Home Blog Page 582

Dia de Iemanjá no Arpoador: festa no RJ reunirá atrações artísticas e religiosas

0
Fotos: Divulgação e Getty Images

Em 1923, há exatos 100 anos, os peixes estavam escassos na Praia do Rio Vermelho, em Salvador, coração da Bahia, e uma turma de 25 pescadores resolveu levar presentes a Iemanjá, pedindo fartura e prosperidade. A graça foi atendida e, daí em diante, todos os anos um número crescente de barcos saíam com oferendas no dia do Orixá mais cultuado do Brasil. Era 2 de fevereiro. Esse ano, haverá uma festa similar na Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro.

Idealizada pelo músico Marcos André, de família umbandista e praticante do Candomblé, o Dia de Iemanjá no Arpoador 2023 reunirá, das 15h às 22h, representantes de casas de Umbanda e Candomblé de linhagens centenárias, além de grupos de jongo, afoxé, samba e maracatu, a fim de celebrar Iemanjá no seu dia. Marcos, que atua há 27 anos em quilombos de jongo do Vale do Café e em projetos culturais em Madureira, mobilizou cerca de 120 mestres, líderes religiosos, artistas e filhos de santo, integrantes de 10 grupos grandes, para o ritual na rede de comunidades tradicionais que coordena.

“Em 2020, sozinho no meio do isolamento da pandemia, senti muito forte a presença dos guias espirituais e tive uma revelação importante: um chamada para, junto com os meus, reunir as famílias dos terreiros e quilombos que participo para fazer uma festa de tambor nas areias da praia no Dia de Iemanjá. Os cariocas precisavam naquele momento pedir paz, equilíbrio e harmonia para as suas cabeças agitadas pela pandemia, mortes e pelo desgoverno que passamos”, recorda Marcos.

Ele conta que “no Candomblé, Iemanjá é justamente o Orixá que cuida do equilíbrio e paz das nossas cabeças, coisa que a gente precisa muito hoje. Ela é querida por todos, tem o poder de nos unir. Era uma hora importante também dos terreiros voltarem para as praias cariocas no Dia de Iemanjá. Uma rica tradição nossa que diminuiu muito. Uma afirmação e celebração da importância do tambor na história dessa cidade”.

A celebração – que começou no dia 2 de fevereiro de 2022, nas areias da Praia do Flamengo, marcando a abertura do Festival Multiplicidade, de Batman Zavareze – cresceu e, este ano, o axé para Iemanjá ocupará as pedras do Arpoador, em Ipanema, das 15h às 22h, com um número ainda maior de casas e grupos de matriz africana. Todo o ritual de oferendas será liderado pelo lendário Mestre Bangbala, 103 anos, o Ogan mais antigo do país em atividade e patrono do Dia de Iemanjá no Arpoador.

Afinado com os novos tempos da sustentabilidade e proteção dos mares, o antigo mestre é categórico: “Todas as oferendas do ritual serão biodegradáveis. Pedimos ao público que não leve plástico, vidro ou madeira. É uma saudação à Rainha do Mar, à sua morada e às forças da natureza. Somente flores e frutas serão oferecidas nas águas”, adverte Ogan Bangbala, no alto dos seus 103 anos.

Ao final o público será convidado para um mutirão de limpeza das areias e pedras ao redor da celebração.

Cortejo abre os trabalhos às 15h
A concentração do cortejo começará às 15h, no calçadão da praia de Ipanema, aos pés da estátua do Tom Jobim, com apresentações do grupo Tambores de Olokun, do Afoxé Filhas de Ghandy, do Afoxé Oré Lailai e do Ogan Kotoquinho.

Às 17h, casas de Umbanda e de Candomblé de origens centenárias e artistas de grupos de afoxé, jongo, samba e maracatu realizarão um grande cortejo com balaios de flores e frutas, presentes para Iemanjá, em direção à Pedra do Arpoador onde serão oferecidas.

Em seguida, será aberta uma Roda de Tambor na areia da praia, com pontos de Candomblé cantados pelo Mestre Ogan Bangbala e pelo Pai Dário de Ossain, do Ilê Axé Onixegun e mestre de jongo do Morro da Serrinha. Logo depois, o célebre cantor de umbanda, Tião Casemiro, vai entoar pontos de umbanda acompanhado pela sua orquestra de tambores.

Depois será a vez do Jongo do Pinheiral representar mais de 100 anos de história do Vale do Café, berço do jongo, na festa. “O jongo é considerado o pai do samba carioca e o Jongo de Pinheiral é incrível, um dos grupos de jongo mais antigos do país”, explica Marcos.

O Jongo de Pinheiral subirá ao palco ao lado dos jongueiros do Morro da Serrinha, de Madureira, da Companhia de Aruanda e de Marcos André. Para fechar a roda e a parte sagrada da festa, a Companhia de Aruanda e o grupo Samba Jongo convidarão o público para dançar muito samba de roda, coco, jongo e cirandas praieiras.

A apoteose final da festa será uma roda de samba, prevista para às 20h, a ser realizada num palco montado ao lado da Pedra do Arpoador, com a participação dos célebres sambistas Nina Rosa, Marcelinho Moreira, Hamilton Fofão, Carlinhos 7 Cordas, PH Mocidade, Nenê Brown, entre outros. Mais samba no pé promete embalar a plateia.

Durante todo o evento, a Feira Crespa estará a postos, com barracas de gastronomia e moda sob o comando de afroempreendedoras, bem ao lado do palco.

O Dia de Iemanjá no Arpoador vai contribuir para a visibilidade do calendário comemorativo de festas de Iemanjá que vem renascendo na cidade, celebração com forte identidade religiosa e cultural para a população do Estado do Rio, com potencial para gerar um impacto muito positivo na valorização das tradições cariocas de matrizes africanas e seus fazedores e para as cadeias produtivas do Turismo e da Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Odoyá, Iemanjá. Salve a Rainha do Mar e as forças da natureza!

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

15h – Concentração (em frente à estátua do Tom Jobim)

Tambores de Olokun

Ogan Kotoquinho

Afoxé Filhas de Ghandy

Afoxé Oré Lailai

17h – Cortejo e Presente para Iemanjá (Pedra do Arpoador)

17h30 – Roda de Candomblé com Ogan Bangbala e Pai Dário de Ossain

Roda de Umbanda com Tião Casemiro

Jongo de Pinheiral e Companhia de Aruanda

Samba de Roda, Coco e Ciranda com Companhia de Aruanda e grupo Samba Jongo

19h30 – Boas vindas com Ogan Bangbala, Tia Ira Rezadeira da Serrinha, Mestra Fatinha do Jongo de Pinheiral, Pai Dario de Ossain, Ogan Kotoquinho e Marcos André.

Roda de Afoxés e Umbandas

20h – Roda de samba com Nina Rosa, Hamilton Fofão, Marcelinho Moreira, Carlinhos 7 cordas, PH Mocidade, Nene Brown, Raymundo Jonathan e convidados.

22h – Encerramento

Das 15h às 22h – Feira Crespa

Dia de Iemanjá no Arpoador é uma realização do Instituto Floresta e da Rede de Patrimônio Imaterial do Estado do Rio, com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro através do Edital Foca 2022, Prefeitura do Rio de Janeiro. Os parceiros são: Riotur, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Políticas da Mulher, Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa, Subprefeitura da Zona Sul, Ilê Axé Onixegun, Companhia de Aruanda, Alalaô Kiosk e Hotel Arpoador.

Pai de 2, Luis Navarro termina casamento com Ivi Pizzott para “reencontrar sua essência” e recebe críticas

0

“Eu me encontro confuso com a vida e tomei a decisão de reencontrar a minha essência e pra isso precisei dar um tempo no relacionamento. Não lembro a última vez que fiquei sozinho pra refletir, que li um livro (…)” foi assim que o ator Luis Navarro, o “Mark de Todas as Flores” anunciou na última sexta-feira (20), que estaria dando um tempo da sua relação com a atriz Ivi Pizzott. Os dois são pais de duas meninas, e as justificativas dessa separação causaram muita polêmica, por conta da idade das crianças. A mais nova tem apenas 4 meses.

O anúncio do término do casal chocou os internautas, afinal, há apenas 4 meses Ivi Pizzott dava à luz a Zuri, sua segunda filha, fruto do casamento com o ator Luis Navarro. Durante toda a gestação até o início do pós-parto, o casal dividia com seus seguidores a rotina de papais de recém-nascido, compartilhando dicas, dores e delícias desse momento especial.

Na última sexta-feira veio o anúncio do término, em um longo texto o ator Luis Navarro detalhou o motivo da separação, segundo ele estava na hora de reencontrar a própria essência. “Ser pai, marido, artista e ser um dos alicerces de uma família preta não é pra poucos, meu espírito sucumbiu, enfraqueceu”, revelou Luiz.

Já em suas redes sociais a atriz e bailarina Ivi Pizzott anunciou o término do seu ponto de vista “Tá difícil e eu não tive escolha”.

“Daqui pra frente, é saber como vou lidar com a situação e pra isso, conto com o carinho, respeito e orações de vocês. 🙌🏾
Seguimos, da maneira mais cordial possível, como os melhores pais que pudermos ser pras nossas meninas. Elas merecem! ❤️” lamentou a atriz.

Nas redes sociais o assunto foi debatido por seguidores, formadores de opinião e ativistas. Afinal, Luis Navarro encerra um relacionamento de 7 anos para reencontrar sua essência e tentar ler um livro com um filho de 4 meses e uma parceira vivendo o puerpério.

Com todo esse assunto rolando, um questionamento também é levantado: a solidão da mulher negra. Por que é tão fácil para um homem abandonar uma mulher negra, ainda que em um dos momentos mais difíceis da sua vida? Por que os homens não lutam e nem se esforçam para manter seus relacionamentos quando sua parceira é uma mulher preta?

Atriz Regina King faz homenagem ao filho um ano após sua morte: “Continue a brilhar, minha luz guia”

0
Foto: Getty Images

Em suas redes sociais, Regina King compartilhou um vídeo com uma mensagem especial para Ian Alexander Jr., falecido em janeiro de 2022

A atriz Regina King compartilhou em suas redes sociais um post em homenagem ao filho, Ian Alexander Jr., que morreu no dia 22 de janeiro de 2022, aos 26 anos. King compartilhou um vídeo de uma lanterna de papel laranja voando e escreveu uma mensagem especial para o filho: “Minha coisa absolutamente favorita sobre mim é ser… Regina, a mãe de Ian, o Deus Rei. Continue a brilhar, minha luz guia”.

O texto também lembrava o dia do aniversário do rapaz: “19 de janeiro é o dia dos méritos de Ian. Enquanto ainda processamos sua ausência física, celebramos sua presença”.

Na legenda ela ainda ressalta: “Estamos todos em lugares diferentes do planeta … assim como Ian. Seu espírito é o fio que nos conecta. Claro que laranja é a sua cor favorita…É o fogo e a calma. Vejo você em tudo que respiro [sic]”.

Filho único da atriz, Ian Alexander Jr. foi encontrado morto em sua residência, no dia 22 de janeiro do ano passado, depois de cometer suicídio. “Nossa família está devastada no nível mais profundo pela perda de Ian”, teria informado King em um comunicado enviado à PEOPLE na época. “Ele é uma luz tão brilhante que se importava tão profundamente com a felicidade dos outros. Nossa família pede consideração respeitosa durante este tempo privado. Obrigada.”, dizia a nota.

Ian era filho da atriz com seu ex-marido, o produtor musical Ian Alexander Sr.

Clique aqui e encontre alguns links úteis para pessoas com pensamento suicida: https://www.cvv.org.br/links-uteis/

Globo exibirá o filme ‘Beleza da Noite’ nesta segunda-feira

0
Foto: Bruna Castro

Em homenagem ao cinema nacional, durante o mês de janeiro, a Globo exibirá na “Tela Quente“, às segundas-feiras, apenas filmes brasileiros. Nesta segunda-feira (23), o público poderá assistir o filme “Beleza da Noite“.

Estrelado pela atriz e cantora Larissa Luz, o filme também conta com Mayana Aleixo, Edvana Carvalho, Evana Jeyssan e Diogo Lopes Filho no elenco. Escrito pelo roteirista Gildon Oliveira, o longa estreou no último 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

O enredo está ambientado no bairro da Liberdade em Salvador (BA) e narra uma história que revela os resquícios do racismo estrutural na mente das crianças negras. Michellini (Larissa Luz) é uma babá que quando vai comprar uma boneca de presente para a filha de sete anos, chamada Suellen (Mayana Aleixo), percebe que a menina prefere uma boneca branca. Michellini se questiona sobre a beleza negra e as amigas Lulu Danada (Fernanda Silva) e Jaqueline (Véu Pessoa), a convencem de participar do Concurso da Beleza Negra do Ilê Aiyê, com o objetivo de transformar a visão da filha sobre a estética negra.

Em 2022, quando foi lançado o filme, Gildon Oliveira disse que é sempre um desafio buscar por um espaço de autoria dentro de uma estruturação racial que condiciona os negros à margem. “Sendo escritor negro do interior do Estado da Bahia, tive que criar minhas oportunidades de estudo e trabalho para aprimorar o meu ofício. A criação de Beleza da Noite é resultado desses investimentos e da formação de um repertório sensível com objetivo maior de provocar reflexões sobre diversidades e emocionar uma audiência com histórias simples, mas de grande força dramática e apelo emotivo”.

A Tela Quente nesta segunda (23) vai ao ar logo após o Big Brother Brasil 23, às 23h55. Veja o trailer:

Ministra Sonia Guajajara relata genocídio contra os Yanomami: “Crime premeditado”

0
Foto: Ricardo Stuckert

A Ministra dos Povos Originários Sonia Guajajara, 48, viajou para Roraima junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77, neste sábado (21) e chocou o Brasil com a situação atual contra os povos Yanomami. “Mais que uma crise humanitária, o que vi em Roraima foi um genocídio. Um crime premeditado contra os Yanomami, cometido por um governo insensível ao sofrimento do povo brasileiro”, voltou a denunciar nas redes sociais, neste domingo (22).

“Fome, doenças e mortes. Falta de médicos e medicamentos. Adultos com peso de crianças, crianças morrendo por desnutrição, malária, diarreia e outras doenças. Os poucos dados disponíveis apontam que nos últimos quatro anos pelo menos 570 crianças menores de 5 anos perderam a vida no território Yanomami, vítimas de doenças que poderiam ser evitadas e tratadas”, lamenta a ministra.

“Além do descaso e do abandono por parte do governo anterior, a principal causa do genocídio é a invasão de 20 mil garimpeiros ilegais, cuja presença foi incentivada pelo ex-presidente. Os garimpeiros envenenam os rios com mercúrio, causando destruição e morte. Uma das lideranças com quem conversei resumiu a tragédia: ‘O peixe come o mercúrio, a gente come o peixe, a gente morre'”, relata se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ministra aproveitou para reafirmar o seu compromisso já prometido durante a campanha eleitoral para deputada federal no ano passado “Não haverá garimpo ilegal em terra indígena”.

“Na Casa de Saúde Indígena Yanomami vi pessoas que saem de suas aldeias em busca de atendimento em Boa Vista e depois não conseguem voltar para suas aldeias. Conversei com uma senhora que está há seis meses à espera do transporte de

volta, desesperada porque seus filhos ficaram na comunidade. Outro Yanomami, que trabalha como agente comunitário de saúde, me contou que foi a Boa Vista receber o salário e não consegue mais voltar, para cuidar da saúde do seu povo”, relatou outra denúncia.

Ministério dos Direitos Humanos contra o genocídio dos Yanomami

Ontem, o Ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, 46, também acompanhou de perto a crise humanitária dos povos Yanomami e já apontou qual será o papel da pasta para combater essa violência. Leia na íntegra as ações, publicada pelo ministro:

“1. A partir da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente o MDHC fará: 1) diagnóstico das violações de direitos; 2) formação dos integrantes do Sistema de Garantia de Direitos; 3) formação aos promotores indígenas de direitos humanos.

2. Já temos em curso o projeto para a equipagem dos Conselhos Tutelares, o que inclui também o fomento e o estímulo junto aos municípios para a participação indígena na composição do Conselho Tutelar, ainda nas eleições de outubro desse ano, bem como a participação dos membros dos Conselhos nos cursos de formação da Escola Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente.

3. Vamos priorizar a implantação de um ou mais de um Centro de Atendimento Integrado às Crianças Vítimas ou Testemunhas de Violências, e apoio logístico para as atividades na terra indígena.

4. No plano do Sistema de Garantia de Direitos do(s) município(s) de referência no atendimento às crianças Yanomami, pretendemos estabelecer uma articulação para o planejamento de medidas como a formação da rede local de proteção de crianças e adolescentes no curso da Escola de Direitos da Criança e do Adolescente, além da adoção das medidas contidas no Plano Nacional da Primeira Infância no eixo das Infâncias da Diversidade.

5. Determinarei ao Ouvidor Nacional dos Direitos Humanos que vá à Roraima para que sejam relatadas as violações de direitos humanos.

6. Iremos estabelecer um diálogo interministerial para a implementação do Plano Nacional de Defesa dos Defensores de Direitos Humanos.

7. Apresentaremos um relatório ao Presidente Lula e ao Ministro da Casa Civil contendo o detalhamento das medidas acima apontadas”.

Menopausa e verão: médica dá dicas de como aliviar os sintomas nessa época do ano

0
Reprodução/FreePik

A menopausa é um processo natural feminino que marca o fim da vida reprodutiva, tendo início por volta dos 45-50 anos. Durante essa fase da vida o corpo passa por um desequilíbrio hormonal que provoca sintomas como fraqueza, ressecamento da pele, depressão, insônia, secura vaginal, variação de humor, ganho de peso, redução do interesse sexual, além das famosas ondas de calor.

Segundo a médica ginecologista Loreta Canivilo, no verão os efeitos da menopausa podem se tornar ainda mais incômodos devido as altas temperaturas, contudo ela ressalta que existem formas de atenuar esses efeitos e trazer bem-estar e qualidade de vida, durante esse período crítico.

“O tratamento mais adequado para atenuar os efeitos da menopausa que possui resultados comprovados cientificamente é a reposição hormonal com hormônio humano, que é exatamente igual ao que o ovário produzia. É reposto por um período de até cinco anos com bastante segurança e retira totalmente os efeitos da menopausa”, explica a profissional.

Quando a reposição hormonal é recomendada, há uma série de opções de tratamentos. Existem diversos hormônios que podem ser utilizados e ser combinados ou não, além da dosagem, a forma de administração e o tempo de uso que serão determinados pelo médico após avaliação criteriosa e levando em conta as necessidades individuais de cada paciente.

No entanto, a especialista afirma que nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Quem teve casos de cânceres, trombose, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto, por exemplo, deve evitar, mas cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Contudo, existem algumas ações que podem ser colocadas em prática para aliviar os sintomas da menopausa, como:

Utilizar roupas leves;
Beber bastante água;
Praticar atividades físicas;
Apostar nos alimentos naturais;
Diminuir o consumo de cafeína, álcool e alimentos picantes.

Cropped Jeans: a peça “queridinha do verão” voltou junto com a estação do ano

0
Famosas apostam no Cropped Jeans

Com certeza se falarmos de uma peça de roupa atemporal, todos pensaremos nele: o jeans! Acontece que, de tempos em tempos, ele retorna a bombar no meio das famosas e influentes que adoram falar sobre a moda.

Nesse verão, as amadas blusas mais curtinhas jeans invadiram sem aviso prévio os looks das fashionistas nos mais diversos estilos, shapes e recortes. Cropped em inglês quer dizer “recortada”. A blusa cropped é um modelo mais curto que uma camiseta ou regata tradicionais, ou seja, “cortadas”. A peça tem bastante personalidade e é muito versátil, podendo variar entre sensual ou casual.

As primeiras notícias sobre o uso de cropped são das décadas de 30 e 40, porém nos anos 80 ele ganhou força com o movimento hippie, que trazia hábitos saudáveis. Porém, a peça realmente se popularizou na década de 90.

Falando propiamente do jeans, ele ganhou as ruas nas temporadas de calor e virou o queridinho das mulheres que adoram estar na moda. É uma peça fresca, estilosa e que esbanja sensualidade, por muitas vezes deixar uma faixa da barriga de fora.

Apenas nessa semana, muitas influentes se pegaram no estilo “total jeans”, assim como a cantora Marvila entrou no BBB usando a combinação e começou a bombar o estilo nas redes.

Não saindo nunca de moda, sobreposições combinam muito com croppeds, agregando estilo à peça. Você tem liberdade para mesclar o cropped com diversas peças, como cardigãs, jaquetas, camisas abertas, blazers, entre outros.

Simone Tebet anuncia Luciana Servo, economista negra, como nova presidente do Ipea

0

Na última sexta-feira (20) a ministra do planejamento e orçamento Simone Tebet anunciou a economista Luciana Mendes Santos Servo como nova presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada), O Ipea tem como objetivo aprimorar políticas públicas.

Nas primeiras semanas de janeiro, Simone Tebet gerou polêmica ao falar sobre dificuldade em contratar mulheres negras para Brasília, Acho que a gente tem que prezar acima de tudo pela diversidade. Estou indo para uma pasta que hoje ainda é extremamente masculina. Quero não só ter mulheres, mas mulheres pretas. E a gente sabe, lamentavelmente, que mulheres pretas normalmente são arrimo de família. Trazer de fora de Brasília é muito difícil porque os salários são muito baixos.”.

A declaração da ministra repercutiu bastante, debatida por ativistas do movimento negro por todo o país; “Vocês (brancos) continuarão a encontrar sempre uma maneira de nos tornar invisíveis.” publicou a estudante e criadora de conteúdo antirracista Fatou Ndiaye.

Após a declaração de Tebet levantar debates nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT) afirmou ter entregue a Simone uma lista preenchida pelo movimento “Elas no Orçamento” com nomes de mulheres pretas com “capacidade, habilidades e competências técnicas” em finanças públicas. Anielle Franco ainda respondeu à frase de Tebet sobre a possível dificuldade em encontrar mulheres negras

Após as declarações, no dia 11 de janeiro, a ministra do planejamento anunciou equipe do planejamento com 2 mulheres, porém, sem pessoas negras. Anúncio que também repercutiu negativamente, colocando em dúvida as intenções da ministra em incluir mulheres negras em sua equipe.

Após todas as polêmicas envolvendo as falas de Simone Tebet, chega o anúncio de Luciana Mendes na última sexta-feira (20), doutora e mestre em economia, Luciana se torna a primeira mulher negra e a terceira mulher a comandar o órgão.

“Não foi chamada por mim por ser mulher, foi chamada por mim pela competência dela.” afirmou Simone em entrevista à CNN

Luciana atua no Ipea desde 1998, com mais presença em projetos focados na saúde, como “Avaliação de políticas de saúde”, “Prioriza SUS”, “Contas SHA para o Brasil” e “Conta Satélite de Saúde”.

Fonte: UOL Economia

Uso constante de tranças pode agredir os fios e gerar queda de cabelo; especialista dá dicas para mantê-lo saudável

0
Reprodução/Redes Sociais

Mais do que um simples penteado, o uso de tranças por pessoas negras carrega conexão ancestral e todo um simbolismo histórico-cultural, passando inclusive por processos pessoais de autoconhecimento, aceitação, afirmação da identidade e empoderamento sobretudo para mulheres negras. Todavia, alguns cuidados precisam ser observados para que o hábito de trançar o cabelo não acarrete em consequências indesejáveis.

Segundo divulgação do Jornal Internacional de Dermatologia, 11% das mulheres negras são afetadas por queda de cabelo. De acordo com a pesquisa, o uso de variados produtos químicos, bem como alguns penteados ou métodos de trança são os principais fatores que acarretam na perda dos cabelos.

A biomédica esteta com mais de dez anos de atuação, especialista em pele preta, Dra. Jéssica Magalhães, aponta os cuidados para que a colocação das tranças seja realizada de modo a minimizar possíveis prejuízos ao couro cabeludo.

“Primeiro garantir que a raiz do cabelo esteja saudável e limpa no momento de colocação. Nada de trançar onde já existe atividade de dermatite, psoríase ou alguma outra condição semelhante. Durante a colocação também precisamos de alguns cuidados por parte da profissional para minimizar a tração e a quebra dos fios, já que os cabelos crespos são muito mais frágeis. O uso de tônicos no couro cabeludo também ajuda a conter a inflamação da área, explica Jéssica.”

Uma condição muito comum quando se fala em queda de cabelo é a alopecia de tração, que é a perda generalizada de cabelos decorrente de traumas ou de processos inflamatórios crônicos na raiz do cabelo, geralmente resultante do manuseio incisivo dos fios, como o ato de puxar com força.

“A alopecia de tração é um tipo de perda de cabelos causada pelo puxar excessivo. Então penteados que puxam muito o cabelo podem causar uma inflamação na raiz que, caso não tratada, pode matar a origem dos fios. Uma vez que isso ocorra, não haverá mais crescimento de cabelo na região. É muito mais comum no público negro, uma vez que é parte importante da nossa cultura o uso de tranças e dreads, além do uso de alongamentos e técnicas de alisamentos que tracionam os fios”, ressalta a especialista.

Protagonistas em manter vivo, enquanto aspecto da identidade cultural e histórica, o hábito de trançar os cabelos, as profissionais da área, conhecidas como trancistas, também têm papel importante para a preservação capilar de sua clientela. Sobre isso, Dra Jéssica reforça a importância das profissionais tanto nos cuidados de manuseio, quanto na identificação e orientação das clientes.

“As profissionais da área precisam de mais orientações sobre a força colocada durante o processo. Isso porque é algo ancestral, elas não querem causar a perda de cabelo, apenas não foram instruídas que seria possível e como fazer.”

Além da força colocada durante o procedimento, há a necessidade de respeitar intervalo entre as colocações, não utilizar a remarcação anterior para recolocação (puxando sempre os mesmos lugares com maior intensidade) e identificar sinais de alteração na raiz dos fios para poder indicar a um profissional especializado os cuidados apropriados. 

É válido ressaltar que os homens também estão sujeitos a alopecia de tração e decorrente queda de cabelo, sobretudo dada a popularidade das tranças e dreads nesse público. “Não é uma questão de gênero. Vemos mais mulheres acometidas porque são as que mais frequentemente utilizam desses penteados apertados, mas nada impede que homens também desenvolvam essa alopecia”, conclui a especialista.

A saúde mental da população negra e o janeiro branco

0
Foto: Freepik

Por Dr. Ivair Augusto Alves dos Santos

No início do ano nós celebramos o ‘Janeiro Branco’ data que tem o objetivo de alertar a população para os cuidados com a saúde mental, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os transtornos mentais mais comuns, como depressão e ansiedade. É um período importante para refletir sobre os efeitos do racismo na saúde mental de pessoas negras. A grande maioria da população negra vive em incessante sofrimento mental devido, por um lado, às condições de vida precárias atuais e, por outro, à impossibilidade de antecipar melhor o futuro.

Como forma de conscientizar a população sobre a importância de procurar ajuda, foi lançado no Brasil em 2014 a campanha Janeiro Branco, que tem por objetivo chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas. Uma excelente oportunidade para se perguntar quais os efeitos do racismo estrutural na vida de homens e mulheres negras.
Os cuidados com a saúde mental são extremamente necessários no mundo em que vivemos. Estamos, o tempo todo, expostos a um bombardeio de informações, sendo cobrados por produtividade como se fôssemos máquinas. São diversos sintomas físicos e psíquicos advindos da permanente condição de tensão emocional, de angústia e de ansiedade, vivida cotidianamente pela pessoa alvo do racismo.

A saúde mental ainda não ganhou a devida atenção das pessoas, que não perceberam que estamos entrando em um vórtice insustentável. A conscientização a respeito dos cuidados que devemos ter com nossa saúde mental frente aos desafios do século XXI é fundamental.

O relatório sobre saúde mental e trabalho, de setembro de 2022, da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da
OIT (Organização Internacional do Trabalho) traz o número alarmante de 15% dos trabalhadores adultos vivendo com algum transtorno. O mesmo documento estima que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade que custam à economia global quase um trilhão de dólares.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse: “Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais. A boa saúde mental se traduz em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a mudança. Os vínculos indissolúveis entre saúde mental e saúde pública, direitos humanos e desenvolvimento socioeconômico significam que a transformação de políticas e práticas em saúde mental pode trazer benefícios reais e substantivos para pessoas, comunidades e países em todos os lugares. O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos”.

Racismo, preocupações financeiras, equilíbrio entre vida pessoal e o trabalho, desafios da reintegração social. Para muitos tem sido difícil manter a estabilidade emocional.

Os indicadores de desigualdade racial têm sido denunciados sistematicamente nas últimas décadas pelo movimento negro. Face a esta mobilização, foi criada a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2006, instituída pelo Ministério da Saúde (MS) em 2009 e foi inserida na dinâmica do Sistema Único de Saúde (SUS). Enfatiza-se aqui o reconhecimento, desde então, pelo Ministério da Saúde, da existência do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional no âmbito do SUS.

A saúde mental da população negra está contemplada no capítulo terceiro da política acima mencionada, quando se define como “estratégias de gestão”: (a) o “fortalecimento da atenção à saúde mental das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos negros, com vistas à qualificação da atenção para o acompanhamento do crescimento, desenvolvimento e envelhecimento e a prevenção dos agravos decorrentes dos efeitos da discriminação racial e exclusão social” , e (b) o “fortalecimento da atenção à saúde mental de mulheres e homens negros, em especial aqueles com transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas”

Na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, a saúde mental está registrada como uma das preocupações. Além disso, o Ministério da Saúde reconheceu que a discriminação racial afeta a saúde mental.

Um problema na implementação de políticas voltadas para a população negra é o acesso aos dados. Temos uma subnotificação dos dados sobre saúde da população negra. A obrigatoriedade do registro do item raça, nos formulários, esbarra na falta de informação por parte dos gestores, como também na negação sobre a necessidade de notificação.

Os estudos sobre a saúde mental da população negra sugerem uma conexão entre racismo e saúde que parece continuar ao longo da vida da pessoa. Elucidam uma gama de possíveis efeitos, os quais podem resultar do estresse do racismo e, por sua vez, comprometer a saúde mental.

O estudo registrado no trabalho denominado “Racismo e os efeitos na saúde mental”, elaborado por Maria Lucia da Silva em 2005 apresentou a seguinte conclusão: “A exposição cotidiana a situações humilhantes e constrangedoras pode desencadear um número de processos desorganizadores dos componentes psíquico e emocional. Sendo um problema para a saúde física e mental da pessoa, esse sofrimento causado pelo racismo passa, necessariamente, a ser um problema de saúde pública. Como tal requer proposições de políticas públicas que garantam o direito a um serviço de saúde mental eficaz direcionado especificamente ao sofrimento da população negra produzido pelo racismo”.

A juventude negra tem desenvolvido a depressão de forma preocupante, chega a ter 45% mais chances do que jovens brancos. A escola fundamental que não tem trabalhado o racismo, não sabe que o racismo impacta na construção da subjetividade de pessoas negras por meio de sentimentos de inferioridade, baixa autoestima, inadequação e sentimento de impotência. Dado que os fatores que determinam a saúde mental têm amplas e diversificadas causas, as intervenções destinadas a promover e proteger a saúde mental devem se fundamentar em uma múltipla série de estratégias, de serviços de apoio e acolhimento que não se limitam a um tratamento clínico.

É necessário investir em saúde mental para pôr fim às violações dos direitos humanos. As pessoas com transtorno mental são excluídas da vida comunitária e lhes é negado o exercício de seus direitos fundamentais.

Não só sofrem discriminação no acesso a empregos, educação, moradia, mas com frequência são vítimas de abuso contra os direitos humanos. As pessoas negras têm que lutar contra o racismo e a estigmatização que acompanham as pessoas com transtornos mentais. Não existe saída, além do acesso a serviços públicos de qualidade para atendimento de pessoas que sofrem os efeitos do racismo na saúde mental.

*Ivair Augusto Alves dos Santos
Mestre em Ciências Políticas pela Unicamp
Doutor em Sociologia pela UnB
Ex-diretor do Departamento de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos da Presidência da República.

error: Content is protected !!