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Gaby Amarantos estrela ação da Hering para preservação da Amazônia

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Foto: Rick Duarye/Divulgação.

Ação comemora os 30 anos da camiseta World, com peças que compensam o dobro da emissão de CO2

Gaby Amarantos e outros artistas como Agnes Nunes, Alice Caymmi, Duda Beat, Majur e Silva, participam de uma campanha da Hering lançada para celebrar os 30 anos da camiseta World – ícone da marca. A iniciativa tem como objetivo a conservação da Amazônia, com mais de 4,4 milhões de árvores preservadas somente em 2021.

“Ser convidada para uma campanha tão linda como essa e que ressalta a importância de preservarmos o meio ambiente e a Amazônia – nosso bem maior, é um privilégio. Que todos possam sentir verdadeiramente a mensagem que a Hering está passando de que devemos prosseguir de maneira sustentável, para que nossas futuras gerações tenham as mesmas oportunidades que tivemos de usufruir de um planeta maravilhoso”, ressalta Gaby Amarantos.

A ação, em vídeo, é inspirada em uma campanha dos anos 90 da marca, com a trilha “Com que roupa eu vou?”, de Noel Rosa. A releitura traz uma provocação com o mote “Com que roupa eu vou construir esse novo mundo?” pela voz de cantores de destaque da nova geração da MPB. Os cenários destacam o meio ambiente e convidam os consumidores a refletirem sobre sua responsabilidade com o planeta.

“Com os principais pilares da Hering – moda, sustentabilidade e música – essa campanha nos desperta para algo básico: cuidar do planeta, com uma mensagem que traz esperança e exalta a cultura brasileira”, comenta Fabiola Guimarães, Diretora de Marcas da Cia. Hering.

Primeira-dama do Haiti segue internada em hospital de Miami

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Foto: Getty Images.

Martine Moïse foi atingida múltiplas vezes durante atentado que matou o presidente do Haiti na última quarta-feira.

A primeira-dama do Haiti, Martine Moïse, está internada para tratamento em um hospital de Miami, Flórida. O esposo de Martine e presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado a tiros na própria casa, na última quarta-feira. Alguns veículos de imprensa noticiaram, de forma equivocada, que a primeira-dama havia falecido. De acordo com informações do prefeito de Miami, Francis Suárez, o estado de saúde da primeira-dama é crítico, mas estável.

De acordo com a Reuters, a polícia haitiana informou que os assassinos de Jovenel Moïse foram mercenários colombianos. Segundo o chefe de polícia León Charles, 15 colombianos foram capturados, além dos dois haitianos americanos, identificados como James Solages e Joseph Vincent.

O crime contra o governante abriu um novo capítulo na profunda crise política que o país tem enfrentado desde 2018 devido a alegações de corrupção contra Moise, que enfrentou nos últimos meses manifestações em massas que muitas vezes resultaram em saques, violência e mortes.

A Casa Branca comunicou nesta quinta-feira que pretende ajudar na investigação do assassinato de Moise, mas assegurou que ainda não recebeu nenhum pedido de assistência do Haiti. ”A nossa mensagem ao povo do Haiti é que estamos com eles e queremos prestar assistência”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Rapper Love Diddy sai em defesa da corredora Sha’Carri Richardson, suspensa por uso de maconha

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O rapper e produtor  Love Diddy se pronunciou em apoio à corredora dos 100 e 200 metros rasos, Sha’Carri Richardson, que teve sua ida para as Olimpíadas de Tóquio barrada após cair no exame antidoping por uso de maconha. “(…) meu coração está partido por ela ter seu sonho de toda a vida destruído por usar uma substância legal”, disse Diddy. “Estou cansado de ver pessoas brancas sentadas em uma sala tomando decisões que afetam nossas esperanças e sonhos. Eles continuarão tratando nossos atletas como escravos e entretenimento até que nos fechemos contra essas pessoas!”, declarou.

Imagem: Jeff Cohen

O rapper levantou a hashtag #LetHerRun em apoio à Sha’Carri, mas recebeu críticas em relação ao seu posicionamento. Em resposta, Diddy esclareceu como a guerra às drogas tem sido usada como desculpa para matar indivíduos negros. “Para ser absolutamente claro sobre meu tweet anterior, o que quero dizer é que a maconha tem sido usada contra meu povo, já que alguns brancos em um escritório (DEA / FBI) ​​viram isso como uma forma de prender artistas de Black Jazz para fechar o movimento acontecendo no Harlem ”, explicou Diddy

O produtor criticou a organização das  Olimpíadas por agir contra uma jovem atleta negra no auge do seu desempenho.

Sha’Carri Richardson conseguiu o sexto melhor tempo da história dos 100m rasos no mês de abril e virou uma das esperanças de medalha para a equipe norte-americana de atletismo. No entanto, em teste feito pela USADA (organização responsável pelos testes antidoping nos Estados Unidos) logo após as provas da seletiva pré-olímpica, a corredora de 21 anos testou positivo para THC e foi suspensa por um mês. Ela ainda poderia competir no revezamento 4×100 mas a seleção norte-americana decidiu não convocá-la,

Em entrevista após a suspensão,  Richardson admitiu ter usado maconha para lidar com a morte da mãe biológica, ocorrida pouco antes da seletiva, em junho.

“Nós”: Terror desconfortante é mais uma obra-prima trazida por Jordan Peele

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lImagem/Reprodução

Jordan Peele chamou atenção do mundo quando lançou “Corra” em 2017, trazendo subtexto das tensões raciais nos Estados Unidos, com uma crítica que não poupou nem os Democratas norte-americanos e o racismo internalizado presente em pessoas brancas. Com “Nós”, Peele confirma que seu longa anterior não foi sorte de principiante.

Adelaide e Gabe levam a família para passar um fim de semana na praia e descansar, mas a chegada de versões malignas de si mesmos (os Atrelados) acaba com os planos da família.

Us' Sets Box Office Record for Original Horror Film - Rolling Stone
Imagem: Reprodução

O filme começa como um terror familiar de invasão de domicílio ou slasher, mas Peele joga as convenções do gênero para o alto e deixa o espectador completamente entregue. Pouco dá para prever do que vai acontecer no decorrer da trama.

A primeira quebra de expectativa é a troca de papéis entre os gêneros. Lupita Nyong´o (‘12 Anos de Escravidão‘) é o elo forte da família, inclusive durante os confrontos físicos mostrados no filme, enquanto o grandalhão Winston Duke (‘Pantera Negra’) não faz jus ao seu tamanho e é usado mais como alívio cômico (nem sempre funciona). 

Difícil entender a não indicação de Lupita ao Oscar de 2020 pelo papel desempenhado neste filme. O primeiro encontro entre Adelaide e sua cópia do mal é perturbador e a atriz queniana/mexicana transmite em ambas as personagens intimidação e medo de forma tão convincente que a gente consegue temer e torcer por ela ao mesmo tempo. Inquieta, triste, nervosa, potente, ela faz de tudo aqui.

Para quem está cansado de  “jumpscare” barato, ‘Nós’ é um bálsamo. Nada de sombras em reflexo da TV, monstros aparecendo do nada. O medo é construído de forma honesta, sem barulhos altos vindo repentinamente. Inclusive a trilha sonora composta por Michael Abels é fantástica, mais minimalista e menos óbvia do que o que se costuma ver no gênero.

Um dos pontos fortes do filme é ter todos os seus personagens como pessoas inteligentes. Costume irritante em produções de terror é fazer com que alguém vá fazer uma investigação onde aconteceu um crime violento ou se separe do grupo sem motivo para que se use isso como facilitação narrativa. Aqui, nem mesmo as crianças agem de forma estúpida, fazendo com que a identificação seja mais fácil, o que aumenta a preocupação com o destino desses indivíduos. Se você não se preocupa com um personagem, boa parte da tensão morre.

As crianças interpretadas por Shahadi Wright Joseph (Umbrae) e Evan Alex (Jason) não atrapalham, pelo contrário, sem elas os apuros da família seriam muito mais difíceis de enfrentar, uma vez que suas cópias malignas são tão ameaçadoras quanto as dos pais. O diretor não desperdiça o elenco e oferece função narrativa para cada um.

O diretor deixa peças de um quebra-cabeça durante todo o longa que parecem aleatórias, mas com o decorrer da experiência as coisas vão se encaixando. É um filme cheio de alegorias e metáforas, e dificilmente se pega assistindo uma única vez. Tudo é feito para causar desconforto e felizmente Peele consegue. 

The Literary Influences Behind Jordan Peele's "Us" | LitReactor
Imagem: Reprodução

As duplicatas malignas moram em túneis subterrâneos dos Estados Unidos e decidem não viver mais às sombras e sob submissão dos originais, em uma possível alusão às pessoas que são escravas de um sistema que não permite individualidade. Ao colocar os personagens como protagonistas e antagonistas ao mesmo tempo, o idealizador aponta o dedo e nos diz que o maior inimigo do indivíduo é ele mesmo, e só a conscientização das mazelas faz com que haja rebelião, que é o que acontece com a cópia de Adelaide.

“Nós” mistura horror, fantasia e ficção científica em um filme carregado de alegorias com atuação excelente de Lupita Nyong´o. É uma experiência nervosa, desconcertante. Os dez minutos finais são de tirar o fôlego e assistir duas ou três vezes para compreender as metáforas sutis sobre privilégios e rancor.

Disponivel no Amazon Prime Video.

Produzida por Alicia Keys, nova comédia romântica “Fugindo do amor” é anunciada pela netflix

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Imagem: Netflix/Divulgação

A netflix acaba de anunciar o trailer de sua mais nova comédia romântica “Fugindo do amor”, com produção da atriz e cantora Alicia Keys e direção de Steven Tsuchida.

No longa, a cantora pop Erica (Christina Milian) vai trabalhar  em um casamento em uma ilha tropical, quando é surpreendida pela presença do seu ex-namorado. Não apenas ela precisará conviver com ele, como descobre que se deslocou para cantar em seu casamento.

No dia 6 de julho, a netflix anunciou o primeiro trailer da comédia, que tem data de estreia marcada para dia 29 do mesmo mês.

A comédia romântica será uma boa opção para aproveitar um novo trabalho da vencedora de inúmeros Grammys, porém não é a primeira vez que a cantora se aventura por esse universo. Na verdade, ela cresceu e teve sua primeira aparição no mundo artístico por meio do teatro.

Cineasta da quebrada e do mundo: um olhar sobre a história de Valter Rege

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Em todas as quebradas do país há grandes talentos. Em todas as periferias há milhares de novos olhares esperançosos para ganharem as telas, as artes, o mundo. Valter Rege, 37 anos, paulistano de Moema, São Paulo, o idealizador de curta-metragens como “Preto no Branco” teve a história iniciada de forma parecida como muitas pessoas pretas no Brasil. As possibilidades jogavam contra.

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Imagem: Instagram

Sonho e cineasta estava intrínseco em Rege desde o início da adolescência. “Nunca fui bom em exatas, como sempre tive sonho com artes. Eu sempre achei que a qualquer momento eu iria ser contratado para escrever um filme. Fiz um plano de carreira aos 13 anos”, conta Rege que tinha contra si a dupla chance de ser invisibilizado por ser um homem preto e por ser gay. “Tive muitos problemas na escola por conta do racismo e homofobia, pois eu era nitidamente uma criança gay, então a escola não foi um lugar de lembranças muito boas, mas fiz amigos que trouxe pra vida toda”, diz.

Paralelo ao desejo de adentrar no mundo das artes, Rege precisou passar por uma década que ainda rejeitava fortemente a ideia de igualdade e equidade. “Eu fui adolescente nos anos 90, e aqui no Brasil a galera pouco se importava para OMS ter retirado a homossexualidade da lista de doenças. Eu era tratado como doente. Uma professora chamou a minha mãe na escola porque eu tinha sintomas de ‘homossexualismo’. A minha mãe disse que isso não era problema da escola. A primeira vez que meus pais de fato me viram com um companheiro foi quando fiz 30 anos e levei meu ex-marido com o qual fiquei 5 anos”, revela.

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Com sua parceira de sempre (Imagem: Instagram)

Valter buscou refúgio no exército como tentativa de ter certeza do que era, mas a experiência ruim só reforçou que ele não deveria deixar de ser a pessoa que sempre foi. “Eu tinha duas questões, me tornar mais masculino para não apanhar mais na rua, e conseguir dinheiro para pagar uma faculdade de comunicação. Mas no primeiro dia desisti, quando vi que ia ser um pesadelo. Um monte de meninos tentando tirar a barba a seco e ao mesmo tempo fazendo flexões com o rosto sangrando. Eu levantei e disse que não ia ficar, e o sargento disse que eu só tinha duas opções: ser preso ou um ano servindo (…) Atirar com fuzil, atravessar um rio de tirolesa e aprender a importância de trabalhar em equipe foi importante, mas era angustiante não ser eu mesmo. Até a voz engrossava, era terrível”, conta.

Os primeiros roteiros, faculdade e a influência de Beyoncé

Alfabetizado pelos gibis da Turma da Mônica, Rege começou a escrever roteiros em cadernos de brochura, já treinando para a futura profissão. Imaginava o sonho entre as linhas. “Eu não sei como, mas sabia a estrutura de roteiros, e já dividia as histórias em narrador, personagens e espaços onde aconteciam. Brincar de boneca me ajudava muito. No cortiço tinham algumas meninas que me emprestavam as bonecas, então eu construía as narrativas. Quando os meus pais encerravam a brincadeira, eu pedia alguns minutos para encerrar no ápice, como se fosse continuar no próximo capítulo. Com 12 ou 13 anos já estava enviando as cópias dos roteiros para revistas e produtoras”, revela.
O diretor e roteirista conseguiu bolsa no curso de Rádio e Tv na Belas Artes e cursou de 2008 a 2011 enquanto trabalhava na Faculdade Paulista de Artes. Apesar da rotina corrida, a experiência mostrou que estava no caminho certo. “Foi a melhor experiência. Porque eu já entendia das paradas, então ter câmera, uma ilha de edição, estúdio, era sonho realizado. Em 2005 eu tinha feito oficinas de vídeo e cinema no Centro Cultural da Serraria, em Diadema. Fiquei um ano sem trampar, indo a pé, mano. Era 1h30 para ir , mais 1h30 pra voltar, quatro vezes por semana, e ainda fazia teatro na AEB, antiga FEBEM da Imigrantes”, diz animado e prossegue: “Mas eu não tinha tempo de fazer estágio
Então usei a metade do curso para fazer um média-metragem chamado ‘Quero Ser Beyoncé’, conta Rege que escolheu uma Beyoncé embranquecida para agradar produtoras.

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Imagem: Instagram

“Eu já sabia que o mercado era racista e a história era sobre uma garota que descobria a sua força através da música da Beyoncé. Eu esperava chegar no mercado e ter algo pelo qual eles se identificassem, para ter portfólio de faculdade. Eu ainda acreditava um pouco em meritocracia e só deixei de acreditar depois que entrei no mercado de trabalho”, diz mostrando conhecimento da realidade que cerca gente negra que quer fazer arte no Brasil.

“Para você ter noção na primeira produtora que entrei, os donos se referiam a mim como “o viadinho que fez um filme sobre Beyoncé”, revela.

Preto no Branco, o curta que mudou sua vida

Sem os equipamentos modernos, usando apenas papel, caneta, talento para a comunicação e convicção, Valter Rege conseguiu resenhas sobre o filme sobre Beyoncé na Band e na Caras e algumas portas se abriram.

Um dos seus maiores orgulhos é o curta “Preto no Branco”, trabalho de direção precisa que conta a história de um jovem preso ao sair do trabalho em um shopping na cidade de São Paulo. Durante as exibições em festivais, Rege observou a reação da plateia diante da indignação do personagem principal ao ser acusado de roubo injustamente. “Comecei a observar a plateia e descobri que faltava o tiro na testa do protagonista”, conta se referindo ao constante sofrimento do preto nas telas do cinema. “Então formulei uma palestra para levar o filme para o público-alvo: e comecei a oferecê-la para professores”, diz.

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O cineasta ao centro em exibição de um de sues filmespara crianças nas escolas (Imagem: Valter Rege)

Com o público-alvo certo, o filme ganhou reconhecimento e se mostrou um espelho para muitos jovens periféricos que podiam se identificar com a raiva de um jovem preto. “É como se ‘Preto No Branco’ fosse uma Disney, porque o preto grita e não morre”, conta.
Então Valter passou a frequentar ONGs e escolas, apresentando seus filmes e dando palestras. “Amo ir em escolas, eles choram, e eu seguro”, declara.

O filme rendeu uma experiência internacional inédita na vida do jovem diretor.

“Foi surreal. Eu já tinha sido selecionado para o festival de Montreal, fiz as inscrições sem falar inglês, tudo pelo Google tradutor. Fui selecionado para os festivais de cinema da India, o interfilm de Berlin, e o de cinema negro de Toronto e Canada. Pedi ajuda para a produtora que havia produzido o Preto No Branco, mas eles disseram que não era possível. Então fiz uma vaquinha na internet e consegui 7.500 reais. A turma de mídias sociais do Bradesco me deu mais uma grana, cerca de 5.800, aí mandei um projeto para Air Canada, pedindo desconto, e eles me deram 75%, ou seja, paguei 1.200,00 pra ir e voltar. Um cara que viu a vaquinha, pagou 7 diárias em um Hotel no centro de Toronto. Fique muito feliz”, relembra Rege.

Hoje seu curta é exibido em escolas e Rege aguarda resposta de editais onde vai mostrar uma adaptação de uma HQ (ele diz não poder dar detalhes).

Valter Rege é o olhar da quebrada para o mundo. De dentro para fora, de fora para dentro, retornando num ciclo de troca onde as origens jamais são esquecidas e a mensagem se perpetua por seus iguais. Merece um “olhar que demora”.

*Esse conteúdo foi criado em parceria paga com a Avon.

Vereadora Verônica dos Santos presta queixa contra Paulo Gomes após agressão lesbofóbica

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A vereadora Verônica dos Santos Lima (PT) prestou queixa de violência sofrida contra o também vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL). Verônica postou em suas redes sociais o que teria ocorrido na tarde de ontem durante uma reunião. O vereador teria agredido Verônica verbalmente e tentado agredi-la fisicamente quando foi impedido por outras pessoas da Casa Legislativa.

Imagem: Instagram

“Quer ser homem? Então vou te tratar com homem!”, teria dito o vereador se referindo ao fato de Verônica ser lésbica. Segundo a vereadora, não é a primeira vez que é atacada por Gomes. “Os ataques e a perseguição de Paulo Eduardo Gomes contra mim são constantes nesta Casa Legislativa. O ocorrido hoje é mais um episódio escancarado de violência política contra mulheres e LGBTQIA+. Somos constantemente constrangidas, desrespeitadas e intimidadas, mas não recuaremos! É importante se atentar para o fato de que essas formas de opressão ainda são muito recorrentes”, escreveu

A vereadora, de 47 anos de idade, foi a primeira mulher negra a assumir o cargo na história da cidade de Niterói. É defensora dos direitos humanos, das mulheres e das políticas de assistência social. Ao longo de sua carreira, criou o primeiro Estatuto Municipal de Igualdade Racial do Brasil e a Lei de Diretrizes para Mulheres Vítimas de Violência, além da lei que destina 3% das vagas em serviços e obras públicas para moradores em situação de rua, entre outras conquistas. 

Confira a nota completa da vereadora:

“QUER SER HOMEM? ENTÃO VOU TE TRATAR COMO HOMEM!”

Foi com essas palavras machistas e lesbofóbicas que o vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL) me atacou verbalmente durante reunião hoje à tarde. Gomes avançou em minha direção e teve que ser contido por nossos colegas da Casa Legislativa. Estive na delegacia e formalizei a queixa da violência sofrida e também irei abrir uma representação oficial por quebra de decoro parlamentar.

Infelizmente, o desrespeito direcionado a mim pelo parlamentar não começou agora e está se intensificando cada vez mais. Os ataques e a perseguição de Paulo Eduardo Gomes contra mim são constantes nesta Casa Legislativa. O ocorrido hoje é mais um episódio escancarado de violência política contra mulheres e LGBTQIA+. Somos constantemente constrangidas, desrespeitadas e intimidadas, mas não recuaremos! É importante se atentar para o fato de que essas formas de opressão ainda são muito recorrentes.

Em 2012, me tornei a primeira mulher negra e LGBT+ eleita para a Câmara de Niterói, e por muitos anos fui a única representante no Parlamento. Tenho uma missão junto ao povo. Não vão me intimidar, nem me calar! Vou ocupar esse espaço que é meu por direito e exercer meu mandato com todas as prerrogativas.

Quando Paulo Eduardo questionou se “eu queria ser homem” e disse que ia “me tratar como homem”, quis me constranger pela minha orientação sexual. Não quero ser homem! Sou uma parlamentar com diversas produções legislativas que dispõem sobre a violência contra as mulheres e o combate às opressões.

Quero poder viver com dignidade e liberdade sendo mulher, e desejo que todas nós possamos ter nossos direitos assegurados. Atitudes machistas, lesbofóbicas e intimidatórias como a de Paulo Eduardo têm que ser devidamente responsabilizadas. Não faço isso apenas por mim, mas por todas as mulheres e LGBTQIA+. Tenho orgulho de ser quem sou e exijo respeito.

Em resposta às acusações, Paulo Eduardo Gomes também emitiu uma nota em seu Instagram, onde admite o ato lesbofóbico, mas nega tentativa de agressão física. ”Mesmo eu, com um longo histórico de lutas em defesa dos Direitos Humanos e combate às opressões, estou sujeito a praticar atos machistas e lesbofóbicos. Entretanto, apesar de elevar o tom na discussão, é importante esclarecer que jamais fiz menção de agredir a vereadora fisicamente”, escreveu em seu Instagram.

“Eu não sabia se ele ia me querer”, diz Iza sobre começo do namoro com o marido, Sérgio Santos

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Em entrevista a Leo Dias, a cantora também falou sobre racismo e pandemia de covid-19

A cantora Iza, em entrevista ao jornalista Leo Dias, falou sobre o começo do relacionamento com o marido, o produtor musical Sérgio Santos, com quem é casada desde 2018. “Eu não sabia se ele ia me querer”, disse a cantora, relembrando que foi ela quem deu o primeiro passo em direção ao atual companheiro. “A gente era só amigo e eu percebi que eu estava apaixonada por ele, quando vi ele com uma outra menina e me senti como uma namorada traída”, disse Iza, que perguntou, por mensagem no celular o que Sérgio achava dela “como mulher”.

Na conversa, a cantora também falou sobre algoritmos das redes sociais, e a importância de curtir e valorizar o trabalho de pessoas negras dentro e fora das redes sociais. “É importante as pessoas falarem sobre isso, mas consumam também! Os artistas negros, as mulheres incríveis da moda. Acho que existem formas de fomentar, não só ‘militando’ na internet”, disse a cantora, que apareceu na entrevista usando um look da coleção Axé, Boca da Mata!, de Isaac Silva.

RACISMO — Durante a entrevista, Iza também falou sobre o racismo no Brasil. “O Brasil é tão racista que a gente não consegue nem dividir isso em aspectos sociais ou econômicos, porque todas essas coisas nos atingem de uma vez”, disse, relembrando que era seguida por seguranças nas lojas que frequentava, por ser considerada suspeita.

Para a cantora, a fama inibe, de certa forma, algumas atitudes racistas. “Você ser famosa, ser reconhecida, estar vestida de tal forma, inibe essas coisas”. “Minha mãe me pedia para não andar com fone na rua, não andar com capuz”, completou a artista em resposta ao entrevistador, que se demonstrou chocado com os relatos.

PANDEMIA — “É muito cruel você perder alguém pra covid”. A cantora contou que sofreu duas perdas de pessoas próximas no início da pandemia, e isso afetou sua forma de ver o mundo. “Como eu deixei de falar com gente que aglomerou, sabe?”. “São pessoas que são muito amadas, que lotariam estádios e não puderam ter a despedida que merecem, isso me deixou muito mal”, completou Iza.

Cantora Moara é uma das favoritas a receber prêmio em Festival Francês de Música

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Foto: Thaís Mallon

A diretora do Afrolatinas e produtora do Festival Latinidades é uma das 20 artistas selecionadas no mundo todo; a votação online ocorre entre os dias 10 e 11 de julho

A cantora e compositora brasiliense Moara participa da próxima edição do Rootstock – Festival Francês de Música – em Château de Pommard, na França. Além de compor e cantar, Moara também é a diretora do Instituto Afrolatinas e produtora executiva do maior festival de mulheres negras da América Latina, o Festival Latinidades. Com 28 anos, é uma artista autodidata e que vem ganhando projeção na cena musical brasileira desde sua estreia, em 2018. Para o Rootstock 2021, concorrem ao prêmio 20 artistas de diversas nacionalidades, incluindo Moara. A votação aberta ao público, que vai consagrar os cinco ganhadores, será online entre os dias 10 e 11 de julho no site da Rootstock Music .

O festival exibe 48 horas de música sem parar e tem como objetivo impulsionar 5 carreiras que são apostas de cada ano. O prêmio é em dinheiro no valor de 5 mil euros e uma mentoria com especialistas do mercado.

“Me sinto honrada por estar entre 20 selecionades do mundo inteiro e acredito que como mulher negra, gorda e homossexual estou pronta para representar o Brasil e nossa cultura em outro país. Estou muito ansiosa por esse festival”, compartilha Moara.

Dona de voz potente e presença marcante, Moara se destaca como uma das principais representantes da música da capital do país na atualidade. Recentemente, recebeu dois prêmios na Lei Aldir Blanc, sendo o primeiro na categoria “Trajetória artística” e o segundo, com a “Reverbera”, plataforma de mulheres nas artes criada por ela e que teve sua primeira edição em 2019, envolvendo as principais representantes dos grandes festivais brasileiros de música.

Em 2018, lançou ‘Peito Aberto’, indicado no mesmo ano pelo jornal Folha de S. Paulo na categoria ‘discos de MPB’, ao lado de nomes como Elza Soares e Gal Costa. Ainda em 2018, lançou 12 músicas em uma série intitulada “Cartas Acapella” e, no ano seguinte, trouxe ao mundo o EP “Do começo ao fim?”, indicado pelo portal Multi Modo como um dos 20 melhores EPs de 2019.

Depois de três anos, desde o primeiro trabalho lançado, Moara já se apresentou em festivais como Sonora Soma, COMA, SIM São Paulo, Móveis Convida, PicNik, Fico em Casa BR, LIFA Brasil, além de passar por palcos como Red Bull Station, Caixa Cultural São Paulo, CCBBs de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Durante a pandemia, produzi com o DJ Venezuelano Fourtwenty Sound a faixa “Nada Ok” , trabalho totalmente remoto. Foi um desafio grande, mas conseguimos nos entender bem e o resultado ficou ótimo. Já recebi feedbacks de público fora do Brasil e isso me anima muito de pensar uma carreira internacional”, comenta a cantora Moara.

Ser uma das vinte artistas do mundo a compor a programação do Rootstock Festival com certeza é um passo importante nessa caminhada. Vencer o prêmio, além de trazer notoriedade internacional e ampliar as possibilidades de circulação, significaria mais investimento financeiro para a trajetória da artista.

Para votar em Moara no Rootstock Festival é só acessar: vivant.eco/experiences/aa-moara

Agenda coletiva do Julho das Pretas tem 322 atividades por todo o País

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Foto: Lis Pedreira.

A 9ª edição do Julho das Pretas celebra o mês da Mulher Negra, Afrolatina Americana e Afrocaribenha

Organizações, coletivos, e mulheres negras de todo Brasil estão em plena celebração a 9ª edição do Julho das Pretas, ação de incidência política coletiva, criada pela ONG baiana, Odara – Instituto da Mulher Negra, e que amplia para os 31 dias do mês as
ações internacionais do 25 de Julho – Dia da Mulher Afro-Latino Americana e Afro-Caribenha, e dia nacional de Tereza de Benguela.

Este ano, com o tema “Para o Brasil genocida Mulheres Negras apontam a solução”, a 9ª edição do Julho das Pretas tem como finalidade denunciar as diversas formas de genocídio da população negra e mostrar como as mulheres negras têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista, antipatriarcal e pelo Bem Viver.

Na agenda de 2021 estão previstas 322 atividades, que estão sendo realizadas por grupos, coletivos, instituições religiosas, associações, unidades acadêmicas, dentre outras, sempre sob o protagonismo e liderança de mulheres negras. As atividades, ainda por conta da pandemia, acontecerão em sua maioria em formato digital e podem ser conferidas no site Instituto Odara, e diariamente no perfil @julho_das_pretas.

Entre o conjunto de atividades do Julho das Pretas, as mulheres abordarão temáticas diversas como: participação política, violências, segurança digital, espiritualidade, protagonismo das mulheres na academia, marketing, saúde mental, empreendedorismo, dentre outros.

Com o formato virtual, a previsão é que mais pessoas possam participar das ações, é o que aponta a jornalista Ivana Braga, do Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, organização de São Luiz (MA) que compõe a secretária executiva da Rede de Mulheres
Negras do Nordeste. “A força desses coletivos tão diversos, em termos de perfis etários, profissionais, políticos, territoriais e culturais dá a dimensão do poder dos movimentos de mulheres negras”, afirma a ativista.

JULHO DAS PRETAS — O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda coletiva criada em 2013
pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e que ganhou o país através da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), de centenas de coletivos e organizações de mulheres negras e de
milhares de pretas que se organizam em ações coletivas ao longo dos últimos 9 anos, para registrar o mês de Julho na agenda pública do país.

Acesse a agenda completa.

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