No domingo, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o ‘Fantástico’ exibe a entrevista histórica que Maju Coutinho fez com a ativista estadunidense Angela Davis. Essa será a primeira entrevista dela para uma TV aberta brasileira. “Nossa reportagem vai apresentar algumas ideias da Angela para o público brasileiro, falamos sobre racismo, sistema penitenciário, feminismo, entre outros assuntos”, adianta Maju. Filósofa, escritora, professora, reconhecida por sua luta antirracista e feminista, Davis teve seus discursos lançados no Brasil na coletânea ‘O sentido da liberdade e outros diálogos difíceis’ e as duas conversam por vídeo sobre os temas abordados na obra.
Maju Coutinho e Angela Davis. Foto: Reprodução / Fantástico
“Quando éramos crianças, brincávamos de correr para a área reservada apenas a pessoas brancas, um bairro que ficava do outro lado da rua onde eu morava. Sabíamos que estávamos infringindo a lei, mas quando crianças, inventamos esse jogo em que atravessávamos a rua correndo e às vezes até subíamos os degraus, tocávamos a campainha e tentávamos fugir antes que o branco atendesse. Era diversão. Mas, ao mesmo tempo, era resistência”, destacou Angela, ao defender como foi encorajada desde a infância – dentro de casa, pela mãe, na escola, por membros de sua comunidade e da igreja – a se posicionar contra o racismo.
A ativista falou ainda sobre as novas práticas racistas, que acontecem em diferentes lugares do mundo, e que ficaram ainda mais evidentes após a pandemia. “O racismo é mutável e se expressa de várias maneiras. Durante décadas, muitos de nós argumentamos que o racismo é principalmente institucional, estrutural e sistêmico, e não simplesmente as atitudes de indivíduos. E durante a pandemia do COVID, vimos um número desproporcional de negros e indígenas morrendo por causa do racismo no sistema de saúde”, explica ela, apontando ainda que apesar de vivermos dentro de uma estrutura racista, a ação individual não pode ser menosprezada: “As pessoas, eu acho, começaram a fazer a conexão entre essas instituições sociais que são racismo e assistência médica, racismo e policiamento, racismo e prisão. E assim, portanto, não acho que elas agora contestem o fato de que o racismo está profundamente enraizado nas estruturas de nossa sociedade, o que não quer dizer que o racismo também não seja expresso nas atitudes das pessoas”.
No próximo dia 20 de novembro, IZA realiza um grande show em Salvador, celebrando sua história, sua negritude e o poder da música brasileira. Em conversa com a imprensa, a cantora adiantou detalhes e contou sobre a possibilidade de participações especiais no espetáculo. “Pensamos em apresentar músicas inéditas, mas não sei, vão ter que assistir pra saber”, brincou IZA. “Eu amo Salvador, estou com saudades de tocar lá. Podemos ter algumas participações surpresas, algumas novidades. Escolhi Salvador porque é uma cidade muito especial pra mim. Espero que as pessoas possam curtir, celebrar, dançar. Quero festejar e encontrar pessoas que gostam do meu trabalho”.
Junto com o show, a cantora lançará um grande projeto de empreendedorismo, em forma de edital, com remuneração voltado para a comunidade negra, em especial, da região norte e nordeste. Chamado de ‘Entra Na Roda’, o projeto será anunciado com detalhes nos próximos dias. “Eu me enxergo como empresa. A partir do momento que consegui driblar alguns obstáculos e recebi de volta da música esse presente que é poder me sustentar e ajudar outras pessoas, eu tenho essa obrigação”, contou IZA.
Foto: Guilherme Nabhan.
“Ser negro no Brasil é ser sobrevivente, é ser resistente de várias formas. Ser sobrevivente social porque a sociedade nos limita em vários ambientes, em várias rodas. Sobrevivente emocional porque é muito difícil você saber que você pode morrer apenas por ser quem é. É claro que a fama me afastou disso“, pontou IZA sobre a criação do projeto ‘Entra Na Roda’. “Exatamente por isso que eu me senti na obrigação de fazer algo mais eficaz. É muito fácil falar de feminismo quando eu tenho segurança, quando não ando mais de ônibus, metrô. Então a fama me afastou disso, não porque o racismo acabou, mas porque o racismo é covarde”.
Sobre a importância do projeto, IZA destacou que deseja continuar com a ideia de longo prazo. “Quero que o ‘Entra na Roda’ seja o começo de uma coisa especial, que desejo fazer sempre. Espero que impacte os empreenderes vencedores do edital”, disse ela. “Precisamos de investimento para fomentar os projetos, mas também sanar questões que te impedem de progredir no seu trabalho”.
A ação que acontece no dia 20 de novembro conta com o apoio do ativista Edson da Silva e dos voluntários da VVolunteer, plataforma de ação social e humanitária
No próximo dia 20 de novembro, a VVolunteer, plataforma de ação social e humanitária, se une à ONG Flor de Lótus com o objetivo de promover uma manhã com palestras de conscientização e empoderamento da população sobre as questões raciais. A VV estará em campo a convite da ONG com seus voluntários e, também, com Diogo Edson da Silva, produtor, modelo, ator, ativista e presidente da campanha Vidas Negras Petrópolis, que vai conduzir o papo com a comunidade, trazendo um maior conhecimento sobre as questões raciais.
A ONG Flor de Lótus tem como principal objetivo gerar renda local e proporcionar autonomia financeira para a comunidade. Além disso, eles incentivam a educação, esporte, leitura e cultura, por meio de eventuais cursos, workshops e rodas de conversa. A ONG nasceu após a tragédia das chuvas na cidade de Petrópolis, para ajudar a comunidade no bairro 1o de Maio que foi extremamente afetada.
Para quem quer ser voluntário na ação, a ideia é estar em campo e aprender mais sobre o universo do voluntariado. “Organizamos ações em grupo nas quais os voluntários podem viver experiências humanitárias e sociais no Brasil e no mundo. Capacitamos cada participante, seguimos normas internacionais de segurança e toda ação é planejada de acordo com as demandas de nossas ONG’s e projetos parceiros”, fala André Fran Cofundador e CCO da VVolunteer.
Valor para participar da missão e aprender mais sobre o universo do voluntariado: R$99,90
O que contempla a ação de voluntariado VV: Café da manhã Transporte ida e volta Auxílio da Equipe da VV no local Auxílio da Equipe Flor de Lotús Certificado de voluntariado Taxas administrativas
Quem desejar fazer parte desta ação, pode acessar a plataforma https://www.vvolunteer.com.br/pagina-produto/acao-vv-conscientizacao-petropolis receber a capacitação online necessária e ingressar ao time de voluntários da ação social.
No dia 04 de Outubro de 2022 o reconhecido chef confeiteiro Paulo Rocha voltou à Chapada do Norte (Vale do Jequitinhonha – MG) para visitar sua vó (dona Zizi) e para descansar. Como ele já havia falado para mim com muito entusiasmo sobre a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, pedi que ele registrasse sua passagem pela cidade e fizesse fotos para que pudéssemos contar essa história aqui no Mundo Negro. Você está sendo convidado a conhecer um pouquinho mais sobre a história e cultura religiosa e gastronômica de uma festa que exalta o povo preto e nossa ancestralidade. E te dou um spoiler: tem receita do chef Paulo Rocha no final.
Legenda: Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Crédito: Viviane Soares Alves
Onde fica Chapada do Norte
Chapada do Norte é um município de aproximadamente 16 mil habitantes, no norte do estado de Minas Gerais em uma região conhecida como Vale do Jequitinhonha. Fica entre cidades mais conhecidas como Governador Valadares, Teófilo Otoni e Montes Claros. Abaixo no mapa você poderá se localizar.
Fonte: Google Maps
A cidade é marcada por resistência quilombola – visto que no passado foi um quilombo e é dessa ancestralidade que surge a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Hoje, é um dos municípios com maior população negra na região Sudeste de acordo com o último censo (92% da população) e são 14 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Logo, as manifestações folclóricas que reverberam as tradições da cultura africana são mantidas, sendo a festa uma delas.
Legenda: Congado no sábado de Buscada da Santa.
Crédito: Viviane Soares Alves
A Coroa Real da Festa
Com um ano de antecedência é escolhida a Coroa Real da a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte do ano seguinte. Existem o Rei e a Rainha e também a Rainha Encostada. O Rei e Rainha são aquelas pessoas que precisam estar dispostas a trabalhar, gerenciar e realizar a festa. Já a Rainha Encostada geralmente é uma devota da VIrgem do Rosário que possui uma promessa alcançada a pagar. Nos cortejos da festa, os encostados vêm atrás do Rei e Rainha.
Legenda: Rei e Rainha de 2023. Marília é tia do chef Paulo Rocha.
Crédito: Paulo Rocha
A Festa
Quem se junta a Paulo Rocha para me ajudar a contar essa história é seu primo Maurício Aparecido Costa – que é Procurador Geral da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte e também secretário municipal de Cultura e Turismo do município.
Conforme aponta Maurício, “a primeira Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte é datada de 1822 – de acordo com o estatuto da Irmandade do Rosário. Mas antes desta data existem relatos de reuniões de irmãos do Rosário.” E em 2013 recebeu o título de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do estado de Minas Gerais (título concedido pelo IEPHA em Maio de 2013). Conforme destaca Maurício, é a única celebração religiosa do estado de Minas Gerais que recebeu este título. Na percepção dele, o que contribuiu para que esse título fosse conquistado foi a preservação da essência, a história e os valores da festa.
Legenda: Tamborzeiros mirins da festa (nova geração).
Crédito: Viviane Soares Alves
A festa é composta por irmãos do Rosário e devotos da Virgem do Rosário. A celebração foi iniciada este ano no primeiro dia de Outubro com o Meio Dia das Novenas com a Banda Filarmónica Santa Cruz à frente da Capela do Rosário e com a presença do Rei e Rainha da festa – e com fogos de artifícios para celebrar ainda mais o início da festa. À noite, tem-se a primeira noite da novena e os oito dias seguintes também são realizados na Capela do Rosário.
Na quinta feira seguinte, na parte da manhã, há a celebração que tem a maior participação popular na Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte: a Lavação da Igreja – um ritual preparatório para as últimas celebrações religiosas da festa. A congada vai até as casas do Rei e a Rainha e as pessoas de comunidades quilombolas descem neste cortejo para o rio Capivari. Com baldes na cabeça, as pessoas trazem a água para lavarem a Capela do Rosário. A lavagem agora é simbólica para evitar cupim e não estragar alguma estrutura do local. As pessoas passam o dia na igreja limpando os castiçais e os materiais sacros a fim de deixar o local ainda mais lindo para os Tamborzeiros do Rosário, devotos, visitantes e a população em geral para fazer um batuque. Deste festejo, eles descem para a casa da Rainha para servirem o angu – uma comida tipicamente africana.
Legenda: O transporte das águas do rio Capivari
Crédito: Viviane Soares Alves
E é aqui que entra o Preto Gourmet com a Gastronomia. Tem o molho de angu, molho de quiabo, molho de feijão e molho de fava. Este angu é servido gratuitamente para todas as pessoas que ali estiverem.
A Buscada da Santa
Uma encenação teatral que acontece na porta da Capela do Rosário. Como afirma Maurício, “(…) como aprendemos com os nossos antepassados que os negros não tinham as mesmas possibilidades de participar das celebrações religiosas nos séculos passados mesmo antes de Chapada do Norte ser um município. O povo preto se reunia para rezar em lugares isolados. E em um desses lugares isolados (Córrego do Rosário), apareceu uma imagem de Nossa Senhora do Rosário. Os brancos devotos desceram, pegaram essa imagem e trouxeram para o local que hoje é a capela. Mas, misteriosamente, a imagem sumiu (e isso aconteceu mais duas vezes). E foi então que os negros decidiram buscar a imagem, do jeito que eles sabiam: cantando, adorando e louvando. E, assim, permanece até hoje na capela”. Em outras palavras, foram pelas mãos do povo preto que a imagem ficou definitivamente no local.
Legenda: A Buscada da Santa na Gruta do Rosário
Crédito das Fotos: Paulo Rocha
A Gastronomia
A culinária mineira é rica e farta e não seria diferente na a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Além dos angus e seus molhos, tem os doces que são entregues para quem está celebrando a festa (doce de leite, de casca de laranja, de batata, de mamão, de fava) e quitutes (biscoito de polvilho e rosquinhas doces).
Legenda: Quitutes preparados pelos religiosos e habitantes da cidade
Crédito: Viviane Soares Alves
E por falar em doce, é claro que eu pedi ao chef Paulo Rocha para trazer uma receita de doce de leite mineiro para que a gente possa reproduzir e tentar ter aquele gostinho da a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte ao terminar essa matéria. Com vocês, a receita tradicional de doce de leite mineiro do chef Paulo Rocha.
Crédito: Stella Kiss
Ingredientes
2 L de Leite Integral
200g Açúcar Refinado
Modo de Preparo
Colocar na panela em fogo médio e mexer até obter a consistência do doce que você desejar: se quer mais duro, deixar mais tempo; se quer mais cremoso, tira do fogo assim que chegar nessa textura.
O segredo de um bom doce de leite mineiro é ser feito em um tacho de cobre – mas também pode ser feito em panela de ferro.
O ativista Isupério publicou um vídeo nesta sexta-feira (18), repostado dos stories da Thyane Dantas, esposa do sertanejo Wesley Safadão, em que ela expõe uma trabalhadora doméstica.
No vídeo, com a legenda “23 anos que ela faz parte da nossa família”, Thyane vai até a cozinha filmando a funcionária e parece atrapalhar o trabalho dela.
“Olha quem tá por aqui, Raimunda. Vai ter pipoca doce hoje?”, pergunta, mas não há resposta que dê para ouvir no vídeo, então ela pergunta novamente. “Hein mulher? Vai ter pipoca doce hoje?” E Raimunda afirma que vai. Então a Thyane dá uma risada e diz: “Eu gostei da tiara na touca”.
Em outro momento, a modelo aparece com a mãe na mesa e fala: “Mainha dizia que quando eu casasse, Raimunda era minha”. E a mãe afirma: “Com toda certeza, era a única pessoa que eu tinha coragem, mas você nunca quis pra ela não me deixar só”.
Thyane parece não concordar no início que “recusou o presente”, mas diz porque a doméstica precisava ficar com a mãe: “É a companhia, a amiga, que cuida, é a videomaker também né, social media dela”, afirmando uma exploração, já que a trabalhadora doméstica também exerce outras funções.
Na publicação do Isupério, ele faz críticas com o derespeito com as funcionárias domésticas: “O Brasil nunca será um país do futuro enquanto profissionais da limpeza não tiverem dignidade. Precisamos compreender que o trabalho ‘doméstico’ é a conversão da escravidão e é por isso que o Brasil é o país que mais tem estes profissionais no mundo”.
O ativista também aponta que estes “presentes de casamento” são critérios de classificação econômica no Brasil. “No critério ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) o ‘empregado doméstico’ é contabilizado como variável de bem de consumo”.
Diversos ativistas e influencers negros comentaram na publicação em apoio à contestação de Isupério. A escritora Hananza pontuou: “Essa gente deveria ter vergonha de escrever ou falar que a empregada é ‘quase da família’ ou ‘da minha família’. Sabemos que eles também sabem que não é”. Outro internauta comentou: “A pessoa aceita um trabalho e tem que filmar a ‘influencer’ fazenda dancinha. Triste”.
Sob curadoria da direção artística do Teatro Prudential, evento será realizado de 18 a 20 de novembro com presença de artistas e intelectuais negros do Brasil e África, palestras, teatro, feira de livros organizada pela LiterÁfrica e show de Sandra de Sá.
Quebrar barreiras e construir pontes, fortalecer laços entre Brasil e o Continente Africano são pilares da 2ª edição do Festival da Consciência Negra, que será realizado nos dias 18, 19 e 20 de novembro, no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro, em comemoração ao mês da Consciência Negra.
Com três dias de atividades divididas entre literatura africana, música, teatro, estande com venda de produtos confeccionados por artistas artesãos pretos. Participam desta edição artistas e intelectuais negros do Brasil e África, como o escritor e palestrante angolano João Canda, Paulo Chavonga (Angola), Sunny (Nigéria), o cantor e músico Mû Mbana (Guiné-Bissau), o compositor e intérprete Dog Murras (Angola), atriz e apresentadora de TV Celma Pontes (Angola) e a cantora Sandra Sá, atração do primeiro dia do festival.
Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é uma data de reflexão sobre a luta dos negros contra a opressão e as implicações do racismo no Brasil de hoje. Mas, para entender nosso presente e construirmos um futuro com oportunidades iguais, é preciso conhecer o passado. E o passado do povo negro, claro, está na África. “Buscamos trazer ao público a força e a extraordinária potência da arte e da cultura produzidos pela comunidade afrodescendente brasileira e por artistas e pensadores africanos. Uma programação diversa, contemplando uma pluralidade artística em três dias de intensas atividades ocupando todos os espaços do Teatro Prudential”, antecipa Maria Siman.
Com atividades para todas as idades, o 2º Festival da Consciência Negra apresentará a peça infantil “ O Pequeno Herói Preto”, idealizada e encenada pelo ator Júnior Dantas sob a direção de Cristina Moura e Luisa Loroza. Também no teatro, o público adulto terá “Negra Palavra – Solano Trindade”, encenado por 10 atores negros com direção de Renato Farias. Nas telonas, o filme ““Mutu Mbi”, direção de Levis Albano, integra a programação, que ainda contará com palestras, workshops, feira de livros com sessão de autógrafos, além de degustação de comidas típicas da riquíssima e variada culinária africana.
Embora o Dia da Consciência Negra seja fundamental para evidenciar as desigualdades e violência contra a população negra em nossa sociedade, a Ocupação LiterÁfrica no festival visa realçar o papel dos escritores e artistas africanos nessa data não só de reflexão sobre o racismo, mas também fundamental para a elevação da autoestima do povo brasileiro por meios de ações artísticas, culturais e educacionais do povo que legou ao Brasil uma cultura diversa e rica.
“A Ocupação LiterÁfrica nasceu da necessidade de apresentar a verdadeira história africana, uma África que não é lida e nem é contada no Brasil e, quando é contada, é sempre pelo olhar eurocêntrico, uma visão distorcida da realidade. Participar deste projeto pela primeira vez no Rio de Janeiro é muito gratificante e de extrema responsabilidade. Nós, africanos, temos um papel a cumprir nesta luta”, conclui o responsável pela Ocupação, o escritor João Canda.
“Como uma empresa de origem alemã de ciências da vida pode ter influenciado a percepção de uma mulher negra sobre ela mesma? Como mulher negra e advogada tributarista, adoro responder essa pergunta para mim mesma. Foi graças às rodas de conversa que o BayAfro promove (chamamos de AfroTalks), que eu descobri que a Catedral da Sé foi projetada por uma pessoa preta. Foi nessas conversas que eu descobri diversos cientistas negros. Descobri a comida, música e cultura da África. E isso me trouxe empoderamento, segurança e mais autoestima. Conhecer nossa cultura e nossa história é chave para destravar nossa força e movimentar as estruturas desse país. Só tenho a agradecer a Bayer por incentivar inciativas como essa do Instituto Evoé, compreendendo o presente e lutando pelo futuro da sociedade! ” – Verônica Magalhães – Advogada Tributarista na Bayer Brasil.
SERVIÇO Sandra Sá (show) – Data: 18 de novembro – Horário: 20h30 – Ingressos: Plateia A – R$ 90 (inteira) | Plateia B – R$ 60 (inteira) – Lotação: 359 lugares – Classificação: 12 anos – Duração: 75 minutos Com personalidade marcante e timbre de voz singular, Sandra Sá mistura ritmos – MPB, soul, samba e funk – num show em que canta clássicos do seu repertório, como “Olhos coloridos”, “Retratos e canções”, “Vale tudo”, “Joga fora” e” Bye bye tristeza”.
Ocupação Literáfrica Data: 18, 19 e 20 de novembro Os eventos com venda de ingresso serão: Show Mû Mbana: R$ 60 (inteira) com participação especial do compositor e intérprete angolano, Dog Murras. Literatura em África (palestras): R$ 30 (inteira) Lotação: 359 lugares Classificação: livre Participam de Ocupação LiterÁfrica artistas e escritores africanos como João Canda (Angola), Paulo Chavonga (Angola), Sunny (Nigéria), Mû Mbana (Guiné-Bissau). As participações estendem-se por outros escritores que estarão presentes por meio de suas obras na Feira de Literatura Africana e Afro-brasileira, como Dina Salústio (Cabo Verde), Paulina Tchiziane (Moçambique), Tânia Tomé (Moçambique), R. S. Asobo (Camarões), Edilson G. Ferreira (Guiné-Bussau), Gilbert Kpossoubo (Benin), Moustafa Assem (Egito), Celma Pontes (Angola), Dog Murras (Angola).
“O PEQUENO HERÓI PRETO” – Espetáculo infanto-juvenil Data: 20 de novembro – Horário: 16h – Ingressos: Plateia A – R$ 60 (inteira) | Plateia B – R$ 50 (inteira) – Lotação: 359 lugares Classificação: Livre – Duração: 45 minutos Representatividade importa. A frase que tem se repetido ultimamente reforça a criação do espetáculo infanto-juvenil “O Pequeno Herói Preto”, contando a aventura de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes por meio de sua família. O personagem é interpretado por Junior Dantas, que assina o texto com Cristina Moura, responsável também pela direção ao lado de Luiza Loroza. Na trama, Super Nagô usa os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor, apresentando a história, a cultura e a ancestralidade negras. As músicas originais foram compostas por Muato, responsável também pelas direção e produção musicais.
“NEGRA PALAVRA – SOLANO TRINDADE” Data: 20 de novembro Horário: 20h – Ingressos: Plateia A – R$ 60 (inteira) | Plateia B – R$ 50 (inteira)Lotação: 359 lugares Classificação: 12 anos – Duração: 60 minutos A vida e obra do poeta pernambucano Solano Trindade (1908/1974). Solano é poesia, é corpo negro, é militância, é potência e é amor. Na contramão dos estereótipos criados para objetificar e discriminar os homens negros, o espetáculo recupera a trajetória do poeta trazendo para a cena suas múltiplas vivências.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA 18/11 – “Show Sandra de Sá”, às 20:30 – Classificação etária 12 anos- Interno – Pago. 19/11 – Histórias Africanas: Contar, cantar e Ensinar | palestras e roda de conversa, às 11h – Classificação Livre – Interno – Grátis. 19/11 – “Artes Plásticas e Representação Negra”, às 11h – Classificação Livre – Interno – Grátis. 19/11 – Almoço: Comidas Típicas Africanas, às 12:30 – Classificação Livre – Espelho D’água Pago 19/11 – “Literatura em África: Aspectos fundamentais, diversidade etnolinguística, cultura e experiências práticas”, às 14h – Classificação Livre – Interno – Pago 19/11 – Filme “Mutu Mbi” e Bate-papo com a atriz principal e elenco Livre Interno às 14h Gratuito 19/11 – Bate-papo: Pensar África e Sessões de Autógrafos de livros de autores africanos, às 18:10 – Classificação: Livre – Espelho D’água – Grátis. 19/11 –Show “ Mû Mbana”, com participação especial do compositor e intérprete angolano Dog Murras, às 20h – classificação: Livre – Local Interno – Pago. 20/11 – Teatro “O Pequeno Herói Preto” – às 16h – Classificação: Livre – Local Interno – Pago. 20/11- Teatro “Negra Palavra/Solano Trindade”- às 20h – Classificação 12 anos Local Interno – Pago.
PROGRAMAÇÃO EXTRA – FESTIVAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA 16, 17 e 18/11 às 15h – Workshop de Ritmos e Músicas da GuinéBissáu – Classificação livre Livre- Sala de Ensaio – Pago 17, 18 e 19/11 – O dia todo Loja Parceria Carioca Livre Espaço do Condomínio Gratuito 17, 18 e 19/11 – O dia todo Feira de Literatura Africana Livre Foyer – Grátis.
A segunda temporada de Bel-Air, reboot dramático de Um Maluco no Pedaço, acaba de ganhar teaser de divulgação e data de estreia: a nova temporada chega aos telespectadores dos EUA no dia 23 de fevereiro.
Na prévia, Jabari Banks, que interpreta o protagonista Will, aparece enfrentando situações de confronto e até sobre o telhado em um protesto onde aparece o cartaz “Professores Negros Importam” e dizendo que desta vez, “ninguém vai fazer escolhas por ele”.
Diferentemente da primeira versão da série clássica que era protagonizada por Will Smith, Bel-Air não tem ares de comédia. A história se passa nos dias atuais e o protagonista Will se muda para viver com os parentes ricos de Los Angeles após se envolver em uma briga de gangues na Filadélfia.
Apesar de as críticas à série não serem as melhores, com 66% de aprovação no Rotten Tomatoes, a produção chegou à segunda temporada, que ainda não tem data de estreia prevista no Brasil, mas a primeira temporada pode ser assistida na Star+.
Cantora recebeu prêmio de de ‘Melhor Álbum de MPB’ na última quinta-feira (17).
A multiartista Liniker fez história, na noite desta quinta-feira (17), ao ganhar o Grammy Latino de ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira’, e se tornar a primeira artista trans do Brasil a conquistar o prêmio. A cantora de 27 anos recebeu a estatueta pelo disco “Indigo Borboleta Anil” e se emocionou ao discursar em espanhol para a plateia, em Las Vegas.
“Eu sou Liniker, sou uma cantora e compositora e atriz brasileira. Hoje, algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgênero ganha um Grammy”, disse ela, emocionada. Liniker concorria com artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Ney Matogrosso.
Nas redes sociais, a artista celebrou a conquista. “Que gigante, importante e significativo o espaço que o disco dos meus sonhos alcançou. Esse prêmio é resultado de muita dedicação, trabalho e um time maravilhoso que construíram tudo isso comigo”, disse.
Na mesma noite, a cantora Ludmilla venceu na categoria “Melhor Álbum de Samba/Pagode”, pelo trabalho “Numanice #2”.
A economia digital também é negra. Discutir para onde queremos ir em um mundo onde se discute metaverso nem é mais novidade, é uma das propostas do “Festival Afrofuturismo – Por uma abolição econômica“ que acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, em Salvador. O evento vai discutir o protagonismo afrodescendente e sua contribuição para a economia criativa, plataformas digitais, universo das criptomoedas e novas tecnologias como caminho para a inclusão tecnológica.
“O tema ‘Abolição Econômica’ tem a ver com uma análise sobre a necessidade de uma reparação econômica histórica para comunidade afrobrasileira, tendo em vista que a gente passou por mais de três séculos de escravidão e não tivemos a oportunidade de exercer nossos direitos econômicos”, disse Paulo Rogério, cofundador da Vale do Dendê e um dos idealizadores do Festival, em entrevista exclusiva para o Mundo Negro.
Promovido pela Vale do Dendê, o festival irá movimentar a capital baiana hoje e amanhã (19), em formato híbrido para ampliar o público. Desta forma, interessados em tecnologia no mundo inteiro terão acesso a atrações culturais e musicais, feira de empreendedores, palestras e atividades interativas com muita realidade virtual e aumentada, seguindo as trilhas subdivididas em temas como Inovação e tecnologia, Criatividade e negócios, Literatura e SCI-FI, Arquitetura e Urbanismo, Cinema e Games, Moda e Cosplay, Música e Podcast, Sustentabilidade e ESG.
Leia a entrevista completa:
O que significa o termo abolição econômica?
O tema “Abolição Econômica” tem a ver com uma análise sobre a necessidade de uma reparação econômica histórica para comunidade afrobrasileira, tendo em vista que a gente passou por mais de três séculos de escravidão e não tivemos a oportunidade de exercer nossos direitos econômicos, são direitos importantes, direitos humanos inclusive, para poder ter liberdade para empreender, para criar, para executar projetos e sonhos. A gente tá provocando esse ano com esse tema, para dar destaque a essa questão, novos ciclos econômicos estão surgindo. Novos ciclos econômicos estão surgindo com as criptomoedas, com a economia digital, com a economia do conhecimento, para que um dia a gente possa acelerar a inclusão das pessoas descendentes dentro da economia digital.
O evento antes era chamado de ocupação afrofuturista e agora é um festival. O que mudou?
A gente começou esse evento que tinha como objetivo realmente ocupar espaços públicos com inovação e tecnologia, mas a gente decidiu desde o ano passado virar um festival calendarizado, um festival com objetivo de atrair pessoas do mundo todo para Salvador para discutir o tema do futurismo, que é um tema bem delimitado e felizmente pelos grandes centros de inovação do mundo, são poucas pessoas que estão discutindo o futuro e a gente tem proposto abrir a discussão para a comunidade negra, para todas as pessoas que queiram discutir esse novo mundo que tá surgindo agora. No ano passado a gente fez um evento juntando Cabo Verde, Angola, Moçambique, Portugal e Brasil. Esse ano estamos recebendo já palestrantes de Gana, da Nigéria, Estados Unidos, com vídeos também, pela participação virtual da África do Sul e do Panamá. Tentar juntar toda a diáspora africana em torno desse tema tão importante.
Como você vê o desenvolvimento dos afroempreendedores agora com um presidente mais alinhado com pautas progressistas?
Esse novo ciclo político que o Brasil vai entrar em 2023 pode abrir novas portas para estimular o empreendedorismo negro, empreendedorismo periférico, a gente tá bem otimista com essas possibilidades, apesar de saber que para isso acontecer vamos precisar de representação real, de pessoas negras dentro dos Ministérios para que a gente tenha realmente a representação dentro de todos esses órgãos, mas a gente entende que é um grande possibilidade sobretudo para discutir linha de financiamento, linha de apoio e incentivo para o pequeno empreendedor, microempreendedor e pro nanoempreendedor.
Geralmente se pensa no Sudeste quando falamos de tecnologia. Quais projetos em Salvador você destacou, no quesito tecnologia e criatividade que o Brasil deveria estar de olho?
Quando se pensa em tecnologia e inovação quase sempre se fala do sudeste, justamente porque o sudeste foi protagonista do último ciclo econômico que nós vivemos no Brasil. O último grande ciclo foi o da indústria. Esse ciclo já está em sua fase final, pelo menos um protagonismo único, onde está sendo substituído pela economia do conhecimento, pela economia criativa e também pela economia verde. Nesse sentido, norte e nordeste se posiciona como grandes novas vetores desse desenvolvimento econômico do Brasil, podemos estabelecer uma nova geopolítica nacional porque a gente tem agora as áreas que são mais verdes no Brasil, são mais potencialmente sustentáveis que podem trabalhar com tema de contabilidade, economia verde, estão no norte e no nordeste. Então a gente vê que a longo prazo, a gente pode até mudar essa centralidade econômica brasileira, se a gente conseguir dar visibilidade a essas novas cenas econômicas que estão surgindo aqui no norte e nordeste. E aqui tem muita coisa acontecendo, na criatividade aqui na Bahia com empresas importantes na área de moda, de gastronomia, na área do audiovisual.
Quais na sua opinião são os maiores destaques do Festival esse ano?
Os destaques desse ano eu diria que são: a presença do Kamil Olufowobi, que é o criador do prêmio MIPAD Global, que é o maior prêmio global de reconhecimento da centralidade africana e da conexão dos afrodescendentes no mundo. Ele criou esse prêmio e tem gente conectada em todo planeta, da Índia, China, Paquistão, Brasil, Estados Unidos, Angola, Gana. Então é muito forte esse prêmio. Ele é o representante, primeira vez aqui no Brasil chegando em Salvador. A gente tem também a presença do Aaron Mitchell, que foi diretor global de RH da Netflix, criou toda a política de inclusão na Netflix globalmente e o Aaron é realmente um nome muito forte na questão de inclusão. Ele foi responsável pela política de financiamento da Netflix de bancos negros nos Estados Unidos. Por fim, Juliana Vicente, a diretora do filme “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo” da Netflix e também estará no painel.
Confira a programação completa
O Festival Afrofuturismo Ano IV está especial e vai acontecer em cinco espaços do Centro Histórico de Salvador!
Confira a programação em cada local:
*Programação sujeita a alteração sem aviso prévio.
Casa Vale do Dendê
Rua das Laranjeiras, nº 2 – Terreiro de Jesus (Pelourinho)
18/11/2022
10h: Workshop: Adote um(a) Explorer – Programa de Aceleração de Carreira para Jovens de Baixa Renda . Ministrante: Andressa Tairine (O que Aprendi na Engenharia – empresa acelerada pela Vale do Dendê). Lotação: 40 pessoas.
11h: Mesa: Como gerar mais impacto social (de verdade!) com a tecnologia? Palestrantes: Danilo Lima (Trace Academy); Reginaldo Lima (Invest Favela). Lotação: 40 pessoas.
14h: Workshop: Blockchain para Mulheres. Ministrante: Glória Tellez (Especialista – Blockchain pela Universidade de Nova York). Lotação: 40 pessoas.
19/11/2022
10h: DemoDay Incubação de Produtoras de Áudio da Vale do Dendê. Atividade para convidados, com transmissão online no canal do YouTube da Vale do Dendê.
15h: Painel de experiências Internacionais de inovação e inclusão econômica. Palestrantes: Rodrigo Faustino (Cofundador da Ebony English); Carol Silva (Talento Total Eua/Colombia); Melina López (Product & Inclusion Marketing Manager na Google). Transmissão online no canal do YouTube da Vale do Dendê. Lotação: 40 pessoas.
Teatro Gregório de Mattos
Praça Castro Alves, s/n
18/11/2022
09h – Abertura oficial do Festival Afrofuturismo Ano IV. Apresentação: Luana Assiz (Jornalista). Convidados: Sebrae, Qintess, Acelen, Prefeitura de Salvador (Secretaria de Cultura e Turismo), Banco do Nordeste, Ideia3, Agogô e Vale do Dendê. Lotação: 150 pessoas.
11h – Palestra Magna: O Mundo em 2050: Seremos Wakanda ou Blade Runner? Palestrantes: Bárbara Carine (escritora, empresária e produtora de conteúdo) e Grazi Mendes (professora, executiva e ativista). Lotação: 150 pessoas.
14h – Mesa: “Afro – Futurism: imagining an afro-centric world through the power of technology and identity”. Palestrantes: Nana Baffour (CEO Qintess) e Alexander Smalls (chef de cozinha internacional). Mediador: Eliezer Silveira Filho (CEO Roost).
15h30 – Mesa: Dados Importam: como os algoritmos impactarão cada vez mais nossa vida. Palestrantes: Lucas Reis (CEO Zygon); Nina da Hora (pesquisadora em tecnologia); Alana Cardoso (Qintess); Carlos Sales (New Creator IBM). Mediador: Luter Filho (Co-Fundador, CMO/CCO em LinKapital). Lotação: 150 pessoas.
17h – Mesa: Code or Die: Como o Brasil pode formar mais pessoas para áreas de tecnologia? Palestrantes: Celso Kleber de Souza (Qintess); Andressa Tairine (OQAE); Prof. Igor Miranda (UFRB). Mediação: Tata Ribeiro (Aimó Tech). Lotação: 150 pessoas.
18h30 –Caminhada percursiva com grupo Os Negões, da estátua de Zumbi (Praça da Sé) até a Casa Vale do Dendê.
19/11/2022
8h30: Mesa: Web 3: como podemos incluir a população negra neste cenário? e Lançamento da NFT “Pega Visão”. Palestrantes: Aaron Mitchel (Ex-diretor Global de RH – Netflix); Javonté Anyabwelé (VP Carnival Cruise); Tata Ribeiro e Daniel Neiva (Aimó Tech). Mediação: Paulo Rogério Nunes (Cofundador Vale do Dendê). Lotação: 150 pessoas.
10h – Mesa: Diversidade e Mídia. Palestrantes: Sandra Regina Boccia (Diretora do Segmento de Negócios- Editora Globo) e Juliana Vicente (cineasta e diretora do documentário “Racionais: Das ruas de São Paulo para o mundo” da Netflix). Mediação: Sara Barbosa (atriz/apresentadora). Lotação: 150 pessoas.
11h: Mesa: Como conectar a Diáspora Africana com a Internet? Palestrantes: Kamil Olufowobi (CEO MIPAD Global) e Bayinna Black (Executiva de Mídia). Apresentação: Paulo Rogério Nunes (Cofundador Vale do Dendê). Lotação: 150 pessoas.
Palacete Tira Chapéu
Rua Chile esquina com Rua Tira Chapéu, Centro
Exposição: A exposição ESTÚDIO ÁFRICA – COLEÇÕES ATLÂNTICAS apresenta 10 portraits de personagens brasileiros de Salvador e senegaleses de Dakar, em fundos decorativos que recriam cenas de cidades negras e simulam o deslocamento dos retratados. A Coleção Salvador, 2017 e Coleção Dakar, 2018 inspiram-se na história e nas práticas da fotografia na África Ocidental e realiza uma experiência que mescla antropologia estética e artes visuais para produzir uma arte diaspórica afro-brasileira. Uma terceira Coleção Mali – Bahia, com a participação luxuosa e presencial da fotógrafa malinesa Fatoumata Diabaté, está em processo de realização. Idealização e Curadoria: Goli Guerreiro Fotografias: Arlete Soares + Eder Muniz + Goli Guerreiro
18/11/2022
10h –Preto Pode Talk – Arte & Entretenimento é Caminho para Ascenção Econômica. Convidados: Dayane Oliveira /As Minas Content e André Cosca / KALIFA XXI.
16h – Mesa: Mulheres pretas e o mundo digital: como usar as mídias e tecnologias a nosso favor?. Palestrantes: Carla Akotirene (escritora e intelectual); Samira Soares (Doutoranda em Literatura – UFBA e produtora de conteúdo) e Ashley Malia (jornalista e influenciadora digital). Mediação: Sara Barbosa (atriz/apresentadora). Lotação: 60 lugares.
19/11/2022
10h –Preto Pode Talk – Afro Empreender é Poder a Solução Econômica. Convidados: Com Cinara Santos e Mario Nelson de Carvalho / Economista e Empreendedor.
16h – Mesa: Novas narrativas para a mídia e tecnologia brasileira. Palestrantes: Letícia Frias (AsMinas Content); Tiago Rodriguez (Agência Ayóubà); Lula Rodrigues (Escola 42). Lotação: 60 pessoas.
Galeria Pierre Verger – Acervo permanente do acervo da Casa do Benin. Peças coletadas por Pierre Verger em expedições aa Benin em 1980.
Galeria Lina Bo Bardi – Exposição temporária “Onde as cobras (não) dormem: Imagem e Re-territorios” em parceria com o grupo de pesquisa Balaio Fantasma do IHAC-UFBA. A exposição faz parte da ocupação Fantasmagorias Dahomeanas.
Visitação: terça a sábado, 10h às 17h. Gratuito.
18/11/2022
15h-16:30h – Roda de conversa: Uma nova era na diplomacia cultural? O museu na berlinda com Emi Koide (África nas Artes – CAHL – UFRB)/ Vilma Santos e José Eduardo (Acervo Laje) / Rebeca Carapiá (Irê arte, praia e pesquisa -SSA-BA). Lotação: 60 pessoas.
19/11/2022
14h-16h – James Codjo Awononnou (multiartista beninense) apresenta a cultura Vodoun a partir de peças do Acervo da Casa do Benin. Mediação: Beatriz Gonzalez (PPGDAN-UFBA) e Paola Barreto (IHAC-UFBA). Lotação: 60 pessoas.
Para participar do Festival Afrofuturismo basta acessar este link e garantir seu ingresso!
* OS PONTOS DE CREDENCIAMENTO SÃO O TEATRO GREGÓRIO DE MATTOS E CASA VALE DO DENDÊ. TODOS OS EVENTOS DEVERÃO SER ACESSADOS MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CRACHÁ E RESPEITANDO A LOTAÇÃO DOS ESPAÇOS, CONFORME INDICADOS NA PROGRAMAÇÃO.
** AO SE INCREVER NO FESTIVAL AFROFUTURISMO, VOCÊ AUTORIZA O USO DA SUA IMAGEM ATRAVÉS DE FOTOGRAFIA E FILMAGEM PARA FINS PROMOCIONAIS DA VALE DO DENDÊ E SEUS PARCEIROS.
A celebração do Dia Nacional da Consciência Negra deste ano vai ganhar um ar mais leve. E vai ter dose dupla. Dia 19 de novembro, o Centro Cultural do Grajaú recebe o escrete do humor preto – Helio de La Peña, Paloma Santos, Niny Magalhães e Gui Preto. Dia 20, será a vez do Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes acolher Niny Magalhães, Zete Brito, Paloma Santos e Helio de La Peña. O coletivo de comediantes Risadas Pretas Importam preparou um fim de semana histórico para São Paulo. Dois shows na periferia da cidade.
É o humor preto brasileiro promovido pela Secretaria de Cultura de São Paulo, com total apoio da secretária, Aline Torres. Serão oferecidos gratuitamente à população paulistana.
Risadas Pretas Importam ou Black Laughs Matter, no idioma de Eddie Murphy e Wanda Sykes, é um show de humor que dialoga inclusive com a reparação cômica! Uma forma memorável de celebrarmos esta data tão marcante, ocupando palcos com um grande, belo e popular sorriso negro.
Comediantes de ponta da cena do stand up brasileiro se apresentam no palco, trazendo um humor temperado pelo afrofuturismo. A plateia vai rir com os negros! Cinco artistas, cinco sotaques, cada um trazendo suas vivências, mostrando a riqueza da diversidade da cultura humorística dos pretos para gente de todas as cores.
Durante 1 hora de 10 minutos, Helio de La Peña, Niny Magalhães, Gui Preto, Paloma Santos e Zete Brito se revezarão em dois espetáculos, com performances de 10 a 12 minutos, cada um trazendo sua verve e personalidade. O DJ Jé Versátil, experiente no rolê do suingue nas apresentações da comédia preta, assina a trilha sonora de abertura e encerramento, além de criar as vinhetas de transição entre os shows.
CURADORIA e DIREÇÃO
Helio de La Peña passou a circular no universo do humor de cara limpa em 2018. Desde então vem participando de shows pelo Brasil ao lado da nova geração. Carioca da Vila da Penha, 63 anos, casado, três filhos, formado em engenharia pela UFRJ. Humorista de águas abertas e, o mais importante, botafoguense. Um dos criadores do programa “Casseta & Planeta, Urgente!” (Tv Globo), no ar de 1992 a 2010, onde atuou e escreveu. Em seu show fala de política sem preconceito, batendo em todo mundo, expõe as contradições de ser o único preto em ambientes sofisticados, assim como traz a vivência de quem cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro.
Segundo o ator, um dos pilares desse elenco é : “Diversidade acima de tudo, humor pra cima de todos”.
Seja em origem, em gênero, em classe social ou em faixa etária, tendo como denominador comum o talento e a experiência na comédia stand up. Pensando nisso, ele vai reunir comediantes homens e comediantes mulheres, todos pretos e que abordam os mais variados assuntos, inclusive tirando sarro do racismo.