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Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, história de Marta vai virar filme

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Foto: Reuters.

Do interior de Alagoas para o mundo, a vida da reconhecida e premiada jogadora Marta Silva vai virar filme. Ainda sem data de estreia ou elenco definido, obra utilizará como base as memórias de infância e adolescência da atleta, antes dela se consagrar como uma das maiores futebolistas do mundo.

A cinebiografia está em desenvolvimento pela produtora Conspiração, com roteiro de Helen Beltrame, direção de Andrucha Waddington e produção executiva de Ramona Bakker. Marta foi eleita 6 vezes a melhor jogadora de futebol do mundo pela FIFA, feito inédito para qualquer mulher. Considerada como a rainha do futebol brasileiro, a jogadora camisa 10 já fez mais de 118 gols pela seleção.

De acordo com Ramona Bakker, o projeto está sendo feito com total apoio de Marta. “Vamos contar uma parte da história da Marta que ninguém conhece. Fizemos uma viagem no tempo com ela a Dois Riachos de uma forma muito profunda“, contou a produtora. “Ao ouvi-la, conhecemos cada cantinho desse cenário que ainda nem visitamos fisicamente. E uma das coisas que mais me impressionou foi a maneira dela olhar para a vida. Ela é muito focada, ao mesmo tempo que é doce e leve.”

Candidaturas de pessoas trans e LGBTQIAPN+ nas eleições é a chave para a transformação política

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Foto: Arquivo Pessoal.

Por Stefan Costa

O país que mais mata pessoas trans no mundo também é o país que alcançou 279 candidaturas trans na última eleição em 2018. Ao passo que atingimos um crescimento de 275% no número de candidaturas, desde a última eleição, de acordo com a Antra, também perdemos 175 travestis e demais pessoas trans que foram assassinadas em 2020. O que explica essa contradição é o fator histórico, quando por anos nos foram negados o direito à voz e opinião; contudo, ocuparmos esses espaços é o primeiro passo para ver essa mudança.

Hoje, já possuímos referências políticas trans como Alexya Salvador, Érica Malunguinho, Duda Salabert e Jaqueline Gomes que provam que ao termos pessoas no parlamento que nos representam e, principalmente, representam nossos corpos, levaremos pautas e discussões essenciais para a sobrevivência da população trans no Brasil. Esta presença na política não leva apenas o tema que nos identifica, mas também amplia debates sobre políticas públicas LGBTQIAPN+, no geral, trazendo também uma visão sobre outros temas como racismo, violência e genocídio contra a população negra e indígena, ambientalismo e tantos outros.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados.

Foram 30 pessoas trans eleitas na última eleição e acredito que, neste ano,  podemos bater um novo recorde. Mesmo diante de um cenário político com diversos retrocessos no governo Bolsonaro, o impacto da representatividade alcançada em 2018 atesta que a nossa comunidade está agindo como um coletivo e se organizando no espaço público.

Mesmo que o congresso seja ocupado em sua maioria por homens brancos cis héteros conservadores, as candidaturas LGBTQIAPN+ estão sendo vistas e serão lembradas na história como a transformação da política. Dentre as 30 pessoas trans vitoriosas na eleição de 2020, 53% foram de partidos de esquerda. Também tivemos uma maior presença feminina, sendo 28 travestis eleitas e 2 homens trans eleitos. Quando fazemos o recorte de raça, 57% são pessoas brancas e 43% são pessoas negras, de acordo com dados analisados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Contudo, dentro do Brasil, onde pessoas diariamente violentam e objetificam corpos trans, ocupar o poder legislativo não é nada fácil para nós. Na verdade, o Dossiê de violências contra pessoas trans brasileiras da Antra, analisado em 2020, aponta que 80% das pessoas trans eleitas não se sentiram seguras para o pleno exercício dos seus cargos e que ataques transfóbicos se tornaram mais frequentes, após a ascensão do governo vigente.

Portanto, é importante ocuparmos esse lugar para que, de alguma forma, nossas vozes sejam ouvidas e que políticas públicas sejam revistas. Devemos lembrar que a sociedade é moldada conforme seu governo, por quem ocupa as bancadas e por quem rege as leis. Estar neste lugar pode, de certa forma, desmistificar um padrão social de que pessoas trans e travestis só servem como um corpo objetificado.

*Stefan Costa é influenciador digital de empoderamento Trans Negro e Embaixadorie Z1, banco digital da Geração Z.

No Brasil, 54% das gestantes e puérperas mortas por covid-19 são negras

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Foto: Pixabay

O impacto da covid-19 nas gestantes e a mortalidade materna pelo vírus tem cor. Desde o início da pandemia, as mulheres negras foram 1.095 das gestantes e puérperas que morreram da doença, o que representa 54% deste grupo até 23 de março de 2022, segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro, que reúne informações e análises dos casos de gestantes e puérperas notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). 

As gestantes e puérperas negras também foram as mais contaminadas pelo vírus (56%), em comparação com brancas (42%), indígenas (0,9%) e amarelas (0,8%). Somente em 2021, foram 5941 gestantes e puérperas negras com covid-19. Elas também foram as que mais desenvolveram complicações, representando 48% do total de internações, e utilizaram 47,5% dos leitos de UTI entre as mulheres desse grupo.

Ao Gênero e Número, Carla Andreucci Polido, obstetra e professora na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), disse que não há notícia de outro país que tenha tido um número tão significativo de morte materna por covid como o Brasil. Uma pesquisa publicada no periódico médico International Journal of Gynecology and Obstetrics, em 2020, já mostrava que o país estava na dianteira das mortes de grávidas no mundo (era responsável por 77%).

O Brasil, segundo Polido, deixa a desejar em relação à redução de morte materna há muito tempo, e isso está diretamente relacionado ao acesso à saúde. Existe um prejuízo à saúde obstétrica no país por conta de falhas em várias etapas do atendimento. No caso da morbidade materna grave e da morte materna, ela destaca que os estudos propõem a teoria das três demoras que justificam esse cenário: no atendimento, na identificação do fator de risco e no acesso ao lugar de atendimento e procedimentos tardios ou inadequados no atendimento a essa gestante.

“Não existe uma questão biológica envolvida, é uma questão de racismo estrutural que ainda impacta negativamente uma população brasileira. Mesmo as gestantes brancas  sofrem com essas demoras relacionadas à assistência obstétrica, mas isso atinge mais a população mais vulnerável, como mulheres pretas e pessoas que moram nas periferias de grandes centros ou no interior do Brasil”, pontua a obstetra. “As pretas têm uma maior vulnerabilidade de acesso à saúde. Nas mesmas condições das mulheres brancas, elas chegam e são intubadas mais tardiamente, por isso, têm uma resposta pior porque o tratamento chega mais tarde. Estamos falando do acesso à saúde limitado a essa esfera da população”.

Um estudo da Universidade de Oxford, publicado em julho de 2020,  já apontava para esse cenário. De acordo com a análise, a mortalidade de mulheres negras grávidas ou no pós-parto devido à covid-19 era quase o dobro da observada em mulheres brancas pela mesma causa no Brasil. Além disso, o estudo evidencia que mulheres negras foram internadas em pior estado e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva, ventilação mecânica e óbito. Para os pesquisadores, o racismo e o sexismo, assim como a falta de acesso à saúde e de oportunidades para a população negra, “aprofundam a tragédia das mortes maternas por covid-19, particularmente quando o país não está adotando medidas verdadeiramente eficazes de contenção da pandemia”.

A pesquisadora e doutora em Saúde Pública com ênfase em Epidemiologia (ISC/UFBA) Emanuelle Góes concorda. “Na verdade, a covid evidenciou o que a gente já vivia particularmente, as mulheres negras já lideravam as mortes maternas antes do contexto da pandemia. E a gente atribui isso ao racismo estrutural e às diversas barreiras que as mulheres negras sofrem até chegar ao serviço de saúde. Elas sofrem barreiras territoriais, de acesso e institucionais. Isso mostra um mapa da desigualdade que vai direcionando as gestantes e puérperas negras para a morte, infelizmente”.

Fonte: Gênero e Número

Caras e bocas frustram fãs com atuação de Viola Davis como Michelle Obama

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Foto: Reprodução.

O primeiro episódio da série The First Lady estreou na última segunda-feira (18) na Paramount+ e a expectativa para ver a interpretação que Viola Davis daria a Michelle Obama estava nas alturas. No entanto, a entrega não agradou nem à crítica, nem ao público em geral. O principal motivo do desagrado são as caras e bocas que Viola fez ao tentar ficar parecida com Michelle. As tentativas ficaram mais semelhantes a caricaturas e, em alguns momentos, chamam mais atenção do que o contexto geral e o diálogo das cenas.

As caras e bocas não ficaram só por conta de Viola, pelo menos no primeiro capítulo da série. Gillian Anderson também faz uns trejeitos com a boca na interpretação de Eleanor Roosevelt, numa atuação que não chega ao mesmo ponto de caricatura, mas também não chega a ser natural.

A série se dedica a contar as histórias de três primeiras-damas dos Estados Unidos em três momentos diferentes da história americana. Eleanor Roosevelt, vivida por Gillian Anderson, foi primeira-dama de 1933 a 1945. Michelle Pfeiffer intepreta Betty Ford, primeira-dama americana entre 1974 e 1977. Michelle Obama, primeira-dama entre 2009 e 2017, é interpretada por Viola Davis.

A vida das primeiras-damas para além da existência de seus maridos presidentes e a influência delas para a construção da carreira política deles é o tom do primeiro episódio, que mostra as disponibilidades delas em impor os limites até onde estão dispostas a ir para construir as carreiras dos companheiros.

As fragilidades dos homens no ambiente doméstico, a força que as mulheres empregam para levantá-los e os conflitos decorrentes de quando eles “chegam lá”, mas elas seguem em segundo plano parece ser um bom exemplo do ditado que diz que “por trás de um grande homem existe uma grande mulher”, e até que ponto elas estão dispostas a continuar “atrás” destes homens.

Uma interpretação exagerada ou fora da curva pode acontecer até para grandes atrizes do quilate de Viola, ganhadora do Oscar, do Emmy e do Tony Awards, as maiores premiações do cinema, televisão e teatro, respectivamente. Isso não desabona a carreira brilhante da atriz, mas é, sim, uma frustração para quem esperava uma interpretação bombástica quando o assunto é a união de dois grandes ícones de representatividade para mulheres negras, como Michelle e Viola.

O primeiro episódio da série está disponível na Paramount+ e pelo Amazon Prime Video.

Raphael Logam retoma gravações de “Impuros”, série que lhe rendeu duas indicações ao Emmy

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Foto: Vinicius Mochizuki.

O ator volta à pele do personagem da série que lhe rendeu duas indicações ao Emmy, grava novos filmes e ainda lança dois projetos pela Netflix.

Começando as gravações da 4ª temporada da série Impuros (Star+), Raphael Logam segue em franca atividade. Ele acabou de encerrar as gravações de “Mato ou Morro” (direção de Caco Souza) e já tem previsto para este ano outro filme do diretor, “O Faixa Preta – A verdadeira história de Fernando Tererê”, baseado na história verídica de um dos maiores lutadores de jiu-jitsu da história, e ainda a estreia da série “Nada Suspeitos” (de Cesinha Rodrigues) e do filme “Carga Máxima” (de Tomás Portella), ambos pela Netflix.

“Em ‘Mato ou Morro’ eu faço o Marcos, um médico que tem uma pousada em Gramado e, quando finalmente consegue fazer a reforma no local, se depara com um casal gringo morto na pousada. Na série ‘Nada Suspeitos’ faço o Darlison, que trabalha como assessor e sonha em ser presidente da empresa. Um assassinato acontece e todos viram suspeitos, inclusive ele. Em ‘Carga Máxima’ sou o Danilo, ex-piloto de fórmula truck que é convencido a entrar num esquema de roubo de carga para salvar a equipe financeiramente”, adianta o carioca de 36 anos.

Duas vezes indicado ao Emmy pelo papel de Evandro do Dendê em “Impuros”, aos 23 anos de carreira o ator mantém os pés no chão enquanto vislumbra alcançar as estrelas. “Retomar a série é sempre gostoso porque, se estamos retomando, significa que a temporada anterior deu muito certo, ou seja… uhuuu! Além disso, ‘Impuros’ jogou meu nome para o mundo. Pisar no red carpet é um reconhecimento que todo ator sonha. Sou eternamente grato a este projeto e ainda vamos conquistar muitas coisas juntos. Que venha mais e mais”, vibra.

Manter um personagem ao longo de tanto tempo é um exercício para os intérpretes. “Mas Evandro não muda – o que muda são as situações (risos)… Ele continua sendo família e fazendo tudo pela família e pelo trabalho. Quem ousa atrapalhar isso sofre as consequências, seja dentro ou fora do Brasil. Mas isso não significa que o Evandro vá vencer sempre. Mas ele não vai medir esforços para conseguir”, reflete Logam, que passou a repensar seus trabalhos após perceber que estava sendo convidado para papeis que estigmatizam os negros em papeis violentos.

“Gosto do que me desafia, do que me faz estudar. Não sou de escolher personagem, minha profissão e paixão é interpretar. Mas sei o que não quero. Depois de um tempo tomei coragem e comecei a negar alguns personagens. E isso tem a ver diretamente com as pessoas que só consegue ver a gente nesse lugar, que só colocam a gente nesse lugar. Minha missão é mostrar que na favela tem de tudo, de tudo mesmo. Não só o que a galera do achismo pensa”, pontua o ator, que cresceu na Gávea e tem família no subúrbio e na Baixada Fluminense.

Sobre a vivência enquanto um cidadão negro, Raphael não nega que já passou por situações delicadas. “Mesmo eu sendo uma pessoa conhecida, infelizmente a cor da minha pele ainda é alvo de um racismo perverso e cruel.  E isso não é uma suposição ou achismo, isso é estatística. Eu sou uma pessoa muito correta, só tenho medo de covardia. Mas também sei que sou preto, então tem certos lugares que eu não frequento em certas horas, porque até provar que focinho de porco não é tomada…”, observa.

Os passos profissionais de Logam já vêm de longe. “Comecei a fazer teatro aos 12 anos na escola municipal em que eu estudava. Me identifiquei, gostei, pirei e segui. Fui pra extinta Casa da Gávea e lá fiquei anos mergulhando e aprendendo com a família Thiré. Em 2003 fiz a minha primeira peça profissional e, depois de muitas participações, fiz o meu primeiro protagonista na TV, em ‘A turma do Pererê’ (TV Brasil). Amo todos os personagens que faço, por isso aceito. Se eu acreditar no projeto, já estou amando”, celebra o ator, que integrou ainda o elenco de peças como o infantil “Macunaíma, uma história de amor”, pela qual foi indicado na categoria de Melhor Ator no Prêmio Zilka Salaberry”. “

Mestre de Capoeira, é na atividade extra que Logam equilibra seus dias. “A capoeira é minha vida. Comecei aos dois anos, levado pelo meu avô e meu pai, que já eram praticantes. Aos oito entrei na Escola Nestor Capoeira, onde me firmei e estou até hoje. Foi a capoeira que me deu a oportunidade de viajar pelo mundo e conseguir negar alguns trabalhos”, finaliza.

Entidades pedem que governo aceite missão da ONU para avaliar racismo no Brasil

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Foto: AGBR

124 instituições e organizações civil brasileiras e internacionais pediram numa carta enviada nesta segunda-feira (18), ao ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco, que o governo federal faça um convite para que uma missão da ONU (Organização das Nações Unidas) avalie a questão racial no Brasil.

No documento, as entidades destacam a violência policial como “um problema crônico de direitos humanos no País”, e que impacta “desproporcionalmente a população negra, que tem quase três vezes mais chances de ser morta pela polícia do que população branca”.

Ministro das Relações Exteriores Carlos Alberto Franco. Foto: Divulgação

Els recomendam a atuação do Mecanismo Internacional de Especialistas Independentes para Avançar em Direção à Justiça e à Igualdade Racial no Contexto da Aplicação da Lei atue antes da 51ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, prevista.

“Convidar o mecanismo seria uma medida positiva que demonstraria a disposição do governo para trabalhar com os órgãos da ONU no combate ao racismo e a discriminação racial, particularmente na aplicação da lei. Uma visita oficial daria aos membros do mecanismo a oportunidade de coletar informações, reunir-se com representantes do governo e do sistema de justiça, policiais, organizações da sociedade civil e comunidades diretamente afetadas. Sua avaliação independente e recomendações podem auxiliar as autoridades federais e estaduais a desenvolver e implementar reformas necessárias para defender os direitos fundamentais e promover a justiça e a igualdade”, complementam.

O grupo que assina a carta conta com entidades como a Anistia Internacional Brasil, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Coalizão Negra por Direitos, Coletiva Periferia Segue Sangrando, Conectas, Human Rights Watch, Instituto Marielle Franco, Pastoral Carcerária Nacional, entre outras.

Ingrid Silva se torna a primeira brasileira a colaborar num projeto global da Dior

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Foto: Divulgação / Dior

A bailarina Ingrid Silva se tornou a nova embaixadora da Dior Vibe. Reconhecida internacionalmente por seu trabalho em busca de diversidade e oportunidades para pessoas pretas, Ingrid também se tornou a primeira brasileira a colaborar em um projeto global da Dior. “É um prazer receber a bailarina brasileira, Ingrid Silva, para encarnar o Dior Vibe de Maria Grazia Chiuri”, escreveu a maison nas redes. “Primeira bailarina da companhia de balé Dance Theatre of Harlem em Nova York, Ingrid contribuiu para ajudar bailarinos e companhias de dança durante a pandemia de Covid-19 e, em janeiro de 2021, tornou-se a primeira mulher brasileira e a primeira bailarina a falar no Harvard LEAD Conferência. Seu compromisso contínuo com o aumento da diversidade e representação na indústria é uma inspiração”.

A marca francesa destacou a recente participação de Ingrid no Crossover Into Business, um programa de negócios focado em atletas oferecido pela Harvard Business School. Através das redes, a atleta celebrou: “A primeira brasileira a colaborar em um projeto global da marca… Que orgulho”.

‘Mr. Moral & The Big Steppers’: Kendrick Lamar anuncia novo álbum de estúdio

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Foto: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic.

Kendrick Lamar está voltando. O renomado artista, vencedor do Grammy e do cobiçado Prêmio Pulitzer, anunciou nesta segunda-feira (18) o lançamento de seu quinto álbum de estúdio, com o título de ‘Mr. Moral & The Big Steppers.’. Projeto está previsto para ser lançado no dia 13 de Maio.

O anúncio foi feito através do site oficial de Kendrick. Anteriormente, o rapper já tinha publicado uma nota sobre seus anos em reclusão e em processo criativo. “Passo a maior parte dos meus dias com pensamentos flutuantes. Escrevendo. Ouvindo. E colecionando velhas cruzadores de praia. Os passeios matinais me mantêm em uma colina de silêncio. Fico meses sem telefone“, escreveu Lamar. “Amor, perda e tristeza perturbaram minha zona de conforto, mas os vislumbres de Deus falam através da minha música e família. Enquanto o mundo ao meu redor evolui, reflito sobre o que mais importa. A vida em que minhas palavras vão tocar em seguida“.

Kendrick Lamar. Foto: Reprodução / Youtube.

“Enquanto produzo meu último álbum da TDE [antiga gravadora], sinto alegria por ter feito parte dessa marca cultural após 17 anos. As lutas. O sucesso. E o mais importante, a Irmandade. Que o Altíssimo continue a usar o Top Dawg como um receptáculo para criadores sinceros. Enquanto eu continuo perseguindo o chamado da minha vida. Há beleza na conclusão. E sempre fé no desconhecido. Obrigado por me manter em seus pensamentos. Eu orei por todos vocês. Vejo você em breve“, destacou o rapper em comunicado oficial.

O último álbum de Kendrik Lamar, ‘DAMN.’, foi lançado em 2017 e recebeu ampla aclamação de público e crítica.

Após BBB 22, Jessi diz que deseja continuar sua carreira como professora: “É por amor mesmo”

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Foto: João Cotta / Globo.

Faltando menos de 10 dias para a final do Big Brother Brasil 22, Jessilane foi a 15ª eliminada do programa, com 63,63% dos votos. Amante da sala de aula, para Jessi, sua trajetória no reality foi cheia de desafios, conturbada mas vitoriosa. Agora, ela revela planos para continuar na área da educação, aproveitando, antes disso, cada momento e cada oportunidade após a experiência dentro do BBB. “Eu não pretendo voltar para a sala de aula em um primeiro momento. Nesses primeiros meses, eu quero aproveitar outras experiências que o programa vai me trazer daqui para frente. Mas quero, sim, continuar na área da educação, falando da Libras“, diz a baiana em entrevista para a TV Globo.

Quero também falar sobre outras questões de empoderamento, independentemente da área que for. Quero dar voz a outras coisas. Vou aproveitar esse momento para me descobrir em outros lugares que eu não conheço. Então, tudo que tiver de oportunidade para mim eu vou abraçar. Mas, claro, eu amo dar aula! Foi isso que construiu a minha trajetória, o meu jeito de ser”, destaca Jessilane. “Não tem como eu dizer que não vou mais dar aula porque eu gosto de dar aula. Muitas vezes, eu falava para os meus alunos: “eu estou dando aula para vocês não é por causa de dinheiro, não, é porque eu gosto mesmo” (risos). Porque, de fato, essa não é uma profissão muito bem paga, é por amor, mesmo. Não tem um sentimento que explique o que é ensinar, eu gosto muito! Vou viajar por tudo que eu puder fazer, mas sempre lembrando que eu sou professora, que gosto de dar aula, que quero ensinar, que eu quero estar na educação mesmo”.

João Cotta / Globo

Sobre o jogo no BBB, Jessi revela torcida para Pedro Scooby: “Ontem eu falei uma coisa, mas hoje vou “desfalar”. Falei sobre o Eli, mas agora entendendo todo o contexto, a minha torcida é pelo Scooby. Eu já tinha falado com ele em uma festa que se ele ganhasse o prêmio eu ficaria muito feliz. E se ele ganhar eu realmente vou ficar muito feliz porque ele é sensacional, uma pessoa incrível.”

Comentando ainda sobre sua própria passagem reality show, Jessi comenta que se viu completamente perdida, por isso sentiu a necessidade de se posicionar de forma mais intensa no programa. “Acho que a minha passagem foi a coisa mais conturbada e contraditória que eu já vivi na minha vida (risos). Eu imaginava que eu fosse chegar lá, fazer e acontecer. E aí eu entrei e me vi completamente perdida, com medo de tudo e todos, sem conseguir me posicionar, sem conseguir viver o que eu queria viver. Só que de tanto ser atacada nesse lugar, eu acabei entendendo que se eu não me movimentasse não daria certo. E aí acontece o jogo da discórdia da “história do BBB”. Naquele dia eu pedi a Deus para me dar forças o suficiente para falar: “gente, chega”. Eu consegui me posicionar e falar por que eu estava ali, o que eu queria, como eu cheguei até ali e como iria jogar, para que todo mundo entendesse qual era a forma que eu decidi jogar“, conta a professora de Biologia. “Daí para frente a minha história se transformou dentro do programa. Eu cresci como jogadora, como indivíduo, e todo mundo reconheceu esse crescimento. Não foi uma coisa que só eu percebi, todos da casa perceberam. Eu acredito que essa foi a chave para que, hoje, as pessoas me digam aqui fora que a minha trajetória foi bonita, que eu consegui transformar a minha história no BBB e tive tempo para fazer isso, graças a Deus“.

Para a Globo, como você confere abaixo, Jessi avalia a própria estratégia de jogo, os motivos que levaram à sua eliminação, as amizades que fez na casa e o aprendizado com o reality.

Globo: Por que acha que foi eliminada?

Jessi: Eu acho que por uma questão que vai muito além da minha trajetória lá dentro. É mais sobre torcidas, mesmo. Aparentemente o Arthur está muito forte e, de alguma forma, eu era um risco para ele. Provavelmente a galera não queria que ele tivesse algum tipo de problema até a final e votou para eu sair“.

Foto: João Cotta / Globo.

Você, Lina e Natália têm personalidades bem diferentes e tiveram estratégias diferentes no BBB. Na sua visão, o que uniu vocês três e manteve a amizade?

No início, foi o fato de termos ficado no quarto Grunge e sermos as únicas meninas de lá, junto com a Naiara Azevedo. Com isso, o Lollipop já tinha se fechado, eles eram muito unidos, e a gente meio que ficou “largada”. Então, ou a gente se unia, se fortalecia e não soltava a mão, independentemente de qualquer coisa, ou a gente ia jogar cada uma por si sem ter construído nenhum vínculo afetivo. Isso fez com que a gente se unisse e, depois que de fato viramos amigas, isso acabou crescendo. Nossos sentimentos umas pelas outras eram independentes das discussões, das brigas. Era entre tapas e beijos, mas a gente se apoiava muito. Sempre tentamos colocar uma a outra para cima, dizendo que iríamos conseguir. Fomos eliminadas praticamente juntas, uma seguida da outra, e chegamos quase à final do BBB. Fomos a final feminina! Eu, Natália e Lina fomos o “Top 3” das meninas. É uma vitória também. Mesmo não sendo a campeã, para mim, eu já ganhei. Fui a última mulher a deixar o programa, fiquei o máximo que eu podia ficar, curti tudo que eu podia curtir… Foi incrível!

Teria feito algo diferente no confinamento, olhando para trás?

Talvez no início. Se eu tivesse dado o start um pouco antes, talvez eu tivesse conseguido viver muitas mais experiências positivas, talvez chorado menos… Mas, ao mesmo tempo, eu acredito que se tudo está assim foi devido a esse momento tenso que eu tive que passar lá dentro para construir essa nova Jessi, essa Jessi que fala mesmo, que batia de frente, que respondia na hora que tinha que responder. Então, o sentimento é de que talvez eu mudaria um pouco o início, também, o de estar conformada com o que aconteceu porque foi importante. 

Que aprendizados leva do BBB?

Lá dentro a gente desconstrói um monte de coisas e reaprende outras. Muitas coisas eu fui pensando de uma forma e mudou quando eu ouvi outras pessoas falarem, vi diferentes contextos. Isso me transformou muito. Não tem como entrar no BBB e sair sendo a mesma pessoa. Falamos sobre o Scooby e ele, por exemplo, trouxe para mim uma nova visão sobre a vida, sobre ver as coisas de forma mais positiva. Ele sempre falava sobre a metade do copo, o meio cheio. E uma das coisas que eu vou trazer comigo é essa leveza, sempre acreditar que o melhor vai acontecer, que nada é o fim do mundo e, se não der para resolver algo, a gente faz outra coisa… É sobre ser paciente com as coisas que a vida traz, ter calma e tentar resolver da melhor forma possível. O BBB é incrível, a melhor experiência de todas!

Dia Nacional do Livro Infantil: 6 livros para presentear crianças negras

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Ilustração: Aldo Fabrini

Hoje, 18 de abril, é o Dia Nacional do Livro Infantil. Para comemorar esse dia, selecionamos 6 livros escritos por autores negros para ler e presentear as crianças negras.

Os livros com representatividades negras e histórias sobre a cultura do povo negro na diáspora ou no continente africano, fortalecem a autoestima das crianças e ajudam no combate ao racismo. Confira a lista:

1 – E Foi Assim Que Eu E A Escuridão Ficamos Amigas

O segundo livro escrito pelo rapper Emicida, fala em versos, sobre como é precisa coragem e determinação para superar o medo que por vezes podem nos paralisar. Uma menina tem medo da Escuridão. Quando chega a noite, vem a preocupação e a ansiedade: afinal, o que o escuro pode esconder? O que ela nem imagina é que, do outro lado, a Escuridão também é uma menina — cujo maior medo é a claridade, e todo tipo de coisa que se revela quando nasce o sol.

2 – Sulwe

A obra escrita pela atriz Lupita Nyong’o, conta a história da pequena Sulwe, uma criança queniana que nasceu “da cor da meia-noite” e que só deseja ser bonita e brilhante, mas tudo muda quando ela recebe a visita de uma estrela cadente, enviada pela Noite. O livro reflete a importância da aceitação e da autoestima de uma criança negra e ganhará uma animação musical produzida pela Netflix.

3 – O pequeno príncipe preto

O Pequeno Príncipe Preto vive em um minúsculo planeta com a sua única companheira, a árvore Baobá; Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O ator e escritor Rodrigo França, se inspirou no clássico ‘Pequeno Princípe’, para ressignificar a história com uma criança negra como protagonista.

4 – Da cor que eu sou

Primeiro livro lançado pela influenciadora digital Andressa Reis, conta a história da criança Maria. Ela sempre soube que as pessoas existem no mundo em diversos tamanhos, formas e cores. Por isso estranhou quando sua melhor amiga, Júlia, lhe presenteou com um desenho um tanto quanto estranho. A obra entra no universo da diversidade e destaca a beleza que existe nas nossas diferenças.

5 – Sinto o que sinto – e a incrível história de Asta e Jaser

Esse livro é perfeito para as crianças fãs do Mundo Bita, já que o protagonista do livro é o Dan, também personagem do desenho infantil. Na história, ele precisa aprender a lidar com a diversidade de sentimetnos e se conecta com a jornada dos seus antepassados Asta e Jaser. O livro foi escrito pelo ator e diretor Lázaro Ramos.

6 – Meu crespo é de rainha

Esse clássico publicado pela escritora bell hooks em 1999, apresenta diferentes penteados e cortes de cabelo crespo às meninas negras para valorização e autoestima do cabelo natural, em forma de poesia.

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