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Milton Nascimento anuncia que será produzido filme sobre sua trajetória

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Foto: Augusto Nascimento

Em seu Instagram, o cantor anunciou que ganhará um filme contando a sua trajetória. “Na última semana, meu filho e empresário, Augusto Nascimento, assinou com Fabiano Gullane o contrato de um filme sobre a minha trajetória. Logo traremos mais notícias sobre esse longa para vocês“, escreveu Milton Nascimento.

Ao comentar que a foto que acompanhava a postagem não era das melhores, o artista contou que ela foi tirada enquanto ele ouvia as gravações do documentário “Milton e o Clube da Esquina“. A série disponível no Globoplay conta com seis episódios, que têm, em média, meia hora de duração cada um.

Uma das últimas postagens de Milton nas redes sociais foi feita no dia em que ele se vacinou contra a Covid, ao som de “Pai afasta de mim esse cálice”, Bituca recebeu a segunda dose da vacina.

https://www.instagram.com/p/CNac1ykjTTu/

Alinne Prado é a nova apresentadora do TV Fama

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Foto: Reprodução

A partir da próxima segunda-feira (12) Alinne Prado estreia como um dos novos rostos do TV Fama, emblemático programa da Rede TV.

Aos 19 anos de carreira e com passagens pela TV Brasil, Record e GloboNews e por programas como Encontro com Fátima Bernardes, Vídeo Show e Loterj de Prêmios, a jornalista foi convidada a integrar o novo time do programa que retorna reformulado. Ao lado de Júlio Rocha e Lígia Mendes, ela forma o trio de novos apresentadores da atração que é o DNA da emissora.

“O TV Fama é um grande desafio profissional. Estamos participando de uma mega reestruturação no programa e na emissora. Vai ser novo TV Fama, com disrupção tecnológica e abordagens diferenciadas. Creio que o telespectador vai se sentir muito mais dentro desse processo. Dá frio na barriga, mas estou super entusiasmada! Adoro desafios. Vamos fazer de tudo para honrar o bastão que está sendo passado para a gente. Me sinto abençoada em participar de um momento revolucionário na Rede TV”, ressalta a jornalista.

O processo para a entrada no programa aconteceu através de convite. “Não fiz nenhum teste ou piloto. O diretor geral, Kaka Marques, disse que já acompanhava meu trabalho há algum tempo e que queria exatamente a minha empatia, sorriso e verdade. E ainda chego bem acompanhada por parceiros queridos e competentes. Já demos muita liga nos bastidores e o público vai sentir essa vibração positiva no ar”, afirma Alinne.

“Trago em mim profundos aprendizados que obtive em cada lugar. Quero chegar ao programa de forma leve, sem nenhuma obrigação de firmar nome. Estou me permitindo experimentar o novo. Sou a menina que saiu do morro do Dendê e que passou por inúmeros desafios até chegar aqui. Já fui ao fundo do poço e renasci. O sorriso que aparece no meu rosto é reflexo da minha alma. É isso que levarei para o novo TV Fama, e prometo dar o melhor de mim”, finaliza.

Conheça a trajetória de Alinne:

Apaixonada pelo jornalismo desde criança, aos 19 anos Alinne iniciou seus estudos na FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), no curso de Comunicação Social, que conciliava com o trabalho de telemarketing. Sua estreia na profissão foi na antiga TVE, atual TV Brasil, onde começou como estagiária no Núcleo de Multimídia e logo foi contratada na área de jornalismo. Em meio aos 10 anos que passou trabalhando no canal, em 2009, ainda na TVE, recebeu do Consulado da Alemanha uma premiação pelo documentário “20 anos da queda do Muro de Berlim”, e na mesma emissora ganhou o Prêmio Fetranspor por uma reportagem sobre acessibilidade.

A etapa seguinte foi na reportagem na Globo News, que antecedeu a reportagem no Encontro com Fátima Bernardes e o Vídeo Show.  Em 2019, Alinne integrou o elenco da última temporada do “Dancing Brasil”, na Record. Depois, foi convidada para a apresentação do Loterj de Prêmios, na Record Rio, onde começou apresentando com Eri Johnson e em seguida com Vivi Romanelli e Carlos Alberto.   

TV Fama vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 21h30, pela RedeTV!

“Minha Barbie Negra” jornalista cria canal no Youtube para contar as histórias das Barbies negras

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Foto: Reprodução/Instagram

Rafaela Breves é jornalista, atriz, capoeirista, gestora pública e colecionadora de Barbies Negras. Apaixonada por Barbies desde criança, sempre se questionou o porquê de ter tão poucas bonecas parecidas com ela, e hoje, se dedica a mostrar e contar as histórias das diversas Barbies negras através de seu canal no Youtube.

Confira a coleção de Rafaela:

Poucas pessoas conhecem as centenas de Barbies negras que temos por aí, e há quem acredite que não podemos encontra-lás no Brasil. Mas em seu canal no Youtube, Rafaela já desmitifica esse mito e compartilha tudo sobre a coleção dela de Barbies negras.

Em 2010 a jornalista participou da famosa “Feira Preta” e se deparou com a exposição “Black Barbie” 

“Eu fiquei simplesmente encantada com as possibilidades de Barbies que existiam e eu não fazia a mínima conta.” revelou Rafaela em seu canal no Youtube.

Rafaela descobriu o universo das Barbies negras com 27 anos, e lembrou o quanto sua vida seria diferente se ela tivesse descoberto na infância, a jornalista conta que toda vez que vê sua coleção lembra de si mesma quando criança:

“Lembro daquela menina que adorava brincar de boneca, mas que não tinha uma boneca que fosse parecida com ela. Ela seria tão mais feliz se ela pudesse brincar com uma boneca de cabelo cacheado, uma boneca pretinha que ela pudesse se ver representada. Aquela menina teria a autoestima muito mais elevada.” desabafou a jornalista

Aqui no Mundo Negro já falamos sobre a importância do “se ver” e se sentir representado, e o quanto isso afeta na autoestima de crianças negras. Enquanto hoje temos uma geração de mulheres negras cicatrizando feridas causadas pelo racismo e falta de representatividade, podemos construir uma nova geração de meninas negras que reconhecem a sua beleza e se amam desde a primeira infância.

Leia também: Preta Pretinha: a história por trás da primeira loja de bonecas negras do Brasil e As Rainhas loiras da TV e os danos na autoestima das crianças negras

“Eu quero que esse seja um espaço de representatividade, não só para as crianças negras, mas para as mulheres e homens da década de 90,80 enfim, não puderam brincar com brinquedos que fossem parecidos consigo mesmo.” concluiu Rafaela na apresentação do seu canal 

No canal “Minha Barbie Negra” Rafaela apresenta Barbies de diferentes culturas e países! Tem Barbie baiana, nigeriana, albina, queniana e muito mais. Para além de um canal de bonecas, o “Minha Barbie Negra” resgata autoestima de mulheres e crianças negras e apresentam diferentes versões de Barbies que pelo apagamento causado pelo racismo muitos nem sequer sabiam da existência.

Conheça o canal de Rafaela Breves:

Minha Barbie Negra 

Ludmilla será palestrante em conferência online de Harvard

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Ludmilla foi convidada para participar, neste domingo (11), da Brazil Conference at Harvard & MIT 2021. O convite feito por meio do Spotify é para palestrar no painel da empresa de streams com o tema “Tecnologia, Cultura e o Futuro – Como facilitar avanços na indústria cultural brasileira?”.

Fiquei muito honrada com esse convite. Irrecusável! Além de ser um evento importante, o assunto é muito pertinente. Nós negros precisamos nos reunir e discutir cada vez mais sobre avanços e sobre ocupar espaços. Reuniram uma galera braba e eu estou muito feliz por estar junto com eles”, afirma a cantora.

Além de Ludmilla, o evento vai reunir Evandro Fióti, músico, empresário e fundador da Laboratório Fantasma; Eliane Dias, empresária dos Racionais MC’s, Mano Brown e Liniker, além de sócia da Boogie Naipe; e Mariana Abreu, diretora de Insights e Analytics na Discovery Brasil: vozes negras importantes do cenário nacional e para a indústria da música em diálogo sobre como facilitar avanços futuros

A Brazil Conference será realizada entre os dias 11 e 17 de abril. O evento ocorre todos os anos, com intuito de promover o encontro de líderes e representantes da diversidade do Brasil. Essa será a sétima edição do evento, com transmissão ao vivo pela Internet, direto de diversos pontos do Rio de Janeiro, como o Bondinho do Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.

Terão que lidar com a fumaça

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Foto: Reprodução/BBB21

Por Jonathan Raymundo*

Como sempre afirmo o racismo não é FUNDAMENTALMENTE um problema de educação. Pessoas muito bem instruídas operaram a escravidão, o nazismo e o fascismo. O exercício da escravidão e colonização negra inclusive foi afirmado como um direito e um dever moral dos povos brancos “civilizados”, ou seja, por serem educados deveriam colonizar. Racismo tem a ver com poder, com a capacidade de definir a realidade, para que esta trabalhe para a raça dominante. Podemos também defini-lo como uma tecnologia social que estrutura cada detalhe da vida social fazendo com que tudo se mova em benefício do branco.

Economia, política, educação, cultura, território, tributação, sistema jurídico, força militar, tudo para manter o branco na posição de poder. Racismo é um fenômeno Histórico que surge e se desenvolve na concretude das relações entre os diferentes povos em um determinado território e tempo. O que significa dizer que cada dinâmica de domínio racial possui suas especificidades. O Racismo no geral surge como um mecanismo inventado pelos brancos para garantir em cada situação concreta o privilégio e a manutenção genética de seu grupo étnico, uma tecnologia que se adapta, se move, se transforma a fim de cumprir seu objetivo. É importante afirmar isso porque quando o Racismo parece recuar, ele esta na verdade, se reestruturando. Do poder não se abdica, poder se exerce. Aí está a grande jogada do discurso do Tiago Leifert, pois é só na aparência que ele constitui um avanço. O jornalista Manoel Soares desvendou em uma conversa parte da armadilha no papo do apresentador. “Ele ficou tendo que criar justificativas nobres para respeitar o cabelo do cara. Eu não quero que meu cabelo seja respeitado porque ele é um símbolo, porque ele é uma coroa. Eu não quero que meu cabelo seja respeitado por ser uma referencia. Eu quero que você me respeite e ponto. Porque se cada parte do meu corpo pra ser respeitado tiver que fazer um discurso de significação… eu preciso tornar parte do meu corpo algo divino, algo simbólico para que você respeite.”

Ao refazer parte da história das lutas negras para justificar um simples gesto de civilidade, o que parece ser um avanço é apenas um: “cara, eles lutaram muito, vamos ao menos dar o mínimo que é o respeito”. Na fala do Tiago o mínimo, o básico, o mais sorrateiro ao que tange nas dinâmicas de convivência se torna a mais elogiosa das tarefas. Para nós fica a sensação de que depois de 520 anos de processo colonial no Brasil, com as taxas de desigualdade e de genocídio devastadoras, temos quase como obrigação moral agradecer e se emocionar pelo “respeito do homem branco”, que para tal precisou revisitar toda a história de resistência de um povo. Assim, o crime e as responsabilizações que o ato de racismo (aliás, palavra jamais mencionada) deveria exigir, se desfazem em choros, pedidos de desculpas poucos convincentes.

O racista não é responsabilizado, o seu ato é minimizado e assim os atos de todos os racistas o são. Errado estará o negro que não tiver a paciência do branco Tiago e exagerar ao exigir a lei. Aliás, “ele é alguém do interior coitado, quase uma criança ingênua, sem intenções, sem consciência, sem responsabilidades”. Tiago ainda consegue ao mesmo tempo em que esta falando do Apartheid e das brutalidades operadas pela supremacia branca nos EUA, chamá-lo de a “terra mais livre no mundo”. Consegue fazer isso ao analisar o passado e em um presente que crianças imigrantes estão em jaulas e negros são abatidos em plena luz do dia só por ser quem são. Como uma fala que esquece esses fatos seria por nós? O racismo vira “ação ingênua” e o epicentro da supremacia branca global vira a “terra da liberdade” e o crime, a violência se resolve com abraços. Racismo como o crime perfeito para lembrar Kabengele Munanga. Enfim, em nossos ouvidos sussurram as palavras do nosso ancestral Malcolm X: “Os brancos podem ficar do nosso lado nas questões pequenas, mas jamais nas fundamentais”. Se a frase de Malcolm esta errada a nossa consulta é a História. Tal como ninguém exigiria de uma mulher estuprada que confie novamente, que assuma a tarefa de convencer o estuprador da violência exercida e que o perdoe, porque acham que nós negros devemos ter paciência, compreensão, explicação a oferecer a quem nos violenta? Como diria Aziza Gibson-Hunter: “Racismo é o fogo aceso pelos, europeus, a nossa resposta é apenas a fumaça e embora os liberais a teriam de outra forma, não há meio de extinguir um incêndio sem experimentar a fumaça”.

Professor de História e Filosofia. Palestrante. Escritor. Produtor cultural. Criador e Organizador do @wakandainmadureira

Morre o Rapper DMX, aos 50 anos nos EUA

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Google fotos

Rapper se destacou na cena de Nova York dos anos 90 e foi um dos nomes mais importantes do rap com letras pesadas. Ele sofreu ataque cardíaco e lutava contra dependência química, muitas pessoas prestaram homenagens a ele nas redes sociais e relembraram os seus maiores sucessos.

Após uma grande especulação de seu falecimento na internet essa madrugada, a família confirmou a morte e homenageou o cantor, cujo nome de batismo era Earl Simmons. “Earl foi um guerreiro que lutou até o fim. Ele amava sua família de todo o coração e valorizamos os tempos que passamos com ele”, diz o texto.

Murray Richman, advogado do artista há 25 anos, confirmou no início de abril a parada cardíaca do rapper, na sexta-feira passada (2), mas disse não ter informações sobre a causa. Fãs do artista se reuniram durante a semana para orações no local e acenderam velas no local. Segundo o TMZ, o cérebro de DMX teria ficado privado de oxigênio por cerca de 30 minutos durante overdose, mas essa informação não foi confirmada nem pela família, nem pelo seu advogado.

Com 36 anos de carreira, DMX começou sua vida na música em 1984 fazendo beatbox para um rapper da sua vizinhança, em Nova York. Mas seu talento e carreira decolou mesmo em 1995, quando ele fez uma participação com Jay-Z e JaRule, na música “Time to Build”.

Artistas de diversos locais colocaram sobre a morte do rapper em suas redes socias.

“Carolinas”: Livro apresenta nova geração de escritoras negras, fruto de oficinas inspiradas em Carolina Maria de Jesus

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Imagem: FLUP/Instagram

Mais de 500 mulheres se inscreveram para participar do processo de formação de escrita organizado pela Festa Literária das Periferias – FLUP em 2020, dedicado à obra de Carolina Maria de Jesus. Esta edição do projeto FLUP “Pensa, Uma revolução chamada Carolina, foi destinada exclusivamente a mulheres autodeclaradas negras, o primeiro em formato digital por causa da pandemia, e tinha como objetivo celebrar os 60 anos de publicação de Quarto de Despejo.

Dos 15 encontros semanais com personalidades poderosas e inspiradoras, como Conceição Evaristo, Zezé Motta, Preta Rara e Erica Malunguinho, e do trabalho de orientação de nomes fortes da literatura brasileira, como Alexandre Faria, Ana Paula Lisboa, Cristiane Costa, Eduardo Coelho, Eliana Alves Cruz, Fred Coelho, Itamar Vieira Jr. e Milena Britto, surgiu Carolinas – a nova geração de escritoras negras brasileiras, livro organizado por Julio Ludemir, cofundador da FLUP, que a Bazar do Tempo lança, em abril.

São mais de duzentos textos divididos em oito partes – cada uma organizada por um orientador – que transitam entre conto, crônica, diário e relato autobiográfico. O livro ainda traz textos de Conceição Evaristo na quarta capa; apresentação de Fernanda Miranda, professora e autora de Silêncios Prescritos; de Fernanda Felisberto, professora de literatura brasileira na UFRJ/Nova Iguaçu e mestre na obra de Carolina Maria de Jesus, na orelha; e ilustrações de Thais Linhares ao longo de todo o livro. As autoras presentes nessa coletânea estão espalhadas por todo o país, assim como na África e até mesmo na França – o que amplia ainda mais o diálogo com as favelas cariocas onde a FLUP vem trabalhando há dez anos.

“Este livro é um daqueles raros casos de uma obra que fala muito mais para o futuro do que para o presente. Os quase 200 textos revelam uma geração de escritoras que impactarão o país com a mesma amplitude com que a juventude preta mudou o cotidiano das universidades brasileiras, em seguida à implantação da política de cotas. Está longe de ser um devaneio afirmar que não menos de 30 dessas mulheres farão carreiras relevantes no mercado editorial na década que ora se inicia”, escreve Julio Ludemir no prólogo do livro.

Ainda no texto, Ludemir destaca também outro fator importante sobre as escritoras: “Chamou nossa atenção a escolaridade das mulheres que atenderam nossa convocação nos primeiros dias da pandemia que paralisou o mundo em 2020: nada menos que 38% delas tinham o título de mestre ou doutora e 40% já eram formadas”.

O ciclo de formação contou também com a participação de vinte catadoras ligadas às cooperativas de reciclagem do ABC paulista. Sob orientação de Eduardo Coelho, as oficinas partiram dos relatos de seus percursos biográficos para mapear os desejos, bem como enredos e técnicas de narrativas. Coelho ressalta em seu texto que “a leitura e a audição de trechos do Quarto de Despejo consistiram num recurso fundamental para que elas se sentissem autorizadas a produzir seus textos e contações de histórias.

O livro marca os dez anos de atuação da FLUP nas favelas cariocas, de onde surgiram nomes que ganharam destaque nacional, como Geovani Martins, cujo livro de estreia foi lançado em mais de 20 países; Ana Paula Lisboa, colunista do jornal O Globo e orientadora desta edição da FLUP Pensa, e a cineasta Yasmin Thayná .

Para celebrar o lançamento do livro, estão previstos três eventos virtuais, cada um em parceria com uma livraria independente: uma do Rio de Janeiro, outra de Salvador e de Porto Alegre.

Livro: Carolinas – a nova geração de escritoras negras brasileiras

Autor: Várias autoras                             

Organização: Julio Ludemir

Número de páginas: 548

Ano de publicação: 2021

Valor: R$ 60,00

Debochada Ludmilla brinca “tira a lace e ganha lugar de fala”

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Nessa sexta-feira (9) a cantora Ludmilla publicou uma foto com suas as madeixas naturais e legendou: “URGENTE: Ludmilla tira a lace e ganha lugar de fala“. “Meu black, minha raiz. Meu cabelo, minhas regras. Respeita nosso cabelo”, continuou por meio de hashtags.

Recentemente, Ludmilla foi, mais uma vez, alvo de criticas após comandar o show do BBB21 no sábado (3). A cantora aproveitou o seu espaço para dar uma declaração contra o preconceito: “A próxima música que vou cantar agora fala sobre uma coisa que o mundo está precisando, que é respeito. Respeita o nosso funk, respeita a nossa cor, respeita o nosso cabelo. Respeita caralh*”, disse Lud.

A fala de Ludmilla soou como uma resposta a Rodolffo, que comparou o cabelo de João com a peruca do “monstro”, mas também foi interpretada como uma resposta para Val Marchiori que ganhou um processo na Justiça alegando “liberdade de expressão” ao comparar o cabelo de Ludmilla com uma esponja de aço em 2016. Inclusive, em seus stories, a funkeira confirmou que a resposta estava ligado ao processo contra a socialite e não foi uma indireta à ninguém da casa.

Após todo o posicionamento, necessário, Ludmilla recebeu comentários sobre sua negritude por fazer uso de lace. Nas redes sociais, ela rebateu os comentário: “O fato de eu estar usando uma lace lisa não anula as minhas raízes, meu cabelo é crespo e meu local de fala sobre o racismo que eu sofro continuam. Não sejam ignorantes”, acrescentou ela. “E quem não gostou, qualquer coisa me bota no paredão“, concluiu.

Lace e ancestralidade

De acordo com registros, as perucas são originárias do Antigo Egito que, em função do clima quente, eram utilizadas como importantes acessórios de proteção contra a ação solar diretamente no couro cabeludo. Além disso, elas eram artigos sofisticados, tidos como uma mercadoria valiosa dentro do mercado de escambo, ao lado do ouro e do incenso. A utilização de uma peruca poderia determinar o status social e algumas pessoas chegavam a ser enterradas com suas perucas na expectativa de que, na vida após a morte, fossem vistas como pessoas ricas e bonitas.

Segundo o portal ELLE, em 1960, o entrelaçamento de cabelos encontrou nas mulheres negras norte-americanas as consumidoras certas. Um famoso salão dava a possibilidade de ter diferentes cabelos. Com a nova técnica, era possível não somente ter o visual de fios bem lisos, como criar penteados étnicos com tranças e outros arranjos que dispensavam lavagens e cuidados diários.

Trinta anos depois, a técnica passou a atrair celebridades do mundo inteiro em busca de cabeleiras alongadas e permanentes para variar no visual. Atualmente, as cantoras Beyoncé e Nicki Minaj são as personalidades do mundo dos famosos que mais ostentam esse tipo de artifício.

Ou seja, lace é ancestral e mostra, mais uma vez, a versatilidade da mulher negra e toda a sua potencia de trocar de cabelo como se troca de roupa (um sonho!). Ludmilla, Beyoncé, Camila de Lucas, todas pretas poderosas.

Jéssica Ellen já mudou de visual 4 vezes depois de Camila, uma das personagens mais intensas da sua carreira

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Os vários looks nada básicos de Jéssica Ellen - Fotos Arquivo Pessoal

“Quando cheguei no camarim e fui tirando o anel, o contra-egum, as pulseiras, o figurino da Camila. Eu tive uma crise de choro, porque a gente fica muito tempo com o personagem que acaba sendo um amigo íntimo nosso”.  A Camila, de Jéssica Ellen em “Amor de mãe” foi professora com alma de ativista que conquistou o país. A novela termina nessa sexta-feira, 9 de Abril.

Ela foi sem dúvida um dos personagens que mais sofreu na trama de Manuela Dias, mas ao mesmo tempo a que nos trouxe grandes reflexões sobre educação no Brasil, o cansaço da mulher negra, a impotência perante as injustiças sociais e a resiliência de quem enfrenta as adversidades com fé de que as coisas vão melhorar. Camila se entristeceu muitas vezes, mas nunca murchou. Sua luz guiou seus alunos negligenciados pelo Estado.

Jéssica deu uma entrevista exclusiva ao site Mundo Negro, falando sobre Amor de Mãe, quem a inspirou para fazer a professora Camila e seu lado “camaleoa”no quesito penteados e cores de cabelo, onde até seu namorado Dan Oliveira se juntou a ela.

Mundo Negro – Como foi se despedir da Camila, um dos personagens com mais cenas dramáticas da trama?

A minha última cena foi muito forte relativa ao resgate do neném. Em seguida me despedi do set e dos meus colegas de cena e aí eu lembro que quando cheguei ao camarim e fui tirando o anel, o contra-egum, as pulseiras, o figurino da Camila, eu tive uma crise de choro, porque a gente fica muito tempo com o personagem que acaba sendo um amigo íntimo nosso.

Eu não vou mais ver a Camila, não vou mais saber como anda a vida dela. Então eu tive uma catarse, um choro muito forte, de muita gratidão. A Camila foi um personagem que amadureceu muito meu trabalho. Eu tive cenas grandes, intensas, com muito texto. Foi um ano que dediquei muito a esse personagem.

Jéssica Ellen nas cenas finais de Amor de Mãe – Reprodução Rede Globo

Dá para escolher alguma cena que tenha exigido mais de você como atriz?

Não consigo escolher uma cena que exigiu muito de mim. Acho que foi um personagem que exigiu de mim do início ao fim da novela. Eu me cuidei muito, cuidei da minha alimentação, do exercício físico, descansava bastante, tinha ótimas noite de sono. Foi um personagem que foi uma virada na minha carreira. Ele exigiu da minha atriz, ele exigiu da quantidade de texto decorado, das entregas em cena.

Você aparecer loiríssima depois de encerrar as gravações. Foi para desapegar da Camila?

Eu adoro mudar e mudo de cabelo toda hora. Durante o gap entre um personagem e outro, eu aproveito para fazer as coisas que eu gosto e que eu quero. E a mudança de cor e de corte sempre foi uma coisa que eu fiz. Não foi à toa que assim que eu terminei a novela eu já mudei de cabelo quatro vezes.

Quando terminou a novela eu fiz um corte com franja, depois coloquei tranças mais finas, depois trança mais grossas e maiores até a bunda. Depois das tranças eu e o Dan juntos decidimos pintar o cabelo para passar o verão, já que a gente não podia viajar. Então a mudança de cabelo é algo que eu gosto independente da mudança dos personagens.

Como foi interpretar uma professora? O que você aprendeu nesse sentido, sendo a Camila?

Desde o início da novela eu sempre digo, a Camila foi a minha Sueli. Sueli Maria foi a minha professora de História na escola, no ginásio, da quinta à oitava série. Eu me senti muito honrada de fazer uma professora porque eu lembrei muito dela. Ela foi uma Camila para mim. Ela foi a única professora negra que eu tive na minha vida escolar. Ela tinha uma sensibilidade muito grande e sempre fazia provas e testes vinculados a arte e cenas de teatro. Ela era uma professora que sempre surpreendia e provocava a gente. Então, foi muito especial fazer uma professora.

Foto: João Cotta/ Globo

Foi como um agradecimento a todos os professores que eu tive na vida escolar e principalmente na arte. Minha primeira professora de arte, meu primeiro professor no cinema e todas essas pessoas que me inspiraram no início da minha vida artística antes de eu começar a trabalhar. Para mim foi um momento de muita felicidade. O professor é quem forma todas as profissões.

“Them”: A nova série de terror da Amazon Prime estreia nesta sexta-feira

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Imagem/Reprodução: Amazon Prime

O Amazon Prime Vídeo anunciou a estreia de “Them”, sua mais nova série de terror, que no Brasil, estará disponível a partir do dia 9 de abril, essa sexta-feira, na versão legendada. Já que a versão dublada da série entrará no catálogo do Prime Video ainda este ano.

Do criador Little Marvin, Them possui dez episódios e se passa na década de 1950, contando a história de uma família negra que se muda do estado da Carolina do Norte para uma vizinhança composta apenas por pessoas brancas na cidade de Los Angeles durante o período conhecido como ‘A Grande Migração’.

A casa dos sonhos da família logo se torna um pesadelo quando forças malignas sobrenaturais começam a provoca-los e por conta de sua vizinhaça totalmente branca que tenta rejeitar e constranger, ao máximo, a mudança de uma família negra para o bairro.

Dessa forma, a série vai tratar temas importantes, como o racismo e preconceito, traçando paralelos entre os anos 50 e nosso período atual.

Them é estrelada por Deborah Ayorinde, Ashley Thomas, Alison Pill, Shahadi Wright Joseph, Melody Hurd e Ryan Kwanten. A série foi criada por Little Marvin, que também atua como produtor executivo ao lado de Lena Waithe, Miri Yoon e Roy Lee da Vertigo Entertainment, David Matthews e Don Kurt. Them é uma coprodução da Sony Pictures Television e Amazon Studios.

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