Sara Silva Raimundo, cofundadora e COO da legaltech Unicainstância, faleceu na última sexta-feira (21), durante uma viagem à Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos, aos 32 anos.
“Sara estava sozinha a caminho do evento Brazil at Silicon Valley, para o qual foi convidada a participar como ouvinte, quando sentiu dores no peito durante o voo. Ela recebeu os primeiros socorros ainda no voo, sendo encaminhada após um pouso de emergência ao hospital mais próximo, onde, infelizmente, não resistiu e veio a falecer”, detalha a publicação do amigo e sócio Gilmar Bueno Jr.
Agora, amigos e familiares lutam para arrecadar o valor necessário para trazer o corpo de volta ao Brasil o mais rápido possível. “Até o momento, temos como gastos: (i) US$ 21.490,00 (aprox. R$ 112.000,00) para os serviços funerários (preparo do corpo e translado); (ii) R$ 2.560,00 de taxa do Cemitério Jardim da Saudade, de Paciência, no Rio de Janeiro/RJ; (iii) aprox. US$ 15.000,00 (aprox. R$ 76.000,00). para arcar com os trâmites burocráticos da situação (além de um representante da família com sua presença lá, hospedagem e alimentação, ainda sem estimativas de custo)”, explica na publicação.
A irmã Tamires Silva Raimundo disponibilizou a chave pix para receber a doação: tamires.sr456@gmail.com. “Qualquer valor é bem-vindo”, ressalta.
Junto com o Gilmar, Sara fundou a Unicainstância, que ajuda consumidores com indenizações por cobranças indevidas em contas de luz, água e afins. “Mulher, negra, periférica, órfã de mãe, empreendedora, sonhadora, determinada e resiliente, Sara inspirou todos a sua volta”, diz publicação de Gilmar.
O cabelo é certamente um elemento muito importante para valorização da estética negra. É através dos múltiplos penteados que expressamos nossa identidade e também é a partir do encontro que promovemos com a finalidade de ‘arrumar nossos cabelos’ que nos aproximamos enquanto pessoas negras, compartilhamos nossas histórias e dividimos um momento tão importante de identificação.
O uso do pente quente é bastante conhecido por muitas mulheres negras. Quem não se lembra de ver uma tia, uma avó ou de ter passado um pente de metal pelos cabelos com objetivo de conquistar o aspecto alisado? O pente quente também conhecido como pente de pressão ou pente alisador, costumava ser aquecido em fogão comum e também em tomada. “Pente Quente” é o nome do livro da escritora e cartunista norte-americana Ebony Flowers, que traz uma coleção de histórias em quadrinhos sobre o cabelo de mulheres negras.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
Para o Mundo Negro, a autora contou sobre as experiências pessoais que a inspiraram para escrever “Pente quente” e destacou que escreveu o livro “para mulheres negras”.
Como as experiências compartilhadas das mulheres negras sobre pentear o cabelo inspiraram você a escrever o livro?
Para mim – para meus amigos e minha família – o cabelo é um aspecto tão importante de nossa vida. O cabelo negro é sobre passar tempo juntos. O cabelo é expressão e intimidade. O cabelo também é cultura pop. O cabelo é história compartilhada e pessoal. O cabelo negro, tanto na América como em todo o mundo, está entrelaçado com o legado da supremacia branca, classe, desigualdade e capitalismo. Ao escolher criar histórias sobre cabelo negro, eu sabia que também estaria abordando tantos outros aspectos da vida negra. O texto é o cabelo – minhas histórias apresentam tranças, fazer um relaxamento, enrolar nosso cabelo e usar perucas – e a textura é o que também me importo em discutir – laços familiares, perda da inocência, racismo cotidiano perpetuado pela ignorância.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
O cabelo é um elemento de identidade muito importante na cultura negra. Qual é a importância de falar sobre isso em “Pente Quente”?
Eu escrevi “Pente Quente” para mulheres negras. Dito isso, espero que qualquer pessoa curiosa sobre cabelos negros, cultura e quadrinhos o leia. Se “Pente Quente” permitir que um público amplo compreenda melhor alguns dos aspectos mais íntimos da cultura do cabelo negro, ficarei feliz.
Para alguns leitores, talvez “Pente Quente” seja uma janela para aspectos da vida negra. Para outros, “Pente Quente” refletirá diretamente memórias e jornadas pessoais de cabelo. É difícil para mim separar minha experiência como mulher negra e minhas várias narrativas sendo uma mulher negra nos Estados Unidos, de minha experiência com o cabelo.
Por exemplo, muitas mulheres negras com cabelos crespos têm experiências compartilhadas que envolvem certos marcadores culturais percebidos, como o primeiro relaxamento, o primeiro tecido ou o “big chop”. É claro que a história individual e a tomada de decisão pessoal são impactadas por realidades sociais maiores. O racismo e o sexismo desempenham um papel significativo na moldagem das histórias em “Pente Quente” em uma experiência compartilhada. Eu acredito que se qualquer mulher negra com cabelo crespo fizesse quadrinhos sobre suas experiências – seja como ficção ou não-ficção criativa – muitas de nós acabaríamos com histórias que encapsulam um espectro compartilhado de emoções que lidam com encontros racistas e misóginos. Essas histórias também ressoariam com muitas pessoas cujas diferenças visíveis e decisões cotidianas são facilmente marginalizadas.
Para pessoas que não têm experiência pessoal direta com alguns dos temas do meu livro, “Pente Quente” será uma oportunidade para elas olharem, ouvirem e testemunharem. Eles terão a chance de ver pessoas negras em nosso cotidiano, apenas tentando viver nossas vidas.
Livros, é claro, têm feito isso há algum tempo. Autores como Octavia Butler, James Baldwin, Zora Neale Hurston e Toni Morrison lançaram as bases para futuros escritores criarem histórias sobre pessoas negras e para pessoas negras – sem ter que se desculpar ou racionalizar a existência dessas narrativas. Com “Pente Quente”, eu estou desenhando novos capítulos da narrativa cotidiana de nosso povo através de quadrinhos. Eu faço histórias, que acontecem de serem quadrinhos, sobre pessoas e vidas negras sem ter que explicar sua existência para leitores não negros.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
Por que você escolheu as histórias em quadrinhos como estilo literário para contar a história?
Eu adoro fazer histórias em quadrinhos. É meu processo e meio preferido de contar histórias.
No dia 29 de abril acontece no Rio de Janeiro, a segunda edição do Red Bull Dance Your Style, competição global de danças urbanas. Aberto ao público, o torneio se transformará em uma grande pista para os dançarinos mais talentosos do país se enfrentarem em busca de uma vaga na competição mundial, que acontece na Alemanha, em novembro. A trilha sonora do evento passa pelo hip hop, house, locking e freestyle dominam a pista.
Com um conceito único em que o público é o júri, os 16 participantes competem no formato 1×1, sem saber qual música irá tocar – por isso, a capacidade de improviso do dançarino é um elemento-chave para se destacar. Entre os anfitriões da competição, estão Aline Constantino, produtora do Laboratório Fantasma; e ZULU, dançarino e integrante do ballet do cantor Djonga. Os dois profissionais conversaram com o MUNDO NEGRO e comentaram sobre a experiência no evento. Ambos acreditam que o Red Bull Dance Your Style é uma competição de predominância negra. “Acredito que o evento tem uma carga representativa muito forte. Começando pelos curadores que são dois artistas negros; você tem duas pessoas pretas como hosts do evento e quando você olha pro DJ, tem uma pessoa preta lá, olha pros dançarinos, tem vários artistas pretos também. E aí, você pensa… É sobre isso! É sobre olhar pro lado e se reconhecer, se inspirar“, diz Aline.
Foto: Marcelo Maragni / Red Bull Content Pooll.
O dançarino ZULU diz que o Hip Hop é um exemplo de música que cria essa conexão com o público preto. ‘Na verdade, acho que a galera preta vem cada vez mais consumindo dessa cultura, consumindo do evento, consumindo desse espaço. É claro que é um espaço miscigenado, é um espaço para todos e todas, mas a galera preta acaba se identificando muito com a cultura hip hop, acaba querendo estar ali, querendo estar perto”, destaca ele. “Foi e ainda é uma ferramenta de fala muito grande para essa galera preta, não só na dança, mas também na música que a gente vê ali. O MC e o DJ são instrumentos de fala, instrumentos onde a galera consegue se colocar, consegue se expressar, então acaba que isso também agrega e a galera se sente confortável e à vontade no evento“.
MUNDO NEGRO: Como é a sensação de ser anfitrião do Red Bull Dance Your Style?
ZULU: Acho que é um misto de emoções que, sinceramente, não tenho palavras exatas para descrever o sentimento e a felicidade de quando tem um evento, quando tem o Red Bull Dance Your Style, quando eu sei que eu vou ser chamado para poder estar ali no microfone, isso pra mim é maravilhoso. Fico sempre querendo saber quando será o próximo, e tudo isso foi uma descoberta, porque eu comecei sendo host de eventos que a gente fazia no Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, e que não tinha ninguém para ficar no mic. Então meio que a necessidade foi criando o MC, e a partir dessa necessidade hoje posso chegar onde eu estou chegando, devagar, pisando com calma, e isso sempre é maravilhoso.
ALINE CONSTANTINO:Primeiramente, é muito especial e gratificante ser apresentadora. Ter esse reconhecimento me dá uma sensação de que eu estou no caminho certo. Em segundo lugar, é uma responsabilidade grande, porque é um evento de alcance mundial e sua presença ali precisa ter um porquê, e você não representa mais só você, sabe?! Então, estar ali como mulher preta, me comunicando com o público, divertindo a galera e as batalhas, trazendo representatividade é algo muito forte e que me deixa muito grata.
ZULU e Aline Constantino. Foto: Tauana Sofia/Red Bull Content Pool.
MUNDO NEGRO: Para você, qual a principal característica que um dançarino precisa ter para avançar na competição?
ZULU: Eu acho que o dançarino ou dançarina tem que ser um show à parte, um showman, uma showgirl, é uma competição que você está ali contra o oponente, mas ao mesmo tempo que é uma competição você está contra você mesmo também. E o público também participa disso, então precisa ter um pouco de carisma, envolver a galera com a energia, a energia tem que transbordar, tem que transbordar com o público porque ele faz parte disso, e o público é inteligente, sabe o que é bom e o que não é.
Não dizendo que um é melhor que o outro, mas naquele momento da batalha só um pode avançar, então eu acho que é importante a energia do dançarino transbordar e tocar quem está assistindo. Nem sempre mais musicalidade ou mais habilidade basta, acho necessário colocar alma, gana, coração, se entregar imerso no processo, tocar e transbordar.
ALINE CONSTANTINO:Falando especificamente desse evento, acho que existem coisas que se conectam: Criatividade, Carisma e Propriedade. Quando você se apropria de quem você é, da sua dança, da sua técnica, você fica livre também pra criar, pra percorrer pelos caminhos sem se perder. E aí, quando você junta o carisma com tudo isso, acredito que vira uma combinação poderosa. Você cria uma identidade que abraça o público ou jurados.
SERVIÇO
Red Bull Dance Your Style
Data: 29/04/2023
Horário: 19h
Local: Sacadura 154 – R. Sacadura Cabral, 154 – Saúde, Rio de Janeiro – RJ, 20081-262
Empreender no Brasil é um desafio: criar e gerenciar um negócio próprio, assumindo os riscos que envolvem o processo de começar e administrar uma empresa em meio a um ambiente de negócios complexo e burocrático, além de questões como a alta carga tributária, a falta de acesso a crédito e a infraestrutura precária em algumas regiões do país, torna a aventura insustentável.
Ainda assim, o empreendedorismo no país teve um crescimento significativo nos últimos anos, especialmente a partir dos anos 2000. São diversas oportunidades para quem une criatividade e inovação ao criar um negócio, sobretudo em setores como tecnologia, energia renovável e serviços. Esse aumento pode ser explicado por diversos fatores, como a estabilidade econômica na ocasião, a maior acessibilidade ao crédito e a mudança na mentalidade dos brasileiros em relação ao empreendedorismo.
O surgimento do MEI (Microempreendedor Individual) em 2008 foi um marco importante para a formalização de pequenos negócios no Brasil. O MEI é uma categoria criada pelo Governo Federal que permite que pessoas que trabalham por conta própria possam se formalizar, pagando uma taxa mensal reduzida e tendo acesso a benefícios previdenciários e a serviços bancários com condições especiais.
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Desde a sua criação, o MEI tem sido uma opção atrativa para muitos empreendedores brasileiros. Ele foi o caminho escolhido também para os milhares de desempregados que surgiram com um contexto político, social e econômico dos últimos anos. Abrir seu próprio negócio foi uma opção encontrada por quem perdeu seu emprego. Atualmente, são mais de 14 milhões de registros ativos. Só em 2021 foram 3 milhões de cadastros.
A formalização dos pequenos negócios também contribuiu para o crescimento do empreendedorismo periférico, conceito que descreve a atividade empreendedora que ocorre em áreas periféricas ou regionalmente marginalizadas. Ou seja, em regiões com menor acesso a recursos econômicos, sociais e culturais.
No Brasil, o empreendedorismo periférico tornou-se uma forma importante de geração de renda e desenvolvimento local. Mas se para o empreendedor não periférico o cenário econômico já é desafiador, imagine para quem foi (e ainda é!) historicamente marginalizado, limitado ao trabalho braçal e com capital intelectual desvalorizado ou roubado. E, apesar da ferramenta de formalização, o desemprego ainda é um grande problema no Brasil (e sabemos que nas periferias, esse é um cenário ainda mais desolador). Nos últimos anos, a taxa de desocupação tem sido alta, chegando a atingir 14,7% em 2020, segundo dados do IBGE. Isso significa que muitas pessoas que perderam seus empregos optaram por abrir seu próprio negócio, muitas vezes sem muita preparação ou planejamento adequado. E como valorizar e visibilizar diferentes culturas e saberes descolonizados, aplicados em uma atividade profissional?
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De acordo com a Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta e CEO do Preta Hub, ambos negócios voltados para empreendedores periféricos, a solução está no trabalho em rede. Adriana revolucionou o empreendedorismo negro e periférico quando, em 2002, lançou a Feira Preta, o maior festival de cultura afro da América Latina. E com a bagagem (pesada!) de mais de 20 anos de Feira Preta, ela afirma que a participação coletiva é forte aliada para fomentar e valorizar negócios periféricos.
Em 2022, foi realizado o projeto “Conversando a gente se aprende”, parceria do Preta Hub com o Sistema B Brasil, com intuito de desenvolver ações, compromissos e práticas de promoção das equidades interseccionais. A ideia era trazer a óptica de raça e social para dentro do Movimento B e na sua relação com seus diversos stakeholders, ampliando ainda mais o impacto positivo.
E sob o direcionamento da Adriana, que percorreu essa estrada sem pavimento e se tornou referência, reuni aqui algumas sugestões de caminhos para que as empresas possam se tornar fortes aliadas nessa luta pela justiça social e redução das desigualdades.
Existem diversas maneiras de apoiar os negócios periféricos: fornecer capacitação e treinamento em gestão de negócios, acesso a recursos financeiros e tecnológicos, criar parcerias com empreendedores locais, apoiar a organização de redes e associações de empreendedores e investir em projetos de desenvolvimento comunitário.
Além disso, as empresas podem contribuir para a promoção da diversidade e da inclusão, reconhecendo e valorizando as iniciativas periféricas, e incorporando a visão dessas empresas em suas estratégias de negócios. O importante é sempre ter um olhar verdadeiramente empático e disposto a entender realidades e necessidades diferentes desse público. As empresas precisam compreender essas diferenças se querem abraçar a diversidade. Com essas medidas, é possível contribuir de maneira mais efetiva para transformar a realidade econômica e social das comunidades periféricas e construir um ambiente de negócios mais justo e sustentável, capaz de criar pontes com realidades múltiplas.
Se queremos diminuir a desigualdade social, apoiar o empreendedorismo periférico é uma forma de ampliar a distribuição de renda, abrindo portas para uma população que não costuma ter acesso a elas. O empreendedorismo periférico é considerado uma forma de resistência à falta de oportunidades e à exclusão social, pois permite que as pessoas criem seus próprios negócios e gerem renda não só para si, mas para suas comunidades, trazendo o dinheiro para focos diferentes dos centros tradicionais, onde esse público ainda é excluído. Mais sustentável do que um negócio periférico eu desconheço. E a intencionalidade de valorizar e visibilizar diferentes culturas e saberes descolonizados é o que impacta positivamente especialmente comunidades periféricas, e promove o equilíbrio social e um futuro inclusivo.
A lenda do tênis e empresária Serena Williams anunciou nesta semana o lançamento de sua nova produtora de multimídia, a 926 Productions. A produtora deve fechar um contrato de TV inicial com a Amazon Studios, segundo informações divulgadas pelo The Hollywood Reporter.
“Com o lançamento da 926 Productions, pretendemos elevar as vozes femininas e diversificadas por meio de um conteúdo que fale com todos”, disse Williams em comunicado emitido para a imprensa. A estrela mundial do tênis acrescentou que está muito animada para começar este próximo capítulo da sua carreira ao lado de Caroline Currier, nomeada presidente da produtora. “Estou muito animada para começar este próximo capítulo da minha carreira ao lado de Caroline, uma mulher que entende a arte de contar histórias e é apaixonada por desenvolver a indústria do entretenimento em novas direções. Estou ansioso para colaborar com ela e desenvolver projetos únicos que inspirem o público em todas as plataformas.”
Além de sua nova produtora, Serena Williams administra diversas empresas, incluindo a Serena Ventures, sua firma de capital de risco de grande sucesso, que levantou US$ 111 milhões em financiamento este ano. A empresa canaliza dólares de investimento para startups lideradas por fundadores sub-representados, incluindo mulheres negras, um grupo há muito esquecido nos círculos de VC. Segundo Williams, a Serena Ventures foi criada com a missão de dar oportunidades a fundadores em uma variedade de setores.
Em março de 2022, Serena Williams anunciou que levantou US$ 111 milhões e investiu em cerca de 60 startups, treze dos quais são unicórnios. Com sua nova produtora, a empresária consolida sua carreira em várias áreas de atuação.
Serena Williams se despediu das quadras no dia 2 de setembro de 2022, em uma partida contra Ajla Tomljanovic do US Open. Com a presença da filha, a tenista também recebeu homenagens de personalidades como Michelle Obama, Tiger Woods, LeBron James e Oprah Winfrey que destacaram a carreira brilhante de Williams: “Que sorte termos podido ver uma jovem filha de Compton crescer para ser uma das maiores atletas de todos os tempos”, escreveu Michelle Obama em seu Twitter.
Mesmo após o pedido de cessar-fogo e com o fim do Ramadã, o Sudão ainda está em conflito. Nesta sexta-feira (21) a Organização Mundial da Saúde (OMS), da ONU, divulgou a situação dos mortos e feridos no Sudão. Mais de 400 pessoas foram mortas e mais de 3,5 mil ficaram feridas até o momento desde o início do confronto entre o Exército de Sudão e as Forças de Apoio Rápido (FAR), na semana passada.
Segundo as informações da OMS, desde que começaram os confrontos entre o exército e os paramilitares na semana passada, mais de 400 pessoas morreram e mais de 3,5 mil estão feridas. Ao menos 55 hospitais estão fora de serviço por conta do combate.
Na quinta-feira (20), a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que as duas forças cessassem fogo pelo menos três dias em respeito a comemoração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, mês sagrado para os mulçumanos. “É um momento importante do calendário muçulmano. Penso que é um bom momento para que se mantenha um cessar-fogo. (…) peço um cessar-fogo de pelo menos três dias, por ocasião da celebração do Eid al Fitr, para permitir que os civis presos em zonas de conflito saiam e busquem atendimento médico, alimentação e outras necessidades essenciais”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres. Além da ONU, os EUA também pediram um cessar-fogo.
Segundo as informações do Al Jazeera, o FAR disse que estaria pronto para um cessar-fogo de 72 horas nesta sexta-feira, mas os moradores de Cartum relataram tiros e explosões pelo sexto dia consecutivo.
Os confrontos começaram no último sábado quando os paramilitares, liderados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, dominaram pontos estratégicos do Sudão e deram início ao confronto contra o exército, liderado pelo chefe do Conselho Soberano do governo de transição do Sudão, Abdel Fattah al-Burhan.
Burhan disse que não está disposto a negociar com o FAR e só aceitaria sua rendição. Em seu primeiro discurso desde o começo do embate entre os dois, Burhan disse que o exército está comprometido com uma transição para um governo civil.
Em entrevista, o eliminado com 68,86% dos votos, Ricardo “Alface” disse que fez o que tinha que fazer para se manter no top 4 do Big Brother Brasil 23. Ele também comentou sobre seus embates dentro da casa e sua relação com Sarah. “Ela foi meu amorzinho lá dentro.”
Para Ricardo, conhecido com Alface no programa, ele jogou bem e fez o que estava ao seu alcance para conquistar o top 4, ele foi eliminado na última quinta-feira (20) contra a Larissa. “Eu fiz o que tinha que ser feito. Acho que, independentemente do que eu fizesse, eu não estaria nesse Top 4. Mas a Larissa é uma grande jogadora, embora tenha saído e voltado. Ela é desenrolada”, disse Alface.
Ele ficou marcado como um jogador solitário, que brigava com quem não “jogava o game”, como ele mesmo dizia. No início do programa, era do Quarto Deserto, mas logo após uma briga com Fred Desimpedidos mudou para o Quarto Fundo do Mar.
“Eu queria mostrar que eu tinha o meu jogo solo, minhas jogadas, minhas combinações de voto do outro lado sem ninguém saber, por debaixo do pano. Acho que isso me fez um jogador importante para o jogo. Foi necessário ter um gato sorrateiro como eu (risos). Talvez por coisas pequenas eu não tenha conseguido ser o campeão dessa edição. Mas também não tem como ser perfeito, ser tudo que o público queria. O público fala: “Se você tivesse feito isso…”. Aí dá vontade de falar: poxa, mas eu fiz 90% das coisas que vocês queriam, os outros 10 eu não fiz e vocês me deixaram sair?”, brincou Alface.
Foto: Reprodução
Mas mesmo mudando de quarto e entrando em várias brigas durante sua passagem no programa, antes de seu último paredão ele havia recebido apenas um voto. Para ele, isso se deu por conta de ter uma boa relação com os dois grupos. “Eu tinha minhas confusões, minhas brigas, mas é engraçado porque elas não eram contra o grupo oponente, eram sempre contra uma pessoa. E, por mais que fosse com aquela pessoa, o restante do grupo dela gostava de mim, tinha afeto por mim, ou então o alvo era outro! Acho que foi uma mistura de sorte e de eu também saber ter jogo de cintura, fazer outras pessoas gostarem de mim.”
Uma das suas boas relações dentro do BBB 23 foi com a Sarah Aline, tão boa que resultou em um relacionamento amoroso. “Ela foi aquela amiga que todo o ser humano precisa ter. E eu ainda tinha uma admiração incrível por ela. Então eu tinha um amparo, uma conselheira, uma pessoa de quem eu queria ser parecido na forma de falar. (…) E ela foi meu amorzinho lá dentro, né?”
Ricardo diz que vai levar o seu “desenrolar” para a vida pós-BBB e que descobriu lá dentro que tem um lado comunicador. Ele pretende voltar a estudar, Medicina ou talvez na área de Comunicação, mas não tem pressa. “Acho que a vida é isso: aproveitar as oportunidades.”
Entre os dias 25, 26 e 27 de maio acontece, pela primeira vez no país, o Africa Fashion Week Brasil. O evento, que faz parte do circuito African Fashion Week Londres e African Fashion Week Nigéria, tem o objetivo de projetar a estilização africana, por meio do incentivo e promoção de novos designers que desejam exposição e não têm recursos para fazer a apresentação das suas coleções e do seu trabalho.
Africa Fashion Week London em 2019. Foto: Stylist Africa / Reprodução.
No Brasil, o Africa Fashion Week (AFW) é uma iniciativa do Instituto Internacional FEAFRO, pilotado pela empresária, agente cultural e articuladora de oportunidades de negócios entre o Brasil e o continente africano, Silvana Saraiva. Ela conta com a parceria da Rainha Ronke Ademiluyem, da Nigéria, que lançou a AFW há 14 anos, em Londres.
“Como eu tenho o Instituto FEAFRO, tenho a Câmara de Comércio e já tenho feito essa conexão Brasil África há muitos anos, eu tive a ideia de trazer esse evento para Brasil, porque nós brasileiros de afro diaspóricos, principalmente a população afrodescendente, nós não temos acesso a nossa moda africana, o nosso estilo de vida não é afro centrado, ele é euro centrado“, destaca Silvana em entrevista ao MUNDO NEGRO. “Então a gente precisa mudar isso, né? Além de dar mais visibilidade a designers brasileiros, que fazem esse tipo de design. E tentar mudar um pouco o mercado da da moda no geral”.
Silvana Saraiva. Foto: Divulgação.
Inicialmente, o Africa Fashion Week Brasil iria acontecer em 2020, mas por conta da pandemia, os planos mudaram. Silvana diz que a política atual também contribuiu para a realização do evento em 2023. Até o momento, 11 marcas africanas e 4 marcas brasileiras estão confirmadas. “Entendemos que precisávamos trabalhar AFW não simplesmente como uma ferramenta tendências para a moda e estilo de vida. Mas também como um fator de alavancagem de empreendedorismo preto. Ou seja, trazendo esses designers, trazendo outros profissionais, empresas pequenas, médias, micro que estejam dentro desse setor ou voltada ao setor da moda”, destaca Silvana.
A versão brasileira do AFW tem como foco a utilização da moda como instrumento de sustentabilidade e mudança social. Além disso, a promoção de interação entre gerações, ativação de marcas, workshops de inovação do setor, B2B, B2C, exportação, importação e encontro privado com investidores. “Realizar esse evento se torna uma ferramenta extremamente tangível para combater o racismo estrutural e promover a diversidade. Ele é um evento que está totalmente fundamentado dentro da pauta ESG. É um evento que vem promover uma disrupção dentro da moda”, destaca Silvana.
Com quase 20 anos de estrada, o trio de cantoras da banda Filosofia Reggae, uma das melhores do gênero no Brasil, desabafam sobre como o racismo e o machismo tem dificultado elas, como mulheres negras, de ascenderem no mercado.
Com músicas de sucesso como “Sentimento bom” e “Se o dia não terminar“, a banda que já chegou a ocupar o primeiro lugar nas rádios, relata que está fora de grandes festivais. “A cena reggae no Brasil é muito embranquecida. Acreditamos que o público não acessa a gente, muitas vezes pela falta de espaço na mídia que faz as pessoas acreditarem que não tem linha de frente preta. Junta o machismo, racismo… fica cada vez mais atrasado nosso processo de crescimento”, desabafa a cantora Domênica de Paula David, 31, mais conhecida como Dodo, em entrevista exclusiva para o Site Mundo Negro.
Para manterem o sonho da manter a banda na ativa, as artistas precisam conciliar os palcos com outros trabalhos. No caso da Dodo, ela começou a dar aula particula de canto. “Infelizmente ainda não podemos afirmar que a Filosofia se paga, ainda encontramos dificuldades para cumprir com nossas obrigações financeiras, acordos no passado, ingenuidade e falta de oportunidade, nos faz ter que usar de outras formas para complementar a renda ao final de cada mês”, lamenta a cantora.
Filosofia Reggae surgiu nos anos 2000, e atualmente, é formado pelas irmãs Dodo, Daiane de Paula David (Nina Roots), 36, e Danusa de Paula David (Dana David), 38. Todas da cidade de Mauá, na região do Grande ABC, em São Paulo.
Da direita para esquerda: Dodo, Nina Roots e Dana David (Foto: Thiago Liberato)
Leia a entrevista completa abaixo:
Vocês diriam que o pico de sucesso do grupo veio com o lançamento da música “Sentimento Bom”, em 2004? Como foi essa época de oportunidades de shows e gravações?
Apesar de algumas músicas já estarem despertando o interesse do público em relação a banda , sim, damos todos os créditos ao sucesso trazido pela música Sentimento Bom, composição de Carlinhos Pontes. Com esse sucesso repentino, por se tratar de uma canção que entrou nos últimos instantes no processo final do CD Real Situação, foi uma grande surpresa todo o sucesso causado, rádios, programas de tv e o público recebem a canção de forma positiva abrindo muitas portas ao trio , mantendo-se em primeiro lugar por semanas nas principais fm’s de São Paulo e rádios comunitárias.
Foto: Divulgação
Neste período, vocês relatam que não tem rolado mais convites de festivais e tampouco já participaram de grandes eventos do reggae, como o República do Reggae na Bahia. Como vocês explicam a falta de convite na cena musical?
Falamos de um cenário extremamente dominado por homens. A figura feminina desde sempre tem o estereótipo de back vocal, sempre um passo atrás de um homem, fazendo voz de apoio. Então surge o trio vocal que vem totalmente na contramão de toda essa tradição imposta no cenário, com isso torna-se uma certa afronta a um machismo estruturado no cenário, firmando a cada momento uma grande dificuldade em ser convidadas a participar dos festivais, até mesmo em eventos em comemoração ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER, onde todos os shows realizados em homenagem às mulheres, feito por bandas onde se quer nota a presença feminina no palco. O República do Reggae, evento anual e de grande tradição realizado na cidade de Salvador-BA, sempre foi um dos maiores sonhos, mesmo em postagens nas redes sociais com pedido do público para que tivesse o prazer de ver o show ao vivo, ainda estamos longe de conseguir.
Foto: Arquivo pessoal
Em quase 20 anos de carreira, vocês afirmam ainda não conseguir independência financeira só com a música. O que cada uma tem feito para suprir o dinheiro que ainda não estão arrecadando com a Filosofia?
Infelizmente ainda não podemos afirmar que a Filosofia se paga. Ainda encontramos dificuldades para cumprir com nossas obrigações financeiras, acordos no passado, ingenuidade e falta de oportunidade, nos faz ter que usar de outras formas para complementar a renda ao final de cada mês.
Trabalhos autônomos extras, CLT, todas as formas possíveis para conseguir pôr comida na mesa, pagar aluguel, pois não temos imóvel próprio. Trabalhos feitos por cada uma e tudo o que podemos fazer juntas para suprir. Participações em shows quando convidados também vem como grande ajuda.
Além do dom para a música, para o canto, temos também grandes talentos em muitos outros setores, como artesanato, cabelos, gastronomia. Tudo o que se pode fazer para garantir um dinheiro honesto e assim até mesmo usar parte disso para investimentos na banda.
Foto: Arquivo pessoal
Sem essas verbas, vocês também não tem um empresário e organizam tudo entre si e mãe da Dodo, certo? O que mais vocês têm feito para conseguir manter o sonho do grupo vivo?
Temos total amor e dedicação ao nosso sonho, mesmo com todas as dificuldades, todas as portas fechadas, todos os NÃO que recebemos ao longo desses quase 20 anos , não deixamos que isso nos abata. Buscamos formas de investir em nossos sonhos de acordo com nossas posses, não podemos negar que vez ou outra nos deparamos com pessoas que nos ajudam não só financeiramente, como nos abrindo os olhos para muitas coisas que estávamos fazendo errado por ingenuidade e nos coloca no caminho certo, mas tudo sempre partiu de nós.
Se tivermos que ter um empresário direcionando nosso trabalho, ele irá aparecer. Hoje isso não é mais um sonho, mas anos atrás essa era nossa maior vontade, que surgisse essa pessoa para nos dar esse UP no trabalho. Porém, ao longo dos anos, aprendemos que nós somos o maior investimento no nosso trabalho. Não existe ninguém que possa dar cara, cor, sentido ao seu sonho se não for você mesmo, ninguém pode sonhar seu sonho.
O skincare tem conquistado cada vez mais espaço entre o público, e para a pele negra, os cuidados diários com o corpo e o rosto também são importantes para mantê-la bonita e saudável.
Apesar da importância deste cuidado, a rotina pode atrapalhar um pouco esta demanda. Então, o Site Mundo Negro selecionou algumas dicás básicas para se colocar em prática, começando neste feriado prolongado, para quem está em casa.
Confira as dicas e reserve um tempo para você:
1 – Limpeza
Essa é a dica mais básica e importante na rotina de skincare. A limpeza remove todo o acúmulo de sujeira, poluição e maquiagem. Como a pele negra tende a ser mais oleosa, é importante limpar duas vezes ao dia para evitar o entupimento dos poros, que formam as espinhas. É recomendado o uso de sabonete líquido com ativos adstringentes. Dê preferência também para sabonetes com vitamina C, pois também ajuda a clarear manchas gradativamente, além de manter a pele suave.
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2 – Hidratação
Hidrante é sempre um bom investimento para o skincare! O produto é essencial para manter a pele radiante e sem oleosidade. É importante ter vitamina C na formulação, além de fator 30 superior para peles negras, que ajudam a proteger da radiação solar.
3 – Protetor solar
Dispense esse mito de que pele negra não precisa de protetor solar. Use o produto todos os dias, mesmo em casa. É bom para proteger da radiação solar, mas também ajuda a combater as manchas escuras, causadas por uma picada de inseto ou por uma espinha, devido a hiperpigmentação da pele negra.
4 – Sheet Mask
Nada mais prazeroso que tirar um tempo para colocar sheet mask ou máscara de tecido de skincare. Com uma concentração alta de ativos, a máscara ajuda no tratamento da oleosidade, comum em peles negras, trata as manchas escuras, melhora a textura e mantém o rosto hidratado.
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5 – Foco na região dos olhos
A formação de linhas finas nos olhos e o inchaço são os primeiros sinais de envelhecimento na pele negra. Por isso, aplique o hidratante delicadamente nesta área, assim, a pele vai absorver os ativos do produto.