Com o “despertar” de outros olhares para o movimento “Black Lives Matter”, outros movimentos decorrentes deste também começaram a ganhar mais notoriedade. Um deles foi o movimento de Hollywood que falava sobre a importância de contratar pessoas negras. Não atrizes negros. Não atores negros. Equipes negras: produtores, diretores, criadores, maquiadores, enfim, todas as ocupações que a indústria de entretenimento gera.
Aqui no Brasil, para a surpresa de muitos, isso não é novidade. Muita gente (branca) começou a se perguntar como o movimento negro nos Estados Unidos era tão organizado enquanto nada acontecia no Brasil. Mas veja que surpresa: tem muita movimentação. Há muito tempo.
Aqui vão duas empresas no ramo do entretenimento administradas por homens negros há anos na ativa: aDédalo Produções e aIracema Rosa Filmes. Juntos, o diretor e roteirista Marton Olympio (da última temporada de “Cidade dos Homens”) e o diretor e produtor Anderson Jesus (“Desaparecidos”) estão dando a largada em seu longametragem que aborda o tema da paternidade preta, com quatro histórias sobre reconexões entre pais e filhos.
A primeira história, que servirá de piloto, entrou em pré-produção e está em busca de atrizes e atores negros de São Paulo para fazer parte do elenco. Para participar das seleções, as atrizes e atores devem enviar um monólogo ou trechos de produções anteriores, com fala. Caso a(o) interessada(o) não tenha esses trechos, deve gravar um monólogo pelo celular, de até 3 minutos, com referências e a fonte do trecho escolhido.
Informações para a seleção:
Ator negro entre 50 e 65 anos
Ator negro entre 27 e 35 anos
Atriz negra entre 40 e 50 anos
Ator negro entre 17 e 20 anos
Ator negro entre 10 e 15 anos
Os participantes devem residir em São Paulo. As filmagens acontecerão entre 24 e 31 de março e o material para a pré-seleção deve ser enviado até o dia 15 de março, segunda-feira, para o e-mail mergulho@dedalotv.com
O criador de conteúdo mineiro Gleidistone Silva (@eugleidistone) lançou em fevereiro a websérie #CadêOEstilo em seu perfil no Instagram. Em 4 episódios Tomtom, como é mais conhecido nas redes sociais, aborda os temas estilo, moda consciente e estampas de forma didática e descomplicada.
Para Gleidistone, “é preciso desmistificar que a moda é cara e inacessível, e isso só será possível mostrando ser possível ter estilo e buscar referências sem necessariamente passar pelas marcas de grifes, por exemplo.”
Os vídeos possuem entre 4 e 7 minutos de duração e abordam os temas: o que é estilo, como buscar referências de estilo, moda consciente e estampas. Cada episódio possui a participação de pessoas ligadas à área da moda e estilo.
No primeiro episódio Tomtom (assista aqui) aborda sobre o que é estilo e a convidada é Fernanda Gomes, CEO e proprietária da Selletiva, agência especializada em marketing de moda em Belo Horizonte e que foi a primeira agência de comunicação a produzir um editorial de moda para realidade virtual. Fernanda comenta sobre como a construção de estilo está relacionada a mensagem que deseja-se transmitir com a forma como nos vestimos e dá algumas dicas.
O segundo episódio da websérie #CadêOEstilo (disponível aqui) é destinado a um dos maiores questionamentos dos seguidores de Gleidistone, segundo o criador de conteúdo: “eu quis abordar como encontrar referências de estilo nesse episódio, pois essa á uma dúvida recorrente entre as pessoas que me seguem nas redes sociais. Apesar de não ter sido o foco do meu conteúdo durante muito tempo, a maioria dos meus seguidores começaram a me acompanhar, pois enxergam em mim uma referência de moda e estilo a ser seguida. Por esse motivo, resolvi dedicar um dos episódios a esse tema explicando de maneira fácil como encontrar e ter seu estilo próprio”. Como convidado do segundo episódio, Thiago Bernardo, estilista e designer de moda belo-horizontino, compartilha suas experiências e vivências no ramo da moda e em quem e no que ele se refere na hora de criar suas produções e looks icônicos.
Já no terceiro episódio da websérie (veja aqui) Tomtom fala sobre as diferenças entre moda consciente e moda sustentável e dá dicas de como ser um consumidor consciente de moda no dia a dia, como, por exemplo, consumir mais produtos de marcas locais e optar por marcas que sejam ambientalmente responsáveis.
A convidada do terceiro episódio de #CadêOEstilo é Stephanie Gouvêa, proprietária da marca mineira de moda sustentável Collor Bloc. Para Stephanie uma das grandes dificuldades das marcas que optam por esse modelo de produção de moda é encontrar profissionais pretos que queiram fugir do padrão estabelecido de moda que é mais ligado ao streetwear e partir para algo mais colorido.
O último episódio da websérie publicado hoje (assista aqui) aborda explica sobre os diferentes tipos de estampas e como incorporá-las à rotina, principalmente dos homens, segundo Tomtom. “Durante muito tempo as estampas floridas ficaram restritas aos festivais e carnavais, por exemplo, ainda é um tabu falar sobre o uso desse tipo de estampa em ambientes mais sérios ou no dia a dia. Mas a moda permite criar combinações onde esse tipo de estampa pode ser muito bem usada e criar estilos únicos”, completa Gleidistone.
Para o último episódio, o criador de conteúdo convidou o estilista, designer de moda e proprietário da grife AURUM, Augusto Ribeiro de São Paulo, para compartilhar sobre como criar combinações diferenciadas com estampas diversas.
Todos os episódios estão disponíveis no canal do IGTV de Gleidistone no Instagram.
Se hoje temos Dandara, Zumbi e conhecemos diversos reis e rainha do mundo real e ficcional temos que celebrar. Para quem é negro e foi criança ou adolescente nos anos 80 e 90, a referência de uma realeza africana era zero. Em 1988, Eddie Muprhy deu um fim a esse jejum representativo e nos presenteou com o longa “Um Príncipe em Nova York”. Depois de três décadas, ele volta como Rei Akeem na sequência, “Um Príncipe em Nova York 2” que estreou ontem no Amazon Prime Video.
Os sofás molhados pelo efeito Soul Glo são parte do passado e a continuação do filme vem em um momento muito especial onde a representatividade negra finalmente foi reconhecida como algo que impacta todo mundo.
Por trás das câmeras, um dos destaques do novo filmeé Kenya Barris, um dos roteiristas. Barris tem como característica mostrar pessoas negras no controle da narrativa com doses generosas de comédia e deboche. Um exemplo é o super premiado Black-ish que ele assina (também disponível no Amazon Prime Video).
Com um elenco pesadão, Wesley Snipes, Tracy Morgan, Leslie Jones são os rostos que nós amamos, mas que não estavam na produção original.
Arsênio Hall e Tracy Morgan: Foto Divulgação
Wesley Snipes e Teyana Taylor : Foto : Divulgação
Leslie Jones com Jermaine Fowler (centro) e Paul Bates: Foto: Divulgação
Ainda sobre o casting, desde o ano passado, quando as primeiras cenas do filme começaram a circular na Internet, muitas pessoas comentaram que mesmo 30 anos depois, alguns dos atores da primeira versão do filme não envelheceram tanto assim, como foi o caso de Arsênio Hall um dos maiores comediantes negros dos EUA e melhor amigo de Akeem na história.
Arsênio Hall e Eddie Murphy: Foto – Divulgação
Arsênio Hall e Eddie Murphy: Foto – Divulgação
Em “Um príncipe em Nova York 2”, a Realeza de Zamunda (país africano) retorna aos EUA, dessa vez para conhecer um filho americano de Akeem, fruto de um relacionamento de quando ele era solteiro. O herdeiro inusitado é Lavelle (Jermaine Fowler) que mora no Queens com sua mãe (Leslie Jones).
Boa parte da trama se passa no reinado africano onde muitas confusões prometem acontecer quando os “plebeus” do Queens se encontram com a nobreza de Zamunda.
Luxo, ostentação, penas, plumas, dançarinas, malas cheias de dólares estão presentes no reinado Akeem, que quando jovem, abriu mão da riqueza, limpou chão e banheiros de uma lanchonete até conquistar seu grande amor.
Garcelle Beauvais continua embelezando Zamunda em “Um Príncipe em NY 2” – Foto: Divulgação
Pelo o que o trailer da continuação mostra, uma tensão de gênero acontece quando Lavelle volta com seu pai para Zamunda. Por tradição, o trono seria do filho americano do Rei, porém ele teve uma filha com a rainha, a princesa Meeka (Kiki Layne).
Será que Akeem será conservador como seu pai? Será que a Rainha de sangue americano, será sempre obediente como sua antecessora? E Meeka, a filha, fruto dessa relação, como aceitará a chegada de um irmão de outro país?
O que podemos afirmar é que Zamunda, seu povo, sua beleza, sua cultura, sempre terá o poder de nos remeter a essa sensação ancestral e factível de que a nobreza também nos pertence.
Um Príncipe em Nova York 2 já está disponível no Amazon Prime Vídeo . Não perca tempo e assista agora clicando aqui.
Todo mundo conhece a história de Sansão, o guerreiro que guardava sua extraordinária força nos cabelos. A história é bíblica, datada de antes de Cristo, mas a ideia de que cabelos simbolizam poder segue cada vez mais atual. Não só cantada nas marchinhas de carnaval, mas no inconsciente coletivo, viajando por séculos a fio, até chegarmos aqui.
Não faz muito tempo que assistíamos ao show da Xuxa na TV. Para as meninas daquela época, as paquitas eram símbolos de beleza, com suas belas madeixas louras e lisas. Os demais tipos de cabelo, que ouso dizer estavam na cabeça da maioria de nós, eram farinha do mesmo saco. E, neste saco, havia uma etiqueta bem grande, que não nos deixava esquecer, escrita: cabelo ruim.
A gente cresceu ouvindo isto: fulana tem o cabelo bom, fulana tem o cabelo ruim. Era simples assim! Então, para fugir deste estigma, as mulheres passaram a alisar seus ondulados, cacheados e crespos. Por muito tempo, usamos produtos conhecidamente prejudiciais até chegarmos ao clímax dos alisantes, a maravilhosa e imbatível progressiva!
Passamos a nos oprimir avassaladoramente. Aquelas que resistiam ao procedimento, que seguravam a onda dos seus cachos, eram chamadas de loucas. Todas as bocas levavam à progressiva. Ou quase todas! E a indústria cosmética impulsionava o movimento dos lisos perfeitos.
Mais recentemente, vimos a história mudar. E começamos a fazer o caminho de volta, de entendimento e valorização da nossa beleza natural. Os cachos voltaram, dessa vez, sem a etiqueta de cabelo ruim.
Seria uma coisa linda de ser ver, não fosse a opressão que vem com o que a sociedade, impulsionada pela indústria da beleza, acredita ser o certo! Esse tal de “o certo” é o que destrói o movimento natural da autoestima feminina.
De repente, vimo-nos presas à obrigação de seguir os novos padrões, à busca dos cachos perfeitos que só existem nas revistas e novelas. Mas, espera aí, usar o cabelo natural não tinha como objetivo principal fugir das velhas normas impostas? Sim, mas a opressão nunca morre, ela só muda de lado. É preciso estar atento!
A verdade é que a nossa luta deve ser pelo pleno direito a ser quem a gente quiser, a sermos lisas naturais, alisadas, cacheadas, crespas, coloridas, grisalhas… Sem as etiquetas que nos trancam dentro de caixas abafadas, sem a etiqueta da culpa, uma velha conhecida de todas nós.
Deixemos que a indústria da beleza se digladie, mas nós, mulheres, não! Na briga entre cacho e chapinha, quem é livre para escolher o que quer, é rainha. Reinemos!
Reunindo mais de 20 profissionais e empreendedores de todo o Brasil, nos próximos dias 18, 19 e 20 de março, das 9h às 21h, vai acontecer a 2º edição do Festival afroempreendedor, com 18 debates e 17 palestrantes online e gratuitas.
Para iniciar o debate, o primeiro dia de evento abordará discussões em torno da mulher preta empreendedora e o dia a dia delas em múltiplas jornadas. Entre os nomes já conformados, Beatriz Nascimento (Pagode por elas), Mariana Freire (Arte de Falar), Nara Peixoto e Ana Luiza (Traz Favela) prometem estimular o olhar mais atento sobre a mulher contemporânea.
“Nessa 2º edição os participantes encontrarão conteúdos complementares, conhecimentos inovadores e muita troca de saberes. Convidamos gestores públicos, terapeutas ocupacionais, gestores de projetos, escritoras criativas, especialistas diversos, empreendedores negros e muitos atores sociais transformadores de suas realidades para enriquecerem o nosso evento”, revela Tamila dos Santos, Coordenadora do Festival e CEO.
“Os inscritos podem esperar dias de muito conhecimento e diversidade com profissionais negros de todo Brasil”, finaliza Tamila.
Intitulado ”Janet” (mesmo nome do seu álbum de estreia em 1982), a produção deverá ir ao ar no ano que vem pelos canais Lifetime e A&E, simultaneamente. Dividido em duas noites, Janet fará parte da comemoração do aniversário de 40 anos de carreira da cantora. De acordo com a Variety Magazine, o projeto irá abordar um tom intimo sobre a vida da artista, tocando em assuntos nunca falados antes e também em coisas que o público já esperava como a morte do pai da artista e também de seu irmão, Michael Jackson.
Além disso, o documentário irá falar sobre o polêmico Super Bowl de 2004 e as controversas com Justin Timberlake, sua vida pessoal, e maternidade. A própria Janet Jackson será a produtora executiva do programa, ao lado de Randy Jackson. A direção fica por conta de Ben Hirsh.
O anúncio do lançamento do projeto que já vem sido trabalhado tem três anos, deixou o público bastante animado. Ao longo de sua carreira, Janet Jackson vendeu mais de 100 milhões de discos, venceu 560 prêmios e alcançou o topo da Billboard Hot 100 por 10 vezes.
A alcachofra é uma planta medicinal, também conhecida como Alcachofra-hortense ou Alcachofra comum, muito utilizada para emagrecer ou para complementar tratamentos, já que é capaz de baixar o colesterol, combater a anemia, regular os níveis de açúcar no sangue e combater os gases, por exemplo.
São procedentes da região do Magrebe, na África. A alcachofra é um parente muito próximo do cardo comum, do qual procede, tendo sido aprimorado para consumo humano por muitos anos de cultivo.
Existem indícios da planta em estado natural na Tunísia. Os antigos egípcios a conheciam, assim como os gregos, que introduziram o cultivo na Sicília e na Magna Grécia.
No Brasil, mais de 90% do cultivo de alcachofra são produzidos nos municípios paulistas de Piedade e São Roque
“A alcachofra é como o chuchu: ela absorve totalmente o sabor”, explica. Já o miolo, tem diversas preparações: você pode comê-lo frio por exemplo: rale um tomate cru e gelado sobre o miolo e salpique folhas de manjericão’
Se você nunca comeu uma alcachofra, pode ficar sem saber o que fazer ao se deparar com a preparação ou consumo de uma. O procedimento não é intuitivo – não é para enfiar as folhas na boca e mastigar, pois as fibras duras e as pontas afiadas das folhas irão causar problemas em seu sistema digestivo inteiro. Mas quando feita do modo correto, a alcachofra pode ser uma adição deliciosa, saudável e incomum a qualquer refeição.
Coma o coração. O coração da alcachofra é a parte mais nobre e muitas vezes a única parte que os chefs usam em suas receitas. Em casa, porém, você pode saborear toda a alcachofra.
E você, já comeu alcachofra?
Ingrediente marcante na culinária mediterrânea, há registros de que a alcachofra tenha sido comercializada primeiramente na Itália, em meados de 1466. Na Europa do século XVII, ela era considerada um ingrediente de luxo e acreditava-se que a flor exótica também possuía efeitos afrodisíacos.
A alcachofra aparece também na mitologia grega, tendo sido supostamente originada dos cabelos acinzentados de Cynara, uma bela jovem que recusara o amor de Zeus. Como castigo, o Deus do olimpo castigou a moça, transformando-a em uma planta selvagem e espinhosa. Daí a origem de seu nome científico da flor, Cynara Scolymus. Após aprender um pouco mais sobre a história da alcachofra, por que não saboreá-la. Confira quatro receitas apetitosas que levam a iguaria em seus ingredientes.
Cozinhar alcachofra
INGREDIENTES
• 4 alcachofras
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 2 colheres (chá) de vinagre de vinho branco
• sal a gosto
MODO DE PREPARO
• Corte o talo da alcachofra (se vier com o caule). Acomode as alcachofras de ponta-cabeça na panela de pressão, ou seja, com as pétalas voltadas para baixo.
• Cubra com água, respeitando o limite indicado na panela de pressão. Tampe e leve para cozinhar no fogão em foto alto. Quando começar a apitar, diminua para fogo baixo e conte 10 minutos.
• Enquanto isso prepare o molho: derreta a manteiga no micro-ondas, misture duas colheres (sopa) de água e o vinagre de vinho branco. Tempere com uma pitada de sal e misture bem.
• Passado o tempo, desligue o baixo, espere sair a pressão e, com cuidado, abra a tampa. Retire as alcachofras da panela e sirva com o molho.
COMO COMER
Destaque uma pétala e, segurando na pontinha, mergulhe a base da pétala no molho. Para comer, raspe com dentes a polpa da base. Repita com todas as pétalas, até que fiquem muito fininhas e você possa ver uma parte que parece uns fios. Com uma colher, raspe o “cabelo” da alcachofra e descarte. Entre a base e os fios que aparecem depois de retiradas todas as pétalas, está o cobiçado coração da alcachofra. Com uma faca, corte e descarte a parte mais dura da base. Devore o coração!
Com atuação e dramaturgia de Priscila Ribeiro, e direção de Juliana Espírito Santo, o monólogo “Lágrima de Laura” será exibido no dia 7 de março, a partir das 18h, no canal do youtube do Centro Cultural Banco do Nordeste de Sousa/PB. Filmado na Frontaria Azulejada, edifício no centro histórico da cidade de Santos. Neste formato, o espetáculo é interpretado na íntegra sem público, devido a pandemia de covid-19. Realização e produção da Cia Vozavós, Fuzuê Filmes e 7saias Produtora.
O monólogo estreou no Sesc Santos em fevereiro de 2019, e desde então tem sido referência para o teatro negro da baixada santista. Laura, avó da Priscila, se tornou a sua principal inspiração, bem como outras mulheres que ela encontrou ao longo de sua trajetória.
“Estudei as produções de mulheres negras e algumas trajetórias, falei com as minhas iguais… através dos olhos; da minha avó Laura, minha tia Maria, minha mãe, das mulheres negras da minha família e amigas, tento falar sobre o que, na minha observação, atravessa a maioria das mulheres negras que cresceram em diáspora ou que foram atravessadas pela violência da colonização”, conta Priscila Ribeiro.
No palco, Priscila é a voz forte no monólogo, uma mulher negra representando tantas outras. Em alta voz, chama atenção para o processo de desumanização vivenciado pelas mulheres negras que têm seus corpos desprovidos de emoções. “Lembrei da minha avó e que nunca a vi chorar, assim como não vi minha mãe e tias chorarem. Eu também pouco choro”, acrescenta.
O espetáculo trata-se de um convite para acessarmos, não somente as nossas memórias ancestrais, mas também reconstruí-las de geração em geração, criando uma conexão entre passado, presente e futuro, o que nos dá a possibilidade de percorrermos novos caminhos. Um manifesto de vozes que até hoje são abafadas pelas opressões que historicamente tendem a silenciar as mulheres negras, a tornarem fortes o bastante ao ponto de não chorarem, não se sentirem dignas de amor, afeto, cuidado. Assim como foi com as nossas antepassadas, avós e mães.
Economia criativa, cuidados e imunização contra doenças, moda urbana e planejamento financeiros estão entre os temas dos debates e oficinas da edição deste ano do Festival Bixanagô – Empoderamento e Estética Negra, que acontece nos dias 21, 25, 26 e 27 de março, totalmente online.
O festival tem como objetivo estimular as potencialidades da cultura LGBTQIA+ com estética urbana e do universo periférico, ampliando o debate sobre questões acerca das identidades étnico racial, de gênero e interseccionalidade. A curadoria dos debates foi realizada pelo diretor geral e idealizador do evento Marcelo Morais e pela artista Micaela Cyrino e as oficinas também por Marcelo.
“Para a construção das oficinas tivemos o trabalho de observar quais eram as necessidades do cotidiano das BixaNagôs, como por exemplo, pensar em sua alimentação, ou em arranjos produtivos que consigam gerar alguma fonte de renda. Assim também foi feito com as rodas de conversa, onde tivemos o cuidado de pensar questões que interferem diretamente no cotidiano como a criminalização da cultura periférica, sustentabilidade econômica e espaços para pensar na prevenção combinada de ISTs”, conta o idealizador do festival e curador das atividades.
“Para dar conta de uma programação tão diversa, estamos contando com diversos parceiros e parceiras com atuação profissional em diversas áreas e ativistas de movimentos sociais”, acrescenta Marcelo.
Os debates vão contar com a participação de convidados. Os temas das roda de conversa são: “Bixa cadê meu dinheiro: Sustentabilidade econômica e economia criativa nas artes”, com Guilherme Calixto; “Criminalização da cultura e das identidades periféricas”, com Jaqueline Santos, Juliana Bragança e Maitê Freita; “Das margens, ao centro do debate: Direitos, Políticas Públicas e Pop LGBTQIA+”, com Felipa Brunelli, Midiã Noelle e Thiago Amparo; “Pega ou não pega: ISTs, transmissão e prevenção”, com Beto de Jesus; e “Prevenção combinada – novas tecnologias para o controle da AIDS”, com Dr. Alvaro Costa, Lorangeles Thomas e Emer Conatus e Raul Nunnes do projeto Preto Positivo.
Já os temas das oficinas são “Planejamento Financeiro”, com Gabriela Chaves da plataforma NOFRONT; “Meu Corpo Meu Templo: cuidados e imunização pela boca”, com Isis Appes da Menina Brasileira ecogastronomia; “Produção Musical e Processo criativo”, mentoria com Badsista; e “Um close é um close: moda urbana e identidade BixaNagô”, com curadoria de Vicenta Perrota e estilista Dil Vaskes. As pessoas interessadas em participar das oficinas devem se inscrever online até o dia 12 de março.
INSCRIÇÕES PARA OFICINAS:
Tema:“Planejamento Financeiro”, com Gabriela Chaves da plataforma NOFRONT
O objetivo da oficina de planejamento financeiro é conduzir os participantes na construção de um planejamento econômico de curto, médio e longo prazo, a partir da metodologia desenvolvida pela NoFront que articula cultura e economia.
Quando: 25 e 26 de março, quinta e sexta-feira, das 15h às 17h.
Tema: “Meu Corpo Meu Templo: cuidados e imunização pela boca”, com Isis Appes da Menina Brasileira ecogastronomia
Nesta oficina, dividida em duas partes, a culinarista Isis Appes compartilha algumas reflexões sobre o auto cuidado e imunização pela boca, como forma de prevenção e cuidado. A conversa acontece com interação dos participantes e depois Isis prepara receitas simples e acessíveis para o dia a dia, que inspirem a criatividade se beneficiando da enorme variedade do universo vegetal.
Quando: 26 e 27 de março, sexta e sábado, das 15 às 18h.
Tema: “Produção Musical e Processo criativo”, mentoria com Badsista
Como posso começar meu processo criativo? Acendo um incenso? Dou uma volta no bairro? Ouço uma música? Nessa mentoria a produtora musical e DJ Badsista vai mostrar técnicas e instrumentos de como estabelecer seu processo criativo e construir hits que todas vão querer se descabelar na boate pós pandemia
Quando: 25, 26 e 27 de março, quinta, sexta e sábado, das 15 às 17h.
Tema: “Um close é um close: moda urbana e identidade BixaNagô, com Vicenta Perrota e Dil Vaskes
BixaNagô é uma identidade, uma forma de se colocar no mundo, uma forma de ler o mundo. Essa oficina vai trazer metodologias práticas de como construir looks, ornar acessórios e dar aquela repaginada nas blusinhas que estão no fundo do guarda roupas e deixar você aquela BixaNagô babadeira.
Quando: 21 e 25 de março, domingo e quinta-feira, das 15 às 18h.
Na última quinta-feira o rapper Drake animou os fãs ao anunciar a segunda parte do EP “Scary Hours”, 3 anos depois o EP que contava apenas com duas faixas “God’s Plan” e “Diplomatic Immunity” ganhou mais 3 faixas.
O “Scary Hours II” conta com participações especiais de Lil baby e Rick Ross.E teve mais de 200mil visualizações nas primeiras horas de lançamento. O projeto “Scary Hours” agora conta com 5 faixas no total.
O tão esperado álbum do artista “Certified Lover Boy” precisou ser cancelado devido a problemas de saúde. Drake ficou um tempo em uma clínica de reabilitação, e também precisou realizar uma cirpurgia no joelho.
A faixa “What´s Next” ganhou um registro audiovisual, com direção de Theo Skudra, que foi gravado em Toronto (CA). O vídeo, que ficou disponível nos primeiros minutos desta sexta-feira, já foi visto mais de um milhão de vezes. Assista aqui
No final de 2019 foi anunciado que o cantor se consagrou como o artista mais ouvido da década. Segundo os dados do Spotify, que se baseou nos mais de 248 milhões de ouvintes no mundo inteiro, Drake ganhou o título pelos 28 bilhões de streams.
Em 2021 Drake se tornou o primeiro artista da história a atingir o marco de 50 bilhões de streams somente no Spotify