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Iniciativa das Pretinhas Leitoras vai publicar livro escrito por 100 crianças de comunidades do Rio

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Foto: Divulgação.

Projeto Fa vê-las vai produzir um livro escrito por moradores de cinco comunidades cariocas

Conhecimento é para ser compartilhado. Essa é a premissa das gêmeas Helena e Eduarda, do canal Pretinhas Leitoras que, em parceria com o Instituto Entre o Céu e a Favela, criaram o projeto “Fa vê-las”, que tem como objetivo de promover a escrita das crianças nas favelas do Rio de Janeiro, com atividades inteiramente gratuitas.

Nesta primeira temporada, de janeiro a agosto, as comunidades contempladas foram Cesarão, na Zona Oeste; Complexo do Chapadão e Morro do Alemão, na Zona Norte; Rocinha, na Zona Sul; e Providência, no Centro. Cada localidade terá 20 crianças atendidas, e o objetivo final do projeto é produzir um livro, com o conteúdo desenvolvido por elas.

Inicialmente, o a iniciativa seria 100% presencial, com contação de histórias e encontro com autores, além da roda para a produção de conteúdo para o livro. Com a pandemia, no entanto, houve uma adaptação para que o projeto, que deveria ter começado em 2020, não sofresse novo adiamento.

A dinâmica do projeto usou de recursos digitais para chegar até as crianças. Foram produzidos vídeos com contadores de histórias e autores de livros, enviados por WhatsApp para os participantes de cada comunidade atendida. Além disso, cada participante recebeu um kit com um diário de leitura, lápis de cor, caneta e uma bolsa.

“Nosso desejo é possibilitar para crianças periféricas contatos com livros, que contêm histórias em que elas possam se reconhecer e, assim, estimular que escrevam sobre suas próprias realidades. Com isso, além de oferecer protagonismo, tentamos de algum forma reconstruir a autoestima e a coragem de cada uma delas, que foram massacradas pelas falta de políticas públicas e por uma educação sem qualidade para crianças de favelas”, afirma a diretora do Instituto Entre o Céu e a Favela, Cintia Santana.

O encontro para a realização da escrita coletiva é feito em espaços, alugados em cada comunidade, com equipe reduzida. Neles, os participantes assistem às orientações da equipe pedagógica do “Fa vê-las” e das gêmeas Ferreira, por meio de um computador, conectado a uma sala de reunião virtual, prática muito comum nesse momento de isolamento social.

O livro terá uma tiragem será de 3 mil exemplares, dos quais 1,5 mil serão distribuídos gratuitamente entre escolas, bibliotecas públicas e projetos com foco em favelas e periferias. O restante será vendido na campanha Em Mãos, que visa a sustentabilidade e continuidade do trabalho.

Das Áfricas ao Brasil: é necessário um documentário sobre a nossa culinária afro-brasileira

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Foto: Netflix.

Escrito por Rodolfo Teixeira Alves, antropólogo (UFRJ)

Este texto nasceu de uma provocação indireta. Eu já tinha assistido a série documental Da África aos EUA: uma jornada gastronômica quando vi no Instagram Joy M. Dias, pesquisadora e cozinheira preta, sugerindo uma versão brasileira, o que seria muito apropriado. No lugar de Stephen Satterfield, que protagoniza a versão estadunidense, Joy indicava Lourence Cristine Alves como apresentadora das heranças africanas e afro-brasileiras de nossa culinária. Concordei indiretamente com as sugestões, mas pensei que a função de Lourence pode ser dividida com outras pesquisadoras e pesquisadores que também se dedicam ao tema, que tratam de gastronomia e afro-brasilidades. Nomes como Aline Chermoula, Dida Nascimento (Dida Bar e Restaurante), Fernando Luiz Alves (Quilombo Cultural Urbano Casa do Nando), Dandara Batista (Afro Gourmet), e tantas outras vozes negras, que fariam com maestria uma série nossa.

Outro empurrão para este texto veio da leitura que venho fazendo do livro Uma história feita por mãos negras (2021), de Beatriz Nascimento, recém publicado pela Zahar, organizado por Alex Ratts. Trabalho primoroso, e tão necessário. O título do livro vem a calhar para este ensaio-resenha que defende uma série nossa, tal como foi feita nos EUA. Nossa, no caso, tem mais a ver com nós, população negra, e menos com a ideia de uma culinária nacional. Explico: não é para narrar a história da alimentação no Brasil dando destaque aos aspectos africanizados como contribuição cultural para algo maior, que é a “cultura brasileira”. Esse tipo de narrativa de incorporação, que fala de contribuições para algo que está no centro – nesse caso, o colonizador português –, já nos cansa. Dessas teorias lusotropicalistas que cheiram a mofo, que gastam páginas e mais páginas para falar de uma suposta empatia que os portugueses nutriam por outros povos, e que a “cultura brasileira” é reflexo disso. Isso que era novidade para alguns nos anos 1930, hoje é démodé – e tem quem ainda usa.

O audiovisual brasileiro já tratou de fazer uma série nesse enquadramento, está disponível no Prime Vídeo com o nome História da Alimentação no Brasil. O quarto episódio fala dos “temperos da panela indígena” e o oitavo é dedicado à “dieta africana”. Os outros, em geral, tratam de ingredientes, de suas origens e usos, e de algumas diferenças regionais e das comidas palacianas, em “A comida real” (episódio 10).

Uma série nossa tem que cumprir outro propósito. Em nossos termos, tem mais a ver com quem fez (e faz) a culinária afro-brasileira, com interesse nas pessoas, seus saberes e tecnologias ancestrais. A história é outra. Imagina como seria incrível uma arqueologia que trouxesse nomes históricos de personalidades negras que fizeram da comida a sua agência política; que praticaram através dela o mercar para sua emancipação, como mostra a historiadora Tâmisa Caduda; da comida como cura física e espiritual. Fizeram assim na versão estadunidense da série, dando destaque à resistência e criatividade da população negra de lá. E, aqui, isso não nos falta. Nossa série deve abordar, por exemplo, a importância que tiveram na gastronomia carioca as tias baianas da Pequena África no começo do século XX, Dona Zica no Zicartola e Vicentina na Portela, entre outros nomes. (Nesse ponto estou indicando meus interesses pessoais de pesquisa, que fique claro).

Dos filmes que eu conheço, o mais perto que chegamos disso foi o episódio sobre a culinária brasileira na série Street Food: América Latina, de David Gelb, também disponível na Netflix. Elegeram a cidade de Salvador como representante do Brasil, mostrando uma culinária genuinamente negra, como experimentamos e sabemos desde os trabalhos de Manuel Querino. Foi por esse documentário que passei a conhecer dona Suzana e sua moqueca, e o Kabaça com a sua feijoada, pratos que fiz questão de provar quando estive em Salvador, fevereiro deste ano. Pratos que falam mais da trajetória de vida desses chefes de cozinha do que da biografia social dos alimentos que eles usam. Se são ingredientes “do reino”, do “continente” ou “da terra”, se provêm das “grandes navegações” portuguesas… essa jornada sonolenta pela exatidão de suas origens (que tanto atrai parte dos interessados no assunto), parece importar menos.

As diferenças entre as séries Da África aos EUA: uma jornada gastronômica e História da Alimentação no Brasil explicam algumas coisas. O que esses documentários têm em comum é que ambos derivam de um livro. E é aqui que entra o trabalho de Beatriz Nascimento que falei anteriormente. Da África aos EUA: uma jornada gastronômica é a tradução para a português de High on the Hog: How African American Cuisine Transformed America. Seu título original faz menção direta à obra de base, que é o livro High on the Hog: A culinary journey from Africa to America, de Jessica S. Harris. Já o documentário brasileiro tem o título homônimo do livro de Câmara Cascudo. Assim, como cada série expressa os recortes teóricos do livro de referência, as diferenças entre eles aparecem no plano político e epistemológico. São essas diferenças que me levam a defender a necessidade de uma versão brasileira com o nome Das Áfricas ao Brasil. No plural mesmo, para marcar as diásporas africanas por aqui e para falar de trânsitos de saberes que não se limitam à escravidão.

Beatriz Nascimento dedicou muitas linhas de seus escritos para criticar o pensamento social de sua época, em especial aquele ancorado no lusotropicalismo de Gilberto Freyre, onde se enquadra a obra de Câmara Cascudo. De maneira arguta, às vezes sarcástica, Beatriz Nascimento mostrou que parte de seus contemporâneos da intelectualidade branca, reforçaram perspectivas racistas sobre a história e formação social do Brasil. A escrita dessa história foi feita por mãos brancas, ela defende, que relegou ao negro, através da ideologia da “democracia racial” e do inclusivismo retórico, a posição de contribuinte cultural, à revelia degradação escravista. É uma história branca conforme tem a branquitude como pressuposto, por desconsiderar a violência colonial como mediação das relações que as teses mistificadoras, de orientação lusotropicalista, insistem em representar como complacentes. Por isso a importância de uma história escrita por mãos negras, baseada nas vivências da população negra, como uma reescrita da história brasileira. E como nosso tema aqui é comida, devo dizer que também a história social da alimentação no Brasil carece de ser reescrita. Atualmente tem muita gente se dedicando a isso. Listei alguns nomes acima.

Suponho que essa reescrita apresenta coisas novas (e boas) conforme traz outras epistemologias, quando insere sensibilidades decolonizadas para contestar, com a escrita de si, narrativas como de Câmara Cascudo em seu livro História da Alimentação no Brasil. São outros enquadramentos, portanto. Visam superar as narrativas que apresentam o africano e o indígena como sujeitos totais e mumificados, felizes com a missão de contribuir culturalmente, baseadas na ideia de um iberismo absorvente de fundo.

Enfim, nossa série fala das diásporas africanas no seu aspecto alimentar no Brasil, tendo o cuidado para não cair nas armadilhas epistemológicas do inclusivismo retórico da formação da cultura brasileira de perspectiva lusotropicalista. Uma série de reescrita, feita por mãos negras, com outras sensibilidades pressupostas. Que trata a culinária negra em termos de agência política, e fala da cozinha como espaço de organização e exercício contra-colonial. Perspectiva que obviamente seria muito diferente das representações do escravizado dócil, que desconsidera nosso histórico de revoltas. Estariam em jogo outras sensibilidades e epistemologias, como vem fazendo pesquisadoras e pesquisadores atualmente, que, aos poucos, reescrevem e fazem a história social da alimentação no Brasil sob outros parâmetros conceituais.

O livro de Jessica S. Harris começa com a autora se apresentando: “I am an African American” [Eu sou afro-americana]. E isso já diz muito. Uma história feita por mãos negras. Que nossa série siga esses termos, que fale, pela comida, de pessoas e movimentos políticos e culturais da população negra no Brasil. Que aborde os trânsitos contínuos de saberes e não reduza a ancestralidade africana como algo do passado. A mudança é o deslocamento epistemológico feito por uma narrativa sensível, como Beatriz Nascimento – “Eu sou preta, penso e sinto assim” – diz em seu texto “Por uma história do homem negro”, que compõe o livro já citado.

Enquanto a Netflix não se atenta para a necessidade de financiar uma série nossa, seguimos com os nossos trabalhos. Enquanto Lourence não assume a função atribuída, nos contentamos com os espaços onde tratamos dos saberes da nossa gastronomia afrocentrada. É por isso que eu deixo aqui, para concluir, o convite para o painel temático “Alimentação: saberes e tecnologias ancestrais africanas e afro-brasileiras” que vai acontecer no Festival do Conhecimento da UFRJ, na próxima quinta-feira, 15 de julho, às 11:30, no espaço virtual do evento. Convidei Aline Chermoula, Lourence Cristine Alves e Tâmisa Marques Caduda para um bate papo, essas que são as possíveis narradoras de nossa série documental, que necessita ser produzida. Alô, Netflix!

Rodolfo Teixeira Alves, sou antropólogo (UFRJ) e desenvolvo atualmente o projeto de pesquisa “Alimentação e cidade: circuitos de restaurantes afros no Rio de Janeiro”.

Expansão de acordo entre Netflix e Shonda Rhimes prevê recursos para diversidade e inclusão

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Foto: Divulgação.

Após o sucesso estrondoso de Bridgerton, a Netflix e a produtora Shonda Rhimes vão expandir sua relação de conteúdos criativos. Esta parceria expandida servirá como oportunidade para a Netflix e a Shondaland Media produzirem, transmitirem em streaming e distribuírem exclusivamente filmes e potenciais conteúdos em formato de videojogos e realidade virtual.

Um elemento integral do acordo geral é o compromisso da Netflix em investir e fornecer uma infraestrutura financeira e técnica para apoiar a missão da Shondaland para criar programas de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade que fomentem a representação na indústria para grupos sub-representados, tanto nos EUA como no Reino Unido. Mais detalhes ainda serão anunciados.

“Ted Sarandos, Bela Bajaria e toda a equipe da Netflix têm sido parceiros incríveis ao longo de todo o processo, apoiando a minha visão criativa e dando mostras de uma dedicação incansável à inovação que fez da Netflix o que a empresa é hoje. Eu e a equipe da Shondaland estamos felizes e muito entusiasmadas por expandir a relação com os nossos parceiros de conteúdos da Netflix”, disse Shonda.

Inspirada na série de best-sellers de Julia Quinn, Bridgerton, da Shondaland, quebrou recordes na Netflix, sendo visualizada por 82 milhões de famílias de todo o mundo nos primeiros 28 dias. A Shondaland estabeleceu, assim, uma nova série global através do género do romance, tão menosprezado em tempos e agora bem conhecido dos espetadores.

A segunda temporada de Bridgerton está em produção, com estreia prevista para 2022. A Netflix já renovou a série para mais duas temporadas e já foi anunciado que o universo Bridgerton será expandido com uma nova minissérie baseada nas origens da Rainha Carlota. Embora a série se centre na ascensão da jovem rainha, vai também contar a história da jovem Violet Bridgerton e de Lady Danbury. Shonda Rhimes vai escrever a série e será produtora executiva, juntamente com Betsy Beers e Tom Verica. O título oficial e outros detalhes ainda não foram anunciados.

“Gama era um homem justo num mundo injusto”: César Mello fala sobre interpretar Luiz Gama nos cinemas

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Imagem: Angelo Fernandes

O filme “Doutor Gama”, inspirado na história do primeiro homem negro a se tornar advogado no Brasil, Luiz Gama, tem estreia prevista para 29 de julho e tem direção do conceituado Jeferson De, que busca evidenciar a história deste nome para um Brasil que tenta apagar sua trajetória.

Falando sobre a história deste advogado, jornalista, abolicionista e escritor, o longa retrata a historia de vida de Luiz, que alforriou, por vias judiciais, centenas de vítimas da escravidão. Fazendo o uso das leis com conhecimento e precisão. Obteve uma provisão para advogar, pois mesmo sem ter frequentado o ensino superior, provou ter todos os conhecimentos necessários de sobra.

Sua missão era libertar e garantir o direito de pessoas em condições de escravidão – seus irmãos desvalidos como costumava dizer -, e exigir que as leis existentes no país fossem aplicadas e isso será mostrado no filme “Doutor Gama”.

Pensando na responsabilidade de interpretar um personagem tão importante na história do país, o ator César Mello conversou exclusivamente com o Mundo Negro e falou um pouco mais sobre os desafios em interpretá-lo.

Em seu elenco, estará também César Mello, Teka Romualdo, Johnny Massaro, Mariana Nunes, Romeu Evaristo, Sidney Santiago, Dani Ornellas, Erom Cordeiro, Nelson Baskerville, e participação especial de Zezé Motta e Isabél Zuaa.

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1-Como foi receber o convite para interpretar Luiz Gama?

Eu fiz teste pro personagem Santos, que nosso incrível Romeu Evaristo interpreta no filme. Depois de um tempo me chamaram para um novo teste, dessa vez para o Luiz Gama, quando me mandaram o texto eu li, fiquei super empolgado, achei que era uma chance incrível e me dediquei muito. Decorei o texto e fiz uma self-tape na sala da minha casa e enviei para a produção do filme. Depois de alguns dias fui chamado pra uma reunião com o Jeferson De na produtora dele. Conversamos bastante, ele me recebeu muito bem, falamos sobre o roteiro, como ele gostaria de conduzir o filme, carreira, amizades. Nunca vou me esquecer que num determinado momento da conversa ele me olhou e disse sorrindo – você é o nosso Gama – então nos abraçamos. Eu me lembro que fiquei muito emocionado. Foi um daqueles momentos em que você perde o chão, o tempo pára e sua história faz sentido.

Receber um convite para interpretar um herói negro é como um sonho de infância que você nem sabia que tinha. Eu não conheci Gama na minha infância porque Gama e sua história foi propositalmente apagada, sua vida não estava nos meus livros didáticos, mas eu tenho certeza que se eu tivesse lido sobre esse homem e sua grandeza, seu legado e sua história, se alguma de minhas professoras tivesse me contado a biografia desse herói admirável, eu teria sonhado ser ele.

Gama é a personificação do personagem que eu sempre quis fazer.

2- Quais os desafios em dar vida ao personagem e como fez essa construção?

Bem, muitos desafios, o primeiro e muito importante é que Gama era um homem justo num mundo injusto e carregava nas costas o peso da responsabilidade de provocar mudanças no mundo. A São Paulo de sua época não tinha transporte público, as roupas não eram muito confortáveis, andava-se muito, então trabalhamos muito esse estado de alma incansável no corpo de um mortal, como isso afeta o olhar, sua energia, seu coração, sua vida.

Outro desafio foi o fato de Gama ser conhecido como excelente orador, ele tinha o dom da palavra, sabia se comunicar muito bem, era um exímio advogado então eu sabia que isso era uma coisa que mereceria a minha dedicação. Pra me conectar com essa sua inteligência verbal eu lia seus textos em voz alta por horas e horas, até cheguei a decorar muitos trechos, eu queria captar a maneira que Gama pensava, sua lógica, como ele construía seus textos e como provavelmente desenvolvia isso nos tribunais. Isso foi muito importante porque me deu muitos elementos que utilizei em cena.

Trabalhamos sua intimidade com sua esposa Claudina, Gama era poeta e deixamos isso transbordar nos ensaios que tive com Mariana Nunes, foi um momento muito importante na construção desse personagem porque me deu um pouco da dimensão íntima desse homem.

Enfim, eu sempre soube que os desafios seriam imensos e muitos, tentei trabalhar um a um agrupando-os e deixando me tocar por eles. As cenas eram difíceis e tentei enfrentar uma de cada vez . Foi um trabalho árduo mas inesquecível.

Imagem: Pedro-Iglesias

3- Por que acha importante levar a história de Luiz Gama ao conhecimento das pessoas?

Primeiro porque foi uma história propositalmente apagada, Gama era uma força vital e poderosa, não aceitou a sociedade desumana da qual fazia parte, não aceitou a lei sendo válida para poucos em benefício de uma classe corrupta e escravocrata, nunca baixou a cabeça, enfrentava juízes, advogados, donos de escravos em longas discussões, debates, textos, cartas, publicações, charges, ele era incansável.

Também é muito importante contar essa história porque Gama sempre foi o exemplo do homem negro que a sociedade brasileira escondeu, era negro, bonito, inteligente e competente, bom pai, esposo e o Brasil sempre evidenciou o escravo cabisbaixo e obediente, o negro vadio, o preto mal vestido e intelectualmente pobre, evidenciou a Lei Aurea como um presente branco aos pretos impassíveis, ou seja, o Brasil sempre vendeu uma mentira. A Luta negra pelo fim da escravidão foi incansável e determinante para o fim da mesma, e quem era uma das vozes mais poderosas de sua época gritando nos tribunais pelo fim da escravidão? Gama. Numa época em que desembarcar navios negreiros no Brasil já era ilegal pela lei de 1831 e que mesmo assim continuava, quem foi o cara inteligentíssimo que usou essa mesma lei pra libertar centenas e centenas de escravos? Luiz Gama.

Por isso é importante contar essa história. Ele é importantíssimo, seus textos continuam atuais, sua voz pedindo justiça continua atual, ele é um exemplo da contribuição intelectual negra no Brasil, ele é exemplo a ser seguido nesse país injusto, corrupto, com governantes atrasados e mal intencionados. Gama é necessário nesse pais pra influenciar milhões de jovens negros e periféricos que precisam muito de referência de força, inteligência e senso de justiça.

4- Qual a expectativa com o lançamento?

Acho que estou ansioso para compartilhar essa história com as pessoas, estou ansioso para que enfim essa história exista para o público. Estou ansioso para ver os atores, assistir o filme com eles, com o Jeferson, com a equipe toda.

Espero que esse filme chegue para todo mundo, todos nós temos alguma coisa a aprender com esse personagem, algo a aprender revisitando nossa história. Que ele nos inspire a seguir em frente, a nos unir contra as injustiças, a sermos um só povo quando o assunto for atraso e corrupção. Gama vive.

“Babu 90”: Babu Santana estreia projeto no Instagram focado em bem estar

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Imagem: Divulgação

O ator Babu Santana estreou nesta segunda-feira (12) o quadro “Babu 90” em seu Instagram com foco em bem estar. A ideia do projeto é mostrar um pouco da rotina de trabalho do carioca e como ele tem se cuidado desde que descobriu o seu quadro de diabetes. Uma das metas do ator é chegar aos 96 kgs.

“Nosso corpo deve ser celebrado. E a ideia deste projeto é justamente mostrar como podemos nos sentir melhores com exercícios, bem como isso reflete em nossa saúde física e emocional, gerando também um impacto na autoestima. Devemos lembrar que nosso corpo é morada, é o lugar que habitamos 24 horas. Isso preciso de afeto e cuidado”, declarou o ator.

A meta do quadro será misturar entretenimento, conhecimento e saúde, Babu Santana trará sempre uma novidade em cada um dos quadros. Ou seja, além do foco em sua saúde, “Babu 90” também terá conteúdos sobre a rotina de ator, viagens, a relação com os filhos e, claro, o foco no emagrecimento.

“Toda segunda-feira eu vou compartilhar com vcs esse diário de emagrecimento saudável. Eu quero chegar aos meus 96 em 6 MESES! E claro, estou fazendo tudo isso com acompanhamento de profissionais da área.” Disse o ator, após compartilhar seu primeiro vídeo do projeto em forma de igtv.

Protestos se intensificam na África do Sul após prisão do ex-presidente Jacob Zuma

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Em protestos contra a prisão do ex-presidente do país, Jacob Zuma, muitos sul-africanos  saquearam lojas em Joanesburgo durante a madrugada de domingo para segunda. Um trecho da rodovia M2 foi fechado e manifestantes caminharam pelas ruas de Joanesburgo no último domingo (11). Zuma foi condenado a 15 meses de prisão por desacato ao tribunal que o intimou para depor em 7 de julho sobre um inquérito que está investigando casos de corrupção ocorrido durante os nove anos em que esteve no poder (Zuma saiu do comando em 2018). Segundo jornais locais, mais de 60 pessoas já foram presas durante os distúrbios.

Jacob Zuma, ex-presidente da África do Sul, entrega-se à prisão
Imagem: Reuters

Os protestos têm sido mais violentos na província de Kwazulu-Natal (KZN, leste), onde Zuma nasceu. 

Em pronunciamento o presidente Cyril Ramaphosa pediu calma e pediu aos sul-africanos que “falem dentro da estrutura da lei” e “evitem a destruição que pode assolar ainda mais a economia”. A África do Sul fechou as lojas que vendem bebidas alcoólicas devido à pandemia de Covid e essas foram as mais visadas pelos manifestantes, que tiveram de enfrentar a polícia entre domingo e hoje.

Apesar de ser investigado por escândalos de corrupção, Jacob Zuma ainda tem a imagem fortemente ligada ao movimento anti-apartheid, o que causa simpatia em muitos moradores do país.

“O perfil dele não para de ganhar seguidores”: Criminalista fala sobre violência contra mulheres

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O DJ Ivis, também conhecido como rei da pisadinha, foi denunciado pela ex-esposa, Pamella Holanda, por agressão. Em uma série de vídeos divulgados por Pamella, Ivis aparece dando tapas, chutes e um soco em sua costela. A advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, Fayda Belo, postou um vídeo comentando as desculpas que Ivis deu para “justificar” as agressões. O homem diz que não agrediu ninguém, mas a advogada questiona “E isso é o quê?”, enquanto imagens mostram as sequências de agressão.

Ex mulher de DJ Ivis publica imagens sendo agredida pelo músico -
Imagem: Instagram

O Site Mundo Negro conversou com Belo sobre o caso e as razões do ocorrido ter rendido ao artista o aumento de seguidores. Mesmo uma figura pública não tem medo das implicações de um crime de agressão contra a mulher e a advogada aponta a situação com que o Brasil trata a violência doméstica. Questionada sobre a falta desse temor perante as leis, Fayda diz: “A falsa ideia de impunidade. Primeiro porque vivemos em um país que minimiza a violência contra a mulher. Olha a Maria da Penha. Ela precisou ir até uma Corte internacional para conseguir uma resposta jurídica à violência que vivia há anos.Somado a isso o fato de que alguns homens acham que o dinheiro, o poder, a fama poderão livrá-los de uma punição judicial”, afirma a especialista, que prossegue: “Também precisamos lembrar do machismo cultural que existe em nosso país. Exemplo disso são as redes sociais desse rapaz que agrediu sua esposa, todos viram os vídeos, e mesmo assim o perfil dele não para de ganhar seguidores. Sem contar que ainda estamos assistindo inúmeras pessoas, tentando justificar a atitude dele, como se houvesse alguma justificativa para agressão de uma mulher”, declara.

Imagem: Instagram

O perfil do músico está com os comentários restritos apenas para seguidores. Entre novos fãs e pessoas que buscam conseguir atacar Ivis, o perfil cresceu em mais de 200 mil seguidores desde que os vídeos das agressões foram divulgados. Para Fayda isso “demonstra o peso do machismo cultural e a normalização da violência contra a mulher no Brasil”. 

Além da necessidade em manter a imagem de ídolos intacta, Belo aponta outros fatores para a atração por perfis de personalidades violentas. “Estamos vivendo tempos de inversão clara de valores no país, em que as pessoas têm se mostrado realmente atraídas por personalidades agressivas e polêmicas, o que com certeza colabora para o aumento da violência que estamos assistindo todos os dias”, reflete.

A cada minuto, oito mulheres são vítimas de agressão no país, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com o isolamento social, oriundo dos cuidados para não propagação do coronavirus, esses números cresceram. Obrigadas a conviverem com os agressores e com as possibilidades de denúncia reduzidas..

Falamos um pouco com mais com Fayda Belo sobre o caso de Pamella Holanda.

Mundo Negro: A exposição ajudará a protegê-lo das ameaças? Quais passos ela deverá seguir?

Fayda Belo: Penso que a exposição ajudará ela a ter menos chance de sofrer ameaças ou outra agressão. E também irá colaborar na celeridade do processo.

Mas, além disso ela deve reunir o máximo de provas que puder (prints, vídeos, fotos, testemunhas), procurar uma profissional de sua confiança, e requerer junto à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público além do exame de corpo delito, a instauração de inquérito policial, bem como medida protetiva em seu favor.

Lembrando, que a medida protetiva não se resume apenas em fazer o agressor ficar distante da vítima, mas também em seu afastamento do lar do casal, bem como guarda provisória dos filhos, provocação de venda dos bens do casal, bem como também um valor de pensão caso ela seja dependente economicamente dele.(artigos 23 e 24 da lei Maria da Penha).

Importante lembrar que se durante o inquérito ele se aproximar ou fizer qualquer tipo de ameaça a ela ou a seus familiares, poderá ser solicitada sua prisão preventiva como determina o artigo 313, III do Código de Processo Penal.

Mundo Negro: Para as mulheres que sofrem violência sem a mesma repercussão o atendimento em delegacias ainda é precário.

Como mudar essa situação?

Fayda Belo: Precisamos que o combate à violência contra mulher seja uma política pública prioritária. Que haja empenho do poder público em combater esse câncer que assola muitos lares diariamente.

Não é brincadeira.Não é mimimi. Hoje é a violência física e amanhã é o feminicídio. Mas para isso precisamos investir em treinamento, capacitação e humanização dos órgãos públicos para receber essa mulher e ajudá-la de forma efetiva, e não duplamente vitimizá-la como ocorre quase sempre.

Para as mulheres vítimas de violência física e psicológica, a criminalista deixa uma mensagem: “Amor não dói, não humilha, não machuca. Não deixe ninguém se sentir confortável desrespeitando você. Não deixe de denunciar. A denúncia pode salvar sua vida”, conclui.

Central de Atendimento à MulherLigue 180 , Lei Maria da Penha

Tenista Naomi Osaka ganha versão Barbie

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A tenista Naomi Osaka vai se tornar uma boneca Barbie. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela Mattel e faz parte da série Barbie Role Model, projetada para celebrar modelos da vida real. “É uma honra fazer parte da série da Barbie e lembrar as garotas que elas podem fazer a diferença no mundo”, disse Osaka em um comunicado à imprensa. “Quero que as meninas em todos os lugares se sintam capacitadas para sonhar grande e saber que se acreditarem em si mesmas, tudo é possível!

A boneca usa trajes inspirados em um look que Osaka usou durante o Aberto da Austrália de 2020 , que inclui um vestido Nike com estampa de pincelada, viseira branca e tênis azul. Ela também vem com uma raquete de tênis Yonex que lembra a que Osaka usa na quadra.  

Foto: Divulgação

“Estamos extremamente honrados em destacar Naomi Osaka como parte de nossa série Barbie Role Model. Ela abriu o caminho para as futuras gerações de meninas sonharem mais alto e, por meio de sua coragem e honestidade inabaláveis, mostrou ao mundo a importância de ser sua maior campeã ”, disse Lisa McKnight, vice-presidente sênior e chefe global de Barbie e bonecas da Mattel. “Naomi continua a quebrar barreiras dentro e fora da quadra e é um modelo poderoso para os fãs em todos os lugares.” 

Na semana passada, a Netflix anunciou um documentário inspirado na vida da atleta, que tem falado frequentemente sobre a importância de valorizar a saúde mental dos profissionais do esporte.

Lewis Hamilton sai em defesa de jogadores ingleses atacados com xingamentos racistas

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O heptacampeão de Fórmula 1, Lewis Hamilton, saiu em defesa dos jogadores ingleses vítimas de comentários racistas nas redes sociais. Ontem aconteceu a final da Eurocopa e a seleção da Inglaterra perdeu nos pênaltis para a Itália. Os jogadores ingleses Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka erraram suas cobranças e após o jogo foram vítimas de comentários racistas. “O abuso racial nas redes sociais contra nossos atletas, depois do jogo de ontem, é inaceitável”, escreveu Hamilton no Instagram. “Esse tipo de ignorância precisa parar. Tolerância e respeito por nossos jogadores de cor não deveria ser algo condicional. Por favor, não deixe quieto ao encontrar gente postando ódio. Desafie-os a mostrar humanidade, independente de cor. Estou muito orgulhoso de onde a Inglaterra chegou”, postou.

Black English Soccer Stars Marcus Rashford, Jadon Sancho, and Bukayo Saka  Supported by Fans After Racist Outburst | Teen Vogue
Imagem: Reprodução

Hamilton, torcedor do Arsenal, também falou sobre como se sentia ao acompanhar a final do torneio, que representava a chance da Inglaterra ganhar a Eurocopa pela primeira vez em sua história. “Muita coisa estava passando pela minha cabeça enquanto assistia aos últimos momentos do jogo de ontem”, recordou. “Por um lado, estava muito orgulhoso de como chegamos longe [na Eurocopa], estando na final com uma equipe muito diversa, o que é uma conquista que nos orgulha muito. Só que, com os jogadores indo bater pênaltis, fiquei preocupado. A pressão para entregar resultado é sentida por todos os atletas, mas essa experiência ganha um novo nível quando você é uma minoria representando um país. O sucesso seria como uma vitória em dobro, mas o fracasso também seria em dobro, composto também por racismo”, refletiu.

Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) divulgou um comunicado para condenar os atos. “A FA condena veementemente todas as formas de discriminação e está chocada com o racismo online que tem sido dirigido a alguns de nossos jogadores da Inglaterra nas redes sociais”, informou o comunicado oficial. “Não poderíamos deixar mais claro que alguém por trás de um comportamento tão repulsivo não é bem-vindo ao seguir a equipe. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar os jogadores afetados, ao mesmo tempo em que pedimos punições mais duras possíveis para os responsáveis.”

O Prefeito de Londres, Sadiq Khan, pediu às plataformasl que retirassem os conteúdos ofensivos do ar . “Os responsáveis pelo nojento abuso online que vimos devem ser responsabilizados  e as empresas de mídia social precisam agir imediatamente para remover e prevenir esse ódio”, afirmou o político. Pelo twitter, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi outro que protestou contra o caso de racismo. “Estes jogadores da seleção da Inglaterra merecem ser tratados como heróis e não agredidos racialmente nas redes sociais”, escreveu no Twitter.

https://www.instagram.com/p/CROr8f8r4qy/

Lewis Hamilton, primeiro piloto negro da Fórmula 1, se manifestou nos casos das mortes por policiais de George Floyd e Breonna Taylor, em 2020. Antes de cada Grande Prêmio, o inglês se ajoelha em protesto antirracista, movimento acompanhado por outros colegas.“Eu queria muito essa vitória, como todos vocês. Só que, para mim, era muito mais do que apenas vencer uma Eurocopa. O comportamento desprezível de alguns mostra como ainda precisamos trabalhar muito. Espero que isso abra um debate sobre aceitação. Precisamos trabalhar para ter uma sociedade que não exija jogadores pretos provando seus valores através da vitória. No fim, todo mundo na equipe da Inglaterra deveria se orgulhar do alcançado, de como nos representaram”, concluiu em sua postagem.

Festival Julho das Pretinhas realiza evento de arte-educação voltado para crianças negras

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Foto: Reprodução.

Programação acontece até 31 de julho com temas sobre representatividade, autoestima e valorização da identidade afro-brasileira. Festival é idealizado pela atriz Cássia Vale

A terceira edição do Julho das Pretinhas reúne uma série de ações voltadas para potencializar o empoderamento de meninas negras através de atividades culturais e educativas como bate-papos, oficinas criativas e apresentações artísticas. A programação deste ano tem como tema “Representatividade cura” e acontece virtualmente durante todo mês, até 31 julho, através das redes sociais  @julhodaspretinhas e é voltada para crianças, adolescentes, ativistas e educadores de todo o Brasil. 

O festival nasceu em 2019, idealizado por Cássia Valle, que também assina a coordenação artística do evento, e desde sua estreia conta com apoio do Centro Educacional Maria Felipa, responsável pela coordenação pedagógica. Cássia tomou como referência o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho, para propor um evento voltado ao público infanto-juvenil. Nesta terceira edição,  o evento é organizado pela DiPreta Produções, Moinhos Giros de Arte e Cultura e do Selo Calu Brincante.

A programação conta com oficinas de teatro, podcast e maquiagem, voltadas para crianças e adolescentes negras, além de apresentações de teatro, música, dança e poesia. Todas as atividades são gratuitas, exceto as oficinas que custam R$ 50 cada. “Também teremos todas as segundas o Conto das Pretas com histórias de escritoras negras baianas e às sextas o Fala Pretinhas com meninas falando de sua perspectiva sobre representatividade”, conta Cássia Valle. Toda a programação é produzida e conduzida por mulheres e meninas negras, tendo em vista a inclusão dessas narrativas para influenciar processos artísticos e educativos. 

Cássia ressalta ainda a importância de trazer referências e estimular a autoestima dessas crianças. “Para criarmos mulheres negras empoderadas precisamos plantar a semente desde cedo e os meninos também estão convidados a entrar nessa roda, porque contribuímos na formação de homens mais conscientes no tratamento com essas mulheres”, conclui Cássia. 

SERVIÇO

Julho das Pretinhas

Lives e Apresentações Artísticas Gratuitas

No instagram @julhodaspretinhas

até 31 de julho

INSCRIÇÕES PARA OFICINAS

Oficina de Maquiagem

24 de julho: 14h às 16h

Oficina de Podcast para crianças e adolescentes – Inscreva-se aqui

16  e 17 de julho: 14h às 16h 

PROGRAMAÇÃO – Acompanhe em @julhodaspretinhas

12 (segunda) 10h Conto das Pretas (IGTV) com Paula Brito 

14 (quarta) 10h Apresentações artísticas das pretinhas selecionadas na Chamada Artística | 17h Bate-papo com artistas 

16 (sexta) 17h Falas Pretinhas (LIVE no INSTAGRAM)

Convidadas: Maria Flor, Brenda Black – mediação Ayana Dantas

16 e 17 (sexta e sábado) – 14h às 16h – Oficina de podcast para crianças com Francis Cardoso | Inscrições: Sympla

19 (segunda) 10h – Conto das Pretas (IGTV) Kalypsa Brito 

20 (terça)  10h – apresentações artísticas das pretinhas selecionadas | 17h Bate papo com artistas

21 (quarta) – Ocupação da página Julho das Pretinhas por Lorena Passos da Entrelinhas e encerramento com LIVE às 17h  

22 (quinta) –  10h Apresentações artísticas das pretinhas selecionadas na Chamada Artística | 17h Bate-papo com artistas

23 (sexta) – Ocupação da página Julho das Pretinhas por Clube de Leitura Arte e Identidade e encerramento com LIVE  às 17h 

24 (sábado) – Ocupação da página por Ana Fátima – Escritora

24 (sábado) – Oficina de Maquiagem com Natália Cavalcante  

Inscrições: Sympla

25 (domingo) – 10h – Matinê com coletivo teatral Os Crespos (SP)

16h – Sarau Julho das Pretinhas 

26 (segunda) 10h – Conto das Pretas (IGTV) com Cássia Valle 

28 (quarta) –  17h LIVE Falas Pretas (tema: empreendorismo infantil e crianças pretas) 

30 (sexta) –  17h Falas Pretinhas (LIVE no INSTAGRAM)

31 (sábado) – Sarauzinho dendicasa

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