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‘Romário, O Cara’: HBO Max anuncia série documental sobre o jogador

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Imagem/Divulgação

A HBO Max anunciou sua nova produção, uma série documental sobre a vida do jogador Romário, um dos personagens mais polêmicos da história do futebol brasileiro. Com seis episódios, a série guia o espectador pela jornada deste ‘herói’ em busca do tetracampeonato na Copa do Mundo de 1994 e apresenta ao público a maior série sobre um jogador de futebol já produzida até hoje, com gravações realizadas em nove países.

A produção já está sendo gravada e pretende focar no arco dramático humano de Romário durante esse período. Para isso, serão utilizadas entrevistas com personalidades do esporte que permeiam os episódios. Entre os entrevistados: Carlos Alberto Parreira, Bebeto, Roberto Baggio, Pep Guardiola, Neymar, além de outras personalidades que marcaram a história do futebol, e Mônica Santoro, a ex-esposa de Romário.

A série que será lançada no primeiro semestre de 2022, traz vários momentos, segredos, polêmicas e parcerias da carreira do artilheiro dos 1000 gols vão sendo reveladas. Além disso, a série vai mostrar imagens inéditas das passagens pelo PSV e Barcelona e, também, os bastidores de conflitos e dramas pessoais como o sequestro de seu pai, às vésperas do Mundial de 1994.

A produção pretende entregar ao espectador um aprofundamento em assuntos importantes sobre a vida de Romário em um nível de acesso que o jogador jamais consentiu. A série tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2022, exclusivamente na HBO Max. A direção é de Bruno Maia.

Forbes: Oprah Winfrey é a mulher mais poderosa do ano no entretenimento

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75th Golden Globe Awards – Photo Room – Beverly Hills, California, U.S., 07/01/2018 – Oprah Winfrey poses backstage with her Cecil B. DeMille Award. REUTERS/Lucy Nicholson

Artistas e empresárias formam a lista de mulheres mais poderosas de 2021, publicada pela revista Forbes. Dentre elas, podemos citar a apresentadora multipremiada Oprah Winfrey, que aparece em 23º lugar em termos gerais e em 1º quando o assunto é entretenimento. Com um patrimônio acumulado de 2.6 bilhões de dólares, a artista teve uma das entrevistas mais comentadas do ano quando conversou em horário nobre com o duque e a duquesa de Sussex. O programa foi visto por mais de 17 milhões de pessoas, e colocou todos os holofotes da mídia em mais uma polêmica envolvendo o Castelo de Windsor.

Também ocupam a lista: Rihanna em 68º, Beyoncé em 76º, Ava Duvernay em 80º, Serena Williams em 85º e Mo Abudu em 98º.

Poderíamos começar contando um pouco sobre a sua história e trajetória de vida, que não foi nada fácil, mas vamos pular essa parte e falar de coisas boas, citar a mulher próspera que ela se tornou. Foi a primeira mulher negra a alcançar a lista de bilionários, em 2003. Formada em comunicação televisiva, é nítido o seu talento para se comunicar e entrevistar. The Oprah Winfrey Show, talk show foi o programa com maior audiência nos EUA, sem dúvida um fenômeno. Sua história de vida e trajetória na comunicação e no meio do entretenimento fez com que ela se tornasse uma das mulheres mais influentes do século XXI.

Em uma sociedade racista, machista e preconceituosa ser uma mulher preta com tantos prestígios e uma das mais ricas do mundo não tem como deslegitimar sua luta e resistência. Sem esquecer que em um determinado momento da sua vida ela sofreu diversos abusos físicos e psicológicos de um tio e primos.

Vida longa, sucesso e muito axé na vida dessa mulher que encoraja muitas outras e serve como referência na comunidade preta.

Luz!

Livro sobre o cinema brasileiro pela visão de mulheres negras e indígenas será lançada esta semana

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O livro ‘Empoderadas Narrativas Incontidas do Audiovisual Brasileiro’, conta a história do cinema brasileiro a partir da mulheres negras e indígenas e foi organizado por Renata Martins. A obra reúne ensaios, entrevistas e artigos de mulheres negras e indígenas profissionais do cinema de diversas gerações

Trazendo um panorama intergeracional da presença feminina negra no cinema brasileiro. Com transcrições de encontros, entrevistas, ensaios, artigos e relatos pessoais, os 35 textos expressam a história de insistência, resistência, ausências e presenças das mulheres negras.

“Este livro é um sonho escrito que traduz um pouco sobre a importância de olharmos para nossas realizadoras e narrativas. Um sonho escrito por trinta-cinco autoras entre mulheres negras e indígenas (cis e trans). A partir dessas narrativas podemos re-conhecer e se instrumentalizar para pensar quais são as mentes e mãos que estão moldando o audiovisual nacional em diáspora”, explica a organizadora.

A obra literária traz uma perspectiva intergeracional da presença e atuação das mulheres negras no cinema brasileiro, entre as trinta e cinco autoras, a entrevista de Adélia Sampaio dada para o episódio da websérie, uma transcrição de aula magna com a montadora Cristina Amaral, um artigo de Lilian Solá Santiago, Danddara, Carmen Luz, Edileuza Penha e a atriz Léa Garcia falam de suas experiências, refletem as dificuldades e respostas que as primeiras gerações deram para existir e produzir cinema.

Além dessas cineasta, o livro traz contribuições de Alice Marcone, Ana Julia Travia, Carol Rodrigues, Catarina Apolônio, Daiane Rosário, Everlane Moraes, Glenda Nicácio, Grace Passô, Issis Valenzuela, Graci Poty, Cintia Maria e Jamile, Jaqueline Souza, Jessica Queiroz, Joyce Prado, Juliana Vicente, Keila Serruya, Kênia Freitas, Lyara Oliveira, Maitê Freitas, Mariana Campos, Mawusi Tulani, Michelli Kunha Guarani, Naruna Costa, Nuna (Mariane Nunes), Naruna Costa, Renata Martins, Rosane Borges, Safira Moreira e Viviane Ferreira.

Editado pela Oralituras, o livro conta com projeto gráfico de Nina Vieira, colagem de Daisy Serena e coordenação editorial de Maitê Freitas. A produção executiva é assinada pela cineasta Issis Valenzuela. A publicação integra as ações da websérie e do II Encontro Nacional Empoderadas Mulheres Negras no Audiovisual, conta com o patrocínio da SPCine e o apoio do Proac Festivais/2019.

O lançamento acontece de forma presencial na quarta-feira, dia 15 de dezembro de 2021, das 19h às 21h, no Centro Cultural São Paulo. Preço promocional: R$ 50,00. 

Vendas presencial e no site: oralituras.com.br. Entrada gratuita, mediante comprovação de vacinação da covid-19.

Após acusações de racismo, Globo de Ouro 2022 anuncia indicados; confira destaques

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Foto: Divulgação / Getty

Cerimônia acontece no dia 09 de janeiro. Premiação vive momento de crise, após escândalo envolvendo acusações de racismo e corrupção.

Foram anunciados neste dia 13 de Dezembro, os indicados ao Globo de Ouro 2022. Premiação, que acontece anualmente, declara que celebra os melhores profissionais do cinema e da televisão dentro e fora dos Estados Unidos. Organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), Globo de Ouro vive momento delicado.

Em fevereiro de 2021, o jornal norte-americano Los Angeles Times revelou ao mundo, através de uma ampla investigação, as polêmicas e diversos absurdos técnicos envolvendo escolha de indicados e vencedores dentro do Globo de Ouro. Jornal expôs ainda a completa ausência de votantes negros dentro da bancada principal da premiação. Até o início deste ano não havia nenhuma pessoa negra entre os 80 membros da HFPA, responsáveis por indicar e escolher vencedores da premiação. 

Foto: Fazer Harrison / Getty Images

Pela primeira vez, cerimônia do Globo de Ouro 2022 não será exibida na TV, já que o canal NBC cancelou transmissão do evento, após os escândalos por falta de diversidade e corrupção. Imagem da premiação está em completa decadência, gigantes do cinema e TV como Netflix e Amazon chegaram a cortar laços com a HFPA. Organização da cerimônia prometeu mudanças, e com isso, anunciou os indicados de 2022, confira alguns destaques:

MELHOR FILME DE DRAMA

Belfast

CODA

Duna

King Richard

Ataque dos Cães

MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA

Mahershala Ali, Swan Song

Javier Bardem, Being the Ricardos

Benedict Cumberbatch, Ataque dos Cães

Will Smith, King Richard: Criando Campeãs

Denzel Washington, A tragédia de Macbeth

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME

Ben Affleck, The Tender Bar

Jamie Dornan, Belfast

Ciarán Hinds, Belfast

Troy Kotsur, No Ritmo do Coração

Kodi Smit-McPhee, Ataque dos Cães

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME

Caitriona Balfe, Belfast

Ariana DeBose, Amor, Sublime Amor

Kirsten Dunst, Ataque dos Cães

Aunjanue Ellis, King Richard: Criando Campeãs

Ruth Negga, Identidade

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL EM FILME

“Be Alive” – Beyoncé (King Richard: Criando Campeãs)

“Dos Oruguitas” – Sebastian Yatra (Encanto)

“Down to Joy” – Van Morrison (Belfast)

“Here I Am (Singin’ My Way Home)” – Jennifer Hudson (Respect)

“No Time to Die” – Billie Eilish (007 – Sem Tempo Para Morrer)

MELHOR SÉRIE DE TV – DRAMA

Lupin

The Morning Show

Pose

Round 6

Succession

Confira a lista completa de indicados aqui. Cerimônia online acontece dia 09 de Janeiro.

Quer comprar de gente preta no Natal? Confira nossa lista de presentes do Marketplace da Feira Preta

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Reprodução/Feira Preta

Dezembro já está na metade e com ele chegou o que é, para muitas pessoas, a época mais iluminada e familiar do ano: Natal! Com todas as festas e comemorações que o momento traz, uma tradição muito comum em diversas casas são as trocas de presentes entre famílias e amigos. Mas nem sempre é faço conseguir tempo e disposição para procurar e comprar presentes de forma presencial. Pensando nisso, o Mundo Negro em parceria com a Feira Preta, separou para você alguns itens que podem facilitar nas compras deste ano.

Veja a lista, mas tome cuidado! Você pode se apaixonar por cada presente e querer ficar com todos os itens ao invés de dá-los.

Estatueta Punho Cerrado

Nada melhor do que, além de fortalecer o black money, presentear alguém com um presente artesanal e que tem um significado enorme por trás dele. Estatueta punho cerrado é feita artesanamente com cano PVC de 100 polegadas pela loja Arte Que Brilha e está custando R$ 35 (Compre aqui).

Reprodução/Feira Preta

Kit Cetim com bordas de tecido africano

Sabe aquela pessoa vaidosa que faz de tudo para manter seus cachos/tranças o maior tempo possível sem perder a beleza? O Kit Cetim da Melanina Rara foi feito para ela. Separamos um kit com quatro apetrechos que servirá muito para quem ama cuidar dos cabelos. O valor é R$ 90,80 e você compra aqui.

Reprodução/Feira Preta

Jogo de Tabuleiros Mancala Oware

O mancala Oware é um jogo africano de estratégia. Com aproximadamente 4.000 anos de história, o mancala é uma família de jogos chamados jogos de semeadura, por representar o trabalho agrícola dos africanos, sua relação com a agricultura e a natureza. Tendo sido criado em África, este jogo é muito praticado no continente e, a partir deste, se disseminou pelo mundo. Ele é vendido pela Tembo por R$ 283 e você pode comprar comprar aqui.

Reprodução/Feira Preta

Para os kids: Livro infantil sobre ancestralidade e cabelo

Nada melhor do que incentivar a leitura e ainda mostrar para a criançada o quanto de beleza e cultura existe em seus cabelos. Memórias e ancestralidades negras e indígenas. Estes são os pilares em que se ancora a autora de A Copa Frondosa da Árvore, Eliana Alves Cruz ao relatar momentos marcantes da sua infância, como o encantamento com o seu cabelo blackpower que faz lembrar a copa frondosa de uma árvore.” O livro é vendido pela editora Nandyala, custa R$ 34 e pode ser comprado aqui.

Reprodução/Feira Preta

Blusa em Ankara

Um dos presentes que sabemos que não vai ter erro e vai ser amado por muitas pessoas é roupa, por isso, separamos essa maravilha de blusa com tecido africano que deixará qualquer pessoa feliz por recebê-la. Blusa em ankara (tecido africano) com recorte abaixo do busto, vendida pela MaryAfro, custa R$ 120 e pode ser comprada aqui.

Reprodução/Feira Preta

Essas e mais presentes, que fortalecem os afroempreendedores podem ser vistos e comprados no marketplace da Feira Preta.

Fabrício Boliveira ganha prêmio de melhor ator em Festival Internacional de Cinema em Cuba

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Foto: Divulgação.

Para o ator, prêmio teve “um gosto especial”.

O ator Fabrício Boliveira abocanhou mais um prêmio: o de melhor ator no Festival Internacional do Novo Cinema Latino- Americano de Havana – por sua atuação no filme Breve Miragem de Sol. Para ele, esse prêmio vem regado de afeto, já que nutre um carinho imenso pelo país (Cuba), por ser um lugar especial para sua vida.

A filosofia Ubuntu – “Sou o que sou pelo que nós somos” – traduz a importância de saber que a vitória tem de ser coletiva. Nessa vibe, o ator Fabrício Boliveira conduz seus passos, traçando uma trajetória de alguém a quem a Bahia deu régua e compasso. Aos 39 anos, ele está de volta à telinha e poderá ser visto, no próximo dia 19, no especial de Natal da Globo “Juntos a magia acontece 2”, continuação do programa exibido em 2019, com um elenco majoritariamente negro.

“Ganhar o prêmio de melhor ator em Cuba tem um gosto especial, por eu ter uma relação de afeto com esse lugar. Eu tô muito feliz, por ser o lugar muito especial na minha vida”, comemorou o ator.

Sucesso no cinema com premiações por suas atuações em filmes como “Faroeste caboclo” (2013), “Simonal” (2018) e “Breve miragem de sol” (2019), Fabrício Boliveira acredita que o sucesso pessoal deve servir para puxar seus pares para o mesmo patamar. Pensando nisso, está sempre envolvido em projetos que contribuam para abrir o mercado e as oportunidades para artistas negros, como a plataforma Elenco Negro e a formação para adolescentes, CDF (Cinema do Futuro).

Instituto Oyá realiza desfile com peças produzidas por alunos do curso de moda, em Salvador

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Foto: Divulgação.

Coleção “Transformação” é resultado dos cursos de Moda, Modelagem e Corte & Costura oferecidos gratuitamente. 

O Instituto Oyá promove um desfile no dia 18 de dezembro no Museu de Arte Moderna da Bahia, apresentando peças originais criadas por alunos do curso de Moda, Modelagem e Corte & Costura, oferecido gratuitamente dentro do projeto Oyá Criativa, no bairro de Pirajá, em Salvador. A coleção “Transformação” tem curadoria do diretor criativo Giovanni Bianco e apresenta 30 modelos que fazem referência às águas dos rios e mares que entrecruzam a Bahia em suas conexões políticas, sociais e culturais. 

O desfile que mistura moda, cultura e arte é fechado para convidados e contará com a participação de artistas e profissionais que estiveram envolvidos no processo de construção das peças. O projeto é uma das frentes de ação do Instituto Oyá e foi desenvolvido por oito meses com orientação de quatro professores especialistas: Ana Paula Tadeu e Leila Saron, mentoras no processo de modelagem e corte e costura; e dos estilistas Carolina Gold e Cid Brito. O curso contou ainda com palestrantes convidados, entre eles, o artista da beleza Ricardo dos Anjos; o diretor criativo do Oyá, Alberto Pitta, considerado um dos mais importantes artistas plásticos na criação do que hoje se conhece por estampas afro-baianas; e a participação de Giovanni Bianco na concepção e curadoria para o desfile. A produção do desfile é assinada por Lícia Fábio Produções. 

Essa é a segunda edição do projeto Oyá Criativa, que tem como objetivo contribuir na profissionalização de jovens e adultos de comunidades periféricas e fomentar a economia criativa nas comunidades locais. Nesse ano de 2021 o curso contou com cerca de 70 alunos de diversas faixas etárias. Segundo a Ialorixá e Gestora do Instituto Oyá, Nívia Luz, a ideia do projeto é criar oportunidade e contribuir para o crescimento e florescimento de carreiras, além de promover educação, acesso ao mercado de trabalho e transformação social, a partir de exemplos positivos. “Tenho várias histórias de alunos que chegaram no Oyá e se destacaram ao desenvolver suas habilidades. Alguns que chegaram ainda crianças e hoje integram a nossa equipe criativa”, destaca Nívia.

O tema do desfile “Transformação” foi pensado coletivamente entre alunos, professores e mentores. Os modelos criados trazem elementos que remetem ao mar ou rio e suas ligações culturais e religiosas como redes de pesca e búzios. Para finalização e aprimoramento das peças, os alunos da Oyá Criativa também contaram com oficinas de Estamparia e Moulagem. Após o desfile de apresentação, as peças ficarão expostas no acervo da instituição. 

SOBRE O INSTITUTO OYÁ

Em mais de 20 anos de existência, o Instituto Oyá já beneficiou milhares de jovens da comunidade de Pirajá e entorno, através de atividades educacionais, artísticas e cultura por meio dos projetos: Oyá Educa, Oyá Criativa e Oyá Social.

O Instituto Oyá, fundado em 1998 dentro do terreiro Ilê Axé Oyá, em Pirajá, surgiu a partir do desejo da Ialorixá, Anísia da Rocha Pitta e Silva, Mãe Santinha, em contribuir para o desenvolvimento humano, intelectual e artístico de crianças e jovens do bairro, em situação de vulnerabilidade. Pirajá é um território historicamente reconhecido pela sua resistência e o Instituto Oyá segue escrevendo essa história, oferecendo oportunidades de crescimento para jovens que até hoje resistem aos desafios e adversidades em busca da sua própria independência .

OYÁ CRIATIVA

O Oyá Criativa possibilita o acesso ao aperfeiçoamento e encaminhamento formativo de carreira profissional, especialmente os preparando para compreender as dinâmicas do mercado de trabalho e as possibilidades de inserção afirmativa e mobilidade funcional. Ao mesmo tempo oferece elementos à compreensão do ambiente do mundo do trabalho e das perspectivas no mercado, além de subsídios para compreender a redução das desigualdades econômicas. Com isso considera-se as diversidades que são geradas dentro dos contextos sociais que os jovens e adultos estão inseridos, para mirar possibilidades futuras com criatividade e pensamento empreendedor.

FICHA TÉCNICA

Presidenta: Maria Antônia Pita e Silva

Coordenação Geral: Nívia Luz

Diretor Criativo: Alberto Pitta

Curadoria: Giovanni Bianco

Stylist: Renata Correa

Maquiagem: Ricardo dos Anjos

Coordenação Oyá Criativa: Nelson Mendes

Professores Design de Moda: Carolina Gold e Cid Brito

Professora Corte & Costura: Leila Saron

Professora Modelagem: Ana Paula Tadeu

Operacional: Ivaldino Júnior

Consultor de Branding: Romero Mateus

Comunicação Visual: Jeferson Lima

Redação: Evandro Cruz

Suporte Operacional: Lúcia Maria, Eric da Hora, Luciele Sales, Jonas Eduardo, Alisson Freitas, Paulo Oliveira, Walter Júnior, Patrícia Ribeiro, Veko Araújo.

Alunos: 

Produção Executiva: Lícia Fábio Produções

Literatura negra é destaque na Bienal Internacional do Livro

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Aza Njeri e Luana Rodrigues, autoras de A Luz de Aisha. Foto: Divulgação.

Aumento nas buscas por autores negros contribuiu para o aumento do faturamento das editoras.

A XX Bienal Internacional do Livro ficará marcada como a que teve a maior presença de autoras e autores negros até hoje. O evento, que terminou no último domingo (12), revelou que a busca por autores negros pode ser um dos motivos da alta no faturamento da Bienal.

Para a estreante editora Mostarda, a procura por escritores negros dobrou. A editora levou para a feira sua Coleção Black Power, com livros voltados para crianças e adolescentes, reunindo a biografia de personalidades como Zumbi e Dandara, Alice Walker, Malcolm X, Conceição Evaristo e Angela Davis. 

Na Melhoramentos, a venda de autores negros triplicou. O título mais vendido é “Com Qual Penteado Eu Vou”, da Kiusam de Oliveira, uma autora negra que tem vários livros infantis sobre a temática racial. “Além de trazer ilustrações belíssimas de penteados em crianças negras, traz nomes africanos e seus significados, fala sobre ancestralidade, sororidade e união familiar, é muito lindo”, resume Kiusam. 

Igor Pires, autor da série “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, está entre os mais vendidos da editora Globo. “Acredito que seja um dos mais procurados por ser um livro que trata sobre as relações humanas de uma maneira honesta, real, quase confessional. Então as pessoas acabam se relacionando e se vendo nas histórias que narro no livro”, diz Pires, em sua terceira bienal. Na lista dos cinco mais vendidos ali, está “O livro da história negra também”, que faz parte da coleção “As grandes ideias de todos os tempos”.

O Pequeno Príncipe Preto”, do Rodrigo França, é um dos mais pedidos na Ediouro, inclusive por professores. No estande da Vozes, a procura por obras escritas por negros é a mais expressiva. “O Movimento Negro Educador”, da autora Nilma Lino Gomes, foi a terceira obra mais vendida. Em seguida, o autor Muniz Sodré também tem uma grande procura e expressividade relevante no número de vendas, “não só neste evento, como, no nosso catálogo ao longo do ano”. Especialmente, a obra “A sociedade incivil”, lançada este ano. No primeiro fim de semana da Bienal, Sodré participou da mesa “As desigualdades e as elites no Brasil”, com as presenças de Jessé Souza, Luana Génot e mediação de Ruan de Souza.

Um estande 100% de literatura infantojuvenil negra

Uma arena para receber artistas, pais, educadores, pesquisadores, estudiosos, contadores de histórias, mediadores de leitura e autores. A Secretaria Municipal de Cultura levou o festival Paixão de Ler para a Bienal, onde ocupa um estande na entrada do pavilhão Azul, reunindo nomes da literatura negra que tratam de identidades, representatividades e ancestralidade, entre outros elementos. 

“O formato de arena favorece o olho no olho, ampliando o leque de trocas. A experiência do contato”, diz o secretário de Cultura, Marcus Faustini. “A Bienal é um dos maiores ativos culturais da nossa cidade, que deve ser apoiada porque, além de tudo, gera inclusão, empregos, renda e desenvolvimento.”

A obra A Luz de Aisha, de Aza Njeri e Luana Rodrigues foi lançada no último sábado, durante a bienal. O livro usa ideias da filosofia kindezi, do povo bantu, para construir uma narrativa delicada sobre a responsabilidade de todos em nutrir o brilho pessoal de cada um.

Na quarta capa, há um texto encantador, escrito pelo grande cantor e compositor Emicida, que, ao se recordar de um ditado africano, endossa a sabedoria que transborda de A luz de Aisha.

Ludmilla leva duas categorias do Prêmio Mundo Negro; veja todos os vencedores

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Foto: Reprodução.

Em uma noite emocionante e em formato inovador, o Site Mundo Negro apresentou os vencedores da segunda edição do Prêmio Mundo Negro em uma live no TikTok, patrocinador da edição 2021. Com apresentação de Rakeche Nascimento e Gerson Saldanha, a live coroou os melhores artistas negros do ano de 2021 na opinião do público, que somou quase meio milhão de votos.

A cantora Ludmilla, indicada nas categorias de Melhor Cantora e Melhor Inspiração, levou as duas premiações, com votação expressiva do público. Quem levou o prêmio de melhor cantor foi Thiaguinho.

Na categoria Melhor Jornalista, a vencedora foi Maju Coutinho, apresentadora do Fantástico, da TV Globo. “É fantástico receber esse reconhecimento de pessoas que se parecem comigo. Isso dá um gás para continuar na luta”, disse a jornalista.

Na categoria Melhor Revelação Musical, a vencedora foi a cantora Mariah Nala. “Quero agradecer todo mundo que votou para eu ganhar o prêmio. Foi uma surpresa muito grande e eu estou muito feliz”, comemorou.

Já na categoria Melhor Atleta, a vencedora foi a jogadora de futebol Formiga, que encerrou recentemente sua carreira, depois de defender a seleção brasileira de futebol durante 26 anos. “Quero agradecer todo o carinho que tiveram comigo e plo voto de vocês”, disse a atleta.

Na categoria Melhor Atriz, a vencedora foi Taís Araújo, que fez uma dobradinha com o esposo Lázaro Ramos, que foi o ganhador na categoria Melhor Ator. “É muito legal receber um prêmio de um veículo que você admira. Eu admiro muito vocês e leio vocês todos os dias”, celebrou Taís.

Thelminha foi considerada a Melhor Influência. “Pra mim é muito especial o signficado que existe por trás desse trofeú, que é o sinal de que estou no caminho certo, buscando fazer uma influência relevante”, disse Thelminha.

Camilla de Lucas levou o prêmio de Melhor Creator TikTok.

Confira a íntegra da premiação:

“Eu queria que a educação gerasse emprego para outros jovens negros”, diz Cleber Guedes, CEO do Programadores do Amanhã

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Foto: Arquivo Pessoal.

Por Rodolfo Gomes

Cleber Guedes nasceu em Santo André, parte do triângulo Paulista. Criado por sua mãe, segundo filho de 4 irmãos, viveu durante toda sua infância em Santo André, região metropolitana de São Paulo, na divisa com as cidades de Mauá e São Paulo,  e tem a rua como sua segunda família. “A família da rua foi muito importante para o meu desenvolvimento”, contou.

Durante sua adolescência fez parte de um coletivo na Zona Leste chamado QZL. Esse coletivo era composto por diversos jovens, e as pautas eram sempre muito políticas. “Chegamos a fazer reunião com Ministro da Justiça da época para falar sobre o abuso de polícia”, contou.

Cleber teve seus amigos da rua como referência. Um deles, o Luizinho, desde pequeno era muito empreendedor, e lhe mostrava o quanto trabalhar era importante.

Na quinta série, Cleber começou a trabalhar em um Lava- rápido e lá ficou durante um ano e meio. Depois que saiu, resolveu empreender junto com esse seu amigo. “Pegamos 50 reais cada um e compramos DVD´s no centro de São Paulo, que vendíamos a 3 por 10 reais. Depois desse dia, percebemos que tínhamos lucrado e ficamos muito orgulhosos”, contou.

Aos 16 anos, ele começou a trabalhar como jovem aprendiz em uma grande rede de lojas de departamento. Lá, ganhou um curso de Gestão e Negócios no SENAC, e em uma das aulas conheceu o case do David, o Camelô. “Eu me conectei com a história dele, e pude perceber o quanto era possível empreender tendo vontade e oportunidade”, disse.

Durante este período que trabalhava no supermercado, com o salário que já era pouco, Cleber resolveu fazer um curso técnico de administração. Já próximo ao alistamento militar, ele acabou saindo da empresa e começou a pensar em empreender. Com todos os aprendizados do curso técnico, pensou em unir algo que gostasse ao conhecimento adquirido.

Foi então que começou a correr atrás para abrir uma loja de suplementos. “Lembro que eu chegava nos bancos e os gerentes me perguntavam se eu sabia o que era uma conta PJ”, comentou. 

Depois de muita tentativa e erro, ele conseguiu abrir a conta e deu início à sua primeira jornada de empreendedor, que durou cerca de 1 ano mais ou menos.

Após fechar a loja, Cleber ainda tinha muita vontade de empreender, sentia que precisava ter seu próprio dinheiro. Neste período, participou de um concurso de Ideias de Negócios e o plano de negócio que havia apresentado tinha como objetivo unir os marketplaces com os sócios. “Eu sempre tive ideias, mas nunca tive dinheiro, logo pensei que seria incrível unir pessoas que tinham ideias com pessoas que tinham dinheiro”, contou.

Essa foi sua primeira ideia de startup, e através dela, resolveu ir em um evento na Vila Madalena com o blazer emprestado do tio, para poder mergulhar nesse ecossistema empreendedor. “Lá encontrei duas pessoas que acreditavam na mesma coisa que eu, e nós acabamos marcando uma nova reunião”. 

Essa reunião lhe abriu uma oportunidade de trabalho, que permitiu ao Cleber fazer parte daquele time, em um ano de muito aprendizado, conhecendo o ecossistema de startups por dentro. Lhe rendeu também uma vaga em uma grande aceleradora de startups, na qual ficou por 3 anos, contribuindo com a aceleração de mais de 100 startups. Foi lá que Cleber teve a oportunidade de fazer viagens internacionais, incluindo um curso na Stanford University. 

Em 2019, saiu dessa aceleradora e foi para outra empresa, que apoiava empresas mais estruturadas. “Lá eu aprendi em grande escala, foi praticamente um MBA na prática”, contou.

Mas em junho de 2020, com a pandemia, vieram muitos questionamentos sobre propósito. 

“Eu pude perceber que eu estava em uma bolha, falando sobre investimento e inovação, e quando conversava com meus amigos ninguém sabia o que eu fazia. Eu queria mudar o mundo, e ao mesmo tempo percebi que não estava nesse caminho”, desabafou.

“Eu queria que a educação assim como foi pra mim, gerasse emprego para outros jovens negros”, comentou.

Hoje, Cleber sente que voltou às suas origens e está cada vez mais próximo do seu propósito de mudar o Brasil através da Educação. 

Aos 25 anos, é CEO no Programadores do Amanhã. Um programa social que, desde 2019, tem como objetivo qualificar, fortalecer e dar protagonismo a jovens negros e negras, para que construam carreira na área de tecnologia. Fornecendo também todo apoio psicológico.

Quando perguntamos sobre sua maior referência de homem preto, Cleber conta que atualmente é cada uma das pessoas que assim como ele querem empreender para mudar o mundo “Eu adoro poder conversar com pessoas negras que assim como eu que querem empreender, afinal, minha vida toda eu já passei apoiando o homem branco”. Concluiu.

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