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Christian Atsu, ex-jogador do Chelsea, é encontrado vivo após terremoto na Turquia

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Foto: Newcastle United via Getty Images

O ganês Christian Atsu, ex-jogador do Chelsea, foi resgatado vivo após ser soterrado durante o terremoto que atingiu a Turquia na segunda-feira (6). O vice-presidente do Hatayspor, clube atual do jogador, confirmou a informação. 

O atleta foi dado como desaparecido na província de Hatay, após o tremor registrar abalo sísmico de magnitude 7,8 e deixar mais de 5 mil mortos na Turquia e Síria.

“Christian Atsu foi retirado ferido. Nosso diretor esportivo, Taner Savut, infelizmente ainda está sob os escombros”, informou o vice-presidente Mustafa Ozak, à uma rádio turca.

Christian Atsu foi emprestado pelo Chelsea para defender o Newcastle United e Everton na Premier League. Desde setembro de 2022 que ele está no clube turco.

Ozat também disse a outro veículo local que vários jogadores e dirigentes já foram resgatados dos escombros.

Com informações da Reuters*

Formada na primeira turma de cotistas de Direito da USP quer “levar causa para política institucional”

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Foto: Reprodução/Instagram

Letícia Chagas é formada na primeira turma de cotistas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e se tornou a primeira mulher negra a presidir o Centro Acadêmico 11 de Agosto, algo que ela afirmou em entrevista à CNN Plural que nunca imaginou que fosse acontecer. 

Filha de pai caminhoneiro e mãe empregada doméstica, Letícia contou que a irmã mais velha foi uma influência para ela. “Tenho uma irmã mais velha que abriu todas as portas para mim sobre escolas públicas, desde pequena sabia o que era uma universidade pública”, relatou.

A jovem, escolhida como oradora da turma, afirmou que sua vitória também é coletiva. “Foi um momento muito importante porque foi uma vitória individual, mas coletiva também”, disse.

“A entrada da turma de cotistas muda não somente a universidade por dentro, mas permite que estudantes que são filhos de pedreiro, Uber, garis passem a ser parte da construção de um novo país.”, destacou Letícia durante a entrevista.

Atualmente, além de ser bacharel em Direito, a jovem de 22 anos é co-deputada estadual por São Paulo, integrante do Moimento Pretas. Assim como foi beneficiada por políticas públicas, Letícia afirmou durante a entrevista que também pretende continuar na política para “levar a causa para a política institucional que é um espaço tão branco quanto era o da faculdade de Direito da USP”.

“Guia prático para viajantes”: turismóloga reúne dicas para pessoas negras viajarem sem gastar muito

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Reprodução/Redes Sociais

O livro digital “Guia Prático Para Viajantes (Pretes)” foi criado em 2020, em meio a pandemia, e é um passo a passo simples e objetivo com o intuito de auxiliar a estruturar de viagens sem sacrifícios desde a etapa do planejamento, pré embarque, durante a viagem e outros momentos do local.

Natasha Franscisco, autora do livro, explicou para o Site Mundo Negro que o roteiro do guia foi desenvolvido durante dois anos e todos os fornecedores principais são empreendedores pretos. Além disso, segundo ela, o book não se limita apenas a pessoas pretas, mas dentro das necessidades do viajante não branco, ela identificou algumas partes específicas que precisam ser ressaltadas, colhendo informações que dialogam com esses viajantes para atender a todos – pretos e não pretos dentro das necessidades de cada um.

Mulher preta e turismóloga, Natasha explica ainda que viu uma necessidade de entender como seria o processo de viajar após a pandemia: “Durante esse período, me surgiu a dúvida de como seria voltar para um contexto de viagem pós pandemia então desenvolvi um guia que pudesse ensinar viajantes iniciantes a viajarem com economia. O objetivo principal era desfazer algumas crenças limitantes de que viajar é muito caro e uma realidade muito distante.” Iniciou ela.

“No ebook eu compartilho minhas técnicas de viagem econômica e ensino desde o planejamento financeiro, exercícios de definição de perfil de viajante, melhores épocas pra se viajar pra determinados destinos, passando pela estrutura da viagem, aplicando algumas táticas para economizar e viajar. Nele eu dou possibilidades de viagens de acordo com o o objetivo do leitor e monto uma viagem do zero com ele!”

Idealizadora e diretora criativa da Localiza 021, plataforma de experiências turísticas premiada no Rio de Janeiro com foco na cultura preta, carioca e suburbana e além de profissional, Natasha também faz parte do coletivo de viajantes pretas Bitonga Travel, o que a permite ter contato com outras viajantes pretas e suas experiências, acrescentando algumas informações no book de viagens.

“Quando eu comecei a escrever o ebook queria ajudar viajantes de todas as esferas no período pós pandêmico, mas a partir das minhas experiências pessoais e diálogos com outras viajantes, percebi que um grupo mais seleto precisaria mais ainda de auxílio: viajantes pretos. Então decidi que seria um guia objetivo pra quem quer começar a viajar mas com dicas específicas para viajantes pretas, tanto de segurança, quanto aplicativos, meios de hospedagem e comunidades.”

Imagem/Divulgação

Alguns destinos indicados no livro para quem quer vivenciar a experiência:

Maceió – Alagoas

“Esse destino é incrível, tanto para o afroturismo cultural, gastronômico e de lazer.
Ele mistura orlas paradisíacas, uma culinária ímpar e muita cultura preta, além de ser um bom ponto de partida para conhecer o Parque Memorial Quilombo dos Palmares.”

Rio de Janeiro
“Esse destino é ótimo pra quem quer conhecer um pouco mais da história preta pois é no Rio que está localizado a chamada Pequena África, região onde fica o Cais do Valongo, um sítio arqueológico de memória sensível que integra o circuito de herança Africana. O afroturismo no Rio tem crescido bastante, sendo possível mesclar passeios culturais com as belezas naturais da cidade.”

Salvador – Bahia

“Salvador é conhecida como uma das capitais com a maior população negra no país, além de ser um lugar de preservação da cultura africana. Quando falamos de afroturismo é impossível ignorar esse destino, por isso ele é um dos mais procurados por pessoas que buscam uma experiência turística por uma ótica preta!”

O livro digital pode ser adquirido no Mercado Black Money , por R$ 45. Clique aqui para adquirir o seu.

Gil do Vigor relata ter sofrido homofobia nos EUA: “Fiquei assustado, o preconceito mata”

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Reprodução/Redes sociais

Gil do Vigor relatou um episódio lamentável que passou recentemente nos Estados Unidos. O rapaz estava em um posto de gasolina enquanto um outro cliente o observava e fazia um gesto ofensivo.

O ex-bbb e economista, que vive em Sacramento, na Califórnia, vem compartilhando com os fãs a sua rotina morando fora do país. Recentemente, ele revelou que tomou a primeira multa internacional.

“Enquanto abastecia o carro, estava dançando (sempre faço isso), e um homem passou dentro do carro ao meu lado, abriu a janela e fez sinal de arma como se estivesse atirando em mim, mas sem a arma, apenas o gesto. Fiquei assustado na hora mas depois entendi o acontecido! O preconceito mata”, disse ele, explicando o ocorrido para seus seguidores.

“As pessoas se sentem ofendidas pelo simples fato de existirmos. Meu sonho é um dia vivermos em um mundo seguro para todes!”.

O canto de Clementina desperta a África que existe em nós

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Foto: Lewy Moraes/Folhapress

Texto: Ricardo Correa

Tava durumindo cangoma me chamou

Tava durumindo cangoma me chamou

Disse levanta povo o cativeiro já acabou

                                                                                  − Clementina de Jesus, 1966

Lembro do meu pai colocando a  vitrola e as caixas de som na garagem de casa para tocar os discos da sua coleção de samba. Eu era uma criança. Esse ritual acontecia todos os finais de semana, e acredito que isso influenciou no meu gosto musical; “samba das antigas” é uma das minhas paixões. Em casa rolava Cartola, Pixinguinha, Noel Rosa, Aracy de Almeida, Martinho da Vila, Noite Ilustrada, Mestre Marçal, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Candeia, Paulinho da Viola, Velha Guarda da Portela, Aniceto do Império, entre muitos outros, mas confesso que havia uma voz que se destacava no meio desses grandes artistas. Algo inexplicável, e quem a ouvia pela primeira vez  até sentia certo estranhamento. Clementina de Jesus, também conhecida como Rainha Quelé, era a dona dessa voz, caracterizada pela africanidade, rouca e grave, que nos transportava aos cantos das senzalas, ao trabalho escravizado nas fazendas, às lamúrias resultantes dos grilhões e açoites, mas também inspirava resistência, remetendo à fuga dos rebelados pelas matas, a sobrevivência nos quilombos, a religiosidade africana, a capoeira, e ao sentimento de pertencimento à cultura africana.

Rainha Quelé nasceu em 07 de fevereiro de 1901, no município de Valença, Rio de Janeiro.  Desde criança recebeu diversas influências que forjaram a sua maneira de manifestação artística – do canto a estética. Amélia de Jesus dos Santos, mãe de Clementina de Jesus, nasceu no período da escravidão, no entanto, foi libertada por causa da Lei do Ventre Livre (1871). Era parteira, e costumava entoar cantos africanos enquanto lavava roupas. O pai, Paulo Batista dos Santos, trabalhava como pedreiro, porém, era conhecido como violeiro e capoeirista; na região em que moravam havia um povoamento de negros bantus e jongueiros. Lembremos que a Abolição da Escravatura (1888) era algo recente, portanto, a África pulsava nas ruas e vielas, nos bares e casas noturnas, nas comunidades e quilombos, em todos os lugares que transitava e sobrevivia o povo negro. 

Clementina e seus pais se mudaram para Jacarepaguá, e, depois, para Oswaldo Cruz, onde a artista acabou passando a adolescência. Nesta fase da vida frequentou blocos, escolas e rodas de samba, cantou em coral, sempre chamando a atenção com o seu talento impar; o contato com os mestres das escolas de samba a ajudou a ganhar um pouco mais de visibilidade. Em 1938, ela se casou com Albino Correia da Silva, o Pé Grande, e foi morar no morro da Mangueira.

Antes de se tornar conhecida nacionalmente, trabalhou por muitos anos como lavadeira e empregada doméstica. No documentário Clementina de Jesus – Rainha Quelé (2011), há um trecho em que a artista comenta que a patroa num tom de desaprovação a questionou “Clementina, estás cantando ou estás miando?”. Ela respondeu prontamente “Estou miando”. Tal como a sua mãe, ela entoava canções durante as atividades profissionais, ou seja, a África ecoava dentro da casa dos brancos.  Obviamente eles odiavam.

A carreira de Clementina de Jesus só começou a decolar depois dos seus 60 anos de idade, e foi através de Hermínio Bello de Carvalho, produtor e compositor, que a conheceu numa festa no bairro da Glória. Ele a convidou para participar do musical Rosa de ouro junto com outros artistas consagrados, e todos se encantaram com a musicalidade de Clementina. Ela até viajou para o exterior representando o Brasil em festivais. Rainha Quelé registrou treze discos na carreira, entre solos e participações com outros artistas. No repertório havia vissungos, jongos, samba, partido-alto, músicas folclóricas etc. 

Rainha Quelé faleceu em 1987, Inhaúma, Rio de Janeiro. Sem sombra de dúvida, celebrar a sua memória é tonificar a nossa existência. E, parafraseando o pan-africanista Kwame Nkrumah (1909-1972), mesmo que não tenhamos nascido em África, o continente nasceu dentro de nós. Escutemos Clementina de Jesus! 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, Felipe; Janaina Marquesini, Luana Costa e Raquel Munhoz. Quelé, a voz da cor: biografia de Clementina de Jesus. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

PORTAL MUSEU AFRO BRASIL. Clementina de Jesus. 

Disponível em: <http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-e-memoria/2014/07/17/clementina-de-jesus>. Acesso em: 06 fev. 2023

SANTOS, Joel Rufino dos. Zumbi. São Paulo: Ed. Moderna, 1985

Musical “Desabrocha” que retrata a ancestralidade da mulher negra e periférica chega ao Rio de Janeiro

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Com duração de 60 minutos, o texto traz à tona os conflitos vividos pela personagem central Kyeza, que se vê envolta aos seus questionamentos de vida ao perder sua mãe durante a pandemia, fazendo com que toda as suas raízes a façam passar por um resgate pessoal e a levando para uma transformação de vida mesmo estando nos seus 50 anos.

Todo o texto é entrelaçado à referências musicais femininas e pretas, o público poderá assistir as fases de vida da personagem, sendo interpretadas em três momentos de Kyeza (jovem, adulta e mais velha), onde um filme mental faz com que ela busque inspirações em grande artistas como Clementina de Jesus, Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara, Tia Doca da Portela e Tia Maria do Jongo, que no passado abriram espaço para, hoje, todo o empoderamento da mulher negra seja respeitado. Assim, Kyeza tem toda a sua ancestralidade baseada nesses grandes nomes e lhe faz força para poder seguir no seu novo momento, sem se intimidar pelos padrões impostos para a sua idade.

“Idealizar e realizar esse projeto é uma forma de agradecer minha mãe, minha avó e todas as minhas ancestrais. Essa peça dialoga com as mulheres negras, porque apresenta suas múltiplas atuações e vivências cotidianas, trazendo para a cena as questões sobre maternidade, preconceito, etarismo, religiosidade, entre outros temas”, contextualiza Thiago Roderich, idealizador do espetáculo.

O musical DESABROCHA é um importante produto para trazer uma reflexão ao público sobre a importância do respeito, espaço e existência da mulher negra e periférica, que luta por seus direitos.

O espetáculo tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro através do edital “FOCA” e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Mais sobre o musical:
Temporada Sala Baden Powell: 09/02 à 12/02

Classificação: livre

Vendas: sympla.com.br

Agenda:
09/12 (quinta-feira) às 20h – Sala Baden-Powell (Copacabana)
10/02 (sexta-feira) às 20h – Sala Baden-Powell (Copacabana)
11/02 (sábado) às19h – Sala Baden-Powell (Copacabana)
12/02 (domingo) às 17h – Sala Baden-Powell (Copacabana)

Endereço: Av. Nossa Sra. de Copacabana, 360 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ, 22050-002

Tyler James William e Quinta Brunson dublarão o casal Gavião Negro e Mulher-Gavião na série ‘Harley Quinn’

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Foto: Getty/Todd Williamson/NBC

Tyler James Williams e Quinta Brunson, a dupla queridinha da série “Abbott Elementary“, serão os dubladores de Gavião Negro e Mulher-Gavião na série animada da HBO Max, “Harley Quinn“, em um especial do Dia dos Namorados.

Eles farão uma breve participação para explicar como os heróis da Liga da Justiça, do universo da DC, se apaixonaram. O especial será lançado no streaming no dia 9 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo Deadline nesta segunda-feira (6).

“Harley Quinn é uma série tão brilhante e é uma honra emprestar minha voz a este especial. Acho que a participação especial é algo que os fãs da Abbott Elementary e da DC vão gostar”, disse Williams.

Foto: HBO Max

Na trama, Ron Funches (Tubarão-Rei), Sanaa Lathan (Mulher-Gato) e JB Smoove (Frank, a Planta), retornam ao elenco de vozes.

A série está na terceira temporada, todas disponíveis na HBO Max, e já foi renovada para a quarta temporada em agosto de 2022.

‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ bate recorde de exibição na Disney+

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Foto: Divulgação / Marvel Studios.

O aclamado filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ se tornou a maior estreia global da Marvel na Disney+. Informação foi anunciada pela própria plataforma de streaming nesta segunda-feira (6). Registro leva em conta as horas assistidas nos primeiros cinco dias de exibição. Apesar do recorde anunciado, a Disney+ não informou com precisão os números conquistados pelo longa.

Foto: Marvel Studios.

Dirigido por Ryan Coogler, ‘Wakanda Para Sempre’ se tornou uma das maiores bilheterias de 2022. Foram mais de U$ 840 milhões arrecadados mundialmente. No streaming, o novo recorde de ‘Pantera Negra 2’ impressiona pois supera os feitos de grandes obras recentes como ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ e ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’.

Em ‘Wakanda Para Sempre’, acompanhamos os acontecimentos após a morte de T’Challa (Chadwick Boseman). Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M’Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada enquanto se deparam com o perigo surpreendente de Namor (Tenoch Huerta).

Empreenda Afro oferece crédito de até R$ 21 mil para empreendedores negros de São Paulo

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Foto: Freepik

Uma linha de crédito exclusiva de até R$ 21 mil está disponível para empreendedores negros da cidade de São Paulo. Os recursos podem ser solicitados tanto por empresários autodeclarados pretos ou pardos constituídos formalmente, com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), quanto por informais.

O dinheiro será disponibilizado pela Agência de Desenvolvimento de São Paulo, entidade ligada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. O projeto é realizado através de um convênio com o Banco do Povo, programa de microcrédito do governo estadual.

A linha Empreenda Afro oferece crédito de R$ 200 a R$ 21 mil, com juros de 0,35% a 0,55% ao mês para empresários formais, com prazo de até 48 meses. Para os informais, estão disponíveis valores de até R$ 15 mil, com juros de 0,8% ao mês e prazo de até 36 meses.

Como pedir

Para pedir o dinheiro é preciso não ter restrições no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e no Serasa quanto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de todos os sócios; fazer um dos cursos de capacitação indicados pelo programa; não ter outro empréstimo com o Banco do Povo em andamento; e aceitar receber uma visita para constatar a capacidade do negócio. A solicitação pode ser feita preenchendo um formulário de interesse nos recursos.

As inscrições devem ser realizadas através do link.

Fonte: Agência Brasil

Ancestralidade e Afrofuturismo: nigeriano recria a moda através da IA

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Imagem: Malik Afegbua

Residente na cidade mais populosa da Nigéria, Lagos, o cineasta Malik Afegbua, 38, achou que perderia a sua mãe em 2022, após a mesma sofrer múltiplos AVCs, o que a deixou em estado grave, mas, para sua alegria, recupera-se lentamente com o aparato de profissionais da saúde.

Seu pai foi piloto e frequentemente viajava, o que fortaleceu ainda mais a relação da matriarca com seus filhos. Afastado dela, em busca de distração e conforto, Malik dedicou-se ainda mais à arte, decidiu utilizar a tecnologia para recriar memórias felizes, mas não só com ela: “Queria criar algo que mudasse a nossa percepção (dos idosos). Os anciãos negros, especialmente, viram tanta opressão em suas vidas, tanto sendo rebaixados ”, disse ele. “E se eu pudesse retratá-los como reis e rainhas? E se eu mostrasse sua confiança e força?”.

Assim surgiu o Fashion Show for Seniors (desfile de moda para terceira idade): utilizando Photoshop e 3 ferramentas de Inteligência Artificial, Afegbua encantou com imagens que remeteram a desfiles e poses de pessoas idosas nigerianas  esbanjando beleza e confiança em trajes elegantemente tradicionais ou futuristas. Ele desenhou a ancestralidade com a tecnologia do futuro!

Conectando a moda, negritude ancestral e mundo real

Malik deseja tirar seu desfile do mundo virtual e trazer para o real e já vem conversando com várias referências do mercado, mas, enquanto isso não acontece, o diretor de cinema de Nollywood, segunda maior indústria audiovisual do mundo, trabalha num documentário do Netflix sobre Nike Davies-Okundayee. Ela também é nigeriana e tem grande reconhecimento global a moda, conhecida como Mama Nike. Não será sua primeira vez neste stream, visto que produziu 2 temporadas da série sobre destaques da criação africana, Made by Design.

Interseccionalidade na Diversidade & Inclusão

Além da arte e impecável olhar, associados ao uso de uma tecnologia que vem se tornando cada vez mais presente, as imagens criadas por Malik remetem à ancestralidade negra africana como ela de fato é: magistral, imponente, marcante, que sabe de onde veio e ensina aos seus que, ainda que não sejam enxergados pelo sistema, nem mesmo quando tratando-se de  D&I, uma vez que corpos negros idosos seguem invisibilizados apesar do etarismo ser uma pauta que vem ganhando cada vez mais força. Nas passarelas reais do Brasil, Mônica Anjos e Isaac Silva tiveram este respeitoso olhar inclusivo e ancestral ao incluir em seus desfiles do SPFW estes corpos. Ainda são as pessoas negras as que fazem esforços para que humanizem suas histórias e existências, e isso tem sido cada vez mais revolucionário, Afegbua que o diga.

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