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Policiais que carregaram homem negro amarrado são afastados e entidades vão processar o estado de SP

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Fotos: Reprodução

Dois policiais militares foram afastados da corporação de São Paulo nesta quarta-feira (7), após repercussão do vídeo, divulgado pelo padre Julio Lancelloti. Eles aparecem carregando um homem negro com as mãos e os pés amarrados. “Abordagem da PM com um irmão em situação de rua na UPA Vila Mariana. A escravidão foi abolida?”, questionou o religioso.

O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira (5), após o homem ser apontado como suspeito de furtar duas caixas de bombons de um mercado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, avaliado em R$ 30.

Entidades de defesa dos direitos humanos divulgaram hoje uma nota de repúdio contra a ação dos PMs. Eles afirmam que irão processar o estado de São Paulo por ato de tortura e pedir indenização de R$ 500 milhões, valor que será integralmente revertido em favor da população vulnerabilizada. A Educafro Brasil, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pe. Ezequiel Ramin, a Pastoral de Rua da Arquidiocese São Paulo e o Observatório da Aporofobia Dom Pedro Casaldáliga, assinam o manifesto. 

“Este irmão negro, ao roubar algo de um supermercado para saciar sua fome ou comprar drogas, merecia ser violentamente torturado?”, critica Fred David Santos, diretor-executivo da Educafro.

O grupo também pede a volta da utilização de câmeras corporais por todos os policiais durante suas atividades, a revisão do manual de uso da força da Polícia Militar com participação popular e a criação de conselhos e ouvidorias comunitárias para monitorar as atividades dos policiais, entre outras medidas.

A ação contra o suspeito Robson Rodrigues Francisco, 32, foi filmada por uma testemunha dentro da Unidade de Pronto Atendimento. De acordo com o Metrópoles, a testemunha também foi levada para a delegacia, por gravar o momento da violência. Segundo o autor do vídeo, os policiais tentaram intimidá-lo e pediram documentos.

Em nota, a Polícia relata que foi aberta uma investigação para apurar a conduta dos agentes, e diz que as imagens mostram um comportamento “em desacordo com os procedimentos operacionais padrão da instituição”.

O furto no mercado

Um funcionário do mercado OXXO disse à polícia, que o homem carregado pelos PMs e outros dois ainda não identificados, fizeram um “arrastão” por volta das 2h30 da segunda-feira. Segundo ele, entre os produtos furtados, a mercadoria está avaliada em R$ 500. Ele afirma que o Robson já cometeu outros furtos e suspeitou da ação, então acionou o botão do pânico e foi para o lado de fora.

O rapaz indicou as vestimentas e o sentido para qual os suspeitos teriam ido para os agentes, e o suspeito foi encontrado com duas caixas de bombons, em uma rua próxima do ocorrido.

Segundo a declaração dos PMs, o suspeito “informalmente” confessou o crime. “[Ele] estava bastante alterado e em nenhum momento acatou a ordem dos policiais, sendo necessário o uso da força para algemá-lo”, relata o BO.

Os agentes também disseram que foi “necessário” uso de uma corda, pois, o suspeito “continuou resistindo” e solicitaram apoio de outra viatura. No BO, os policiais afirmam que Robson teria ameaçado sair correndo e que “pegaria a arma dos policiais e daria vários tiros” neles. Outros dois suspeitos também foram detidos.

Fonte: Metrópoles

Ilê Aiyê busca apoio financeiro para representar a cultura negra baiana no Afropunk em Nova York

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Foto: André Frutuôso/Divulgação

O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do mundo, conhecido por sua atuação na valorização e divulgação da cultura negra, está se preparando para se apresentar nos Estados Unidos. O grupo recebeu convites do Brazilian Cultural Center of Chicago e do Afropunk New York para se apresentar durante os eventos e lançou uma campanha de arrecadação na plataforma ‘Benfeitoria’ para conseguir comprar as passagens para levar os integrantes aos EUA.

A participação do Ilê Aiyê nesses eventos deve acontecer entre os dias 26 de agosto e 04 de setembro, com apresentações em Chicago e Nova York. Com o convite recebido das instituições norte-americanas, o bloco enxerga uma oportunidade única para levar sua mensagem e expressão cultural além das fronteiras do Brasil. A viagem incluirá participações no Afropunk, renomado festival de cultura negra em Nova York, e no African Festival, além de marcar a comemoração especial pelos 20 anos do Brazilian Cultural Center of Chicago.

No entanto, para tornar essa viagem uma realidade, o Ilê Aiyê solicita o apoio de todos na arrecadação de recursos para a compra das passagens aéreas. Atualmente, os shows do grupo são a principal fonte de financiamento para a manutenção da sua sede social e dos projetos sociais desenvolvidos pela instituição.

Nas redes sociais, o bloco fez uma publicação pedindo apoio para conseguir viabilizar a viagem de seus integrantes:

O Ilê Aiyê, sediado na comunidade do Curuzu, em Salvador, Bahia, tem como principal objetivo a valorização da cultura negra e a elevação da autoestima de negros e negras em todo o país. Por meio de um calendário repleto de eventos culturais e sócio educacionais, o Ilê Aiyê tem se destacado como um importante agente de transformação social.

Fundado em 1974, em plena ditadura militar, o Ilê Aiyê é uma referência histórica para a comunidade do Curuzu e para a população afrodescendente. Originado no bairro da Liberdade, onde se concentra um dos maiores contingentes de afrodescendentes fora do continente africano, o bloco foi pioneiro na manifestação da consciência negra, buscando expressá-la através de suas roupas, penteados trançados ou rastafári e, acima de tudo, por sua capacidade organizativa.

A musicalidade do Ilê Aiyê é marcada pelo uso dos tambores, percutidos por uma banda ou bateria, que trazem o samba duro e a batida Ijexá, originária dos candomblés. Essa influência rítmica foi fundamental para o surgimento de uma variedade de ritmos percussivos que impulsionaram a ascensão da música afro-baiana.

Os interessados em contribuir com a vaquinha devem clicar aqui.

Seleção brasileira usará uniforme todo preto em amistoso, como parte da campanha contra o racismo

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Foto: Divulgação

A seleção brasileira irá trocar o uniforme verde e amarelo por um todo preto, no amistoso contra o Guiné, dia 17 de junho, em Barcelona, na Espanha. A medida é uma ação inédita da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) contra o racismo, após os ataques racistas contra o jogador Vinicius Jr, do Real Madrid. 

A informação divulgada pelo portal UOL nesta terça-feira (6), revela que o uniforme preto será usado apenas no primeiro tempo da partida. Na volta do segundo tempo, os jogadores entrarão em campo com a camisa tradicional. 

Esta é a primeira vez que a seleção brasileira vai jogar usando camisas, shorts e meias pretas. O uniforme é da mesma linha que a Nike produziu para os goleiros na atual coleção.

Depois do jogo, algumas camisas serão enviadas pela CBF para autoridades políticas e do esporte, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e aos presidentes de Fifa, Uefa e Conmebol. Uma camisa será assinada pelos jogadores e leiloada para reverter o dinheiro em causas antirracistas, e outra, será autografada para o museu da CBF, no Rio de Janeiro.

Outra ação como parte da campanha contra o racismo no futebol, a CBF também anunciou na segunda-feira (5), que haverá um amistoso entre a seleção brasileira com a Espanha, em março de 2024. A partida marcará o reencontro das seleções de futebol masculino, após mais de dez anos. Ainda não há data e local confirmado, mas será realizado durante a Data Fifa entre 18 e 26 de março, em um estádio espanhol.

Ministério da Igualdade Racial e Google formalizam parceria para apoiar pesquisa sobre racismo na internet

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Foto: Rithyele Dantas/MIR

O Google anunciou que irá investir R$ 1 milhão para a criação de um projeto, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, para apoiar programadores negros e negras e instituições que pesquisam racismo na internet e discurso de ódio on-line, nesta terça-feira (6). Foi estabelecido um grupo de trabalho entre Ministério e Google para moderação de conteúdos racistas nas plataformas da empresa , como o Youtube. A empresa também informou sobre outras iniciativas diretas de combate ao racismo, com apoio a pesquisas e suporte a negócios liderados por pessoas negras, por exemplo.

O encontro entre as equipes, se deu após o caso do aplicativo que simulava práticas da escravidão que estava disponível na loja online da plataforma. Durante a reunião, a ministra Anielle Franco abordou a necessidade da moderação e exclusão de conteúdos racistas, da desinformação e de discursos de ódio que veiculam na internet, a responsabilidade das plataformas digitais na perpetuação destes conteúdos, e questionou sobre políticas e protocolos de moderação de desinformação a nível global.

“É fundamental termos uma colaboração entre governo e iniciativa privada pra combate ao racismo e o discurso de ódio. O ambiente virtual, hoje, é onde mais se prolifera esse tipo de conteúdo e as grandes empresas de tecnologia têm responsabilidade nesta moderação. Já nos reunimos com a Meta e hoje foi com o Google, vamos continuar nos reunindo com mais plataformas”, afirma Anielle.

Em maio, a web descobriu um jogo racista que simula a escravidão no Play Store, plataforma de aplicativos do Google. Nele, o jogador é dono de escravos e tem o poder de omprar, vender e até torturar negros escravizados. O jogo só foi removido após a repercussão.

Festival em São Paulo celebra o legado de Sueli Carneiro com documentários, oficinas e palestras

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Foto: Andre Seiti.

Sueli Carneiro, uma das mais proeminentes pensadoras brasileiras, será honrada com um festival dedicado ao seu legado intelectual. Intitulado ‘Festival Casa Sueli Carneiro’, o evento chega em sua segunda edição oferecendo uma variedade de atividades cuidadosamente elaboradas, com o propósito de celebrar e enaltecer as significativas contribuições de Sueli ao pensamento feminista negro. Ao longo de décadas, Sueli tem sido uma figura ativa na luta contra o racismo, o sexismo e as opressões sociais, e o festival visa reconhecer e ampliar seu impacto transformador.

A curadoria do evento é de Luanda Carneiro Jacoel, filha de Sueli e coordenadora de programação da Casa, além de Natália de Sena Carneiro, coordenadora de comunicação da instituição. Neste ano, a programação tem atividades promovidas pela Casa e projetos autogestionados. A celebração ocorrerá em diversos formatos, como leituras, mostras de documentários, oficinas, palestras e apresentações artísticas.

Foto: Divulgação.

A Casa Sueli Carneiro ocupa a construção onde Sueli viveu por 40 anos. Foi um espaço informal para inúmeros encontros entre intelectuais e ativistas do movimento negro e do movimento de mulheres negras e abriga, agora institucionalmente, expressões e linguagens orientadas pelo legado ativista-intelectual em movimento de Sueli Carneiro.

O Festival Casa Sueli Carneiro acontece do dia 22 até o dia 24 de junho com diversas ações gratuitas. Abaixo, é possível conferir detalhes sobre o planejamento do evento.

Confira abaixo a programação da Casa Sueli Carneiro:


22 de junho

Horário: 18h30

Bate-papo de lançamento do livro “Raízes e Asas: cuidar da memória para fortalecer a autonomia negra“.

Publicado pela editora Oralituras, o livro é fruto da segunda edição do curso “Fazeras de Memórias Negras”, realizado pela Casa Sueli Carneiro em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo

Local: Fundação Rosa Luxemburgo
Endereço: R. Ferreira de Araújo, 36 – Pinheiros, São Paulo

23 de junho

Horário: 17h

“Lendo Sueli Carneiro”
Encontro presencial do grupo de leitura do livro “Dispositivo de racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser

Local: Biblioteca Mário de Andrade

Endereço: R. da Consolação, 94 – República, São Paulo
Inscrições abertas aqui.

24 de junho

Horário: 11h

“Memórias Negras no Butantã” com o coletivo Cartografias Negras

A visita ao acervo pessoal de Sueli Carneiro será mediada por Ionara Lourenço, coordenadora do Acervo Sueli Carneiro.

Local de partida: Casa Sueli Carneiro, no bairro do Butantã
Inscrições abertas aqui.

24 de junho

Lançamento do documentário Bixiga: Caminhos para Saracura

Horário: 18h

A Casa Sueli Carneiro produziu o documentário Bixiga: Caminhos para Saracura, com o objetivo de retratar a luta de resistência do Quilombo do Saracura, em São Paulo, que está inserido em um importante espaço no Bixiga desde o século XIX. Os vestígios do Saracura foram encontrados durante escavações da linha 6-laranja do Metrô.

25 de junho

Horário: 10:00-12:00
Roda Literária para crianças, com Heloísa Pires de Lima

Na praça próxima à sede da Casa Sueli Carneiro, Heloísa Pires de Lima lerá para crianças dois livros de sua autoria. Heloísa compõe o Conselho Consultivo da Casa e também é a curadora das Rodas Literárias.

Local: Praça do Jardim Rizzo

Horário: 10h às 12h
Participação mediante inscrição.

Confira abaixo a programação das atividades autogestionadas:

23 de junho

Sueli Carneiro, uma vida intensamente preta.

Horário: 18h

Local: Casa das Pretas

Endereço: Rua dos Inválidos 122. Lapa. Rio de Janeiro RJ

21 de junho

Encontro Mensal de Articulação MND: Celebrando Sueli Carneiro

Horário: De 19h às 21h

Local: Via Zoom (Digital)

24 de junho

Mulheres Negras Resistem: território, raça/cor e gênero

Horário: 10h

Rede social Instagram (atividade remota): @mulheresnegrasresistemce

Link para inscrição: https://forms.gle/hqYvLWuDbFw2KvAk7

Oficina de criação de marcadores de página

Horário: 13h às 15h

Local: Sesc Campo Limpo

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel, São Paulo

Aplicação do jogo Minhas Raízes – Traçando Histórias

Horário: Das 14:00 às 17:00 hrs

Local: Corujinha Brinquedos

Endereço: Rua Sinfonia Italiana, 41 – Jd. São Bernardo, São Paulo/SP

Olabi lança e-book gratuito para capacitar líderes a implementar diversidade nos ambientes corporativos

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Foto: Freepik

O e-book “Liderança Inclusiva: como formar ambientes de trabalho mais diversos e plurais”, focado em orientar e capacitar as pessoas a tornar os ambientes corporativos mais diversos, foi lançado recentemente pelo Olabi e está disponível para download gratuito. (Acesse aqui!)

“A sociedade brasileira e o mercado de trabalho são ainda marcados pela desigualdade de oportunidades e acessos. É preciso mudar esse cenário urgentemente. O conteúdo que vamos disponibilizar no e-book tem o intuito de auxiliar líderes a refletir e implementar melhores práticas sobre diversidade, equidade e inclusão em suas companhias”, comenta Silvana Bahia, codiretora executiva do Olabi.

Este é o segundo e-book publicado pela organização social que trabalha na inclusão, equidade e diversidade nas áreas de tecnologia e inovação. O material fomenta a discussão sobre diversidade, equidade e inclusão (DEI) nas organizações brasileiras com atividades, pesquisas, cursos, ferramentas e reflexões sobre temas pertinentes às causas.

Os assuntos estão divididos em cinco capítulos, em diferentes estágios de formação: de esclarecido a aliado, de aliado a multiplicador, de multiplicador a guia e, por fim, de guia a guardião. O intuito é demonstrar que a pluralidade é uma estratégia que amplia o bem-estar nos espaços corporativos, fomenta a mentalidade de inovação o que, em última análise, contribui para melhores resultados, inclusive os financeiros.

“A urgente busca pela diversidade e inclusão deve ser encarada como uma missão de todas as pessoas e exige uma adaptação rápida. Por isso, decidimos compartilhar uma bagagem de conhecimentos, experiências e referências que tenham potencial de transformar a realidade da sociedade e das organizações”, ressalta Gabriela Agustini, codiretora executiva do Olabi.

De acordo com um estudo do Instituto Identidades do Brasil (IDBR), sobre ações afirmativas nas organizações, entre 2010 e 2019, para cada 10% de aumento na diversidade da força de trabalho, a produtividade cresceu, em média, 5%. Já um levantamento do Instituto Ethos, no ano de 2022, 58% das empresas possuíam metas para ampliar a presença de mulheres em posições de liderança; 39% tinham metas de recrutamento e seleção para profissionais negros, sendo que 25% possuíam metas para negros em cargos gerenciais.

“Aprendemos que as barreiras ao mercado de trabalho são criadas por preconceitos propagados repetidamente pela sociedade e absorvidos pelas nossas mentes de forma inconsciente. Para combatê-los, precisamos fazer o esforço de torná-los visíveis e conhecê-los, para que possamos tomar medidas concretas e efetivas que os neutralizem”, complementa Bahia.

É importante fortalecer a liderança das companhias e sua responsabilização. Isso deve vir com uma gestão mais inclusiva como competência essencial, mensurada com avaliações e apoiada por iniciativas de capacitação. Um ponto a ser ressaltado é a necessidade de investir em ferramentas que eliminem vieses e treinamentos gerenciais.

“A nossa experiência mostra que todos podem, e precisam, ter lugar de fala. Cada um a partir de sua perspectiva única e intransferível, seja ela privilegiada ou não. A responsabilidade disso é igualmente de todos, pois a mudança na cultura deve ser demonstrada pelo exemplo. É fundamental termos em mente que, se dermos um passo à frente, já não estaremos mais no mesmo lugar”, finaliza Agustini.

Esse é o segundo e-book da Olabi. O primeiro trouxe experiências de empresas de tecnologia e consultorias de diversidade e inclusão sobre boas práticas de inclusão e equidade considerando o contexto do Brasil. A ideia agora é dar continuidade a essa jornada só que no nível individual oferecendo elementos e ferramentas para líderes e gestores, entendendo que as práticas de diversidade e inclusão precisam ser um compromisso de toda a organização, a começar pela liderança.

Para acessar o e-book, baixe em liderancainclusiva.olabi.org.br.

Cardi B diz que passou a cozinhar com frequência depois que se tornou mãe: “não tive escolha”

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Foto: Rich Fury/GI for Def Jam Recordings.

A relação de Cardi B com a cozinha sempre foi um desafio. Em várias ocasiões, a artista compartilhou nas redes sociais sua “falta de habilidade”, conforme suas próprias palavras, quando se trata de preparar alimentos. No entanto, parece que tudo mudou com a chegada de seus dois filhos, Kulture, com quatro anos, e Wave, prestes a completar dois anos.

Foto: Dia Dipasupil/Getty Images.

“Normalmente não sou uma pessoa que cozinha, mas agora tenho cozinhado bastante porque tenho duas filhos. Então é como se você realmente não tivesse escolha”, disse Cardi, 30, à PEOPLE. “Não importa se você é rico ou não, famoso ou não. Quando seus filhos estão com fome, eles vão dizer: ‘Eu quero, e você tem que cozinhar agora‘”.

Apesar da revelação, Cardi conta que não gosta de fazer coisas muito complicadas. “Gosto de cozinhar tacos. Gosto de cozinhar tudo o que é fácil. É isso que gosto de fazer. Odeio fazer coisas difíceis“, destacou a estrela. Cardi contou que ao longo da vida, ela não teve ninguém que pudesse ensinar a ela como cozinhar e que aprendeu sozinha. “Mas você sabe o que é tão louco? Eu gostaria que as coisas fossem um pouco mais fáceis quando eu tinha 18 anos, fui expulsa de casa e comecei a aprender a cozinhar. Agora você pode literalmente ir ao YouTube e aprender a cozinhar tudo“, disse a rapper.

Monty Williams assina contrato com o Detroit Pistons e se torna o primeiro treinador negro mais bem pago da história da NBA

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Foto: Getty Images

O treinador Monty Williams, 51, foi confirmado na última sexta-feira (02) como novo técnico do Detroit Pistons e se tornou um dos técnicos mais bem pagos na história da NBA com um salário de US$ 78,6 milhões. Ele também é o primeiro homem negro a ser o mais bem pago nos 76 anos do campeonato.

Williams comandava a equipe do Phoenix Suns, mas foi demitido após a derrota do time nas semifinais dos playoffs para o Denver Nuggets. A ida de Williams para o Pistons veio logo depois e foi confirmada pelo jornalista Adrian Wojnarowski, da ESPN. Serão seis anos de contrato e um salário anual de US$ 13,05 milhões.

Seu contrato supera o de Gregg Popovich e o coloca no topo da lista dos mais bem pagos da história da NBA e também dos esportes. 

Ele é o primeiro negro a ser o mais bem pago na NBA. Mesmo sendo um esporte reconhecido como da cultura negra, ainda há poucos treinadores negros.

“Ao discutirmos a equipe e expressarmos nossos objetivos coletivos, percebi que esta seria uma grande oportunidade para ajudar uma equipe jovem e talentosa e construir uma cultura forte aqui em Detroit. Este é obviamente um lugar especial com uma profunda história no basquete, e minha família e eu estamos ansiosos pela oportunidade de fazer parte desta cidade e organização”, disse Williams.

O Detroit Pistons atualmente está em “rebuild”, quando o time está se reconstruindo para ficar competitivo, e terminou na última posição da conferência leste. Mas Pistons tem uma das mais novas apostas de estrela da NBA, Cade Cunningham.

“Quando começamos essa busca, queríamos um líder focado em disciplina, defesa e desenvolvimento. Sua capacidade, sua experiência e sua filosofia verificam todas essas caixas. Ele tem caráter elevado e convicção elevada. Ele será um grande líder e mentor para o nosso núcleo jovem e, devido à sua carreira como jogador, também se conectará com os nossos jogadores veteranos”, comentou Troy Weaver, gerente geral do Pistons.

Monty Williams é muito respeitado na NBA e é reconhecido como um dos melhores treinadores da atualidade. Em 2022, ele ganhou o prêmio de técnico do ano. Williams também é conhecido por seu lado coach e chegou a ser apelidado de “Monty Mantra”.

“Tudo o que você quer está do outro lado do difícil. Você não vai encontrar grandeza em uma praia. Você vai encontrá-lo na luta. Para chegarmos onde queremos, você tem que lidar com esses tipos de jogos, esses momentos, a luta interna de não derrubar chutes que você derrubou antes e poder se recuperar”, disse o treinador em um dos seus “mantras”.

Nelson Piquet tem recurso negado em condenação de R$ 5 mi por declarações racistas e homofóbicas contra Lewis Hamilton

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Foto: Reprodução

O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, teve os recursos negados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) na decisão que o condenou a pagar R$ 5 milhões por declarações racistas direcionadas a Lewis Hamilton, além de falas homofóbicas envolvendo o inglês e os pilotos Keke e Nico Rosberg. A defesa de Piquet alegou omissão no ato judicial, mas a juíza Thaissa de Moura Guimarães afirmou que o julgador não precisa se pronunciar sobre todos os pontos mencionados, apenas aqueles relevantes para a decisão.

A polêmica em torno de Nelson Piquet começou quando um vídeo de julho de 2021, que circulou nas redes sociais e ganhou ampla repercussão, veio à tona. Nas imagens, é possível ouvir o ex-piloto utilizando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton. Durante um comentário sobre um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen, namorado de sua filha Kelly Piquet, durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, Piquet chamou o heptacampeão de “neguinho”.

Nelson Piquet agora deve cumprir a decisão judicial e efetuar o pagamento de R$ 5 milhões como resultado de suas declarações racistas.

Relembre o caso

O Ministério Público do Distrito Federal enviou à Justiça um parecer em que pede a condenação do ex-piloto Nelson Piquet pelos comentários racistas direcionados ao piloto Lewis Hamilton durante entrevista concedida ao Canal Enerto em julho de 2021.

Na ocasião, Piquet chamou Hamilton de “neguinho” durante comentário sobre um acidente envolvendo Lewis Hamilton e Max Verstappen durante o GP de Silverstone, na Inglaterra. “O neguinho meteu o carro e não deixou. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Ele teve muita sorte”, disse.

Segundo informações compartilhadas pelo jornal O Globo, em seu parecer, o MP acusa Nelson Piquet de racismo e homofobia por se referir ao piloto da Mercedes como “neguinho” e por fazer insinuar que o piloto estivesse tendo relações homoafetivas para crescer na carreira. 

“Durante a malfadada entrevista, em que o réu comenta acidente ocorrido no Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, em julho de 2021, ele refere-se múltiplas vezes a Lewis Hamilton com menosprezo, sem sequer citar o nome do piloto inglês, referindo-se a ele apenas como “neguinho”, e incorrendo também em homofobia, afirmando que ‘O ‘neguinho’ devia estar dando mais c* naquela época’, cita a petição dos autores.

O Ministério Público entende que houveram “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto nacionais”.

Além de uma ação civil pública que acusa Piquet de racismo e homofobia, a Educafro e a Aliança Nacional LGBTQIA+ pedem uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos.

Na época em que a entrevista de Nelson Piquet veio à tona, Lewis Hamilton fez alguns tweets comentando as falas do ex-piloto. “Vamos focar em mudar de mentalidade”, iniciou. “É mais do que linguagem. Essa mentalidade arcaica precisa mudar e não tem espaço em nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes a minha vida inteira. Houve muito tempo par aprender. Chegou a hora da ação”, disse Hamilton. 

Dow se une ao MOVER para promover a equidade racial e inclusão no mercado de trabalho

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Foto: Press Foto

Em um movimento que reforça seu compromisso com a luta contra o racismo sistêmico e a inclusão de pessoas negras, a Dow, empresa que atua no setor químico, tornou-se a mais recente associada do MOVER – Movimento pela Equidade Racial. O MOVER, que já conta com a participação de 47 grandes empresas, tem como metas a criação de 10 mil posições de liderança para pessoas negras e oportunidades para 3 milhões de indivíduos até 2030.

“A adesão ao MOVER é mais um passo da nossa estratégia de construir um local de trabalho mais inclusivo e representativo da nossa sociedade. Ao somar forças com outras empresas e compartilhar das experiências desenvolvidas pelo Movimento, conseguiremos não só agregar às iniciativas que estão em andamento na Dow como contribuir para uma transformação mais ampla unindo esforços com organizações que compartilham do mesmo propósito”, explica Tiago Betti, líder de Inclusão, Diversidade & Equidade para a Dow na América Latina.

A Dow tem um histórico de mais de 30 anos de ações em ID&E (Inclusão, Diversidade e Equidade) e avançou ainda mais em seus esforços de enfrentamento ao racismo estrutural ao assumir, em 2020, o compromisso Dow ACTs, baseado em três grandes pilares: Advocacy (Advogar), Community (Comunidade) e Talents (Talentos). A partir dele, a companhia vem promovendo impactos positivos para a inclusão racial dentro da empresa e nas localidades onde está presente.

Algumas das iniciativas que já vêm sendo realizadas pela Dow no Brasil – em alinhamento ao compromisso global Dow ACTs – são o programa de trainee “Potências Negras”, voltado exclusivamente para talentos negros, que teve um crescimento de quase 90% no número de vagas oferecidas em sua segunda edição. A empresa também investiu mais de 600 mil reais nos programas Dow CRIE e Dow Ilimite-se, que oferecem bolsas de estudos para o desenvolvimento científico e profissional de 30 alunos negros e/ou vindos de escola pública e que cursam graduação na USP e Unicamp.

Além disso, mais de 20% dos funcionários pretos e pardos da Dow participaram de programas de desenvolvimento para capacitar talentos internos em todos os níveis de carreira, desde estagiários e líderes até profissionais da área de manufatura. A empresa também destinou mais de R$ 2 milhões de reais em projetos sociais nas comunidades do entorno de suas fábricas, promovendo a inclusão e empregabilidade da população negra por meio da educação, incentivo ao empreendedorismo e economia solidária.

Dando seguimento a essa jornada, a adesão ao MOVER representa um compromisso público da Dow como agente de transformação para evoluir coletivamente em uma jornada antirracista, de forma propositiva, com toda a sua cadeia de valor. O Movimento conta com a participação ativa dos CEOs das empresas participantes na tomada de decisão e visa acelerar os processos de transformação existentes nas companhias integrantes.

A soma de novas empresas aumenta o potencial de transformação da sociedade. “Junto ao MOVER, temos a possibilidade de multiplicar os resultados positivos na atração e capacitação de talentos negros, construindo um ambiente fértil para o surgimento de novas lideranças. Esse esforço conjunto entre grandes empresas traduz muito bem o nosso ‘#SeekTogether’ – princípio que temos aqui na Dow de que, para impulsionar a transformação, é necessário trabalhar em colaboração”, reforça Tiago.

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