considerada emblemática por ser a primeira cerimônia realizada durante a pandemia do coronavírus. Esse fator foi decisivo para que a configuração dos indicados também fosse inédita, com produções vindas do streaming dominando as principais categorias. 

Com os grandes estúdios paralisados por causa da pandemia, Netflix (35 indicações) e Amazon (12 indicações) ganharam espaço sem muita resistência da Academia, que em outros anos boicotou a participação de filmes oriundos dessas empresas. 

Saiu a plateia gigantesca e entrou um cenário mais intimista, lembrando mais um restaurante e esse processo de enxugue se estendeu para a dinâmica da cerimônia que cortou (corretamente) números engraçadinhos e musicais longos, tornando a premiação menos cansativa e divertida de assistir. 

O astro de “Corra”, Daniel Kaluuya confirmou o favoritismo, ganhando na categoria de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em “Judas e o Messias Negro”, interpretando Fred Hampton, líder dos Panteras Negras, assassinado após ser denunciado por um infiltrado, interpretado no filme pelo também indicado na mesma categoria  LaKeith Stanfield.  Em seu discurso da vitória ele fez um interessante apontamento de como veio ao mundo, arrancando uma reação impagável de sua mãe na plateia. 

Daniel Kaluuya: o melhor ator secundário a caminho de ser o principal –  Observador
Daniel Kaluuya e seu Oscar de Melhor Ator Coadjuvante

Leslie Odom Jr, intérprete de Sam Cooke em “Uma Noite em Miami“, concorreu como Melhor Ator Coadjuvante e também como Melhor Canção Original por “Speak Now”. Nessa última categoria venceu a mais recente sensação da música, H.E.R, que com sua canção “Fight for You” levou a estatueta. 

Sem surpresa, “Soul” levou Melhor Animação e Melhor Trilha Sonora, mantendo a Pixar no topo no que refere à animações oscarizadas. 

Outra produção que ganhou sem surpresa foi o curta-metragem da Netflix “Dois Estranhos”, que é uma angustiante história que mistura a realidade da relação entre jovens negros e a polícia com pitadas  narrativas do clássico “Feitiço do Tempo”. 

Nas duas disputas mais esperadas da noite havia a chance da Academia conversar diretamente com o que tem acontecido nas ruas norte-americanas. O grito por justiça e dignidade que explodiu desde a morte do segurança George Floyd. 

Viola Davis e Chadwick Boseman estavam indicados respectivamente nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator, mas nenhum levou o troféu o dourado. O Oscar tem mais de noventa anos de existência e a única mulher negra a ganhar o Oscar foi Halle Berry em 2002. A vencedora, Frances Mcdormand estava incrível em “Nomadland”, mas Viola Davis estava monstruosa, como já se tornou praxe em sua carreira.  

Música amarga | carmattos
Viola Davis em cena

A academia podia mostrar que aprendeu algo com as acusações de que é uma premiação feita apenas para acariciar o ego de seus realizadores velhos e brancos. 

Davis terá outras chances, mas Chadwick Boseman não. Difícil imaginar qual seria o discurso de sua esposa se o ator ganhase o Oscar póstumo por seu papel impecável em “A Voz Suprema do Blues”. 

Anthony Hopkins, de fato, estava fabuloso em “Meu Pai”, mas Boseman virou um símbolo para uma geração de pessoas negras em busca de representatividade e entre 2018 e 2020 atingiu seu auge de popularidade participando de blockbusters de qualidade como o clássico contemporâneo “Pantera Negra” e mostrando talento dramático de primeira linha em seus últimos filmes (“Das 5 Blood”, “A Voz Suprema do Blues”). 

A voz suprema do blues crítrica | Blog Próximo Capítulo
Chadwick Boseman em “A Voz Suprema do Blues”

O Oscar perdeu a chance de fazer história e a meritocracia que se cobra desse tipo de prêmio não seria desmerecida, já que Viola Davis e Chadwick Boseman estavam entre os favoritos. Seria uma maneira de indicar que a premiação está buscando ser socialmente relevante, ouvindo os anseios de uma sociedade que tem matado futuros Panteras Negras em suas calçadas. 

É um aceno interessante que esse tenha sido o Oscar mais diverso de todos  os tempos, mas passos mais largos poderiam ser dados. 

Confira a lista de todos os vencedores abaixo: 

Melhor Roteiro original: Bela Vingança 

Roteiro Adaptado: Meu Pai 

Melhor filme estrangeiro: Druk  

Melhor ator coadjuvante: Daniel Kaluuya   

Melhor cabelo e maquiagem: A Voz Suprema do Blues  

Melhor diretora: Chloe Zhao 

Melhor Som: O Som do Silencio 

Melhor Curta: Dois Estranhos 

Melhor Curta de animação; Se algo Acontecer, TE AMO (Discurso sobre morte violenta) 

Melhor animação: Soul 

Melhor curta documentário: Collete 

Melhor Documentário: Professor Polvo 

Melhor Efeito Especial: Tenet 

Melhor Atriz Coadjuvante: Yoon Yeo‑jeong  

Melhor Design de Produção: Mank 

Melhor Fotografia: Mank 

Melhor Montagem: O Som do Silêncio 

Melhor Trilha Sonora: Soul 

Melhor canção Original: Fight For Your – HER 

Melhor Filme: Nomadland 

Melhor Atriz: France Mcdormand 

Melhor Ator: Anthony Hopkins 

Óleos essenciais aliados da beleza negra

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Foto: McKinsey

Óleos sempre foram um recurso essencial de beleza desde os tempos das nossas avós. Só que antigamente se fazia muita confusão entre os óleos minerais e vegetais.  Tinha gente que fazia chapinha usando aquele famoso óleo para bebês, por exemplo.

Atualmente  a  eficácia dos óleos essenciais é  comprovada pelos inúmeros artigos científicos realizados  ao  longo dos anos e mais recentemente temos ainda os óleos veganos para completar nosso arsenal de hidratação da pele e cabelos.

Conversei com as autoras do livro Pele negra segredos revelados, Arina Gabriela, Carla Nunes e  Silvana Fontoura sobre os melhores óleos para pele negra. No final do texto, algumas indicações de óleos que usamos e amamos.

Alecrim –  cedro – lavanda

Tenha uma ótima saúde com alecrim
Alecrim – Foto Google Images



Óleos conhecidos por aumentar a circulação do couro cabeludo, favorecer o crescimento capilar e ainda combater a ansiedade e depressão

Como usar:  Você pode adicionar 2 gotas no seu shampoo ou condicionador ou máscara de hidratação e massagear de 5 a 10 minutos .

Melaleuca

Melaleuca – Wikipédia, a enciclopédia livre

Óleos essencial indicado para peles acneicas (espinhas) por sua ação bactericida, antifúngica e cicatrizante.

Como usar: adicione 2 gotinhas no seu sabonete líquido facial ou gel hidratante.

Mirra

Essência Mirra (60ml)

Óleo que tem ação rejuvenescedora e antisséptica
Como usar: adicione duas gotas no seu creme facial para potencializar os resultados .

Hortelã

Hortelã 1 maço - Nosso Mercado Online - Supermercado Delivery Natal/RN


Ação estimulante e rejuvenescedora
Como usar: adicione duas gotas no seu creme facial para potencializar os resultados .

Camomila – Lavanda – Palmarosa
Óleos indicados para pelo desidratada.

Como usar: adicione duas gotas no seu creme facial para potencializar os resultados .

Dica geral sobre uso: Mesmo os óleos essenciais sendo naturais devemos ter alguns cuidados em relação ao uso na pele negra , como não colocar o óleo diretamente na pele, sempre diluir em algum produto( o uso do óleo direto na pele pode causar irritações ou possível queimadura), adicionar no máximo 2 gotas .

TESTAMOS E GOSTAMOS DESSES PRODUTOS PARA PELE E CABELO

Óleo precioso Anti-Stress de O Boticário
(R$ 69,09)

Óleo de Tratamento Hidratante Nutrição Completa da Avon – R$14,00 (30ml) – A misturinha de óleo de argan e coco é infalível no combate as pontas duplas. Esse produto tem textura super leve e um cheirinho bem gostoso.

Cachos do seu jeito da Nielly R$ 9,00 (250G) – Para quem tem cabelos finos que dão um trabalhão para ter um volume, esse pudim define os fios com a ajuda da manteiga de karitê e o óleo de linhaça entra com uma hidratação poderosa. Com a super hidratação o cabelo ganha volume mesmo secando sem o secador. E sim, o day after fica perfeito.

Após caso de racismo na escola mãe e filha reforçam autoestima negra em ensaios fotográficos

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Imagem/Instagram

Crianças vítimas de racismo na escola podem se tornar adolescentes retraídos ou agressivos e posteriormente adultos com autoestima baixa. Se depender da analista de crédito, Daiane Braz, mãe da garotinha Clara Larchete (8 anos) nenhuma das opções citadas será o futuro de sua filha. 

O perfil no Instagram de Clarinha é o retrato da busca pelo fortalecimento da subjetividade feminina negra na infância, com ensaios inspirados em personalidades que são referenciais de inteligência, liderança e força. Maju Coutinho, Conceição EvaristoMalala Yousafzai e até o astro do rock David Bowie ganharam releituras nos ensaios protagonizados pela menina de sorriso afável. 

Daiane, a  principio não soube lidar com a violência racial sofrida pela filha: “A gente conversou com ela. Explicou que ela se parecia com a família, por isso que ela tinha o cabelo crespo, por isso que ela é negra. Foi um trabalhar constante”, explica. 

Diante da situação, procurar no Instagram crianças que tinha características físicas parecidas com a as de Clara foi uma forma de tornar mais real o discurso dos pais. Assim a pequena Clara poderia se ver em outros indivíduos além do núcleo familiar. Em 2020, preparando um trabalho de arte para escola, em que a filha emulava uma obra artística veio a ideia dos ensaios inspirados em pessoas que, apesar da dor, do racismo e do machismo, conseguiram se tornar figuras respeitadas no mundo. 

“Quando eu faço a releitura da mulher negra é mostrar para ela que ela pode, que ela tem força, que ela consegue, mesmo as pessoas dizendo à ela que ela não é capaz. Ela tem sim capacidade de alcançar tudo que ela tem na mente desde que ela respeite o próximo, não passe por cima de ninguém. É para ela se ver e descobrir cada dia mais quem ela é”, diz Daiane Braz. 

No perfil de Clarinha há desde indicação de leitura de livros infantis até homenagem aos povos indígenas. Durante a entrevista ela mostra um pouco da influência do pai pelos gostos nerds como videogame e animes, até mesmo indicando obras e mostrando seus desenhos das personagens femininas de Naruto, Tenten e Hinata. 

Embora o projeto tenha fortalecido a autoestima da filha, Daiane crê que a garota ainda não tem noção da proporção que tomou, talvez pela falta de contato com os colegas de escola. “Ela fica no mundinho dela, mas está mais argumentativa. Espero que ela inspire muitas crianças”, deseja Daiane. 

A releitura que Clara diz ter sido a mais divertida para produzir, foi a de Frida Kahlo. Mãe e filha tiveram de atravessar a rua com flores na cabeça para fazer o ensaio usando um muro azul de fundo. 

As releituras tem opinião da modelo e os materiais usados são os que já se encontram em casa, com exceção de quando homenagearam Mae Carol Jemison, primeira mulher negra a ir ao espaço, que exigia uma roupa de astronauta. “As fotos que eu mais gostei de fazer foram a da Frida, do David Bowie e da Mae Carol Jemison”, revela Clarinha entre risos. 

Clara como a pintora mexicana Frida Kahlo

Esse projeto é um símbolo de como a representatividade é crucial para construção e restabelecimento da autoestima de crianças negras, que muitas vezes tem dificuldade para se enxergar em diversos espaços, comumente dominados por um tipo de perfil físico. Uma das fotos mais compartilhadas é a que lado a lado estão Clarinha e a jornalista Maju Coutinho, que inclusive compartilhou a foto em seu perfil do Instagram. 

“Conhecer todas essas pessoas tem sido gratificante. Não só a Clara aprende, mas eu também aprendi muito”, diz Daiane, que sempre coloca uma legenda contextualizando a história das personagens inspiradoras para as imagens, tornando o perfil do Instagram uma fonte de informação para outras mães e crianças. 

Mesmo diante de um tema pesado como racismo a mãe e o pai da influencer mirim tentam sempre conversar de forma leve e dão liberdade para o diálogo, fazendo com que ela se sinta à vontade para falar sobre tudo. 

Para se distrair na quarentena, Clara tem o pai, Flávio Braz, técnico em logística, de 39 anos, que é parceiro nas maratonas de Naruto e outros animes. “Meu pai estava falando de mangá esses dias. Eu gosto bastante de desenhar. Faço alguns desenhos. Eu fiz a Hinata e a Tenten, de Naruto, explica Clara enquanto mostra as ilustrações. 

Com apoio dos pais, Clara Larchete constrói sua autoestima quanto criança preta, preparando-se para se tornar uma referência para outras que vão poder se inspirar nela e conhecer as tantas personalidades que essa camaleoa de 8 anos de idade vem apresentando ao público. Representatividade importa! Sempre importou. 

“Não assistam!”: Será que filmes como Them e Dois Estranhos são realmente necessários para pessoas pretas?

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Debora Olayinka e Melody Hurd em cena de Them - Foto: Reprodução Prime Amazon

“Nunca vi tanta violência contra pessoas negras, de tantos tipos, concentrada num mesmo produto audiovisual. A ficção que se propõe a gerar uma atmosfera assustadora para entreter causa repulsa por proporcionar um verdadeiro manual de como torturar física e psicologicamente pessoas negras”. Essa é a visão sobre o filme Them ( Amazon Prime) da escritora e podcaster Mariah Morena.

Ela não está sozinha. Tem muita gente não recomendando a série de Little Marvin por conta da violência explícita e terror psicológico. Com 10 episódios, a série se passa na década de 1950, contando a história de uma família negra que se muda do estado da Carolina do Norte para uma vizinhança composta apenas por pessoas brancas na cidade de Los Angeles durante o período conhecido como ‘A Grande Migração’. Até Stephen King, o mestre do terror, disse que ficou assustado coma série. “E olha que é difícil de assustar”, disse o escritor ma sua conta do Twitter.

Outra história que não é unanime, no sentido se devemos ver ou não, é Dois Estranhos ( Netflix). O creator Ale Garcia inclusive fez um vídeo no seu canal no Youtube sobre isso e reforçou em seu Instagram: “Não assista a Dois Estranhos se você está cansado de ver negros morrendo ou tendo encontros violentos com a polícia”. O curta foi o vencedor do prêmio de Melhor Curta Metragem do ‘African American Film Critics Association – AAFCA’ e está na disputa pelo Oscar. A história é um looping sem fim onde um jovem tenta se livrar, de todas as formas, do fim trágico resultados do encontro com um policial branco.

A quem serve essas narrativas onde negros aparecem em cenas de violência e racismo de forma crua e explicita. Precisamos reviver essas histórias na ficção para ter consciência de como o mundo pode ser perverso para pessoas como nós? Vale a pena chorar e despertar gatilhos vendo filmes na TV ou deveríamos poupar nosso emocional?

A professora e psicanalista Vanessa Rodrigues explicou para gente seu ponto de vista sobre esses dois filmes.

Mundo Negro – Sobre a série Them, assistir ou não?

Vanessa Rodrigues: Eu acho que são muitas questões a serem abordadas. Não dá para dizer assista ou não assista. Por exemplo em Them, que é uma serie existem vários elementos que remonta um racismo em si, não é? A problemática racista, a intolerância, mas o que eu percebo é que essa série Them não está falando de racismo especificamente, mas de uma neurose social. Essa neurose, começa lá atrás com um cara que é um pastor, muito religioso. Isso tem um recorte importante dentro do pensamento antirracista, porque o racismo começa com o aval da religião. Depois ele cria um espaço mítico para aquela família negra que vai morar onde não é aceito pessoas pretas de nenhuma forma. Essas pessoas começam a sofrer violências enormes por meio de uma personagem branca, muito branca, que também tem problemas psicológicos. Ela (a série) trata de psicopatológicas sociais e dentre elas, de plano de fundo, o racismo. Ela é muito violenta, porque é traumática, ela é uma alegoria do trauma.

“Dois estranhos” é um curta que também tem despertado vários gatilhos na audiência negra. Tem alguma diferença entre os dois?

Os “Dois Estranhos” eu acho mais enfática na questão antirracista porque ela se vincula com uma ideia de looping. Como se não houvesse nada que pudesse ser feito, para que isso acabe ao não ser que as pessoas brancas acordem para essa ideia que é preciso pensar que pessoas pretas são pessoas.

Só que isso é muito complicado, então é muito difícil dizer quais gatilhos abrirão nas pessoas brancas ou pretas. Na pessoa branca pode ser que ela se vincule a uma ideia de negação total. Como “isso acontece, mas EU não faço”. Apesar de parecer improvável isso pode desencadear uma espécie de trauma em pessoas brancas, inclusive. Eu não posso dizer quem deve ou não assistir, mas que pode dar traumas se a pessoa já está traumatizada com esses gatilhos.

E como observar esses filmes do ponto de vista artístico?

Importante frisar que o papel da arte é exatamente esse. É tocar na emoção seja ela uma emoção estética, seja ela uma emoção vinculada a uma experiência já vivida. Ser ou não ser gatilho, não é uma discussão da arte, não é uma discussão do cinema. É uma discussão que está vinculada a outras questões. Não existe uma responsabilidade do autor em que gatilho isso vai causar no outro. Então de qualquer forma acho válido. Acho que todo mundo tem que assistir. Mas se vai ou não dar gatilho, é uma possibilidade, mas até o BBB dá gatilho.

Cinco filmes sobre o amor negro e suas nuances

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Os filmes que focam suas narrativas nas relações amorosas são muitos, mas ainda passam longe de receber atenção do grande público como as comédias românticas tradicionais. 

Separamos cinco filmes centralizados no amor negro explorando as diversas nuances que vão desde o sofrimento da mulher que se anula pelos sonhos do Marido (“Um Limite Entre Nós”) até química intelectual explosiva que mudaria a história da política nos Estados Unidos (“Michelle e Obama”). 

Um Limite Entre Nós

Uma mulher que abriu mão da própria vida pela família e casamento. O marido que não consegue lidar com uma grande frustração na vida. Viola Davis e Denzel Washington em interpretações poderosíssimas. 
Davis protagoniza um monólogo amargurado e feroz que lhe valeu o Oscar.

Viola Davis e Denzel Washington em cena de Um Limite Entre Nós

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Malcolm and Marie

‘Malcolm and Marie’ acompanha uma noite de discussão entre um cineasta e sua companheira logo após a estreia de seu filme. Zendaya em seu auge, diálogos ásperos, a tentativa de fuga para evitar um conflito que paira no ar e expõe feridas abertas por uma profunda codependência emocional.

Zendaya e John David Washington discutindo a relação conturbada

Se a Rua Beale Falasse

Tish (Kiki Lane) tenta ajudar o marido (Stephan James) a se livrar de uma acusação criminal injusta. Ao mesmo tempo lida com uma gestação e o racismo de um Estados Unidos em constante conflito racial. 
Delicado, firme, singelo.

Kiki Lane e Stephan James nas imagens e divulgação

RAFIKI

Duas jovens quenianas veem a amizade de anos se transformar em amor e juntas precisam enfrentar a rivalidade entre as duas famílias além dos olhares conservadores da comunidade sobre a relação. O filme foi censurado no Quênia, mas foi bem em festivais internacionais.
O drama queniano é falado em inglês e em suaíli, língua da África Oriental.

Imagem de divulgação.

Michelle e Obama

Barack Obama era estagiário na Faculdade de Direito de Harward quando conheceu Michelle Robinson e se apaixona rapidamente. Um dia Michelle aceita sair para conhecer o estagiário insistente e o filme acompanha essa longa caminhada que termina com ambos assistindo um dos maiores clássicos de Spike Lee.

Tika Sumpter e Parker Sawyers emulam bem a química intelectual do casal Obama

Virada AfroCultural de Campinas acontece nesse final de semana

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Essa é a primeira edição do evento, que acontece sábado e domingo entre 12h e 21h30.Ao todo, serão 22 atrações que abrangem diversas áreas da arte, distribuídas ao longo de 20 horas. O evento será transmitido online pela página no Instagram @Viradafrocultural e também pelo canal do YouTube oficial da Virada.

A programação conta com o lançamento do documentário ”Aquilombamento”, que narra a história do Centro de Referência do Quilombo Urbano OMG, localizado no Jardim Monte Cristo em Campinas. O local oferece espaço comunitário e cursinho pré-vestibular aos jovens da região. Além disso, também ocorrerá um protesto que será entregue à prefeitura da cidade. Nele, serão discutidas as políticas raciais do munícipio. Todas as atrações do evento são residentes de Campinas, e foram selecionadas depois de um edital exclusivo para homens e mulheres negros, transgêneros, indígenas, afroindígenas e pessoas com deficiência.

Confira a programação completa:

  • Sábado, dia 24:
    12h: 
    Abertura do evento
    12h30: Bianca Lúcia – Mulheres, Tambores e Cabaças – Jongo;
    13h30: Cartografia social e os corredores culturais negros de Campinas;
    14h30: Poliana Estevam – Samba de bumbo – Mestre Nenão Estevam;
    15h30: Episódio Registro dos Saberes – Mestres e Mestras;
    16h30: Julia Mota – Poesia Marginal: a palavra em manifesto;
    17h30: Documentário Aquilombamento;
    18h30: Máfia Afrikana;
    19h30: Episódio Registro dos Saberes – Mestres e Mestras;
    20h30: Aisha – Performance responsa;
    21h30: Fá K-Beluduru.
  • Domingo, dia 25:
    12h: 
    Abertura do evento
    12h30: Cristina Santos – Margeando o real no corpo memória;
    13h30: Episódio Registro dos Saberes – Mestres e Mestras;
    14h30: Savuru Teatro e Dança – Canto dos Palmares;
    15h30: Episódio Registro dos Saberes – Mestres e Mestras;
    16h30: Camila Novaes – Contos, cantos e ilustras;
    17h30: Documentário Aquilombamento;
    18h30: Letícia Benevides – O conto de Iroco e a boneca Abayomi;
    19h30: Afromanifesto – Conversa com Jaqueline CR;
    20h30: Bandida Fina
    21h30: Encerramento

Grupo “Corpo Negro” estreia espetáculo infantil online e gratuito neste domingo

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Neste domingo, 25/04, o Grupo Corpo Negro estreia a exibição do espetáculo digital, o “O Mundo Começa na Cabeça”, contando com seis exibições no período da tarde e noite.

Por meio do diálogo ativo, os atores e atrizes, ora representam personagens fictícios inspirados na literatura infantil contemporânea, ora representam a si mesmos, retomando lembranças de sua infância e do impacto do racismo estrutural vivenciado diariamente desde a infância.

A adaptação do espetáculo digital “O mundo começa na cabeça” está sendo realizada pelo grupo Corpo Negro, com direção de Nathalia Fernandes, atuação de Josiana Martins, Kauany Ketholin, Gabriela Sampaio, Rodrigo Raphael, Rogério Miranda, Anny Ribeiro e Ana Paula Barbosa (Anazú) na produção.

De maneira lúdica, sensível, artística e significativa o Grupo Corpo Negro consegue abrir caminhos e espaço para questionamentos e ressignificações ao evidenciar as potencialidades culturais africanas, a representatividade referencial preta, e a valorização do que é ser negro/a  como ferramentas de construção da identidade e autoestima das crianças negras.

Desde o início de 2021, os integrantes vem realizando preparação de texto, ensaios virtuais, entre outras atividades para a estreia do espetáculo remoto. O Teatro cinema negro para crianças “O mundo começa na cabeça”, será apresentado até dia 30/04, sempre às 20 horas e será gratuito,para assistir basta acessar o Canal do Youtube do canal Corpo Negro.

(https://www.youtube.com/channel/UCUQC40Covc1YzhiGu-tvdNA/discussion)

“O MUNDO COMEÇA NA CABEÇA” é um projeto realizado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei 14.017/2020 do Governo Federal), através do PROAC LAB (Programa de Ação Cultural Lei Aldir Blanc) do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo Federal, Ministério do Turismo e Secretaria Especial da Cultura.

BBB21: “Ela esteve comigo nos meus momentos, tantos nos melhores quanto nos piores”, João Luiz fala sobre sua trajetória e amizade com Camilla de Lucas

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Foto: Reprodução/Tv Globo

Após viver semanas intensas de debates envolvendo questões raciais, João Luiz foi o 12º eliminado do reality, e em sua primeira entrevista pós-eliminação, o professor falou um pouco sobre a experiência do confinamento, amizades e o que leva de bom da casa.

O mineiro, que conta hoje com 3,4 milhões de seguidores no Instagram, contou que tem recebido muito carinho dos fãs e que vê a vida completamente diferente.

“Tudo que eu já ouvi das pessoas desde que eu saí da casa foi um carinho que eu recebi. Eu consigo perceber que essa experiência, para mim, talvez tenha sido não só um divisor de águas, mas a própria água. (…) Eu tinha uma vida que estava imersa nas dificuldades das aulas remotas, como professor. Ver o João que entrou em um reality como ele mesmo e agora saiu desse programa e tem pessoas que estão com ele e demonstram carinho por ele é o mais válido dessa trajetória.” contou João

João falou sobre a forma com que o reality o afetou, e sua amizade com Camilla foi o que mais o surpreender

“Eu não imaginava que eu me apegaria a pessoas de uma forma tão natural e tão forte. Muito disso é parte da minha amizade com a Camilla, que nem eu, nem ela sabemos onde começou, em que momento começou, mas sabemos que começou. Eu pensei que entraria no BBB, conheceria e conviveria com outras pessoas durante três meses, mas uma hora daria beijos e tchau.” 

Antes mesmo de ser questionado para quem irá a torcida do ex-brother, ele já informou que quer ver a Camilla de Lucas milionária

 “(…) Já quero esperar a Camilla sair, daqui a 12 dias – porque quero que ela ganhe o programa, quero ter uma amiga milionária…” afirmou João

João lembrou quando denunciou o caso de racismo cometido por Rodolffo como um dos momentos mais importantes da sua trajetória no reality:

“Foi um momento onde eu vi uma coragem em mim mesmo. Aquele momento foi muito importante para mim, assim como o que o Tiago falou depois, utilizando esse programa também como uma plataforma que leva conhecimento para muitas pessoas. É algo que acredito ter marcado a minha trajetória no programa, mas também me marca muito na minha trajetória individual. Fiquei muito contente comigo por conseguir fazer aquilo.” disse o professor

Sobre a dupla mais queridinha da edição, João falou sobre a cumplicidade com a blogueira Camilla de Lucas e a conexão entre os dois:

“Antes de eu ser eliminado, ontem, ela me deu um abraço e disse: “Meu primeiro abraço”. Eu estava no gramado quando ela chegou ao BBB e fui a primeira pessoa a abraçá-la, junto com o Gilberto. A primeira prova de resistência ela fez com a Carla e eu com a Thaís, e querendo ou não ficamos ali horas grudados com pessoas desconhecidas, e isso vai aproximando a gente. Mas é estranho porque isso foi em uma segunda-feira, mas logo na quinta-feira, na prova do líder da primeira semana, a gente já estava de mãozinhas dadas, se olhando e falando: “Vamos fazer a prova juntos?”. Eu realmente não sei o momento que marca a minha aliança com ela, mas eu consigo saber e sentir que foi algo muito natural. Tem amizades que eu construí durante anos com algumas pessoas em que eu não tive a conexão que tive com ela, com isso de apenas no olhar saber identificar algo, saber quando o outro está bem e quando está mal. Amigo é isso, não é no momento mais feliz, é em todos os momentos. E ela esteve comigo nos meus momentos, tantos nos melhores quanto nos piores.

Que outras pessoas você deseja levar com você na vida aqui fora?

A Thaís, que é um amor de pessoa, Carla, Juliette e até a própria Lumena – acho que temos muito o que conversar. Fora o Gil do Vigor, com quem senti algo parecido à Camilla. Durante o programa tivemos caminhos diferentes, mas sempre conseguimos manter um vínculo. São pessoas que quero levar para minha vida.

Sobre sua torcida, João confia na blogueira Camilla de Lucas para levar o prêmio:

Camilla, Juliette e Gil são meu top 3. E eu vou acreditar na minha amiga levando o prêmio, sim, que eu não sou bobo nem nada! Vou fazer mutirão, quero que ela vire milionária (risos)!

João também falou sobre seus planos para o futuro e o que o aguarda daqui pra frente:

Vamos trabalhar, fazer dinheiro (risos). Mas, brincadeiras à parte, o BBB me proporcionou muita coisa e tenho certeza que vai proporcionar ainda mais daqui para frente. Eu vou avaliar tudo que vou fazer e quero utilizar as plataformas sociais para falar sobre coisas que realmente me movem e me motivam a estar aqui. Acho que a gente precisa muito de figuras falando sobre educação, e isso é muito importante. Quero falar sobre livro, série, filme… Acho que temos que falar sobre as coisas que a gente gosta e podem ser usadas como aprendizado.

Espetáculo “Vovó era preta”, online e gratuito, narra a trajetória de mulher pioneira da Zona do Cacau baiano

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Imagem: Rodrigo Prado

A trajetória de referência de Maria José Lessa de Moraes vai ser contada pela primeira vez no teatro. O espetáculo musical “Vovó era preta: uma luz a seguir” narra a história da mulher negra que viveu nos anos 40, no recém-fundado município de Ipiaú, na Zona Cacaueira, e protagonizou uma história marcada por pioneirismos no que tange à questão de gênero e raça. A apresentação será exibida no canal do YouTube do Teatro Gamboa, na próxima terça-feira (27), às 19h, com participação colaborativa do público, que pode doar qualquer valor.

A peça é dirigida por Jackson Costa e traz para cena a atriz e cantora baiana Rachel Lessa, neta de Maria José Lessa. Onze canções inéditas serão apresentadas no espetáculo, que reúne diferentes personagens para contar a história de Zezé Lessa, como era carinhosamente conhecida Maria José Lessa, mulher que administrou os negócios da família após a compra das fazendas de cacau, se tornou a primeira coronel da Zona do Cacau Baiano e teve sua trajetória marcada também pela relação com a comunidade, com construção de fábricas, casa assistencial e escola.

“A ideia é unir crônica, música e poesia para contar essa história real, marcada por protagonismo e com apoio de toda sociedade. As músicas vão dos ritmos nordestinos aos africanos, como uma ponte entre a cultura baiana e a ancestralidade africana”, explica Rachel Lessa, que assina também o roteiro, concepção, direção musical e as composições – com parceiros especiais como Fred Demarca, Pedro Hoisel, Juvino Filho e Léo de Freitas.

Após a exibição do espetáculo, haverá um bate-papo com a equipe, no perfil @vovoerapreta, no Instagram. O roteiro tem revisão de Celeste Barreto, nora de Zezé, que se formou em história, com a monografia “Maria José Lessa, uma mulher à frente do seu tempo”, que serviu como principal fonte histórica para a produção do espetáculo.

O Projeto é desenvolvido através do PRÊMIO FAUZI MARON– Categoria Apresentação – do Edital 01/2020, do Município de Ipiaú/BA, cuja premiação é proveniente dos recursos da Lei 14.017, de 29 de junho de 2020, Lei Aldir Blanc.

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