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“Infinito Vol.2”: Com participações especiais, Thiaguinho lança seu novo álbum

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Imagem: Sandro Mendonça

Thiaguinho está de volta  “Infinito Vol. 2” chega a todos os aplicativos de música no dia 29 de julho de 2021, às 21h. O projeto traz 19 faixas entre composições inéditas e regravações de sucessos do artista, levando os fãs a revisitar momentos históricos da carreira do cantor e a criar novas memórias e lembranças juntos. Esse volume conta com as participações especiais de Bruno Cardoso (Sorriso Maroto), PériclesAlexandre Pires e Gloria Groove . 

O projeto vem também com vídeos para todas as faixas do álbum, que chegam ao canal oficial de YouTube do cantor ao meio-dia (horário de Brasília) do dia 30 de julho. Para a estreia de Infinito, Thiaguinho fará o conteúdo exclusivo do YouTube chamado “Red Carpet”.

“A alegria que eu sinto em cantar é infinita. O amor que eu sinto pela música é infinito. A música é divina e Deus é infinito. Então, é uma homenagem a tudo isso”, afirma o cantor sobre o “Infinito”.

Espero que os fãs, que sempre me acompanham de perto, sintam o carinho que toda a minha banda e equipe depositou nesse projeto. Esse é um álbum muito especial para mim! Espero que todos se divirtam, se emocionem e que o nosso carinho e nossa troca seja infinita. Por que o amor que sinto pela música e pelos fãs é infinito!“, comenta Thiaguinho .

O projeto Infinito foi dirigido por Benedita Zerbini e João Pedro Januário, renovando a parceria de Thiago com com os diretores envolvidos no documentário da Tardezinha para a plataforma globoplay (2020). O palco e cenografia foram assinados por Zé Carratu e, na produção musical, o novo álbum tem direção do renomado produtor Prateado, parceiro de Thiaguinho há mais de 17 anos (inclusive no último álbum, “VIBE”). Esse é o primeiro lançamento de Thiaguinho através de sua própria gravadora, a Paz & Bem, e o material é distribuído através da Altafonte Brasil.

PARCERIAS
“Infinito” traz Alexandre Pires como convidado na faixa “O Que É Felicidade?”. Com 32 anos de carreira, Alexandre é um ícone e uma referência para Thiaguinho. “Alexandre é um espelho para mim quanto artista. Um cara que eu cresci vendo. Ele sempre foi a minha maior referência. Poder ter a chance de registrar a gente cantando junto é sensacional e maravilhoso“, diz Thiaguinho.

Bruno Cardoso, que carrega em sua história de carreira 20 anos de parceria e amizade com Thiaguinho, comenta: “Sorriso Maroto e Thiaguinho, Bruno Cardoso e Thiaguinho… as nossas histórias se misturam há muito tempo. Sempre fomos muito presentes um na vida do outro, porém, um registro dos dois juntos oficial, a gente nunca teve. Tentamos diversas vezes, em épocas diferentes, mas os calendários não batiam e o público pedia, era sempre uma cobrança” .

Thiago e Bruno cantam juntos na faixa “Quanto Tempo Faz”, já conhecida dos fãs, mas nunca oficialmente lançada – até então. “Eu já conhecia a música ‘Quanto Tempo Faz’, já achava ela incrível. Então ter a gente junto é muito bacana porque eu acho que isso sela uma trajetória e uma amizade de 20 anos. Essa música é um grande presente pra quem ama Sorriso Maroto e ama Thiaguinho“, comenta Bruno Cardoso.

Péricles e Thiaguinho também possuem uma trajetória de amizade e carreira musical de anos e colaboram na canção “Seja Bem Vinda”. Sobre a parceria longínqua com Thiaguinho, Péricles comenta: “Para mim é uma satisfação enorme participar desse momento. Se o trabalho dele hoje é infinito, infinita também é a nossa trajetória e essa corrente que nos une e não quebrará jamais“.

Glória Groove se une a Thiaguinho na faixa “Presente do Céu”. “Uma das canções de amor mais lindas que já cantei… E com ela! Obrigado por aceitar esse convite que veio do meu coração”, comemorou o cantor. O dueto é uma das músicas inéditas do disco e é uma versão em português do hit “Best Part”, do cantor canadense Daniel Caesar com a americana H.E.R. – que repostou o trecho da versão em suas redes sociais animada com o lançamento.

Meninos de Belford Roxo: Após denúncia de testemunha contra irmão, polícia encontra restos mortais no RJ

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Agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil encontraram nesta sexta-feira (30) em um rio de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, uma ossada e fios de cabelo dentro de um saco plástico, que podem ser das três crianças desaparecidas em dezembro do ano passado. Ontem uma testemunha depôs na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e apontou o irmão, José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha, como o homem que teria jogado os corpos de três meninos em um rio.

Segundo a testemunha, o irmão se encontrou com traficantes em um bar, no Morro do Castelar, em Belford Roxo, no dia em que as crianças (Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, ) desapareceram. O homem disse que estava com o irmão em um bar quando um bonde de carros com traficantes parou no local e chamou um deles para uma missão. A testemunha disse à polícia que o irmão saiu com os bandidos e voltou uma hora e meia depois.

Suspeito de ocultar corpos dos meninos desaparecidos em Belford Roxo (RJ)  confirma que jogou saco plástico em rio | Band
Imagem: Reprodução

Após alguns dias, o irmão teria contado à testemunha que a tarefa dada por homens do tráfico era a de ajudar a desaparecer com os corpos das três crianças. Na última  quarta-feira (29), ele procurou o 39º BPM (Belford Roxo) para denunciar o caso. De lá, a testemunha foi encaminhada para a DHBF.

A testemunha alegou que revelou agora o que sabia por estar sofrendo com o segredo. Em mais detalhes revelados, ele também contou que os meninos, desaparecidos no dia 27 de dezembro do ano passado, teriam sido espancados e mortos a mando do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico. O motivo do crime seria que uma das crianças estaria envolvida no furto de uma gaiola de passarinho.

Ainda de acordo com a denunciante, os corpos foram jogados na localidade conhecida como Ponte de Ferro 38, no Bairro Amapá, na divisa dos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias.

 Bombeiros realizaram buscas pelos corpos dos três meninos entre 10h e 12h15. próximo ao rio Botas, em Belford Roxo, que corta a baixada. “Esses ossos vão para a antropologia do IML [Instituto Médico Legal] para saber primeiro se o osso é humano. Confirmado, eles conseguem identificar se é masculino ou não e a faixa de idade. Após essa etapa será coletado um fragmento do osso e encaminhado para o IPPGF [Instituto de Pesquisas Perícias Genética Forense] para fazer um teste de DNA e ver se é compatível com o padrão dos familiares”, explicou a perita criminal Denise Rivera.

Para o jornal O Globo a avó de duas das crianças, Silvia Regina, disse que acredita que os meninos estejam vivos e que a história do corpo em saco plástico seja “só para despistar”.

“Formation”, de Beyoncé, é eleito o melhor clipe de todos os tempos pela Rolling Stone

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Foto: Reprodução.

“Ok, ladies, now let’s get in formation!”

A revista Rolling Stone elegeu “Formation”, de Beyoncé, como o melhor clipe de todos os tempos. Lista com os cem melhores foi publicada nesta sexta-feira (30), pela revista. “Em menos de cinco minutos, Beyoncé se move de uma casa estilo fazenda onde os negros são os senhores, não os escravos, para o topo de um carro de polícia que está afundando. Notavelmente, ela lançou o vídeo na primeira semana do Mês da História Negra de 2016, o dia entre o que teria sido o aniversário de Trayvon Martin e Sandra Bland”, diz a publicação.

O clipe, dirigido por Melina Matsoukas, tem inspiração em autoras negras americanas, como  Maya Angelou, Octavia Butler e Toni Morrison, e é um verdadeiro manifesto sobre as questões raciais e a brutalidade policial no Estados Unidos, passando pela história da escravidão e outros elementos marcantes da cultura negra daquele país.

“Formation” é a última faixa do icônico álbum “Lemonade”, que trouxe para o público uma versão mais crítica e também mais vulnerável de Beyoncé, falando abertamente sobre questões pessoais do casamento com Jay-Z e respondendo comentários e críticas do público.

A lista dos melhores clipes de todos os tempos tem também “This Is America”, de Childish Gambino, “Untitled”, de D’Angelo e “Billie Jean”, de Michael Jackson, entre as top 10.

Abner Teixeira vence e garante no mínimo o bronze nas Olimpíadas de Tóquio

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. Nesta sexta-feira, o boxeador brasileiro Abner Teixeira venceu Hussein Iashaish, da Jordânia,por decisão dividida e se classificou para as semifinais na categoria pesada (entre 81 e 91 kg). Ele garantiu no mínimo a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio

Abner Teixeira celebra a medalha garantida no boxe — Foto: Ueslei Marcelino - Pool/Getty Images
Imagem: Ueslei Marcelino

No primeiro round da luta, Abner enfrentou dificuldades para encaixar seus golpes e ficou mais na defensiva. Com o passar dos minutos, o brasileiro acabou entrando no ritmo e deixou o duelo em pé de igualdade. No segundo assalto Teixeira acertou bons cruzados, o que lhe valeu pontos preciosos. Ao final da luta, contando com o cansaço de  Hussein Iashaish, o brasileiro acertou mais golpes e cortou o supercílio do rival, que sangrou.

“Ele veio no primeiro round muito mais intenso do que achei que fosse vir. Achei que ele ia começar morno e crescer no segundo e terceiro, mas ele começou no primeiro já a mil por hora. Perdi o primeiro round. No segundo, consegui equilibrar. No terceiro, estava 1 a 1 e falei: “é a hora”. É a hora que todo boxeador tem de passar um dia, que é estar em um situação adversa e virar o jogo. E foi o que fiz”, comentou o brasileiro após a luta.

Teixeira descobriu a paixão pelo boxe no projeto social “Boxe – Mãos para o Futuro”, do professor Vladimir Godoi, em Sorocaba. Abner é bicampeão brasileiro juvenil e de elite. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019, o brasileiro conquistou a medalha de bronze.

  Abner Teixeira  luta de novo na próxima terça contra o cubano Julio la Cruz. Se vencer, avança à final. Se perder, fica com o bronze em Tóquio.

“Ninguém tá bem, as pessoas estão só fingindo muito bem”, diz Iza sobre saúde mental

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Foto: Ju Coutinho

Cantora cocriou o novo protetor solar da Garnier para pele negra e falou sobre a relação entre beleza, saúde mental e auto-aceitação

Iza é considerada por muitos um exemplo de beleza, auto-estima e auto-aceitação, mas não é só isso. Ela tem também muito cuidado com a manutenção da saúde mental. A cantora revelou que prioriza o próprio tempo, inclusive para realizações profissionais, como o lançamento de novas músicas.

 “A periodicidade dos meus lançamentos quem define sou eu, quando eu quero fazer música, eu faço. As pessoas não entendem que a gente investe tudo numa música que a gente não faz ideia se as pessoas vão gostar”, disse. “Eu sempre busquei estar no meu tempo e estar segura para fazer aquilo que eu gosto de fazer”, completou. 

Iza conversou com o MUNDO NEGRO após o evento de lançamento da nova linha de protetores solares da Garnier Skin Active, Uniform&Matte com cor, onde ela contribuiu com o processo de criação do produto na cor negra. 

“Como menina negra, eu sei a dificuldade que é encontrar um produto que seja adequado. A gente ouvia muito isso de que não precisava de protetor solar para pele negra, mas a partir do momento em que você entra numa farmácia e não encontra nada para sua pele, você realmente vai achar que não precisa”, disse a cantora. 

Para a head de Comunicação da L’Oréal, Helena Bertho, a presença de Iza no processo de criação do novo protetor vai muito além de ter uma celebridade fazendo propaganda. “Não é sobre representatividade, é sobre proporcionalidade, é sobre narrativas corretas. É sobre refletir a sociedade que a gente serve e onde a gente está operando”, disse. 

O produto está disponível nas cores clara, média, morena e negra e tem o preço sugerido de R$ 39,90. O novo protetor promete corrigir, reduzir e previnir manchas solares, além de ação antioleosidade e antioxidante na fórmula enriquecida com vitamina C.

Confira a entrevista:

Protetor solar foi um produto que, por muitos anos, parecia não ser necessário para a pele negra. Como é pra você participar da criação desse novo produto?

Estou muito feliz com esse lançamento e com a forma com que esse produto chega ao mercado. Como menina negra, eu sei a dificuldade que é encontrar um produto que seja adequado. A gente ouvia muito isso de que não precisava de protetor solar para pele negra, mas a partir do momento em que você entra numa farmácia e não encontra nada adequado para sua pele, você realmente vai achar que não precisa. 

Eu fico muito feliz de estar neste lançamento de um produto feito pra gente, e quando eu falo pra gente, não estou falando só do tom de pele, eu tô falando do nosso bolso. Quantas de nós podemos realmente entrar numa loja e comprar aquele protetor solar, que até já poderia existir quando eu era mais nova, mas estava totalmente fora do orçamento dos meus pais? 

Quais são suas rotinas de cuidado com a pele?

Eu sempre tento limpar muito a minha pele, porque eu tenho uma pele bastante oleosa, e o protetor solar é uma coisa que não sai da minha bolsa, e eu estou sempre repassando, uso até mesmo dentro de casa. 

Muita gente não sabe que a nossa pele tem um fator natural de proteção solar, o que só confirma que nós somos a evolução, não é mesmo? Mas é muito importante a gente se cuidar, aliado a todos os benefícios que a melanina nos traz. A nossa pele é muito mais propensa a desenvolver manchas do que outras peles com menos melanina, a gente precisa mesmo se observar. 

Eu tenho várias manchas grandes no bumbum, nas pernas, nas minhas coxas, e que eu acho lindas, mas algumas, que vão surgindo com o tempo, acho que a gente deve observar.

Você é um ícone de autoestima e beleza negra. Qual é o seu recado para meninas e mulheres que ainda têm dificuldade com a autoaceitação?

Acho super plausível as pessoas terem dificuldade com aceitação, já que a gente não se enxerga muito nos lugares. Eu acho que eu sou representante para muitas meninas, mas acho que não sou para um bando delas, porque nós somos plurais, nós somos muitas.

Então é muito importante que a gente se olhe no espelho com muito carinho, tentando esquecer tudo aquilo que a sociedade diz pra gente. Eu observo por exemplo, que características nossas que muitas pessoas usavam para nos apontar, elas estão indo nas clínicas de estética para fazer. Nós somos lindos do jeitinho que nós somos, e eu faço questão de dizer que eu sou linda, mesmo quando eu não tô me achando linda, porque qualquer pessoa tem altos e baixos. 

Durante a pandemia, vamos combinar que eu tive mais baixos do que altos. É muito importante eu trazer essa mensagem positiva de aceitação do meu corpo, eu faço questão de dizer que eu nunca fiz plástica, porque eu quero que as pessoas que me seguem entendam que eu passei por um momento muito complicado na minha adolescência, quando eu era a única preta na escola que eu estudava. 

Eu tive uma mãe muito parceira, que segurou a minha mão e não permitiu que eu fizesse nenhuma intervenção, e até me manipulava às vezes. Eu pedi para fazer uma cirurgia plástica quando eu tinha 15 anos e minha mãe falou: “Com 18 anos a gente vai fazer, filha”. Com 18 anos eu perguntei e ela disse: “Filha, a gente tá sem dinheiro, mas com 20 a gente vai fazer”. Até eu ter a maturidade de dizer que não queria mais fazer. 

Eu acho que é muito importante a gente ter esse autocuidado e ter esse cuidado com quem tá ao nosso lado, porque é muito fácil a gente se olhar que achar que aquilo que tá no espelho não é bonito. Nós somos lindos, nós somos divinos, nós somos evoluídos e eu acho muito importante retribuir essa afirmativa para o meu público. 

Como você lida com o cuidado com a sua saúde mental?

Terapia era um luxo que nem se passava pela cabeça dos meus avós, dos meus bisavós. Nem para os meus pais isso existia. Por mais que isso não fizesse parte da nossa vida, a minha mãe sempre foi essa pessoa que mandava um papo para mim de responsabilidade, mas ao mesmo tempo, de cuidado. 

Várias vezes quando eu não queria ir para a escola e se ela via que era algo que eu não tava bem e ela deixava eu ficar em casa. Minha mãe sempre dizia pra mim que eu tinha que estar onde eu queria estar, onde eu me sentia bem. E isso é uma coisa que eu faço desde sempre. 

Em 2020 eu não consegui compor muito, no começo do ano eu comecei a me cobrar muito por isso, mas eu entendi que se eu não tava boa pra compor, nada do que eu compusesse iria me deixar feliz. Aprendi a dar tempo pra mim, além das expectativas dos outros. A periodicidade dos meus lançamentos quem define sou eu, quando eu quero fazer música, eu faço. Eu sempre busquei estar no meu tempo e estar segura para fazer aquilo que eu gosto de fazer. 

As pessoas falam que eu sou super discreta com redes sociais. Não é uma questão de ser discreta, é uma questão de querer me proteger, porque se tiverem cem comentários bons, e um comentário ruim, eu vou querer ligar de vídeo pra pessoa e perguntar “qual é o seu problema comigo? O que foi que eu te fiz?” A maioria das pessoas que falam coisas negativas pra mim e eu falo com elas no DM, a maioria fala “Iza, você me respondeu, você me notou, não acredito, maravilhosa!” Quer dizer, as pessoas não têm noção do peso que elas têm na nossa vida.

Então, eu dou graças a Deus que eu não fui adolescente nessa época, com telefone na mão, com filtro. Porque eu não sei se a minha mãe teria tido tanto sucesso na hora de me convencer que eu era linda do jeito que eu sou, porque a gente recebe informação o tempo inteiro. Então, uma boa dica para a saúde mental é: para de olhar o gramado dos outros que está sempre mais verde artificialmente. Ninguém tá bem, as pessoas estão só fingindo muito bem. 

Rede de Terreiros de Pernambuco processa pastor por vídeo racista

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Painel com imagens de orixás e elementos da natureza foi alvo de ataque racistas. Foto: Reprodução.

Aijalon Berto se referiu a orixás representados em viaduto de Recife como “entidades malignas” e “espíritos das trevas”

A Rede de Articulação da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco, liderada pela Iyalorixá Elza de Iemanjá, ingressou, nesta quinta-feira (29), com notificação extrajudicial contra o Facebook exigindo a remoção de um vídeo racista publicado em um perfil do instagram, do pastor evangélico Aijalon Berto.

No vídeo, o pastor comenta pinturas e painéis retratando Orixás no túnel da Abolição, em Recife, se referindo ao espaço como um “portal demoníaco”. O espaço contra com obras dos grafiteiros Adelson Boris, Nathê Ferreira e Emerson Crazy, que pintaram 550 metros nos dois lados do túnel, representando imagens dos orixás e elementos da natureza. “Na verdade, eu preciso revelar para vocês que esse painel é, nada mais nada menos, do que uma reverências a entidades malignas, satânicas, espíritos das trevas”, ataca o pastor.

Segundo Hédio Silva Jr., advogado da Rede e Coordenador-Executivo do Idafro, a narrativa escapa flagrantemente ao proselitismo religioso, degenerando para o discurso de ódio religioso, que induz os receptores a responsabilizarem as religiões afro-brasileiras por todos os males e mazelas individuais e sociais.”

Além da notificação para o Facebook, o advogado ingressará com representação criminal contra o pastor por crime de racismo religioso.  

HISTÓRICO – Aijalon responde a outras acusações de intolerância religiosa, racismo e transfobia. Uma delas contra a coordenadora cultural das religiões de matrizes africanas e indígenas, na Prefeitura de Igarassu, região metropolitana do Recife. Outro caso recente envolvendo o pastor é o do ator e dançarino Joel Carlos Francisco, de 42 anos, que foi chamado de “feiticeiro” por Aijalon ao comentar um vídeo institucional que pedia precaução durante o carnaval por causa da pandemia.

Simone Biles, Rebeca Andrade e sororidade negra nas olimpíadas

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Imagem: Simone aplaude Rebeca

Durante essa semana muito foi falado sobre a saúde mental das mulheres negras a partir da decisão de Simone Biles (uma das maiores ginastas da atualidade) de desistir da final individual geral nas olimpíadas de Tóquio 2020 para priorizar o seu bem estar psicológico.

Nesta quinta-feira aconteceu a final em que a brasileira Rebeca Andrade competia pelo ouro e as reações de Simone Biles a cada performance de Rebeca chamou a atenção dos internautas.

Cada vibração da ginasta norte-americana para as apresentações da brasileira nos lembra sobre sororidade entre as mulheres negras e o quão especial e importante é essa conexão. Em uma competição com ginastas representantes de diversos países e etnias diferentes as vibrações e as calorosas demonstrações de admiração entre mulheres negras chama muito atenção.

Por muitos anos, mulheres negras acreditaram que não pertenciam a certos lugares, e que deveriam se contentar com o que era imposto. Até hoje sofremos muito com as autocobranças e todo o esforço para sempre alcançar uma perfeição inexistente, é doloroso. Acabamos nos tornando por diversas vezes nosso maior inimigo.

No modelo patriarcal em que vivemos, somos expostas diariamente à rivalidade feminina, colocadas em competições em diversas áreas, de forma que aprendemos a odiar outras mulheres sem motivo. E pelo histórico de preterimento entre mulheres negras é ainda mais difícil se esquivar dessa competição e se aliar a mulheres negras, o que acaba nos enfraquecendo.

Nós precisamos nos fortalecer e fortalecer as outras. Ver Simone Biles dar pulinhos de alegria com um movimento bem executado de uma outra mulher negra que ameaça a medalha do seu país nos diz muito sobre sororidade negra e é algo que devemos praticar. Lute, torça e celebre as conquistas de mulheres negras!

Português é bronze e manda recado para Puma e Adidas, marcas que se negaram a patrociná-lo

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O português Jorge Fonseca ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio na categoria até 100kg do judô nesta quinta-feira (29) e dedicou conquista às marcas Puma e Adidas de forma irônica.  “Vou dedicar a medalha para Adidas e Puma. Porque me disseram que eu não tinha capacidade para ser representante da Puma, então eu dedico essa medalha para os dirigentes de Puma e Adidas. Já mostrei que sou bicampeão do mundo, terceiro nos Jogos Olímpicos, qual estatuto mais eu preciso ter para ser patrocinado por eles? Essa medalha eu dedico para eles e um grande beijinho. Força, Portugal!”,  declarou o lutador à beira do tatame.

Imagem: Annegret Hilse/Reuters

Fonseca é bicampeão mundial e chegou em Tóquio como um dos favoritos ao ouro. 

No percurso até ao bronze, Jorge Fonseca venceu o belga Toma Nikiforov e o russo Niiaz Iliasov, mas acabou por sair derrotado pelo coreano Guham Cho no combate que dava acesso à final. Na semifinal na semifinal teve uma cãibra na mão e acabou sendo derrotado na luta pelo sul-coreano Cho Gul-Ham. Na repescagem venceu o canadense Shady Elnahas e levou o terceiro lugar. “Sou bicampeão do mundo, eu trabalho para o ouro, não para o bronze. Vou trabalhar para o ouro em Paris”, declarou o judoca de 28 anos.

Foi a primeira medalha de Portugal na atual edição das Olimpíadas

O sistema de justiça e o racismo estrutural

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Imagem: Zaira Castro advogada

O sistema de justiça no Brasil é norteado por práticas discriminatórias e racistas que abarcam um contexto de desigualdade estrutural que afeta a população negra. A Constituição Federal do Brasil de 1988 preconiza que todos são iguais perante lei, porém o país está longe de disseminar o racismo institucionalizado, que revelam em muitas situações, atos atentatórios aos direitos humanos, à não-discriminação e ao direito à igualdade.

Nesse contexto, cabe destacar a violência contra a mulher, inúmeras vítimas relatam que enfrentam dificuldades para acessarem a justiça, especialmente na Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM), que na maioria dos casos os atendimentos são inadequados, perpetrando mais sofrimento às mulheres que vão ao judiciário buscar um apoio. Um atendimento cercado de atitude discriminatória e estereotipada por parte dos agentes estatais, bem como a morosidade nos processos para deferimento de medidas protetivas,por razões interseccionais de discriminação e vulnerabilidade.

Assim, as mulheres negras sofrem em maiores incidências de exclusão e violência, em decorrência da discriminação racial estrutural que perpassa todo o judiciário da oitiva ao inquérito policial e da audiência à sentença. E por isso, muitas vezes nos deparamos com vítimas que não buscam o sistema de justiça. Inclusive diversas juristas na sua atuação profissional em defesas dessas vítimas têm suas prerrogativas violadas, em razão da discriminação racial e de gênero.

Senão vejamos, considerando a ínfima participação da população negra ocupando espaços de poder, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) que conta com 90 anos de existência, após mobilização do movimento popular de juristas negras e negros no dia 14 de dezembro de 2020, o Conselho Federal da OAB decidiu historicamente pela paridade de gênero e equidade racial, haja vista uma participação equânime e democraticamente afirmativa.

Nesse ínterim, trago a baila a provocação da advogada e pesquisadora Tatiana Emília Dias (2020), da Universidade Federal da Bahia – UFBA, sobre a ausência de pessoas negras em espaços de poder: “Quando as pessoas me perguntam por que os negros têm dificuldade em ocupar espaços de poder, eu inverto a questão: Por que as instituições têm dificuldades em dar acesso às pessoas negras?”.

De acordo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), “no Brasil,as pessoas afrodescendentes estiveram historicamente inseridas dentro em um contexto de discriminação estrutural e de racismo institucional”. O racismo perpetrado através de um processo de subjugação e dominação que seguem presentes na sociedade e se propaga nas esferas estatais, naturalizando as hierarquizações raciais no âmbito das instituições, a exemplo do judiciário.

Para a CIDH o padrão discriminatório tão latente designam obstáculos para que a população negra apresentem algum tipo de ascensão, assim como exerçam seus direitos dignamente, sobretudo referente à participação efetiva em espaços decisórios de poder, acesso ao mercado profissional; na saúde e educação de qualidade; bem como no efetivo acesso à justiça. E, ainda destaca a violência praticados por agentes do Estado, principalmente pela polícia e sistema de justiça fundamentados em padrões de perfilhamento racial a fim de criminalizar e punir a população negra.

Além disso, no sistema de justiça criminal os magistrados evitam sentenciar os culpados por crime de racismo, conforme determina a Constituição Federal que dispõe “A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível.” Afalta de eficácia na aplicabilidade nos casos de racismo por membros do poder judiciário, demonstra um segregacionismo existente no Brasil perfazendo o racismo estrutural.

Com novo single e comemorando três anos de carreira, Mc Rebecca estampa a Times Square

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Divulgação/Mc Rebecca estampa Times Square

A funkeira Mc Rebecca estampou nessa quarta-feira (28) um dos principais telões da famosa Times Square, em Nova York, Estados Unidos. A ação faz parte da campanha Radar Global, promovida pelo Spotify, que apoia artistas em ascensão. Inclusive, o projeto já está presente em mais de 50 países e Rebecca foi a artista Radar Brasil contemplada em março deste ano. O destaque veio após o lançamento de ‘Catucada de Leve’, parceria com Mc Zaquin, lançada na última semana.

O reconhecimento pode ser visto também como um presente para a carioca que está completando três anos de profissão em 2021. Rebecca conquistou a atenção do público já em seu primeiro single, a música “Cai de Boca”, que contou com composição de Ludmilla. Com uma rápida repercussão rapidamente nos bailes do Rio de Janeiro e outras capitais, o lançamento obteve alcance de mais de 6 milhões de visualizações no Youtube e no Spotify sendo tocada 5,3 milhões de vezes. Logo, a artista emendou mais hits, como Deslizo e Jogo, Ao Som do 150, Sento com Talento e Coça de Rebecca.

“Estou extremamente realizada com o reconhecimento que meu trabalho alcançou. O funk teve o poder de mudar a minha vida, assim como a de muitos outros jovens. Hoje, ver o gênero quebrando barreiras e saber que faço parte desse movimento é algo inexplicável. Sou muito feliz pela forma que o público me acolheu em tão pouco tempo, assim como pessoas do meio. Construo cada projeto prezando e levantando a voz das mulheres, das pretas, da comunidade LGBTQIA+ e outras minorias, ver que alcançamos algo nessa proporção só me dá ainda mais gás para continuar. Só tenho a agradecer”, comemora Rebecca.

No ano passado, Rebecca assinou com a gravadora Sony Music e de lá para cá vem construindo novos e grandiosos passos no universo da música – como o vivido hoje. Entre os sonhos realizados neste curto período de música está em especial a parceria com sua maior inspiração, a cantora Elza Soares, na música “A Coisa Tá Preta” – a letra exalta e celebra a ancestralidade, além de ressignificar adjetivos relacionados à negritude.

Entre os trabalhos recentes, a cantora retomou a parceria com Anitta e juntas lançaram o feat Tô Preocupada (Calma Amiga). No estilo 150 bpm, a produção marcou números: mais de 11 milhões de views em dois meses de lançamento e debutou direto no Top 30 do Spotify Brasil. Em junho, lançou o segundo EP de sua carreira: ‘Outro Lado’. O trabalho, totalmente idealizado durante a pandemia, apresenta quatro faixas inéditas com clipes que se complementam formando um curta-metragem que traz como tema central uma reflexão em relação a violência contra mulher e a liberdade feminina. Pussy Gang – em parceria com as Hyperanhas –, Bala, Beijo e Bye Bye e Só Faço o Que Eu Quero formam o projeto.

Nascida no Morro de São João, comunidade pertencente ao Engenho Novo, bairro do Rio de Janeiro, e mãe da pequena Morena de 7 anos, a artista tem uma postura muita ligada a luta antirracista e feminista, assim como o prazer e a liberdade da mulher estão sempre presentes em seus trabalhos.

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