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Michelle Obama celebra um tipo de homem que temos esquecido: os pais negros que se sacrificam pela família

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Foto: Sage East/Revolt Midia

Michelle Obama, a ex primeira-dama dos Estados Unidos, falou sobre seu pai Fraser Robinson III e o poder que um homem negro tem sobre os filhos, durante a participação no bate-papo “REVOLT x Michelle Obama: A Conversa Entre Gerações“, junto com as cantoras H.E.R e Kelly Rowland, a supermodelo Winnie Harlow, a empresária Tina Knowles-Lawson e a radialista Angie Martinez.

“Quando penso no que meu pai, como um homem negro com esclerose múltipla, poderia ter feito – ele nunca poderia ter trabalhado um dia em sua vida, poderia ter recebido benefícios, poderia ter sucumbido à doença e ficar deprimido com isso, mas ele não o fez”, lembra a ex-primeira dama.

Foto: Reprodução/Instagram

“Ele nunca sentiu pena de si mesmo, nunca esperou que os outros fizessem por ele, e apenas o simples ato de ele se levantar todos os dias e ir trabalhar era uma declaração de que ficaria comigo todos os dias da minha vida”, diz aos prantos.

“Não há um dia que eu não pense nas lições que ele nos ensinou e como ele não está aqui para ver nada disso, e muito disso é por causa dele”, acrescenta. “Esse é o poder do que um homem negro da classe trabalhadora pode fazer no mundo, e é por isso que não quero que nenhum homem negro aqui pense que não tem algo a oferecer a seus filhos”.

Foto: Divulgação/Revolt

“O que meu pai fez foi além de dinheiro, título, influência. Eu trocaria tudo pelo que meu pai nos forneceu naquele pequeno apartamento na 74th e Euclid”, termina ainda emocionada com as lembranças.

Segundo a revista People, Fraser trabalhava em bombas na usina de água de Chicago e também atuou como capitão de distrito do Partido Democrata. Ele morreu de complicações de esclerose múltipla aos 55 anos, quando Michelle Obama tinha 27.

Opinião: Natal para quem?

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Foto: Freepik

Texto: Shenia Karlsson

Ho ho ho…

Estamos chegando em um dos momentos mais especiais do calendário anual, o Natal. O Brasil têm adotado muitas tradições além mares e adaptado aos próprios costumes, a exemplo disso comemoramos as datas de final de ano bem do nosso jeitinho, seja de acordo com a região, seja de acordo com nossa classe social, e é por isso que essa diversidade na hora de cortar o enorme peru ao redor das pessoas que mais amamos é tão interessante. É peru com farofa, com arroz e feijão, com salpicão, com maionese, sem esquecer da bendita uva passa, tão adorada para uns e odiada por outros. Comida é nutrição afetiva! Há também aqueles irmãos e irmãs que já enegreceram suas festas e optam pelo lindo Kwanza, afinal, as diretrizes fazem muito mais sentido para nós do que o tão eurocêntrico Santa Claus.

No entanto, me senti impelida a problematizar uma questão que se arrasta há séculos: quem tem direito de desfrutar de momentos especiais em família? Nós negros somos aqueles que desfrutam ou preparam momentos felizes para a branquitude? O natal é uma data sobretudo familiar, a tradição invoca um enquadramento específico e tenta a todo momento enunciar um modelo inflexível de família baseado nas crenças cristãs, a família nuclear. Para tanto é utilizado a família santa e o nascimento de Jesus Cristo encenado pelo tão famoso presépio presente na decoração de muitas residências familiares. A maior problemática em torno do natal ao meu ver é que me parece um momento especial construído somente para grupos específicos, como se os outros grupos não tivessem o direito de desfrutá-lo. 

Ademais, podemos observar como o racismo quase determina quem têm ou não o direito de curtir o natal. Como no Brasil o conceito de família é normativo, nuclear e brancocênctrico, tende-se a normalizar a felicidade de famílias brancas durante essa época do ano e naturalizar a idéia que negros não têm família estruturada, e portanto não teriam a necessidade de comemorar a data tão especial com os seus. De acordo com Lia Vainer Schuman em seu livro Famílias Interraciais: tensões entre a cor e o amor , “(…) a branquitude é o produto da história e é uma categoria relacional. Como outras, repito: não tem significado intrínseco, mas apenas significados socialmente construídos”.

Podemos a partir disso observar que o legado colonial estende-se em tempos atuais influenciando em todos os tipos de interação, e o natal é apenas um dos mais variados  reflexos de como a vida social da comunidade negra sofreu e sofre até hoje prejuízos materiais e simbólicos. A autora Angela Davis em sua obra Mulheres, Raça e Classe enfatiza a devastação da família negra no período colonial tornando uma instituição “matrifocal com primazia da relação entre mãe e criança e apenas laços frágeis com o homem negro”. Como as famílias negras foram destruídas pela violência colonial devido ao seu caráter mercantilista de vidas humanas, a desconfiguração da família negra foi-se naturalizando através dos séculos, acarretando assim a desumanização das interações. 

É possível observar o agito das famílias brancas nessa época do ano: a compra de presentes, as inúmeras festas e confraternizações, as decorações e o preparo dos cardápios. Contudo, toda a estrutura e condições para que todas essas reuniões aconteçam contam na maioria das vezes com mãos negras,racializadas e pobres. São pessoas negras nesse país que trabalham até a véspera do feriado sem ao menos ter o direito de se preparar, que chegam tarde em suas casas ou nem chegam porque estão nas portarias dos prédios, nas casas das sinhás preparando a ceia e lavando a louça, no supermercado até às 22 horas na véspera do Natal. Tudo isso para garantir o conforto e a felicidade da branquitude elitista e burguesa. Mas a fulana é quase da família, e nessa fulana nunca está com sua própria família. A sinhá olha pra empregada e pensa que família é um luxo que ela não tem o direito, essa é a verdade.

Como somos vistos como corpo trabalho e pessoas sem vínculo familiar significativo não há nenhum constrangimento em anular nossa humanidade e nem lembrar que também temos o direito a confraternizar com os nossos. Temos famílias sim, temos filhos que desejam ganhar presentes, nós temos familiares que nos esperam até a última hora da nossa chegada. Seria uma enorme hipocrisia não denunciar essa prática tão violenta mas infelizmente presente nessa sociedade racista. 

Afinal, quando teremos direito ao natal? ao descanso? à confraternização? Se depender da branquitude frágil e carente de ajuda para tudo, nunca. Deixo aqui essa reflexão séria, somos um grupo social jogados à toda sorte de precarização e no natal não seria diferente.

Shenia Karlsson é psicóloga clínica, Diretora no Instituto da Mulher Negra de Portugal, consultora de diversidade e inclusão, supervisora clínica e ativista da saúde mental.

É uma realidade dura se pensarmos que em termos de bem viver somos os últimos a poder apreciar os momentos de comunhão. 

Processos de Construção da negritude: vamos falar de responsabilidade racial

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Por Shenia Karlsson

Desde de que a luta antirracista no Brasil ganhou proeminência, pessoas negras de vários segmentos entenderam a necessidade de amplificar a discussão sobre o racismo, assim como a importância da denúncia através da disseminação das informações. É possível observar muitos artistas, influenciadores, atletas, políticos e pessoas em posição de destaque utilizando a própria visibilidade em prol dessa causa, o que é muito bom num país  carente de representatividade positiva de pessoas negras.

Nota-se hoje muitos exemplos de pessoas negras que cada dia ganham destaque, e aos poucos vamos construindo possibilidades de normatizar a presença de negros nos mais variados espaços. É claro que em termos de quantidade ainda é ínfima nossa presença nos espaços estratégicos, visto que somos mais da metade da população brasileira. No entanto, o combate está sendo feito através do discurso, da produção intelectual, das imagens, das artes e de todas as formas possíveis, afinal, temos urgências subjetivas enquanto um coletivo que até pouco tempo atrás sobrevivia num completo estado de inanição.

Por outro lado, muitos dos nossos irmãos e irmãs que a pouco tempo atrás estavam aliançados com a branquitude – e muito confortáveis por assim dizer, viram um espaço interessante para finalmente falar de suas dores, de suas necessidades e de seus enfrentamentos contra o racismo. Os mais espertos aproveitam para angariar capital social. Aqui refiro-me a pessoas negras de destaque, de influência e notoriedade, formadores de opinião, vistos como modelos para milhares de pessoas negras nesse país. Embora trate-se de pessoas, a visibilidade carrega em si uma responsabilidade maior,  ao passo em que a postura e a atitude  serão observadas.

Nosso país é extremamente controverso, especialmente quando o assunto é a construção da subjetividade negra, processo esse permeado de interdições, faltas, descontinuidades, mecanismos de negação e por consequência, a distorção dos afetos. Estamos perdidos já faz tempo, e a luta para viver em consonância com o que realmente nos faz sentido parece uma estrada longa e tortuosa. No entanto, a visibilidade tem um preço interessante, a cobrança. Frequentemente, pessoas negras influentes são convocadas a assumir responsabilidades, um comprometimento maior com sua comunidade, a ter atitudes condizentes com seus discursos. A exemplo disso, podemos destacar as relações interraciais, assunto em constante tensionamento e alvo de duras críticas.

Recentemente o cantor e ator Seu Jorge, durante sua participação no programa Roda Viva, foi indagado por uma jornalista negra como ele encara a relação interracial, as críticas sobre ter tido companheiras brancas e se já tinha se relacionado com mulheres negras. A resposta foi interessante, ele isentou-se de responsabilidade mesmo num lugar de privilégio em que poderia escolher dividir sua “sabedoria” e “bom papo” com uma mulher de sua etnia, sem contar em dividir recursos financeiros dentro de uma comunidade jogada a toda sorte de escassez, experiência essa bem conhecida pelo artista. O artista não entende, e talvez nem queira entender sua responsabilidade enquanto um homem negro que influencia outros homens negros num país racista como o Brasil.

É bem verdade que não podemos colocar na conta dos negros o ônus das relações interraciais no Brasil, sabemos que é uma herança ingrata, uma tentativa da extinção do povo negro e  foi política de estado.  A dimensão psicológica do racismo contribuiu com a introjeção da ideia de depositar afeto em figuras de opressão, os brancos, e ainda sentir-se confortável como se fosse um prêmio social. O racismo é mesmo um crime perfeito, mas o golpe taí, cai quem quer. Hoje, já não há mais desculpas, as informações servem para nos provocar reflexões importantes e adotar ações em prol de nossa existência enquanto povo negro.

Este artigo é sobre um tipo de responsabilidade não muito abordado em nossa comunidade mas que faria toda diferença em nossos processos de construção de negritude e consequentemente avanços em nossas pautas, a RESPONSABILIDADE RACIAL. Mas, afinal, o que é responsabilidade racial?

O processo de construção de negritude é dinâmico e constante, se dá concomitantemente com o processo de construção de identidade, ou seja, um processo em aberto. Nele, estão contidos vários fenômenos interessantes, dentre eles a rejeição ao ideal de ego branco,a descolonização da mente e dos afetos e o rompimento com o pacto narcísico branco. Na medida em que a consciência racial avança acontece um redimensionamento dos afetos, visto a mudança de nosso mundo interno em que as necessidades básicas mudam e caminham em direção ao que realmente faz sentido.

Na medida em que somos capazes de ressignificar a nós mesmos, nossas interações, experiências e principalmente nossos afetos – capital importante e sustentáculo do racismo, torna-se quase inviável privilegiar alianças de fidelidade  com  figuras de opressão, seja a natureza que for. A partir disso, nasce a capacidade  real de auto amor e a identificação positiva com sujeitos semelhantes a nós. Dito isto, a responsabilidade racial seria um estado constante de vigilância a fim de evitar o sequestramento de si, uma ética existencial, um compromisso com o processo de construção de uma negritude saudável e livre. É um processo doloroso porém libertador. Pessoas negras que adotam um discurso antirracista mas que no privado sentem-se mais confortáveis e aliançarem-se com pessoas que representam figuras de opressão, é um indicativo que o processo de construção de negritude não vai nada bem. Estamos tratando de negociar a própria existência, e quando negocia-se o inegociável, não estamos livres internamente.

A responsabilidade racial é a forma mais eficaz de transformar o discurso em prática diária, um caminho de fortalecimento individual e coletivo. A responsabilidade racial é uma via interessante de construir um pacto negro conciso, robusto e saudável enquanto coletivo. O social atravessa o privado, o que está fora está dentro. A luta antirracista deve adotar a responsabilidade racial como componente básico a fim de assegurar nossos avanços enquanto pessoas negras num país que até a pouco tempo atrás, tudo nos negava. A ética negra sem responsabilidade racial é inviável. O convite que fica é, descolonize já os seus afetos, esse é o primeiro passo para adotar a responsabilidade racial.

Shenia Karlsson é Psicóloga Clínica, especialista em Diversidade, Diretora de Departamento do Instituto da Mulher Negra de Portugal e Co Fundadora do Papo Preta. 

Naomi Ackie impressiona os críticos ao interpretar Whitney Houston no filme ‘I Wanna Dance With Somebody’

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Foto: Emily Aragones / SHUTTERSTOCK.

O filme ‘I Wanna Dance With Somebody’, que conta a trajetória de Whitney Houston só estreia no Brasil em 12 de janeiro, mas as primeiras impressões do longa são positivas. O destaque fica com a atriz Naomi Ackie, 30, que interpreta a consagrada cantora durante o enorme sucesso nos anos 80 e 90. A revista norte-americana Variety chegou a classificar a obra como “uma cinebiografia luxuosa e completa em sua glória”.

Considerada a mais potente voz da história da música, Whitney nasceu em Nova Jersei, nos Estados Unidos. Foi a artista mais premiada de todos os tempos de acordo com o Livro de Recordes (Guiness Book). Ackie diz que precisou estudar muito para conseguir se aproximar dos trejeitos da consagrada cantora. “Os desafios eram realmente sobre especificar as partes dela que eu percebi que eu achava que eram particularmente pungentes, especiais, engraçadas ou muito humanas que eu queria transmitir, para dar a ela o máximo de humanidade possível”, contou a atriz em entrevista à ELLE.

Foto: Divulgação / Sony Pictures.

Britânica, Naomi possui uma longa carreira, já atuou em séries para a TV e também ganhou destaque no filme ‘Star Wars: The Rise of Skywalker’, mas esse papel em ‘I Wanna Dance With Somebody’ é o mais importante em sua carreira, até o momento. “Parecia que expor alguns dos primeiros anos de Whitney realmente ajudaria a dar a ela humanidade e afastá-la do status de ícone de uma forma que nos sentíssemos mais próximos, trazendo à tona alguns dos temas universais. Era algo que eu já conhecia e saber que tinha a chance de expandir aquela ideia e mostrar o que era realmente importante”.

Naomi destaca que a ideia do filme era prestar uma homenagem ao legado de Whitney. “Conversamos com a família dela sob uma perspectiva de empatia. Este filme é sobre celebrar quem ela era como pessoa e o que ela foi capaz de alcançar em sua vida, não necessariamente mostrando o pior dela“, conta ela.

Tatuador diz que iniciou o processo de remoção da tatuagem não autorizada, mas sem o acompanhamento da mãe

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Fotos: Ronald Santos Cruz e Reprodução/Instagram

O tatuador Neto Coutinho, responsável por tatuar o rosto do menino Ayo, de 5 anos, sem autorização da mãe, publicou uma nota no Instagram nesta sexta-feira (23), afirmando que iniciou o processo de remoção na pessoa tatuada, no dia 16 de dezembro, com uma nova tatuagem como cobertura. “Será realizado mais uma sessão, após o novo processo natural de cicatrização da pele, para a conclusão da nova arte, agendada para o dia 29.01.2023”, diz.

Porém, a mãe de Ayo, a Ìyá Alágbára, também conhecida como Daniele Cantanhede, só ficou sabendo do início da remoção no dia seguinte e afirma que havia combinado com o Neto Coutinho que acompanharia a primeira sessão. “A princípio a sugestão era que fosse feita uma chamada de vídeo, o que não teria problema nenhum porque eu moro em outro estado. Mas eu disse, exigi e me foi consentido o direito de estar presente na primeira sessão”.

O tatuador diz que seu advogado enviou uma mensagem para a mãe um dia após a primeira sessão e não teve uma resposta até o momento. “Contradiz o discurso ‘da busca rápida e consensual da questão’. Paz”, assim escreveu na nota.

Em vídeo publicado no Instagram, a mãe continua a questionar a postura do Neto Coutinho: “Por que eu não posso acompanhar? Por que eu não posso ter a certeza de que é o rosto do meu filho que estava lá? Por que eu não posso ter a certeza de que realmente a remoção foi feita? Por que não fui procurada pelo próprio tatuador que queria resolver de acordo com a minha vontade?”.

Ainda segundo a nota do tatuador, ele acusa as pessoas de tratarem a tatuagem sem autorização no corpo de um estranho, “de forma sensacionalista e apta a gerar mais discussões, ameaças e ofensas”. E afirma que a pessoa tatuada teme pela integridade física por sofrer graves ameaças nos comentários das redes sociais.

Há algumas semanas se tornou de conhecimento público o caso de Ayo, uma criança negra que teve seu rosto tatuado no corpo de um desconhecido. O caso só foi descoberto após a tatuagem ser vencedora de uma premiação. Após repercussão do caso, Projetos de Lei foram apresentados no âmbito do estadual e municipal do Rio de Janeiro para garantir que fotos de crianças só sejam tatuadas mediante autorização dos pais.

Paulo Vieira continuará no ‘Big Terapia’ do BBB 23

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Foto: TV Globo/João Cotta

A primeira confirmação para o Big Brother Brasil 2023 veio: o apresentador Paulo Vieira continuará no comando do quadro ‘Big Terapia‘! A divulgação foi feita pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (22).

A outra novidade é a segunda temporada do seu programa “Avisa lá que eu vou” que será estreada em 2023, no GNT, com versão editada no “Fantástico“. 

Para o apresentador, 2022 foi o ano com a virada de chave para sua carreira. “É o ano mais feliz da minha vida. Graças a Deus comecei a colher os frutos do meu trabalho. São 18 anos nessa correria, e esse ano foi o meu ‘ano da virada’. Muita coisa aconteceu. Consegui fazer projetos populares e também autorais que ganharam o mundo, e isso já me deixa eternamente agradecido”, disse em entrevista à coluna do Lucas Pasin, no Splash UOL.

Mas Paulo ainda espera mais da Globo para manter a ascenção profissional: “Se você for pensar bem, eu não tenho nada consistente na Globo. Faço muito barulho com o pouco que eu tenho, mas ainda não sou o queridinho da emissora. Me falta um programa na grade. Não tenho. Quando eu tiver vou poder dizer que sou o queridinho, por enquanto sou apenas ‘um amigo que a Globo gosta'”, disse.

Mesmo com o sonho de comandar um programa aos domingos meio dia, Paulo Vieira já está com mutos compromissos para 2023. “Terminei de escrever ‘Pablo e Luizão’, que será uma série para o Globoplay. Faço o quadro do ‘Big Brother Brasil’. Gravo a segunda temporada de ‘Avisa lá que eu vou’. Tem filme. Minha agenda do ano que vem já está bem cheia”.

Mike Tyson relembra período em que foi preso no Brasil e se declara: “o país de Deus, tudo lá é bonito”

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Mike Tyson, 56, relembrou seu momento no Brasil e falou um pouco sonbre a experiência que passou no país.
a ocasião, Tyson se envolveu em uma confusão e acabou preso. No making of de uma campanha publicitária, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados de boxe relembrou o episódio.

Acontece que, em 2005, quando ocorreu o fato, Tyson estava em uma casa noturna e foi filmado por um cinegrafista. O ex-lutador não gostou da situação e foi tirar satisfação. O norte-americano agrediu o repórter com uma câmera e acabou preso.

“Fui para o Brasil uma vez e fui preso por causa de um repórter. Mesmo preso, estava me divertindo na prisão”, relembrou o ex-pugilista.

Ainda sobre o país, ele completou:

“Estive em vários pontos do mundo, conheci vários lugares, mas nunca vi um lugar onde as pessoas sejam mais felizes. Todo mundo sorrindo, bebendo, abraçando e beijando. Não tem caretas ou outras caras. Todo mundo simplesmente feliz nessa vida. O Brasil é simplesmente o País de Deus. E tem que ser, pois tudo lá é bonito! Os cachorros são bonitos, todo mundo é bonito. Os gatos, as praias, a areia e tudo”, disse Tyson.

Gol de Richarlison é eleito o mais bonito na Copa do Mundo no Catar

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Foto: Nelson Almeida/AFP

O gol de Richarlison contra a Sérvia, na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo no Catar, foi eleito o mais bonito do torneio, em votação popular organizada pela Fifa. O anúncio foi feito nos perfis das redes sociais da Copa nesta sexta-feira (23)

De dez gols na disputa, dois eram do “Pombo”, que levou a melhor ganhando do colega Neymar, camisa 10, do francês Kylian Mbappé, artilheiro da Copa e do campeão mundial argentino Enzo Fernández. 

O gol de estreia foi em uma bela jogada com Vinicius Junior, em que Richarlison domina a bola dentro da área e acerta o chute de voleio. Logo, a seleção brasileira assegurou a vitória por 2 a 0. 

O outro gol do “Pombo” que estava em disputa, foi em uma triangulação diante da defesa da Coreia do Sul, nas oitavas de final. Já o de Neymar, foi o gol na prorrogação das quartas de final, contra a Croácia. Mas que infelizmente, o Brasil acabou sendo eliminado neste jogo, ao ceder o empate e perder nos pênaltis.

Receitas práticas e fáceis: aprenda a fazer uma salada para o final de ano

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Pela chef: Aline Guedes 

Os menus de final de ano aqui no Brasil costumam quase que impreterivelmente trazer um repertório que se repete anualmente. Somos um povo que aposta no que já é habitual e que, para além disso, cria memórias por meio do alimento. Essas memórias baseiam-se em pratos que se tornam emblemáticos em cada uma de nossas famílias e que preparados nesta época do ano, nos permite ativar as lembranças nostálgicas da infância que tivemos ou de pessoas com as quais tivemos convívio.

No Brasil, no entanto, há algo me chama a atenção para tal repertório culinário: muitas de nossas mães pretas em seu passado de lutas como trabalhadoras domésticas, aprenderam a cozinhar nestes espaços de trabalho e isso, por consequência, acabou por gerar nelas conhecimentos que a serem transmitidos, mas que não se relacionavam diretamente com sua própria família ou aos que vieram antes delas, os nossos ancestrais. Em minha própria vivência, presenciei essa relação que se desenvolveu em minha família com produções culinárias que não refletiam minha própria existência como mulher negra. Minha mãe foi uma destas pequenas mulheres que desde muito jovem assumiu a responsabilidade financeira de sua casa e que aprendeu a cozinhar o que se comia nas casas em que trabalhou. Nas minhas referências de receitas que costumávamos fazer quando ainda pequena nas festas de final de ano, o bolo de nozes com ovos moles sempre foi o mais desejado e que se tornou meu favorito. 

Quando uma pessoa preta no nosso país conquista a consciência racial, também celebra uma liberdade de ser. Hoje, sobremesas coloniais já não são os mais apreciados em minha casa ou nas dos meus. Hoje temos nos conectado com quem somos e com os que vieram antes de nós.

Nossas ceias podem ser fartas, robustas e deliciosas, sem que sejam o reflexo dos que nos colonizaram ou que fomentaram o comércio dos nossos ancestrais quando escravizados. Nossas ceias podem ter ingredientes nossos, tipicamente brasileiros e/ou afrodiaspóricos. Pensando nisso e na liberdade que atualmente temos conquistado em ser quem somos, também por meio da comida, sugiro aqui para vocês uma ceia que ao menos em um dos itens que compõe a mesa tradicional brasileira, possa contemplar nossas raízes. Para as saladas, por exemplo, buscar ingredientes sazonais, da época, já contribuem por um valor mais acessível e um frescor maior. Além disso, para os clássicos como salpicão e saladas a base de molho maionese, pensar em substituições com ingredientes semelhantes, já dá um toque de criatividade à mesa, além de ampliar a gama de possibilidades de pratos que representem quem os produz. 

Ao invés da tradicional batata inglesa, por exemplo, já pensou em usar batata doce ou até inhame na construção da famosa salada de batatas com ovos? Ou ainda substituir as uvas passas por outras diversas frutas secas, como tâmaras ou bananas? 

Pensando nessas possibilidades e substituições, deixo aqui uma receita prática, fácil e saborosa, que pode tanto ser usada na ceia natalina, quanto na virada de ano. De tão fácil, pode ser preparada em alguns minutos e com antecedência por aqueles que planejam as festas para realmente aproveitarem-se delas. 

Espero que gostem: 

CUSCOUS MARROQUINO COM FRUTAS SECAS, CASTANHAS BRASILEIRAS E COENTRO

INGREDIENTES: 

– 300g de couscous marroquino 

– 400ml de suco de laranja 

– 4 bananas passas picadas 

– 8 tâmaras picadas 

– 100g de castanha de caju

– 100g de castanha do Pará 

– 100ml de azeite de oliva extravirgem

– Suco de 1 limão cravo

– Sal a gosto 

– ½ pimenta dedo de moça picada 

– Coentro a gosto 

PREPARO: 

  1. Hidrate o couscous marroquino com o suco de laranja aquecido, colocando ambos em uma tigela coberta com filme plástico por aproximadamente 5 minutos.
  2. Pique grosseiramente as grutas secas e castanhas. Misture ao couscous já hidratado. 
  3. Tempere a mistura com azeite de oliva extravirgem, pimenta dedo de moça picada, suco de limão cravo e sal.
  4. Finalize com coentro picado grosseiramente e com um pouco mais das castanhas para decorar.
  5. Sirva levemente refrigerado. 

Haddad ainda não indicou nenhuma pessoa negra para o Ministério da Fazenda: “Me sinto ofendido”, critica Frei David

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Foto: Lucyenne Landim/O TEMPO Brasília

Fernando Haddad, futuro Ministro da Fazenda, nomeou quatro novos nomes para a equipe econômica a partir de 2023 e nenhuma delas é uma pessoa negra. 

O anúncio feito hoje no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, gerou insatisfação à comunidade negra que apoia o futuro Ministro, incluindo o Frei David, fundador e diretor-geral da Educafro que se diz muito decepcionado. 

“Haddad é de nossa extrema confiança e nós prevíamos que ele ia ser bastante comprometido conosco e que não ia parar em 30% de negros nos cargos de alta patente do Ministério dele. Que ele iria imitar o Flavio Dino [futuro Ministro da Justiça], e botar 50% de negros em cargos importantes. No entanto, até agora, o Ministro Haddad não indicou um negro sequer. Me sinto ofendido, envergonhado e chateado. Eu não aceito que o Ministro Haddad, que é de nossa extrema confiança, faça isso conosco”, critica Frei David.

Até o momento foram nomeados: Marcos Barbosa Pinto para Reformas Econômicas; Rogério Ceron para Tesouro Nacional; Guilherme Mello na Política Econômica; Robinson Barreirinhas para Receita Federal; Gabriel Galípolo como secretário-executivo do Ministério da Fazenda; Bernard Appy como secretário especial para a Reforma Tributária e Anelize de Almeida como chefe da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Frei David, fundador e diretor-geral da Educafro (Foto: Divulgação)

Frei David também criticou o Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). “Ele tem consciência que no primeiro escalão do BNDES existem mais de 200 vagas cujo salário mensal é mais de R$100 mil. E até agora, o Mercadante, não indicou um único negro sequer. Me sinto ofendido. Ficamos três noites produzindo aquele artigo que o Estadão divulgou para tentar ajudar o governo do PT a fazer bem feito esse trabalho de composição dos Ministérios do primeiro e segundo escalão”. 

Incomodado com a falta de negros em cargos importantes, Frei David diz que conversará pessoalmente com Haddad e Mercadante. “Não queremos mais estar no curral do Ministério da Igualdade Racial, queremos estar em todos os Ministérios”, afirma.

Entretanto, Frei está satisfeito com o trabalho de Flávio Dino. “Nos dez cargos mais importantes do Ministério, cinco são afro-brasileiras”. Entre elas: a advogada Tamires Sampaio, que coordenará o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania e a professora Sheila de Carvalho que presidirá o Comitê Nacional para os Refugiados.

Insatisfeito com o Ministério da Igualdade Racial, Frei David também acha que Anielle Franco foi punida em assumir o cargo do Ministra. “Eu queria a nossa irmã na CODEFAT [Portal do Fundo de Amparo ao Trabalhador], cujo orçamento para 2023 é de R$116 bilhões. Porque a verba prevista para o Ministério da Igualdade Racial, Mulher e Direitos Humanos é de R$ 947 milhões. Então, eu acho que a Anielle foi punida, pegando um lugar sem expressão”.

“Nós não estamos preocupados em ter negro A, B, C, D do Ministério da Igualdade Racial, estamos preocupados se cada ministro vai colocar 30% de negros nos cargos de livre iniciativa, escolha, de confiança. Ou eles não confiam em nós?”, questiona para os futuros Ministros.

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