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Sexta Preta: Ludmilla celebra empreendedorismo negro em live gratuita

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Foto: Revista Ela/Globo

Avisa que é hoje. Nesta sexta-feira, a partir das 19h, a cantora Ludmilla se apresenta no Sexta Preta, evento do Facebook em parceria com a Feira Preta, série de Lives criada para aumentar a visibilidade de empreendedores negros, ao mesmo tempo que incentiva a compra de seus produtos. A apresentação da série de Lives será feita por Jessica Ellen) e Ana Paula Xongani.

O pocket show faz parte da programação da série de lives programadas para todas as sextas-feiras, a última será no dia 26/11, como parte das celebrações do Mês da Consciência Negra – e também marca o Dia do Empreendedorismo Feminino, comemorado hoje.

Ludmilla foi escolhida por conta de sua afinidade com as lutas da comunidade preta no Brasil e por seu nome estar associado ao empreendedorismo. É ela quem administra sua própria empresa, estando na liderança de sua marca. Ludmilla está à frente da estrutura e gestão da “Sem Querer Produções Artísticas”, empresa bem-sucedida com diversos departamentos, como o comercial, marketing, jurídico, financeiro e logística, tudo liderado por ela.

A Sexta Preta é parte do movimento #BuyBlack, uma iniciativa global do Facebook que tem como objetivo celebrar o momento da compra de empreendedores negros. O empreendedorismo é uma importante ferramenta de empoderamento econômico e por isso o Facebook incentiva o consumo de produtos feitos por membros da comunidade negra não apenas em novembro, mas durante todo o ano. 

Na ocasião, Ludmilla e as influenciadoras irão celebrar a luta dos empreendedores negros, que, desta vez, serão representados por Jully Souz, da Zene Afro Estilo (@zeneafroestilo), Daniella, da Quituteria Culinária Artesanal (@quituteriaartesanal) e Ana Claudia, da Afra Design (@use_afra). 

A live será ao vivo no perfil da Feira Preta : https://www.facebook.com/festivalfeirapreta

A presença feminina negra no teatro – um palco para a consciência

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Companhia Negra de Revistas - A Careta, 1926 (Biblioteca Nacional).

Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre a importância da representatividade negra na indústria brasileira de entretenimento. De fato, cada vez mais atrizes negras ocupam papéis nas telas e nos teatros. Essas conquistas de espaço são resultado de muitas lutas de homens e mulheres negras que vieram bem antes de nós e que a partir de estratégias diversas conseguiram abrir os caminhos do meio artístico.

Quando analisamos a inserção negra na indústria brasileira de entretenimento, é importante não ficarmos só no hoje. Precisamos nos voltar para os espetáculos populares do final do século 19 e início do 20. Nesse período, personagens negros foram constantemente estereotipados nos palcos teatrais em todo o Atlântico negro. No Brasil, o frenesi da busca pela identidade nacional trouxe para o teatro popular figuras afro-brasileiras, como “malandros” e “mulatas”, que marcaram o imaginário coletivo.

Entre essas personagens, a mulata se destacou como forma de retratar as mulheres negras. Ela era a representação da mulher altamente sexualizada, que utilizava de seu corpo atraente para seduzir homens desavisados, fazendo-os de verdadeiros “otários” para conseguir alcançar seus objetivos. O alvo preferido eram os homens portugueses, que pareciam não resistir às curvas femininas do corpo negro.

O encanto e a lascividade da mulata ganharam respaldo em uma época em que o corpo feminino de atrizes e dançarinas obtinha cada vez mais destaque nos palcos do Atlântico negro e de Paris. Os modelitos, por exemplo, tornavam-se cada vez mais provocativos. Nas fotografias da época, percebemos a construção de uma sensualidade pela vestimenta, tornando a mulata expressão máxima da sensualidade nas produções.

Plácida dos Santos – Revista da Semana, 1901(Biblioteca Nacional)

Nessa lógica perversa da construção do lugar feminino negro escrito por mãos brancas, o espaço para atrizes negras ainda assim era estreitamente limitado. Se a personagem da mulata era diretamente associada à população negra, os corpos responsáveis pela interpretação eram em sua grande maioria brancos ou de tonalidade muito clara. No período, era recorrente que atrizes brancas construíssem suas carreiras interpretando mulheres negras. As primeiras “mulatas”, inclusive, foram interpretadas por atrizes estrangeiras.

Para nós essa lógica de corpos brancos estarem ocupando papéis negros pode causar certa estranheza. Porém, naquele período, o uso da técnica do blackface era comum nas principais companhias de revistas do Rio de Janeiro. Atores e atrizes brancos pintavam suas peles, usavam perucas que encrespavam o cabelo e reforçavam de forma grotesca características físicas como narizes e bocas. Além disso, desempenhavam nos palcos trejeitos exagerados para representarem pessoas negras. Muitas dessas performances contaram com registros fotográficos para divulgação das peças.

Entretanto, ainda que esses personagens fossem construídos em diálogo com teorias pseudocientíficas de inferiorização da população negra, as poucas mulheres negras que conseguiram furar a bolha e estar no palco negociaram, ressignificaram e subverteram o papel da mulata.

Esse era o caso, por exemplo, da dançarina e cantora Plácida dos Santos, que fez sucesso nas primeiras décadas do século XX. Descrita nos jornais como a “morena cor de jambo” em suas performances, ela não só dançava o maxixe, que era uma dança cheia de requebrados, como cantava vários lundus e modinhas “apimentadas” vestida de baiana. Ao se vestir dessa forma, Plácida dos Santos trazia para o palco uma performance a partir de seus próprios termos, muito diferente das artistas brancas, que imitavam as “mulatas” em um período em que não existiam companhias teatrais negras.

Plácida dos Santos não estava sozinha. Ela fazia parte de uma forte rede de contatos e ajuda mútua entre vários artistas negros que fortaleciam a ocupação do cenário artístico. Essas redes de contato certamente permitiram que no ano de 1926 surgisse a Companhia Negra de Revistas, dirigida pelo artista afro-brasileiro De Chocolate, formada por atores, atrizes e o coro. Somente homens e mulheres negras participavam. Seu surgimento representava uma afirmação de identidade negra em um período de positivação da mestiçagem no campo cultural. A Companhia teve um breve período de funcionamento e seu surgimento foi um importante caminho para que outras ações e estratégias fossem postas em prática no cenário artístico teatral.

Desse modo, quando olhamos para trás, fica evidente que as conquistas das atrizes de hoje são resultado das lutas de artistas negras como Plácida dos Santos, Julia Martins, Aracy Cortes, Ruth de Souza, Mercedes Baptista, Léa Garcia, Zezé Motta e outras tantas, que, sob estratégias diversas, seguem abrindo os caminhos para que mais mulheres possam chegar. Olhar para essas trajetórias mostra que artistas mulheres seguem buscando subverter a lógica da exclusão, criando outras formas de representação da população negra e fortalecendo umas às outras.

*Este artigo compõe a Ocupação da Rede de Historiadores Negros em veículos de comunicação de todo o Brasil neste 20 de novembro de 2021.

Escrito por: Juliana Pereira – doutora em História (UFF); Lissa dos Passos – mestre em História (UFF) e professora da Educação básica. Ambas são integrantes da Rede de Historiadorxs Negrxs e do Podcast Atlântico Negro.

No dia da Consciência Negra, Aparelha Luzia estará de portas abertas para enaltecer a ancestralidade e a cultura preta

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Foto: Divulgação.

Por Reinaldo Calazans

O quilombo urbano oferece ao público arte, cultura preta e é sinônimo de luta e resistência no bairro da Barra Funda, em São Paulo.

Aparelha Luzia é um espaço que enaltece a cultura afro brasileira e ajuda na construção da identidade do povo preto, o local é Idealizado pela deputada e educadora Erica Malunguinho, de 39 anos, nascida e criada em Pernambuco.

É como se você estivesse na África, o lugar respira arte e o protagonismo negro é o ponto central das atividades e os encontros da comunidade preta. Grandes nomes já passaram por lá Luedji Luna, Samba da Marcha das Mulheres Negras, Liniker, Xênia França e intelectuais como Conceição Evaristo e Akins Kintê.

Em 20 de novembro, comemoramos o dia da Consciência Negra, importante na luta do povo negro, a data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares. Neste mesmo dia, Erica Malunguinho nasceu, uma mulher forte, potente e necessária para todos nós da comunidade preta, e justamente neste dia acontecerá à volta das atividades no quilombo mais famoso da capital paulista. Se você mora em São Paulo precisa conhecer, mas se não está na cidade, pode deixar registrado na sua agenda uma possível visita ao lugar. O espaço ficou fechado por quase dois anos, devido à pandemia da Covid-19.

O evento pelo Dia da Consciência Negra terá o apoio do Instituto Identidades do Brasil – ID_BR, Feira Preta e outros parceiros de luta. O melhor de tudo é que além da comunidade preta estar em peso no evento, nomes como Ellen Oléria, Jota.pê, Drik Barbosa, Mc Soffia, Gê de Lima, Lia de Itamaracá, entre outros marcam presença na reabertura do quilombo.

Aparelha Luzia é um território de gente preta, não é um bar, mas abriga música boa cerveja gelada e afetividade, um lugar que une cultura, politica e debates necessários. Os shows começam a partir das 19h, na Rua Apa, 78, São Paulo.

Só venha. Muito AXÉ a todes.

Uma em cada quatro pessoas negras já evitou usar transporte por medo de racismo

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Foto: Yan Marcelo.

Pesquisa ouviu 1308 usuários de carros por aplicativo em todo o Brasil.

Uma pesquisa realizada com usuários da 99 e outros transportes por aplicativo revelou que o medo de ser vítima de casos de racismo já fez com que 24% dos negros evitassem usar algum tipo de transporte. Os meios mais evitados são ônibus (40%), vans (13%) e metrô (10%). O levantamento faz parte do Guia da Comunidade 99, um documento que visa promover o respeito entre os usuários da plataforma combater a discriminação, e foi realizado para entender como o preconceito racial impacta a mobilidade urbana.

O estudo revelou ainda que, dentre o total de entrevistados, 54% acreditam que a sociedade é racista e 46% que somente algumas pessoas o são. No entanto, apenas 1,5% admitem que são eles mesmos preconceituosos.

Para a amostragem, foram aplicados questionários online no final do mês de outubro, e os dados reúnem 1308 respostas de usuários de carros por aplicativo de todo o país. Do total, 42% dos passageiros e 58% dos motoristas se declaram pretos ou pardos. 

Quase metade (46%) de todos os respondentes já presenciou um ato de racismo em ônibus, trem, vans e metrô, e 1 em cada 5 negros afirma que já foi vítima de discriminação nesses locais. O levantamento também revelou o preconceito em estabelecimentos comerciais: 49% já presenciou em lojas e shoppings e 48% em mercados. Para as pessoas negras, esses são os lugares onde mais acontece racismo: 33% e 26% já foi discriminada neles, respectivamente. “Eu (preto) e meu primo (branco) estávamos discutindo no shopping e o segurança abordou ele perguntando se eu estava incomodando”, relata um dos respondentes. 

Em contrapartida, carro próprio e carros por app foram os meios citados como os mais seguros em relação ao racismo, com 72% e 32% das respostas, respectivamente.

“A pesquisa fortalece a necessidade de investirmos no combate ao preconceito, seja promovendo o respeito através de materiais como o Guia da Comunidade 99, seja aplicando uma política de tolerância zero em casos de discriminação”, diz Erica Tavares, Gerente Sênior de Experiência do Usuário da 99 e integrante do 99Afro, grupo que promove a diversidade e equidade racial na empresa. “É missão de todos incentivar a diversidade para uma sociedade mais inclusiva.”

Maioria acredita que educação é melhor forma de combater racismo

Acerca da melhor maneira de combater o racismo, 66% dos passageiros e 56% dos motoristas pretos e pardos responderam que o caminho é a educação sobre diversidade nas escolas. Na sequência, 52% dos passageiros e 45% dos motoristas acreditam que investir em campanhas de conscientização é a melhor saída.  

Para incentivar a diversidade e combater o preconceito, a 99 investe continuamente na promoção de respeito, gentileza e empatia nas corridas. Em parceria com o Instituto Ethos, a companhia criou o Guia da Comunidade 99, que tem como objetivo conscientizar mais de 20 milhões de passageiras, passageiros e motoristas. O documento, promovido através de campanhas no app e outras mídias, fomenta os comportamentos esperados na plataforma e dá dicas práticas de combate ao racismo e outras formas de discriminação.

“O objetivo da 99 é criar um círculo virtuoso de gentileza para que a gente tenha uma plataforma e também uma sociedade melhores”, afirma Erica Tavares. “Todas as pessoas, sejam motoristas ou passageiros, devem se tratar com respeito e respeitar as diferenças, pois na nossa comunidade há espaço para todo mundo.”

Com ‘Socadona’ e ‘Sem Filtro’, Ludmilla e Iza abrem as portas para os hits do verão

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Foto: Reprodução.

O final de semana vai chegando com dois lançamentos incríveis de duas das nossas divas da música preta brasileira da atualidade: Ludmilla e Iza lançaram dois hits nesta quinta-feira.

Com Socadona, Ludmilla entra no universo do Afrobeat, entregando o que com certeza é, como ela mesmo disse em suas redes sociais, “diferente de tudo” que ela já fez. A música vem com as parcerias internacionais de Mariah AngeliqMr. Vegas e Topo La Maskara e a capa do single anuncia a chegada do verão, com cores que ativam o espírito tropical da estação. O clipe vai ser lançado nesta sexta-feira (19) ao meio-dia.

Confira:

Também ao meio dia, chega o clipe de Sem Filtro, lançamento de Iza que fala sobre aqueles relacionamentos sem compromisso. Com uma batida mais sensual, criada em parceria com  Luccas CarlosRafinha RSQ e Carolzinha, a música tem tudo pra estourar nas paradas.

A gente junto é mó parada/ A gente não presta/ Zero compromisso/ Se for sempre assim nós fecha/ Entra nesse quarto/ Sem a intenção de ficar/ Não vejo problema/ Em não querer se apaixonar/ É que hoje eu tô sem filtro/ Celular, sem hora pro amor”, diz um trecho da música.

Ouça:

“A maioria está livre aguardando julgamento”, diz família de Beto Freitas um ano após seu assassinato

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Foto: Reprodução.

No dia 19 de novembro de 2020, a véspera do Dia da Consciência Negra, a morte brutal de um homem negro ao sair do supermercado chocou o Brasil. O soldador João Alberto Silveira Freitas foi espancado e morto por asfixia pelas mãos de seguranças de uma loja do Carrefour, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.  Muitas pessoas que circulavam no local viram e filmaram os últimos minutos de vida de Freitas e nada fizeram.

Inúmeros protestos antirracistas tomaram o Brasil. Seis pessoas foram indiciadas pelo Ministério Público por assassinato, dois eram seguranças da Vector, empresa de segurança terceirizada e quatro funcionários da rede de Supermercado.  Desse grupo, apenas Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva (Ex-PM) estão presos. Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour que estava próxima a Beto enquanto ele era agredido está em prisão domiciliar por motivos de saúde.

Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários do Carrefour e Paulo Francisco da Silva, que atuava na empresa de segurança terceirizada, respondem ao crime em liberdade.

Um ano após essa tragédia, a família de Freitas veio a público e por meio de uma nota assinada pelo pai da vítima, Sr. João Batista Rodrigues Freitas e a viúva de Beto, Milena Freitas, manifestar sua indignação com o fato de que a maioria dos envolvidos no crime, estarem livres. 

“A justiça que desejamos deve ser traduzida, em primeiro lugar, na punição exemplar dos autores do bárbaro crime, a maioria dos quais está livre e aguardando julgamento.  Que a violência, cujas vítimas, quase sempre são pessoas negras, como Beto, alvos de preconceito e discriminação e estereótipos seculares, e a impunidade, não se naturalizem e nem se repitam”, disse o texto.

A nota ainda elogia a atuação de duas entidades de São Paulo a SOUEUafrobrasileira e o Coletivo de Advogados pela Democracia (COADE) que formaram o Coletivo de Advogados Cidadania, Antirracismo e Direitos Humanos. “Queremos que iniciativas como essa, a qual nos associamos com entusiasmo, por meio dos advogados que atuam em nossa defesa, evoluam para o projeto de criação da “Fundação Beto Freitas para a Cidadania, Superação do Racismo e Defesa dos Direitos Humanos”, entidade sem fins lucrativos que se proponha a perpetuar sua memória”, detalhou a família.

CARREFOUR E INDENIZAÇÕES

De acordo com informações da CNN, oito familiares de Beto Freitas foram indenizados pelo Carrefour em um primeiro momento.  Milena, a viúva, foi a última fazer um acordo de indenização com a empresa. Ela teria recebido R$ 1 milhão.

Além do valor pago às famílias, a rede de supermercados firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no valor de R$ 115 milhões para estabelecimento de políticas internas de enfrentamento ao racismo e de reparação coletiva.

Na tarde desta quinta-feira, 18, o Ministério Público emitiu um comunicado onde destacou os detalhes do acordo assinado e ressaltou que mesmo com o valor pago pelo TAC, tanto o Carrefour como a Vetor responderão criminalmente pelo assassinato de Beto.

“Nesse sentido, o valor acordado terá como destino iniciativas como a oferta de bolsas de educação formal (R$ 74 milhões), contribuição para projeto museológico (dois milhões), campanhas educativas e projetos sociais de combate ao racismo (R$16 milhões), além de projetos de inclusão social (R$ 10 milhões), entre outras” esclarece o documento que destaca que é “importante informar que a responsabilização criminal dos responsáveis pela morte de João Alberto não foi afetada pela celebração do TAC, seguindo o trâmite dos processos que visam à condenação dos responsáveis na justiça criminal estadual de Porto Alegre”. 

O comunicado da imprensa do MP do Rio Grande do Sul finaliza negando que a Educafro, Centro Santos Dias e outras tenham sido beneficiados com o TAC  “Cumpre esclarecer que não são verdadeiras as afirmações observadas em matérias de alguns veículos de imprensa de que as Organizações Não Governamentais Educafro e Centro Santos Dias ou qualquer outra entidade tenham sido direta ou indiretamente beneficiadas com qualquer valor estabelecido no acordo”.

‘Pantera Negra’, ‘Doutor Gama’ e ‘Falas negras’ estão na grade de final de semana da Globo

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Foto: Reprodução.

No final de semana da Consciência Negra, a Globo incluiu alguns conteúdos especiais com representatividade preta em sua grade. 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra, data se refere ao dia que Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares foi assassinado em 1695.

‘Falas Negra’ é um especial de produção própria da emissora, que mostra a história de brasileiros que são referências em suas áreas de atuação ou cujas trajetórias servem de inspiração para suas comunidades. O programa será exibido no dia 20 de novembro às 22:35h.

Em um horário bem ingrato, as 2h da madrugada,  no Supercine, será exibido o longa ‘Doutor Gama’, de Jefferson D. O filme conta a história de Luiz Gama homem negro que nasceu livre e teve que provar isso durante boa parte da sua adolescência e vida adulta onde foi escravizado para pagar uma dívida do seu pai branco.  Sua inteligência e amor ao Direito fizeram que ele, após ser liberto, conseguisse libertar mais de 500 pessoas escravizadas.

O épico Pantera Negra está na programação do domingo, 21. O filme estrelado pelo saudoso Chadwick Boseman entrou para história ao encantar a comunidade negra global com a potência da fictícia Wakanda. O longa será exibido ao 12:30h, no Temperatura Máxima. 

Gravações da terceira temporada de Lupin são iniciadas

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Lupin, série francesa da Netflix, fez história como a primeira produção do país a estrear no Top 10 das mais assistidas dos Estados Unidos.

Protagonizada por Omar Sy, o roteiro acompanha a história de Assane Diop, um ladrão profissional que usa toda sua inteligência, carisma e malandragem para se vingar de uma poderosa família – responsável pela morte de seu pai.

No final da segunda temporada de Lupin, Assane finalmente consegue expor os crimes de Pellegrini para as massas e limpar o nome de seu pai.

Com as confissões gravadas, a polícia agora possui provas irrefutáveis da participação do milionário nos crimes. O fim da segunda temporada veio marcada de algumas críticas a série, uma delas, a falta de mulheres negras em seus episódios, a falta de representatividade feminina e um adversário a altura do protagonista. 

Espera-se que a nova temporada traga mulheres que representem tanto quanto Osmar Sy em seus episódios. 

Em parceria com PretaHub, Facebook abre inscrições para ‘Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras’

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Facebook e PretaHub abrem inscrições para a ‘Aceleração de Negócios de Empreendedoras Negras’ que lideram negócios em regiões periféricas ou comunidades de baixa renda no Brasil. Serão investidos um total de R$ 1,6 milhão em 50 empreendedoras selecionadas, sendo que cada uma receberá R$ 32 mil.

A aceleração busca endereçar as necessidades reais das empreendedoras negras brasileiras e, além dos recursos financeiros, oferecerá capacitação, consultorias, mentoria, serviços e produtos customizados de acordo com a demanda de cada negócio. Serão contemplados  temas de grande relevância para o sucesso e longevidade de uma empresa, como controle administrativo e financeiro, ferramentas tecnológicas para automatização de processos, comunicação e marketing, além de uma trilha de conteúdo sobre finanças.

À frente do programa de aceleração está o PretaHub, do Instituto Feira Preta, comandado por Adriana Barbosa com a colaboração de uma rede de embaixadoras mulheres líderes das cinco macro regiões do país. Reconhecido por suas atividades em todo o país, o PretaHub é uma hub de inventividade, criatividade e tendência pretas, que opera há 20 anos na América Latina.

Com esta nova parceria, o Facebook e o PretaHub pretendem ajudar a transformar o empreendedorismo de mulheres negras, tirando-as do lugar de subsistência e contribuindo para potencializar o impacto de seus negócios. É sabido que 49% das mulheres negras começam a empreender por necessidade, contra 35% das mulheres brancas, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae. Apesar da quase obrigatoriedade de empreender pela falta de oportunidades no mercado formal de trabalho, grande parte das brasileiras pretas e pardas acabam tendo que atuar em atividades informais e ainda é baixo o percentual das que  recebem investimentos.

Para participar do programa, as candidatas serão submetidas a uma banca de avaliação, composta pelo Instituto Feira Preta e rede de aliados, e seus negócios serão avaliados a partir de critérios pré-estabelecidos disponíveis no edital. Ao todo, serão seis meses de aceleração, que incluirá ciclo de mentorias  para cada negócio. O objetivo é que, ao final de todo o processo, as empreendedoras tenham mais ferramentas para levar adiante e prosperar em seus negócios, mas que também possam impactar de forma positiva suas comunidades, empoderando economicamente outras mulheres.

Serviço:


As inscrições podem ser feitas de 19 de novembro até 19 de janeiro pelo site fb.me/aceleracaopretahubO anúncio das empreendedoras selecionadas ocorrerá em 8 de março de 2022 (Dia Internacional da Mulher).

Martinho da Vila é homenageado no Grammy Latino

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Foto: Divulgação.

O cantor e compositor Martinho da Vila foi homenageado nesta quarta-feira (17) no Grammy Latino por sua “Excelência Musical”. Hoje, além de concorrer na categoria Melhor Álbum de Samba e Pagode por Rio: só vendo a vista na premiação, é a vez da Sony Music lançar Semba Africano, um medley de Muadiakime/Semba dos Ancestrais gravada em duo com sua filha caçula Alegria, a mais nova artista da família.

Trata-se do quarto single de seu novo álbum Mistura homogênea que será lançado, na íntegra, em fevereiro, um mês que promete, já que no carnaval 2022 a Unidos de Vila Isabel terá justamente seu maior baluarte como enredo. Antes disso, porém, ainda este mês, a Sony lançará um “lyric video” do clássico Canta, canta minha gente como forma de celebrar a homenagem no Grammy, sendo ele um dos artistas com maior número de títulos em seu catálogo.

Como se sabe, em paralelo à sua carreira de sucesso, Martinho foi lançando suas crias no meio artístico, como Mart’nália, ainda nos anos 80, Maíra Freitas, nos anos 2010, afora os outros filhos, todos de alguma forma ligados à música. Desta vez, é efetivamente a primeira vez que Alegria participa de uma gravação e de um clipe com o pai, num clipe dirigido por Henrique Alqualo e Vanessa Anesi, gravado no Museu de Arqueologia de Itaipu, em Niterói (RJ).

Sua ligação com Angola, especialmente Luanda, vem de muito longe. Em 2017, ele recebeu o título honorário de “Embaixador Cultural de Angola e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa” pela Boa Vontade da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), por divulgar a lusofonia e incentivar as relações linguísticas do nosso idioma. 

Com uma discografia imensa à beira dos 50 álbuns, quase todos gravados em selos que pertencem hoje à Sony Music, é possível perceber que Martinho da Vila jamais se acomodou. Fez parcerias com compositores e intérpretes dos mais diversos nichos musicais, flertou com a cultura dos países lusófonos e até gravou versões de seus sambas em outras línguas, isto fora o fato de que decidiu voltar às salas de aula cursar Relações Internacionais em 2017, à beira dos 80. Por essas e outras o samba-enredo da Vila que o homenageia no próximo carnaval diz: “Em cada verso, mais uma obra-prima / Ousar, mudar e fazer sem rima (…) Profeta, poeta, mestre dos mestres / África em prece, o “griô”, a referencia / O senhor da sapiência, escritor da consciência / E a cadência de andar, de viver e sambar”.  

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