Verônica Brito, participante da última temporada de Casamento às Cegas, série da Netflix, usou as redes sociais para revelar seu novo namorado. A moça já tinha dito durante o “encontro” do programa que estava em um novo relacionamento.
O casal postou um vídeo nas redes em que mostrava diversos momentos de suas vidas, entre eles, sambando e fazendo pequenas brincadeiras entre eles. O post animou o público e gerou comentários positivos sobre os dois, como o de Tia Má, que desejou paz ao casal: “Ai genteeeee….Orixá quando decide resolver, resolve da melhor forma possível! “
Verônica Brito ficou conhecida nas redes sociais após participar do reality e receber um “não” de seu par Will Domiêncio. O rapaz foi dito como “filhinho da mamãe” nas redes por não ter mudado de ideia sobre o casamento, principalmente por causa das opiniões de sua mãe.
O filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ é um fenômeno. Sucesso de crítica e público, a obra recebeu 5 indicações ao Oscar 2023, sendo: ‘Melhor Canção Original’, ‘Melhor Atriz Coadjuvante, ‘Melhores Efeitos Especiais’, Melhor Cabelo e Maquiagem’ e ‘Melhor Figurino’.
Dentro do figurino, vencedor do Critic’s Choice Awards 2023, Ruth Carter é a responsável pelos looks exuberantes e pelas roupas fascinantes de todo o longa. Ela venceu o Oscar 2019 pelo trabalho no primeiro ‘Pantera Negra’ e agora, mais uma vez, chega como favorita ao prêmio mais importante do cinema mundial. Na verdade, Ruth pode se tornar a primeira mulher negra a ganhar mais de uma estatueta em qualquer categoriada premiação.“A Marvel pode ter criado o primeiro super-herói negro, mas através do figurino, nós o transformamos em um rei africano”, disse Carter no Oscar 2019. “Tem sido a honra da minha vida criar fantasias. Obrigado à academia. Obrigado por honrar a realeza africana e a maneira poderosa como as mulheres podem parecer e liderar na tela.”
Em entrevista para a revista Entertainment Weekly, Ruth contou detalhes sobre os figurinos de ‘Wakanda Para Sempre’. “É um trabalho de amor. Centenas de artistas trabalharam nessas roupas. O trabalho em equipe faz o sonho funcionar, e isso não poderia ser mais verdadeiro neste caso“. A figurinista relatou que foi um desafio trabalhar com o luto no filme. “Foi bastante intimidador porque o tecido africano é muito colorido”, disse ela. “Muitos dos identificadores da região são baseados em estampas, tapeçarias ou miçangas. As paletas de cores reais são diferentes de um lugar para outro. Então, como você representa isso quando todo mundo tem que estar de branco?”.
Cena de ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. Foto: Divulgação / Marvel Studios.
Para as cenas dos funerais, Ruth e sua equipe experimentaram textura e tom, criando padrões por serigrafia com tinta esbranquiçada em tecido branco puro. Tudo tinha que ser branco, desde a saia de ráfia que M’Baku (Winston Duke) usa até as joias e anéis de pescoço. “Eu pintei muito”, diz ela com uma risada. “Espero que as pessoas possam fazer uma pausa e olhem todos os detalhes e o trabalho árduo que foi feito nesse filme”.
“Falas Femininas: Histórias Impossíveis”, criação de três mulheres pretas: Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, vai chegar na TV Aberta. A série está marcada para ter sua estreia no dia 06 de março, dois dias antes do dia internacional da mulher.
Logo no primeiro episódio intitulado Mancha, Isabel Teixeira interpreta Laura. A personagem de Teixeira é uma ricaça com posicionamentos preconceituosos. O ponto de partida deste episódio será quando Mayara (Luellem de Castro) pede demissão à Laura. As duas atrizes são as protagonistas do conto.
O enredo conta a história das duas mulheres. Baseado em diversas histórias que acontecem na rotina de brasileiras, Mayara quer estudar e, para focar nesta nova fase da vida, precisará largar o trabalho como empregada doméstica.
Entretanto, Mayara é persuadida por Laura a voltar atrás com a ideia. Laura alega para Mayara que é uma mãe solo que não sabe lidar com o filho recém-nascido.
A bailarina Ivi Pizzott revelou no Instagram nesta sexta-feira (24), que parou de amamentar a filha mais nova Zuri, de cinco meses. Por conta do estresse, seu corpo não conseguiu mais produzir leite.
“Talvez esse seja a legenda mais difícil de escrever da minha vida. Quando Zuri tinha 4 meses, eu parei de amamentar. Passei por estresse tão grande, que minha produção de leite reduziu drasticamente e eu já não tinha mais forças pra continuar. Quem me conhece sabe o quanto eu sou a favor da amamentação, o quanto eu lutei pra que desse certo por mais tempo e o quanto isso doeu em mim. Mas eu não consegui continuar… Hoje, depois de muita terapia e vendo que Zuri está bem, consigo lidar melhor com a culpa e frustração”, iniciou o texto.
“Stress, ansiedade e dor secam leite materno. Família e rede de apoio, cuidem bem de suas lactantes. Mamães, evitem a culpa! Façam o melhor de vocês por vocês e por seus filhos. Nossos bebês só estarão bem se nós estivermos. Por aqui, seguimos com mamadeira e muito amor!”, finaliza aconselhando outras mamães que já passaram pela mesma situação.
Há um mês, a bailarina e o ator Luís Navarro anunciaram o término do casamento nas redes sociais.Mas o texto do artista gerou muita revolta nas redes sociais. “Eu me encontro confuso com a vida e tomei a decisão de reencontrar a minha essência e pra isso precisei dar um tempo no relacionamento. Não lembro a última vez que fiquei sozinho pra refletir, que li um livro (…)”, disse em um trecho.
Já a Ivi, publicou um texto bem diferente. “É com muita, muita dor e em respeito a todos vocês que sempre torceram por nossa família, que venho comunicar que eu o Luis não estamos mais juntos. Tá difícil e eu não tive escolha”, afirmou ela.
O término havia surpreendido os fãs que os acompanhavam, pois, Ivi Pizzott acabava de dar à luz Zuri, sua segunda filha, fruto do casamento com Luís Navarro. Durante toda a gestação até o início do pós-parto, eles compartilhavam a rotina de papais de recém-nascido.
Uma grande vitória aconteceu na vida do youtuber Givanildo Dias, mais conhecido como Load Comics, apresentador do “Omelete”. Ele começou a carreira no YouTube, falando sobre as conexões entre o universo dos quadrinhos e do Hip Hop. O jovem, que conquistou milhares de seguidores nas redes sociais, fez uma publicação informando que conseguiu retirar seu pai de “um barraco de madeira” e o colocou em um apartamento. “Consegui comprar um apartamento para o meu pai e retirar ele do barraco de madeira que ele mora a muitos anos”, iniciou em seu discurso emocionante.
Nas redes, Load relembrou o momento que pensou em desistir e incentivou as pessoas a viverem esse momento ao lado dele, persistindo no seu sonho: “é difícil demais você conseguir crescer e ter oportunidades nesse meio que a maioria é branca e classe média alta, que não entende sua opinião ou até mesmo suas dores.”
Hoje não teremos live na Twitch.
Hoje é o dia que vou mudar a vida do meu pai para sempre, no futuro explico mais!
Tô na correria 🙏🏾
Obrigado a todos e principalmente a @tha_rocha por tudo que fez por mim! Te amo.
“Nunca precisei falar do meu pai ou da minha vida porque sabia que minha jornada era diferente desde o começo… Eu já cheguei a quase desistir várias vezes no mesmo dia, mas o apoio da minha esposa e outros amigos próximos sempre me lembrava o motivo de continuar e insistir. Se sem apoio [financeiro] eu cheguei até aqui, imagina se tivesse metade do que uma classe ai tem. OBRIGADO“, destacou o influenciador.
Apresentador, Load sempre enfatizou que era morador de Guaianazes, na Grande São Paulo. Atualmente, ele é criador de um dos maiores canais sobre HQs do Youtube brasileiro, “Load Comics”, plataforma em que fala sobre a ligação entre o mundo das histórias em quadrinhos e o hip hop.
OBRIGADO A GERAL QUE TÁ COMENTANDO E COMPARTLHANDO!
Não vou conseguir responder todo mundo mas quero que saibam que agradeço de coração.
Tudo que passei nessa vida, as merdas que aguentei em alguns trabalhos os sapos que engoli, foi sempre pelos meus e pela minha verdade.
Conhecer histórias negras nos ajuda a compreender as estruturas do presente. Essa é a premissa do podcast Tereza, criado e apresentado por Debora Simões, historiadora e Doutora em Antropologia Social. O projeto, disponível no Spotify, possui uma temporada com 5 episódios. Em cada episódio, uma vida negra foi destaque. “O objetivo do podcast Tereza é celebrar a força e resistência das pessoas negras“, conta Débora em entrevista ao MUNDO NEGRO.
“Apresentar sujeitos negros, que lutaram, resistiram e protagonizaram em diversas áreas, como por exemplo, a Maria Firmina dos Reis, a primeira mulher negra a publicar um romance no Brasil”, diz a historiadora. Ela foi revolucionária na literatura, que é dominada por pessoas brancas e uma mulher negra e nordestina foi pioneira. Ou o próprio Luiz Gama e seu empenho nas causas da liberdade que provou nos tribunais que inúmeros negros estavam sendo escravizados ilegalmente, isso com base na própria legislação da época. Imagina um menino negro de periferia vendo e ouvindo a História de Luiz Gama, a potência em relação a representatividade e construção de identidade?“.
Foto: Divulgação.
Com o intuito de abarcar indivíduos de diferentes campos de atuação e momentos históricos diferentes, o projeto apresenta detalhes sobre Carolina Maria de Jesus, Milton Santos, Luiz Gama e Maria Firmina dos Reis. A partir da biografia desses sujeitos é possível debater temas como racismo, movimento negro, intelectualidade negra e história do Brasil. Em cada episódio Debora Simões recebe um convidado. No último episódio o convidado foi o jornalista Tiago Rogero. “Acredito na potência de compartilhar a história de negros e negras do Brasil, para que possamos nos ver, nos enxergar a partir dos nossos olhos e não de uma perspectiva branca”, destaca Débora. “Para além desse aspecto que comecei a minha resposta há também a responsabilidade dos professores de fazer valer a lei 10.639 essa que torna obrigatório o Ensino da história e cultura africana e afro-brasileira em todos os níveis de ensino e em todo território nacional. O que isso significa? Ao pé da letra, nenhum engenheiro pode se formar sem conhecer a trajetória dos irmãos Antônio e André Rebouças”.
Pesquisa, roteiro e apresentação: Debora Simões Edição e Sonorização: Marché Arte visual: Julia Feital Musicas: Luan Sodré do álbum “Afrodiaspórico”
Prestes a completar 10 anos do projeto Baile Black Bom, que nasceu no quilombo Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, o Mundo Negro entrevistou os idealizadores e rappers Anthônio Consciência e Sami Brasil para falarem sobre a história do baile, a potência do evento para a população negra, momentos marcantes e os desafios persistentes para produtores culturais negros.
“O Baile Black Bom nasce no propósito de ser um movimento de celebração da nossa cultura, estética, beleza, como eram nos bailes dos anos 70, do movimento Black Rio e Black Power, esses lugares de encontro onde a gente pode se ver em todos os lugares, onde podemos ser quem somos, usar os nossos cabelos, roupas, músicas. Mas também de ser um lugar político, de ativismo”, conta Sami Brasil.
Uma boa notícia para quem mora em São Paulo: o tradicional Baile Black Bom desembarca na capital paulista, neste sábado (25), no Galpão ZN, a partir das 15h para trazer o melhor do black music. “Quando a gente faz evento em São Paulo, grupos de dança de outras cidades são muito carente de eventos assim, pessoas da Baixada Santista, Limeira, Barueri, ver a gente”, diz Anthônio Consciência.
Anthonio e Sami, fundadores do Baile Black Bom (Foto: Divulgação/Berro.inc)
Leia a entrevista completa abaixo:
Quando vocês iniciaram o projeto na Pedra do Sal, o local escolhido teve uma importância de mensagem para passar à comunidade negra?
Sami Brasil: Com certeza! O quilombo Pedra do Sal para a gente tem uma importância fundamental no propósito do Baile Black Bom que nunca foi fazer só música, nunca foi só entretenimento. Eu e Anthônio temos a banda Consciência Tranquila há mais de 20 anos, sempre nos fundamentos do hip hop, e o Baile Black Bom nasce no propósito de ser um movimento de celebração da nossa cultura, estética, beleza, como eram nos bailes dos anos 70, do movimento Black Rio e Black Power, esses lugares de encontro onde a gente pode se ver em todos os lugares, onde podemos ser quem somos, usar os nossos cabelos, roupas, músicas. Mas também de ser um lugar político, de ativismo. Então o baile nasce em 2013 já com outras plataformas, a gente vinha com a banda ao vivo, trazendo os grandes clássicos dos anos 70, com uma feira de afroempreendedores. Nessa época ainda não tinham tantas feiras como se tem hoje. A gente tinha telas, apesar da estrutura precária, sem palco, mas a gente fazia questão de ter. Eram duas TVs onde a gente colocava ali algumas frases de impacto, celebrando a cultura, a beleza, algumas frases de grandes personagens da cultura Negra. A cada mês a gente celebrava uma data de acordo com o calendário do movimento negro, os personagens da região como Pixinguinha, Machado de Assis, Tia Ciata, outros nomes não tão difundidos. Conforme a gente conheceu a região, um pouquinho antes do baile começar ali, a gente tava encantado com a região, foi nesse momento de redescoberta do Cais de Valongo, com as obras do Porto Maravilha, que o movimento negro já falava muito antes, que existia, mas quando veio à tona e aconteceu muitas coisas, seminários e tal, a gente começou a frequentar. Então o baile se tornou realmente esse movimento que para além de ser só uma festa, a gente trazia muito no microfone, citava as pessoas a se apropriarem do local. A partir desse momento, que se revitalizou a região, houve uma gentrificação e apropriação dos espaços. Continua ativo até hoje, então foi fundamental a gente ali naquele momento, muito firmado ali, muito embasado juntos aos mais velhos do movimento negro também, fazendo a nossa militância através da nossa arte, usando a música como uma ferramenta muito eficaz para trazer a nossa juventude e os nossos mais velhos para celebrar, unindo esse encontro de geração.
Então para a gente, o quilombo Pedra do Sal, a região da Pequena África, tá muito além do lugar onde começa o trabalho do Baile Black Bom, é para gente um lugar que eles têm um carinho, uma ligação ancestral, um lugar que a gente tem um compromisso muito grande. Tanto que mesmo hoje, 10 anos depois do baile, ali continua sendo a nossa casa. Não mais a Pedra do Sal porque não cabe, ficou pequeno, mas a gente continua na região da Pequena África ocupando, não só com os bailes, mas também participando de todos os coletivos, de todas as discussões políticas em torno da região, em torno da valorização da preservação da memória material e imaterial que tá ali.
A gente recebe depoimentos desde 2013, de pessoas falando da importância do baile, por ser na rua, por ser de graça, por ser algo onde as pessoas se veem e se reconhecem, é pessoas que deixaram seus cabelos naturais, que se curaram da depressão, conheceram os personagens da região, a importância da região lendo os livros dos kits que a gente distribuía de aplicação da Lei 10. 639. É algo que eu acho que não vai acabar.
O evento leva até 10 mil pessoas para as ruas (Foto: Divulgação/Berro.inc)
O Galpão ZN, onde vocês realizarão a festa amanhã, 25 de fevereiro, também é um espaço de valorização da cultura negra. Vocês enxergam alguma diferença do público preto de SP e RJ?
Sami Brasil: Durante toda a nossa trajetória, mesmo antes do Baile Black Bom, com a banda, a gente rodou muito o Rio – São Paulo, e uma das diferenças mais marcantes, é a atenção que o público de São Paulo dá para o trabalho autoral. Aqui no Rio, uma cidade turística, festiva, a cena da música independente ainda não tem uma projeção tão grande quanto tem em São Paulo. Com relação ao público, pô, com certeza, o público preto daqui e lá tá de parabéns. Geral trajado com seus black power para cima, gingado no pé, nessa parte estética tá tudo nota 10. A gente toca em 80% de lugares de negritude, e quando a gente chegou no Galpão, vimos que também era um espaço preto a gente ‘opa, que sorte a nossa’. Então para a gente é sempre bom se reconhecer no espaço onde a gente vai. Ter o reconhecimento dos nossos é fundamental.
Anthonio e Sami, integram o grupo de rap Consciência Tranquila (Foto: Divulgação/Berro.inc)
Vocês estão prestes a completar 10 anos de história do Baile Black Bom, em 2023. Como tem sido essa experiência? Quais foram os momentos mais marcantes das festas e bastidores?
Sami Brasil: Muita luta e muita vitória também. A primeira luta é conseguir recurso para botar de pé, com a melhor estrutura, no melhor local, com segurança, com banheiro, dando o melhor para o nosso povo, então foi um desafio muito grande. A gente nunca sabe se a gente vai conseguir fazer o próximo baile, é uma incógnita constante na nossa vida nesses 10 anos, mas sempre temos conseguido. A gente está sempre se articulando com as instâncias públicas, se inscrevendo em edital, pedindo apoio, se profissionalizando para que a gente possa disputar de fato esse mercado cultural. Para isso, a gente teve que criar nossa produtora, a gente enquanto artista e nos bastidores produzindo. Tivemos que aumentar a equipe para poder dar conta do tamanho que o projeto virou. A família só cresce cada vez mais.
Nesses 10 anos a gente conseguiu fundar o Instituto Black Bom, que é o nosso braço do empreendedorismo. Que foi o primeiro coworking para empreendedores negros no estado do Rio, em 2017. Com o crescimento do movimento do Baile Black Bom, da feira de atividades, recebia muitas pessoas de empreendimentos diversos querendo participar. Uma coisa que nasceu do nosso trabalho artístico, hoje se torna uma rede de fazedores culturais pretos, de valorização do mercado criativo negro. E nos coloca também como referência para curadorias. Somos chamados enquanto instituto para fazer programação de outros festivais, outros eventos, proporcionando para a galera da nossa rede acesso a outros mercados de consumo.
Enquanto banda Consciência Tranquila, fomos convidados para participar do programa Superstar, um reality de bandas da Globo, e com certeza foi o baile que proporcionou isso, em 2015. Também fomos atração do palco das Olimpíadas Rio 2016.
Agora o mais recente para mim foi a retomada. A temporada deste ano, pós-pandemia, que a gente intitulou ‘De Volta a Pequena África’, que o baile volta com o tamanho maior. Fizemos um movimento grande de distribuição de cestas básicas pro pessoal da cultura, dos empreendedores e conseguimos nos manter vivos durante a pandemia, ajudar os nossos e ainda voltar maior do que a gente saiu. Foi uma vitória sem palavras. A gente continua sendo independente, não temos empresários, não temos produtora. É nós por nós, a nossa metodologia.
Fomos convidados para o programa Espelho com Lázaro Ramos para contar um pouco da nossa trajetória. Não para falar do nosso projeto, para falar de nós, enquanto pessoas. Muitos personagens do nosso coletivo musical estão na TV, foram ao The Voice. No decorrer da nossa história tem sido um celeiro de talentos. A gente acaba revelando muita gente. A galera que canta com a gente atualmente, todo mundo é backing vocal da Iza. Nossa equipe está alcançando outros degraus.
O evento é para a família preta e de diferentes gerações (Foto: Divulgação/Berro.inc)
Já tem previsão para mais bailes em SP ou em outros estados, além do RJ, neste ano?
Anthonio Consciência: Este ano é bem promissor. As redes sociais do baile tem alcançado muita gente, principalmente os artistas internacionais de R&B, black music, eles têm repostado os nossos vídeos porque geralmente são as músicas que a gente toca nos bares, porque veem as pessoas aqui dançando e o Baile Black Bom tem sido referência para esses artistas e a gente tem ficado muito feliz de ter chamado atenção deles e eles felizes com a repercussão das suas músicas serem dançadas aqui. Inclusive nós recebemos no ano passado o Anthony David. Ele viu sua música sendo dançada no baile e tinha muita vontade de cantar no baile. O que explodiu para a gente foi muitas cidades em São Paulo, além da capital. Legal ressaltar que quando a gente faz evento em São Paulo, grupos de dança de outras cidades são muito carente de eventos assim, pessoas da Baixada Santista, Limeira, Barueri, ver a gente. Esse ano a gente tem alguma Temporada que já tá mais ou menos traçada, e é sempre aos sábados. A particularidade do baile é que o evento é vespertino, das 17h até 00h. Porque é um evento para família preta, as crianças podem ficar tranquilas dançando. No quarto sábado do mês o evento é na Baixada, especialmente em Queimados, na Praça dos Eucaliptos.
A Bahia tem tido muitos pedidos. Já fomos no Nordeste, para fora do Brasil, mas na Bahia a gente ainda não conseguiu. O próprio Afropunk, a gente queria mesmo que eles percebessem a importância do que é o movimento black, do que é o charme, porque o charme é 90% do público preto. O samba, hoje em dia, é muito branco, muito elitizado. O baile black bom leva 10 mil pessoas nas ruas e a gente pode dizer que a grande maioria é preta.
Desde o dia 10 de fevereiro, a venda de pomadas modeladoras está proibida no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou a medida depois do surgimento de casos recorrentes de irritação ocular e cegueira causadas pelo uso dos produtos.Antes disso, o órgão já havia vetado a comercialização de produtos de mais de 20 fabricantes.
Na última sexta-feira (17), a Anvisa realizou uma reunião técnica com os fabricantes de pomadas capilares para informar o andamento das investigações sobre os casos de reações adversas causadas pelos produtos. Sócias do Ras, salão de luxo especializado em tranças afro, Caroline Pinto e Taynara Alves também foram convidadas para participar do encontro online e ficaram horrorizadas com os comentários de fabricantes sobre trancistas e clientes.
Em prints feitos no chat da reunião, é possível ver comentários de alguns fabricantes que começaram a relacionar às reações adversas ao modo como pessoas de cabelo crespo e trancistas usavam seus produtos.
“Está totalmente relacionado ao modo de uso das trancistas”, disse uma participante. Outra pessoa disse ainda que “As pessoas que utilizam as pomadas para tranças, deixam muito tempo no cabelo imagina a quantidade de bactéria que fica nos fios, imagina esse produto entrando em contato com os olhos”.
Outro participante sugeriu que o uso fosse proibido para tranças. “Deveriam em um primeiro momento proibir somente o USO E COMERCIALIZAÇÃO para TRANÇAS, pois é dai que vem a grande causa do problema.”.
O show de comentários racistas ainda foi rebatido pelas empresárias e outros participantes que se sentiram incomodados com as acusações. “Os comentários racistas de várias pessoas aqui só prova a necessidade da Anvisa exigir maiores testes de segurança. Olha o descaso dessas pessoas, jogando a responsabilidade para transitas e cabelos crespos”, pontuou.
Para o Mundo Negro, Caroline Pinto contou que “As falas racistas surgiram desde o começo da reunião, durante a apresentação da Anvisa sobre os levantamentos que ela tinha até aquele momento. Os presentes na reunião começaram de imediato a fazer as associações dos problemas a higiene de tranças e cabelos crespos, às tranças, ao conhecimento das trancistas ou a falta deles, e até mesmo sobre a proibição para esse grupo de pessoas”.
A apresentação realizada pela Anvisa mostrou que uma investigação feita no Rio de Janeiro identificou 685 casos confirmados de intoxicação exógena (causada por fatores externos, ou seja, que têm origem fora do organismo) temporalmente relacionados à utilização de cosméticos para modelar/trançar cabelos.
Para a especialista, ficou evidente a tentativa de culpar os clientes e vítimas pelas reações ao produto, “especificamente em cabelos crespos”. “Ficou nítida a tentativa de culpabilização das reações adversas à forma que o produto é utilizado pelas profissionais trancistas, especificamente em cabelos crespos. Em diversos momentos houveram citações de que esse problema só ocorre em tranças e cabelos “afros”, o que não é uma verdade! Assim também, como não ocorre só em mulheres, como os fabricantes de pomada modeladora masculina tentaram alegar”, conta Caroline.
A empresária relatou que a mesmo após os inúmeros comentários racistas a Anvisa não se manifestou, “o próprio diretor estava lá e não fez absolutamente nada, não repreendeu em nenhum momento todos os comentários”, comentou. CarolinePintou contou ainda que o órgão “terceirizou a responsabilidade” sobre a investigação dos componentes que estariam causando problemas. “Nessa reunião, pude observar também que, ao invés da Anvisa trazer solução, já que ela é o órgão regulador, ela terceirizou a responsabilidade dela, pedindo para os próprios fabricantes criarem um grupo de investigação para apurar qual o componente problemático e as soluções para o caso”, revelou.
Sobre o uso das pomadas no salão, Caroline pontuou: “No Ras não estamos fazendo o uso da pomada. Meses atrás, quando fizemos uma denúncia na Anvisa em decorrência da não devolutiva de um fabricante, entendemos que não vale a pena colocar a saúde dos nossos clientes em risco por um fabricante que não nos daria qualquer tipo de suporte ou amparo médico ou jurídico”.
A vencedora do BBB 18,Gleici Damasceno, 27, utilizou seu perfil no Instagram para relatar um episódio de racismo que sofreu no Aeroporto de Guarulhos nesta manhã de sexta-feira (24). Enquanto retornava de uma viagem internacional, a atriz e influenciadora passou por uma abordagem da Receita Federal. Uma das fiscais questionou o motivo de Gleici estar realizando duas viagens por ano, alegando que era ‘caro demais’.
“Eu estava voltando dos Estados Unidos e parei na Receita Federal, tudo normal, eu não ligo pra isso. Mas fiquei muito indignada e me senti invadida com o tipo de abordagem. A mulher me fez uma pergunta que me deixou pensando. ‘Nossa, viajar duas vezes por ano é muito caro, como você consegue viajar duas vezes por ano? É muito caro pra você fazer isso’. E eu falei assim: ‘Eu acho que seu comentário é racista’“, contou Gleici. “A mulher me respondeu: ‘Eu acho que o racismo está em você’. Depois ela disse que ia me autuar, me mandou ficar calada e ficar sentada. Ela começou a falar bem alto comigo. Eu perguntei se tinha outra pessoa pra fazer denúncia e ela me respondeu que era a autoridade ali”.
Gleici Damasceno relata episódio de racismo no Aeroporto de Guarulhos. Foto: Reprodução / Redes Sociais.
Damasceno destacou que se sentiu invadida com o comentário da fiscal, que naquela situação assumiu que ela não poderia ter condições de realizar viagens internacionais. “Eu fiquei muito nervosa porque nunca passei por uma situação dessas. Eu entendo o trabalho das pessoas que tem que fazer mesmo e perguntar. Acredito que certos comentários não devem ser feitos. E essa é a minha questão, não foi nenhuma pergunta que foi feita mas os comentários. ‘Eu acho que você não tem condição de viajar?’. Ela não me conhecia e julgou uma coisa em mim. Isso não deve ser feito“, disse Gleici, que também observou um comportamento debochado da fiscal. “Tem certos comentários que não devem ser feitos. Ela começou a fuçar minhas coisas, ficou mandando eu calar minha boca, sendo que eu estava falando no mesmo tom que ela. Ficou repetindo que ia me autuar. Até que ela achou meu celular que comprei nos Estados Unidos em maio de 2022 e me tributou. Procedimento deles. Eu paguei mas fiquei me sentindo muito mal. Sei que se fosse uma pessoa branca, esse tipo de comentário não teria sido feito. A gente sabe quando a pessoa fala com maldade, com deboche. Ela era o tempo todo muito debochada”.
Ao fim, Gleici relatou que buscou soluções por meio da ouvidora. “Espero que a ouvidora funcione e que pelo menos me escutem. Estou mais aliviada por compartilhar com vocês algo que considero muito íntimo e que em outro momento eu nunca iria compartilhar, mas hoje sei que essa dor não é só minha”, destacou a campeã do BBB 18.
Em entrevista para o programa de rádio The Howard Stern Wrap Up Show, no dia 15 de fevereiro, o ator americano Ernie Hudson falou sobre como foi excluído pelos produtores da Columbia Pictures da divulgação do filme “Os Caça Fantasmas”.
De acordo com Hudson, “Quando os pôsteres saíram, eu não estava lá, e continuei não estando por muito tempo. Fui até uma exibição especial de 30 anos do filme, e todos os pôsteres tinham só três caras. Eu sei que os fãs não têm culpa disso, e me sinto muito grato por todos os fãs que se identificaram com Winston, especialmente as crianças que viram o filme nos anos 1980 – e não só crianças de minorias étnicas, mas todas elas”, relembrou o ator.
Ernie Hudson interpretou Winston Zeddemore, um dos protagonistas do longa lançado em 1984 e que se tornou uma franquia nos cinemas. Ele também contou durante a entrevista que boa parte de suas cenas foram cortadas. “No roteiro original, Winston está lá desde o começo, da primeira cena. Quando finalmente chegamos ao ponto de filmar, a participação dele tinha sido cortada e ele só aparecia do meio do filme para frente. Todas essas coisas definitivamente pareceram deliberadas. Até hoje eu tento não levar para o pessoal”, disse.
“Se você é afro-americano, tudo de ruim que acontece com você pode ser explicado por isso, mas eu não quero apertar este botão. É a última coisa que quero fazer… Não tenho nada de ruim a dizer sobre qualquer pessoa em específico, mas isso não significa que não tenha sido difícil para mim. Eu demorei bastante para superar esses problemas e abraçar o filme. Foi complicado fazer as pazes com Os Caça-Fantasmas”, detalhou.
Para Hudson, “Os Caça-Fantasmas” foi “o filme mais difícil”, do “ponto de vista psicológico” que ele já fez.
Em 2021, Ernie Hudson voltou à franquia no papel de Winston Zeddemore, ao lado dos atores Bill Murray, Dan Aykroyd e Harold Ramis, com o lançamento do “Ghostbusters: Mais Além nos cinemas”. Sobre o elenco, Hudson pontuou que “Todos me acolheram muito bem no espírito da inclusividade”.