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Curta-metragem “A 7 Tragos do Chão” brinca com o tempo numa sequência hilária de absurdos

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Filmes que brincam com a repetição do tempo costumam despertar curiosidade e render bons plots, sendo a fórmula mais lembrada a de “Feitiço do Tempo” com Bill Murray. Em outros casos podem render alguns furos de roteiro incômodos como foi em “Vingadores – Ultimato”. Em “A 7 Tragos do Chão”, curta-metragem de 2019 dirigido por Ariel L. Dibernaci e Cláudia Sater, o recurso é utilizado de forma instigante e talvez por contar com menos tempo de projeção, a obra abre mão de explicações para focar no absurdo da situação. Alan (Saulus Castro)  reencontra Amira (Carol Alves) e se vê encurralado em um café numa tarde. O que ele não sabia é que essa tarde podia durar uma eternidade.

Imagem: Reprodução

Alan e Almira parecem ter uma longa história e arestas a aparar em suas vidas. O encontro no café pode ser a chance de Almirae Alan resolverem alguns nós do passado. Durante a conversa permeada por amenidades que escondem o que realmente os personagens querem dizer, a moça dá um bilhete a Alan e pede para ele só ler quando estivesse em casa. A impaciência por ler a mensagem acaba sendo a causa de uma tragédia, com a curiosidade matando o gato literalmente.

A aparição de um dos personagens após ter sido alvo de dois assaltantes é uma engraçada e bem sacada alusão a autosabotagem msculina. Saulus faz seu Alan parecer tão confuso e curioso quanto o público deve ficar. Como nos sentiríamos se nossos erros se materializassem em nossa forma física e ficassem tentando nos alertar? É esperta a escolha de em um diálogo mostrar que Alan já estava vivendo um loop de tempo há mais tempo do que se exibe em tela, justificando o cansaço do personagem em explicar aos outros uma situação que já não  lhe parece tão anormal.

Entre a passagem da cozinha com o cozinheiro Robson e o final hilário, o filme se assume como uma comédia do absurdo. Vinte minutos estranhos e divertidos.

“A 7 Tragos do Chão” passou por mais de 20 festivais nacionais e internacionais. Entre eles, foi exibido no BIMIFF – Brazil International Monthly Independent Film Festival, onde foi indicado a 9 categorias, incluindo “Melhor Filme”. Neste festival, levou pra casa os prêmios de “Melhor Roteiro” e “Melhor Ator Coadjuvante” com o ator Hamilton Oliveira, além de levar menção honrosa no festival London International Monthly Film Festival na Inglaterra. O filme já foi visto em festivais da Romênia, Canadá, Índia e EUA.

“A 7 Tragos do Chão” estreia sábado (19) na Wolo TV.

‘Esquenta’ para o Festival Latinidades traz programação infantil a partir das tranças africanas

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Foto: Divulgação

Com foco em meninas de 8 a 13 anos, ação on-line aborda o tema da representação do cabelo e da beleza negra durante os quatro sábados de julho

Nos dias 03, 10, 17 e 31 de julho, o Festival Latinidades 2021, repetindo a estratégia do ano passado, realiza uma edição esquenta. Voltado para meninas negras de 8 a 13 anos, o Festival e o Instituto Akoma vão oferecer um curso online que aborda o cabelo crespo como identidade e expressão. O evento será pela plataforma Zoom e as inscrições podem ser feitas até o dia 01 de julho por aqui.

O principal objetivo do esquenta é colocar as crianças participantes em contato com as diversas representações do cabelo e da beleza negra. O curso vai contar com leitura, discussão e tarefas de resolução de problemas na área de biologia, geometria, química e expressão criativa a partir do pensamento das tranças africanas. As crianças terão a oportunidade de documentar todo o processo.

“É uma alegria poder concretizar essa parceria. Além disso, vamos promover um espaço divertido e de aprendizado para essas crianças, algo que faz a diferença”, afirma Jaqueline Fernandes, coordenadora do festival.

O Latinidades completa 14 anos em 2021 e, como forma de celebração, anuncia a parceria com o Instituto Akoma. A entidade tem como missão cultivar uma comunidade global de aprendizagem para meninas negras e afro-indígenas, proporcionado justiça educacional para comunidades marginalizadas e contam com professores ao redor do mundo.

Ascensão Negra — O Festival deste ano traz como tema a ascensão negra. O evento, que acontece de 22 a 25 de julho, novamente de forma online, vai abordar uma sequência de acontecimentos que reforçam a contribuição da população negra para a humanidade. A programação completa ainda não foi divulgada.

Os principais conteúdos das atividades do Latinidades estarão ligados a temas como espiritualidade, bem viver, autoconhecimento, saúde, afeto, economia/finanças, estética/beleza, disputa política sobre futuros e epistemologias/cosmovisões afro-centradas.

Ana Mametto lança xote sobre amor e saudade

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Foto: Divulgação

A cantora baiana Ana Mametto lançou, nesta sexta-feira (18), a música Pra Sempre com Você. Com um clima de muito romance e na pegada das festividades juninas, a música está disponível em todas as plataformas digitais.

Composta por Yacoce Simões, Pra Sempre com Você é um Xote – ritmo tradicional nas festas juninas no Brasil – que traz na letra o tema da saudade dos momentos marcantes compartilhados com outras pessoas. É uma música que fala da saudade como forma de gratidão, uma comemoração por ter vivido momentos incríveis ao lado de quem se ama. Os festejos juninos têm a força de unir amigos e famílias. Com o distanciamento social necessário e sem a nossa festa, a saudade aperta ainda mais”, diz Ana Mametto.

Compositor, produtor e arranjador da música, Yacoce destaca que a inspiração veio do desejo de pensar com gratidão nas pessoas que deixam marcas nas vidas de outras pessoas: “Aqueles que amamos são eternos para nós e nos inspiram no momento em que pensamos neles. Essa canção desperta a sensação de que devemos ser gratos por nossas experiências e convívios”.

O último trabalho de Ana Mametto foi o álbum Saudação – que prestou uma homenagem ao repertório afro-brasileiro e foi bem recebido pela crítica especializada. O projeto também contou com uma série de quatro programas na web com o mesmo nome e tema.

A gravação de Para Sempre com Você reuniu os músicos Yacoce Simões, no baixo, violões, guitarras, blocks, pratos, ganzá, teclados e acordeon; e Citnes Dias na bateria, zabumba e triângulo. Confira o clipe:

https://www.youtube.com/watch?v=dvMhRFn4zN8

Não vamos esperar pessoas pretas morrerem para dar visibilidade. Celebre pessoas pretas em vida!

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No dia 8 de junho, a designer de interiores, Kahtlen Romeu, de apenas 24 anos, foi assassinada com um tiro no tórax em alegado confronto entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro. Após a morte da jovem, que estava grávida de quatro meses, houve um boom de seguidores em seu perfil do Instagram. As pessoas podem ser motivadas por algum tipo de curiosidade mórbida ou sentimento de justiça tardia ao papel que a pessoa fazia em vida, mas qual razão de tantas meninas negras produzirem coisas incríveis e continuarem invisibilizadas em vida? Bem sabemos as razões.

Atrizes, modelos, jornalistas, quadrinistas, escritoras, ilustradoras, estilistas, precisamos celebrar essas mulheres e homens em vida. Enquanto pessoas brancas ganham milhares de reais por mês oferecendo serviços para quais não são devidamente capacitadas, profissionais negros orbitam à margem da indústria de serviços e produtos.

Celebrar jovens pretos em vida é necessário (Imagem:Ronald Santos Cruz)

Mesmo que atualmente possamos ver mais mulheres e homens de pele escura em propagandas de grandes marcas, isso nem de perto é reparação por anos e anos de invisibilização do talento e da beleza negra. Observemos que também há uma insistência nos mesmos rostos. Não que não seja maravilhoso vermos Taís Araújo, Lázaro Ramos, Camila Pitanga e outros consagrados em evidência, mas muitas ‘Kahtlens’ falam coisas bacanas para pouquíssimas pessoas.

Imaginem se pudéssemos celebrar as ideias e produção de influenciadoras e influenciadores que disputam espaço de nicho no meio de um mar de pessoas brancas ganhando notoriedade por razões que se resumem apenas aos privilégios de sua pele. Precisamos parar de esperar uma tragédia acontecer para pesquisar perfis nas redes sociais. Se nossa curiosidade atiça na morte, também pode ser avivada na vida.

Todo pequeno influenciador preto conhece outro pequeno influenciador. Peça dicas, pergunte se a pessoa que você segue conhece algum preto ou preta que fale sobre assuntos que te interessam no momento e leia, engaje, contrate o serviço. O shampoo de indicado para cabelos crespos por aquela mulher negra com cinco mil seguidores fará tão bem quanto a marca indicada por aquela bloguerinha branca com milhões que nem responde seus comentários.

Pessoas pretas precisam ser vistas, adoradas, lidas, aplaudidas em vida, enquanto seus olhos veem, seus ouvidos escutam, seus egos funcionam.

Se Kahtlen Romeu  tivesse tido oportunidades de tirar a família de uma região violenta, se tivesse sido vista mais jovem, ganhado o dinheiro destinado a pessoas brancas com a mesma profissão, estaria viva? Não se pode afirmar em absoluto, mas as chances seriam a seu favor.

Olhe para as pessoas fantásticas que estão fazendo coisas incríveis ao seu lado. Celebre pessoas pretas em vida.

Disney anuncia projeto envolvendo produtores de animações de diversos países da África

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O Disney EMEA Animation Studio anunciou hoje uma série de projetos que tem como objetivo mostrar a África sob a perspectiva de criadores africanos. São curta-metragens animados capitaneados por talentos vindos de lugares como Uganda (Raymond Malinga), Zimbábue (Pious Nyenyewa), Quênia (Ng’endo Mukii), África do Sul (Terence Maluleke), Egito (Ahmed Teilab) e Nigéria (Shofela Coker). Entre os  títulos anunciados  está “Kizazi Moto: Generation Fire”, uma antologia de ficção científica em 10 partes produzida pelo co-diretor vencedor do Oscar por “O Homem-Aranha no Aranhaverso”, Peter Ramsey. A previsão de estreia é para 2022.

Imagem: Disney

Segundo Orion Ross, vice-presidente de animação da Disney Europa, Oriente Médio e África, a obra carrega o mesmo clima afrofuturista de “Pantera Negra”. Disney Junior e Disney Plus também compraram a série infantil “Kiya And The Kimoja Heroes”, uma  criada pelos sul-africanos Kelly Dillon e Marc Dey. Segundo a sinopse divulgada da obra, a história acompanha uma menina africana de 7 anos que adora balé e artes marciais e quando ela e suas duas melhores amigas colocam suas bandanas de cristal mágicas, elas se tornam super-heróis prontos para defender sua comunidade.

A série irá incorporar a filosofia do Ubuntu, a crença em um vínculo universal de compartilhamento que conecta toda a humanidade. O lançamento está previsto para 2023.

Todos os projetos serão disponibilizados no Disney+.

“Correndo Atrás”, filme protagonizado por Ailton Graça e Juliana Alves encerra homenagem ao cinema brasileiro no Telecine

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“Correndo Atrás”, filme protagonizado por  Ailton Graça, Juliana Alves e Juan Paiva e dirigido por Jeferson De (‘Bróder’, M-8 Quando a Morte Encontra a Vida), encerra a programação especial do Dia do Cinema Brasileiro, comemorado no sábado, 19 de junho, no Telecine. A comédia conta a história de Paulo Ventania (Ailton Graça), um morador do subúrbio do Rio de Janeiro que enxerga no agenciamento de jogadores de futebol uma saída para seus problemas financeiros. Ele encontra Glanderson, interpretado por Juan Paiva, jovem jogador que, em função de uma deficiência física, não possui dois dedos e joga de forma particularmente brilhante.
A comédia mostra a busca da dupla dos dois em busca do sucesso.  O filme é baseado no  livro de Hélio de La Peña, “Vai na bola, Glanderson”, lançado pela Editora Companhia das Letras em 2006.

Correndo atrás - Festival do Rio
Imagem: Divulgação

A produção é marcada pelo protagonismo preto. Filmado em 2016, mas só lançado agora, os membros da equipe brincam com o fato do filme ter trazido o protagonismo preto na produção antes de ‘Pantera Negra‘ no que Ailton Graça define como “Quilombo Cinematográfico” O ator, conhecido por trabalhos como no filme ‘Carandiru’ e na novela ‘Império’ falou em entrevista de lançamento na qual o Mundo Negro estava presente sobre a luta para que o filme ganhasse acessibilidade ao público.
“Esse filme é um acontecimento para gente. A gente já estava tentando desenvolver algo que falasse sobre o cinema negro no Brasil. Como ele aconteceria. Aí chegou para gente essa história. Tivemos encontro o Jefferson, o Helio, eu e quando vimos que podíamos fazer um filme genuinamente brasileiro com um cinema produzido, escrito e protagonizado por negros, mexeu com todo mundo”, diz o ator.

Juliana Alves concorda com o colega ao enfatizar a importância da representatividade em tela. “Correndo Atrás ” é um filme pioneiro. É um filme que veio trazer um sonho Eu, quando me vejo artista, o sentido desse ofício se torna muito mais real quando a gente consegue fazer um filme com pessoas lindas e mostra um poder que a gente tem. Temos uma equipe maravilhosa e enquanto for necessário vamos continuar hasteando essa bandeira. Quando o Hélio pensou esse filme ele não necessariamente estava pensando nisso, mas é lindo ver o poder da arte, como é possível contar uma história interessante e juntar com uma transformação social que a gente espera tanto”, conta.

Imagem: Divulgação

O roteirista do filme, Hélio De La Peña e o diretor, Jeferson De comentaram sobre o filme colocar justamente o homem hétero branco em condição de minoria dentro da produção e comentaram sobre como a mulher negra ganha destaque personalizada na personagem Jurema, defendida por Juliana Alves. “O que faz o filme muito feminino são as nossas atrizes. A Juliana Alves puxou muito para ela, é uma composição dela. A Juliana, boa parte do que está lá, grande parte da população brasileira tem as características da Jurema. Juliana trouxe de uma mulher incrível, educa esse homem negro, tanto o filho quanto o marido. É um filme muito brasileiro”, conta Jeferson que ganha o reforço da intérprete:”Ela é uma leoa. Ela quer o melhor para o filho, ela sabe que o filho merece e precisa do melhor. Ela joga duro mesmo, mas permite que o amor contamine essa relação. É uma mulher que ama muito, mas ela sabe que dentro do amor está o rigor”, reflete Juliana Alves.

O elenco tem dificuldade em lembrar quando foi a primeira vez que eles mesmos se viram representados nas artes, o que torna a produção de “Correndo Atrás” emblemática. De La Peña lembra de Mussum como fator de identificação. “Foi a primeira figura com a qual eu me identifiquei”. Ailton Graça conta entre risos que sua família não tinha TV, mas que ouvia os barulhos da TV em outros barracos do bairro e que para ele todo mundo era parecido com ele,mas que a primeira vez que pôde ver televisão se identificou com Grande Otelo e posteriormente ao ator bahamense estadunidense.Sidney Poitier, enquanto Juliana Alves diz que nunca teve facilidade em lembrar de mulheres negras retintas para poder se enxergar.

A produção de “Correndo Atrás” foi descrita pela equipe como uma celebração de alegria negra. O filme conta ainda com elenco estelar composto por Lázaro Ramos, Rocco Pitanga, Tonico Pereira, o também roteirista do longa Helio de La Peña,Lellê,Dadá Coelho, Nicole Bahls, Francisco Gaspar,Teka Romualdo, e participação especial de Antônio Pitanga.

Serviço:

Estreia – “Correndo Atrás” – direção de Jeferson De – 86 minutos

Telecine Premium – sábado, 19 de junho, às 22 horas 

Telecine Pipoca – domingo, 20 de junho, às 20 horas 

O filme estará disponível em streaming a partir de sábado, 19, no Telecineplay para os assinantes do serviço

Veja abaixo as datas de reprise: 

Telecine Premium  – segunda-feira, 21 de junho – 20H25 

Telecine Pipoca – quarta-feira, 23 de junho, às 22 horas            

Telecine Premium – quinta-feira, 24 de junho – 23H55 

Telecine Pipoca – sexta-feira, 25 de junho – 18H10         

Telecine Premium – domingo, 27 de junho – 08h40

Ladrão de bicicleta do Leblon é um homem branco

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Foto: Reprodução TV Globo

Igor Martins Pinheiro possui 28 anotações criminais, 14 delas por furto a bicicletas

Um homem branco foi preso nesta quinta-feira (17) por policiais da 14ª DP (Leblon), por ter furtado a bicicleta de Mariana Spinelli e Tomás Oliveira, na tarde do último sábado, no Leblon, Rio de Janeiro. O casal acuso o instrutor de surfe Matheus Ribeiro de ter roubado a bicicleta no mesmo local. Matheus registrou boletim de ocorrência de racismo contra o casal.

Segundo informações de O Globo, Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, foi surpreendido pelos agentes em casa, em um prédio em Botafogo, também na Zona Sul. No apartamento, foram localizados a bermuda que ele usava no momento do furto e ferramentas para a prática do crime, como alicate de corte usado para romper cadeados. Imagens de câmeras de segurança flagram a ação de Igor, que demorou menos de dois minutos.

Em seu Relatório de Vida Pregressa (RVP), Igor possui 28 anotações criminais, 14 delas por furto a bicicletas.

Imagem: Reprodução

Nas redes sociais, o caso repercutiu rapidamente por conta da cor da pele do acusado. As acusações racistas contra Matheus Ribeiro deram o tom das discussões sobre o caso de roubo nos últimos dias.

Com informações de O Globo.

Babu Santana estreia nesta quinta-feira em novela da Globo

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Babu Santana vai viver o policial federal Nanico. Foto: Divulgação.

Este será o primeiro papel de Babu desde a saída do BBB20.

O ator Babu Santana vai estrear na TV Globo nesta quinta-feira (17) como o policial federal Nanico, na novela Salve-se Quem Puder. “Ele é um policial durão, mas cheio de estilo. E é tanto estilo, modéstia à parte, que a Globo me alçou ao patamar de galã! Vai rolar até disputa para chamar a atenção dele!”, disse Babu.

Nanico é um policial federal que será escalado para reforçar a segurança de Alexia/Josimara (Deborah Secco), Kyra/Cleyde (Vitória Strada) e Luna/Fiona (Juliana Paiva) no Programa de Proteção à Testemunha.

“Eu pesquisei muito sobre o universo da Polícia Federal, comportamento e etc. Eu comecei a pesquisar os elementos por meio do texto do Daniel Ortiz. Aproveitei a quarentena para esse trabalho mais técnico de pesquisa”, contou Babu sobre sua preparação para dar vida ao policial.

Babu soube, depois que saiu da casa do BBB20, que o autor Daniel Ortiz era um torcedor atuante pela permanência dele no reality. E toda essa admiração acabou virando um convite para marcar a volta do ator às novelas depois do confinamento.

“Uma das coisas que as pessoas mais falavam para mim quando saí da casa é que o Daniel puxou uma torcida muito grande para mim publicamente com o desejo de ter a minha participação na novela. Estou muito feliz por ter dado vida ao Nanico, fiquei muito feliz em fazer parte do time.”

Babu precisou ficar um tempo ainda fora dos ensaios da novela, porque os estúdios foram fechados em função da pandemia de covid-19. “Foi um recomeço. Retomar a rotina de decorar textos, estudar e pisar num set novamente. Espero que eu consiga transferir para quem irá me assistir, todo o prazer que eu tenho em trabalhar atuando”, ressalta o ator.

Matheus Ribeiro: “Não é sempre que um racista vai dar a sorte de ser filho da dona”

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Foto: Guito Moreto / Agência O Globo.

O instrutor de surfe Matheus Ribeiro ficou conhecido nas redes sociais no último final de semana, após denunciar um caso de racismo que sofreu ao ser acusado de roubar sua própria bicicleta por casal de brancos no Leblon, Rio de Janeiro. Matheus concedeu uma entrevista exclusiva para o Mundo Negro, onde falou sobre sua capacidade de reação imediata no caso, a denúncia formalizada na delegacia e seus planos para o futuro.

Questionado sobre a demissão dos dois que o acusaram injustamente, Matheus foi categórico. “É muito bom ver que as empresas estão percebendo que isso afeta a imagem delas, e que elas não podem compactuar com esses comportamentos”. Sobre as notícias de que o rapaz demitido é, na verdade, filho da dona da loja ele cravou: “Não é sempre que o racista vai dar a sorte de ser filho da dona”. Confira a íntegra da entrevista.

MUNDO NEGRO – Como você está se sentindo, quase uma semana depois do caso de racismo que você denunciou nas redes sociais e repercutiram tanto?

MATHEUS RIBEIRO – Eu pude sentir um resultado bem positivo, com a repercussão do caso. Milhares de pessoas me mandando mensagem, pessoas me parando na rua. Então, deu pra sentir que as pessoas ficaram comovidas e pelo menos aparentou que a sociedade está querendo uma mudança. As pessoas já não aguentam mais que essas coisas aconteçam.

MN – Você formalizou uma denúncia sobre o caso? Como foi esse processo?

MR – Eu formalizei a denúncia sobre o caso, fui na delegacia do Leblon dois dias depois do caso, quando o caso já estava repercutindo mais nas redes, para minha segurança. Não achei tão satisfatório. Não pela forma como fui tratado, porque fui tratado super bem, mas pela forma como as leis desse país ainda funcionam. Chegando lá eu tive algumas orientações e eles me disseram que apesar de a sociedade saber que foi um caso de racismo, na lei, dificilmente a gente conseguiria enquadrar isso como racismo ou como injúria racial.

MN – Como você se conscientizou da existência do racismo na sociedade?

MR – Nós negros sofremos com o racismo desde cedo. Desde a infância a gente já consegue perceber certos olhares diferentes, a forma que policias e seguranças tratam a gente. Então, desde cedo a gente já começa a se perguntar o porquê, e entende o racismo. A questão social, para nós negros, é uma questão forte desde a nossa infância. A gente lembra das nossas mães dando alertas de que não podemos andar com o capuz pra cima, não pode correr atrás de ônibus porque as pessoas vão pensar que você assaltou alguma coisa. Nas lojas, não pode ficar com as mãos no bolso, para o segurança não pensar que você roubou alguma coisa. Então, desde a nossa infância tem certos cuidados que a gente tem que tomar.

Matheus pretende conquistar novos horizontes por meio do surfe. Foto: Reprodução/Instagram

MN – Como foi pra você reagir àquela situação de forma tão objetiva, que normalmente muitos de nós não conseguimos?

MR – Eu acredito que nessa situação, o jeito que eu reagi foi muito de querer provar minha inocência, provar que eles estavam enganados, que eu era uma pessoa inocente. Não foi nada de querer mostrar força, ou querer bater ou fazer qualquer coisa. O desespero do negro é só não ser acusado.

MN – Quais são seus planos para o futuro, o que você deseja realizar?

MR – O meu plano de vida é conseguir continuar trabalhando com surfe, me especializar para me tornar um profissional melhor para conseguir resultados melhores tanto financeiramente quanto profissionalmente. Ter uma vida legal com a minha namorada, conseguir surfar em vários lugares diferentes, conhecer picos diferentes. Dar uma vida melhor para minha mãe, e fazer que tudo isso seja veiculado pelo esporte.

MN – Tem receio de que sua história fique marcada por essa situação de racismo?

MR – Eu não tenho receio de que a minha vida fique marcada por essa situação. Eu quero que essa situação seja sempre lembrada, quero que meu exemplo seja sempre lembrado. Eu acho que as pessoas conseguem perceber que eu sou um professor de surfe, eu acredito que eu vá conseguir deixar esse legado para as pessoas de que eu fui uma pessoa que sofreu racismo e que lutou por isso, porém eu quero muito ser lembrado também pela minha profissão e por quem eu sou, para não ser reduzido a apenas isso.

A nossa sociedade tem que entender que o racismo existe, que o racismo é presente. Que as orientações que os meninos negros recebem são diferentes das orientações dos meninos brancos, e nós temos que entender que a polícia nos trata diferente, os seguranças nos tratam diferente, muita gente nos trata diferente quando nos vê na rua e até trocam de calçada. Então, esse é um assunto que a gente não tem que tratar como “bobeirinha”, tem que discutir, perguntar o que outro pensa, o que o outro sente, principalmente a vítima da história.

Como você se sentiu ao saber que os dois que te atacaram perderam seus trabalhos (apesar notícias informarem que o rapaz é, na verdade, filho da dona da loja?)

MR – Mesmo que isso seja verdade, é muito bom ver que as empresas estão percebendo que isso afeta a imagem delas, e que elas não podem compactuar com esses comportamentos. É claro que se o rapaz for filho da dona da empresa não tem o mesmo impacto que a gente espera, mas se as empresas continuarem abraçando a causa, não é sempre que o racista vai dar a sorte de ser filho da dona.

“Thank You”: Diana Ross lança primeiro single em 15 anos

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Foto: Reprodução

A diva Diana Ross acaba de lançar o primeiro single de seu novo álbum, Thank You. A faixa romântica e dançante é a primeira de 13 músicas que compõem o disco de mesmo nome, gravado no estúdio de sua casa e que será lançado em setembro. “Esta coleção de canções é meu presente para vocês, com apreço e amor. Sou eternamente grata por ter tido a oportunidade de gravar, neste momento, essa música gloriosa”, disse Diana. Thank You está disponível nas plataformas digitais a partir desta quinta-feira (17).

Diana Ross não lança um disco há 15 anos. Seu último lançamento foi I Love You, de 2006. Para o novo disco, Diana tem colaborações de compositores e produtores premiados, como Spike Stent (Beyoncé e Madonna), Jimmy Napes (Alicia Keys) e Jack Antonoff, co-autor e produtor de artistas pop como Lorde e Taylor Swift.

 “Dedico este songbook de amor a todos vocês, os ouvintes. Ao ouvir a minha voz, você ouve meu coração. Deixe o amor liderar o caminho”, desse Diana.

Ouça:

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