A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta sexta-feira (10) a venda no país de todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos. Segundo a agência, no momento, são realizados testes, provas e análises para investigar os diversos casos de irritação ocular e cegueira temporária.
Vale lembrar que antes de proibir a venda de todas as marcas, a Anvisa já tinha vetado a comercialização dos produtos de mais de 20 fabricantes. No entanto, com o aumento dos casos de intoxicação, a agência resolveu, por precaução, estender a medida a todos os lotes de pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos.
Segundo a Anvisa, a decisão é preventiva e temporária e foi adotada em razão do aumento do número de casos de “efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto”.
Entre os eventos relatados pelos usuários estão perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Nenhum lote de qualquer desses produtos pode ser comercializado e não deve ser utilizado por consumidores e profissionais de beleza enquanto a norma estiver em vigor.
Jojo Todynho fez uma live na noite de ontem (9) em suas redes sociais em que falou sobre acontecimentos do casamento com o ex-marido Lucas Souza depois que ele deu uma entrevista para um programa de rádio comentando que Jojo havia mandado uma mensagem acalorada” para outro homem logo após o casamento.
A apresentadora rebateu os comentários do ex-marido e falou sobre como ele a tratava enquanto estiveram juntos. “As crises de ciúme e as loucuras de Lucas eram absurdas. Eu nem gostava de brincar com Lucas porque eu não sei o que ele ia interpretar. Do jeito que ele tava. Ele tava com a cabeça virada”, comentou ela sobre como Lucas Souza começou a se comportar depois de iniciar o uso de anabolizantes.
Na live, cantora disse que Lucas contou a ela que era motivo de risos no quartel por ter um HB20 e a esposa dirigir um Discovery. “Ele queria o quê? Que eu fosse na concessionária e desse uma BMW pra ele? Aí mesmo que iam dizer que eu estava bancando ele.”, questionou. Jojo também falou sobre como reagiu quando o então marido fez harmonização facial. “Lucas não faz harmonização facial! Foi lá e fez harmonização facial. Ficou a cara do Buzz Lightyear. Eu mesmo falei pra ele. Ficou horroroso. Não gostei!”.
Jojo Todynho revelou que Lucas foi responsável pelo envio de informações de uma matéria que Léo Dias publicou quando eles se separam dizendo que Lucas se sentia em “cárcere privado” vivendo com a apresentadora. Jojo disse que pegou o telefone do marido e viu uma mensagem enviada por ele para Léo Dias dizendo que não havia falado sobre “cárcere privado“. “Eu tenho aqui printado ele chamando o Léo Dias de amigo. Da onde que surgiu essa amizade?”, questionou
Jay-Z foi eleito o maior rapper de todos os tempos em um ranking elaborado pela Billboard e Vibe. Outros rappers também estão na lista e Nicki Minaj é a única representante feminina nas dez primeiras posições.
Jay-Z já ganhou 24 prêmios Grammy, emplacou catorze álbuns em primeiro lugar na Billboard 200 e foi o primeiro rapper a entrar no Hall da Fama dos Compositores.
O ranking completo com os 50 maiores nomes do rap foi divulgado nesta quarta-feira (8) e é uma celebração aos 50 anos do hip hop. Kendrick Lamar, Nas e Tupac também encabeçam a lista.
Confira os dez maiores rappers segundo a Billbord:
Antes de embarcar no Brasil para a turnê “After Hours Til Dawn Tour”, The Weeknd, 32, divulgou um trailer do especial de seu show na HBO Max, nesta quinta-feira (9).
Uma das suas apresentações da turnê no SoFi Stadium, na cidade de Inglewood, nos Estados Unidos, foi gravada e estará disponível no streaming no dia 25 de fevereiro. O canadense realizou dois shows neste estádio, nos dias 26 e 27 de novembro do ano passado.
The Weeknd dará continuidade na turnê “After Hours Til Dawn Tour” em solo brasileiro, neste ano. As apresentações serão no dia 7 de outubro no Rio de Janeiro e nos próximos dias 10 e 11 em São Paulo. Os ingressos continuam à venda no site Eventim.
Em janeiro deste ano, o canadense se tornou o artista com o maior número de ouvintes mensais na história do Spotify, somando mais de 3,334 bilhões de streams, contabilizando um total de 94.7 milhões de ouvintes mensais na plataforma.
Duas grandes oportunidades para empreendedores negros de Salvador e região, estão com as inscrições abertas. O programa Acelera Com Elas, vai oferecer qualificação e aceleração de negócios para as mulheres negras e periféricas da Bahia, relacionados à Alimentação, Produção de Áudio e Influências Digitais. Serão selecionados 135 empreendimentos pretos e no final do ciclo, 45 iniciativas com maior potencial de crescimento participarão do processo de aceleração e 10 serão beneficiadas com investimento de R$ 10 mil cada.
Já no Programa Acelera Iaô, são 150 vagas para homens e mulheras negras também poderão se inscrever. A proposta é qualificar empreendedores dos nichos de Moda, Música, Artesanato, produtos de alimentação e serviços criativos de gastronomia. Serão selecionados 25 para participar do processo de aceleração com mentorias e serviços gratuitos de comunicação. E assim como o outro programa, os 10 que melhor se destacarem receberão um investimento de R$10 mil cada.
Os dois programas do Acelera Iaô contam com o “Iaô Labs”, laboratórios criativos com áreas específicas, que funcionam como ferramenta de abordagem, qualificação e articulação entre a educação empreendedora, conhecimento técnico/estético/criativo e ferramentas digitais. Os Labs abordam temas como desenvolvimento de marca, Storytelling e Gatilhos Mentais, técnicas de vendas e comercialização on e off, marketing digital para pequenos negócios, entre outros. Os participantes terão acesso a serviços gratuitos de comunicação oferecidos pelo Espaço Iaô de Criação, localizado na Fábrica Cultural.
Na tarde desta quinta (9), Rihanna esteve na coletiva de imprensa do Super Bowl e deu detalhes sobre sua participação no show do intervalo, que acontece no próximo domingo (12).
Durante a conversa, a cantora barbadiana declarou que a representatividade é o centro de sua performance SuperBowl. “Representatividade para imigrantes, para pessoas negras, para que pessoas vejam as possibilidades. Estou muito ansiosa para ver Barbados no centro”, disse a cantora.
Riri revelou que tem trabalhado incessantemente nos ensaios para sua apresentação e que está muito focada no Super Bowl. “Estou tão focada no Super Bowl que esqueci que completo aniversário nos próximos dias… também esqueci que os dias dos namorados está chegando…”.
Ela também destacou como foi difícil definir um setlist para apenas 13 minutos de apresentação. “A setlist foi a parte mais difícil. Decidir como maximizar o tempo e como celebrar meu catálogo da melhor forma. Perdemos algumas canções, mas faz parte. Acho que já tivemos 39 versões de setlist”.
Durante a coletiva de imprensa, a Apple Music divulgou o trailer do Halftime Show da cantora:
Sobre apresentar o Super Bowl depois de ser mãe, Rihanna declarou que “só poderia ter sido agora. Quando você se torna mãe, algo acontece e você sente que pode conquistar o mundo; e esse é um dos maiores palcos do planeta”, disse. “Estar no palco do Super Bowl após 7 anos é assustador e desafiador. É importante para o meu filho me ver”, concluiu Rihanna.
Josy Ramos, Beyoncé, Bruno Gomes. Foto: Reprodução / Instagram.
Desde que Beyoncé, 41, anunciou as datas da ‘RENAISSANCE WORLD TOUR’, sua primeira série de espetáculos musicais em mais de 5 anos, a internet ficou em completo estado de êxtase. Não é para menos, a cantora norte-americana é conhecida por realizar produções únicas em cada show. No momento, apenas datas na América do Norte e na Europa foram anunciadas. Sem previsão de passagem pelo Brasil, os fãs estão fazendo de tudo para conseguir acompanhar pessoalmente essa nova fase na carreira da Queen B.
Durante a última terça-feira (7), após abertura de vendas gerais, mesmo com preços individuais chegando a R$ 10 mil reais, a demanda por ingressos da turnê impressionaram. Em Londres, uma fila digital com mais de 1 milhão de pessoas foi registrada. Com a busca ‘sem precedentes’, Beyoncé abriu shows extras na cidade. Ao todo, já são cinco espetáculos agendados apenas na capital do Reino Unido. Em outros países da Europa, as vendas também foram disputadas. Assentos na França e Amsterdam, para estádios com capacidade média de 70 mil pessoas, esgotaram em menos de 10 minutos.
Não basta ter dinheiro, é preciso ter sorte e dedicação para aguardar horas de espera nas filas digitais. A influenciadora brasileira Josy Ramos conseguiu adquirir os ingressos para ‘Renaissance World Tour’. Ela vai acompanhar o espetáculo de Beyoncé na cidade de Edimburgo, capital da Escócia, no dia 20 de maio. “Eu nunca nem tinha pensado em viajar para Edimburgo, mas só penso nessa viagem porque eu vou conseguir ver a Beyoncé de perto”, diz Josy, super empolgada, em conversa com o jornalista Arthur Anthunes, para o Mundo Negro. “Ainda nem caiu a ficha que eu consegui. Estou muito feliz e ansiosa. Não tenho palavras para expressar esse sentimento. Toda hora eu paro e penso: ‘vou ver essa mulher de perto’. Nem parece real”.
Fã de Beyoncé há muitos anos, Josy diz ainda que está ansiosa para acompanhar a apresentação da música ‘HEATED’, faixa do álbum ‘RENAISSANCE’. Além disso, ela conta sobre a emoção em imaginar a versão ao vivo de ‘BROWN SKIN GIRL’, presente no álbum ‘The Lion King: The Gift’. “Essa eu vou chorar”, diz a influenciadora.
Outro influenciador brasileiro que já está arrumando as malas para acompanhar a Queen B é Bruno Gomes. Ele vai acompanhar o espetáculo na Inglaterra. “Estou ainda sem acreditar que esse momento vai chegar. Foi muito difícil comprar o ingresso, muito, muito difícil. A demanda está gigantesca”, destaca ele em conversa com o MUNDO NEGRO. “Vai ser minha primeira viagem internacional. Nunca pensei em viajar para a Inglaterra, esse é o primeiro estalo que vem como fã”.
Bruno destaca que ir a um show de Beyoncé sempre foi um grande sonho pessoal para ele. “Minha expectativa está muito grande. Sou fã de Beyoncé há muito tempo, desde que me entendo por gente. Era realmente um sonho da minha vida, sempre falei isso pra todo mundo e finalmente vai chegar. Claro que já estou pensando em várias formas de também representar o Brasil lá fora, vou dar o meu surto e não vou fingir costume”, diz ele.
A pergunta é simples, mas carregada de significados: onde estão os negros no carnaval do Brasil? Nesta semana, ela gerou uma importante conversa nas ruas e nas redes sociais a partir de uma projeção que aconteceu no centro de São Paulo (SP). Hoje, revelamos com exclusividade que ela marcou o início da narrativa da Feira Preta e do Mercado Livre, que juntos convocam a sociedade a resgatar a origem do abadá, valorizando os afroblocos e celebrando a ancestralidade da cultura preta na maior festa popular do país.
Projeção no centro de São Paulo com a pergunta ‘onde estão os negros no carnaval do Brasil?. Foto: Reprodução.
Historicamente, o carnaval foi marcado pela presença de grupos negros, que deram origem às festas de salão, aos afoxés e aos diversos gêneros musicais que consumimos. Indo além, é impossível falar sobre a origem do carnaval brasileiro sem citar a existência e a resistência dos afroblocos, organizações culturais, educativas e recreativas que promovem verdadeiras transformações sociais através de suas músicas e suas histórias.
Ao longo do tempo, os afroblocos perderam espaço no cenário carnavalesco. Mesmo em estados enegrecidos como Rio de Janeiro e Bahia, os preços dos abadás, a privatização de espaços públicos e o valor alto dos ingressos para acessos aos shows dos artistas, deixaram a população negra à mercê do carnaval. A festividade, que antes era um momento de pura celebração, se tornou em muitos aspectos um cenário elitista, branco e com poucas oportunidades para a população negra.
“O carnaval ao longo do século 20 foi fundamentalmente preto, africano, a sua tipologia na sua organização, na sua mobilização, na sua tecnologia midiática, de todos os recursos. Ele começa a ficar profundamente branco no século 21. Tem uma virada de chave que são os anos 60, em função do enriquecimento da classe média a partir dos anos 50. Há uma cristalização dessa política que muda muita coisa com o início da transmissão do carnaval pela televisão”, explica Juarez Xavier, ativista antirracista, professor e vice-diretor da Unesp.
Foto: Divulgação / Mercado Livre
Para o acadêmico, os afroblocos representam o carnaval das possibilidades: “eu gosto de chamar os blocos de arranjo midiático. O bloco tem um papel importante do ponto de vista político, do ponto de vista organizacional, do ponto de vista da geração de renda, do ponto de vista de uma tecnologia social, de intervenção no espaço social do espaço urbano. Então tem toda uma importância estratégica. Ter esses blocos significa mais do que uma resistência. Eu acho que é a afirmação do universo negro nessas diversas políticas do carnaval. Como eu disse anteriormente, tem o carnaval da perversidade, que é o branco racista, tem o carnaval da fabulação, que é da classe média, que quer ser democrata e não é, e aí tem um carnaval das possibilidades, que são dos blocos africanos”.
Os afroblocos são parte integrante do carnaval, eles representam uma demonstração não só de festa e folia, mas de fé e afirmação da cultura afro. E foi esse carnaval mais popular e raiz um dos mais prejudicados com a elitização e embranquecimento do carnaval. Para além da celebração, o carnaval é um dos eventos mais lucrativos do calendário nacional, no entanto, a cor do dinheiro há tempos não fica nas mãos de quem deu origem a essa festa.
Ao ouvir a sua comunidade negra, formada ainda por parceiros como a Feira Preta, o Mercado Livre identificou a necessidade de iniciar um diálogo sobre a origem do Carnaval e o papel do empreendedorismo e dos afroblocos. Para isso, contou com a ajuda de pesquisadores para identificar e celebrar a origem e símbolos dessa cultura por meio da moda para a criação da ‘Coleção Abadá’, que reúne peças que resgatam e valorizam a ancestralidade da cultura preta. A palavra abadá tem sua origem na África, do iorubá. Trazida pelos negros malês para a Bahia, continuou sendo chamada assim e, até hoje, é a indumentária dos capoeiristas. Após o início das festividades nas casas brancas, o povo reinventou a celebração à sua cultura, passando a usar o abadá como principal ferramenta de expressão da sua ancestralidade. O abadá é a essência, a alma, a veste de celebração.
“Além de impulsionar as causas nas quais acreditamos, sempre com o apoio dos nossos parceiros e comunidade interna, as nossas campanhas têm nos ajudado a seguir uma trajetória consistente de aprendizado, permitindo enfrentar de maneira coletiva os desafios à equidade racial, que sabemos que são complexos. Estamos impulsionando projetos e afroempreendedores para ampliar e valorizar a cultura preta dentro do carnaval, fazendo jus a uma festa tão democrática. A visibilidade pode ser transformadora, nos motivando a investir em ações que ajudam a construir uma sociedade mais inclusiva”, conta Thais Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre na América Latina.
Modelo da ‘Coleção Abadá’. Foto: Divulgação / Mercado Livre
Elemento central dessa narrativa, e que dá nome à coleção, o abadá foi resgatado pelas marcas Nazura Art, Casa Cléo, e Studio Aurum, que criaram peças inspiradas em importantes afroblocos nacionais. “As marcas foram escolhidas em uma curadoria da própria Feira Preta, para captar profissionais que tivessem a brasilidade nas criações. Já os blocos foram escolhidos de acordo com o tempo de inatividade, de existência e atuação junto à sua comunidade. A partir daí, a criação da coleção foi feita em uma colaboração entre os estilistas empreendedores e os próprios patronos dos blocos, levando cerca de 20 dias para ganhar vida”, diz Thais.
O Mercado Livre vai, ainda, apoiar financeiramente esses três blocos que deixaram de desfilar neste carnaval, permitindo que se reestruturem ao longo de 2023 e que voltem a desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro em 2024. São eles o Afoxé Maxambomba, um dos mais notáveis da baixada fluminense e que está inativo desde 2015, o Tafaraogi, movimento afro pioneiro na zona oeste carioca, cujo último desfile também foi há oito anos, e o bloco Olodumaré, que tem influência do baiano Olodum e que não desfila desde 2019.
São esses blocos que inspiraram as peças das marcas que assinam a Coleção Abadá. “Foi mais de um mês de incessantes pesquisas para que todos os blocos e afoxés – mais de 100 pelo Brasil – pudessem apresentar suas histórias e suas tradições, seus relatos e o trabalho social que realizam no entorno de onde vivem. A partir dessas pesquisas disponíveis e de outros levantamentos que conduzimos, olhamos para todos os elementos norteadores do carnaval pela ótica dos blocos e afoxés de matrizes africanas, assim como as centenas de características que ocupam espaço nesse universo afro cultural”, explicaFlavia Cocozza, pesquisadora que apoiou o Mercado Livre no projeto.
Questionando o uso que foi dado ao abadá ao longo dos anos, a campanha assinada pelo Mercado Livre e Feira Preta ajuda a contar esse lado pouco valorizado da história, trazendo ainda mais visibilidade para marcas e empreendedores negros.“Desde 2018, o Mercado Livre atua em prol do fortalecimento do afroempreendedorismo e da valorização da inventividade preta, por meio de diversas iniciativas desenvolvidas em parceria com a PretaHub e outras organizações latinoamericanas”, destaca Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre. “Ao promover a venda online de itens feitos por afroempreendedores, patrocinar eventos como o Festival Feira Preta e valorizar diferentes expressões da cultura do povo negro, como a música e agora o Carnaval, nós reconhecemos o lugar que a cultura ocupa na história de resistência do povo preto. Reconhecemos a capacidade que ela tem de levar mensagens relevantes para cada vez mais pessoas, de maneira acessível, e o impacto da economia criativa e do afroempreendedorismo para a geração de renda.”
Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre. Foto: Divulgação / Mercado Livre.
A campanha, que começa no dia 09 de fevereiro, terá desdobramentos antes e após o carnaval. As peças criadas para essa coleção serão disponibilizadas na loja oficial da Feira Preta no Mercado Livre, onde as vendas vão impulsionar as próprias marcas e apoiar o trabalho do Instituto Feira Preta. A ação visa celebrar a origem do carnaval brasileiro e a importância dos afroblocos como símbolos de resistência e empreendedorismo negro. “A campanha Abadá vem bem conectada com o nosso dia a dia junto aos afroempreendedores, com o nosso propósito de democratizar o acesso ao mercado e ao dinheiro, e com o nosso compromisso de contribuir para uma sociedade mais diversa e inclusiva. Queremos ampliar a voz de um Carnaval que tem nas raízes da cultura negra a sua mais pura essência, valorizando quem sempre fez essa festa acontecer e enaltecendo afroempreendedores que, através da moda, celebram a ancestralidade”, completa Laura.
Para Adriana Barbosa, CEO da PretaHub, apesar de elitizado, o carnaval ainda pode retornar às suas origens de diversidade. “O abadá, que antes era usado como forma de identificação das pessoas pertencentes a blocos e escolas de samba, passou a se tornar uma ferramenta de exclusão da população negra quando as empresas começaram a oferecer e garantir experiência e acesso premium a lugares e serviços, por meio de sua venda”, diz Adriana. “Camarotes, cordas de trio elétrico, blocos de rua, escolas de samba, todos estão cada vez mais brancos, e o motivo é o valor que custa para estar presente nesses lugares. Não acredito que seja um caminho sem volta, é preciso que a população e as organizações, privadas e públicas, contribuam para que essa festa, que tem em sua raiz a diversidade, acolha e celebre todos os povos, inclusive aqueles que contribuíram com a sua concepção. Sei que não vai ser fácil mudarmos a lógica do uso do abadá e retornarmos para o que era antes, ainda mais quando falamos sobre lucro, mas não acho que é impossível.”
Adriana Barbosa, CEO da PretaHub. Foto: Divulgação / Mercado Livre.
Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre o Mercado Livre e site Mundo Negro.
A série sobre os bastidores das produções da Marvel Studios, “Avante“, lançou um novo episódio dedicado ao filme “Pantera Negra: Wakanda Forever“, disponível no Disney+.
O documentário “Nos Bastidores de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” tem um total de 57 minutos, com comentários de todos os envolvidos na produção.
O diretor Ryan Coogler e os produtores compartilharam detalhes e imagens exclusivas do set de gravação. O episódio também contém entrevistas com o elenco, que contaram o processo de preparação dos personagens e outras curiosidades.
“Avante” também tem episódios com os bastidores de outras produções, como os das séries: “Falcão e o Soldado Invernal“, estrelado por Anthony Mackie, e o premiado “What if…?“, com a dublagem do Chadwick Boseman.
Vem aí mais um Carnaval e com ele um fenômeno: as várias musas e rainhas de bateria brancas das tradicionais escolas de samba. Por motivos pouco conhecidos, as escolas têm recrutado mulheres famosas e anônimas brancas para estarem à frente do seu desfile de Carnaval.
Na verdade, o Carnaval tem se tornado um reflexo das nossas desigualdades raciais com seus camarotes privados e festas elitizadas, o que pega mal para uma festa que sempre se propôs ser democrática e popular. No que tange às mulheres brancas à frente das tradicionais escolas de samba, podemos constatar, com muita facilidade, que o talento para o samba inexiste. O que assistimos, nos ensaios, são mulheres que encontram sérias dificuldades para executar passos de samba. A exemplo daquela música que dizia que “garotos inventam um novo inglês”, as novas musas do Carnaval inventam um novo samba, o “samba abstrato”.
O problema não para por aí à medida em que percebemos que algumas delas escurecem a pele e encrespam os cabelos para se passarem por negras. No meio disso tudo, pergunto-me se toda a discussão sobre a sexualização das mulheres negras no período carnavalesco serviu apenas para que mulheres brancas pudessem ocupar estes lugares sem serem vistas única e exclusivamente de forma sexualizada. Lembram da Priolli? Aquela que disse que seria musa do camarote na Sapucaí, mas sem esquecer seus diplomas. “Afinal, por que a musa não pode ser uma intelectual?”, perguntou a apresentadora da CNN Brasil.
Não se trata de expulsar os brancos das escolas de samba, mas sim de questionar se tudo isso não se deve ao famoso privilégio branco. O privilégio de não saber sambar e ser destaque de uma escola de samba, agremiação tipicamente “afrobrasileira”. Outro questionamento que se pode levantar é se estas mulheres têm alguma ligação com a comunidade das escolas que representam. Sinto que muitas caem de paraquedas, convidadas somente por serem brancas. Espanta-me a confiança de assumir tamanha responsabilidade sem ter a competência necessária. Talvez esta seja uma das principais características da branquitude: a confiança incompetente. Diante disso, resta saber o que mais falta embranquecer na cultura afrobrasileira que cada dia vai tendo menos afro e mais “Brazil”.