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Diego Moraes luta por títulos como carateca e pelo reconhecimento como jornalista da Globo

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Foto: Pedro Gomes

No novo episódio do nosso podcast ‘Fala Diversas’, apresentado pela jornalista Silvia Nascimento, recebemos o repórter Diego ‘San’ Moraes da TV Globo, que encantou muita gente, especialmente, durante a cobertura das Olímpiadas de Tóquio, no ano passado.

Há 13 anos na Rede Globo, o repórter conseguiu emplacar a série ‘DiegoSan’ no Esporte Espetacular, para unir suas duas paixões, como jornalista e atleta.

A série com 34 episódios, ao longo de quatro temporadas, foi estreada em 2017 e acompanhou a trajetória do Diego, de tentar realizar o sonho de tornar um atleta olímpico e o deixou conhecido em nível nacional. Mas foi eliminado na última fase da disputa pela vaga, em Portugal, e não foi às Olimpíadas como atleta.

A vida de carateca

Fã do filme Esporte Sangrente, Diego com 6 anos teve vontade de fazer capoeira para praticar os golpes que assistia. Mas como não tinha esse esporte em Macaé, interior do Rio de Janeiro, onde morava, começou a treinar karatê. Mas teve que parar aos 18, quando já tinha entrado na seleção brasileira.

“O karatê não era um esporte olímpico, eu não tinha apoio, eu não tinha patrocínio e aí fui investir nos estudos, que um futuro mais promissor”, relembra.

O atleta só retornou ao tatame depois de onze anos, quando o esporte foi reconhecido como uma modalidade olímpica. Em busca pela vaga olímpica, ele já notava que quase não via pessoas negras de alto rendimento, escaladas nas Olimpíadas. E o Diego tem triunfado no karatê.

“Hoje eu sou o número um do ranking do Brasil pelo terceiro ano consecutivo. Estou na seleção brasileira pelo quarto ano. São quatro anos de seleção brasileira. Eu voltei em 2017, peguei a seleção 2019. Esse ano, em abril eu tenho o Sul-Americano no Equador. E no último campeonato mundial fiquei em nono (lugar), eram 50 a 60 atletas na minha categoria, e no ranking eu sou o número 34 no mundo, de 600 ranqueados”, comenta.

Agora, Diego San começa se preparar para se despedir novamente do karatê.”Estou pra encerrar em algum momento a minha carreira dentro do esporte porque é muito difícil conseguir a chegar da melhor maneira possível. Eu não estou falando de um de uma aula, de um treino que eu vou fazer apenas pro condicionamento físico. Eu estou falando de alto rendimento, competições internacionais, competições de nível nacional muito alto”.

E ressalta: “Não é só treinar, é treinar pra vencer, treinar pra estar no topo, treinar pra estar no pódio. Então exige um desgaste muito maior. Então com trinta e três anos e tendo uma divisão de funções que é difícil”.

Agora o karatê se tornou um meio do Diego esquecer os problemas do dia a dia. “Karatê pra mim é minha válvula de escape do meu trabalho, da pressão do trabalho, dentro do jornalismo. Eu vou treinar uma vez ali por dia, durante cinco dias por semana. Até o ano passado eu treinava e fazia dez treinos por semana. Agora tem sido 3 dias por semana. São menos competições, menos cobrança em relação ao resultado, mais estou ali no treino para curtir aquele momento”.

Ser um repórter negro e atleta

Antes de se tornar o Diego San, o atleta relembra um dia delicado no ambiente de trabalho. “Um belo dia me me falaram assim ‘Diego, você pode ficar tranquilo que nessa onda de demissões, por exemplo, você não vai sair porquê que igual você, só tem você’ e aí a referência ‘preto só tem você'”, diz chateado.

Para o repórter, se fosse para receber uma promoção, ouviria “Você é o último das opções na hora de ser escalado pra alguma coisa, mas você não vai ser demitido.”

Nesse momento, Diego diz que respirou fundo e disse “Só tem eu, mas eles não fazem ideia que escolheram o preto errado” e criou o Diego San no ano seguinte.

Apesar das dificuldades de ser um atleta olímpico, Diego vê mais injustiças raciais no meio corporativo, do que no esporte. “Na hora do tatame, se eu fizer três, quatro, cinco vezes mais que o adversário, existe uma chance de eu conseguir ganhar, que é muito diferente às vezes do meio profissional, porque você vai depender de alguém e precisando de alguém pra te dar uma puxada”, desabafa.

Antes de ir à Tóquio, Diego relembra a exclusão na cobertura da Olimpíada de 2016. “Eu fiquei de fora do principal planejamento da escala da reportagem. Em 2015, eu fui o repórter que mais fez o Globo Esporte do Rio de Janeiro. Eu já tinha feito uma série olímpica. Mesmo assim, eu fiz algumas reportagens e cobri um ouro, que foi do Robson Conceição no boxe e consegui uma exclusiva”.

E ainda assim, a escalação foi difícil. “Meses antes das Olimpíadas, ainda duvidavam da minha capacidade, pelo fato de eu ter dividido o trabalho entre jornalista e carateca, e eu nunca deixei de ser repórter”, diz.

E em como qualquer outro ambiente, a falta de profissionais negros na cobertura televisiva foi notável na cobertura.”Em 2021, eu fui o único repórter negro dentro da escala que foi pra Tóquio. Existe a Karine Alves que é apresentadora, do canal fechado SporTV. Eu era o único da TV aberta”.

Diego San conquistou o público na cobertura jornalística nas Olímpiadas no ano passado, foi reconhecido e valorizado entre os atletas, mas ainda se sente desvalorizado no trabalho.

“A gente é posto à prova o tempo inteiro. E quando você precisa de outras pessoas pra validar o seu próximo passo e se essa pessoa acha que por você ser negro, você não tem capacidade de conseguir, você não vai dar o próximo passo. Você depende dela”.

“Dentro do meu ambiente de trabalho, o meu reconhecimento foi mínimo. Se fosse uma pessoa branca eu ia estar no topo da reportagem”, afirma. “A partir do momento que acabou os jogos, eu fui praticamente escondido”.

Hoje, Diego San integra a equipe do podcast Ubuntu Esporte Clube, feito exclusivamente por jornalistas negros e com entrevistados negros.

Em luto pela jovem Raquel Antunes, Manoel Soares anuncia que não desfilará no carnaval 2022

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Foto: Reprodução / TV Globo.

O apresentador do ‘Encontro’, Manoel Soares, utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (22) para informar que não irá desfilar no carnaval 2022. A decisão foi tomada após a confirmação da morte de Raquel Antunes da Silva, menina de 11 anos que foi imprensada por um carro alegórico da escola ‘Em Cima da Hora’, no Rio de Janeiro. A fatalidade aconteceu na última quarta-feira (20), durante o primeiro dia de desfile das escolas de samba.

“Respeito quem decidiu ir para avenida por acreditar que esse ato é uma homenagem ao amor que Raquel tinha por essa cultura que tanto nos orgulha. Minha decisão é pessoal, mas quero agradecer a família do Salgueiro pelo convite e saibam que o enredo desse ano é sobre essa nossa luta também“, escreveu Manoel nas redes sociais. “Aos dirigentes da liga e escolas de samba peço que repensem a estrutura porque uma festa tão linda não pode ser manchada com sangue de inocentes. As entidades não tem culpa da morte, mas tem responsabilidades no contexto de prevenção e isso não pode ser ignorado“.

Manoel desfilaria nesta sexta-feira (22) pela Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

O caso de Raquel Antunes da Silva

A jovem Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, morreu no início da tarde desta sexta-feira (22)  após ter sido imprensada entre um poste e a alegoria da escola de samba ‘Em Cima da Hora’. Ela chegou a ser socorrida, passou por uma cirurgia, perdeu a perna direita, mas acabou não resistindo. Os médicos relataram que Raquel sofreu um traumatismo no tórax e uma parada cardíaca.

Foto: Reprodução.

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA) emitiu uma nota de pesar sobre o caso, relatando que todas as medidas estão sendo tomadas em colaboração com as autoridades. “É com extremo pesar que a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro recebe a notícia da morte de Raquel Antunes da Silva. A direção da Liesa está consternada e se solidariza com a família e amigos de Raquel“, informou o comunicado. “A Liesa segue colaborando com as autoridades e reforça que para os desfiles que estão sob sua responsabilidade, os do Grupo Especial, as escolas estão preparadas para utilizar escolta dos Carros alegóricos da saída do Sambódromo até o retorno à Cidade do Samba e também na ida dos carros para a Marquês de Sapucaí”.

Até o momento de publicação desta matéria, a escola de samba ‘Em Cima da Hora’ não se pronunciou sobre o caso.

Mané pelado: o bolo de mandioca cremoso de nome engraçado

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Foto: Aline Chermoula

Este bolo de mandioca de tabuleiro cremoso, que traz o irresistíveis trio, mandioca, coco e queijo. No título traz o inusitado nome que se explica através de várias lendas. Se as lendas são verdade ou não, o fato é a receita é a receita de Mane Pelado é uma verdadeira iguaria.

Um vendedor encalorado
A história de origem desse nome é tão inusitada quanto o prato em si, pois vem de um vendedor ambulante que ficou famoso em Goiás e uma de suas características serviu para batizar essa receita típica do estado.
O que conta a lenda popular é que a receita dessa delícia foi criada por uma moradora de Goiás que fazia o bolo de mandioca e o seu marido Manuel saia pelas ruas vendendo a iguaria. 
Devido ao calor escaldante do cerrado, Manoel (ou mané como era chamado) fazia suas vendas de bolo de mandioca sempre sem camisa, e assim não foi difícil imaginar onde veio a inspiração, não é mesmo? 
O bolo de mandioca passou a ser conhecido como o bolo do mané pelado até virar apenas mané pelado como é até hoje.Outra lenda muito popular na região sudeste e centro-oeste do Brasil, a lenda diz que o nome do bolo é uma homenagem a um agricultor que tinha o hábito de colher mandiocas sem uso de roupas. Curioso, né?  

Vamos à receita

INGREDIENTES
• 500 g de mandioca descascada
• 1 ½ xícara (chá) de queijo meia-cura ralado grosso
• 1 ½ xícara (chá) de coco ralado seco em flocos (cerca de 100 g)
• 3 ovos
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 60 g de manteiga derretida
• ¾ de xícara (chá) de leite de coco (cerca de 200 ml)
• ½ xícara (chá) de leite
• manteiga e farinha de trigo para untar e polvilhar a assadeira

PREPARO
• Preaqueça o forno a 180 ºC (temperatura média). Unte com manteiga uma assadeira de 33 cm X 22 cm. Polvilhe com farinha de trigo, chacoalhe para espalhar e bata na pia para retirar o excesso.
• Passe a mandioca pela parte grossa do ralador, transfira para uma tigela e cubra com 2 xícaras (chá) de água. Deixe de molho enquanto separa os outros ingredientes.
• Numa tigela pequena, quebre um ovo de cada vez e transfira para uma tigela grande – se um estiver estragado você não perde a receita. Junte o açúcar, o sal, a manteiga e misture bem com um batedor de arame, até formar um creme ralo.
• Passe a mandioca por uma peneira e aperte bem com uma espátula para retirar a água. Junte a mandioca na mistura de ovos, acrescente o coco, o queijo ralado, o leite e o leite de coco. Misture com a espátula apenas para incorporar os ingredientes – o resultado é uma massa mais líquida com pedaços de mandioca, queijo e coco.
• Transfira a massa para a assadeira e nivele com a espátula. Leve ao forno para assar por cerca de 1 hora, ou até dourar. Retire do forno e deixe esfriar completamente antes de cortar os pedaços e servir.

A mandioca é uma planta com grande importância mundial, sendo capaz de aumentar a segurança alimentar em países em desenvolvimento. Sua raiz armazena uma grande quantidade de amido, portanto, é uma importante fonte de energia. Além disso, a raiz da mandioca é rica em cálcio, fósforo e vitamina C.

O Dia Nacional da Mandioca, comemorado nesta sexta-feira (22), marca um dos produtos mais presentes na mesa e na vida dos brasileiros, símbolo da cultura alimentar do país. Nativa do Brasil, a mandioca é a base da alimentação de várias comunidades tradicionais e em todo o território do país.

Maju Coutinho comemora estreia no carnaval da Globo: “Reencontro com minha ancestralidade”

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Foto: João Cotta / Globo


Com transmissão nas redes da Globo, nos dias 22 e 23 de Abril, entram na avenida as escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A novidade deste ano fica por conta de Maju Coutinho, que estreia como apresentadora do especial, ao lado do veterano Alex Escobar, tendo ainda a companhia dos comentaristas Milton Cunha e Pretinho da Serrinha. “A expectativa pela retomada do Carnaval é grande. Estou muito alegre com esse reencontro com a minha ancestralidade, chego pisando devagarinho, mas muito feliz com essa oportunidade de apresentar essa festa grandiosa”, celebra Coutinho.

Considerando o carnaval como um período de ancestralidade, negritude e força, Maju Coutinho conta, em entrevista, detalhes sobre suas experiências e os momentos inesquecíveis do período festivo.


Qual a importância do samba e do Carnaval para a cultura brasileira? E também para as comunidades?

Maju: O Carnaval é a expressão máxima da cultura brasileira, manifestação cultural mais importante desse país, está no DNA do povo brasileiro e traz a ancestralidade preta. O Carnaval não alimenta só a alma dos integrantes das escolas, ele também é uma indústria que coloca comida na mesa de muita gente que passou por um período difícil nessa paralisação por causa da pandemia e mostrou resiliência, porque continuou na luta. Muitas escolas apoiaram a comunidade, apesar de não haver a festa, então esse retorno é importantíssimo para alimentar também o espírito carnavalesco e para movimentar essa indústria que é a nossa Hollywood.

Maju Coutinho estreia como apresentadora do Carnaval da Globo. Foto: João Cotta / Globo.

O que é carnaval pra você?

Para mim, Carnaval é ancestralidade, negritude, força, alegria, disciplina e devoção. Quem acompanha de perto a preparação das escolas de samba acredita em como aquilo é quase uma seita. Eu diria até que é mais forte do que a emoção e a comoção do futebol, pelo que eu percebi nas visitas que fiz aos barracões e às quadras. Pra quem vê de fora, é a festa, a leveza, a alegria, mas pra quem vê de dentro, vê muita disciplina, as pessoas seguindo ordens, cumprindo, fazendo com amor. É incrível ver a capacidade de coesão sem ponto eletrônico, uma galera interagindo, fazendo aquilo acontecer. É mágico.

Cite um carnaval inesquecível pra você:

Eu costumo lembrar dos sambas que me marcaram, e acho que esse marcou muita gente: ‘Peguei um Ita no Norte’, do Salgueiro, de 1993. Um carnaval que eu não lembro de ter assistido, mas que está na memória também por conta da sonoridade é ‘Bum Bum Praticumbum Prugurundum’, do Império Serrano, de 1982, e os carnavais de São Paulo, porque eu sou paulistana. Eu ia à quadra da Nenê de Vila Matilde e tenho a lembrança da quadra da escola mais do que o desfile na avenida. Aquela bateria chegando na minha alma é inesquecível na memória carnavalesca de quem é paulistana.

Maju Coutinho e Alex Escobar. Foto: João Cotta / Globo.

Depois de dois anos de espera, você acha que esse carnaval será memorável, um dos maiores de todos os tempos?

Eu acho que depois desse período de quase dois anos de paralisação por causa da pandemia, o retorno da festa tem tudo para ser inesquecível, como relatam ter sido o carnaval de 1919 após a pandemia da gripe espanhola. E todos cairão com avidez, com voracidade, para aproveitar essa retomada. E é muito curioso, porque percebemos isso nos barracões que eu e o Alex Escobar visitamos. Vários integrantes das escolas falam que não vão cantar o samba, vão berrar e tirar esse engasgo após a paralisação.

Os trabalhadores que fazem o carnaval acontecer

Numa preparação intensiva para apresentar os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio, Alex Escobar e Maju Coutinho visitaram todos os 12 barracões das agremiações na Cidade do Samba, se aproximaram da classe trabalhadora diretamente ligada à feitura do maior espetáculo da Terra e fizeram um ensaio fotográfico para homenageá-los.

Maju Coutinho e Alex Escobar. Foto: João Cotta / Globo.

No ensaio, os dois assumiram, com reverência, o posto de costureiras, aderecistas e conferiram de perto a trabalho de soldadores. Nas agremiações uma verdadeira romaria aconteceu a cada visita. “Esse é o meu 9º carnaval como âncora das transmissões, mas neste ano com uma diferença fundamental, que é o fim da espera. Todas as escolas estão muito entusiasmadas, mas agora está mais do que o normal, numa ansiedade pela volta do desfile. E junto com isso temos a chegada da Maju. Ela, como mulher preta, gera uma identificação. Quando ela chegava nas escolas, o povo preto queria dar um abraço, tirar uma foto, recebê-la de braços mais abertos ainda. Ela é encantadora, cativa todo mundo”, elogia ele sobre a colega, que faz sua estreia na transmissão dos desfiles.

Maju Coutinho, Alex Escobar e demais trabalhadores do carnaval 2022. Foto: João Cotta / Globo.

“Procurei absorver aquela energia, sentir o que se passa na cabeça de cada um desses operários do samba e foi muito especial. Entre todos os envolvidos com o carnaval, eles foram os que mais sofreram com a pandemia. Deu pra sentir a força do motorista que leva o carro até a Avenida, que é uma coisa inacreditável”, explica Escobar. Maju faz coro sobre a importância de valorizar esses profissionais: “O carnaval não alimenta só a alma dos integrantes das escolas, ele também é uma indústria que bota comida na mesa de muita gente que passou por um período difícil nessa paralisação por causa da pandemia, que mostrou resiliência e seguiu na luta. Esse retorno é importantíssimo para alimentar também o espírito carnavalesco e para movimentar essa indústria que é a nossa Hollywood”.

O ‘samba abstrato’ das mulheres brancas no Carnaval 2022

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Foto: Reprodução/Instagram

Quem não se encantou com o vídeo da Mayara Lima, princesa de bateria da escola de samba Paraíso do Tuiutí (RJ), em uma sincronia de milhões no ensaio técnico na avenida, com muita desenvoltura e samba no pé?

O vídeo já alcançou mais de 5 milhões de visualizações e alertou para um problema na maioria das escolas de samba: as mulheres brancas – que não sabem sambar, ocuparem cargos de rainhas de bateria e tiraram a representatividade de mulheres negras que se dedicaram ao samba desde a infância.

https://twitter.com/sou_mayaralima/status/1504625802461253635

Uma pesquisa levantada pela Alma Preta Jornalismo com 14 escolas de samba no Grupo Especial de São Paulo, são 13 rainhas de bateria e três musas da Águia de Ouro, sendo 8 são mulheres brancas, 7 são negras e 1 é amarela.

Se as musas, que substituíram o título de rainha de bateria na Águia de Ouro, não fossem consideradas no levantamento, as mulheres brancas ainda teriam maior protagonismo entre as rainhas do carnaval. Seriam 7 rainhas brancas, 5 negras e 1 amarela.

No Rio de Janeiro segue o mesmo padrão. Das 12 escolas de samba do Grupo Especial, 6 são brancas, 5 negras, e 1 é amarela.

‘Samba Abstrato’

Com a repercussão do caso da Mayara, foi exposto que a rainha de bateria do Paraíso do Tuiutí, Thay Magalhães, pagou R$500 mil pelo posto e ela teria pedido o ressarcimento ao presidente da agremiação, Renato Thor, com as comparações de desenvoltura no samba entre ela e a princesa.

A página ‘Samba Abstrato’ tem compartilhado vídeos de musas e rainhas brancas das agremiações, que não consideram juz ao título, desde 2015. No Facebook, com mais de 24 mil curtidas, a página apresenta o objetivo do conteúdo. “Não é porque é engraçado, que não é uma análise estética da apropriação cultural no espetáculo carnavalesco”, diz na bio.

Recentemente, a comentarista política da CNN, Gabriela Prioli gerou revolta nas redes sociais ao se declarar “musa intelectual do carnaval” e considerar que estava “descontruindo estereótipos”, após ser apresentada nesta semana, como musa do Camarote N°1 da Sapucaí.

No Facebook, os membros manifestaram o repúdio contra a fala dela, e a concederam o Troféu Musa do Samba Abstrato. Até o momento, Gabriela não se manifestou sobre a repercussão negativa sobre a fala dela na web.

“Hoje a gente vê juíza, médica, pessoas que já tem a voz de destaque em outras áreas, mas que querem ser destaque nessa cultura que não tem nada a ver com essa e quer ser rainha da bateria só porque ela foi duas, três vezes no ensaio”, diz uma das administradoras da página.

E complementa, “Pra quem acompanha o Carnaval, como é o nosso caso, desde antes, quando ele era lá na avenida São João, Avenida Tiradentes e que eram praticamente apenas famílias pretas que frequentavam e não tinha TV Globo porque antes não tinha transmissão, as musas não estavam lá”.

Influenciadora Aline Borel é encontrada morta no RJ

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Foto: Reprodução/Instagram

A influenciadora digital e cantora Aline Borel, 28, foi encontrada morta com marcas de tiros nesta quinta-feira (21), na Praia do Dentinho, em Araruama, Rio de Janeiro.

Segundo o storie do amigo dela, Pedro Henrique Guerra, ela levou dois tiros no rosto e a família está aguardando a liberação do corpo no IML – Cabo Frio (Instituto Médico Legal) para o sepultamento.

Segundo a Polícia Civil, a área foi isolada e a perícia acionada. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil na 118ª DP e ainda não foi divulgado informações sobre a investigação.

Ícone da web

Os fãs estão lamentando a morte da cantora, que tanto alegrou o público com vídeos cantando músicas autorais, no estilo golpel e funk, além de músicas de pessoas famosas. A música “É Cansativa a Vida do Crente” estão entre os maiores sucessos.

https://twitter.com/groovezinho/status/1517502994148954112

Aline também já rendeu muitos memes com os vídeos engraçados que publicava nas redes sociais, mas estava afastada da internet há dois anos, quando a família anunciou o afastamento dela para tratamento a depressão.

Em um trecho da publicação no Instagram, foi dito que “Como muitos sabem, a Aline sofre de depressão há alguns anos, faz tratamento psiquiátrico e depende de remédios para ficar bem. Quando ela voltou para as redes, ela ja tinha passado por recaídas, mas estava bem de saúde. Porém, a depressão é cruel e ela teve uma recaída séria, que levou a um surto”.

Iza sobre redes sociais: “Sou medrosa e sensível”

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Iza é uma das personalidades mais admiradas nas redes sociais. Ela é linda, talentosa, mas não deixa de se posicionar quando o assunto é racismo, machismo e questões políticas. E a intérprete de “Pesadão”, consegue tudo isso sem colecionar haters, como infelizmente acontece outras cantoras da sua geração.

“Eu acho isso sensacional! Fico muito feliz. Mas assim, eu sou uma pessoa muito sensível. As pessoas falam que eu sou discreta nas redes sociais, mas na verdade eu sou muito medrosa. E muito sensível”, disse a cantora e apresentadora em entrevista à revista Marie Claire.  “Se tiver 100 comentários positivos e um negativo eu vou querer mandar mensagem para essa pessoa e dizer: vamos marcar um call? o que eu te fiz? Eu sou virginiana, e isso é uó”, comenta a artista sempre divertida em suas respostas.

Foto: @alexsantanaphotographer

Sobre comentários das postagens, a musa diz como lida com esse conteúdo para que não afete o seu mental.  “A gente quer sempre que a pessoa ache o que a gente acha! Você pode fazer o que quiser – desde que seja a minha sugestão! Isso mexe muito comigo, quando você ouve muito a opinião dos outros, perde a originalidade. Isso é normal, então a minha forma de me manter criativa foi, realmente, me afastar dos comentários”. E ela ainda finaliza com muita sabedoria: “Hoje eu tenho o reconhecimento das pessoas. Amanhã posso não ter mais e eu ficaria muito mal se esse fosse o meu único combustível”, conclui.

Serena Williams e Lewis Hamilton se unem para comprar o Chelsea

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Foto: Getty Images.

Cada um deve investir cerca de R$ 60 milhões na compra do time inglês.

Serena Williams e Lewis Hamilton estão juntos em um negócio milionário para comprar o time inglês de futebol, Chelsea. De acordo com o jornal britânico The Mirror, cada um vai investir cerca de R$ 60 milhões.

Os dois entraram como possíveis investidores na oferta de Martin Broughton, presidente da companhia aérea British Airways e ex-presidente do Liverpool, um dos rivais do Chelsea. O campeão olímpico Sebastian Coe é mais um investidor. A proposta do grupo é uma das três finalistas, mas ainda não se sabe quando a proposta vencedora será escolhida.

Hamilton disse que não tem interesse em ter um cargo fixo dentro do time, mas deseja trazer diversidade, inclusão e equidade ao time.

O Chelsea está à venda porque seu atual dono, o russo Roman Abramovich, está sofrendo sanções por sua relação direta com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, após a invasão da Rússia à Ucrânia. Por isso, ele decidiu leiloar o time.

“Meu coração está extremamente feliz”, diz WD sobre contrato com a Universal Music Brasil

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Foto: Divulgação.

O cantor e compositor WD acaba de dar mais um importante passo em sua carreira. A partir de agora, ele faz parte do time de artistas da Universal Music Brasil. O contrato foi assinado em reunião no escritório da companhia, nesta quarta-feira (20), com a presença do artista e colaboradores. 

Meu coração está extremamente feliz! Olhar para esses quase 15 anos de carreira, construídos com muito suor, muita garra e em comunidade, me faz acreditar que é possível transformarmos nossos sonhos em objetivos, mesmo que as condições não nos favoreçam. Tenho uma dívida de gratidão com todos que me ajudaram chegar até aqui. Agora seguiremos juntos, mas somando forças com a Universal Music, a GTS e todo o time que ajuda a fortalecer a voz da periferia“, comemora WD.

Em 14 anos de carreira, além de dois EPs de músicas autorais, WD já esteve presente em diversos formatos de realities de música no Brasil, entre eles “Qual é o Seu Talento”, “Ídolos” e “X-Factor Brasil”. Ele também participou do “Got Talent Uruguai”, no qual foi semifinalista e ainda teve a sua performance viralizada, inspirando outros artistas da América Latina a cantarem a canção “Eu Sou” em programas locais.

A virada de chave de WD foi quando participou da 10ª temporada do The Voice Brasil, no final do ano passado, no qual também foi semifinalista e recebeu grande reconhecimento do público. Durante a sua primeira audição no reality, por exemplo, ele interpretou a sua música autoral “Eu Sou”, emocionando todos os jurados. 

O WD é um artista talentoso, já reconhecido pelo grande público pela sua participação no The Voice. Seu talento captura o espírito brasileiro das periferias e grandes cidades, com sensibilidade e beleza únicas. A chegada do WD na GTS reforça o posicionamento da Universal Music como o principal catalizador da cena pop brasileira, em toda sua extensão e diversidade, além de fortalecer a conexão do artista com seus fãs. Seja bem-vindo a família Universal Music Brasil“, afirmou Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.

WD traz em suas canções questionamentos em torno de temas como preconceito, resistência e representatividade negra. Sua história traz muitos momentos de força e garra, fazendo com que a sua paixão pela arte seja o seu maior refúgio.

Negros em espaços de riqueza e poder: 5 séries para maratonar

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Young, Famous and African. (L to R) Annie Macaulay Idibia, Khanyi Mbau, Zari Hassan (Zari The Boss Lady) in Young, Famous and African. Foto: Mosa Hlophe/Netflix © 2022

O desenvolvimento de histórias com diferentes pontos de vista do povo preto, principalmente dentro de uma perspectiva com riqueza e poder, também faz parte de uma construção representativa em torno das possibilidades presentes no mundo. Apresentar histórias que celebrem indivíduos negros contando suas narrativas enquanto empresários bem sucedidos ou artistas de sucesso se faz cada vez mais importante para a construção de uma identidade inclusiva e possível. Nesta lista, separamos 5 séries da Netflix que utilizam histórias de negros ricos como plano de fundo para a apresentação das narrativas.

Tampa Bay à Venda

Tampa Bay à Venda. Foto: Divulgação / Netflix.

Sinopse: No litoral da Flórida, a Imobiliária Allure se destaca de todas as outras. Composta somente por mulheres negras, a agência da ex-militar Sharelle Rosado está pronta para dominar o mercado da região. Suas corretoras, que podem ser tão divertidas quanto ambiciosas, competem entre si para conquistar os melhores negócios desse luxuoso mercado. Enquanto isso, Sharelle traça grandes planos para sua imobiliária e não deixará que nada nem ninguém atrapalhe os seus sonhos.

Young, Famous & African

Young, Famous and African. Foto: Mosa Hlophe/Netflix © 2022

Sinopse: Neste reality que acompanha um grupo de jovens estrelas das redes sociais em uma espécie de novela da vida real, influenciadores famosos da música, moda e internet da África do Sul, Nigéria e África Oriental se juntam em Joanesburgo. Ao lado dos amigos e conectados, eles se aventuram em busca do amor, revivem paixões antigas e tentam reconstruir relações desgastadas. Tudo isso com muito glamour.

A Vida e a História de Madam C.J. Walker

MADAM CJ WALKER. Foto: Divulgação / Netflix.

Sinopse: A vencedora do Oscar Octavia Spencer interpreta Madam C.J. Walker, a cabeleireira empreendedora afro-americana que se tornou a primeira mulher milionária por seu próprio esforço nos Estados Unidos. Inspirada pelo livro On Her Own Ground, escrito pela trisneta de Walker A’Lelia Bundles, a série original Netflix Madam C.J. Walker  traz pela primeira vez às telas a incrível história desse ícone cultural. Contra todas as probabilidades, Walker superou o preconceito racial pós-escravidão, o preconceito de gênero, traições pessoais e rivalidades empresariais para construir uma marca que revolucionou o cuidado com os cabelos do público negro. Em meio a tudo isso, ela também lutava por transformações sociais.

Sangue e Água

Sangue e Água. Foto: Divulgação / Netflix.

Sinopse: Ambientada em uma escola de luxo na cidade de Cabo Verde, a adolescente Puleng (Ama Qamata) conhece Fikile (Khosi Ngema), nadadora famosa e aluna prodígio. O encontro faz com que Puleng passe a desconfiar da jovem atleta, acreditando que ela é, na verdade, a sua irmã mais velha, raptada logo após o parto. Puleng então se infiltra no colégio de Fikile para se aproximar dela e tentar descobrir a verdade por trás do desaparecimento de sua irmã, anos atrás.

Raio Negro

Raio Negro. Foto: The CW Network.

Sinopse: Jefferson Pierce (Cress Williams) é um homem lutando com um segredo. Como o pai de Anissa (Nafessa Williams) e Jennifer (China Ann McClain), e diretor de uma escola secundária que também serve como um refúgio seguro para jovens em um bairro invadido pela violência de gangues, ele é um herói em sua comunidade. Nove anos atrás, Pierce era um tipo de herói diferente. Dotado do poder sobre-humano de controlar a eletricidade, ele usou esses poderes para manter suas ruas da cidade seguras como o vigilante mascarado Raio Negro, mas ele deixou os dias de super-herói para trás e agora, tenta se adaptar aos novos desafios.

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