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‘Naomi Osaka: Estrela do Tênis’ passa rápido em instigante história da tímida e carismática atleta

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Naomi Osaka tem apenas 23 anos, mas já é uma das atletas mais conhecidas da atualidade, sendo vencedora de quatro Grand Slams e sendo a primeira tenista asiática a liderar o ranking mundial. Mas não é sobre as conquistas dentro de quadra que reside o foco do documentário “Naomi Osaka – Estrela do Tênis” da Netflix.

Naomi Osaka é eleita uma das 50 pessoas mais influentes do mundo - Todos  Negros do Mundo
Imagem: Reprodução/Netflix

Dirigido pela experiente documentarista Garret Bradley (‘Time’), o documentário acompanha a vida da tenista ao longo de dois anos, divididos em três episódios que passam rápido, visto a figura interessante que é Osaka. A diretora escolhe por deixar a narração por conta da  retratada, com algumas poucas falas das pessoas que a cercam (pais, irmã, treinadores). Essa escolha faz com que vejamos de forma mais íntima a forma com que Naomi encara o mundo, com reflexões simples e diretas sobre como enxerga sua trajetória e como sente o processo de interação com o mundo após virar uma estrela mundial.

A câmera mostra sua protagonista em festas de família, mudança de casa e durante partidas importantes. Em todas as situações fica a impressão que a campeã está constantemente desconfortável dentro da situação, com exceção de quando participa dos protestos do Black Lives Matter.

Justamente no trecho final, quando mostra a decisão da tenista de usar sua plataforma para falar sobre racismo, nacionalidade e dúvidas existenciais, a produção cresce. Naomi reflete sobre sua condição de japonesa negra que é questionada pelos dois lados quanto à sua raça, a dor de ter perdido um amigo, o astro da NBA Kobe Bryant (morto em janeiro de 2020 em acidente de helicóptero) e se sua vida está mesmo sob seu pleno controle.

É possível sentir um certo desconforto pela personagem e sua sensação de inadequação em ensaios fotográficos e entrevistas. A torcida é para que ela consiga logo sair dali e entrar em quadra ou ir para casa. Curiosamente, pouco antes do lançamento do documentário, Naomi Osaka abandonou o Aberto da França por se sentir mal em dar entrevistas após os jogos.

Filha de mãe japonesa e pai haitiano, Naomi é mostrada como uma mulher que ainda questiona seu lugar no mundo, mas sem negar nenhuma de suas origens e mesmo sem demonstrar personalidade expansiva, impõe sua voz. Os três episódios passam rápido e devido à complexidade da personagem passa longe de soar como uma obra precoce, como pode acontecer ao se retratar jovens personalidades surgindo para o mundo.

Disponível na Netflix.

Dia do Rap: Destaque para mulheres que fazem a diferença na cena

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A história do Rap Nacional ainda tem sua base masculina pautada com frequência e mesmo nos tempos atuais, debater sobre isso é como tocar o dedo na ferida de quem se incomoda. A discussão em si não é apenas sobre machismo, é sobre a falta de espaço, de representatividade, diversidade, dentre tantas outras questões.

É impossível falar de Rap e dissociá-lo como um dos elementos do Hip-Hop. A participação das mulheres não está restrita à música, mas a diversos locais dentro deste movimento, em espaços ocupados com muito esforço.

Hoje, 06 de agosto, foi instituído o “Dia do Rap Nacional”, através da Lei 13.201/2008, de autoria do deputado Geraldo Vinholi, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e aproveito este espaço para exaltar mulheres que vem fazendo a diferença nos trabalhos que desenvolvem dentro da cena do Rap atualmente.

Uma dessas mulheres é a Assessora de Imprensa e Supervisora de Comunicação do Centro Cultural de São Paulo (CCSP), Nerie Bento, referência no que faz. Por muitos anos integrou a Frente Nacional das Mulheres do Hip-Hop (FNMH), presidida por Lunna Rabetti, e lá percebeu a necessidade de documentar a realidade vivida pelas mulheres.

Neri Bento – Foto: Divulgação



Nerie dirigiu e roteirizou o documentário “O Protagonismo das Minas: A Importância das Mulheres no Rap de SP”, lançado em outubro de 2019, com o objetivo de torná-lo um registro histórico e destacar mulheres que estão em diversas áreas. Algumas das mulheres citadas e participantes são: Mila Felix, ex produtora do programa Manos e Minas, da TV Cultura. Sharylaine, rapper que criou o primeiro grupo de Rap brasileiro apenas com mulheres e está há 36 anos na cena. Danna Lisboa, primeira MC trans de São Paulo, entre outras. Você pode acompanhar Nerie nas redes sociais, ela dá dicas para artistas independentes, fala sobre construção de projetos culturais, comportamento, política.

Certamente você já ouviu falar de Katú Mirim, multiartista e ativista que ficou conhecida após a publicação de um vídeo contra a utilização da cultura indígena como fantasia. Ainda na adolescência, Katú descobriu que era adotada e que sua família biológica é composta por indígenas e pretos. Na busca por informações sobre sua ancestralidade, descobriu que descendia do povo Boe Bororo.

Suas músicas abordam a resistência do povo indígena e preto, ancestralidade, gênero e diversidade. Ela é uma das criadoras do coletivo Tibira – Indígenas LGBTQ e enquanto artista, obteve alguns marcos em sua carreira. Participou de festivais, de comerciais televisivos e grandes eventos de música e teatro, foi capa da revista ELLE.

Em fevereiro deste ano, criou a TAG #indigenasjobs, com o objetivo de facilitar a vida de contratantes, já que existe um pensamento racista pautado no ilusório fato de “não encontrar indígenas e por isso não os contratar”. Seu último lançamento foi a música “Indigena Futurista”.

https://www.youtube.com/watch?v=R7Lz6L9Nzyc&ab_channel=KatuMirim

A rapper Katú Mirim – Foto: Divulgação

Bianca Manicongo é o nome dela. Bixarte! Se você não a conhece, procure saber! Ela tem apenas 20 anos e é cantora, compositora, poetisa e rapper, é bicampeã estadual do Slam da Paraíba, finalista do Slam Brasil e ganhadora do Festival de Música da Paraíba. Lançou seu primeiro trabalho musical, intitulado “Revolução”, aos 18 anos. Com 19,a mixtape “Faces” e “Faces Remix” e, aos 20 anos, o projeto “A‌ ‌Nova‌ ‌Era”, financiado pela Lei Aldir Blanc.


Bixarte traz as suas vivências para sua arte, utiliza a música para clamar por igualdade e respeito e, de certa forma, reeducar a população através de suas perspectivas. Seu intuito é mostrar ao mundo que mulheres trans e travestis são capazes de produzir trabalhos com excelência, desmistificar todo o preconceito que há contra a população LGBTQIA+, e falar sobre corpos invisibilizados.

Seu último lançamento foi a música “Àrólé”, em referência ao Orixá Oxossi, o grande Odé (caçador). É uma música que passa força e confiança, além de exaltar a ancestralidade africana. 
https://www.youtube.com/watch?v=MWZ0nOJWfQk

Minha última indicação para vocês é MC Taya, carioca que ganhou destaque na cena com o lançamento da música “Preta Patrícia”, seu primeiro single, que se tornou um verdadeiro movimento em todo o país. Taya mostrou para as jovens pretas que elas podem e devem se amar, cuidar da mente, do corpo, do cabelo e que está tudo bem serem elas mesmas, independentes, sem medos de julgamentos. A Preta Patrícia é aquela menina que é cria da favela, que sonha com as suas conquistas, sem esquecer de onde saiu e onde quer chegar.

MC Taya — Foto Divulgação

Taya é de Nova Iguaçú (RJ), apaixonada por moda e pela valorização da estética preta, conseguiu acender uma chama de esperança no coração de muitas jovens e se tornou referência. Ela não é uma mulher “padrão” e não se envergonha, é uma mulher real e mostra isso de forma bem espontânea nas redes sociais. Além de MC, é comunicadora e apresenta o Bud Street Style, onde fala de lifestyle, música, esporte, entre outros assuntos. Seu último lançamento foi um feat com Larinhx, na música “De LV & Mini Saia”.

https://www.youtube.com/watch?v=sK9JjcHlOuc

Valorize o trabalho da comunidade preta. Compartilhe, divulgue para amigos, pesquise. Procure se ambientar sobre o seu povo, sobre os artistas, pesquisadores, comunicadores, sobre a sua ancestralidade. Se hoje nós ocupamos alguns espaços, é graças aos que vieram antes de nós e prepararam o caminho. Feliz Dia do Rap Nacional, com muito ainda o que lutar. ♥

Família pede exumação de Angolana morta em SP que foi enterrada as pressas pelo ex-marido, um Diplomata Francês

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Imagem: Arquivo Pessoal

Odete Cambala Cruz é uma mulher angolana, ex-esposa de um diplomata francês que morreu no Brasil no interior de São Paulo, em São José dos Campos, de causa suspeita e até agora não revelada, sendo enterrada às pressas pelo ex-marido, sem o consentimento da família e do consulado angolano.

O juiz de plantão, que em primeira instância se sentiu incompetente de julgar o caso, em menos de 24 horas decidiu dar pleno direito ao ex companheiro, já divorciados, de sepultar Odete sem considerar o interesse do consulado angolano e da família que apelava por um outro fim. Alegando que os filhos tinham legitimidade para requerer o sepultamento da mãe aqui, quebrando assim o juízo o jogo contrário que rege qualquer processo legal.

Segundo informações, a Angolana, no início do processo de divórcio em Março de 2020, procurou o consulado angolano e pediu ajuda, estes junto de seu advogado também de nacionalidade angolana e o jurídico do consulado se disponibilizaram e seguiam atentos os passos do processo até o mês de Julho do ano corrente, em que dias antes do ocorrido a moça fez contacto com o consulado e estes em resposta já não a conseguiam contatar, foi então quando alguns responsáveis se deslocaram para seu endereço onde a encontraram morta.

“Odete sempre foi uma mulher de luz, uma pessoa alegre, sempre teve um espírito de família mesmo longe nunca esqueceu as suas raízes. Ela era uma pessoa agradável de ter por perto. Nos últimos anos passou por um divórcio bastante conflituoso onde a a guarda dos filhos foi a principal frente de batalha” disse Maria Judite Cassombe, irmã da vítima.

A família de Odete está em São Paulo, vieram de Angola (Continente Africano) para acompanhar de perto o processo de exumação e visitar as crianças, poder abraçar e dar aquele conforto de mães, porque vieram duas irmãs da Odete e para nós africanos, aquelas crianças não são simples sobrinhos, são filhos delas também. No entanto, o pai das crianças não permite a aproximação dos familiares com tais.

“E como se não bastasse o nosso luto e a nossa dor ser assim prolongada a cada dia que passa, vimo-nos impedidos de ver os nossos sobrinhos, hoje faz uma semana que estamos aqui no Brasil com esta intenção porque para nós cultura angolana os sobrinhos são filhos nossos também e pela forma como a nossa irmã foi enterrada sem a nossa presença, sem a nossa despedida, dada a relação que nós tínhamos de muito próximas e que fica este vazio de não poder estar lá presente, nós temos essa dificuldade que os nossos sobrinhos passam a ser a única prova viva que a nossa mana deixou.

Então estamos aqui com essa dificuldade e apelar à quem de direito para que a justiça seja feita e que nos permitisse ter este acesso”. conclui a irmã da Angolana.

A família pede exumação do corpo de Odete e para ver as crianças!

Festival CoMA cria o podcast “Laboratório de Mundo”, com apresentação de Linn da Quebrada

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FOTO: WALLACE DOMINGUES

O Festival CoMA , com o intuito de dialogar com a diversidade para construção de novos ambientes possíveis de tecnoconvívio – termo que condensa as formas de convívio intermediadas pelas tecnologias mais recentes criou o podcast “laboratório do mundo”. 

A apresentação ficou por conta de Linn da Quebrada, agitadora cultural e artista multimídia que recebe convidados para um bate-papo real e consciente. Com estreia marcada para 5 de agosto, o primeiro episódio trouxe a participação de Verônica Oliveira (@faxinaboa) e de Alê Garcia (@alegarcia) para uma conversa sobre equidade, diversidade e inclusão.

O aquecimento para a quarta edição do festival, em formato de podcast, propõe a sensação de uma roda de conversa, com um olhar esperançoso ao futuro a partir de uma perspectiva crítica do agora. Foi tal proposta que trouxe Linn da Quebrada ao comando do programa.

“É uma possibilidade de aguçar a minha curiosidade, de aprender mais. O poder não saber, conversar com pessoas que sejam muito diferentes de mim ou mesmo parecidas, é um meio de encontrar coisas novas”, afirma Linn. 

Ao decorrer dos encontros, nomes como Luedji Luna, Pai Rodney, Teresa Cristina, Lucas Veiga, Fióti, Jaque Fernandes e Srta. Bira passam pelo Laboratório de Mundo, projeto que já transitava pelos planos dos organizadores mas que foi impulsionado pela pandemia. 

Com Beyoncé participando da campanha, Ivy Park anuncia nova coleção inspirada em ‘Black cowboys’

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Imagem: Reprodução/Clipe

A nova coleção IVY Park Rodeo, chega às lojas em 19 de agosto, inclui quase 60 peças e apresenta os rappers de Houston Tobe Nwigwe e Monaleo, a mãe de Beyoncé, Tina Knowles Lawson, e o ator e cowboy da vida real Glynn Turman também participam da campanha. 

“Depois de entender de onde veio a palavra ‘cowboy’, percebi o quanto das histórias de cowboys negros, marrons e nativos estão faltando na história americana. Tenho orgulho de representar a cultura de Houston, minhas raízes e todas as pessoas que entendem de Snickers fritos e pernas de peru fritas.” Disse Beyoncé em uma declaração exclusiva ao Houston Chronicle.

A coleção que é mais uma da parceria adidas + Ivy Parker venho com calças e macacões jeans de perna larga, macacão jeans curtos e chapéu balde, bolsa de lona na cintura e até chapéu de cowboy, entre outras peças.

A coleção ainda mescla moda com tradição ocidental e apresenta fivelas, polainas e estampa de vaca em uma mistura inesperada de roxo e marrom. Ser vaqueiro foi uma das poucas vagas abertas aos homens de cor após a Guerra Civil, de acordo com William Loren Katz, um estudioso da história afro-americana e autor de “The Black West” e isso inspirou a cantora em sua nova coleção.

Veja o clipe da coleção: https://www.youtube.com/watch?v=SDLhNjROEn4

‘Tour Virtual Pequena África’ promove passeio on-line por região histórica do Rio de Janeiro

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Imagem: Bog Vida Cigana

No dia 14 de agosto, às 11h, ocorre a “Tour Virtual Pequena África”, onde os participantes poderão conhecer a região portuária do Rio de Janeiro conhecida como Pequena África, incluindo o Cais do Valongo, que foi um dos maiores portos de chegada de navios africanos escravizados nas Américas. O cais completou, em julho deste ano, quatro anos como Patrimônio Mundial da Humanidade e através da tour poderá ser conhecido por pessoas de qualquer lugar do Brasil. 

Imagem: Reprodução

Além do Cais do Valongo, a região abriga locais históricos como a Pedra do Sal, o Instituto dos Pretos Novos, a Casa da Tia Ciata. O passeio virtual  ajudará os visitantes a redescobrir o local e refletir sobre a formação do Brasil de uma perspectiva dos povos pretos.

Após o curso, aulas produzidas por educadores da rede pública e privada do Rio de Janeiro ficarão disponíveis para consulta. A tour tem o valor de investimento em R$ 50,00.

Serviços:

Data: 14/08/2021 | 11:00

Valor: R$ 50,00

 Aulas disponíveis após o curso

  Duração: 3:00

  Capacidade de até 50 pessoas

Angela Basset se torna atriz negra mais bem paga da TV

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Angela Basset é atriz e produtora-executiva da série 9-1-1, da Fox. Foto: Divulgação.

Após negociações, Basset vai receber US$ 450 mil por episódio da quinta temporada de 9-1-1, da Fox.

A atriz Angela Basset, que interpreta Ramonda, a mãe de T’Challa no filme Pantera Negra, é a mulher não-branca mais bem paga da televisão americana. Angela é a protagonista da série 9-1-1, da Fox em após negociações, vai receber o cachê de US$ 450 mil por episódio, o equivalente a R$2,3 milhões. O pagamento inclui o trabalho de Angela como produtora-executiva da série e do spin-off 9-1-1 Lone Star.

Para se ter uma ideia do impacto do valor do salário da atriz comparado ao de outras atrizes negras, “Kerry Washington começou em Scandal por US $ 80 mil por episódio, mas com o incrível sucesso da série acabou atraindo US $ 250 mil por episódio”, relata o TVLine. Chandra Wilson, que vive a Dra. Bailey em Grey’s Anatomy, teve o salário “aumentado para, pelo menos, U$ 125.000 por episódio, mas agora está mais perto dos $ 375.000 que Justin Chambers estava recebendo no momento de sua saída.

Apesar disso, o abismo entre as atrizes brancas e negras ainda permanece imenso. Na lista de atrizes mais bem pagas da última década, divulgada pela Forbes, não tem nenhuma mulher não-branca. Na lista, constam atrizes como Sandra Bullock, Scarlett Johansson, e Angelina Jolie. Jennifer Lawrence, a atriz que melhor recebe em Hollywood, recebeu US$ 200 milhões em 2020.

Kanye West oferece vacinas da Pfizer na segunda audição de seu novo álbum, ‘Donda’

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Kanye West durante audição do ‘DONDA', em Atlanta, Georgia, 2021. Foto de Kevin Mazur/Getty Images for Universal Music Group.

O perfil oficial do Estádio Mercedez Benz, onde o rapper Kanye West está morando, informou aos fãs que eles poderiam ser vacinados com a vacina da Pfizer. “Estamos oferecendo vacinas da Pfizer aos fãs que vão à audição de hoje à noite”, tuitou o estádio para informar que os fãs poderiam ser vacinados no local antes de o rapper entrar no palco para a segunda audição de seu novo álbum, “Donda”.

Kanye West: Transmissão do evento de audição do novo álbum do rapper irá  acontecer em SP e RJ
Imagem: Complex

O anúncio foi feito na tarde de ontem e quem foi ouvir o disco teve a chance de ser imunizado.A campanha contraria algumas posições anteriores de Kanye West, que em alguns momentos chegou a se posicionar contra o imunizante.

Em outubro de 2020, Kim Kardashian, ex-mulher de West, revelou que o rapper enfrentou a Covid. “Foi tão assustador e desconhecido. Eu tinha meus quatro bebês e mais ninguém na casa para ajudar. Foi desafiador”, disse a socialite.

“Donda” é o primeiro álbum de Kanye West desde o disco cristão “Jesus is King”, que rendeu ao artista o Grammy de melhor álbum cristão.

Drik Barbosa e Péricles se juntam em ‘Calma, respira’, pagode que fala sobre ancestralidade e autocuidado

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“Calma amor, tem dias que a gente não está bem. Eu acordei pensando em nós e em tudo que a gente viveu”. É com pedido de paciência e amor que começam os versos de ‘Calma, respira’, da cantora e rapper Drik Barbosa com participação de Péricles. A faixa é o terceiro lançamento do Projeto Nós, iniciado no ano passado, que é “guiado por diferentes olhares, como o do autocuidado, o da ancestralidade, o do afeto e o do diálogo”. A canção será lançada hoje, 19h, com clipe produzido pela Lab Fantasma.

Imagem: Divulgação/Lana Pinho

O refrão nasceu nas mãos do produtor Evandro Fióti, que descartaria a canção, mas a segunda chance veio com a identificação de Drik com a mensagem falando diretamente à sensibilidade da cantora. “ Já começa falando para ter calma e era tudo que eu estava precisando, que eu estou precisando. Acho que a maioria de nós. Então bateu muito forte. Eu disse ‘Fióti, pelo amor de Deus, vamos construir essa música pro projeto (Nós)’, para ser uma das músicas porque tem tudo a ver com o que eu estou falando, sobre reumanização, sobre saúde mental, sobre como se apoiar coletivamente”, explica Barbosa, que se juntou a sua irmã e instrumentista Kelly Souza e Fióti para fundir vivências e terminar ‘Calma, respira’.

Tanto no EP de estreia ‘Espelhos’, de 2018, como no debute de 2019 (‘Drik Barbosa’), a artista traz faixas que misturam Hip-Hop, Rap, R&B, mas também o romantismo característico do pagode, inclusive nas harmonias, como foi o caso da canção ‘Tentação’, encontro com os baianos do ÀTTØØXXÁ. O novo single é um pagode cru, com força orgânica dos instrumentos do estilo e a voz inconfundível e poderosa do ex-líder do Exaltasamba, Péricles. “No momento que a gente foi para o estúdio eu tinha determinado que o estilo seria o pagode, porque é parte do ‘Nós’ reverenciar outros gêneros para além do R&B e  Hip-Hop que eu já faço, reverenciar gêneros que já fazem parte de mim, da minha identidade musical, da minha autoestima, da minha história como pessoa preta. Pagode tem que estar e pensou pagode já vem o Péricles. Não o conhecia para além de fã”, explica Drik, fã do estilo que ouvia quando cabulava aula com os colegas na adolescência.

Com a ponte feita pelo selo Lab Fantasma, Péricles ouviu e se sentiu tocado, dando parte de sua assinatura ao trabalho.

Cena do clipe de ‘Calma, respira’ (Imagem: Divulgação/Lana Pinho)

O ano pandêmico atrapalhou os planos de muitos artistas e no caso de Drik Barbosa não foi diferente. A pandemia interrompeu os projetos da primeira turnê internacional da rapper. O oxigênio para tempos sombrios vem da música, mesmo que não possa dividir o calor das composições com o público. Apesar de vivermos numa época de singles, a artista pensa em trabalhar melhor o álbum anterior e criar para o próximo.” Eu amo álbuns, amo criar, as pessoas adoram ouvir e isso é especial (…) Eu tenho muito isso de ouvir de cabo a rabo”, diz.

Gloria GrooveKarol Conká, Luedji Luna, Rael e Emicida são alguns dos nomes que já dividiram o microfone com Drik Barbosa. Com apenas 29 anos ela coleciona participações de artistas consagrados da cena independente. Para futuros singles do atual projeto, Drik diz que terá feat, mas não pode revelar. Entre sorrisos largos a única informação é que já cantaram juntos antes, o que não é uma pista tão clara para os curiosos.

Acostumada a transitar entre versos românticos e letras de empoderamento feminino, Drik sente que está num momento de buscar serenidade entre os dois lados. “ Inclusive ‘Calma, respira’ está sendo um respiro para mim agora porque eu estou passando por dias muito difíceis e ela está sendo um antídoto para mim e isso está sendo muito foda (…) nesse momento eu estou pensando em como encontrar minha energia para conseguir continuar lutando, caminhando, denunciando. É um momento de muito autoconhecimento na minha vida. Tanto que eu estou mais quietinha que normalmente, inclusive nas minhas redes sociais porque eu estou aqui tentando entender as coisas para não me precipitar e compartilhar coisas sem entender o que está acontecendo em mim”, reflete.

Imagem: Divulgação

Evitando usar palavras pesadas, Barbosa se diz, no mínimo, decepcionada com o governo do país, mas evita deixar de sentir esperanças diante do quadro atual. Tem usado a pandemia para criar, mas não acha que artistas devem se posicionar se estiverem numa situação difícil no campo pessoal, como foi seu caso que enfrentou um problema de saúde grave na família e não pôde se engajar na campanha de protestos contra o atual presidente da República. “Eu não posso dizer que tal artista tenha sanidade para falar sobre o que está acontecendo no mundo porque eu não sei o que ele está passando”, opina.

Para o lançamento de ‘Calma, respira’, que acontece hoje, 19h, em todas as plataformas e com clipe lindo lançado no Youtube, Drik Barbosa deixa um recado a quem ouvir: “Olhe ao redor e valorize as pessoas que você tem perto. Continue se cuidando e entenda que todas as nossas atitudes no mundo nos afetam, que a arte continue sendo uma forma de união entre a gente. Que a gente tenha responsabilidade, que a gente vote certo no ano que vem. Vou estar aqui me cuidando para criar e continuar lançando cada vez mais coisas que fazem as pessoas sorrirem, refletir, fazer as pessoas se sentirem potentes como elas são e logo a gente vai estar perto, vai estar gritando nos palcos da vida. Estou com a expectativa muito grande para esse dia, vou chorar emocionada , mas é uma troca que público e artista estão precisando”, conclui.

Justiça arquiva caso de racismo no Leblon e alega que casal não teve intenção

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Casal acusa Matheus de roubar bicicleta

O juiz Rudi Baldi Loewenkron, 16ª Vara Criminal, decidiu pelo arquivamento do inquérito que apurava a suposta calúnia cometida por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira contra Matheus Ribeiro. Na ocasião, o casal foi acusado de racismo pelo instrutor de surfe após tê-lo interpelado na porta do Shopping Leblon, na Zona Sul do Rio, na tarde de 12 de junho.

O rapaz andava em uma bicicleta elétrica idêntica a deles que acabara de ser furtada. O magistrado entendeu que os jovens foram levados a acreditar que estavam diante do próprio equipamento, não tendo havido dolo — ou seja, intenção de imputar falsamente a ele um fato criminoso.

O advogado Bruno Cândido, que representa Matheus, informou que está aguardando a posição do jovem sobre a decisão. Procurada por O GLOBO, a defesa do casal não quis se pronunciar sobre o caso.

“Não se olvida a possibilidade de descuido por parte dos indiciados na abordagem de Matheus. Porém, como bem colocou o Ministério Público, faltou o elemento constitutivo do tipo falsamente para configuração de calúnia, vez que a semelhança da bicicleta, do cadeado, o local e o lapso temporal entre os eventos levaram os indiciados a acreditar que poderiam estar diante da bicicleta de sua propriedade. O crime de calúnia só se dá a partir do dolo, que ora não se vislumbra para configuração do crime imputado, o que, por certo, não afasta a possibilidade de responsabilidade civil pela acusação imprudente. Todavia, na seara criminal, o fato demonstra-se atípico, diante da ausência do tipo penal na modalidade culposa”, diz o despacho de Rudi Baldi Loewenkron, publicado nesta terça-feira, dia 3.

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