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Monique Evelle, Lucas Santana e youtubers darão aulas gratuitas para criadores de conteúdo na plataforma

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Imagem: Reprodução

Com o objetivo de gerar oportunidades e ampliar as vozes de empreendedores por meio da plataforma, o YouTube promoverá, em parceria com a Inventivos e a YOUPIX, entre os dias 12 e 16 de julho, uma série de aulas voltadas a criadores e empreendedores negros. A iniciativa Profissão Criador, junto com o YouTube Black, contará com especialistas falando sobre como o conteúdo em vídeo pode ser uma importante estratégia de comunicação e expansão de alcance para um produto ou serviço.

As aulas serão ministradas por especialistas como Monique Evelle e Lucas Santana, da plataforma de educação Inventivos; Camilo Coutinho, estrategista digital focado em criação de vídeos para impulsionar vendas; Isabela Gaidys, idealizadora das marcas Ilustralle e Coolmmerce; Ana LeBear, criadora do método “Empreender com Afeto”; e Kelly Keiko, especialista em marketing digital.

O objetivo do Profissão Criador é inspirar e incentivar a autonomia de jovens empreendedores, para que eles expressem ao máximo a sua criatividade. “Nós acreditamos no poder e no potencial dos criadores de conteúdo e empreendedores negros do Brasil. Sabemos que as suas ideias, seus projetos e suas vozes precisam de um espaço no qual possam ser amplificados. Democratizar o conhecimento é uma das formas que encontramos de estar ao lado dessa nova geração de empreendedores”, afirma Monique Evelle, cofundadora da Inventivos.

Exibidas ao vivo no canal YouTube Criadores, as aulas serão realizadas em cinco módulos.

Ao final de cada um deles, que possuem o intuito destravar o potencial, amplificar as vozes

e os negócios dos empreendedores e criadores negros, os participantes realizarão uma

missão, com o objetivo de consolidar as lições passadas em cada dia. As inscrições para o

Profissão Criador podem ser realizadas por meio deste formulário.

Além dos nomes citados, também estarão presentes YouTubers como a Blogueira de Baixa Renda, Nathaly Dias; Maíra Medeiros, do canal Nunca Te Pedi Nada e a equipe do Google Meu Negócio . A escolha dos participantes foi feita a partir de uma curadoria da YOUPIX, com co-curadoria da Inventivos, que mapeou nomes importantes para contribuir  com o objetivo do projeto.

Durante os cinco dias do curso, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre as principais estratégias para o crescimento e sustentação de suas iniciativas e as melhores formas de promover os seus conteúdos com o  YouTube. Entre os temas abordados, estão:

  • 12 de julho às 18h: O que todo empreendedor precisa saber

Precificação de produtos e estrutura do empreendimento

  • 13 de julho às 18h: Como potencializar os negócios por meio do YouTube?

Plano de ação para ampliar as possibilidades do empreendimento

  • 14 de julho às 18h: Convertendo conteúdo em vendas

Entendendo o potencial do conteúdo para vender mais

  • 15 de julho às 18 h: Transformando clientes em comunidade

Relacionamento com pessoas para aumentar a base de clientes

  • 16 de julho às 18h: Atendimento digital de clientes

Melhores práticas de serviços online para retenção de clientes

Serviço

Profissão Criador

Quando: De 12 a 16 de julho

Onde: Canal do YouTube Criadores Quanto: Gratuito – Inscrição por meio deste link

O corpo é uma festa

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Foto: Mackesey

Na tradição do Pensamento Ocidental pós Platão o corpo se torna o lugar da despotência. Ele defenderá que o corpo é o inimigo do Pensamento, lugar de falseamento da realidade, corrupção da verdade, da vida ética, chegando a dizer no Fédon que filosofar é um “querer morrer”, pois é dar conta da vida do Espírito, diante de um corpo que só atrapalha o pensamento.

A Dra. Marimba Ani defenderá que esse é o primeiro ataque sistemático a África. Platão tinha vindo dos Estudos em Kemet (Egito) e para a tradição do Pensamento africano o corpo é o lugar da manifestação do Poder.No entanto, ao rebaixar o corpo, Platão rebaixa a forma africana de apreender a realidade.

O cristianismo continua e intensifica a tese de Platão. Paulo vai dizer que a carne (o corpo) é fraca, ou seja, tende ao pecado, enquanto o espírito (a razão) vivifica. Ao pecado se destina a morte.O corpo porque tende ao pecado é o que nos leva a danação eterna, portanto é preciso negá-lo, numa linguagem Freudiana é preciso reprimi-lo.

A partir daí é uma tradição de tecnologia e dispositivos de poder pra domesticar, censurar, despotencializar o corpo, as sensações, o desejo, etc. É preciso inventar um modelo rígido para o corpo.O corpo não pode ser múltiplo, diverso, pois ele tende a corrupção. É preciso construir uma corpo disciplinado (Foucault). Então existirá um modelo para o corpo. Corpo-padrão.

As redes sociais coloca um problema novo, pois é o espaço ideal para expor um corpo idealizado, um corpo modelo, um corpo padrão, o corpo que o Poder atual definirá como corpo aceitável, isso na violência do único corpo que existe que é o nosso. Marcado pelo tempo, marcado com nossas quedas, com nossa particularidade, diferença. Por isso amo seguir o perfil da minha irmã @dandara.afrodeusa e @atletadepeso, pois Elas são uma artilharia pesada contra essa tradição padronizadora e repressora do corpo. O corpo preto e gordo pode gozar e pode se exercitar sem culpa. Precisamos construir outro entendimento sobre o corpo.

Em África os deuses se manifestam no corpo, aliás, nosso corpo é a divindade, nele se reúnem todos os elementos da natureza. Por isso os deuses africanos dançam! Como diria Eduardo Galeano:”A Igreja diz: o corpo é uma culpa. A Ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. E o corpo diz: eu sou uma festa.”

Por isso o Ocidente pós Platao e Cristianismo ataca o corpo não-heteronormativo, pois é um corpo que inventa, se move, cria, ama fora dos limites do poder, do padrão, um corpo potente, uma carne que vibra e vivifica. Este é o seu corpo, ame-o. Ele é a manifestação de sua presença, ame-o.

Indicações Livro: Marimba Ani – Yurugu: Uma critica africano-centrada do Pensamento e Comportamento Cultural europeus.Pensar Nagô do Muniz Sodré

Editais do Grupo Carrefour recebem mais de 1.600 inscrições

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Carrefour/Imagem Reprodução

O Grupo Carrefour Brasil fechou o balanço de sua primeira ação direta para beneficiar organizações que fomentam equidade racial ou empreendedorismo negro. Foram 1625 inscrições de todos os 26 estados brasileiros para três editais: educação para o combate ao racismo, aceleração empreendedora e reforço institucional.
São Paulo (349), Rio de Janeiro (246), Bahia (202) e Rio Grande do Sul (186) foram os Estados com mais entidades inscritas.

No total, serão investidos R$ 2 milhões pelo Carrefour em 40 organizações, parte dos compromissos firmados pela companhia para combate ao racismo. Cada organização receberá até R$ 65 mil para ações, com possibilidade de extensão, a depender de sucesso no projeto.

Neste julho haverá a avaliação das entidades inscritas, conforme regulamento e em agosto, a divulgação das vencedoras.

Este é o primeiro de uma série de editais que o Carrefour irá lançar para estimular iniciativas de educação, empregabilidade e empreendedorismo para negros.

Em Cannes, Spike Lee diz que Bolsonaro e Trump são “gângsteres sem escrúpulos”

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Spike Lee foi direto na coletiva de imprensa do júri do Festival de Cinema de Cannes ocorrida hoje, na França. O primeiro presidente negro do júri do Festival em 74 anos, não poupou antigos desafetos e nem chefes de Estado da extrema-direita, incluindo o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Cineasta Spike Lee é o presidente do júri do Festival de Cinema de Cannes — Foto:  Vianney Le Caer/Invision/AP
Imagem: Vianney Le Caer/Invision/AP

Voltar à Cannes como presidente do júri é o retorno histórico do diretor que, em 1989, foi esnobado no festival com sua obra-prima “Faça A Coisa Certa”. Na época, o então presidente do júri,  Win Wenders (diretor de ‘Asas do Desejo’) disse que não premiaria o filme de Lee pois o filme incitava revanche violenta de negros contra rancos. Desde então, Spike Lee carrega um taco de beisebol com o nome de Wenders.

Lee reflete sobre como o filme continua relevante,mesmo 32 anos após sua estreia e como ele conversa com os tempos atuais. “Eu o escrevi em 1988. Quando você vê o irmão Eric Garner, quando você vê o rei George Floyd assassinado, linchado (…) você pensa e espera que 30 malditos anos depois, os negros parariam de ser caçados como animais. Portanto, estou feliz por estar aqui”, desabafou lembrando de dois casos em que homens negros foram mortos pela polícia.
Depois que uma jornalista usou sua pergunta para expressar seus temores sobre a opressão russa na Geórgia, Lee respondeu chamando Donald Trump (“Agente Laranja”), o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e Vladimir Putin “gangsters”. “O mundo está sendo governado por gângsteres. O Agente Laranja (em referência a Trump), o cara do Brasil (em referência a Bolsonaro) e Putin. São gângsteres e vão fazer o que quiserem. Não têm moral ou escrúpulos, e esse é o mundo em que vivemos, e precisamos levantar a voz contra gângsteres como esses”, declarou o lendário diretor.

Ajô: Lazzo Matumbi celebra 40 anos de carreira com lançamento de disco

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Foto: Divulgação.

Os 40 anos de trajetória musical, artística e ativista de Lazzo Matumbi serão celebrados com o lançamento do nono disco da sua carreira, intitulado Àjò (lê-se Ajô). O álbum estará disponível em todas as principais plataformas digitais de streaming, no dia 30 de julho. No mesmo mês, será lançado um videoclipe, com direção de Urânia Munzanzu, da música 14 de Maio – composta em parceria com Jorge Portugal e que se tornou um dos hinos das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra.

Àjò é uma palavra de origem yorubá cuja tradução para algumas etnias africanas significa “jornada”. No Brasil Àjò adquiriu um significado que é diferente da Nigéria, que para a comunidade negra e para a luta antirracista se traduziu como união. No repertório do disco, canções autorais inéditas e releituras de canções próprias, como uma nova roupagem para Djamila (Lazzo Matumbi/Ray César) – que em 1981 foi batizada com o título de Salve a Jamaica. E também a música 14 de maio que reflete as mazelas da abolição no Brasil. O disco conta ainda com as participações das cantoras Larissa Luz, Luedji Luna, do maestro Bira Marques e do rapper BNegão. A produção do projeto é da Giro Planejamento Cultural em parceria com a produtora Júlia Maia.

“Esse é um disco de resgate dos meus 40 anos de caminhada, onde trago as experiências vividas, reflexões e acolhimentos adquirido ao longo da minha trajetória. Através da minha ancestralidade chego aos dias de hoje agasalhado pela música com o mesmo carinho, respeito e tranquilidade para preparar um material livre das exigências mercadológicas”, diz Lazzo.

“Trago nesse disco, desde a primeira música, gravada no início da minha carreira, até as mais novas, inspirações construídas no leito do meu silêncio, a sós ou em parcerias com novos e antigos amigos, na intenção de retratar um pouco do sonhador preocupado na construção de um mundo melhor e mais justo para todos na busca incansável do respeito às diferenças, do amor e da paz, através das canções”, explica o artista.

De corpo e alma, o cantor e compositor Lazzo Matumbi vem se tecendo, ao longo de suas experiências e processos criativos, a partir de uma profusão de gêneros de matriz africana, como o samba, o reggae, ijexá, o soul e diversas outras sonoridades incorporadas à sua verve ancestral negra. A versatilidade do artista transita por muitos ritmos e estilos, que encontram na sua voz interpretações repletas de nuances, de improvisações e de muita emoção. São inúmeras camadas e facetas, ora romântica, ora questionadora, ora festiva, sem perder de vista a sua essência e visão de mundo.

Joyce Ribeiro lança livro sobre Chica da Silva em Portugal

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Foto: Divulgação.

A jornalista paulistana Joyce Ribeiro lança nesta terça-feira (6), em Portugal, o seu mais recente livro Chica da Silva – Romance de Uma Vida. O lançamento acontece na sede da Secretaria Executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Nesta versão romanceada da história da emblemática Chica da Silva, Joyce ressalta que procurou revelar nuances pouco mostradas.  “A verdadeira Chica da Silva tem outros contornos que, aos poucos, vão sendo revelados ao longo da narrativa”, destaca a jornalista, que lembra o fato de que Chica da Silva, apesar de ter vivido num contexto de escravidão no século XVIII, tinha uma mentalidade muito à frente de seu tempo. “Mesmo tendo 14 filhos, ela sempre fez questão que as filhas mulheres estudassem e valorizassem a educação”, diz Joyce.

“Espero que todos os brasileiros que vivem na Europa curtam essa história da Chica da Silva e mergulhem nesse romance e tentem captar um pouco dessa ligação que eu fiz entre nós, mulheres brasileiras, que temos muito da nossa história ligada a Portugal, com a Europa, e o continente africano, que faz parte das nossas origens”, disse a autora.

O livro, que agora ganha o continente europeu, foi lançado no Brasil em 2016 e está disponível para compra nas livrarias físicas e digitais.

Ativistas celebram movimentos das mulheres negras em nova minissérie do Canal Brasil

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Foto: Bleia Campos.

“Para Onde Vamos?” contou com equipe 100% feminina em produção realizada durante a pandemia

No dia 07 de julho, às 19h30, estreia no Canal Brasil, a minissérie documental Para Onde Vamos?, uma coprodução da FLUXA Filmes e Canal Brasil. A partir do levantamento inédito de histórias e de dados realizado pelo Movimento Mulheres Negras Decidem e pelo Instituto Marielle Franco no relatório homônimo em junho de 2020, a série apresenta o movimento de mulheres negras no Brasil através da história de ativistas que estão liderando verdadeiras revoluções no modo de fazer e pensar políticas públicas no país.

Ao longo de três episódios, PARA ONDE VAMOS? Apresenta uma narrativa de ação, potência e perspectiva positiva que desconstrói e subverte os espaços marcados por exclusão e violência. Anielle Franco (Rio de Janeiro), Áurea Carolina (Minas Gerais), Elaine Ferreira do Nascimento (Piauí), Paula Beatriz de Souza Cruz (São Paulo), e Vilma Reis (Bahia) são as entrevistadas que, de dentro da política institucional ou na sociedade civil, atuam em seus territórios e são representantes da maior força de progresso e renovação hoje no Brasil.

Gravações do documentário Para Onde Vamos? Foto: Mayara Donaria

O relatório que originou a série entrevistou 245 ativistas negras por todo o Brasil e 62% delas afirmaram atuar diretamente em alguma ação de combate a COVID-19 e seus impactos. A pesquisadora em saúde pública Elaine Ferreira do Nascimento reforça no segundo episódio: “As grandes ações de segurança alimentar, de proteção à violência contra mulher, no Brasil inteiro, foram feitas por mulheres negras, por conta da ausência do Estado. A primeira grande iniciativa, por exemplo, de suporte às famílias chefiadas por mulheres durante a pandemia de covid 19, veio do Rio de Janeiro, da favela do Jacarezinho (…) Nós estamos falando de uma favela – 95% dessas famílias são chefiadas por mulheres negras.”

Para a coordenadora de Pesquisa, Ana Carolina Lourenço, do Mulheres Negras Decidem, o projeto faz parte da consolidação de um processo de amadurecimento muito grande. “Acho que de todos os processos que a gente vivenciou até hoje, o Para Onde Vamos é o mais completo na sua complexidade de temas, vozes, equipes envolvidas e parcerias. Espero que a série seja um convite para milhares de pessoas de que é possível sim construir um outro futuro e de que há maneiras e caminhos de fazer isso agora.”

Equipe de mulheres — O trabalho, realizado durante a pandemia da Covid-19, contou apenas com profissionais mulheres na equipe. No set, apenas mulheres negras, que representam 80% de toda a produção. O propósito de manter equipes diversas e inclusivas é compromisso da FLUXA Filmes, produtora criada pelas jornalistas Bárbara Bárcia, Claudia Alves e Fernanda Prestes.

“Foi uma responsabilidade muito grande. Tínhamos um tema muito relevante para documentar e uma equipe muito enxuta por conta da pandemia. Só que a gente partiu de um lugar onde todo mundo sabia a importância do projeto, a produção executiva conversou muito sobre isso e eu, como diretora, era a representante em set da nossa produtora. Em todo o processo, houve um cuidado na escolha da equipe, montamos um set de mulheres negras e equipes locais, isso potencializou nossa relação com as entrevistadas”, conta Claudia Alves, que além da direção, também assina o roteiro da série.

Os números são expressivos no audiovisual, que apresenta um cenário majoritariamente masculino e branco. O último relatório da Ancine é alarmante: nenhuma mulher negra dirigiu ou roteirizou os filmes nacionais analisados pela agência no ano de 2016. Além disso, em cada cidade de filmagem, a produção também contou com profissionais locais para assistência de câmera e captação de som, buscando descentralizar o olhar de construção dessas narrativas.

Serviço:

Datas: 07 de julho (episódio 01) / 14 de julho (episódio 02) / 21 de julho (episódio 03)

Horário: 19h30

Canal: Canal Brasil

Streaming: Disponível no Globoplay a partir do dia 07 de julho

Site do relatório: https://www.paraondevamos.org/

Produtores não queriam Will Smith em ‘Independence Day’ por ele ser negro

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O clássico de ação e ficção científica Independence Day completa 25 anos e em conversa com o The Hollywood Reporter, o diretor Roland Emmerich (O Dia Depois de Amanhã) revelou que o estúdio não queria Will Smith no papel principal por ele ser um homem negro. O filme foi uma das maiores bilheterias da história durante muitos anos e tornou Smith um dos maiores astros de cinema da época.

Will Smith já vinha em uma crescente na carreira após sair do seriado Um Maluco no Pedaço. Teve atuação elogiada em Seis Graus de Separação (1993) e foi protagonista de Bad Boys, em 1995. Mesmo assim, a 20th Century Fox não queria a escalação do ator, temendo não conseguir vender o filme para o mercado internacional. “Estava muito claro que precisava ser o Will Smith e o Jeff Goldblum. Era o combo que pensamos. O estúdio disse, ‘não, não gostamos do Will Smith. Ele ainda não foi colocado à prova. Ele não funciona em mercados internacionais”, disse Emmerich, enquanto o produtor e roteirista Dean Devlin prossegue: “Eles disseram, ‘se vocês escolherem um cara negro para esse papel vocês vão matar a bilheteria internacional’. O nosso argumento foi, ‘bem, é um filme sobre criaturas espaciais, vai se dar bem lá fora’. Foi uma grande guerra e o Roland realmente lutou pelo Will, acabamos ganhando essa luta”, afirmou.

Emmerich nunca teve dúvidas sobre a escolha de Will e conseguiu mantê-lo no elenco, o que se provou uma escolha acertada. Independence Day arrecadou  $817,4 milhões em todo o mundo, tornando-se a segunda maior bilheteria da história, perdendo apenas para o fenômeno Titanic.

Agência ‘Black Influence’ assina estratégia de conteúdo da série “Manhãs de Setembro”, protagonizada por Liniker

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@brunogomesph

A série Manhãs de Setembro, lançada no último dia 25, que consagra a estreia de Liniker como atriz, conta com a estratégia da agência paulistana Black Influence para a seleção dos nomes dos influenciadores que fazem parte do casting de divulgação da série em todo o país. Ao todo, mais de 60 nomes foram trazidos pela agência para compor uma comunicação assertiva e estratégica, dando protagonismo para criadores de conteúdo de relevância no universo LGBTQIA+, garantindo a construção de narrativas genuínas e ampliando a visibilidade de influenciadores de dentro da comunidade para o lançamento.

Além dos criadores de conteúdo que irão atuar nas principais redes sociais, a agência incluiu a participação de 11 ilustradores de diferentes regiões do país que recriaram o key-visual da série, que serão publicados nas redes sociais do Amazon Prime Video. Dentre as artes propostas pelos artistas, duas foram escolhidas para serem expostas em pontos de ônibus na Avenida Paulista, coração da cidade de São Paulo.

“Foi um trabalho incrível de realizar e que nos transborda de alegria, principalmente pela oportunidade que temos nas mãos de ampliar a visibilidade e potencializar a voz de criadores de conteúdo de dentro da comunidade LGBTQIA+, principalmente no mês em que, mundialmente, se celebra o Orgulho. Nosso cuidado se estendeu em todas as fases da criação da estratégia, buscamos ouvir e entender antes de propor qualquer passo da comunicação. Sem dúvida um dos trabalhos mais enriquecedores já realizados pela agência” afirma Ricardo Silvestre, fundador da Black Influence.

Para garantir uma entrega real e uma narrativa genuína, a agência realizou uma  pesquisa que ouviu pessoas transexuais da capital paulista e, a partir dos seus depoimentos, puderam compartilhar importantes reflexões acerca da realidade vivida por pessoas LGBTQIA+, o que serviu como referencial para a concepção de toda a estratégia proposta pela agência, que contempla plataformas como Instagram, Twitter e Tiktok para a ação de divulgação da série do Amazon Prime Video.

Tiktokers negros fazem ‘greve’ e não farão coreografias para brancos ganharem visibilidade

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O TikTok virou a rede social casa dos últimos grandes virais que tomaram as redes. Desafios, esquetes de humor e é claro, as coreografias, ou como muitos chamam: as dancinhas de TikTok.Grandes hits ganham coreografias criadas pelos fãs de artistas como Beyoncé, Usher,Young Thug, Lil Nas. Aqui no Brasil, dançarinas criam passos de funk, axé e pop e ganham milhares de seguidores.

Essa tendência sofreu uma quebra recentemente, após tiktokers negros entrarem em hiato em relação à criação de novas coreografias, alegando que após criarem seriam ‘roubados’ por pessoas brancas e essas tem ganhado muito mais visibilidade com algo que não criaram.

Up' TikTok Creator Mya Johnson Not Happy With Addison Rae's Tonight Show  Performance | Learn The
Mya Johnson e Chris Cotter e á direita, Addison Rae (Imagem: Reprodução)

Uma das popstars do momento, Megan The Stallion não ganhou de seus seguidores uma coreografia de seu último lançamento e segundo a CNN norte-americana, os produtores de conteúdo alegam estarem sendo explorados. “Pessoas pretas criam e pessoas brancas ganham o dinheiro”, diz a reportagem.

Para exemplificar o caso, a CNN lembrou de quando, no início do ano, a dançarina Addison Rae viralizou ao apresentar uma dança no show do apresentador Jimmy Fallon. Acontece que a coreografia, criada para  “Up”, de Cardi B, foi criada por dois adolescentes negros, Mya Johnson e Chris Cotter. “Sinto que é muito importante para nós recebermos o nosso crédito, porque somos criadores muito bons e somos negligenciados no que criamos”, disse Johnson em entrevista à Vogue.

Outro tiktoker preto, Erick Louis,  de 21 anos, fez um vídeo zombando dos criadores brancos  tentando fazer uma dança. Ele começa fingindo que está dançando a dança criada por dois usuários, para abruptamente e se afastar, e aparece  a legenda: “ Este aplicativo não seria nada sem os negros”. Para Louis o algoritmo trata criadores negros com uma forma de violência. “O que acaba acontecendo, esses brancos ou não negros passam a ser os rostos do que o povo negro criou”, disse à CNN. Foi o vídeo de Louis, usando a nova música de Thee Stallion que se tornou ponto vital para o movimento que pede correção do que tem ocorrido na rede social.

É comum que na internet as pessoas não dêem crédito às pessoas e não achem isso importante, mas é muito importante e ainda mais criadores que têm sido colocados à margem pelos algoritmos das redes sociais. O resultado é que produtores de conteúdo que angariam milhares ou milhões de seguidores plagiando coreografias, conseguem contratos publicitários e visibilidade nos programas de televisão, mas não se propõe a dizer quem são os verdadeiros criadores do que os alçaram à fama.

Procurados pela CNN, o TikTok respondeu que “não seria o que é hoje sem as contribuições dos criadores negros e estamos comprometidos em honrar e celebrar esta comunidade, hoje e todos os dias”,o que soa bem genérico diante das inúmeras reclamações dos usuários.

O que acontece nas redes sociais é só um exemplo do que acontece através da história humana, com brancos se apropriando de cultura, rituais e ganhando fama com isso. O proclamado Rei do Rock, Elvis Presley, fazia covers de músicos negros e imitava o rebolado dos salões de blues, enquanto uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, o Led Zepellin,construiu uma carreira plagiando blues antigos. Os cantores de rap com mais visualizações no YouTube brasileiro são brancos e embora Racionais tenham lugar cativo no altar do rap nacional, quem tocou incessantemente em todas as rádios nos anos 90 foi Gabriel O Pensador.

Parece que lucrar em cima da criação de pretos é um talento intrínseco aos brancos. O caso das redes sociais é só uma variação contemporânea de injustiças seculares.

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