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“LUIZ GAMA NA PEQUENA ÁFRICA”, mini documentário sobre o abolicionista brasileiro ganha data de lançamento

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Foto: Marcelo Oliveira.

Estrelado por Deo Garcez e Soraia Arnoni, o mini documentário “LUIZ GAMA NA PEQUENA ÁFRICA” traz a história do jornalista, poeta e advogado abolicionista que libertou mais 500 escravos do cativeiro ilegal. Os personagens do documentário convidam o público a caminhar pelo circuito cultural e turístico conhecido como Pequena África, refletindo sobre o processo histórico de escravidão no Rio de Janeiro. As gravações foram realizadas em cinco pontos do circuito: Largo de São Francisco da Prainha, Pedra do Sal, Cais do Valongo e da Imperatriz, Cemitério dos Pretos Novos e Morro da Conceição. O documentário, produzido pela Nova Criativa Social, será lançado no dia 28 de janeiro de 2022 e ficará disponível no site oficial do projeto: https://www.espetaculoluizgama.com.br.

Foto: Marcelo Oliveira

SOBRE O ESPETÁCULO

Dirigido por Ricardo Torres, o espetáculo teatral “LUIZ GAMA: uma voz pela liberdade” retrata a importância da história de Luiz Gama para o nosso país, trazendo à tona assuntos que refletem na atualidade. Idealizado pelo ator e roteirista Deo Garcez, o espetáculo traz a força de um Brasil que luta contra a desigualdade. Soraia Arnoni passeia por diferentes personagens como apresentadora, musa inspiradora e Luísa Mahin, mãe do abolicionista.

“Trazemos um formato diferente, intitulado biografia dramatizada, que permite-nos apresentar a história de Luiz Gama e passear por alguns personagens escolhidos para contar esta história. Os temas abordados são muito atuais, o que instiga o público a discutir e participar do bate papo com os atores, proposto neste formato, após o espetáculo”, afirma o diretor Ricardo Torres.

A concepção do mini documentário foi inspirado no espetáculo “LUIZ GAMA: uma voz pela liberdade”, uma visão histórica da vida de Luiz Gonzaga Pinto da Gama. Nas cenas, o ator Deo Garcez trabalha com diálogos que evocam a luta contra o racismo e a discriminação presente na sociedade brasileira de sua época. A cenografia remete a uma ambientação clássica e intimista. Com uma mesa de canto e duas cadeiras antigas, o ator trabalha a dualidade das expressões teatrais; ora está sentado lendo, encenando momentos de reflexão e ora levanta-se para denunciar as mazelas da sociedade escravocrata. Seu movimento corporal é parte do jogo de revolta e embate envolvendo o advogado e a sociedade. Além disso, a peça traz a mãe de Luiz Gama, encenada por Soraia Arnoni.

Intolerância Religiosa: termos como “chuta que é macumba” somam quase 55 mil menções desde 2018 nas redes sociais

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Foto: Nayana Magalhães.

Neste Dia de Combate à Intolerância Religiosa, um novo monitoramento feito pela Ogilvy Brasil e Eixo Benguela evidencia o forte preconceito a religiões de matriz africana no Brasil. No atual cenário do país, as ofensas não se limitam mais a invasão e ataques a terreiros e outros templos religiosos. Com a possibilidade do anonimato da internet, o espaço virtual se tornou o grande universo para ataques às religiões. Esse é o cenário observado pela pesquisa “Intolerância Religiosa e seus Reflexos nas Redes Sociais”, estudo produzido pelo Eixo Benguela, coletivo de promoção a diversidade racial da Ogilvy Brasil, em parceria com as áreas de Data Intelligence e Social Media da agência.  

A curadoria identificou as ofensas, violências e ataques mais comuns feitos às religiões de matriz africana na internet, e não à toa, religiões como o Candomblé e Umbanda se destacaram pelo volume de menções. Os termos mais associados negativamente a elas foram “volta para o mar, oferenda”, com 34.164 menções, e “chuta que é macumba”, com 53.742 menções, no período de 2018 a 2021. Já a palavra macumbeiro (a), foi mencionada mais de um milhão de vezes (1.321.128) no mesmo período. Vale lembrar que nessa ocasião, majoritariamente, o termo é usado de maneira pejorativa, apesar de também ser usado entre os praticantes do Candomblé.

A pesquisa “Intolerância Religiosa e seus Reflexos nas Redes” foi elaborada combinando diversas ferramentas e recursos de pesquisa online. Através da Nuvem de Palavras relacionadas ao termo “intolerância religiosa” nas redes sociais, fica também evidente que a temática está diretamente ligada a assuntos como “racismo”, “crime”, e outras palavras correlatas, como “respeito” e “direitos”. Vale lembrar que o Código Penal Brasileiro tipifica em seu Art. 208 como crime a intolerância religiosa no país. 

Defensores de religiões de matriz africana marcham a favor da Liberdade Religiosa em São Paul. Agosto de 2018. Foto: Sérgio Silva / Ponte Jornalismo.

Fora da internet, o cenário de preconceito religioso se repete. Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, os boletins de ocorrência sobre discriminação religiosa somaram 261 registros no segundo semestre de 2020. Esses são os dados mais atualizados disponíveis pelo Disque 100, canal federal de denúncias. Vale lembrar que cada Estado brasileiro tem secretarias específicas que também recebem denúncias. O Candomblé lidera a lista de vítimas (23%), seguido pela Umbanda (14%), Catolicismo (14%) e Espiritismo (12%).   

REAÇÃO E REFLEXÃO

Mais do que evidenciar as formas de violências e agressões às religiões de matriz africana presentes nas conversas nas redes sociais, o estudo tem objetivo de trazer impacto positivo para o Dia do Combate à Intolerância Religiosa. Segundo Nancy Silva, gerente de estratégia de conteúdo da Ogilvy, e integrante do coletivo Eixo Benguela, a principal missão é sensibilizar sobre a importância de debates mais saudáveis e de mais respeito em relação a fé.    

“Chegamos à conclusão de que a maioria das conversas sobre intolerância religiosa na internet são estimuladas por notícias ou situações envolvendo violência, ataques e crimes, sobretudo, em relação as religiões de matriz africana. Essas conversas, combinadas ao preconceito racial e o clima polarizado das redes, apenas fortalecem o ciclo da violência”, pontua.  

Como forma de informar possíveis vítimas em relação aos seus direitos, o levantamento traz ainda informações de órgãos públicos, da Constituição Federal e do Código Penal que amparam as pessoas em relação ao seu direito de expressar sua fé. 

“O Dia de Combate à Intolerância Religiosa nunca foi debatido como data de reflexão.  Até porque descobrimos através do interesse das pessoas em buscas no Google que há muita dúvida para entender o termo ‘intolerância religiosa’. A proposta com o estudo é trazer a conversa de forma construtiva e educativa, inspirando uma troca mais respeitosa e empática. A fé é uma escolha muito íntima e um direito que deve ser exercido de forma livre, como é assegurado pela constituição”, finaliza Nancy.

O Dia de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro) foi criado no Brasil em homenagem a todas as pessoas, que assim como Mãe Gilda, sacerdotisa do Ilê Axé Abassá de Ogum, foram vítimas de violência verbal, física e patrimonial.

Linn da Quebrada e sua entrada no BBB22: a arte política no corpo arte

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Linn, e arte de sua camiseta representando Anastacia

A entrada da artista Linn da Quebrada no Big Brother Brasil foi triunfal. Ela desfilou com seu corpo negro de travesti (identidade que a mesma utiliza), o que por si só já um ato político importante. Mas ela não parou por aí. Ela estava vestida com uma blusa com a imagem de Anastácia. Sob os olhares de milhões de espectadores, do Brasil e do mundo, Linn comunicou a liberdade.

A roupa escolhida por Linn para ser usada na sua estreia no reality show, que ocorreu na última quinta-feira, dia 20 de janeiro, já estava separada há tempos. A camisa faz parte do projeto Monumento à Voz de Anastácia do artista visual Yhuri Cruz. Os dois já estavam construindo a ideia da roupa exclusiva desde dezembro, conforme relatou Yhuri (que também é escritor e dramaturgo) em suas redes sociais. O projeto, na sua pluralidade, desenvolveu-se em 2019, para “monumentalizar a boca insubmissa vedada pela história”, conforme apresentou seu idealizador. Ainda de acordo com Yhuri Cruz, o trabalho pode ser encontrado no Instituto Moreira Salles de São Paulo na exposição “Carolina Maria de Jesus – Um Brasil para os Brasileiros” e na “Protagonismo”, no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) no Rio de Janeiro. Também podemos encontrá-lo em livros didáticos, e ele continua sendo distribuído gratuitamente como santinho e comercializado na versão de colecionador. 

Você poderá olhar para a camisa e pensar que já viu essa imagem em algum lugar. No esforço de se lembrar (talvez bem-sucedido), você notará que há algo diferente na obra de Yhuri em que ele representa Anastácia, como ficou conhecida a negra escravizada de olhos azuis com uma máscara de tortura sobre a boca. De maneira brilhante, o artista apresenta a negra sem o instrumento de tortura e com um lindo sorriso.

O retrato de Anastácia original é uma imagem penetrante, densa, e ecoa as violências e violações do sistema escravista a que gerações de africanos foram submetidos. São muitos os mistérios que cercam a história dessa mulher com olhos marcantes. A escritora e artista interdisciplinar portuguesa Grada Kilomba, no livro Memórias da Plantação, mostra algumas versões do passado de Anastácia. Alguns dizem que ela pertencia à realeza Kimbundo, nascida em Angola, captura e levada por uma família portuguesa para a Bahia na condição de escravizada. Anos depois a família portuguesa retornou para o país de origem, e na ocasião ela teria sido vendida e foi trabalhar na produção açucareira. Outros afirmam que ela foi uma princesa iorubá e que foi sequestrada por traficantes de escravos europeus e enviada para o Brasil na condição de cativa. Outros ainda alegam que ela nasceu na Bahia mesmo. Não sabemos seu nome africano. Pois Anastácia recebeu esse nome ao entrar no sistema escravista.

O motivo que a levou a carregar a máscara também é um mistério, restam apenas hipóteses. Dizem que ela teria recebido a máscara como castigo após ter arquitetado a fuga de outros escravizados, há relatos de que sua sinhá, por ciúme dela com o senhor e por conta da beleza de Anastácia, teria colocado o instrumento de tortura. Há descrições de que ela haveria resistido à violência sexual do senhor e, irado, ele teria feito ela submeter-se a esse castigo. São muitas as narrativas das supostas razões. Por trás desse passado incerto há alguns fatos. Anastácia era considerada santa pelos demais escravizados. O retrato foi feito no início do século XIX por um francês. Foi no século XX que ela se tornou símbolo da luta contra a opressão colonial e da luta antirracista. Anastácia é uma personagem política e religiosa. Hoje está em terreiros (de candomblé e umbanda) e igrejas católicas, ou seja, no centro de devoções negras. Muitas vezes recebe homenagens junto com os Pretos Velhos, nas festas de maio, mês da abolição da escravização no Brasil. De escravizada a santa, Anastácia ganhou este título dos devotos. A vontade e a voz do povo sacralizaram uma mulher marginalizada pelo colonialismo.

 A máscara que cobre a boca do sujeito negro escravizado pode ser entendida como a materialização do silenciamento. Uma peça que expressa o projeto colonial europeu que vigorou no Brasil por mais de trezentos anos. A máscara que a impede de comer e falar sinaliza o poder colonial de dominação e tortura. Contra esse regime brutal de silenciamento e apagamento sistemáticos, santas emergem. Os brancos só tentaram calar Anastácia e tantas outras Anastácias porque sua voz, seu rosto e seu corpo eram e são potentes, são instrumentos poderosos de transformação social.

O nosso silêncio, eles não dominam. Eles têm medo do que podemos fazer quando falamos/cantamos. Eles já não podem nos proibir de ser, de existir. Quando o corpo negro travesti aparece num meio de comunicação de massa desfilando, por si só e por tudo que esse corpo representa ele já fala, já grita, e a mensagem é: liberdade.

texto por: Débora Simões, professora, historiadora e doutora em antropologia social

Nego Di fala, pela primeira vez, sobre denúncia feita ao MP sobre ele; comediante debochou de vídeo íntimo vazado de Natália Deodato

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Reprodução/TV Globo

Nego Di foi denunciado a o Ministério Público e teve sua conta na rede social suspensa após fazer comentário sobre o vídeo íntimo vazado de Natália Deodato, atual participante do BBB 22.

A moça que está confinada, teve um vídeo jogada nas redes sociais em que fazia sexo oral em uma pessoa. Muitos internautas pediram pela finalização de divulgação do vídeo, pedido esse que foi atendido e o vídeo foi retirado do ar. Contudo, o comediante Nego Di falou sobre o ocorrido e fez um comentário preconceituoso em relação a sister: “Que goela bem aveludada, hein, morena! Curiosidades do dia: eu não sabia que Dálmata gostava de chimarrão”, disse Nego Di, referenciando o vitiligo de Natália.

Quem foi o autor da denuncia no MP foi o policial militar e vereador Gabriel Monteiro. “Que Nego Di é um comediante sem graça, vilão do humor, isso é mais notório que sua impopularidade. Hoje deliberadamente começou a ofender implicitamente a Natália, a chamando de ‘Dálmata’ por sua doença vitiligo e detalhe: achou bonitinho o vídeo dela ser vazado”, comentou ele em seus perfis nas redes sociais.

Nego Di responde sobre acusações

Nego Di tomou conhecimento das críticas de Gabriel e rebateu o político. “Teve um youtuber/vereador/‘fiasquento’ dizendo que sou criminoso e que devo ir pra cadeia, e que me denunciou ao Ministério Público. Aí fui dar uma pesquisada sobre ele, então tá aqui: esse youtuber/vereador já foi expulso da Polícia Militar por deserção, já foi penalizado por porte de arma fora de serviço, faltas injustificadas, quebra de hierarquia, bastante coisa, hein!”, disse o humorista.

“Se eu sou criminoso, o que sobra pra ti, Gabriel Monteiro? Em que momento tu trabalha? Em que momento tu exerce a sua função? Transfobia não é crime, é tranquilo?”, questionou Nego Di, em referência a uma situação em que Gabriel foi acusado de transfobia por se recusar a se referir a uma mulher trans como pronome feminino.

Entenda por que é crime o compartilhamento de vídeos íntimos nas redes sociais:

Cantando até o fim: Elza Soares gravou DVD dois dias antes de sua morte

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A cantora Elza Soares deixou um DVD de memórias gravado dois dias antes de morrer nesta quinta-feira, de acordo com Pedro Loureiro, empresário da Cantora, e Mestre da Lua, seu percussionista há cinco anos.

Elza também deixou dois documentários sobre sua vida e obra, além de um disco de inéditas sobre a crise política brasileira. 

O DVD, que será lançado em março, é uma coletânea dos maiores sucessos da carreira de Elza. Ao todo, 16 músicas fizeram parte do repertório das gravações, que ocorreram entre segunda (17) e terça-feira (18) no Theatro Municipal de São Paulo.

Já o álbum, previsto para agosto, trata dos “flagelos políticos que enfrentamos no momento”, nas palavras do empresário da cantora. “Elza queria lançar este álbum antes da eleição presidencial, e a vontade dela será cumprida.”

As cenas captadas no Municipal ainda farão parte de uma série documental dedicada à cantora que será lançada pelo Globoplay em junho. Outro documentário, este sem previsão ou local de estreia, está em produção, segundo Loureiro.

“É claro que, aos 91 anos, ela tinha suas limitações. Mas estava muito disposta. Estava muito disponível para fazer o melhor trabalho possível”, acrescenta. “Já era planejado que este fosse seu último grande projeto.” Disse ele

“Uma mulher muito à frente do seu tempo”: famosos prestam homenagens à cantora Elza Soares

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Foto: Daryan-Dornelles

A notícia do falecimento de Elza Soares pegou todo mundo de surpresa. Através das redes, diversos artistas, celebridades e personalidades prestaram homenagem à eterna cantora. A atriz Taís Araújo escreveu através de suas redes: “Eu honro Elza Soares. Honro a mulher, a artista, a cidadã, a amiga. Ela é foda! Sempre foi e sempre será! Dura na queda, nos ensinou a levantar a cabeça a cada tombo e depois seguir. Nos ensinou que é a gente quem leva a vida, que o comando é nosso e quando a gente perde o rumo, cabe a nós mesmos encontrar o caminho de volta“, completou.

O ator Babu Santana também prestou homenagem à Elza: “Uma mulher potente muito à frente do seu tempo nos deixou nesta quinta-feira, aos 91 anos. Pioneira na música, referência internacional com uma voz e história marcante que se vai deixando um legado que não morre, porque Elza não foi, Elza é, e sempre será! Muita luz para ela!“, escreveu.

A cantora Ludmilla declarou momento como uma “perda irreparável”: “Que perda irreparável! Elza fez história como mulher preta e como artista. Todo o meu respeito e meus sinceros sentimentos. Sem ela, muitas de nós não estariam onde estão. Descansa em paz, Deusa Elza”, escreveu via Instagram.

Abaixo, você confere demais homenagens:

Elza eterna: documentários e a biografia autorizada sobre uma das maiores cantoras do planeta

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“A mulher do fim do mundo”, Elza Soares faleceu de causa naturais nessa quinta-feira (20) aos 91 anos e vai deixar muito mais do que saudades.

Com voz de jazzista americana e samba nas veias, a originalidade da sua arte fez história para além da indústria nacional. Ela foi considerada a cantora do milênio pela BBC, um dos principais canais de televisão britânicos.

Seu livro biográfico mais conhecido foi escrito pelo jornalista Zeca Camargo. “nunca conheci uma mulher como ela, uma mulher que me inspirasse tanto e que inspirasse tantas pessoas. Alguém que teve uma biografia onde tudo dava errado. Elza não deveria ter existido.  A vida jogou contra Elza Soares a vida toda”, disse Camargo ao noticiar a morte da cantora em seu perfil no Instagram e complementou: “quanto mais ela ouvia não, mais ela se fortalecia”.  A obra foi a única biografia autorizada sobre Elza Soares, lançada em 2018.

No streaming

Elza vive e precisamos conhecer sua história. Para quem não tem acesso aos livros há duas opções.

My name is Now no Amazon Prime Vídeo
Clique aqui para acessar:

Elza Infinita – Globo Play
Clique aqui para acessar

O Gingado da Nega – Globo Play

Clique aqui para assistir

Bilionário implanta primeira fábrica de vacinas contra COVID-19 da África

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Imagem:

“Venha para casa, vamos fazer isso acontecer” disse o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a Patrick Soon-Shion. Com fortuna estimada em 10 bilhoes de dólares, de acordo com a Bloomberg, o bilionário, que vive nos Estados Unidos, irá implantar na Cidade do Cabo, África do Sul, uma fábrica de vacinas contra o COVID-19, com meta de produzir 1 bilhão de doses até 2025, produzindo vacinas na África, por africanos, para o próprio continente, que conta com apenas 10% da população totalmente vacinada, e posteriormente exportar para outros países.

Filho de chineses que fugiram da China durante a Segunda Guerra Mundial,  Patrick nasceu na África do Sul, onde se formou em Medicina. É um renomado cirurgião, pesquisador, filantropo e cientista, além de investidor de empresas dos ramos de mídia e biotecnologia e inventor do Abraxane, medicamento de grande relevância no combate aos cânceres de mama, pâncreas e pulmão. Ciente  da importância da educação, e, para garantir um fluxo de trabalhadores qualificados, Soon-Shiong prometeu US$ 6,5 milhões para bolsas de estudos.

Sua empresa, a Soon-Shiong’s ImmunityBio, está desenvolvendo uma vacina que servirá de reforço para as vacinas anteriores e visa reduzir o quadro pandêmicos através do uso da proteína nucleocapsid no núcleo do coronavírus, já que é menos propensa a mutações. Além disso, trabalhará em medicamentos e vacinas para tuberculose, câncer e HIV.

NantSA, a unidade sul-africana da sua rede de startups do ramo de saúde, já foi estabelecida em 2020, e receberá equipamentos e tecnologia da unidade que fica na Califórnia, Estados Unidos.

“A África não deve mais ir de cabeça na mão ao mundo ocidental implorando por vacinas que eles só querem pingar de suas mesas. Vamos ficar por nossa conta.” afirma o presidente Ramaphosa.

Elza Soares morre aos 91 anos

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Foto: Divulgação.

Um dos maiores nomes da música brasileira, a cantora Elza Soares morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro.

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, informou o comunicado oficial nas redes da cantora.

“Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação”, completou anúncio. Através de sua arte, Elza inspirou uma geração inteira de pessoas através do tempo.

“A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, finalizou o anúncio oficial nas redes da cantora.

Classificado como um ‘pioneiro visionário’, Spike Lee receberá prêmio pelo conjunto de sua obra

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Spike Lee durante cerimônia do Oscar, em 2019. Foto: Getty Images.

Spike Lee receberá outro grande prêmio em sua carreira. Dessa vez, renomado diretor será reconhecido com um troféu em honra ao conjunto de sua obra no Directors Guild of America 2022 (DGA). Evento, que celebra os maiores diretores do cinema mundial, classificou Lee como um “ícone pioneiro e visionário”. “Spike Lee mudou a face do cinema, e não há uma única palavra que resuma seu significado para o ofício de dirigir”, disse Lesli Linka Glatter, presidente da Directors Guild . “Spike é um inovador em muitos níveis. Sua narrativa ousada e apaixonada construída ao longo das últimas três décadas entreteve magistralmente, pois era um espelho gritante de nossa sociedade e cultura”, completou Lesli.

A 74ª cerimônia de premiação anual da DGA em 12 de março. Até hoje, apenas 35 diretores foram homenageados com o prêmio DGA pelo conjunto da obra. Seus destinatários anteriores incluem Frank Capra, Orson Welles e Steven Spielberg. Ridley Scott foi o último a receber o prêmio, em 2017.

Ao longo de sua carreira, Spike Lee buscou explorar continuamente as relações raciais, o colorismo na comunidade negra, o papel da mídia na vida contemporânea, o crime urbano e pobreza e outras questões políticas. Dentre diversos prêmios, Lee acumula dois Oscars, um BAFTA, dois Emmy Awards, dois Peabodys e o Grande Prêmio de Cannes.

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